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Necropsia em Avicultura

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“A verdadeira viagem da descoberta, consiste não em ver novas 
paisagens; mas sim, em ter olhos novos”.
Adaptado de: Guide for diagnosis of common poultry diseases. Benjamín Lucio-Martinez 
(Cornell University) 
Na verdade, a técnica de necropsia não é uma receita de bolo e pode ser realizada de acordo 
com a preferência do veterinário. Além do mais, dependendo da suspeita clínica, a necropsia é 
direcionada aos sistemas atingidos pela doença da qual se suspeita, o que de forma alguma, 
inviabiliza um exame completo de todos os sistemas da ave. É recomendado que seja 
realizada a necropsia em aves recém sacrificadas, pois as lesões encontradas em aves mortas 
(mesmo há algumas horas) podem estar mascaradas por alterações post mortem. 
Exame clínico ante mortem
A contenção da ave doméstica é feita com a imobilização das pernas, asas ou de ambos.
Extensão do jarrete - imobilize as pernas, estendendo os jarretes e mantendo-os em uma 
posição fixa, que permitirá o exame clínico da ave. Aproveite este momento para examinar a 
articulação tibiometatarsiana, procurando qualquer alteração que possa estar relacionada com 
artrite (palpar atentando para o aumento de volume, de temperatura e de líquido sinovial). O 
exame simultâneo visa comparar as duas articulações (pode denunciar assimetrias). Examine 
os pés, buscando evidência de anomalias, compactação de excrementos e tamanho das 
unhas.
Chave de asa - cruze as asas, traga a ponta de uma asa para a frente e encadeie as penas de 
vôo primárias sobre a outra asa. Este é um outro método que imobilizará a ave para o exame 
clínico.
Mobilidade - coloque a ave em pé sobre uma superfície plana e cheque para evidência de 
claudicação ou de incoordenação (desordens neurológicas). A coordenação de movimentos de 
perna e asa podem ser verificados levantando a galinha pelas penas da cauda.
Crista e barbelas - a crista e as barbelas devem ser examinadas atentando para o 
desenvolvimento, cor, coleções de líquido e presença de lesões cutâneas.
Olhos - são examinados para observar qualquer anomalia que possa produzir cegueira ou 
assimetria pupilar.
Narina e Sinus - pressione as narinas com os dedos no sentido caudo-rostral, observando se 
há saída de exsudato. 
Exame clínico ante mortem é feito com 
a imobilização das pernas
Cavidade Oral - examine a orofaringe. Peculiaridade das aves: há uma fenda no palato e a 
laringe não é guardada pela epiglote.
Penas - examine para evidência de parasitas externos, tais como piolhos (nas penas), pulgas e 
carrapatos (na pele). A cloaca é a abertura comum para os tratos digestivo, urinário e 
reprodutivo das galinhas. Os parasitas externos são muitas vezes encontrados em torno deste 
órgão, bem como nas regiões entre pernas, debaixo das asas e no dorso. No caso de aves 
trazidas ao laboratório, retirar a ave pelas asas e procurar parasitas na caixa em que vieram 
(internos e externos). Observar a consistência dos excrementos (diarréia). 
Eutanásia
Quatro métodos aprovados de eutanásia podem ser usados em aves, sendo que todos têm 
vantagens e desvantagens:
Desarticulação cervical (a campo): aplicada somente às aves em que as contrações de morte 
possam ser apropriadamente controladas. Ela não é útil, por exemplo, em perus adultos.
Eletrocutagem ou eletrocussão (em laboratório): pode produzir hemorragias que prejudicam 
a interpretação de achados, e é perigoso para o operador.
Dióxido de Carbono (condições experimentais - onerosa)
Soluções barbitúricas (a dose é maior do que para mamíferos - inviável) 
Exame post mortem
Ao executar os procedimentos de necropsia, é recomendado que sejam usadas luvas. O uso 
de máscara é necessário, quando se suspeita de doenças como clamidiose, por exemplo, em 
perus ou papagaios. 
Depois da ave estar morta, molhe toda a região ventral para controlar o esvoejar das penas 
durante o procedimento da necropsia (com água + detergente). Coloque a ave com o peito 
para cima e com a cabeça para o lado oposto em que está o operador. 
Um corte é feito sobre o lado medial da coxa. Este corte é estendido, inserindo-se o polegar e 
rasgando a pele para frente. Pegue uma tesoura e junte os dois cortes laterais. A articulação 
coxofemoral é desarticulada, forçando a sobrecoxa lateralmente. Repetido sobre a outra 
perna, irá permitir que a ave fique estendida sobre suas costas em uma posição mais ou 
menos fixa. 
A pele é puxada de cima da musculatura do peito e o corte é estendido ao longo do pescoço 
da ave, inserindo-se a tesoura no tecido cutâneo do pescoço, cortando-o até a mandíbula 
inferior. A pele é rebatida para os lados. Neste ponto, a traquéia, esôfago, nervo vago, e timo 
são expostos e examinados. 
 Início do exame post mortem
Nervo ciático, e músculos - o nervo ciático é exposto levantando-se o músculo superficial 
sobre o lado medial da coxa. Expor os dois nervos, compará-los quanto à simetria e palpá-los. 
A musculatura da perna é examinada com o objetivo de evidenciar-se a presença de 
hemorragias ou de descoloração. 
Articulações da perna e ossos - articulações dos dedos, do jarrete e o do joelho são 
examinados para evidência de edema e são abertos à procura de exsudato. A epífise distal do 
fêmur é cortada, e a placa de crescimento do osso e a medula óssea são examinadas. 
Esterno - faça um corte na extremidade do osso do esterno, usando tesouras serreadas. Este 
corte é continuado até exatamente acima da articulação costo-condral, através da entrada 
torácica, cortando-se o osso coracóide. Observar a superfície interna do esterno. 
Sacos aéreos - Os sacos aéreos podem ser examinados depois do esterno ter sido cortado de 
um lado. Os sacos aéreos da ave são estruturas membranosas, muito finas, transparentes, 
exceto pela deposição de pequenas quantidades de gordura na ave sadia. 
Coração e fígado - A junção do saco pericárdico ao esterno é rompida e o esterno removido. 
Neste ponto, o coração e o fígado são expostos e amostras para o exame bacteriológico 
podem ser tiradas usando-se para isso, um "swab" para perfurar o fígado. 
O trato gastrointestinal (TGI) é então removido da cavidade peritoneal, inserindo-se os dedos 
indicador e médio em torno da moela, que é o estômago muscular da ave, seccionando 
transversalmente a região entre o proventrículo e o esôfago, retirando-se, então, o 
proventrículo, a moela, e o intestino (não seccionar ainda entre o reto e a cloaca). Colocar o 
TGI externamente à cavidade peritoneal (ao lado da ave). 
Baço - embaixo do proventrículo está uma estrutura ovóide: o baço; Em algumas aves, como 
em pombos, o baço pode ter formato colunar. 
Alça duodenal, pâncreas e divertículo de Meckel - Imediatamente depois da moela, nós 
encontramos a alça duodenal, e dentro da alça, o pâncreas. A medida em que se vai descendo 
pelo intestino delgado, há uma outra estrutura de interesse, uma pequena proe-minência no 
intestino médio. Ela é conhecida como divertículo de Meckel, e foi o ponto de junção do saco 
vitelino ("gema") com o pinto, durante a embriogênese e em um curto período de tempo após a 
eclosão. 
Bursa de Fabricius (BF) - está sobre a parede dorsal da cloaca. A bursa de Fabricius é um 
órgão linfóide, onde são formados os linfócitos B, responsáveis pela produção de anticorpos. 
Este órgão está presente em aves saudáveis até elas alcançarem a maturidade sexual. O 
intestino (porção retal) pode ser cortado após o exame da BF e deixado de lado para exame 
posterior. 
Glândulas tireóide e paratireóide - Antes de tirar o coração, siga as carótidas e encontre as 
glândulas tireóide e paratireóide, associadas a elas. 
Coração e fígado - Neste ponto, são examinados o coração e fígado e coletam-se amostras 
para histopatologia, se for considerado necessário. 
Pulmões - Uma vez que coração e fígado tenham sido removidos, pode-se examinar os 
pulmões. Estes órgãos não são mantidos por pressão intratorácicacomo nos mamíferos. Eles 
são mantidos por junção às estruturas adjacentes, e ao menos que estas junções sejam 
rompidas, o pulmão da ave não irá colapsar. O pulmão é separado da caixa torácica, utilizando-
se a extremidade romba da tesoura ou dedos. Desde que o pulmão tenha sido removido das 
costelas, as articulações costo-vertebrais e os nervos costais se tornam visíveis. 
Plexo Braquial - Anterior às costelas, junto à última vértebra cervical. 
Gônadas, adrenais e rins - Imediatamente posterior aos pulmões estão as gônadas: um par 
de testis no macho, e um ovário (esquerdo) na fêmea. Também encontram-se aí as adrenais, 
que são amareladas e de forma triangular e os rins, que são multilobulados. Três lóbulos do rim 
são aparentes: pronefros, mesonefros, e posnefros. As gônadas e as adrenais são encontradas 
na extremidade anterior ao pronefros. Amostras de tecido renal podem ser obtidas neste 
momento, desde que o rim seja parcialmente destruído quando examinando o plexo lombo-
sacral. 
Plexo lombo-sacral (também chamado plexo ciático) - Ele se situa abaixo do mesonefros. 
Esta parte do rim tem que ser removida para expor o plexo. A melhor maneira é pressionar 
para fora o tecido renal com a extremidade dos dedos. O plexo é formado por várias 
ramificações da medula espinhal, e duas destas ramificações formam o nervo ciático. 
Esôfago - Coloque o braço rombudo da tesoura dentro do bico da ave, e corte na comissura do 
bico. Continue o corte seguindo o esôfago até o inglúvio. 
Fenda palatina, turbinados, e sinus infraorbitário - Examine a cavidade oral e a fenda do 
palato. Corte através do bico, ao nível da narina para expor os turbinados, e continue o corte 
através dos turbinados até o sinus infraorbitário, procurando por evidência de exsudato. 
Traquéia - Coloque o braço pontudo da tesoura na laringe, e corte abrindo este órgão, sem 
separá-lo do corpo da ave. Uma vez que a traquéia tenha sido cortada, seu lúmen pode ser 
exposto, deslizando-se a tesoura para cima e para baixo. Só no ponto de bifurcação da 
traquéia, dentro dos dois brônquios principais, nós encontramos a laringe caudal ou siringe. A 
siringe é o órgão vocal das aves. 
Cérebro - para examinar o cérebro e obter amostras, é necessário remover parte do crânio. 
Isto é facilmente realizado cortando-se em torno do topo da cabeça da galinha, começando no 
forâmen magno. 
Proventrículo e moela - Separe os estômagos glandular e muscular do intestino. Corte-os 
para abrir. Coloque a ponta da tesoura dentro da abertura do proventrículo e abra-o até a 
moela. Remova o conteúdo da moela e, se necessário, lave cuidadosamente para examinar 
seu revestimento. O proventrículo é o estômago glandular. A moela, por outro lado, tem uma 
cutícula queratinosa, secretada por uma mucosa subjacente (coilina). Examine a integridade e 
a coloração do revestimento queratinoso. Após, remova-o e examine a mucosa. 
Intestino - Comece abrindo o intestino no duodeno e siga-o através de toda a sua extensão, 
incluindo o ceco em seu exame, procurando evidência de lesões coccidianas e presença de 
vermes cilíndricos e chatos. Raspe a mucosa intestinal com uma lâmina e examine-a ao 
microscópio, com o intuito de visualizar oocistos de Eimeria sp. e/ou ovos de vermes (em 
laboratório). 
O mais importante: Anote na ficha, todas lesões encontradas no lote necro-psiado, 
procurando graduar os achados de necropsia, objetivando posteriores análises dos dados 
(poucos veterinários fazem isso!!!). 
No próximo artigo, discutiremos a respeito de possíveis diagnósticos realizados a partir de 
lesões encontradas (por sistema). 
Dr. Adriano da Silva Guahyba
Méd. Vet., Doutorando.
 
“A verdadeira viagem da descoberta, consiste não em ver novas 
paisagens; mas sim, em ter olhos novos”.
Adaptado de: Guide for diagnosis of common poultry diseases. Benjamín Lucio-Martinez 
(Cornell University) 
No último artigo, discutimos a técnica de necropsia. Neste artigo, vamos falar dos eventuais 
achados antemortem encontrados durante o referido procedimento. Vamos abordar uma lista 
de diferentes alterações e as respectivas causas. Este artigo não tem a pretensão de esgotar o 
tema. Ele se restringirá a relatar os problemas mais freqüentemente encontrados em 
necropsias realizadas no CDPA - UFRGS (www.ufrgs.br/ppgcv/cdpa) ao longo dos últimos 
anos. Diante de cada achado observado, serão descritas as causas em ordem decrescente de 
ocorrência. Causas incomuns estão entre colchetes e as que afetam outras espécies que não a 
galinha, serão especificadas. É importante realizar o exame do lote como um todo, obtendo-se 
uma história completa do caso, examinando-se tanto as aves mortas quanto as doentes e as 
aparentemente sadias. É imprescindível que o número de aves remetido ao laboratório se 
constitua numa amostra representativa do problema sanitário existente no lote. 
Exame antemortem
Caixa de transporte das aves: não descarte a caixa sem procurar por parasitas nas fendas e 
frestas, assim como pela evidência de diarréia.
Ácaros nas fendas ou frestas da caixa: Ornithonyssus sylviarum: é um parasita permanente 
da galinha. Se presente em grande número, pode ser encontrado na caixa, bem como sobre o 
corpo da galinha. Dermanyssus gallinarum (ácaro vermelho): é encontrado sobre a ave 
somente durante a noite. Pode estar presente na caixa durante o dia, se a ave foi pega à noite.
Oocistos de Eimeria sp. ou ovos de parasitas: coccídios, e parasitas intestinais são muito 
comuns em galinhas e podem ser encontrados na ausência de doença clínica.
Diarréia sanguinolenta: pode indicar infecção por Eimeria tenella, [E. necatrix]; enterite 
hemorrágica em perus.
Diarréia esverdeada: doença de Marek, tifo, septicemia, viremia (doença de Newcastle, 
p.ex.), febre em geral.
Diarréia esbranquiçada: Lesões renais, pulorose. 
 O exame das narinas é uma das formas de se detectar a doença
1. Pescoço
1.1 Paralisia (pescoço flácido): botulismo, pseudobotulismo (doença de Marek).
1.2 Torcicolo, epistótono, opistótono: infecção do ouvido médio, doença de Newcastle.
1.3 Espondilose: congênito, lesão vertebral do pescoço. 
2. Asa e Movimentos de Asa
2.1 Falta de coordenação: doença de Marek.
2.2 Paralisia: doença de Marek, fadiga de gaiola em poedeiras, doença de Newcastle, 
encefalomielite aviária em pintos muito jovens, encefalomalácia. 
3. Cabeça
3.1 Tremor em galinhas entre 1-4 semanas (e perus): encefalomielite aviária.
3.2 Tiques: doença de Newcastle.
3.3 Torcicolo, opistótono, epistótono: doença de Newcastle, infecções do ouvido médio 
(cólera aviária, salmonelose, pseudomonose em pombos), encefalomalácia (condições 
septicêmicas em galinhas jovens).
3.4 Cabeça inchada: cólera aviária, septicemia, síndrome da cabeça inchada 
(pneumovirose), influenza aviária, doença de Newcastle velogênica viscerotrópica. 
4. Crista e Barbelas
4.1 Falta de desenvolvimento: ave jovem.
4.2 Murcha: doenças crônicas.
4.3 Cianose: febre, septicemia, viremia, cólera aviária, cepas nefrotrópicas de bronquite 
infecciosa (pode ter causado o que foi diagnosticado como crista azul de galinhas no passado), 
leucose; “cabeça negra” (histomonose), crista azul ou erisipelose dos perus.
4.4 Necrose aguda em perus: erisipela, cólera aviária.
4.5 Dermatite escamosa: favo (Dermatophyton gallinae).
4.6 Crostas: canibalismo, bouba aviária, favo.
4.7 Pústulas, crostas: bouba aviária.
4.8 Vesículas, nódulos: bouba aviária, [fotossensibilização], [dermatite vesicular].
4.9 Necrose: influenza aviária, septicemia, [ulceração por frio (em galinhas criadas 
extensivamente)].
4.10 Edema, inflamação, exsudato caseoso nas barbelas: cólera aviária. 
 A presença de parasitas como piolhos ou pulgas pode ser 
encontrada
5. Olhos
5.1 Crostas, pústulas em torno do olho: bouba aviária.
5.2 Adesão das pálpebras: bouba aviária, laringotraqueíte infecciosa, coriza infecciosa, 
[deficiênciade vitamina A].
5.3 Pulgas sobre a pele, ao redor do olho: Echidnophaga gallinaceae.
5.4 Descoloração, ou deformação da íris (assimetria ou cegueira): doença de Marek.
5.5 Hemorragia da pálpebra: laringotraqueíte infecciosa.
5.6 Exsudato caseoso entre a pálpebra e a córnea: bouba aviária, aspergilose, [Oxyspirura 
mansoni (nematódeo da terceira pálpebra), deficiência de vitamina A].
5.7 Opacidade da córnea: doença de Marek, doença de Newcastle velogênica.
5.8 Panoftalmite: Salmonella sp., Pseudomonas sp., Aspergillus sp., e outras septicemias, 
particularmente nas primeiras semanas de vida.
5.9 Cegueira: doenças acima, glaucoma [predisposição genética]. 
6. Narinas
6.1 Descarga nasal: bronquite infecciosa, doença de Newcastle, micoplasmose, coriza 
infecciosa (mau cheiro). 
7 Penas
7.1 Crescimento irregular das penas: síndrome de má absorção, [deficiências de 
aminoácidos].
7.2 Perda de penas: muda natural ou induzida, [ácaros (Knemidocoptes gallinae)].
7.3 Penas quebradas: alojamento em gaiola, deficiência de aminoácidos.
7.4 Penas muito facilmente destacáveis: botulismo, dermatite gangrenosa.
7.5 “Lêndeas” na base das penas, presença de piolhos: infestação por piolhos.
7.6. Pulgas
7.7 Moscas: Pseudolynchia canariensis, em pombos. 
8. Cloaca
8.1 Penas da cloaca sujas: (veja diarréia no início deste artigo).
8.2 Penas da cloaca “encarvoadas”, presença de ácaro: Ornithonyssus sylviarum.
8.3 Sangue nas penas da cauda e/ou asa: canibalismo.
8.4 Sangue sobre a cloaca: prolapso de cloaca, canibalismo.
8.5 Prolapso de pênis em patos e outras aves aquáticas: enterite viral de patos (peste dos 
patos). 
9. Pele
9.1 Hemorragias: anemia infecciosa das galinhas, hepatite por corpúsculo de inclusão.
9.2 Inflamação do folículo da pena: doença de Marek.
9.3 Pústulas, crostas: bouba aviária.
9.4 Crostas: favo (Dermatophyton gallinae).
9.5 Gangrena úmida: dermatite gangrenosa (Clostridium septicum e infecção por 
Staphylococcus sp. em galinhas imunodeprimidas).
9.6 Gangrena seca: erisipela.
9.7 Vesículas: bouba aviária, dermatite vesicular (infecção por Staphylococcus sp.).
9.8 Enfisema subcutâneo: ruptura de saco aéreo.
9.9 Pele engrossada (aparência de pasta): xantomatose. 
 A cloaca também deve ser examinada
10. Jarretes, pés
Examine os jarretes da ave, procurando edema, que possa ser evidência de artrite, e também 
examine os pés, verificando a presença ou não de anomalias, tais como: endurecimento de 
excreta, e crescimento anormal das unhas.
10.1 Edema na articulação do jarrete: com exsudato amarelo claro - infecção por 
Mycoplasma gallisepticum; cor-de-rosa - infecção por Mycoplasma synoviae; turvado ou 
caseoso - estafilococose, estreptococose, salmonelose, etc.
10.2 Encurtamento do tendão (gastrocnêmio): perose.
10.3 Engrossamento dos ossos: osteopetrose.
10.4 Aumento da epífise, curvatura dos ossos: raquitismo.
10.5 Ruptura do tendão gastrocnêmio: artrite viral.
10.6 Eritema dos jarretes: septicemia - dermatite gangrenosa; estafilococose; viremia - 
doença de Newcastle, influenza aviária.
10.7 Hiperqueratose dos jarretes e metatarso: ácaro escamoso das pernas (Knemidocoptes 
mutans).
10.8 Despigmentação em poedeiras: fêmeas que vem produzido ovos há várias semanas.
10.9 Despigmentação em frangos de corte: síndrome de má absorção ou deficiência de 
pigmentos na ração.
10.10 Rachaduras sobre a pele interdigital: deficiência de biotina, ácido pantotênico.
10.11 Almofada plantar edemaciada: abscesso da almofada plantar, gota.
10.12 Necrose do dedo: trauma mecânico, ulceração por frio.
10.13 Excrementos encrostados: cama úmida.
10.14 Unhas dos dedos supercrescidas: alojamento em gaiola. 
11. Sangue
11.1 Gotículas de gordura no sangue: parasitas sangüíneos: Haemoproteus columbiae, 
espiroquetas em pombos.
11.2 Hematócrito baixo: anemia infecciosa das galinhas, leucoses, hepatite por corpúsculo de 
inclusão.
No próximo artigo, discutiremos as alterações postmortem. 
Dr. Adriano da Silva Guahyba
Méd. Vet., Doutorando.
	“A verdadeira viagem da descoberta, consiste não em ver novas paisagens; mas sim, em ter olhos novos”.
	Exame clínico ante mortem
	Eutanásia
	Exame post mortem
	“A verdadeira viagem da descoberta, consiste não em ver novas paisagens; mas sim, em ter olhos novos”.
	Exame antemortem

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