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Artigo - especialização Antropologia em Historia dos povos índiginas

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O ASSISTENTE SOCIAL NO ACOMPANHAMENTO DOS ALUNOS INDIGENAS NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO NA ESCOLA PADRE THOMAZ GHIRARDELLI DE CAMPO GRANDE MS: REALIDADE, DESAFIOS E SUAS POSSIBILIDADES.
 
Marcia Cristina Arguelho Mendes
Marciaarguelho79@gmail.com
 
CAMPO GRANDE/MS
JANEIRO/2017.
Resumo:
 O presente trabalho vem ao encontro da necessidade de reconhecer os problemas sociais que os alunos indígenas encontram nas escolas urbanas, a desvalorização da cultura indígena que vem perdendo gradativamente sua identidade, e aprendendo outros costumes no seu dia a dia na pratica pedagógica. Para Bauman,(2001), descreve as práticas de ensino que impregnam a vida desses índios nesse tempo de “modernidade liquida”.
 As reflexões acerca da inserção do Serviço Social na área da Educação é hoje, uma demanda emergencial na política de educação, no que se refere aos benefícios prestados aos alunos, ao atendimento social às suas famílias e à orientação para a organização social.
 E o profissional de serviço social é indispensável nas escolas, porque eles atuam de um modo construtivo na vida desses alunos indios e não indios, orientando, e fortalecendo vínculos entre alunos, pais e escolas. Segundo os dados da (SEMED, 2016) matriculados nas 95 escolas municipais da cidade, as pesquisas apontam a necessidade de uma maior aproximação epistemológica com a temática, e uma pratica pedagógica de exclusão, forte resultado de preconceito que assombram os povos indígenas desde o inicio de suas lutas históricas que tem sido, e vem se alastrando nos dias atuais, essas lutas pelos seus direitos. 
 O fruto dessa pesquisa tem como objetivo principal apresentar algumas práticas pedagógicas de exclusão dos docentes com relação as crianças e os adolescentes indígenas matriculadas na escola Padre Tomaz Ghirardelli em Campo grande/MS. 
Palavra-Chave: 
Alunos indígenas, Campo Grande /MS, assistente social na educação escolar, e a desigualdade social no campo educacional.
Abstract: 
 The present work meets the need to recognize the social problems that indigenous students encounter in urban schools, the devaluation of indigenous culture that has gradually lost its identity, and learning other customs in their day to day pedagogical practice. For Bauman, (2001), it describes the teaching practices that impregnate the life of these Indians in this time of "liquid modernity".
       The reflections on the insertion of Social Service in the area of ​​Education is today an emergency demand in education policy, regarding the benefits provided to the students, the social service to their families and the orientation to social organization.
       And the social service professional is indispensable in schools because they work constructively in the lives of these Indian and non-Indian students, guiding and strengthening links between students, parents, and schools. According to data from (SEMED, 2016) enrolled in the city's 95 municipal schools, the research points to the need for a greater epistemological approach to the subject, and a pedagogical practice of exclusion, a strong result of prejudice that haunts indigenous peoples from the beginning Of its historical struggles that have been, and has been spreading in the present day, these struggles for their rights.
         The main objective of this research is to present some pedagogical practices to exclude teachers from indigenous children and adolescents enrolled in the Padre Tomaz Ghirardelli School in Campo Grande / MS.
Key words:
 indigenous students, Campo Grande / MS, social worker in school education, and social inequality in the educational field.
INTRODUÇÃO
 O presente trabalho consiste em abordar a complexidade do contexto atual. A respeito da atuação do assistente social em escolas públicas. A educação a saúde e a segurança como um todo é uma questão social para o assistente social. Ele tem um comprometimento em garantir o acesso aos direitos sociais para a população. Sendo a educação um direito para todos, o assistente social tem varias possibilidades para desenvolver um trabalho junto às escolas na relação com estudantes, suas famílias e com os profissionais que atuam nesta área. No Brasil, os povos indígenas têm suas próprias organizações sociais, seus valores, tradições, seus conhecimentos culturais. A extensão desses direitos no campo educacional criou possibilidades dos povos indígenas a serem inseridos na instituição escola. A escola é uma instituição onde as questões sociais se apresentam cotidianamente, nas relações entre alunos, educadores, família e comunidade. Por essa razão vejo a necessidade de focar nas escolas públicas, se esta havendo inclusão ou exclusão do aluno indígena nesses estabelecimentos de ensino.
Mas temos que pensar que para que a inclusão se efetue, não basta estar garantido na legislação, mas demanda modificações profundas e importantes no sistema de ensino. Essas mudanças deverão levar em conta o contexto socioeconômico, além de serem gradativas planejadas e contínuas, para garantir uma educação de ótima qualidade para todos.
A inclusão escolar como parte de um processo social, há muitas falhas, além da discriminação social, baseada em regras, costuma serem apontados, por pessoas envolvidas com o processo educacional da criança e do adolescente, outros fatores que dificultam a inclusão escolar, como o despreparo dos professores diante de um aluno diferente da maioria dos alunos, o número de alunos por sala de aula ser superior ao desejável, à falta de recursos técnicos, etc. Talvez o desafio seja, portanto, não perder de vista a produção da exclusão, ao mesmo tempo em que se produzam possibilidades de inclusão indígena nas escolas públicas de Campo Grande/MS.
O trabalho se justifica pelo fato de ser Assistente Social, percebo a carência do profissional de serviço social nas escolas públicas e privadas de Campo Grande, e vejo a importância do acompanhamento e visita domiciliares e um parecer técnico com sugestão de soluções para com os alunos indígenas, para que possa atender suas necessidades e trabalhar junto as suas dificuldades. A partir dessa realidade senti a necessidade de pesquisar a maneira desses alunos indígenas no ensino regular, e desse modo conhecer e identificar os fatores sociais, culturais e econômicos que atingem o campo educacional. 
E dessa forma podendo fortalecer o vinculo familiar, obtendo bons resultados com os pais e as famílias destes alunos e com os profissionais de Educação para que atenda efetivamente suas necessidades pedagógicas e que seja feita a inclusão desse aluno indígena no ensino regular nas escolas públicas dos bairros de Campo Grande. 
Ao direcionar um olhar especial para o ensino das crianças e adolescentes indígenas na escola Padre Thomaz Ghirardelli, no Bairro Dom Antonio Barbosa. É necessário de uma política de inclusão entre os alunos e professores desse estabelecimento. Nesse sentido, a pesquisa foi realizada para contribuir e proporcionar novas discussões teóricas e metodológicas.
 Porque ainda não temos assistente social na educação básica se o projeto foi aprovado e sancionado em 17/06/2013, pelo Prefeito, e recebeu o nº de Lei 5192/2013 publicada no Diário Oficial do Município nº 3790 de 20/06/2013, conforme abaixo: Projeto de lei Legislativo nº 7.391/13, de 22/04/2013.
 Dispõe sobre a obrigatoriedade da atuação do assistente social na rede municipal de ensino em escolas e Ceinfs do Município de Campo Grande, na forma que especifica e da outras providencias. 
 Fica o questionamento sobre quais são as possibilidades do assistente do social se o próprio Município de Campo Grande MS, só reconhece o trabalho dos assistentes sociais nos CEINFS, e não na educação básica de ensino. Por esse mesmo motivo considero o assistente social indispensável nas escolas públicas de ensino.
Portanto é importante reforçar que o profissionalde Serviço Social, inserido na escola, não desenvolve práticas pedagógicas que substituem aquelas desempenhadas por profissionais tradicionais da área de Educação. Ressaltando que concretiza no sentido de subsidiar, auxiliar e desenvolver ações sociais nas possíveis soluções de conflitos que existem na escola, e seus demais profissionais, no enfrentamento de questões sociais que integram a pauta da formação e do fazer profissional do Assistente Social, sobre as quais, muitas vezes a escola não sabe como proceder e nem intervir.
É de extrema importância que o profissional do Serviço Social, inserido na escola, saiba trabalhar com programas visando à prevenção e não dispender o seu tempo meramente com a efervescência dos problemas sociais. Na escola, o assistente social deve ser o profissional que precisa se preocupar em promover o encontro da educação com a realidade social do aluno, da família e da comunidade, a qual ele esteja inserido. [...] Acredita-se que uma das maiores contribuições que o Serviço Social pode fazer na área educacional é a aproximação da família no contexto escolar. É intervindo na família, através de ações ou de trabalhos de grupo com os pais, que se mostra a importância da relação escola-aluno-família. O assistente social poderá diagnosticar os fatores sociais, culturais e econômicos que determinam a problemática social no campo educacional e, consequentemente, trabalhar com um método preventivo destes, no intuito de evitar que o ciclo se repita novamente (SANTOS, 2011, p.02).
 Abaixo a tabela do DIOGRANDE:
	 Autor(es) do Ato: VEREADOR CARLÃO – PSB.
Situação: LEI Nº 5.192/13 Sancionado em:17/06/2013
Diário Oficial nº: 3790 Data: 20/06/2013
 DIOGRANDE : DIÁRIO OFICIAL DE CAMPO GRANDE-MS
 ANO XVI n. 3.790 - quinta-feira, 20 de junho de 2013. Registro n. 26.965, Livro A-48, Protocolo n. 244.286, Livro A-10. 
4 º Registro Notarial e Registral de Títulos e Documentos da Comarca de Campo Grande - Estado de Mato Grosso do Sul.
PARTE I PODER EXECUTIVO
LEI n. 5.192, DE 17 DE JUNHO DE 2013.
DISPÕE SOBRE A OBRIGATORIEDADE DA ATUAÇÃO DO ASSISTENTE 
SOCIAL NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO, ESCOLAS E CEINF’S DO 
MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE-MS, NA FORMA QUE ESPECÍFICA E DÁ 
OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu ALCIDES JESUS PERALTA 
 BERNAL, Prefeito Municipal de Campo Grande, Capital do Estado de Mato Grosso do Sul, sanciono a seguinte Lei:
 Art. 1º Fica obrigada a presença de Assistente Social na Rede Municipal de Ensino e nos Centros de Educação Infantis (CEINF’S).
Parágrafo único. É importante a intervenção do Assistente Social na Rede 
Municipal de Ensino e nos CEINF’S para o enfrentamento e na prevenção de situações que  se manifestam no cotidiano escolar, sendo que os profissionais de Serviço Social, detendo conhecimentos teóricos e metodológicos específicos, poderão desenvolver a tarefa de compreender e intervir positivamente na vida de cada aluno, além da competência para planejar, elaborar e executar projetos sociais e encaminhamentos em defesa do respeito dos direitos institucionais dos educandos. 
 Art. 2º O Serviço Social Escolar será desenvolvido por profissionais habilitados 
em Assistência Social, com as seguintes competências:
I - efetuar levantamento de natureza social e econômica das famílias para 
caracterização e identificação da população escolar, para enfrentamento das problemáticas 
cotidianas;
II - elaborar e executar programas de orientação social e familiar, visando à 
prevenção da evasão escolar e melhorar o desempenho do aluno;
III - elaborar programas e visitas domiciliares com o objetivo de ampliar o 
conhecimento acerca da realidade social e familiar do educando, possibilitando a interação 
e intervenção deste profissional no âmbito escolar para uma assistência adequada à sua 
realidade;
IV - participar de equipe multidisciplinar integrada pela supervisão escolar, 
psicólogos, profissionais da saúde e assistentes sociais para elaboração de programas 
que visem prevenir a violência e o uso de substâncias psicoativas (álcool/drogas), bem 
como o esclarecimento sobre doenças infecto-contagiosas e demais questões de saúde 
pública;
V - elaborar e articular programas específicos nas escolas com classes especiais;
VI - empreender e desenvolver demais atividades pertinentes ao Serviço Social.
 Art. 3º Para fins de prestar serviços de Assistentes Sociais serão utilizados 
servidores pertencentes ao quadro de carreira do Poder Executivo Municipal com o 
devido registro no Conselho de Classe.
Parágrafo único. Vetado.
 Art. 4º As despesas com a execução desta Lei correrão por conta de dotações próprias do Orçamento do Município. 
 Art. 5º Poderá o Poder Executivo Municipal celebrar convênios com as instituições 
de ensino público ou privado na área de Serviço Social, com o objetivo de utilizar-se dos serviços de acadêmicos estagiários para o cumprimento ao disposto na presente Lei.
 Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
 CAMPO GRANDE-MS, 17 DE JUNHO DE 2013.
 ALCIDES JESUS PERALTA BERNAL.Prefeito Municipal.
 Para Almeida (2000, p.2), a prática do assistente social na escola significa:
 [...] pensar sua inserção na área de educação não como uma especulação sobre a possibilidade de ampliação do mercado de trabalho, mas como uma reflexão de natureza política e profissional sobre a função social da profissão em relação às estratégias de luta pela conquista da cidadania através da defesa dos direitos sociais e das políticas sociais.
O objetivo desta pesquisa foi verificar qual a realidade e as possibilidades do assistente social no âmbito escolar e no acompanhamento do aluno indígena dentro e fora da sala de aula na escola Padre Thomaz Ghirardelli no Bairro Dom Antonio Barbosa, e identificar qual são sua etnia, pois existem vários indios de varias etnias como Guarani, kaiowá, Kadiwéu, Guató e Terena já que existem muitas aldeias urbanas em vários cantos da cidade de Campo Grande MS, e nessa escola esta concentrado vários indios que moram nesse bairro e estudam nessa escola. Pois os diretores e professores não sabem identificar as etnias desses alunos indígenas e nem sabem muitas vezes lhe dar com essa situação. Os professores por não conseguirem conhecer a realidades de seus alunos indígenas acabam desenvolvendo práticas pedagógicas de exclusão.
Por esse mesmo motivo vejo a necessidade do assistente social no acompanhamento desse aluno indígena dentro dessa escola regular. Além da possibilidade de contribuir com a realização de diagnósticos sociais indicando possíveis alternativas à problemática vivida por muitas crianças e adolescentes indígenas, este profissional também poderá proporcionar o devido encaminhamento a redes de proteção social que, se devidamente articuladas, contribuem para a efetivação da cidadania, na qual está implantado o direito à educação. 
Foram feitos levantamento de demandas específicas e encaminhamento da família e do aluno indígenas, como: atendimento médico especializado, fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, necessidade de inclusão/manutenção em programas sociais (Benefício de Prestação Continuada, Programa Bolsa Família).
O trabalho foi realizado através de pesquisa de campo, entrevista, visita domiciliar, relatórios e estudo de caso dos alunos indígenas na Escola Municipal Padre Thomaz Ghirardelli, no Bairro Dom Antonio para constatação ou não da educação inclusiva.
Foram realizadas entrevistas com o Diretor, com a coordenadora e com professores dos alunos indígenas e a partir desse momento buscamos encontrar possíveis soluções para o problema, pois procurei editar todas as informações possíveis e processá-las usando todos os métodos viáveis que foram usados para realização deste trabalho.
2. As escolas municipais com maiores concentração de alunos indígenas
 Conforme a Secretaria da SEMED, osdados fornecidos por ela não são exatos, porque as matrículas não obedecem a um seguimento, e por isso os dados não são 100%, mas devido a matrículas que estão na central de vagas e é por esse sistema que eles fazem uma estatística dos alunos em geral. Em Campo Grande MS, a Secretaria Municipal de Educação/SEMED possui atualmente 97 escolas, organizadas e distribuídas em áreas urbanas e rurais. Segundo os dados da SEMED, no ano de 2016 foram matriculados um total de 800 crianças e adolescentes indígenas. Para Conselheira Municipal da SEMED, de acordo com a secretaria, existe um número ainda maior de índios matriculados nas escolas, pois em anos anteriores a população indígena que frequentava as escolas da REME era superior a 1000 alunos. 
Segue abaixo a tabela com a maior concentração de alunos indígenas matriculados na REME distribuídos em 25 escolas da cidade de Campo Grande MS. 
	
As escolas Municipais com maiores concentrações de alunos indígenas.
	ESCOLAS
	ALDEIAS
	ALUNOS INDÍGENAS
	Escola Municipal João
Candido de Souza
	Aldeia Urbana Água Bonita
	110
	Escola Municipal Professora Ione Catarina Gianotti Igydio
	Aldeia Urbana Darcy Ribeiro
	90
	Escola Municipal Sulivam Silvestre Oliveira
	Aldeia Marçal de Souza
	86
	Escola Municipal Professor Arassuay de Castro
	Aldeia Urbana Darcy Ribeiro
	32
	Escola Municipal Rachid
Saldanha Derzi
	Aldeia Urbana Darcy Ribeiro
	28
	A escola Padre Thomaz Ghirardelli,
	 Cidade de Deus uma favela onde concentra uma pequena parte dos indios 
	 20
Fonte: Dados fornecidos pela SEMED.
 Esses são os dados apresentados pela SEMED, os maiores números de matrículas indígenas estão concentrados nos Anos iniciais do Ensino Fundamental. Esses alunos buscam na escola, um aprendizado dos códigos ocidentais para tornar-se um instrumento facilitador do diálogo entre os nãos índios (FREIRE, 2006).
 Existem outras escolas municipais com números significativos de alunos indígenas por toda cidade de Campo Grande-MS. Segue a Tabela abaixo:
	
Escolas municipais com menores números de alunos indígenas.
	Escola
	Bairro
	Alunos Indígenas
	Escola Antônio José
Paniago
	Jardim Itamaracá
	16
	Escola Professora Olivia Enciso
	Bairro Tiradentes
	14
	Escola Professora Arlene Marques Almeida
	Jardim Canguru
	13
	Escola Professor Vanderlei Rosa de Oliveira
	Novo Maranhão
	10
	Escola Dr Eduardo Olimpio Machado
	Coopha Villa 2
	10
	Escola EM Elizio Ramirez Vieira 
	Jardim Pênfigo
	9
	Escola E.M. Professora Elizabel Maria Gomes Salles
	Santa Luzia
	7
Fonte: dados fornecidos pela SEMED.
 Essas foram as escolas mencionadas com maior índice de alunos indígenas, mas vale ressaltar que essas escolas que não foram citadas porque é um ou dois a cada 1500 a 2500 alunos, por toda rede municipal de ensino REME. Ao contrário, as práticas de ensino e os currículos que se fazem presentes nas escolas reforçam o modelo hegemônico de educação. Para Bhabha (1998), em outras palavras, o diferente é excluído, inferiorizado, silenciado e aprisionado em sua diferença cultural, o que não permite a possibilidade de movimento e dinamismo e impede a produção de outros sentidos.
 O processo pedagógico com os alunos indígenas na Escola Municipal Padre Thomaz Ghirardelli
 O texto aqui apresentado é elaborado a partir de um estudo de caso e entrevista com os coordenadores, professores e alunos indígenas dessa escola municipal Padre Thomaz Ghirardelli, que tem 2500 alunos e 22 alunos indígenas. Para fundamentar as reflexões foram selecionados como eixo principal os conceitos de identidade e diferença. A escolha somente ocorreu por causa das visitas domiciliarem nas casas dos pais dos alunos indígenas no Bairro Cidade de Deus e fizeram presentes nas relações de tensões que vão se formando no espaço escolar. 
 Ressaltando que há vários povos indígenas de diferentes etnias que moram nas redondezas dessa escola, que vivem em situações de favelamento, em situações muito difíceis e precárias, e só estão dentro das escolas porque recebem ajuda de moradores e igrejas de outras regiões, entre elas são as aldeias, (Guarani, kaiowá, Kadiwéu, Guató e Terena). O estudante indígena ao chegar à escola depara-se com uma realidade diferente das escolas indígenas das aldeias rurais. Eles se sentem como uns alienígenas dentro das salas de aula como se estivessem vivendo em outro planeta. Essa questão pode ser compreendida nos escritos da índia Terena Maria de Lourdes (2010) que diz:
Quando cheguei à sala de aula, meu primeiro impacto foi com a questão da língua isto é, eu falante da língua terena e a professora da língua portuguesa. Quando ela começou a explicar a matéria parecia que eu estava em outro mundo, pois não entendia nada do que ela estava falando. Fiquei olhando para ela com vontade de dizer que não estava entendendo nada, mas não sabia como falar. Sei que aos poucos fui decorando os nomes das letras e consegui com muito custo juntar as sílabas e a decodificar tudo o que lia.
(Lourdes 2010 p 22).
 Ressaltando que essa situação é muito difícil para os estudantes indígenas e para os professores não indios, notamos que ambos ficam em uma posição de inadequação. O estudante por depositar no professor a confiança de ser o mediador e o facilitador no espaço escolar, e o professor por não conhecer a cultura dos índios. Diante dessas e outras situações encontradas nas escolas, observamos que os estudantes indígenas conseguem melhores resultados frente às práticas pedagógicas dos docentes do que o professor quanto a alteridade dos alunos indígenas.
Os professores por não conseguirem conhecer a realidade de seus alunos indígenas, acabam desenvolvendo práticas pedagógicas de exclusão, essas práticas são resultantes do modelo hegemônico de escola, a qual seleciona saberes, valores, práticas e outros conforme consideram adequados ao seu desenvolvimento de aprendizado.
Conforme a conversa com vários professores dessa escola municipal Padre Thomaz Ghirardelli, um professor de português relatou o seguinte fato:
Eu sempre percebi que os alunos indígenas, sempre tiveram muitas dificuldades, em relação às atividades aplicadas em sala de aula, eles são bem diferentes dos alunos não indios, eles não tem rendimentos satisfatórios, eles tem dificuldades de aprendizado e isso é em todas as series do ensino fundamental. Como percebi que as dificuldades deles era maiores que as dos outros alunos, resolvi mudar a minha pratica de ensino para poder aconchegar eles ao grupo.
Focando no que disse esse professor sobre os alunos indios ficam claras duas questões sobre os quais podemos refletir. A primeira parte do relato do professor que ele traz e vê dificuldades de português só para os alunos indígenas. O mesmo esquece que essa dificuldade pode ser apresentada pelos alunos não indios. Podemos relatar que a situação indígena é vista com maus olhos, que a própria escola só vê o fracasso do aluno índio e dá um diagnostico escolar fracassado, por exemplo, (indio não gosta de estudar, qualquer coisa serve, ele não vai entender nada mesmo). Na segunda parte podemos notar que o professor conseguiu rever a sua prática pedagógica em sala de aula com a relação aos estudantes indígenas. 
O professor vendo a dificuldades que os alunos indios tinham em aprender, ele adotou uma proposta de ensino baseada no diálogo e na troca de conhecimento de diferentes grupos. Essa proposta de aprendizado poderia ser adotada por outros professores e ate mesmo por toda a escola, poderíamos pensar numa educação que fosse para todos ou uma educação que apareça como:
- Um intercâmbio que se constrói entre pessoas, conhecimentos, saberes e práticas culturalmente diferentes, buscando desenvolver um novo sentido entre elas na sua diferença.
- Um espaço de negociação e de tradução onde as desigualdades sociais, econômicas e políticas, e as relações e os conflitos de poder da sociedadesão mantidos ocultos e sim reconhecidos e confrontados (CANDAU e OLIVEIRA, 2010, p.14).
Em outro dialogo coma professora de Artes ela relatou o que ela fez em sala de aula no dia do indio:
Preparei uma atividade lúdica que lembrasse o dia dos indios, eu queria uma aula diferente, pois que ficasse registrada a importância do indio no nosso meio, pesquisei muito sobre os jogos indígenas, as suas danças e rituais, pois preparei a sala de aula e fiz com que ficasse como se fosse uma aldeia, por que sabia que na minha sala tinha alunos indígenas, eu perguntei algum indio aqui na sala de aula? Quem é indio levanta a mão? e ninguém respondeu, porem mudei a pergunta: alguém sabe da cultura indígena ? Ai eu percebi que nem mesmo os indios sabiam da sua origem.
 Observando a fala da professora constata-se que ela não percebeu, mas iniciou sua fala excluindo a criança e o adolescente indígenas. Ao perguntar quem é indio? A professora acaba de separar um grupo do outro. Quem iria se identificar sendo o diferente, ou propriamente excluído do grupo. Nessa situação o aluno indígena acaba negando sua identidade com medo de discriminação e ser a chacota da escola pelos colegas que estudam com eles. Essa estratégia, que denominamos de “negociação” é muito utilizada pelos indígenas em contexto urbano, principalmente para permanecer em um determinado local. 
 Desse modo, poderíamos pensar em uma educação que apareça como:
- Um processo dinâmico e permanente de relação, comunicação aprendizagem entre culturas em condições de respeito, legitimidade mútua, simetria e igualdade.
- Um intercâmbio que se constrói entre pessoas, conhecimentos, saberes práticas culturalmente diferentes, buscando desenvolver um novo sentido entre elas na sua diferença.
- Um espaço de negociação e de tradução onde as desigualdades sociais econômicas e políticas, e as relações e os conflitos de poder da sociedade não são mantidos ocultos e sim reconhecidos e confrontados (CANDAU e OLIVEIRA, 2010, p.14).
Podemos levantar outras questões apontadas pela professora. Será que os jogos praticados pelos Índios são diferentes pelos não Índios? O futebol, a queimada não são praticados nas aldeias? A professora também mostra que desconhece o esporte indígena. O que esperamos de um professor dentro de sala de aula é que eles sejam “um sujeito da compreensão” onde não nega a diferença, mas se “apropria da diferença traduzindo-a á sua própria linguagem”. (DUSCHATZKY, SKLIAR, 2001, p.19).
 Como podemos notar os professores têm muitas dificuldades e não estão preparados para o novo, e nem para uma nova visão pedagógica, porque estão presos aos conceitos hegemônicos e por isso vivem excluindo o novo, o diferente. Diante disso os alunos indígenas que chegaram recente da aldeia “vivem a angústia permanente de pensar na fronteira do saber/poder ocidental, contra o saber poder ocidental, produzindo um terceiro tempo/espaço” (BHABHA, 1998).
 A exclusão includente dos alunos indígenas nas redes municipais de ensino de Campo Grande Mato Grosso do Sul. 
O processo educacional está repleto de dúvidas, entretanto é preciso ter clareza que a educação tem um caráter social e político pautado na busca da transformação social da sociedade. Um dos seus grandes objetivos é capacitar o educando para refletir criticamente acerca dos diferentes problemas sociais. Portanto, faz se necessário um reordenamento sobre as práticas pedagógicas desenvolvidas para contribuir no enfrentamento das problemáticas, sejam por meio de medidas preventivas, projetos, propostas ou alternativas. Procura-se contribuir para o debate que busque refletir para alcançar a melhoria da qualidade da formação desses profissionais, que fazem parte e são tão essenciais na educação básica, melhorando as oportunidades de qualificação, sendo importante chamar a atenção para a formação continuada oferecida na escola, que atenda os anseios e as necessidades da pratica docente para com os alunos indígenas. 
 Os índios quando deixam suas aldeias, os sonhos deles é buscarem melhorias para suas vidas e de seus familiares e quando chegam à cidade, acreditam que poderão encontrar oportunidades para recomeçar a vida. “Esperam reencontrar, nos espaços urbanos, uma sociedade que os recebam com dignidade, e que as portas de um trabalho possam se abrir; acreditam ainda na reintegração do não índio com o indígena” [...] (MAGALHÃES, 2009, p.206).
 Assim, como descrito acima, a cidade além de abrigar na sua formação étnica, migrantes estrangeiros e nacionais, possui uma crescente população indígena. Esses povos, desde a colonização, vêm sendo posicionados como minorias étnicas e por esse motivo, têm vivido “nas margens da sociedade branca ou como obstáculos para a implantação dos valores civilizatórios, sendo vistos como ervas daninhas que devem ser eliminadas, sufocadas” (BACKES e NASCIMENTO, 2011, p.25) e silenciadas da identidade de Campo Grande/MS. 
Pois os diretores e professores não sabem identificar as etnias desses alunos indígenas e nem sabem muitas vezes lidar com essa situação. Os professores por não conseguirem conhecer a realidades de seus alunos indígenas acabam desenvolvendo praticas pedagógicas de exclusão. A exclusão/includente é uma faceta nas escolas municipais de Campo Grande MS, eles podem ter projetos pedagógicos de inclusão, mas a realidade é bem distante disso, o que notamos que os alunos indígenas, são excluídos pelos professores, coordenadores e diretores da escola, por não saberem lidar com a diferença, e ao tentar ofuscar que a meta é um ensino para todos, acabam negligenciando na pratica pedagógica e excluindo um grupo que não correspondem a um ensino hegemônico. Fica nítido nas escolas que o diferente é excluído, inferiorizado em sua diferença cultural, o que não permite a possibilidade de movimento e dinamismo e impede a produção de outros sentidos (BHABHA, 1998).
 Por esse mesmo motivo a necessidade do assistente social no acompanhamento desse aluno indígena dentro dessa escola regular. Além da possibilidade de contribuir com a realização de diagnósticos sociais indicando possíveis alternativas à problemática vivida por muitas crianças e adolescentes indígenas, este profissional também poderá proporcionar o devido encaminhamento a redes de proteção social que, se devidamente articuladas, contribuem para a efetivação da cidadania, na qual está implantado o direito à educação. 
3. O assistente social no acompanhamento do aluno indígena na REME 
O que vemos nas escolas, nas salas de aulas, é um palco de conflitos. Professores e alunos em iminentes contradições de relações. Há exceções, evidentemente. O trabalho do assistente social na área da educação se confronta com estas questões, porém entendemos que não seremos nós que resolveremos esses problemas, apesar de haver expectativas que isso aconteça. 
Para Simionato (1997), o trabalho dos assistentes sociais é tão importante quanto os educadores na educação. São profissionais que compartilham os desafios semelhantes, e apresentam uma peça fundamental na dimensão educativa.
O assistente social nas escolas é fundamental nas suas ações interdisciplinares, orientando, informando, incentivando os alunos e pais a participarem mais da escola de seus filhos, contribuindo para a construção de novos sujeitos sociais.
A nossa contribuição é construir junto com as coletivas escolares formas de lidar com os entraves e criar soluções nas quais a educação convive atualmente. 
Foram entrevistados dois alunos indígenas da aldeia Guató e Kaiowá, eles relatam como se sentem ao estarem fora das escolas aldeias:
Aqui na escola é difícil, não gosto de falar porque tudo que acontece de errado sou eu, eu não entendo bem as matérias que os professores explicam, mas também não pergunto, porque todo mundo ri, eles sabe que sou indio, mas nem procuro falar, nem dizer pra não rirem de mim.
 Podemos reportar o que ele disse: ele nem diz que é indio para não rirem dele, notamos na faladele, que o mesmo sofre a exclusão dos alunos não indios, e para continuar inseridos no grupo, ele deixa a sua origem de lado, para não gerar desafetos entre colegas de sala de aula, ele esquece por um momento a desigualdade que existe entre eles. 
 Em outro diálogo com outra a aluna indígena kaiowá ela coloca outra situação:
 
Eu gosto de estudar aqui, na aldeia tínhamos mais receios, do que aqui na cidade, porque la vivíamos presos a um mundinho, aqui todo mundo ta lutando pra crescer, melhorar de vida, aqui podemos concorrer por igual, todo mundo tira nota baixa, agente estuda e consegue tirar nota alta, não sou diferente de ninguém, brinco, corro, bato, sou aluna como todos, minha mãe fala isso pra mim se duvidar sou melhor que muitos aqui, porque quem não é indio mesmo estão fora da escola.
 Na fala desta aluna podemos concluir que, na aldeia onde ela vivia, ela se sentia presa, onde a cultura indígena prevalecia, pois pra ela ter vindo pra cá foi melhor, no seu ponto de vista, pois ela não deixa de ser índia por estar entre os não indios, muito pelo o contrário ela passa por cima dos entraves que existe, e sobressai com sua vontade e sonhos de serem realizados. E acrescenta que os problemas sociais não estão na cultura indígena e sim em todas as culturas, quando ela diz: quem não é indio esta fora da escola. E isso é um problema que esta em toda a classe social, problema este que o poder público não consegue solucionar.
 No diálogo com a mãe de uma estudante indígena terena, ela relata:
Não quero que minha filha tenha o mesmo destino que eu, nem o pai dela, uma vida difícil e marginalizada, porque não temos estudos, nem oportunidade de darmos o melhor pra eles, pois vivemos de ajuda dos outros, ou quando vamos pra aldeia buscar as coisas pra vender na feira, isso não é futuro pra ninguém, e meus filhos não deixo, ficar em casa e nem faltar aula, pois a vida deles tem que ser diferente das nossas, mas não deixamos nossas raizes, somos eternamente indios, mas indios evoluídos.
Então podemos observar que indio é indio mesmo não fazendo parte de suas culturas, pois eles jamais deixaram a sua identidade, por querer o melhor para vida deles, Mas ainda é preciso ser investir na educação como um todo, para que as indiferenças não venham atrapalhar no convívio social onde estamos inseridos independentes de classe social, somos todos seres humanos e todos têm direito e deveres perante a sociedade que vivemos. Mas a desigualdade existe em vários grupos sociais, podemos diagnosticar que tratam de um conceito com vários significados ao senso comum, quando se trata de uma sociedade desigual, alguns com mais privilégios que os outros, ou vivem com poder aquisitivo maior que os outros. Assim é formada uma sociedade de várias culturas e classes sociais diferentes uma das outras. 
Mas pontuando que hoje as etnias tem se mostrado cada vez mais ativos em relação as suas perspectivas de vida, muitos indios estão dentro das universidades, tem casas, carros, e estão concorrendo por igual numa sociedade repleta de conceitos e pré-conceitos. Vejo umas oportunidades que os indios estão se dando ao conhecer a sua realidade como cidadão participativo das suas conquistas.
4. CONCLUSÃO
 Após vários desafios para reflexão sobre as práticas pedagógicas que norteiam a educação escolar indígenas nas redes municipais de Campo Grande de Mato Grosso do Sul, e Á luz do profissional do serviço social que é indispensável no acompanhamento dessas crianças e adolescentes indígenas, que assegura o direito da igualdade de ensino para todos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), ainda esta bem longe de ser compreendido por educadores mal preparados para lidar com a desigualdade social dos alunos diferentes.
 As condições precárias da formação de professores vêm desgastando e desvalorizando a educação e a profissão docente em nosso país. A falta de qualidade na formação e a ausência de condições adequadas de exercício do trabalho dos educadores se desenvolvem há muito tempo no Brasil e em toda América Latina, de forma combinada, refletindo na qualidade da educação pública (FREITAS, 2007). E dessa forma podemos ver e distinguir que há muito caminhos, que precisam ser estudados para uma educação para todos. A desigualdade social e o aparato da exclusão/includente já começam na formação desses profissionais não preparados para lidar com a diferença.
 Para Bonin (2007), todos os problemas dentro do contexto escolar vêm se acumulando com a necessidade de maior aproximação epistemológica com a temática, e a irritação teóricas no campo dos estudos culturais, e isso tem provocado um impacto na educação ao tentar desenvolver uma política pública de senso crítico do aluno, deve conhecer e respeitar a realidade social e cultural dos alunos na qual o educando encontra se inserido.
 Por essa razão é fundamental o Serviço Social estarem inseridos na escola com o intuito de contribuir com as ações de inclusão social e para formação da cidadania, e assim possam trabalhar com a educação e com as oportunidades de que o indio tornem-se sujeitos de sua própria historia.
5. Referências 
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BAUMANN, Zygmunt. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001.
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decolonial. Série-Estudos (UCDB), v. 31, 2011.
BHABHA, Homi K. O local da cultura. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 1998.
BONIN, Iara Tatiana. E por falar em povos indígenas...: quais narrativas contam em
práticas pedagógicas? Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul –
UFRGS, 2007. (Tese de Doutorado em Educação).
CANDAU, Vera Maria Ferrão; OLIVEIRA, Luiz Fernandes de. Pedagogia de colonial e
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DUSCHATZKY, Silvia, SKLIAR, Carlos. O nome dos outros. Narrando a alteridade na
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Babel: políticas e poéticas da diferença. Belo Horizonte: Autêntica, 2001. (p.19).
FREIRE, Maria do Céu Bessa. A criança indígena na escola urbana: um desafio
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FREITAS, Helena C. Lopes De. A (nova) política de formação de professores: a prioridade postergada. Educ. Soc., Campinas, vol. 28, n. 100 - Especial. p. 1203-1230, out. 2007.
 MAGALHÃES, Álcio Crisóstomo. O MST por uma educação do campo: o desafio da formação de professores em um contexto de enredamento da ação dos movimentos sociais. Disponível em : http://www.revistas.uniube.br.pdf. Acesso em 18.03.2017
SANTOS, André Michel dos. As contribuições do Serviço Social para a realidade escolar do Brasil. Disponível em: http://meuartigo.brasilescola.com/educacao/as-contribuicoes-servico-social-para-realidade-escolar-.htm acesso em 20.02.2017.
SIMIONATO, Ivete. Caminhos e Descaminhos da Política de Saúde no Brasil. Revista inscrita –CFESS, ano I, n.1, Nov, 1997.
SOBRINHO, Maria de Lourdes. Alfabetização na língua Terena: uma construção de
sentido e significado da identidade Terena da Aldeia Cachoeirinha/Miranda/MS.
Universidade Católica Dom Bosco. Campo Grande, 2010.

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