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Resolução COFEN 317/2007, artigos 1°, 2° e 3° A prescrição de medicamentos por enfermeiros é uma atividade COMPLEMENTAR e não isolada `consulta de enfermagem, com os objetivos de conhecer e intervir sobre os problemas de saúde/doença englobando outras ações, tais como a solicitação de exames de rotina e complementares. PRESCRIÇÃO NO AMBITO HOSPITALAR: É executada pelo médico; Entretanto, cabe destacar que representa um processo multidisciplinar, envolvendo médicos, farmacêuticos, nutricionistas e a equipe de enfermagem, podendo adquirir uma grande complexidade. A prescrição médica hospitalar é a primeira etapa do processo, partindo de uma coleta de dados estabelecimentos de um diagnóstico e determinação de um planejamento terapêutico. PRESCRIÇÃO → responsabilidade médica, determina como os medicamentos selecionados para o paciente deverão ser administrados. Esta fase pode ser escrita ou diretamente em formato eletrônico. TRANSCRIÇÃO→ Ato no qual as orientações que constam na prescrição são transcritas para formulários por enfermeiros ou escritórios para que possam ser solicitados na farmácia da instituição. Esta fase pode ser suprimida na versão eletrônica. DISPENSÃO→ fase em que os medicamentos solicitados são separados na farmácia e enviada para enfermaria onde o paciente se encontra. Essa fase pode ter diversos graus de complexidade com o desenvolvimento da instituição. ADMINISTRAÇÃO SISTEMA DEMEDICAÇÃO: Organização→ seleção e aquisição→ armazenagem→ prescrição e transcrição→ reparo e dispensação→ administração→ monitoramento. TIPOS DE PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS PRESCRIÇÃO ESCRITA PADRÃO→ tradicional. PRESCRIÇÃO ÚNICAS→ tomadas uma única vez. PRESCRIÇÕES IMEDIATAS/URGÊNCIAS→ controlar o momento (urgente). PRESCRIÇÕES S.O.S/SN→ só quando há necessidade. PRESCRIÇÕES PERMANENTES→ são aquelas para doenças crônicas (HAS/DM) PRESCRIÇÕES VERBAIS E TELEFONICAS→ algumas medicações orais, não precisam escrever e sim verbalizar. ESTRUTURA DA PRESCRIÇÃO 1° PLANILHA DEVE CONTER DIETAS; 2° PLANILHA: ENDOVENOSOS (SOROS); 3° PLANILHA: ENDOVENOSOS; 4° PLANILHA: VIA ORAL; 5° PLANILHA: OUTRAS MEDICAÇÕES E 6° PLANILHA: CUIDADOS GERAIS CCGG E SSVV.EMBAIXO DEVE TER A SEGURANÇA DO PROFISSIONAL (ASSINATURA). O QUE SÃOMEDICAMENTOS ISNETOS DE PRESCRIÇÃO MÉDICA? são medicamentos disponíveis ao autosserviço e que, dessa forma, não necessitam de prescrição médica para que sejam dispensados. SEM TARJA→ analgésicos, antitérmicos, antiácidos e xaropes para tosse. TARJA VERMELHA (sem retenção da receita) → possuem inscrição e venda sob prescrição médica. Ex: anticoncepcionais, antifúngicos, alguns remédios para doenças crônicas como HAS entre outros. TARJA VERMELHA (com retenção da receita) → possuem inscrição sob prescrição médica, só pode ser vendido com retenção da receita. Ex: antibióticos e algumas classes de anti-inflamatórios estão nesse grupo. TARJA PRETA (com retenção da receita) → são medicamentos que exercem ação sedativa ou que ativam o sistema nervoso central, portanto fazem parte dos chamados psicotrópicos. Só podem ser vendidos com receituário azul. Na tarja vem “ venda sob prescrição médica’. CRITÉRIOS PARA APRAZAMENTO DE HORÁRIO NAS PRESCRIÇÕES Avaliar o estado geral do paciente; Atentar para a farmacocinética; Considerar o horário de repouso; Respeitar as normas da instituição Observar propostas do tratamento como exames e cirurgias; Considerar o horário de refeição do paciente. → A QUE HORAS DEVE TOMAR SEUS REMÉDIOS CRONOBIOLOGIA CORTICÓIDES Pela MANHÃ, pois o corpo produz hormônios potencializando o efeito ANTIDEPRESSIVOS Pela MANHÃ, pois estimula atividades. BISFOSFONATOS Antes das REFEIÇÕES, pois tem mais reabsorção. ASPIRINA NOITE e antes das refeições, pois inibe a formação de coágulos. VIGÍLIA- SEROTONINA CICLO CIRCADINO SONO- MELATONINA HORMONIOS CRESCIMENTO À noite, pois ATRAVÉS DO SONO LIBERA HORMONIOS. ANTIBIOTICOS PELA manhã, tarde ou noite, varia muito. ESTATINAS À NOITE, pois o fígado produz aumento do colesterol. ANTIÁCIDOS Pelas refeições (depois e noite) nosso estomago libera mais secreção gástrica. ANTI- INFLAMAÓRIOS MANHA, DIA E NOITE, DEPENDE DA PRESCIÇÃO. PRINCIPAIS MODELOS E NOTIFICAÇÕES DE RECEITAS SIMPLES CONTROLE ESPECIAL AZUL E B AMARELA OU A RENOVÁVEL. SIMPLES É utilizada para prescrição de medicamentos anódinos (analgésicos) e de medicamentos de tarja vermelha. CONTROLE ESPECIAL Medicamentos à base de substâncias sujeitas a controle especial (C-1 e C- 5) Validade 30 dias e compra para 60 dias de tratamento. RECEITA AZUL OU RECEITA B Psicotropicos B1: compra 60 dias de tratamento B2: 30 dias de tratamento. Validade 30 dias a partir de sua emissão e com validade apenas na unidade federativa que concedeu enumeração. RECEITA AMARELA OU A A1 E A2- Entopercentes A3- Psicotrópicos. Validade 30 dias a contar da data de sua emissão em todo território nacional. RECEITA RENOVÁVEL C2 RETINÓIDES. VALIDADE 30 DIAS SOMENTE DENTRO DA UNIDADE FEDERATIVA E PERMITE A COMPRA DE 30 DIAS. RECEITA ESPECIALMENTE PARA TALIDOMIDA C3 TRATAMENTO PARA 30 DIAS E VALIDADE 15 DIAS. CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA ADM. DOS PRINCIPAIS GRUPOS DE DROGAS PRINCIPAIS GRUPOS: SISTEMA CARDIOVASCULAR SISTEMA RESPIRATORIO SISTEMA NERVOSO CENTRAL SUBSTANCIAS ANTIBIOTICAS (IONOTROPRISMO CONTRAÇÃO DO MÚSCULO CARDÍACO) DROGAS QUE ATUAM NO SISTEMA CARDIACO Drogas ionotrópicas (digoxina, cloridrato de dopamina, cloridrato de isoproterenol. Inibidores ECA (captopril, enalapril) Betabloqueadores (carvedilol, propranolol) Diuréticos (lasix, hidroclorotiazida) Vasoconstrictores (adrenalina) vasodilatadores (nitrito) Coagulantes ( vit. K) e anticoagulantes (heparina sódica) Ação da digoxina: faz com as fibras sejam digitalizadas e com isso haja uma contração e forçando à estimulação. ↑P= F∕A↓ Diminui o lúmen do vaso (vasoconstricção) e aumenta a pressão. DIURÉTICOS= ALÇA (Alça de Henle, porção ascendente onde ocorre maior produção de urina) ↓ furosemida. TIAZÍDICOS→ HIDROCLOROTIAZIDA PROMOVE A REDUÇÃO DA PA. POUPADORES DE POTASSIO → poupa potássio ex: espirolactona. DIURÉTICOS OSMÓTICOS → inibir a reabsorção de sódio. Quanto ↑ PROTROMBINA menor coagulação. Quanto ↓ PROTROMBINA maior coagulação. DROGRAS IONOTRÓPICAS Drogas que aumentam a contratilidade miocárdica. Tem a digoxina como um dos principais exemplos, sendo sua função mais importantes o fortalecimento da musculatura cardíaca. A eficiência do coração também melhora com a diminuição da frequência de contração. Sua dosagem deve ser ajustada a manter o pulso em uma faixa estreita de variação (60 a 80 bpm) Outro exemplo trata-se do cloridrato de isoproterinol aumenta a força de contração cardíaca e dentro de certos limites a frequência de contração. EFEITOS: ↑ débito cardíaco, redução da pressão venosa, diurese, redução do edema. =, REAÇÕES ADVERSAS: Anorexia e diarreia, náuseas, vômitos e perturbações, confusão visual, cefaleia, fadiga e tontura. INIBIDORES DO ECA – angiotensina - captopril Fármacos que inibem a conversão de angiotensina. Impedem que a angiotensina I seja convertida em angiotensina II( substância vasoconstrictora) São substancias anti-hipertensivas especificas de boa atuação Tem captopril como um dos principais exemplos. Auxiliam no tratamento da hipertensão. Bastante utilizados no tratamento da ICC. BETABLOQUEADORES – propranolol Inibem as respostas cronotrópicas, ionotrópicas e vasoconstrictoras à ação das catecolaminas epinefrina e norepinefrina nos receptores beta-adrenérgicos. Tem o cloridrato de propranolol como um dos seus principais exemplos, tem ação anti- hipertensiva no sistema cardíaco. DIURÉTICOS Aumentam a taxa do fluxo deurina, a taxa de excreção de Na+ e H2O e ajustam o volume e composição dos fluídos em diversas patologias HAS, ICC, síndrome nefrotica cirrose etc. Tem a furosemida (lasix) como um dos seus principais exemplos. São muitos uteis quando administrados juntamente com outros medicamentos a exemplo de lasix + metalozana. VASOCONSTRICTORES E VASODILATADORES Os vasoconstrictores causam constricção das fibras musculares nas paredes dos vasos sanguíneos e os vasodilatadores causam aumento da amplitude dos vasos sanguíneos e dessa forma auxiliam no tratamento de doenças vasculares periféricas, patologias e hipertensão. Os vasoconstrictores têm a adrenalina como um dos seus principais exemplos, sua principal função é a vasoconstricção que causa um importante aumento da PA Os vasodilatadores têm os nitratos (Nitroglicerina- nitsostat, tridil) como um de seus principais exemplos. Promovem o relaxamento das fibras musculares nas paredes dos vasos sanguíneos, aumentando seu diâmetro e reduzindo a pressão arterial. COAGULANTES E ANTICOAGULANTES Aceleram o processo de coagulação aumentam o tempo de coagulação Os anticoagulantes, a exemplo da heparina sódica são utilizados no tratamento de distúrbios tromboembólicos. Os coagulantes a exemplo da vitamina K, são utilizados no tratamentos de distúrbios hemorrágicos. QUAIS SÃO AS MEDIDAS QUE DEVEM SER TOMADAS NA ADM DE DROGAS NO SISTEMA CARDIOVASCULAR? * monitorar o pulso de um paciente cardiopata antes da adm de cada dose. Caso o pulso esteja abaixo de 60 bpm, o digital deve ser suspenso e o médico notificado. * avaliar as respostas do paciente à terapêutica implementada, principalmente no que se refere à restauração do débito urinário em pacientes com ICC. * observar regressão do edema em pacientes com ICC; * em paciente com ICC, buscar posicioná-los sentados para minimizar a dispneia; * monitorar qualquer alteração do ritmo cardíaco; * orientar o paciente a tomar o medicamento como foi prescrito; * no caso de anticoagulantes que devem ser instruídos a relatar o tempo de sangramento de cortes e a presença de fezes com sangue ou de coloração enegrecida; * orientar quanto a importância de não associar anticoagulantes com suplementos à base de plantas; * avaliar periodicamente o tempo de protrombina para acompanhamento da eficácia da anticoagulação dentre outros cuidados. MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SISTEMA RESPIRATÓRIO Estimulantes (dioxido de carbono) e depressoras respiratórios (morfina, codeína) Medicamentos que afetam o tamanho dos brônquios (adrenalina, terbutalina, teofilina) Medicamentos adm por inalação: atrovent, terbutalina, acetilcisteina Corticosteroides ADMINISTRAR DIGITÁLICOS, DE PREFERENCIA, DURANTE DIA DEVIDO À IRRITABILIDADE E INSONIA ALÉM DE DIURESE QUE AUMENTA COM O USO DO MEDICAMENTO. ESTIMULANTES E DEPRESSORES RESPIRATÓRIOS Dióxido de carbono, cloridrato de doxapam. O CO é o estimulante respiratório natural, uma vez que sua elevação implica no estímulo ao centro respiratório, promovendo a inspiração dos indivíduos. Depressores= ópio= morfina, codeína, barbitúricos- fenobarbital, secobarbital deprimem as funções respiratórias. Medicamentos que afetam o tamanho dos brônquios Adrenalina via SC, IM – indicada nos casos de crise aguda de asma refrataria. Terbutalina- promove a dilatação dos músculos lisos dos bronquíolos, podendo ser utilizada no tratamento de crises agudas de asma ou DPOC. Medicamento adm por inalação: Acetilcisteína (fluimicil) é eficaz quando inalada, pois promove a liquefação do material mucoso e purulento. Brometo de ipratrópio (atrovent) potente broncodilatador Brometo de fenoterol (Berotec) efeito broncodilatador. CORTICOSTERÓIDES Amplamente empregados nas crises graves de asma Hidrocortisona Metilpredinisolona Prednisona QUAIS CUIDADOS NA ADM DE CORTICÓIDES? Encorajar a ingesta adequada de líquidos durante o tratamento de infecção respiratórios ou sibilos para liquefazer o muco e promover sua exposição. Posicionar o paciente em posição sentada para proporcionar conforto; Orientar quanto à possibilidade do paciente a apresentar sonolência ao ingerir preparações contra tosse e anti-histaminicos arbitrariamente Conscientizar o paciente acerca da importância de minimizar o contato com alérgenos, sobretudo os portadores de asma. Atentar para oferta indiscriminada de o2 em pacientes portadores de doenças respiratórias crônicas e graves. Avaliar a presença de cianose central e periférica. Monitorar a existência de efeitos colaterais quando administrados corticosteroides para tratamento da asma, dentre outros cuidados. MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SNC CAFEÍNA, SULFATO DE ANFETAMINA ETC. PRINCIPAIS DEPRESSORES DO SNC: Anestésicos; Hipnóticos e sedativos; Analgésicos opióides; Analgésicos não narcóticos (analgésico + hipnótico) Álcool Anticonvulsionantes. PRINCIPAIS ESTIMULANTES DO SNC: Cafeína produz estimulação leve; Sulfato de anfetamina (bezendrine) produz estimulação mais potente que a cafeína promovendo euforia, agitação, loquacidade (falar muito) e insônia. Cloridrato de doxapram (dopram) produz estimulação central, utilizado para despertar pacientes que ingeriram substancias depressoras DEPRESSORES - ANESTÉSICOS GERAIS E LOCAIS GERAIS: cloridrato de midazolam, propofol, dizepam, tiopental sódico, causa perda da sensibilidade corporal interrompendo os impulsos sensoriais para encéfalo, causando inconsciência. LOCAIS: cloridrato de bupivacaína, lidocaína- interferem na condução nervosa de uma área do corpo para o sistema nervoso central. HIPNÓTICOS E SEDATIVOS São depressores do SNC, utilizados para reduzir a inquietação e tensão, induzir a sedação e para combater insônia. São usados para alcançar pacientes nervosos, ansiosos ou excitados. A diferença entre a ação hipnótica e a sedativa depende da dose, doses maiores causam efeitos hipnóticos e dose menores a sedação. BARBITÚRICOS: São prescritos com maior frequência que qualquer outra classe. Ex: fenobarbital, barbitúrico com propriedades anticonvulsionantes. ANALGÉSICOS OPIÓIDES E OPIÁCIOS MORFINA, CODEÍNA, DOLANTINA NÃO NARCÓTICOS É um medicamento utilizado somente para diminuir a dor e não causar hipnose. Tylenol, dipirona, AAS< cloridrato de propoxifeno ÁLCOOL Deprime as células do córtex cerebral. Em grandes quantidades, sua ação depressora estende-se ao cerebelo, à medula espinhal e ao centro respiratório bulbar. Quantidades pequenas podem produzir sensação de bem-estar, loquacidade, maior vivacidade e autoconfiança; Grandes quantidades podem causar excitação com fala e comportamentos impulsivos, essa sensação de liberdade de inibições conferiu ao álcool uma falsa reputação de estimulante. ANTICONVULSIVANTE São utilizados no controle da convulsão. Representam medicamentos psicóticos e controlados que podem causar dependência. EX: rivotril, Gardenal. CUIDADOS DE ENFERMAGEM Adm fármacos estimulantes do SNC no início do dia, visto que pode interferir no padrão de sono do paciente; Observar o paciente quanto à possibilidade de desenvolver dependência aos analgésicos opióides destacando a importância de não usa-los excessivamente; Estar disponível para esclarecer as ações de medicamentos pré-anestésicos e sanar dúvidas acerca da indução anestésica; Atentar para a presença de convulsões efeito colateral dos anestésicos locais; Analisar e registrar a ocorrência das “ressacas” ou persistência na sedação do dia seguinte; Instruir o paciente a não sair do leito sem ajuda, após a adm de sedativos ou hipnóticos; Adm o medicamento no horário prescrito e se possível antes do paciente sentir forte recorrência da dor. SUBSTÂNCIAS ANTIBIÓTICAS Penicilinas, antibióticos beta-lactâmicose cefalosporinas, tetraciclinas, eritromicinas, antibióticos macrolídeos: eritromicinas, antimicrobianos, animicoticos, antivirais, antiparasitas. ANTIBIÓTICOS B-LACTAMICOS= possuem um anel betalactamico e dentro desse anel possui ação bactericida (enzima) CRISTALINA SÓDICA/POTASSICA EV ( ATRAVESSA A B.H.E = PENICILINAS → NATURAIS = G BENZATINA(15 A 30 DIAS)IM PROCAÍNA (12 HORAS) Os antibióticos podem ser classificados em bactericidas e bacteriostáticos, dependendo se o fármaco causa diretamente a morte das bactérias ou se apenas inibe sua replicação, respectivamente. Na prática, esta classificação se baseia no comportamento do antibiótico in vitro e ambas as classes podem ser eficazes no tratamento de uma infeção. Os antimicrobianos podem ser classificados de várias maneiras, considerando seu espectro de ação, o tipo de atividade antimicrobiana, o grupo químico ao qual pertencem e o mecanismo de ação. Mesmo com o grande número de compostos disponíveis, os sítios de ação são limitados. As principais classes de antibióticos inibem quatro alvos principais: biossíntese da parede bacteriana, biossíntese de proteínas, biossíntese de ácidos nucleicos, metabolismo do ácido fólico e membrana celular. Para selecionar as substâncias antimicrobianas foram considerados os seguintes critérios: relação constante no Anexo I da RDC 20/11, Rename e Formulário Terapêutico Nacional e substâncias mais utilizadas na terapêutica. Os antibióticos selecionados foram divididos nos seguintes grupos: penicilinas, carbapenêmicos, cefalosporinas, aminoglicosídeos, sulfonamídeos, macrolideos, quinolonas, fluoroquinolonas, glicopeptídeos, lincosamidas, tetraciclinas, anfenicóis e nitromidazólicos. Penicilinas Penicilina é o termo genérico que define um grande grupo de fármacos: penicilina G, penicilina V, meticilina, oxacilina, dicloxacilina, nafcilina, ampicilina, amoxicilina, carbenicilina, ticarcilina, mezlocilina, azlocilina e piperacilina. As penicilinas formam um dos mais importantes grupos de antibióticos. São bactericidas e interferem na síntese da parede celular bacteriana. Hoje estão disponíveis penicilinas de origem natural ou sintética, sendo amplamente utilizadas devido à alta eficácia e baixa toxicidade. O grupo é dividido em penicilinas naturais ou benzilpenicilinas, aminopenicilinas, penicilinas resistentes às penicilinases e penicilinas de amplo espectro. A associação da penicilina com determinadas substâncias, como a penicilina G potássica/benzilpenicilina potássica, determina a farmacocinética e farmacodinâmica das benzilpenicilinas. As aminopenicilinas são penicilinas semi-sintéticas com adição de um grupo amino na cadeia lateral, e de espectro de ação mais amplo, em relação às benzilpenicilinas. Apresentam boa absorção, tanto oral como parenteral. As aminopenicilinas disponíveis para uso clínico no Brasil são ampicilina e amoxicilina. Após o advento da penicilina G, houve uma rápida disseminação de resistência a esta droga, por produção de beta-lactamases pelos estafilococos. Assim, foram desenvolvidas as penicilinas resistentes às penicilinases. No Brasil, atualmente, o único representante disponível é a oxacilina, apenas para uso endovenoso. Apresenta metabolização hepática e excreção renal. Posteriormente, para ampliar a cobertura contra os bacilos gram-negativos, foram desenvolvidas as penicilinas chamadas de penicilinas de amplo espectro, obtidas por associação com inibidores de betalactamase, as quais foram desenvolvidas na tentativa de evitar a aquisição de resistência das bactérias. Os efeitos adversos mais frequentes causados pelas penilicinas são as reações de hipersensibilidade que podem variar desde uma simples reação urticariforme até um choque anafilático; também podem ocorrer manifestações cutâneas, toxicidade renal, toxicidade hematológica e neurotoxidade.
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