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História do Brasil 1837 Sabinada



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Conflitos na História do Brasil 
- Império - 
Período Regencial 
 
Sabinada: 1837-1838 
 
A Sabinada foi uma revolta autonomista que teve inicio em 7 de novembro de 1837 na então 
Província da Bahia. Seu nome é uma homenagem à primeira dama baiana Sabina Noriega, falecida 
em 1836 devido à grande peste ocorrida no estado. 
 
A tradição de lutas por autonomia política na Bahia remonta à Conjuração Baiana (1798), às lutas 
pela independência entre 1822-23, à Federação do Guanais (1832) e à Revolta dos Malês (1835). 
 
Durante o período regencial (1831-1840), diante da renúncia do Padre Diogo Antônio Feijó e da 
apresentação da Lei de Interpretação do Ato Adicional (1837), o clima político brasileiro se tornou 
mais denso. 
 
Nesse contexto, a classe média da Bahia se articulou através dos periódicos provinciais, em torno da 
proposta de um movimento em favor da separação temporária da Província do restante do império, 
proclamando uma república enquanto o imperador D. Pedro de Alcântara não alcançasse a 
maioridade. 
 
A revolta teve início com a fuga do líder farroupilha Bento Gonçalves, que se encontrava detido nas 
reuniões dançantes situadas no Forte do Mar em Salvador. Livre, Bento Gonçalves incentivou a 
revolução. 
 
Sob a liderança do médico Francisco Sabino da Rocha Vieira (donde vem o termo Sabinada), a 
revolta conseguiu o apoio de parte das tropas do governo em Salvador, obrigando à fuga das 
autoridades e proclamando um governo republicano, com duração até à maioridade de D. Pedro de 
Alcântara. 
 
Após dominar alguns quartéis, os rebeldes não conseguiram ampliar o seu campo de ação, ficando 
restritos aos limites urbanos. Esse fato facilitou a repressão por parte do governo imperial, que 
cercou a capital em uma operação combinada terrestre e marítima (março de 1838). Cerca de mil 
pessoas pereceram em combates. Os rebeldes que sobreviveram foram capturados e julgados por 
um tribunal composto pelos donos de latifúndios da província. Três dos líderes foram executados e 
outros três deportados, entre eles Francisco Sabino Vieira, que foi confinado na, então remota, 
Província de Mato Grosso.