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10. TPB 2016

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11/04/2016
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Tristeza Parasitária Bovina
Profa. Rosângela Soares Uzêda
Universidade Federal da Bahia
Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia
A tristeza parasitária bovina (TPB) é causada por uma
associação de agentes hemoparasitas (Babesia,
Anaplasma)
O principal vetor é o carrapato (Babesia),
entretanto, moscas hematófagas e mosquitos
podem também transmitir o agente (Anaplasma).
•
B. bovisB. bigemina
A. marginale
Classificação
Filo: Apicomplexa 
Classe: Sporozoasida 
Ordem: Eucoccidiorida
Subordem: Piroplasmorina
Família: Babesiidae
Gênero: Babesia
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Espécies de Babesia
Babesia bovis (Babés, 1888)
Babesia bigemina (Smith & Kilborne, 1893)
Babesia divergens (M’Faydeen & Stockman, 1911)
Babesia major (Sergent et al, 1926)
Babesia ovata (Minami & Ishikara, 1980)
Babesia occultans (Gray & De Vos, 1981)
Babesia bigemina
Grande Babesia
Vetor: Rhipicephalus (Boophilus) microplus
América
África
Austrália
Fonte: http://www.dpi.qld.gov.au/cps/rde/xchg/dpi/hs.xsl/4790_5838_ENA_Print.htm
Babesia bigemina
Fonte: http://yk8.sakura.ne.jp/ADC-UG/Pages/Pages-J/Diseases/Babesia.html
Babesia bovis
Fonte: http://www.dpi.qld.gov.au/cps/rde/xchg/dpi/hs.xsl/4790_5838_ENA_Print.htm
Pequena Babesia
Vetor: Rhipicephalus (Boophilus) microplus
América
África
Austrália
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Anaplasma
Anaplasma marginale (Theiler, 1910) 
A. centrale (Theiler, 1911). 
A transmissão biológica 
de A. marginale já foi 
demonstrada 
experimentalmente em 
mais de 20 espécies de 
carrapatos ixodídeos
Classificação
• Ordem: Rickettsiales
• Família: Anaplasmataceae
• Gênero: Anaplasma
Anaplasma marginale
Kocan et al., 2004
Ciclo biológico de 
Babesia
Bock et al., 2004
Período Pré-patente
B. bigemina
12-18 dias
B. bovis
6-12 dias
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Processo de invasão
Yokoyama et al., 2006
Ciclo Biológico Anaplasma
Kocan et al., 2004
Patogênese
Multiplicação nos eritrócitos
Hemólise
Anemia
Icterícia
Hemoglobinúria
Anóxia B. bovis
Vasodilatação
Hipotensão
Estase 
Babesiose cerebral
Apresentação clínica na Babesiose
 Febre
 Anorexia
 Anemia
 Icterícia
 Hemoglobinúria
 Sinais nervosos (B. bovis)
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- Febre;
- Fraqueza;
- Profunda anemia;
- Depressão;
- Sem hemoglobinúria (eritrócitos destruídos 
baço e fígado); 
Apresentação clínica na Anaplasmose Acúmulo de B.bovis nos capilares do cérebro
Vesícula biliar repleta Bile com aspecto grumoso
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Icterícia generalizada
Antoniassi et al., 2009
Aspectos imunológicos
Imunidade Inata
• Bezerros continuamente expostos apresentam 
forte imunidade frente a B. bovis.
Imunidade Adquirida
Infecções repetidas geram forte imunidade
Imunidade contra a doença
Aspectos imunológicos
Estabilidade endêmica
Estado onde a relação agente-hospedeiro-vetor-ambiente é 
tão equilibrada que a doença clínica raramente ocorre.
Bock et al.,2004
Estabilidade enzoótica
Instabilidade enzoótica
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Situações em que ocorre a TPB
 Áreas de instabilidade enzoótica
 Introdução de animais livres em área endêmica
 Controle intensivo do vetor criando instabilidade
 Bezerros jovens em áreas endêmicas
Fatores de risco
• Bos indicus vs Bos taurus
• Idade
• Variação sazonal
• Variação antigênica
Diagnóstico
•Anamnese
• Sinais clínicos
• Achados de necrópsia
• Exames laboratoriais
- hematológicos
Diagnóstico direto
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Diagnóstico Sorológico
Teste de Conglutinação rápida (TCR)-B. bovis
Sensibilidade – 95,7%
Especificidade – 97,6%
Diagnóstico Sorológico
Imunofluorescência indireta
Imunoadsorção enzimática indireta-ELISA indireto
Diagnóstico Sorológico
Western blotting com antígenos de isolados brasileiros
de Babesia bigemina e anticorpo monoclonal 89/16 direcionado contra
epítopo de proteína de peso molecular aparente de 200 kDa. 1-
eritrócitos não parasitados, 2-sul, 3-sudeste 4- centro-oeste, 5-nordeste,
6- norte
Western blotting com antígenos de isolados brasileiros
de Anaplasma marginale e anticorpo monoclonal ANAF16
direcionado contra epítopo da proteína principal-5 da
superfície da membrana dos corpúsculos iniciais. 1-
Pernambuco-Zona da Mata, 2-Pernambuco-Agreste,
3-Pernambuco-Sertão, 4-Mato Grosso do Sul
Conservação de subunidades antigênicas em isolados brasileiros
de Babesia bigemina e Anaplasma marginale
Western Blotting
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PCR B. bigemina
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Reação da polimerase em cadeia com primers baseados na sequencia do gene que
codifica a proteína RAP-1 com DNA de isolados brasileiros de Babesia bigemina:
1-marcador, 2-sul, 3-sudeste, 4-centro-oeste, 5- norte, 6- DNA de bovino, 7- nordeste,
8- cepa vacinal, 9-controle positivo, 10- controle negativo.
580 pb
Diagnóstico molecular PCR Anaplasma marginale
714 pb
Reação da polimerase em cadeia de Anaplasma marginale com primers 
baseados na sequencia do gene que codifica a proteína principal-5 MSP-5
da superfície dos corpúsculos iniciais. 1- marcador, 2- controle negativo, 3-
DNA de A. marginale.
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Tratamento da Babesiose
Aceturato diminazeno - Ganaseg - ( 3,5 mg/kg)
Dipropionato de imidocarb – 1,2mg/kg
O tratamento depende do grau de anemia
Terapia de suporte
- transfusão de sangue
- vitaminas
- antioxidante - (Vitamina E)
- fluidoterapia caso a anemia não seja profunda
Tratamento Anaplasmose
Dipropionato de imidocarb – 2,4 mg/kg Kg 
Oxytetraciclinas – 10mg/kg
Terapia de suporte
- transfusão de sangue
- vitaminas
- antioxidante - (Vitamina E)
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Controle
• Uso de vacinas;
• Controle de vetores;
• Manejo dos animais – Áreas de estabilidade 
endêmica;
• Exploração de raças resistentes;
• Controle integrado

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