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TRABALHO DIREITO CIVIL IV COISAS AV2 5º PERÍODO

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DIREITOS REAIS DE GARANTIA
ARIELLE FONTOURA MANZANO[1: Discente do 5° Período Noturno B, do Curso de Direito da Faculdade Multivix, matrícula: 1519880, contato: arielle.manzano@hotmail.com]
DAYANE MARVILA DA SILVA2[2: Discente do 5° Período Noturno B, do Curso de Direito da Faculdade Multivix, matrícula: 1510975, contato: dayanemarvilads@gmail.com]
GIANDER PABLO DA SILVA COSTA3[3: Discente do 5° Período Noturno B, do Curso de Direito da Faculdade Multivix, matrícula: 1510353, contato: giander2007@hotmail.com]
GILMAR ALVES FERNANDES JÚNIOR4[4: Discente do 5° Período Noturno B, do Curso de Direito da Faculdade Multivix, matrícula: 1510303, contato: gilfernandesjr@hotmail.com]
MARCOS MICHEL SILVA FREITAS5[5: Discente do 5° Período Noturno B, do Curso de Direito da Faculdade Multivix, matrícula: 1510670, contato: michel-freitas@hotmail.com]
VALTER DA SILVA REIS JÚNIOR6[6: Discente do 5° Período Noturno B, do Curso de Direito da Faculdade Multivix, matrícula: 1510985, contato: valterjr22@hotmail.com ]
JAQUELINE ROCHA GIORI[7: Docente de Direito da disciplina Direito Civil IV – Coisas, do 5° Período Noturno B da Faculdade Multivix, contato: jaqueline_giori@hotmail.com]
RESUMO
Nesse artigo, propomos a descrição breve e fundamentada dos Direitos Reais de Garantia e a sua constante presença no cenário jurídico brasileiro. Apoiando-nos em especial no Código Civil Brasileiro de 2002, nós também recorremos às doutrinas do Direito Civil para fundamentar os institutos de alienação fiduciária, hipoteca, penhor e anticrese, seus requisitos e efeitos, além de suas ressalvas e observações específicas. Como resultado, pudemos compilar nesse artigo as principais informações a respeito de tais institutos do Direito e a conclusão final é que tais direitos reais de garantia possuem extrema relevância nas negociações de bens, servindo de amparo em situações cotidianas onde se necessita de um respaldo que garanta a alguma das partes ou a ambas o gozo pleno de seus direitos e deveres, em conformidade com a previsão do Código Civil e leis complementares que regem tais tradições.
PALAVRAS-CHAVE: Bens. Credor. Dividas. Efeitos. Institutos.
ABSTRACT
In this article, we propose a brief and reasoned description of the Real Guarantee Rights and their constant presence in the Brazilian legal scenario. With special reference to the Brazilian Civil Code of 2002, we also have recourse to the doctrines of Civil Law to establish the institutions of fiduciary alienation, mortgage, pledge and antichrists, their requirements and effects, as well as their specific observations and observations. As a result, we have been able to compile in this article the main information about these institutes of Law and the final conclusion is that these real rights of guarantee are extremely relevant in the negotiation of assets, serving as a support in everyday situations where a backing is required to guarantee to either party or both to the full enjoyment of their rights and duties, in accordance with the provisions of the Civil Code and complementary laws governing such traditions.
Keywords: Assets. Creditor. Divide. Effects. Institutes.
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como intuito e objetivo principal, analisar e descrever fundamentadamente sobre cada um dos institutos envoltos no globo dos direitos reais de garantia. De maneira ágil e eficaz, atuando por meios de tópicos, a meta é discorrer sobre a definição, amparo legal e afirmações doutrinárias a respeito de tais direitos, buscando partir desde o conceito comum dos direitos reais de garantia até a praticamente inativa no âmbito legal brasileiro, anticrese, interessados, principalmente em apontar as características que gravitam em torno de cada instituto, abordando inclusive aspectos históricos, desde a abolição do próprio corpo do devedor como garantia, em 326 a C; até sua positivação e definição própria e legal, que a tornou parte do direito como o conhecemos.
Alguns pontos esclarecedores também serão abordados nas linhas que discorrem a seguir, como os requisitos que garantem validade e eficácia dos direitos reais de garantia, sejam eles formais objetivos ou subjetivos. Cremos que as informações contidas se mostram suficientes para esclarecer, responder e comparar, além de serem matérias de base para o desenvolvimento do conhecimento jurídico acadêmico no que tange os direitos reais de garantia.
DIREITOS REAIS DE GARANTIA
Direitos reais de garantia podem ser compreendidos como o direito que um titular tem de receber uma dívida com um bem dado em garantia. Tem por finalidade garantir ao credor o recebimento do débito, por estar vinculando determinado bem pertencente ao devedor como garantia de pagamento ao credor:
- Subjetivos: Somente aquele que pode alienar poderá também hipotecar, empenhar ou dar em anticrese. O requisito subjetivo depende da plena capacidade do indivíduo, onde, para dispor do bem em garantia, ter mais de 18 anos é uma das principais premissas. Vale ressaltar também que, em caso de casamento, o cônjuge deve estar plenamente de acordo com a disposição do bem, conforme o artigo 1.647 do Código Civil.
- Objetivos: Somente bens que podem ser alienados podem ser dados como direito real de garantia, ou seja, bens materialmente e juridicamente possíveis de disposição como garantia. Um bem pertencente a mais de um proprietário também pode ser dado em garantia no caso de consentimento comum de todos esses. Pode ser aplicado sobre coisa móvel como penhor ou em coisa imóvel, manifestando-se sob a forma de hipoteca ou anticrese. Bens públicos e bens de família são espécies que não se aplicam a objetividade dos direitos reais.
- Formais: É necessário que haja publicidade e especialização para que os direitos reais de garantia possam prevalecer contra terceiros. A expressão mais comum nesse caso é a contratual. A ausência da formalidade pode significar a ineficácia da garantia, já que a publicidade é indispensável para tornar conhecimento dos fundamentos expressos no contrato, que via de regra, apresenta o total da dívida garantida, o vencimento da obrigação, a taxa de juros, se houver e o bem oferecido com suas especificações.
 2.1 EFEITOS DOS DIREITOS REAIS DE GARANTIA
Os efeitos dos Direitos Reais de Garantia são cinco, sendo eles o privilégio, sequela, excussão, indivisibilidade e o vencimento antecipado da obrigação garantida. 
- Privilégio: os credores que têm garantia real, quando concorrem com credores que não as têm, gozam da possibilidade de fazer isso em determinada ordem, privilegiada, e essa ordem varia de acordo com a situação apresentada. Em se tratando de falência, por exemplo, o recebimento de pagamento acontece em segunda ordem, sucedendo os titulares de créditos trabalhistas com teto em até 150 salários mínimos.
- Sequela: Ocorre quando o bem dado em garantia alcança um terceiro, e permanece afetado o titular que deveria receber essa garantia. Como um dos atributos dos direitos reais é a impossibilidade de um efeito erga omnes, o titular tem a faculdade de perseguir e reclamar seu direito sobre a coisa dada em garantia independentemente de onde ela se encontre, uma vez que o valor do bem se encontra anelado à satisfação do crédito. 
- Excussão: É a faculdade que o credor possui de executar por meios judiciais o débito garantido. Isso pode acontecer quando houver a apreensão de bens móveis e imóveis e sua venda em hasta pública (os imóveis em praça e os móveis por leilões) acontecendo o pagamento do credor com o dinheiro do pagamento dessa venda, ou seja, a prematura execução dos bens conferidos em garantia. Havendo a concordância do devedor, poderá acontecer de o credor ficar diretamente com o bem, ou seja, dação em pagamento, onde a res debita é substituída por outro meio diferente de dinheiro. 
- Indivisibilidade: Se dá quando o adimplemento é parcial, ou seja, todo o bem dado por garantia é expresso na formalização, mas somente a parte oferecida deve estar expressa. 
- Vencimento antecipado daobrigação garantida: Se dá quando há insolvência ou falência do devedor, ou quando há deterioração do objeto sem reforço ou substituição por parte do devedor. Quando há uma asseguração a respeito do valor do objeto, o valor da indenizaçã0 anula-se na coisa deteriorada. Também há vencimento antecipado na obrigação garantida quando há atraso em qualquer das prestações ou desapropriação total ou parcial da coisa.
 2.2 ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA 
Sendo constantemente relacionado como um instituto recente no ordenamento jurídico brasileiro, a alienação fiduciária é relativa a bens móveis e imóveis, comumente mencionada como sendo uma propriedade real de garantia, já que o fiduciante fica com a posse do bem. 
- Acessoriedade: A alienação fiduciária é um acessório que acompanha uma obrigação principal, com a funcionalidade de assegura-lo. Por essa característica, a alienação fiduciária está sob a aplicabilidade do princípio da gravitação jurídica, pelo qual o acessório segue o principal.
- Bilateralidade: A alienação fiduciária é firmada entre duas partes (vendedor e devedor fiduciante) e ambas assumem direitos e deveres inerentes ao negócio firmado. O vendedor não aparece como parte no contrato, embora firme o contrato de compra e venda. Ele recebe o seu valor, enquanto as obrigações do contrato de alienação fiduciária permaneçam tão somente para o credor e devedor fiduciante.
- Formalidade: O contrato de alienação fiduciária deve ser escrito, podendo ser público ou particular. Como não há instrumento que o torne formal, é considerado um contrato não solene.
- Indivisibilidade: Mesmo que o devedor fiduciário pague de maneira parcial as parcelas estipuladas, ele ainda não se torna livre da dívida, sendo liberado da mesma apenas a partir da quitação total dela. Nesse período, antes da quitação total, o que paira sobre o contrato é como se toda a dívida ainda prevalecesse, e é nesse ponto que fica evidente a alienação “fiduciária” prevalecendo o bem garantido em nome do seu devedor.
- Condicionalidade: Essa característica parte da premissa de que “não há alienação fiduciária sem condição resolutiva”, ou seja, como mencionado no tópico acima, ainda que sejam quitadas algumas parcelas, não se transfere o bem do devedor para o credor antes de sua quitação por inteiro. A propriedade, portanto, não se torna definitiva para o credor fiduciário, mas no seu caráter resolutivo, a propriedade retornará ao patrimônio do não mais devedor, mas agora fiduciante.
- Publicidade: Somente a partir do registro no competente registro de imóveis é que haverá propriedade fiduciária em favor do credor, antes disso, mesmo com a quitação total das obrigações, tudo o que se tem é o caráter obrigacional de um contrato anteriormente formado. A partir do registro, somente, é que o credor fiduciário passa a ter propriedade solúvel, enquanto o devedor fiduciante terá, por sua vez, a propriedade real.
 2.3 HIPOTECA
A hipoteca recai sobre os bens imóveis do devedor ou um terceiro. No que tange o prazo, este será fixado para que o devedor cumpra a obrigação, e durante este prazo estabelecido pelas partes a posse do bem ficará com o devedor. Sobre o dever de cuidar para que o bem não perca valor, ficará sobre o detentor da posse, neste caso, o devedor. Em relação ao credor, ficam garantidos os seus direitos caso se concretize o inadimplemento da dívida. Como principal característica da hipoteca, a indivisibilidade é o fator que torna inconcebível a liberação parcial da garantia mediante a parcialidade equitária da quitação da dívida, fazendo permanecer toda a coisa onerada ainda em garantia, salvo se o contrário for mencionado anteriormente no título de garantia, mas sem suma, como ordena o princípio da indivisibilidade, somente o total cumprimento da obrigação é que torna liberado o bem da hipoteca.
- Hipoteca Legal: A hipoteca legal é imposta pelo sistema jurídico. Esta espécie busca favorecer as pessoas jurídicas de Direito Público, em relação aos servidores que ficam com a custódia dos bens públicos. 
- Hipoteca Judiciária: Esta modalidade recai sobre as sentenças que condenam ao pagamento de quantia, garantindo ao vencedor o recebimento do valor. Tal espécie de hipoteca é uma grande “arma” que poderá ser utilizado pelos credores.
- Hipoteca Convencional: A hipoteca convencional gera obrigações apenas para o devedor, pode relacionar às obrigações de dar coisa certa ou incerta, como também sobre as obrigações de fazer e de não fazer. Para a sua efetivação, não se faz necessário a tradição, apenas a escritura pública. O prazo pode ser estipulado por no máximo em 30 anos, e os seus objetos estão no rol taxativo do artigo 1.473 do Código Civil.
* Registro de Hipoteca: São realizados em cartório no lugar do imóvel, ou no de cada um deles em caso de mais de um. O registro da hipoteca é válido enquanto a obrigação perdurar; mas se passando o prazo de vinte anos, a especialização deve ser renovada.
* Abrangência e alienação de imóvel hipotecado: A hipoteca abrange todo o imóvel, incluindo seus melhoramentos e outras construções, ressalvados apenas os ônus registrados em períodos anteriores a ela. A cláusula que permite ao proprietário alienar imóvel hipotecado é nula. Poderá ser que vença o crédito hipotecário se o imóvel for alienado.
* Caso de dupla hipoteca: Nada impede que o dono do imóvel hipotecado possa lançar um novo título de hipoteca sobre ele, tanto para o mesmo credor quanto para um novo. Todavia, o credor da segunda hipoteca corre o risco de não poder executar o imóvel hipotecado antes do primeiro título de hipoteca, salvo em caso de insolvência do credor.
* Valor da hipoteca: É lícito aos interessados fazer constar das escrituras os valores avençados entre si, devidamente atualizados, já que serão as bases para arrematações, adjudicações e remições, dispensadas avaliações.
 2.4 PENHOR
O penhor teria seu aspecto histórico referente ao período das XII tábuas, onde o devedor pagava as dívidas com seu próprio corpo pela dívida adquirida. Com o passar do tempo o devedor teria passado a responder com seus bens e patrimônios, não sendo esse meio o suficiente. Evoluindo um pouco mais, surgiram as garantias reais e pessoais, sendo os pessoais o penhor e a hipoteca, além da propriedade fiduciária. O penhor se dá pela tradição, ou seja, é constituído pela transferência efetiva da posse e torna o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel, suscetível de tradição. A característica prevalente do penhor é a indivisibilidade, que é assim descrita pelo Código Civil conforme o artigo 1421. 
Venosa (2014), fala que ainda que exista pagamento parcial toda a coisa onerada permanece em garantia. Ou seja, o ônus permanece integro até a extinção completa da obrigação. 
O penhor também não admite o pacto comissório, impedindo o credor de ficar com a coisa antes do vencimento. 
*Penhor Rural: Tem como objeto bens móveis e imóveis, sem ocorrência da transferência do bem ao credor. Há um prazo de dois anos prorrogável por mais dois, podendo ser subdividido em agrícola e pecuário, e isso é determinado pelo bem a ser empenhado. A forma mais comum do desenrolar da penhora rural é a sujeição das criações e plantações por parte dos agricultores para cumprimento de obrigações ficando assim, com a posse direta do bem, enquanto o credor, por sua vez, fica com a indireta.
* Penhor industrial (ou mercantil): Assemelha-se com a funcionalidade do penhor rural, mas ao invés de criações ou plantações, o meio de penhora aqui se dá por máquinas, aparelhos, materiais, instrumentos instalados e em funcionamento
* Penhor de Direitos e Títulos de Crédito: Difere-se da cessão de crédito, uma vez que nesse caso, o título é transferido para o credor. No caso da penhora, o título é apenas de posse, embora a titularidade permaneça com o devedor. Não podem haver transferências de natureza intuitu personae, uma vez que atitudes desse cunho iriam contra a natureza da obrigação, segundo o artigo 1.452 do Código Civil Brasileiro. 
*Penhor de veículos: Os veículos utilizados como objeto de penhora poderão ser de qualquer natureza de condução ou transporte, excetuando, todavia, os navios e aeronaves, que são, por sua vez, objetos de hipoteca. A diferença desse instituto para os de propriedade fiduciária ou arrendamento mercantil, por exemplo, é que no penhor não se transfere propriedade. 
* Penhora legal: Essa modalidade de penhor decorre da lei, e está prevista no Código Civil, no artigo 1.467. A ressalva, nesse caso, é de que os bens serão sempre móveis, alienáveis e penhoráveis. Desde que não ultrapasse os meios úteis para agir, o credor pode reter os bens do devedor sem qualquer autorização judicial, lembrando que após a homologação judicial, o penhor se transforma em título executivo judicial com prazo prescricional de um ano.
 2.5 ANTICRESE
Embora não esteja em utilização atualmente, a anticrese fica entre a hipoteca e o penhor, e tem seu respaldo legal entre os artigos 1506 a 1510 do Código Civil. Com ela, o credor visa abater dívidas ou juros atuais assumindo a posse de algum bem, gozando do que ele produz. Para a conversão do direito real em garantia, é necessário que os requisitos do artigo 1424 do Código Civil de estejam presentes, incluindo todas as descrições necessárias do imóvel, com o devido registro no Cartório de Imóveis. Caso contrário, tudo não passará de um pacto anticrético onde o devedor facultará ao credor o aproveitamento da coisa com a finalidade de amortização e usufruto. Será necessária uma outorga conjugal em caso de matrimônio, salvo o regime de separação absoluta, resguardando a anticrese sob os mesmos princípios da hipoteca, o que resultará em efeitos erga omnes, evitando penhoras por parte de outros credores. Ao devedor ficará responsabilizada a entrega da coisa ao credor, que poderá usufruir dela até a extinção da dívida. O credor, por sua vez, terá reservado o direito de sequela, podendo exercê-lo sobre qualquer adquirente do imóvel. 
*Extinção da anticrese: Acontece na liquidação total da dívida, quando o devedor poderá exigir de volta a coisa. Em caso de não devolução, o credor já estará se apossando da coisa de maneira injusta, já que a obrigação se extinguiu. Outras duas formas de extinção são a renúncia do credor em relação a coisa e também o perecimento da coisa.
 3. CONCLUSÃO
Após a exposição do presente artigo, buscando expor as funcionalidades de cada instituto que engloba os Direitos reais de garantia, podemos apontar que cada classe abordada acima possui características indispensáveis para o bom funcionamento dos acordos de bens que são apresentados como garantia ou quitação de dívida. 
Partindo dos conceitos fundamentados no Código Civil Brasileiro, percorrendo as vertentes doutrinárias que ajudam a alinhar e ajustar cada tópico inerente aos direitos reais de garantia, a concepção final é de que o bom regulamento de tais institutos, somado ainda as observâncias que devem ser feitas pelas partes envolvidas em casos que tais direitos amparam, contribuirão para a celeridade, a pureza e a evolução satisfatória de acordos entre credores e devedores, respeitando sempre as garantias individuais e gerais de cada um.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Código Civil. 20 ed. São Paulo: Saraiva, 2015.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito das coisas. São Paulo: Saraiva, 2008.
TARTUCE, Flávio; SIMÃO, José Fernando. Direito das coisas. São Paulo: Método, 2009.
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil: direitos reais, 14. ed. São Paulo: Atlas, 2014.

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