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Avaliação da qualidade do Ar Santos São José

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO 
CIÊNCIAS AMBIENTAIS 
 
 
 
 
 
 
Juliana Bertolino Sena de Almeida 
Larissa Cruz Vieira 
Larissa Morelli Soffo 
 
CIÊNCIAS ATMOSFÉRICAS II 
 
 
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO AR E VARIÁVEIS METEOROLÓGICAS 
DAS ESTAÇÕES SANTOS – PONTA DA PRAIA E SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 
– JARDIM SATÉLITE 
 
 
 
 
Diadema 
2018 
 
1 
 
1. Introdução ................................................................................................................................................................ 3 
2. Padrões de qualidade do ar ...................................................................................................................................... 5 
3. Monitoramento ........................................................................................................................................................ 8 
3.1. Período de Monitoramento ...................................................................................................................................... 8 
3.2. Localização .............................................................................................................................................................. 8 
3.3. Caraterização das Estações ...................................................................................................................................... 9 
3.3.1. Estação de Santos – Ponta da Praia ......................................................................................................................... 9 
3.3.2. Estação de São José dos Campos – Jardim Satélite ............................................................................................... 10 
3.4. Configuração das Estações .................................................................................................................................... 11 
4. Resultados .............................................................................................................................................................. 12 
4.1. Padrões de Qualidade do Ar .................................................................................................................................. 12 
4.1.1. Padrões do Ozônio (O3) ........................................................................................................................................ 12 
4.1.2. Padrões do Dióxido de Nitrogênio (NO2) .............................................................................................................. 14 
4.1.3. Padrões das Partículas Inaláveis (MP10) ................................................................................................................ 15 
4.1.4. Padrões das Partículas Inaláveis (MP2,5) ................................................................................................................ 17 
4.2. Variabilidade Sazonal dos poluentes ..................................................................................................................... 19 
4.2.1. Avaliação do Ozônio (O3) ..................................................................................................................................... 19 
4.2.2. Avaliação do Dióxido de nitrogênio (NO2) ........................................................................................................... 19 
4.2.3. Avaliação do Partículas inaláveis (MP10 e MP2.5) .................................................................................................. 21 
4.3. Variabilidade Sazonal das Variáveis Meteorológicas ............................................................................................ 22 
4.3.1. Temperatura ........................................................................................................................................................... 22 
4.3.2. Velocidade dos ventos ........................................................................................................................................... 23 
4.3.3. Umidade relativa .................................................................................................................................................... 24 
4.3.4. Radiação Solar do ar .............................................................................................................................................. 25 
4.3.5. Direção dos ventos ................................................................................................................................................. 26 
4.4. Variação Diurna Horária dos Poluentes ................................................................................................................. 27 
4.4.1. Partículas inaláveis (MP2,5) .................................................................................................................................... 27 
4.4.2. Partículas inaláveis (MP10) .................................................................................................................................... 28 
4.4.3. Ozônio ................................................................................................................................................................... 28 
4.4.4. Dióxido de Nitrogênio ........................................................................................................................................... 29 
4.5. Variabilidade Diurna pelas Estações do Ano ......................................................................................................... 30 
4.5.1. Variabilidade Diurna Partículas Inaláveis (MP2,5) ................................................................................................. 30 
4.5.2. Variabilidade Diurna Partículas inaláveis (MP10) .................................................................................................. 31 
4.5.3. Variabilidade Diurna Dióxido de Nitrogênio (NO2) .............................................................................................. 33 
4.5.4. Variabilidade Diurna Ozônio (O3) ......................................................................................................................... 34 
4.5.5. Variabilidade Diurna da Radiação Solar................................................................................................................ 36 
4.5.6. Variabilidade Diurna da Temperatura do Ar ......................................................................................................... 37 
4.5.7. Variabilidade Diurna da Umidade Relativa do Ar ................................................................................................. 38 
4.5.8. Variabilidade Diurna da Velocidade do Vento ...................................................................................................... 40 
4.5.9. Variabilidade Diurna da Direção do Vento – Hora a Hora .................................................................................... 42 
4.5.9.1. Direção do Vento as 01h........................................................................................................................................ 42 
4.5.9.2. Direção do Vento as 02h........................................................................................................................................ 43 
 
2 
 
4.5.9.3. Direção do Vento as 03h........................................................................................................................................ 44 
4.5.9.4. Direção do Vento as 04h........................................................................................................................................ 45 
4.5.9.5. Direção do Vento as 05h........................................................................................................................................46 
4.5.9.6. Direção do Vento as 06h........................................................................................................................................ 47 
4.5.9.7. Direção do Vento as 07h........................................................................................................................................ 48 
4.5.9.8. Direção do Vento as 08h........................................................................................................................................ 49 
4.5.9.9. Direção do Vento as 09h........................................................................................................................................ 50 
4.5.9.10. Direção do Vento as 10h ............................................................................................................................... 51 
4.5.9.11. Direção do Vento as 11h ............................................................................................................................... 52 
4.5.9.12. Direção do Vento as 12h ............................................................................................................................... 53 
4.5.9.13. Direção do Vento as 13h ............................................................................................................................... 54 
4.5.9.14. Direção do Vento as 14h ............................................................................................................................... 55 
4.5.9.15. Direção do Vento as 15h ............................................................................................................................... 56 
4.5.9.16. Direção do Vento as 16h ............................................................................................................................... 57 
4.5.9.17. Direção do Vento as 17h ............................................................................................................................... 58 
4.5.9.18. Direção do Vento as 18h ............................................................................................................................... 59 
4.5.9.19. Direção do Vento as 19h ............................................................................................................................... 60 
4.5.9.20. Direção do Vento as 20h ............................................................................................................................... 61 
4.5.9.21. Direção do Vento as 21h ............................................................................................................................... 62 
4.5.9.22. Direção do Vento as 22h ............................................................................................................................... 63 
4.5.9.23. Direção do Vento as 23h ............................................................................................................................... 64 
4.5.9.24. Direção do Vento as 00h ............................................................................................................................... 65 
4.5.9.25. Discussão sobre a atuação da direção dos ventos nos poluentes ................................................................... 65 
5. Conclusão .............................................................................................................................................................. 66 
6. Referências Bibliográficas ..................................................................................................................................... 68 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1. Introdução 
A emissão de gases e partículas inaláveis na atmosfera acontece naturalmente desde o 
primórdio na história da Terra, sendo fontes comuns o solo, vulcões, vegetação e oceanos, incluindo 
compartimentos da biosfera, litosfera e hidrosfera. Nos sistemas terrestres e aquáticos ocorre emissão 
de material particulado e gases como carbono e metano, óxidos de nitrogênio e hidrocarbonetos 
(ÉVORA, 2014). 
O início do desenvolvimento humano e tecnológico, junto com a Revolução Industrial, a 
utilização de automóveis, queima de combustíveis fósseis, agricultura, processos industriais e a 
geração de energia, entre outras atividades antrópicas, começaram a emitir substâncias alémdo que 
ocorreria naturalmente na atmosfera, algumas dessas substâncias são poluentes, tóxicas para a saúde 
humana, e trazem consequências para o planeta, por exemplo, o avanço do aquecimento global (MMA, 
2016). 
A poluição atmosférica é determinada quando existe uma matéria ou energia com intensidade, 
concentração, tempo ou característica que torna o ar impróprio, nocivo ou ofensivo para a saúde 
humana, causando danos ao planeta, por exemplo, para a fauna e flora, alterando a qualidade de vida 
da comunidade (CETESB, 2018). 
 Em vista deste cenário, tornou-se crucial os estudos e estabelecimentos de parâmetros para 
controlar os poluentes atmosféricos emitidos pelas ações antrópicas. O nível de poluição atmosférica 
é medido de acordo com a concentração de substâncias poluentes encontradas no ar, porém estas 
substâncias podem vir de forma direta ou indireta das fontes emissoras (CETESB, 2018). 
Tabela 1 – Poluentes Primários e Secundários 
 
 
 
 
Considerando a transformação de poluentes primários em secundários, também é importante 
estudar as variáveis meteorológicas, como velocidade e direção dos ventos, radiação solar, temperatura 
e umidade. Por exemplo, fatores como inversão térmica e ventos fracos favorecem a elevada poluição 
atmosféricanos centros urbanos. A inversão térmica aprisiona o ar nas cidades, pois cria uma camada 
de ar quente, impedindo o escape dos poluentes (CETESB, 2018). 
Poluentes Primários Poluentes Secundários 
São aqueles emitidos 
diretamente pelas fontes de 
emissão. 
São aqueles formados na atmosfera 
através da reação química entre 
poluentes primários e componentes 
naturais da atmosfera. 
 
4 
 
Existem grupos de poluentes que servem para determinar universalmente os padrões de 
qualidade do ar, devido às suas características, fontes e efeitos causados à saúde e ao meio ambiente. 
Os selecionados e estudados nesta pesquisa estão contidos na Tabela 2, apresentada abaixo: 
Tabela 2 - Características dos poluentes e principais fontes de emissão estudados neste trabalho 
Poluentes Características Fontes principais Efeitos Gerais ao Meio 
Ambiente 
Partículas Inaláveis 
Finas (MP2,5) 
Partículas de material sólido ou 
líquido suspensas no ar, na forma de 
poeira, neblina, aerossol, fumaça, 
fuligem, etc., que podem permanecer 
no ar e percorrer longas distâncias. 
Faixa de tamanho ≤ 2,5 µm. 
Processos de combustão 
(industrial, veículos 
automotores), aerossol 
secundário (formado na 
atmosfera) como sulfato e 
nitrato, entre 
outros. 
Danos à vegetação, 
deterioração da 
visibilidade e 
contaminação do solo e 
da água. 
Partículas Inaláveis 
Finas (MP10) 
Partículas de material sólido ou 
líquido que ficam suspensas no ar, na 
forma de poeira, neblina, aerossol, 
fumaça, fuligem, etc. Faixa de 
tamanho ≤ 10 µm. 
Processos de combustão 
(indústria e veículos 
automotores), poeira 
ressuspensa, 
aerossol secundário (formado 
na atmosfera). 
Danos à vegetação, 
deterioração da 
visibilidade e 
contaminação do solo e 
da agua. 
Dióxido de Nitrogênio 
(NO2) 
Gás marrom-avermelhado, com odor 
forte e muito irritante. Pode levar à 
formação de ácido nítrico, nitratos 
(quecontribuem para o aumento das 
partículas inaláveis na atmosfera) e 
compostos orgânicos tóxicos.Processos de combustão 
envolvendo veículos 
automotores, processos 
industriais, usinas térmicas 
que utilizam óleo ou gás, 
incinerações. 
Pode levar à formação de 
chuva ácida, 
danos à vegetação e à 
colheita. 
Ozônio (O3) 
Gás incolor, inodoro nas 
concentrações ambientais e o 
principal componente da névoa 
fotoquímica. 
Não é emitido diretamente 
para a atmosfera. 
É produzido 
fotoquimicamente pela 
radiação solar sobre os óxidos 
de nitrogênio e 
compostos orgânicos voláteis. 
Danos às colheitas, à 
vegetação natural, 
plantações agrícolas e 
plantas 
ornamentais. 
 
Estes poluentes, quando em concentrações acima do aceitável, são potenciais causadores de 
malefícios à saúde humana. O MP2.5 atinge os bronquíolos, o MP10 atinge os brônquios, portanto o 
material particulado é prejudicial à respiração e a saúde pulmonar de quem se expõe a esses poluentes, 
pode agravar casos de asma e bronquite. O NO2 é um gás que em situação de altas concentrações 
 
5 
 
contribui também com problemas pulmonares, além de problemas cardiovasculares, e também é 
suspeito de que seja cancerígeno. O ozônio, em altas concentrações, pode destruir o tecido dos pulmões 
e causar desconforto e inflamações, além de causar envelhecimento precoce da pele e diminuir a 
resistência a infecções (ÉVORA, 2018). 
Além dos efeitos à saúde humana e dos danos ao meio ambiente, estes poluentes podem causar 
problemas na atmosfera e são grandes responsáveis por mudanças climáticas. A formação de nuvens 
não ocorre na ausência de partículas de aerossóis, porém nuvens formadas a partir de partículas de 
poluição não possuem as mesmas características das formadas em ambientes naturais e não poluídos, 
estas diferenças são importantes para o balanço de energia e para o ciclo hidrológico (ÉVORA, 2018). 
O ozônio se torna um problema para a atmosfera quando há altas concentrações de compostos 
orgânicos voláteis (COVs), que interferem no seu processo natural de formação e destruição. Quando 
em contato com a luz solar, as altas concentrações de O3 produzidas pela oxidação dos COVs resultam 
no fenômeno de smog fotoquímico extremamente prejudicial à saúde humana e contribuinte para o 
aquecimento global. O NO2 é um dos componentes que podem causar a deposição ácida quando se 
encontra em altas concentrações. O NO2 reage com a água da chuva formando ácido nítrico e ácido 
nitroso. 
Além das concentrações de poluentes foram estudados os parâmetros meteorológicos como 
direção do vento, temperatura do ar, umidade relativa do ar, radiação solar global e velocidade do 
vento. Estes fatores interferem diretamente nos níveis de concentração dos poluentes, pois altas 
concentrações de poluentes no local podem ter relação direta com as emissões de poluentes em regiões 
vizinhas devido a capacidade de certos poluentes de serem transportados e condições desfavoráveis 
para dispersão. 
Portanto, esse trabalho buscar comparar a qualidade do ar na região de Ponta da Praia, na cidade 
de Santos, com a região do Jardim Satélite, no munícipio de São José dos Campos. Nestes locais, os 
parâmetros se comportam de maneiras diferentes e ocorrem atividades antrópicas distintas, logo este 
estudo foi desenvolvido como um meio que possibilite uma compreensão da influência destas 
diferenças da qualidade do ar nas cidades. 
 
2. Padrões de qualidade do ar 
O Decreto Estadual nº 59113/2013 determina que a qualidade do ar no território do Estado de 
São Paulo será efetuada através de Padrões de Qualidade do Ar, como indicado a seguir: 
 
6 
 
 Metas Intermediárias – (MI) são parâmetros estabelecidos de maneira temporária a serem 
cumpridos em etapas (1 a 3), busca melhorar de maneira gradativa a qualidade do ar no Estado 
de São Paulo, tem como objetivo a redução das fontes emissoras fixas e móveis, seguindo a 
linha do desenvolvimento sustentável (CETESB, 2018). Neste relatório foi utilizada apenas a 
Meta Intermediária Etapa 1 (MI1), definida por: 
I. MI1 – Estabelece os padrões de concentração dos poluentes atmosféricos 
respeitados no Estado de São Paulo a partir de março de 2013; 
 
 Padrões Finais (PF) – Padrões que estabelecem, a partir do conhecimento científico, a 
concentração de determinado poluente pode encontrar-se na atmosfera para que a saúde seja 
preservada ao máximo (CETESB, 2018). 
Na tabela 3 abaixo estão definidos os parâmetros dos poluentes por tempo de amostragem para 
todos os poluentes estudados nesta pesquisa: 
Tabela 3 – Parâmetros por tempo de amostragem 
 
 
 
 
 
 
1 – Média aritmética anual. 
 Meta Intermediária Etapa 1 – (MI1) – Valores de concentração de poluentes atmosféricos que 
devem ser respeitados a partir de 24/04/2013 (CETESB, 2018). 
 
 Índice de qualidade do ar e saúde – Criado para simplificar o processo de divulgação da 
qualidade do ar. Qualidade do ar boa significa que os Padrões Finais (PF) estão sendo atendidos 
(CETESB, 2018). 
Na tabela 4 (CETESB, 2018) são apresentados os índices e a qualidade do ar correspondente, com 
as concentrações dos poluentes estudados neste relatório necessárias para que se encaixem em cada 
classe: 
Poluente 
Tempo de 
Amostragem 
MI1 
(µg/m³) 
PF 
(µg/m³) 
Partículas 
inaláveis 
(MP10) 
24 horas 
MAA1 
120 
40 
50 
20 
Partículas 
inaláveis 
finas 
(MP2,5) 
24 horas 
MAA1 
60 
20 
25 
10 
Dióxido de 
nitrogênio (NO2) 
1 hora 
MAA1 
260 
60 
200 
40 
Ozônio 
(O3) 
8 horas 140 100 
 
7 
 
Tabela 4 – Índice de qualidade do ar 
 
A base para definição da qualidade do ar são os efeitos na saúde humana, o que está demonstrado 
na tabela 5 (CETESB, 2018): 
Tabela 5 – Qualidade do ar e efeitos na saúde humana 
Qualidade Índice Significado 
N1 – Boa 0 – 40 
N2 – Moderada 41 – 80 Pessoas de grupos sensíveis (crianças, 
idosos e pessoas com doenças 
respiratórias e cardíacas) podem 
apresentar sintomas como tosse seca e 
cansaço. A população, em geral, não é 
afetada. 
N3 – Ruim 81 – 120 Toda a população pode apresentar 
sintomas como tosse seca, cansaço, 
ardor nos olhos, nariz e garganta. 
Pessoas de grupos sensíveis podem 
apresentar efeitos mais sérios na 
saúde. 
N4 – Muito Ruim 121 - 200 Toda a população pode apresentar 
agravamento dos sintomas como tosse 
seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e 
garganta e ainda falta de ar e 
respiração ofegante. Efeitos ainda 
mais graves à saúde de grupos 
sensíveis. 
N5 - Péssima >200 Toda a população pode apresentar 
sérios riscos de manifestações de 
doenças respiratórias e 
Qualidade Índice MP10 (µg/m³) 
24h 
MP2,5 (µg/m³) 
24h 
O3 (µg/m³) 8h NO2 (µg/m³) 1h 
N1 – Boa 0 – 40 0 – 50 0 - 25 0 – 100 0 - 200 
N2 – Moderada 41 – 80 >50 – 100 >25 – 50 >100 -130 >200 – 240 
N3 – Ruim 81 – 120 >100 - 150 >50 – 75 >130 – 160 >240 – 320 
N4 – Muito 
Ruim 
121 - 200 >150 - 250 >75 – 125 >160 – 200 >320 – 1130 
N5 - Péssima >200 >250 >125 >200 >1130 
 
8 
 
cardiovasculares. Aumento de mortes 
prematuras em pessoas de grupos 
sensíveis., 
 
3. Monitoramento 
3.1.Período de Monitoramento 
O período de monitoramento considerado nesse relatório, para as duas estações estudadas, foi 
do dia 01 de janeiro de 2016, até o dia 31 de dezembro de 2016. 
 
3.2.Localização 
A cidade de Santos, no litoral de São Paulo, possui duas estações de monitoramento, a estação 
de Santos, localizada no Boqueirão, e uma das estações estudadas neste relatório, a estação móvel de 
Santos, Ponta da Praia, localizada no Complexo Esportivo Rebouças, situado na Praça Eng. José 
Rebouças, sem número, na Ponta da Praia.A outra estação estudada neste relatório é a de Jardim 
Satélite, em São José dos Campos, no interior de São Paulo, que é uma estação fixa localizada no 
Centro Poliesportivo João do Pulo, no Jardim Satélite. 
As duas estações foram escolhidas para este relatório conforme um critério pré-estabelecido: 
deveriam estar localizadas em cenários urbanos distintos. Logo, foi escolhida uma estação localizada 
no litoral, que sofre os efeitos da maritimidade, numa cidade que possui um porto com atividades 
intensas, sendo o maior do país, e uma estação no interior do estado, localizada numa cidade bastante 
industrializada. O intuito destas escolhas foi, a partir do monitoramento dos poluentes e das variáveis 
meteorológicas, observar como os mesmos se comportam em regiões diferentes, que sofrem processos 
meteorológicos em condições diferentes, em climas diferentes, e qual a influência deste 
comportamento na atmosfera e na qualidade do ar. 
Coordenadas geográficas: 
Santos – Ponta da Praia: 23°58'52.22"S46°18'0.18"O 
São José dos Campos – Jardim Satélite: 23°13'27.60"S45°53'24.24"O 
 
 
9 
 
3.3.Caraterização das Estações 
A estação automática (móvel) de Santos – Ponta da Praia, além de monitorar a qualidade do ar, 
foi instalada para poder dimensionar os impactos dos poluentes emitidos pelo Porto de Santos, que se 
encontra próximo da estação. A estação automática de Jardim Satélite em São José dos Campos foi 
inaugurada, juntamente com a estação móvel de Vista Verde, em 2015, com o intuito de monitorar a 
poluição de veículos e indústrias na cidade. 
 
3.3.1. Estação de Santos – Ponta da Praia 
 Ponta da Praia é a principal estação de monitoramento do Porto de Santos, localizada a 650 a 
900 sudeste-nordeste (Imagem 2), consegue captar a emissão de poluentes, pelo transporte de grãos e 
farelos, e queima de combustíveis fósseis em veículos como carros, ônibus, caminhões e até navios. 
 
 
Figura 1 - Localização da estação Santos, Ponta da Praia. Fonte: Google Earth. 
 
 
10 
 
 
3.3.2. Estação de São José dos Campos – Jardim Satélite 
A cidade de São José dos Campos é cortada pela via Dutra, segundo dados de 2008, só no 
trecho da rodovia entre as cidades de Caçapava e Jacareí, no qual São José se localiza, circulam 
aproximadamente 80 mil veículos por dia. Nos dias úteis, o perfil comum de composição destes 
veículos é, segundo a NovaDutra, de 45% de caminhões, 5% ônibus e 50% veículos de passeio. Além 
disso, a cidade se localiza no Vale do Paraíba, região bastante industrializada, a própria cidade possui 
um Parque Industrial com um número considerável de indústrias, são aproximadamente 720. 
 
Figura 2 - Localização da estação Santos, Ponta da Praia em relação ao Porto de Santos. SMA\CPLA - Ortofoto 
Emplasa - 2010 
 
11 
 
 
Figura 3 - Localização da Estação de São José dos Campos, Jardim Satélite 
 
3.4.Configuração das Estações 
 
MP10 – Partículas Inaláveis NO2 – Dióxido de 
Nitrogênio 
UR – Umidade Relativa P – Pressão Atmosférica 
MP2,5 – Partículas Inaláveis 
Finas 
NOx – Óxidos de 
Nitrogênio 
TEMP – Temperatura RADG – Radiação Solar 
Global 
SO2 – Dióxido de Enxofre CO – Monóxido 
de Carbono 
VV – Velocidade dos Ventos NO – Óxido de 
Nitrogênio 
O3 – Ozônio CO – Monóxido 
de Carbono 
DV – Direção dos Ventos RADUV – Radiação 
Ultra-violeta 
 
 
 
 
 PARÂMETROS – 2016 Estações MP2,5 MP10 SO2 NO NO2 NOX O3 CO UR TEMP VV DV PRESS RADUV RADG DVG 
Santos – 
Ponta da 
praia 
X X X X X X X 
 
X X X X X X X X 
São José dos 
Campos 
X X X X X X 
 
X 
 
X X X X X X X X 
 
12 
 
4. Resultados 
4.1.Padrões de Qualidade do Ar 
4.1.1. Padrões do Ozônio (O3) 
 
A meta intermediária 1 indica, a partir da média horária de 8h, a concentração de 140µg/m3 do 
Ozônio (CETESB, 2018). O gráfico indica que a cidade de S. José dos Campos, na região do Jd. 
Satélite apresenta concentrações maiores que 140µg/m3 apenas no mês de setembro, ultrapassando a 
meta apenas uma vez, já na cidade de Santos, no mês de setembro, foram registradas doze 
ultrapassagens além do permitido. 
Observando o cenário indicado pela concentração de ozônio dentro do limite da meta 
intermediária 1 é possível que a partir do controle da emissão dos determinados poluentes possa ocorrer 
a diminuição da concentração de O3, melhorando a qualidade do ar. 
0
2
4
6
8
10
12
14
Meta Intermediária 1 (140µg/m3)
Santos - Ponta da Praia S. José Campos - Jd. Satelite
 
13 
 
 
O Padrão Final é indicado a partir da concentração de 100µg/m3 na média horário para 8h 
(CETESB, 2018). O gráfico indica que a cidade de S. José dos Campos, na região do Jd. Satélite, 
apresenta concentrações maiores que 100µg/m3 nos meses de fevereiro, abril, setembro, outubro e 
dezembro, no mês de abril a ultrapassagem desta concentração ocorreu 25 vezes durante o mês, 
indicando um risco à saúde humana e podendo ocasionar mudanças climáticas, já no município de 
Santos, nos meses de fevereiro, abril, setembro e dezembro, ocorreu uma concentração de Ozônio 
maior que 100µg/m3, sendo no mês de setembro o maior número de ultrapassagens, 12 vezes com 
concentração maior que a permitida. Este cenário indica que na cidade de São José dos Campos pessoas 
podem estar mais suscetíveis a infecções e doenças de pele, provando desconforto respiratório, 
neutrófilos inflamados e uma destruição do tecido pulmonar, e problemas de irritação nos olhos, nariz 
e garganta, a polução no geral não é afetada, pessoas sensíveis, crianças e idosos são mais atingidos. 
As vegetações da cidade de Santos em relação a de São José dos Campos nas regiões estudadas não 
tem o seu processo de fotossíntese atingido, já em São José há uma diminuição deste processo que 
pode ocasionaro ressecamento das folhas e possivelmente morte destes organismos. 
Os padrões de qualidade do ar são indicados dentro dos padrões finais para cada tipo de 
poluente atmosféricos, no gráfico são analisadas concentrações acima de 100µg/m3, constatando assim 
que nos meses em que foi ultrapassado este valor a qualidade do ar foi moderada ou acima em relação 
ao ozônio. Tal cenário não é crítico, mas as fontes de poluentes fixas e móveis precisam ser analisadas. 
0
5
10
15
20
25
30
Padrão Final (100µg/m3) para o Ozônio (O3)
Santos - Ponta da Praia S. José Campos - Jd. Satelite
 
14 
 
4.1.2. Padrões do Dióxido de Nitrogênio (NO2) 
 
A meta intermediária 1, para o Dióxido de Nitrogênio é dada analisando a concentração 
destegás de hora em hora, a concentração a ser respeita é de 260µg/m3 para cada hora analisada durante 
o ano (CETESB, 2018). Nas regiões de Santos e São José dos Campos não ocorreu nenhuma 
ultrapassagem da concentração determinada pela meta intermediária 1, indicando uma boa qualidade 
do ar em relação ao poluente NO2 no ano de 2016. 
 
O Padrão Final também é calculado com base na concentração de 200µg/m3 do Dióxido de 
Nitrogênio para cada hora do dia, observando o gráfico é possível notar que não houve nenhuma 
ultrapassagem desta concentração (CETESB, 2018). A qualidade do ar é dada pela análise das 
concentrações dos poluentes conforme sua média horária, portanto de acordo com o gráfico é possível 
indicar que, levando em consideração o NO2, a qualidade do ar encontrava-se boa. 
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
Meta Intermediária 1 (260µg/m3) para o Dióxido 
de Nitrogênio (NO2) no ano de 2016
Santos - Ponta da Praia S. José Campos - Jd. Satelite
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
Padrão Final (200µg/m3) para o Dióxido de 
Nitrogênio (NO2) no ano de 2016 
Santos - Ponta da Praia S. José Campos - Jd. Satelite15 
 
4.1.3. Padrões das Partículas Inaláveis (MP10) 
 
A meta intermediária 1 é dada pela concentração da média horária de 24h com concentração 
acima de 120µg/m3 (CETESB, 2018). Observando o gráfico é possível indicar que a concentração de 
120µg/m3 não foi ultrapassada nenhuma vez, para nenhuma das cidades estudadas. 
 
O Padrão Final é indicado pela média horária de 24h para concentrações acima de 50µg/m3 
(CETESB, 2018). No município de Santos, Ponta da Praia, ocorreu a ultrapassagem desta concentração 
nos meses de janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, agosto, sendo o maior número de 
ultrapassagens no mês de abril com mais de 350 vezes. Na cidade de S. José dos Campos, no Jardim 
Satélite, as ultrapassagens ocorreram nos meses de abril, maio, julho, agosto e setembro, o maior 
número delas ocorreu no mês de julho, com cerca de 165 ultrapassagens. Devido a estas ultrapassagens, 
a qualidade do ar poderia ser classificada como regular em relação ao material particulado estudado. 
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
Meta Intermediária 1 (120µg/m3) para Partículas 
Inaláveis (MP10) no ano de 2016
Santos - Ponta da Praia S. José Campos - Jd. Satélite
0
50
100
150
200
250
300
350
400
Padrão Final (50µg/m3) para Partículas Inaláveis 
(MP10) no ano de 2016
Santos - Ponta da Praia S. José Campos - Jd. Satelite
 
16 
 
As principais fontes de emissão dessas partículas são veículos automotores, principalmente que 
possuem motores à combustão por meio de combustíveis fósseis, e indústria. O material particulado 
pode ser formado também através de outros poluentes, como o dióxido de enxofre, óxidos de 
nitrogênio e compostos orgânicos voláteis, sendo todos esses componentes encontrados em áreas 
urbanas e industriais, como é o caso da localização das estações estudadas. 
Estas partículas inaláveis podem causar problemas respiratórios, como bronquite e asma, 
inflamações de brônquios e bronquíolos, a longa exposição pode causar a morte prematura de 
cardíacos, problemas no coração e arritmia. Além dos danos à saúde humana, pode causar impactos 
ambientais severos, estas partículas contribuem diretamente para o aquecimento global, ficando 
atrásapenas do CO2. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) indica que os 
impactos causados por este material são grandes, pois causam um forçamento radiativo, causando uma 
perturbação no equilíbrio da energia incidente e emergente do planeta, ocasionando a diminuição da 
frequência de precipitações e aumento da chuva ácida. 
Na região de Santos, Ponta da Praia, é observada a maior concentração de partículas inaláveis 
devida às atividades portuárias, pois elas envolvem a manipulação e transferência de grãos (milho e 
soja), no processo de transporte por meio de caminhões podem sofrer fragmentação, este material 
particulado entra em contato com as vias e é suspenso na ação dos ventos e movimentação de veículos. 
A movimentação de soja ocorre principalmente nos meses de fevereiro a julho, que são parte dos meses 
com maior concentração de partículas inaláveis indicados no gráfico. Outra atividade que auxilia na 
emissão destas partículas são os combustíveis fósseis muitas vezes utilizados em caminhões (diesel) e 
navios (óleo pesado). Ocorre um aumento da concentração nos meses de julho e agosto em virtude do 
inverno, da diminuição dos ventos e umidade relativa do ar. 
 A cidade de São José dos Campos possui um grande polo industrial, fazendo parte do Vale do 
Paraíba, um dos maiores do país, encontra-se na cidade um Parque Tecnológico. A região possui 
empresas dos mais variados tipos, produção bélica, metalúrgica e aeroespacial. Existe também na 
cidade uma refinaria de petróleo da Petrobrás. Devido à industrialização local pode ocorrer o 
favorecimento da concentração de material particulado, principalmente nos meses de junho, agosto e 
setembro, época do inverno, com diminuição da ventilação e umidade do ar, isto acarreta uma maior 
concentração do material particulado, devida à baixa dispersão pela atuação dos ventos. 
 
 
17 
 
4.1.4. Padrões das Partículas Inaláveis (MP2,5) 
 
A meta intermediária 1 é medida a partir da média horária de 24h para concentrações de 
partículas inaláveis MP2,5 acima de 60µg/m
3 (CETESB, 2018). Pelo gráfico é possível constatar que 
as cidades de Santos, região de Ponta da Praia e São José dos Campos, no Jardim Satélite, não foi 
encontrada nenhuma concentração acima do estipulado. 
 
O Padrão Final é medido a partir da média horária de 24h que possuam concentrações maiores 
que 25µg/m3 material particulado com tamanho menor ou igual 2,5 µm. Observando o gráfico acima 
é possível indicar que nos meses de junho, julho, agosto e setembro houve concentrações de partículas 
inaláveis nas duas estações estudadas, porém a ultrapassagem da concentração limite foi maior na 
cidade de Santos. 
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Meta Intermediária 1 (60µg/m3) para Partículas 
Inaláveis (MP2,5) no ano de 2016
Santos - Ponta da Praia S. José Campos - Jd. Satelite
0
50
100
150
200
250
300
Padrão Final (25µg/m3) para Partículas Inaláveis 
(MP2,5) no ano de 2016
Santos - Ponta da Praia S. José Campos - Jd. Satelite
 
18 
 
O efeito causado à saúde humana depende do tamanho da partícula inalável, sendo assim MP2,5 
causa problemas respiratórios mais sérios, pois consegue atingir até os bronquíolos respiratórios e 
alvéolos dos pulmões, além dos problemas já causados pelo material particulado inalável maior que 
10 µm, como asma, bronquite, inflamações pulmonares (CETESB,2018; ÉVORA, 2018). 
Na estação de Santos, Ponta da Praia, a concentração de material particulado é maior devido 
ao constante transporte de grãos, tráfego de caminhões e navios que favorece a produção deste 
poluente. Os meses de fevereiro e abril estão entre os meses que possuem elevada escala de transporte 
de soja, favorecendo assim a concentração deste material particulado inalável devido a sua trituração 
durante o transporte e dos ventos causados pelo transporte que mantêm o poluente na atmosfera. No 
período de junho a setembro ocorre o inverno, esta estação do ano favorece a manutenção das 
partículas inaláveis na atmosfera devida à diminuição dos ventos e a baixa umidade do ar, que em 
outras estações fariam com que estes poluentes fossem transportados para outras áreas do globo. O 
maior transporte de milho ocorre dos meses de julho a dezembro, e de soja dos meses de fevereiro a 
julho, este alto transporte de grãos no período de julho no porto de Santos pode acarretar diretamente 
no alto número de vezes que a concentração do material particulado ultrapassou o padrão final de 
25µg/m3 sendo de 253 vezes. 
 Em São José dos Campos, Jd. Satélite, também ocorre um grande número de ultrapassagens 
durante os meses que contemplam o período do inverno, devido à diminuição dos ventos e umidade 
relativa do ar. A alta industrialização da cidade pode ocasionar no acúmulo deste material particulado 
na atmosfera. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
4.2.Variabilidade Sazonal dos poluentes 
4.2.1. Avaliação do Ozônio (O3) 
 
 As duas cidades possuem similaridade na concentração de ozônio durante os meses do ano. 
Nos meses de agosto a dezembro a concentração de ozônio na atmosfera é maior do que nos outros 
meses, isso pode ser explicado por conta da incidência de radiação solar ao longo do ano, sendo maior 
no hemisfério sul neste período por conta do movimento de translação da terra, junto com sua 
inclinação, radiação esta que é necessária para a formação de ozônio na atmosfera 
4.2.2. Avaliação do Dióxido de nitrogênio (NO2)0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
Variabilidade sazonal do O3 (µg/m
3) para o ano de 
2016 
Santo - Ponta da Praia S.José Campos-Jd.Satelite
0
10
20
30
40
50
60
Variabilidade sazonal do NO2 (µg/m
3) para o ano de 
2016 
Santo - Ponta da Praia S.José Campos-Jd.Satelite
 
20 
 
Em relação à concentração de Dióxido de Nitrogênio, nos meses subsequentes de Janeiro a 
Abril, a cidade de Santos apresenta uma concentração relativamente maior do que a de São José dos 
Campos, de Maio a Agosto essa concentração se aproxima crescentemente e volta a se afastar 
decrescendo de Setembro a Dezembro em ambas as cidades. Isto pode ser explicado por conta da 
dificuldade de dispersão de poluentes no inverno, que no hemisfério Sul, ocorre de Junho a Setembro. 
 Em decorrência da grande urbanização da cidade de Santos e do parque industrial de São José 
dos Campos, o fenômeno denominado inversão térmica, no qual o movimento ascendente do ar é 
impedido por conta da sobreposição da camada de ar quente, a uma camada de ar frio, sendo essa 
última mais densa, acaba por manter os poluentes mais próximos da superfície. No inverno este 
fenômeno é acentuado em zonas urbanas, visto que a camada de inversão ocorre mais próxima à 
superfície, o que explica a concentração maior de NO2 durante esses meses. 
 
21 
 
4.2.3. Avaliação do Partículas inaláveis (MP10 e MP2.5) 
 
Com relação ao material particulado (MP10), a cidade de Santos apresenta uma maior 
concentração em relação à cidade de São José dos Campos de Janeiro a Abril, as concentrações dessas 
partículas nos meses de maio a novembro se aproximam, apresentando um pequeno aumento em 
dezembro. Para o material particulado (MP2,5), tem-se uma concentração maior na cidade de Santos 
nos meses de janeiro a março em relação à cidade de São José dos Campos, seguido de uma 
similaridade nas concentrações de abril a junho, de julho a setembro observa-se um aumento na 
concentração dessas partículas na segunda cidade, seguido por um contínuo crescimento de outubro a 
dezembro na primeira cidade. 
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Variabilidade sazonal do MP10 (µg/m
3) para o ano de 
2016
Santo - Ponta da Praia S.José Campos-Jd.Satelite
0
5
10
15
20
25
30
35
MP2.5(Partículas Inaláveis Finas) - µg/m
3
Santo - Ponta da Praia S.José Campos-Jd.Satelite
 
22 
 
Ambas as presenças destes materiais particulados (MP10) e (MP2,5) em suas respectivas cidades 
e concentrações, podem ser explicadas tanto pela carga à granel, a qual por definição, pode ser seca ou 
líquida, conduzida sem embalagens, transportada pelo porto de Santos, o qual neste ano de 2016 bateu 
o terceiro recorde consecutivo mensal de movimentação de mercadoria, e a sua intensa urbanização, 
quanto pelo parque industrial de São José dos Campos, que mantem cerca de 900 indústrias diferentes, 
juntamente com sua topografia de vale, que favorece o processo de inversão térmica e, portanto, o 
acúmulo destes materiais na atmosfera. 
 
4.3.Variabilidade Sazonal das Variáveis Meteorológicas 
4.3.1. Temperatura 
 
É observado no gráfico, que embora a temperatura do ar seja bem próxima em ambas as 
cidades, em Santos ela se apresenta maior do que em São José dos Campos, isso ocorre ser uma cidade 
litorânea, onde a energia solar é retida por mais tempo em decorrência da proximidade com o mar. 
A cidade de Santos encontra-se no mesmo nível do mar, enquanto que a cidade de São José 
está a mais ou menos 600 metros de altitude em relação ao mar, a temperatura está relacionada à 
mudança de altitude, geralmente lugares mais baixos são mais quentes e mais alto menos quentes, esse 
pode ser um dos fatores que influencia diretamente nas temperaturas, por mais que a poluição também 
afete tal variável. 
 
0
5
10
15
20
25
30
35
Variabilidade sazonal da Temperatura do Ar (°C) no 
ano de 2016 
Santo - Ponta da Praia S.José Campos-Jd.Satelite
 
23 
 
4.3.2. Velocidade dos ventos 
 
A velocidade dos ventos em ambas as cidades é relativamente constante durante o ano todo, 
embora tenham divergências entre si, visto que Santos apresenta uma menor velocidade do que São 
José dos Campos, isso pode ser explicado pela localização geográfica de ambas as cidades, já que a 
primeira cidade se localiza na Bacia de Santos e a segunda no Vale do Paraíba. 
Os padrões de velocidade do vento podem estar diretamente relacionados com a arquitetura do 
local, que pode canalizar mais os ventos. As áreas urbanas também influenciam, pois acabam 
acelerando os ventos fracos, diminuindo a velocidade de ventos forte, de acordo com a movimentação 
de carros, ônibus e outros veículos de transporte (PIFFER, CARDOSO, 2015)direç. 
Durante as estações que possuem um maior índice de radiação solar a velocidade dos ventos 
aumenta devido à capacidade térmica de gerar uma turbulência nos ventos, alterando também sua 
direção, este fator favorece a dispersão dos poluentes, por isso a concentração de material particulado 
é mais baixa durante o verão e a primavera nas duas cidades estudadas. 
 
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
Variabilidade sazonal da Velocidade do Vento (m/s) 
para o ano de 2016
Santo - Ponta da Praia S.José Campos-Jd.Satelite
 
24 
 
4.3.3. Umidade relativa 
 
A umidade do ar se mostra relativamente constante no decorrer do ano para ambas as cidades, 
porém em Santos há uma maior porcentagem do que São José dos Campos, isso se dá pelas suas 
respectivas posições geográfica, visto que Santos está localizada no litoral paulista e apresenta os 
efeitos da maritimidade ao contrário da segunda cidade que se localiza no interior paulista. 
No processo de maritimidade ocorre alta evaporação das águas oceânicas, aumentando a 
concentração de vapor d’água no ar, o que favorece a maior umidade na cidade de Santos. As massas 
de ar também influenciam diretamente a umidade, a massa Tropical Atlântica é quente e úmida e afeta 
diretamente a região de Santos, favorecendo aumento das chuvas no verão. A massa Polar Atlântica 
afeta a região de São José durante o inverno, o que favorece a diminuição de umidade, pois é uma 
massa de ar fria e seca. 
0
20
40
60
80
100
120
Variabilidade sazonal da Umidade Relativa do Ar (%) 
para o ano de 2016
Santo - Ponta da Praia S.José Campos-Jd.Satelite
 
25 
 
4.3.4. Radiação Solar do ar 
 
A quantidade de Radiação Solar incidente em ambas as cidades é semelhante o ano todo, 
apresentando uma diminuição geral nos meses de maio a agosto e voltando a aumentar a partir de 
setembro. Isso se deve ao ângulo de incidência dos raios solares na latitude em que se encontram - 23º 
S, juntamente com a inclinação e a translação da Terra.Estes processos estão diretamente ligados aos 
efeitos nas estações do ano, portanto quando o Hemisfério Sul recebe mais energia ocorre o verão e a 
primavera, quando essa radiação solar diminui inicia-se o outono e inverno. 
A radiação solar afeta diretamente os ventos, umidade relativa do ar e a temperatura, estes 
processos influenciam na dispersão ou concentração dos poluentes. A fotoquímica do ozônio está 
relacionada com a radiação, pois é necessária energia solar para que ocorra a formação ou destruição 
do ozônio. A radiação também favorece a quebra dos átomos dos CFCs em cloro que podem afetar 
diretamente a camada de ozônio. 
 
 
 
 
 
 
 
0
100
200
300
400
500
600
700
Variabilidade sazonal da Radiação Solar Global (W/m2) 
no ano de 2016 
Santo - Ponta da Praia S.José Campos-Jd.Satelite
 
26 
 
4.3.5. Direção dos ventos 
 
 
0
2040
60
80
Nordeste (NE)
Sudeste (SE)
Sudoeste (SO)
Noroeste (NO)
Variabilidade sazonal da frequência (%) da 
Direção do Vento para Santos - Ponta da 
Praia no ano de 2016
Janeiro Fevereiro Março Abril
Maio Junho Julho Agosto
Setembro Outubro Novembro Dezembro
0
20
40
60
80
Nordeste (NE)
Sudeste (SE)
Sudoeste (SO)
Noroeste (NO)
Variabilidade sazonal Frequência (%) da 
Direção do Vento para S. José Campos - Jd. 
Satélite no ano de 2016 
Janeiro Fevereiro Março Abril
Maio Junho Julho Agosto
Setembro Outubro Novembro Dezembro
 
27 
 
Pode ser observado que a frequência da direção dos ventos ao longo do ano na cidade de Santos 
é predominantemente para Sudeste (SE), Nordeste (NE) e Sudeste (SE), com maior frequência para a 
direção NE, com 44% no mês de abril, porém em São José dos Campos a predominância da direção 
dos ventos é noroeste (NO) e Sudeste (SE), essas frequências possuem relação direta com a forma 
como ocorrerá a dispersão de poluentes em cada localidade. 
 
4.4.Variação Diurna Horária dos Poluentes 
4.4.1. Partículas inaláveis (MP2,5) 
 
A quantidade de partículas inaláveis em Santos é predominantemente maior do que em São 
José dos Campos, visto que está localizada no litoral e exerce atividade portuária, liberando não só 
material particulado natural, como também antrópico. 
 
 
 
 
 
 
 
0
2
4
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8
10
12
14
16
18
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2
3
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0
0
:0
0
Variabilidade diurna do MP2.5 (µg/m
3) para o ano de 
2016 
Santos - Ponta da Praia S. José Campos - Jd Satelite
 
28 
 
4.4.2. Partículas inaláveis (MP10) 
 
Santos apresenta uma quantidade maior de partículas inaláveis do que São José dos Campos, 
dada sua localização e atividade econômica predominante. 
Em dois meses seguidos no Porto de Santos ocorreram incêndios e explosões que acarretam no 
aumento da concentração do material particulado, aumentando drasticamente a concentração de MP10 
nesse período. A maior concentração deste poluente ocorreu em horário de baixa incidência sola5. 
 
4.4.3. Ozônio 
 
0
5
10
15
20
25
30
35
40
0
1
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0
0
2
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3
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2
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0
0
:0
0
Variabilidade diurna para o MP10 (µg/m
3) para o ano 
de 2016 
Santos - Ponta da Praia S. José Campos - Jd. Satelite
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0
1
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2
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2
3
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0
0
0
:0
0
Variabilidade diurna do O3(µg/m
3) para o ano de 2016 
Santos - Ponta da Praia S. José Campos - Jd Satelite
 
29 
 
A produção do ozônio como poluente secundário ocorre por um processo fotoquímico, por isso 
a maior concentração de O3 aumenta a partir das 10h e começa a decair a partir das 17h, pois a 
incidência de energia solar é maior nesse período. A região de São José possui uma maior incidência 
de radiação solar, quando comparado com a cidade de Santos, favorecendo assim a formação de 
ozônio. 
4.4.4. Dióxido de Nitrogênio 
 
É possível observar que a concentração de dióxido de nitrogênio é maior em Santos do que em 
São José dos Campos, isso pode ser explicado pelas atividades econômicas de ambas as regiões, bem 
como a intensa urbanização da primeira cidade em relação à segunda, visto que uma das maiores causas 
de elevadas concentrações dessa substância na atmosfera é a emissão veicular, como é possível 
perceber, seu pico está nos horários considerados de maior movimentação veicular em cidades. 
 
 
 
 
 
 
 
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Variabilidade diurna do NO2 (µg/m
3) para o ano de 
2016 
Santos - Ponta da Praia S. José Campos - Jd. Satelite
 
30 
 
4.5.Variabilidade Diurna pelas Estações do Ano 
4.5.1. Variabilidade Diurna Partículas Inaláveis (MP2,5) 
 
Em Santos o material particulado (MP2,5), apresenta em todas as estações seu pico entre 2h e 
3h momento que toda a superfície foi resfriada, diminuindo temperatura e ventos, com a maior 
concentração no inverno, chegando a 25,00 µg/m³. A maior concentração do material particulado 
ocorre nas estações que possuem menor intensidade de umidade relativa, radiação solar e ventos, esses 
fatores influenciam diretamente na dispersão deste poluente, portanto na ausência, ou diminuição da 
intensidade destas variáveis meteorológicas as concentrações desses poluentes ficam maiores. 
 
 
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Variabilidade Diurna do MP2.5 (µg/m
3) em Santos 
- Ponta da Praia 
Verão Outono Inverno Primavera
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Variabilidade Diurna do MP2.5 (µg/m
3) em S. José 
Campos - Jd. Satélite
Verão Outono Inverno Primavera
 
31 
 
O material particulado (MP2.5) em São José dos Campos tem seu pico em todas as estações 
entre 18h e 19h, apresentando concentrações próximas no verão e primavera, porém sua maior 
concentração, ultrapassando 20,00 µg/m³, se dá no inverno decorrente da inversão térmica. Novamente 
ocorrem maiores concentrações nas estações que possuem baixa umidade, temperatura, radiação solar 
e velocidade dos ventos, impedindo a dispersão desses poluentes. 
O aumento da concentração destes poluentes durante o dia pode estar diretamente 
relacionadoàs atividades antrópicas, em São José a atividade industrial é intensa, e os períodos com 
maior concentração coincidem com trânsito urbano, horário comercial de trabalho. 
 
4.5.2. Variabilidade Diurna Partículasinaláveis (MP10) 
 
O material particulado (MP10) em Santos, apresenta uma queda na concentração em todas as 
estações entre as 9h e 10h, mostrando um aumento no verão após as 17h, chegando até 50,00 µg/m³. 
As concentrações no verão e no outono são muito maiores principalmente no final do dia. 
No começo do ano de 2016 no mês de janeiro ocorreu uma explosão que gerou uma nuvem 
tóxica de fumaça que liberou para a atmosfera uma alta concentração de material particulado, podendo 
ser essa a causa da alta concentração, no mês de fevereiro também ocorreu uma explosão na área dos 
grãos no porto que pode também ter acentuado as altas concentrações durante o verão (G1, SANTOS). 
No mês de abril ocorreu novamente um incêndio e explosões nas áreas industriais de Santos, 
este fato pode ter ocasionado a maior concentração de MP10na atmosfera, como esse poluente (G1, 
SANTOS). 
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Variabilidade Diurna do MP10 (µg/m3) em Santos 
- Ponta da Praia
Verão Outono Inverno Primavera
 
32 
 
Esses incêndios e explosões podem justificar as altas concentrações do material particulado 
durante as estações do verão e outono, principalmente nos períodos de menor incidência solar, que 
desfavorece a dispersão desses poluentes. 
 
A concentração de material particulado (MP10) em São José dos Campos se mantém 
praticamente constante em cada estação, tendo seu pico em todas entre 18h e 20h, com sua maior 
concentração, mais de 40,00 µg/m³, no período de inverno. A maior concentração do material 
particulado coincide com a diminuição dos ventos, temperatura e radiação solar, ocorrendo 
principalmente durante o outono e inverno, a tendo o pico das suas concentrações no período da noite. 
Ocorre a dispersão deste poluente durante as estações do verão e da primavera. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Variabilidade Diurna do MP10 (µg/m
3) em S. José 
Campos - Jd. Satélite
Verão Outono Inverno Primavera
 
33 
 
4.5.3. Variabilidade Diurna Dióxido de Nitrogênio (NO2) 
 
Em Santos, a concentração de NO2apresenta seu pico em todas as estações entre 8h e 9h, com 
um declínio e um novo pico entre 20h e 21h, bem como sua maior concentração no inverno, 
chegando em mais de 40,00 µg/m³. 
A relação do dióxido de nitrogênio é indireta com a radiação rolar, já que a sua melhor 
concentração ocorre as 14h ou 15h, isso se dá pelo processo de convecção, quando a atmosfera 
aquece o NO2 é carregado da troposfera para a estratosfera, portanto quando ocorre o aquecimento 
do ar devido ao aumento da radiação solar no período diurno, diminui a presença de dióxido de 
nitrogênio. 
 
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Variabilidade Diurna do NO2 (µg/m
3) em Santos -
Ponta da Praia
Verão Outono Inverno Primavera
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Variabilidade Diurna do NO2 (µg/m
3) em S. José 
Campos - Jd. Satélite
Verão Outono Inverno Primavera
 
34 
 
Em São José dos Campos, o NO2 apresenta-se em todas as estações com picos em sua 
concentração entre 8h e 9h, com um declínio logo após e um novo pico entre 19h e 20h, tendo no 
inverno sua maior concentração em 35,00 µg/m³. 
Se comparada com Santos a cidade de São José possui mais industrias e processos que 
favorecem a emissão de NO2 para a atmosfera, o que acarreta na maior concentração deste poluente 
durante o início dia, já que os processos de emissão são intensos, porém o processo de convecção não 
esta acentuado. 
 
4.5.4. Variabilidade Diurna Ozônio (O3) 
 
A concentração de O3 na cidade de Santos apresenta um pico entre as 14h e as 16h em todas as 
estações do ano, tendo sua maior concentração no outono e inverno, chegando a 50,00µg/m³. A 
concentração de ozônio cresce junto com o aumento da radiação solar devido ao processo de 
fotoquímica, pois esse poluente é secundário. 
Na primavera ocorre uma alta incidência solar gerando um pico de formação de ozônio nas 
15h, seguindo pelo outono que também possui uma alta concentração de O3 na atmosfera. Como na 
primavera e no verão o período de luz solar dura mais tempo a produção de ozônio decai mais tarde 
quando comparado ao inverno e outono. 
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Variabilidade Diurna do O3 (µg/m
3) em Santos -
Ponta da Praia
Verão Outono Inverno Primavera
 
35 
 
 
Em São José dos Campos, a concentração de O3 tem seu pico em todas as estações do ano entre 
14h e 15h, com a concentração chegando a mais de 70,00 µg/m³ durante o inverno. 
É notório que existe uma relação na concentração de ozônio com a radiação solar, porém no 
verão a taxa de produção do ozônio foi bem baixa, tendo os seus picos no inverno e primavera, sendo 
apenas a primavera a estação com alto índice de radiação solar atrás do verão, e sendo o inverno, de 
todas as estações, a com mais baixa taxa de radiação solar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Variabilidade Diurna do O3 (µg/m
3) em S. José 
Campos - Jd. Satélite
Verão Outono Inverno Primavera
 
36 
 
4.5.5. Variabilidade Diurnada Radiação Solar 
 
A incidência de radiação solar em Santos tem seu pico em todas as estações do ano entre 12h 
e 13h, apresentando maior incidência no verão, com aproximadamente 600,00 W/m². 
Devido à inclinação do eixo da Terra e a distribuição desigual da energia solar durante os meses 
do ano, o Hemisfério Sul é o que possui maior recepção da energia solar nos meses de setembro e 
março que coincidem com as estações do verão e primavera. Durante o verão e a primavera o sol tende 
a se por mais tarde, por isso a radiação solar acaba a partir das 20h, ao contrário do que ocorre no 
inverno e outono, quando o sol se põe mais cedo, diminuindo a radiação solar a partir das 18h. 
 
Em São José dos Campos, o pico de incidência para todas as estações do ano está entre 12h e 
13h, apresentando uma maior incidência durante o período da primavera, com 700,00 W/m². 
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Variabilidade Diurna do Radiação Solar (W/m2) 
em Santos - Ponta da Praia
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Variabilidade Diurna do Radiação Solar (W/m2) 
em S. José Campos - Jd. Satélite
Verão Outono Inverno Primavera
 
37 
 
A cidade de São José se encontra em uma latitude um pouco menor do que a cidade de Santos, 
isto pode explicar o aumentona quantidade de energia solar incidente em sua direção, o que evidencia 
esse aumento da energia é que na cidade de Santos o máximo é aproximadamente 600,00 W/m² e em 
São José é 700,00 W/m². 
 A maior incidência ocorre nas estações do verão e primavera, com o sol se pondo mais tarde, 
tendo um maior período de radiação solar, e no inverno e outono as menores taxas com o sol se pondo 
mais cedo, às 18h, diminuindo o período de incidência da radiação solar. 
 
4.5.6. Variabilidade Diurna da Temperatura do Ar 
 
Na cidade de Santos a temperatura do ar tem pouca variação durante o dia, apresentando maior 
temperatura durante o verão com 30ºC. 
A temperatura possui relação direta com a radiação solar recebida, portanto no verão e na 
primavera na cidade de Santos ocorreram as maiores temperaturas, com destaque para o verão, as 
menores temperaturas foram observadas no inverno e outono. As baixas temperaturas desfavorecem a 
dispersão dos poluentes devido aos fatores que se encontram agregados a elas, como umidade, direção 
e velocidade dos ventos. 
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Variabilidade Diurna da Temperatura do Ar (°C) 
em Santos - Ponta da Praia
Verão Outono Inverno Primavera
 
38 
 
 
Em São José dos Campos, a temperatura do ar tem uma variação durante o dia de 
aproximadamente 5°C a 10°C durante todas as estações do ano, apresentando uma maior temperatura 
no período do verão, chegando a quase 30°C no verão. Como esperado, as menores temperaturas são 
no inverno e outono, com as maiores no verão e primavera. A temperatura mínima atingida ocorreàs 
2h da manhã, quando toda a energia absorvida pela superfície durante o período diurno é emitida para 
a atmosfera, o pico de temperatura ocorre às 15h, com o máximo de incidência solar. 
 
4.5.7. Variabilidade Diurna da Umidade Relativa do Ar 
 
A umidade relativa do ar na cidade de Santos se mantem em todas as estações do ano, com uma 
pequena variação de cerca de 10% no decorrer do dia. Essa umidade constante pode ser decorrente da 
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Variabilidade Diurna da Temperatura do Ar (°C) 
em S. José Campos - Jd. Satélite
Verão Outono Inverno Primavera
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Variabilidade Diurna Umidade Relativa do Ar ( %) 
em Santos - Ponta da Praia
Verão Outono Inverno Primavera
 
39 
 
maritimidade da cidade, devida a sua baixa altitude e da proximidade com o oceano, também as massas 
de ar que atuam na região. 
Durante o período que coincide com o aumento na taxa de radiação solar a umidade relativa do 
ar diminui, e volta a subir quando o sol se põe, tendo taxa máxima de umidade no período de 
temperatura mínima da superfície terrestre, quando toda a energia que foi absorvida durante o dia é 
liberada para a atmosfera. 
 
Em São José dos Campos a umidade do ar varia em média 20% entre as estações do ano e 40% 
no decorrer do dia. Essa diminuição da umidade das 9h até as 15h pode ser decorrente da alta na 
emissão de poluentes que afetam a formação de nuvens e criam ilhas de calor nas regiões urbanas, pois 
mesmo com a volta do crescimento da umidade após as 18h, não se encontra alta como no início do 
dia. O aumento da radiação solar também pode influenciar na umidade, já que o sol nasce às 5h ou 6h, 
e se põe às 17h ou 18h, sendo que no pico de incidência solar ocorre a menor taxa de umidade relativa 
do ar. 
 
 
 
 
 
 
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Variabilidade Diurna Umidade Relativa do Ar (%) 
em S. José Campos - Jd. Satélite
Verão Outono Inverno Primavera
 
40 
 
 
4.5.8. Variabilidade Diurna da Velocidade do Vento 
 
Em Santos a velocidade do vento tem pouca variação durante as estações do ano, tendo sua 
maior velocidade entre 11h e 17h no decorrer do dia. Pela análise desse gráfico e dos anteriores é 
possível observar uma ligaçãodireta da radiação solar com a velocidade diurna dos ventos, a 
velocidade dos ventos começa a aumentar durante o dia, e diminui no período da noite. Estudos 
indicam que a turbulência e velocidade dos ventos e suas direções são afetados pela termodinâmica, 
portanto quando se esquenta os ventos aumentam a sua velocidade, o que pode ser observado pelo 
gráfico. 
Em ambientes com áreas urbanas os transportes podem afetar também a velocidade dos ventos, 
já que carros, caminhões e ônibus aumentam a velocidade de ventos fracos (PIFFER, CARDOSO, 
2015). 
As maiores velocidades são observadas durante as estações do verão e primavera, são as 
mesmas estações que possuem maior umidade relativa do ar e com altas temperaturas. 
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Variabilidade Diurna Velocidade do Vento (m/s) 
em Santos - Ponta da Praia
Verão Outono Inverno Primavera
 
41 
 
 
Na cidade de São José dos Campos, a velocidade dos ventos apresenta seu pico para todas as 
estações do ano, entre 16h e 8h, tendo sua maior velocidade na primavera com aproximadamente 3,5 
m/s. 
Também é possível observar que a velocidade dos ventos é acentuada com o início da radiação 
solar, porém ao contrário de Santos, o pico da velocidade ocorre na primavera às 18h, quando o sol 
está se pondo, diminuindo a incidência de radiação solar na superfície. 
As estações com menor velocidade dos ventos são o outono e inverno, com máxima na 
primavera e verão, o que poed estar relacionado com a radiação solar, umidade relativa do ar e aumento 
de temperatura nessas estações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Variabilidade Diurna Velocidade do Vento (m/s) 
em S. José Campos - Jd. Satélite
Verão Outono Inverno Primavera
 
42 
 
4.5.9. Variabilidade Diurna da Direção do Vento – Hora a Hora 
4.5.9.1.Direção do Vento as 01h 
 
 
 Na cidade de Santos, região de Ponta da Praia, a maior predominância na região Nordeste (NE), 
com 100% de frequência no verão. Durante o outono há uma frequência de 17% para a região Sudeste 
(SE). Ocorrendo o oposto no município de São José dos Campos, com maior predominância na direção 
SE, principalmente durante a primavera e versão com uma frequência maior que 70%, ocorrendo 11% 
de frequência para o NE durante o verão, e excepcionalmente no inverno ocorre uma frequência de 
30% na direção Noroeste (NO). 
 
 
 
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Santos - Ponta da Praia 
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Frequência (%) da Direção do Vento (01h) para 
S. José Campos - Jd. Satélite
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43 
 
4.5.9.2.Direção do Vento as 02h 
 
 
 Em Santos, ocorre a predominância novamente para NE, com maior frequência na primavera e 
verão, ocorrendo também para a região SE, com pequena frequência durante as estações de inverno e 
outono. Na cidade de São José há uma predominância para SE durante o verão e primavera com 100% 
de frequência na primavera, e durante o outono e inverno ocorre com uma baixa frequência ventos 
para a direção NO. 
 
 
 
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Frequência (%) da Direção do Vento (02h) para S. 
José Campos - Jd. Satélite
Outono
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4.5.9.3.Direção do Vento as 03h 
 
 
 Predominância dos ventos para direção NE na cidade de Santos, com maior porcentagem na 
primavera e verão com baixíssima frequência para SE durante as estações de outono e inverno. Em 
São José dos Campos a predominância da frequência ocorre para região SE, durante primavera e verão, 
com pequena porcentagem para a região NO durante inverno e outono. 
 
 
 
 
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Frequência (%) da Direção do Vento (03h) para 
Santos - Ponta da Praia 
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Frequência (%) da Direção do Vento (03h) para S. 
José Campos - Jd. Satélite
Outono
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45 
 
4.5.9.4.Direção do Vento as 04h 
 
 
 Na cidade de Santos ocorre um predomínio da frequência na direção SE durante todas as 
estações do ano, e na cidade de São José ocorre maior frequência para a direção SE durante a 
primavera, seguida pelo verão, com baixa porcentagem para a direção NO durante o inverno e outono. 
 
 
 
 
 
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Santos - Ponta da Praia 
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Frequência (%) da Direção do Vento (04h) para S. 
José Campos - Jd. Satélite
Outono
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4.5.9.5.Direção do Vento as 05h 
 
 
 Dominância da frequência para a direção NE durante todas as estações do ano no 
município de Santos, com maior porcentagem na primavera. Na cidade de São José ocorre a 
dominância da direção SE, com maior frequência no verão, com pequena porcentagem para a 
direção NO durante o inverno e outono. 
 
 
 
 
 
 
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Frequência (%) da Direção do Vento (05h) para S. 
José Campos - Jd. Satélite
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4.5.9.6.Direção do Vento as 06h 
 
 
 Altíssima frequência para direção NE na cidade de Santos, com destaque na primavera, e na 
cidade de São José ocorre predominância da direção SE, principalmente durante a primavera, com 
porcentagens baixas, mas destacáveis para a região NO durante o verão, inverno e outono. 
 
 
 
 
 
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Frequência (%) da Direção do Vento (06h) para 
Santos - Ponta da Praia 
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Nordeste (NE)
Sudeste (SE)

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