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1º Semestre Serviço Social - Antropologia e Cultura Brasileira - slide da aula - unidade I

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Unidade I
ANTROPOLOGIA E CULTURA 
BRASILEIRABRASILEIRA
Prof. Bruno César dos Santos
Objetivos
1. compreender a linguagem e a 
metodologia específica no que diz 
respeito à relação entre antropologia e 
cultura;
2. analisar criticamente a formação 
econômica, política e cultural brasileira, 
ressaltando suas bases culturais.
Antropologia: definição
 Antropologia é uma ciência, isto é, “um 
conjunto de teorias” (nem sempre 
concordantes) e diferentes métodos e 
técnicas de pesquisa que buscam 
explicar, compreender ou interpretar as 
mais di ersas práticas dos homens emais diversas práticas dos homens e 
mulheres em sociedade”.
Principais áreas da antropologia
 Antropologia biológica (conhecida 
também como antropologia física).
 Antropologia pré-histórica.
 Antropologia linguística.
 Antropologia psicológica Antropologia psicológica.
 Antropologia social e cultural (ou 
etnologia).
Antropologia social e cultural 
(ou etnologia)
 Abrange tudo que diz respeito a uma 
sociedade: seus modos de produção 
econômica, suas técnicas, sua 
organização política e jurídica, seus 
sistemas de parentesco, seus sistemas 
de conhecimento s as crençasde conhecimento, suas crenças 
religiosas, sua língua, sua psicologia, 
suas criações artísticas.
Antropologia e cultura
 A antropologia não consiste 
simplesmente em levantar, 
sistematicamente, os aspectos da 
cultura de uma sociedade. 
 Preocupa-se em apresentar como esses 
aspectos estão relacionados entre si, 
demonstrando a especificidade, a 
particularidade dessa sociedade, isto é, a 
sua totalidade, o que nem sempre é 
colocado no papel. São coisas como os 
menores gestos as trocas simbólicas emenores gestos, as trocas simbólicas e 
os menores comportamentos e atitudes 
de um grupo, de um povo.
Nascimento da antropologia
 Renascimento.
 Exploração de locais até então 
desconhecidos, como o Novo Mundo, a 
América.
 Colonização.Colonização.
Primeiras questões da antropologia
 A grande questão que se colocou a partir 
do confronto visual com a alteridade, 
com os que eram diferentes dos 
europeus, foi justamente se os seres 
encontrados pertenciam à humanidade.
Antropologia de gabinete
 Elaboração das teorias a partir dos 
relatos dos viajantes, comerciantes, 
religiosos, militares, exploradores, 
administradores da colônia etc. 
 Produção centrada nas descrições dos 
locais e dos povos que os habitavam, 
mostrando o quanto esses eram 
diferentes dos europeus. 
Antropologia: séculos XIV - XIX
Contexto:
 colonialismo/neocolonialismo.
Características:
 relatos de viagens (cartas, diários, 
relatórios etc ) feitos por missionáriosrelatórios etc.) feitos por missionários, 
viajantes, comerciantes, exploradores, 
militares, administradores coloniais etc.
Temas e conceitos:
 descrição das terras e dos povos;
 primeiros relatos sobre a alteridade.
O papel da cultura
 Na busca de interpretar as diferenças 
entre os grupos humanos, a cultura 
exerce papel fundamental para o olhar 
antropológico, já que esta passa a ser 
compreendida como uma prática 
significati a q e disting e o homem dasignificativa que distingue o homem da 
natureza, o homem do animal, além de 
ser responsável pelas diversas formas 
de visões de mundo. 
 A cultura é apreendida por meio das 
experiências que os seres humanosexperiências que os seres humanos 
realizam como membros da sociedade.
A definição de cultura
 Uma das definições de cultura foi criada 
por Edward Tylor, em seu livro “Primitive 
culture” (1871). 
 Demonstrou que a cultura pode ser o 
objeto de um estudo sistemático, isto é, 
científico, pois se trata de um fenômeno 
natural que possui causas e 
regularidades, permitindo um estudo 
objetivo e uma análise capaz de 
proporcionar a formulação de leis sobre 
o processo cultural e a evolução dao processo cultural e a evolução da 
sociedade.
Evolucionismo ou darwinismo 
social
 A antropologia vai utilizar a teoria do 
evolucionismo para analisar as 
sociedades e as culturas.
 O evolucionismo social ou darwinismo 
social vai considerar que as sociedades 
evoluem assim como as espécies.
 Desta forma, vão considerar não 
civilizadas as sociedades que não vivem 
em um modelo industrial como o nosso.
Evolução humana
Evolucionismo/etnocentrismo
 O evolucionismo, que surge com a 
ciência antropológica no século XIX, 
conduz à concepção etnocêntrica do 
mundo, isto é, parte-se da ideia de que 
as diferenças entre grupos e sociedades 
poss em ma escala e ol ti apossuem uma escala evolutiva, 
considerando o mundo europeu como 
modelo único de sociedade. 
Eurocentrismo
 Santos (2005) explica que a sociedade 
europeia se considerava “civilizada” e 
“complexa” por ter conseguido a 
industrialização, a ciência, a tecnologia 
etc. 
 Por isso, consideravam as demais 
culturas – as das colônias – “primitivas” 
e “atrasadas”, por não possuírem 
tecnologia como eles.
Interatividade
A ciência antropológica tem como principal 
preocupação compreender:
a) A cultura dos povos considerados
diferentes.
b) A cultura dos antepassados.b) A cultura dos antepassados.
c) As diversas práticas dos homens e 
mulheres em sociedade.
d) As práticas consideradas primitivas. 
e) As sociedades em evolução.
O evolucionismo do século XIX
 Positivismo: primeira linha de pesquisa 
da sociologia, influencia muito a 
produção antropológica.
 A teoria do evolucionismo social e do 
positivismo, no século XIX, representava 
o discurso europeu sobre suas colônias, 
tratando-se de um discurso de poder, no 
qual o mais forte era o mais avançado, 
civilizado, científico, e o mais fraco era o 
atrasado, selvagem e místico.
Teorias deterministas 
Determinismo biológico
 O comportamento cultural é resultado da 
genética e da hereditariedade dos 
indivíduos. 
 Laraia (2004): antigamente consideravaLaraia (2004): antigamente considerava 
que os grupos humanos eram diferentes 
uns dos outros devido a traços 
psicologicamente inatos, como a 
inteligência ou temperamento.
Teorias deterministas
Determinismo geográfico
 Laraia (2004) afirma que as diferenças do 
ambiente físico determinam a 
diversidade cultural.
 Esse momento poderia ser chamado deEsse momento poderia ser chamado de 
“saber pré-antropológico”, pois ainda 
não se tratava de um saber científico.
Antropologia e etnografia
 Malinowski foi o antropólogo que trouxe 
a grande mudança para a antropologia.
 Dá inicio a uma nova antropologia, que 
também é chamada de etnografia –
mapeamento de etnias. 
 A mudança que realizou foi quanto à 
forma de se fazer a pesquisa, já que esse 
pesquisador parou de utilizar 
informações indiretas, aquelas colhidas 
por viajantes, colonizadores 
missionários, e começou a realizar 
pesquisa de campo, ir até as tribos e 
conviver com as pessoas para, a partir 
daí, elaborar suas teorias.
Observação participante
 Método de pesquisa que revolucionou os 
estudos antropológicos. 
 No lugar de análise de relatos, o 
pesquisador passa a ir conhecer os 
povos, penetrar em sua cultura, 
desvendar seus significados, guiados 
por essas informações. 
 Para que uma observação seja 
participativa, é essencial que essa 
integração do investigador seja aceita e 
reconhecida pelos demais integrantes do 
grupo ou comunidade.
Escola antropológica funcionalista
 Além da revolução que realizou no 
trabalho de campo, Malinowski trouxe 
novos elementos para contrapor ao 
evolucionismo social e ao 
etnocentrismo.
 O funcionalismo elabora uma análise 
sem se preocupar com a história, parte 
para o estudo da sociedade do “outro” 
sem se preocupar com o passado dessa 
sociedade, pois essas sociedadesnem 
sempre b sca am alori ar o temposempre buscavam valorizar o tempo 
como nós fazemos - de forma linear, um 
tempo histórico, feito de 
acontecimentos sucessivos para 
pensar sua própria existência.
Funcionalismo
 Os estudos funcionalistas permitiram 
que sociedades não europeias 
passassem a ser compreendidas dentro 
de suas especificidades. 
 As sociedades tribais africanas, 
australianas e asiáticas passaram a ser 
entendidas a partir de sua função social.
Críticas ao funcionalismo
 Feitas a partir dos anos 1960.
 Apontavam para a ineficácia dos 
modelos de mudanças sociais, suas 
contradições estruturais e conflitos. 
 Outras críticas apontavam para aOutras críticas apontavam para a 
descrição das instituições sociais 
apenas a partir de seus efeitos, omitindo, 
portanto, as causas que levariam a esses 
efeitos.
Críticas ao funcionalismo
 Os funcionalistas, ao utilizarem 
conceitos como aculturação e choque 
cultural, deixavam de revelar as 
desigualdades que existem nesse 
contato, principalmente quando resultam 
de ma política colonialistade uma política colonialista. 
 Além disso, são responsáveis pelo que 
ficou conhecido como relativismo 
cultural, ou seja, uma postura de 
tolerância e respeito em relação aos 
costumes e traços culturais diferentescostumes e traços culturais diferentes.
O culturalismo norte-americano
 Franz Boas é um dos primeiros 
antropólogos a perceber a necessidade 
de se estudar um povo em suas 
particularidades, isto é, cada grupo tem 
suas condições históricas, climáticas, 
ling ísticas etc e t do isso determinalinguísticas etc., e tudo isso determina 
que cada cultura é específica, por isso a 
pluralidade de culturas diferentes.
 Assim como Malinowski, realizará 
estudos junto ao grupo pesquisado, 
resultando esses estudos também emresultando, esses estudos, também em 
uma antropologia relativista.
Relativismo cultural
 Para relativizar, é necessário deixar de 
lado todos os meus valores e procurar 
conhecer o outro, a maneira como ele 
expressa e experimenta sua vida. 
 Eu não posso falar como o outro se 
Écomporta, pensa e sente. É necessário 
saber como o outro pensa e sente o seu 
mundo por meio de seus valores e de 
seu conhecimento. 
 Não podemos explicar o outro pelo 
nosso mundo, nossos valores e nossos 
conhecimentos. 
O culturalismo
 Boas não organizou e nem apresentou 
uma teoria da cultura. O conceito de 
cultura não fica claro, pois sua 
preocupação consistia mais em levantar 
hipóteses do que sistematizá-las. 
 Pesquisou várias áreas como: Pesquisou várias áreas, como: 
antropologia física e linguística, folclore, 
geografia, migrações e organização 
social. 
 O que há de importante em suas 
pesquisas é que Boas percebeu que apesquisas é que Boas percebeu que a 
cultura humana não é uma apenas, mas 
várias, e que elas estão relacionadas 
pelo ambiente, pela língua ou pelo 
comportamento dos indivíduos que 
criaram essas culturas.
A influência de Franz Boas
 O pensamento de Boas vai embasar uma 
geração de antropólogos, como Gilberto 
Freyre, na antropologia brasileira. 
A influência de Franz Boas
Franz Boas teve três grupos de alunos que 
acabaram por desenvolver algumas de suas 
ideias:
 um grupo que relacionou a 
personalidade e a cultura; 
 outro que analisou as relações entre a 
linguagem e a cultura; 
 e o terceiro grupo, que trabalhou a 
relação entre os ambientes geográfico, 
ecológico e físico com a cultura.ecológico e físico com a cultura. 
Interatividade
A teoria que defende a necessidade de 
deixar de lado os valores próprios e de 
conhecer o outro, a maneira como ele 
expressa e experimenta sua vida, é 
denominada:
a) Evolucionismo.
b) Estruturalismo.
c) Culturalismo.
d) Relativismo.
e) Etnocentrismo.
A antropologia interpretativa 
 Geertz sustenta que o conceito de 
cultura é semiótico, isto é, o homem vive 
em um emaranhado de significados que 
ele mesmo criou.
 Desta forma, a análise do emaranhado 
deve ser realizada pela ciência 
antropologia, isto é, uma ciência 
interpretativa que busca os significados, 
e não uma ciência experimental, ou seja, 
que tem como objetivo buscar leis 
geraisgerais.
A teoria interpretativa 
 Geertz, em suas pesquisas, buscou 
identificar como as pessoas de 
determinada cultura se definem 
analisando as formas simbólicas pelas 
quais se expressam (palavras, rituais, 
cost mes comportamentos etc )costumes, comportamentos etc.).
 O antropólogo não precisa morar com o 
grupo que está estudando, mas deve, 
sim, conversar com eles e realizar uma 
“descrição densa” sobre as 
particularidades desse grupo para queparticularidades desse grupo, para que 
se possa levar a interpretação do 
discurso social, a busca do significado 
da ação a partir do “ponto de 
vista dos nativos”.
A antropologia pós-moderna ou 
crítica
 A partir da década de 1980, surge a 
antropologia pós-moderna ou crítica, que 
busca politizar a relação entre o 
observador e o observado, bem como a 
crítica dos paradigmas (modelos) 
teóricosteóricos.
Crítica:
 forma como os antropólogos aparecem 
em suas pesquisas e a sua relação com 
aqueles que são observados.
Cultura e formação da sociedade 
brasileira
 Identidade: um conceito interligado a 
outros, como grupo social e cultura. A 
identidade dos sujeitos forma-se a partir 
das condições históricas e culturais em 
que vivem – condições que não 
escolheram pois ao nascer t do jáescolheram, pois, ao nascer, tudo já 
estava pronto, então se deparam com um 
grupo familiar e social, com uma língua 
usada por todos e com um conjunto de 
regras, hábitos e tradições utilizadas. 
 A sociedade e a cultura delimitam a A sociedade e a cultura delimitam a 
nossa vida. 
Brasil: processo de colonização
 A questão da raça se tornou um adjetivo 
que acaba por dar significado à nossa 
identidade: “trabalhadores negros”, 
“índios”, “operários italianos”, 
“alemães”, “imigrantes brancos”. 
 Essas raças se tornaram adjetivos que 
acabaram dando à identidade do 
trabalhador uma singularidade, de forma 
que passam a ser reproduzidas nas 
relações sociais de trabalho.
Antropologia no Brasil 
 Influência de Gilberto Freyre e seu livro 
“Casa-grande e senzala”.
 Nesta obra, Freyre descreve a vida 
cotidiana nos engenhos e como 
acontece a formação da economia 
brasileira a partir da escravidão.
 Pesquisa a partir do cotidiano, elemento 
de importância para o estudo de 
antropologia e sociologia.
A teoria de Gilberto Freyre 
 Influenciado pela forma de pesquisar do 
culturalismo americano em “Casa-
grande e senzala”.
 Resulta em uma representação da 
antropologia brasileira nessa linha de 
pesquisa.
Teoria freireana 
 Freyre busca aquilo que é específico da 
nossa cultura e, muitas vezes, sua 
explicação se embasa nos aspectos 
geográficos, em outro momento na 
“raça” e na personalidade dos povos que 
formam a c lt ra brasileira e também naformam a cultura brasileira, e também na 
língua utilizada. 
 Esses aspectos são os que o levarão a 
formar o conceito de cultura brasileira. E 
são justamente esses aspectos que 
fazem parte da forma de se fazerfazem parte da forma de se fazer 
pesquisa no culturalismo americano de 
Franz Boas.
Diferentes análises antropológicas
 Gilberto Freyre deu início às análises da 
cultura brasileira de uma maneira 
bastante original, na medida em que viu 
com otimismo a miscigenação racial e as 
particularidades das relações sociais no 
BrasilBrasil. 
Teorias de Freyre 
 Freyre busca compreender a relação 
entre raça e cultura, demonstrando que a 
questão genética não está acima da 
dimensão cultural, ou seja, a existência 
dos problemas sociaisnão estaria, 
necessariamente relacionada ao caráternecessariamente, relacionada ao caráter 
mestiço do povo brasileiro, 
demonstrando, assim, pensamento 
contrário ao determinismo biológico.
Características da sociedade 
brasileira
Freyre (1997, p.4) caracteriza a base da 
sociedade brasileira:
“[...] a agricultura, as condições, a 
estabilidade patriarcal da família, a 
regularidade do trabalho por meio da 
escravidão, a união do português com a 
mulher índia, incorporada assim à cultura 
econômica e social do invasor.”
Colonização híbrida
 Segundo Freyre (1997), a aceitabilidade 
dos portugueses quanto à colonização 
híbrida e o resultado da mistura entre 
eles e os índios e negros era 
consequência do seu passado étnico e 
c lt ral já q e eles receberamcultural, já que eles receberam 
influências sexuais, alimentícias e 
religiosas nas suas relações com a 
África. 
 A partir disso, já havia o mestiço na 
relação do português com o negro narelação do português com o negro na 
própria África.
Inovações
 Gilberto Freyre se destaca, nesse 
momento, devido à ousadia na forma 
como vai interpretar o Brasil e os 
brasileiros, a partir das características 
geográficas, das origens étnicas ou da 
raça como ele sa em se te toraça, como ele usa em seu texto, 
buscando descrever a formação do 
nosso povo.
Interatividade
Assinale a alternativa que não corresponde
às características da obra “Casa-grande e 
senzala”, de Gilberto Freyre:
a) Descreve a vida dos colonizadores 
europeus.
b) Pesquisa a partir do cotidiano.
c) Busca demonstrar a sociedade
patriarcal.
d) Obra de importância para o estudo de 
antropologia e sociologiaantropologia e sociologia.
e) Descreve a vida cotidiana nos engenhos 
e como acontece a formação da 
economia brasileira a partir da 
escravidão.
O mito da democracia racial
 O livro “Casa-grande e senzala” é 
criticado por apresentar uma relação 
social entre portugueses, índios e 
negros de uma maneira fantasiosa. 
 Há intelectuais que o criticam por 
encontrar, na obra, uma mensagem de 
que, naquele tempo, existia uma 
“democracia racial”.
Miscigenação e mobilidade
 Para Freyre, o que ajudou o português a 
conquistar novos territórios foi também 
a sua facilidade em se aclimatar, 
denominada por ele de 
“aclimatabilidade”.
 Freyre considerava que as condições 
geográficas de Portugal eram parecidas 
mais com as da África do que com as da 
própria Europa. Por isso, os portugueses 
não sentiram tanta diferença no Brasil. 
Desta forma isso os ajudará em suaDesta forma, isso os ajudará em sua 
fixação na formação da colônia híbrida 
(mestiça).
Inovações
 Para Freyre, o problema social é o que 
debilita a população brasileira, e não a 
mestiçagem, já que não é a mistura de 
raça que traz a debilidade a esse povo, 
mas a pobreza, a escassez de 
alimentação o regime escra o a q ímicaalimentação, o regime escravo, a química 
dos alimentos tradicionais que 
consomem, a irregularidade alimentar, a 
falta de higiene na conservação e 
distribuição dos alimentos.
Inovações
 É dentro desse antagonismo que será 
formada a sociedade brasileira: de um 
lado, a grande lavoura, a monocultura do 
litoral; de outro, a pecuária do sertão. 
 Tanto monocultores quanto pecuaristas 
não tinham uma alimentação sadia.
 Freyre (1997) diz que, durante os três 
séculos de colonização, a vida foi difícil, 
pois a monocultura esterilizou a terra, os 
senhores rurais se endividaram, as 
formigas, as enchentes e as secas 
dificultaram a produção dos alimentos. 
Inovações 
 A obra de Freyre é considerada 
inovadora pelo fato de destacar, pela 
primeira vez, algumas características 
positivas nos grupos indígenas e negros.
Características indígenas
 Em relação aos costumes indígenas, 
Freyre (1997) destaca sua influência na 
introdução dos hábitos de higiene e na 
dieta do colonizador português, com a 
introdução de alimentos nutritivos, como 
a mandioca e o conhecimento do podera mandioca e o conhecimento do poder 
de algumas ervas.
Características indígenas
 Para Freyre, coube à mulher indígena o 
papel de transmitir esses costumes, pois 
o homem índio tendia a ser nômade, 
enquanto a mulher, por se fixar em um 
só local, teria a facilidade de se 
amancebar com os port g eses eamancebar com os portugueses e, 
consequentemente, transmitir ao 
europeu um pouco da sua cultura. 
Quanto ao homem indígena, coube a 
responsabilidade de transmitir aos 
portugueses o gosto pela guerra.portugueses o gosto pela guerra.
Influência negra
F (1997) d t l Freyre (1997) destaca algumas 
características, como a ternura, a mímica 
excessiva, elementos religiosos, a música, o 
andar, entre outras.
 Sem negar a importância do negro na vida 
estética e no progresso econômico do Brasil, p g ,
o autor enfatiza, em sua análise, a separação 
entre negro e escravo, contrariando as 
teorias eugênicas predominantes na época e 
que, influenciadas pelo cientificismo e 
darwinismo social, descreviam o negro como 
uma raça inferioruma raça inferior. 
 Para Freyre, o negro brasileiro 
não era inferior, mas, sim, foi 
inferiorizado durante a
escravidão.
Influência negra
 “A escravidão desenraizou o negro do 
seu meio social e de sua família, 
soltando-o entre gente estranha e, 
muitas vezes, hostil. [...] É absurdo 
responsabilizar o negro pelo que não foi 
obra s a nem do índio mas do sistemaobra sua nem do índio, mas do sistema 
social e econômico em que funcionaram 
passiva e mecanicamente. Não há 
escravidão sem depravação sexual. É da 
essência mesmo do regime [...]” 
(FREYRE, 1997, p. 315-316).(FREYRE, 1997, p. 315 316).
Críticas à obra de Freyre
 A violência e os conflitos que 
envolveram a escravidão, presentes nas 
relações entre senhores e escravos, 
foram minimizados em “Casa-grande e 
senzala”, reproduzidos em apenas 
alg mas citações sobre as h milhaçõesalgumas citações sobre as humilhações, 
castigos e torturas aos quais os negros 
eram submetidos.
Críticas à obra de Freyre
 Ao aplicar o termo “assimilação” para 
descrever os contatos entre 
colonizadores e colonizados, Freyre 
(1997) traz a visão antropológica da ideia 
de solidariedade e interação entre os 
gr pos minimi ando os aspectos q egrupos, minimizando os aspectos que 
demonstram a exploração e a violência 
que marcaram a história da colonização 
brasileira.
Interatividade
A obra de Gilberto Freyre é considerada 
inovadora pelo fato de destacar, pela 
primeira vez, algumas características 
positivas nos grupos indígenas e negros.
Porém, é criticada por inserir, na análise da
sociedade brasileira temas comosociedade brasileira, temas como:
a) Monocultura.
b) Assimilação.
c) Patriarcalismo.
d) Violênciad) Violência.
e) Todas as alternativas estão corretas.
ATÉ A PRÓXIMA!

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