Desafio Etnografia

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<p>Desafio Etnografia</p><p>A etnografia não é uma abordagem rígida. Esse método apresenta diferentes estratégias que se relacionam aos diferentes objetos e objetivos de pesquisa.</p><p>Os tipos de etnografia são os seguintes:</p><p>• Clássica: imersão longa e participação.</p><p>• Virtual: imersão no veículo da comunicação (redes sociais, chats, ambientes virtuais, blogs).</p><p>• Multissituada (global etnography): analisa interação entre diferentes espaços geográficos (bairros, cidades, países, etc.). O objetivo aqui é analisar a interação, e não comparar os grupos.</p><p>• Crítica: analisa dinâmicas e assimetrias de poder, apontando as práticas de dominação e seus efeitos.</p><p>• Participativa: integra a colaboração entre pesquisadores e comunidade, legitimando a voz dos integrantes do grupo analisado.</p><p>• Aplicada: direcionada a problemas e à identificação ou construção de soluções, e não ao conhecimento de culturas e grupos sociais. Por isso, tende a ser utilizada em espaços corporativos.</p><p>• Visual: usa imagens (vídeos, fotos, pinturas e desenhos) como forma de expressão da cultura.</p><p>• Autoetnografia: o pesquisador é o objeto de estudo, e suas interações e seus comportamentos são objetos de análise, utilizando crítica, narrativa e contextualização.</p><p>Considerando essas informações, analise o caso descrito a seguir:</p><p>Defina o tipo de etnografia recomendada para esse caso e explique como a ferramenta vai contribuir para a compreensão do contexto.​​​​​​​</p><p>Padrão de resposta esperado</p><p>Apenas a etnografia multissituada não pode ser considerada adequada ao enfrentamento desse desafio. As demais se diferenciam quanto à abordagem e aos resultados da análise:</p><p>• Clássica: permitirá entender o significado do comportamento dos estudantes e os vínculos estabelecidos, identificando as falhas no fomento dessa conexão.</p><p>• Virtual: permitirá entender se as conexões entre os estudantes são as mesmas dentro e fora do ambiente virtual, oferecendo algumas respostas sobre as interações dentro da escola.</p><p>• Crítica: identifica as relações hierárquicas na escola (entre alunos e diretores e professores, alunos e equipe, alunos e pais, entre alunos), identificando se há sistemas de poder assimétricos que limitam a interação social.</p><p>• Participativa: pode ser a pesquisa que oferecerá melhores resultados, uma vez que integrará o ponto de vista dos estudantes.</p><p>• Aplicada: é adequada, mas pode oferecer uma solução limitada ao temporário, uma vez que a solução do problema expresso na escola pode não corresponder a questões sociais exteriores, presentes na família ou na comunidade, se for o caso.</p><p>• Visual: importante para esse objeto de estudos, pode dialogar de forma mais direta com adolescentes e jovens que têm na comunicação visual uma presença intensa nos processos de socialização.</p><p>• Autoetnografia: pode oferecer recursos ricos à medida que o pesquisador se insere na interação, mas, nesse caso, será preciso ser aceito nas interações pelos estudantes, o que pode ser um desafio.</p>