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Direito Empresarial 2º BIMESTRE

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2º BIMESTRE 
NOME EMPRESARIAL – O empresário, seja pessoa física ou jurídica, tem um 
nome empresarial, que é aquele com que se apresenta nas relações de fundo 
econômico. 
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL – Quando se trata de empresário individual, o 
nome empresarial pode não coincidir com o civil; e, mesmo quando 
coincidentes, têm o nome civil e o empresarial naturezas diversas. Com efeito, 
enquanto o nome civil está ligado à personalidade do seu titular, sendo 
discutível seu caráter patrimonial, em relação ao nome empresarial, a sua 
natureza de elemento integrativo do estabelecimento afasta quaisquer dúvidas 
quanto à sua natureza patrimonial. 
 A pessoa jurídica empresaria, por sua vez, não tem outro nome além do 
empresarial. 
Com isso exposto, tanto o nome civil, como o empresarial, tem-se o direito da 
personalidade, conforme expresso no Código Civil: 
Art. 16: Toda pessoa tem direito ao nome, nele 
compreendidos o prenome e o sobrenome. 
Art. 52: Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a 
proteção dos direitos da personalidade. 
Art. 1.164: O nome empresarial não pode ser objeto de 
alienação. 
ELEMENTO DE IDENTIFICAÇÃO – Como elemento de identificação do 
empresário, o nome empresarial não se confunde com outros elementos 
identificadores que habitam o comercio e a empresa, os quais têm, também, 
proteção jurídica, assim a marca, o nome de domínio e o título de 
estabelecimento. 
Enquanto o nome empresarial identifica o sujeito que exerce a empresa, o 
empresário. 
 A marca identifica, direta ou indiretamente, produtos ou serviços, o nome de 
domínio identifica a página na rede mundial de computadores. 
E o título do estabelecimento; é aquele que identifica o (local). Assim o 
estabelecimento pode ter como titulo- loja da Maria, e (nome empresarial) 
Maria confecções ltda. e a (marca) de seus produtos Mary. 
ESPÉCIES DE NOME EMPRESARIAL – O direito contempla duas espécies de 
nome empresarial: a firma e a denominação. 
 Firma é conhecida como “razão social” 
A firma e a denominação se distinguem em dois planos: quanto a estrutura, ou 
seja, aos elementos linguísticos que pode ter por base; e quanto à função, isto 
é, é a utilização que se pode imprimir ao nome empresarial. 
No tocante à estrutura, a firma só pode ter por base nome civil, do empresário 
individual ou dos sócios da sociedade empresarial. O núcleo do nome 
empresarial dessa espécie será sempre um ou mais nomes civis. 
Art. 1.156: O empresário opera sob firma constituída por 
seu nome, completo ou abreviado, adiantando-lhe, se 
quiser, designação mais precisa da sua pessoa ou do 
gênero de atividade. 
Art. 1.157: A sociedade em que houver sócios de 
responsabilidade ilimitadaoperará sob firma, na qual 
somente os nomes daqueles poderão figurar, bastando 
para formá-lo aditar ao nome de um deles a expressão “e 
companhia” ou sua abreviatura. 
Já a denominação deve designar o objeto da empresa e pode adotar por base 
nome civil ou qualquer outra expressão linguística (que a doutrina costuma 
chamar de elemento fantasia). 
Ex de nome empresarial baseado em nomes civis: A. Silva Pereira Cosméticos 
LTDA. Ex de nome empresarial baseado em elemento fantasia: Alvorada 
Cosmética LTDA. 
DISTINÇÃO QUANTO À FUNÇÃO 
Firma identidade de assinatura: Os nomes empresariais se diferenciam na 
medida em que a firma, além de identidade do empresário, é também a sua 
assinatura. O nome do empresário (por ex; Jose augusto da silva) não 
confunde com o nome empresarial (firma) por ele adotado, ex; Jose augusto 
silva transportes, assim devera assinar seu nome empresarial firma. 
 Denominação unicamente para identificar o empresário: é exclusivamente 
elemento de identificação do exercente da atividade empresarial, não 
prestando a outra função. Quem usa denominação assina com sua assinatura 
civil sobre a denominação da empresa expressamente ou escrita. 
O empresário individual, ao se obrigar juridicamente, e o representante legal da 
sociedade empresária que adota firma, ao obriga-la juridicamente, devem 
ambos assinar o respectivo instrumento não com o seu nome civil, mas com o 
empresarial. 
FORMAÇÃO DO NOME EMPRESARIAL: Há tipos de sociedades empresárias 
que podem adotar firma ou denominação, segundo a vontade de seus sócios, e 
há tipos que só podem adotar uma ou outra espécie de nome empresarial. 
Analise-se cada hipótese em particular: 
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL – Só está autorizado a adotar FIRMA, baseado, 
naturalmente, em seu nome civil. Poderá ou não o abreviar na composição do 
nome empresarial e poderá, se desejar, agregar o ramo de atividade a que se 
dedica. Art. 1.156 C.C. 
SOCIEDADE EM NOME COLETIVO – está autorizada apenas a adotar FIRMA 
social, que pode ter por base o nome civil de um, alguns, ou todos os seus 
sócios. Esses nomes poderão ser aproveitados por extenso ou 
abreviadamente, de acordo com a vontade dos seus titulares. Se acaso não 
constar o nome de todos os sócios, é obrigatória a utilização da partícula “e 
companhia” (ou abreviadamente: “&Cia”). Poderão, também, os sócios agregar, 
ou não, o ramo de empresa correspondente. 
SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES – Também só pode compor nome 
empresarial através de FIRMA, da qual conste nome civil de sócio ou sócios 
comanditados. Os sócios comanditários não podem ter seus nomes 
aproveitados na formação do nome empresarial, posto que não têm 
responsabilidade ilimitada pelas obrigações da sociedade. Desta maneira, será 
obrigatória a utilização da partícula “e companhia”, por extenso ou 
abreviadamente, para fazer referência aos sócios dessa categoria. O nome civil 
do sócio comanditado pode ser usado por extenso ou abreviadamente, e pode-
se agregar o ramo do negócio explorado pela sociedade. 
SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO – por sua natureza de 
sociedade secreta, ESTÁ PROIBIDA DE ADOTAR NOME EMPRESARIAL 
(firma ou denominação) que denuncie a sua existência (ART. 1.162C.C.) 
SOCIEDADE LIMITADA – Está autorizada, por lei, a girar sob FIRMA ou 
DENOMINAÇÃO. Se optar por firma, poderá incluir nela o nome civil de um, 
alguns ou todos os sócios que a compõem, por extenso ou abreviadamente, 
valendo-se da partícula “e companhia” ou “& Cia”, sempre que omitir o nome de 
pelo menos um deles. Mas, adotando firma ou denominação, não poderá o 
nome empresarial deixar de contemplar a identificação do tipo societário por 
meio da expressão “limitada”, por extenso ou abreviada (“Ltda”), sob pena de 
responsabilidade ilimitada dos administradores que fizerem uso do nome 
empresarial (art. 1.158, parágrafo 3º C.C.) 
EIRELI – Empresário individual que poderá exercer sua atividade tanto por 
meio de FIRMA quanto DENOMINAÇÃO, desde que no fim esteja o EIRELI. 
SOCIEDADE ANÔNIMA –Só pode adotar DENOMINAÇÃO de que deve 
constar referência ao objeto social. (Art. 1.160 C.C.) com exceção de colocar o 
nome do acionista, afim de homenageá-lo, aquele que contribuiu para o 
sucesso da sociedade. É obrigatório a locução sociedade anônima ou 
abreviado S/A. 
SOCIEDADE COMANDITA POR AÇÕES – Pode adotar FIRMA ou 
DENOMINAÇÃO. No primeiro caso, pode aproveitar apenas o nome civil, por 
extenso ou abreviado, dos sócios diretores ou administradores que respondem 
ilimitadamente pelas obrigações sociais. Na denominação, exige-se referência 
ao objeto social. Adotando firma ou denominação, será obrigatória a 
identificação do tipo societário pela locução “comandita por ações”, mesmo 
abreviada. Se fundado no nome civil de um ou mais acionistas com 
responsabilidade ilimitada (diretores), é obrigatório a locução “e companhia”, 
por extenso ou abreviada. 
Recuperação Judicial – 
A sociedade que tenhaingressado em juízo com a medida de recuperação 
judicial devera acrescer ao seu nome a expressão em recuperação judicial. 
 
RESPONSABILIDADE ILIMITADA – FIRMA SOCIAL 
RESPONSABILIDADE LIMITADA – DENOMINAÇÃO 
EXCEÇÃO: ART. 1158: “PODE A SOCIEDADE LIMITADA 
ADOTAR FIRMA OU DENOMINAÇÃO, INTEGRADAS PELA 
PALAVRA FINAL “LIMITADA” OU SUA ABREVIATURA. 
ME e EPP – O empresário, pessoa física ou jurídica, ao se registrar como 
microempresário ou empresário de pequeno porte, terá acrescido ao seu nome 
a locução identificativa destas condições (ME e EPP). 
Alteração do Nome Empresarial – 
 
 
L. 8.934/94 – “Registro público de empresas mercantis e afins” 
Art. 34: “O nome empresarial obedecerá aos princípios da veracidade e da 
novidade. ” 
Princípio da novidade: O nome empresarial criado terá que ser diferente do 
nome empresarial já existente, seria necessário fazer uma busca prévia, indo 
até a junta comercial para verificar se já há um nome parecido, semelhante ou 
idêntico com o nome a ser criado, se não há poderá fazer o registro do nome 
empresarial. 
Princípio da veracidade: o primeiro aspecto: o nome empresarial terá que 
corresponder com a realidade da sociedade, com o tipo da atividade explorada 
pela sociedade. O segundo aspecto remete à firma social, que poderá ter sua 
composição com o nome dos sócios, e se um falecer terá que retirar o nome do 
sócio da composição social, para ser verdadeira não pode conter o nome do 
sócio falecido. 
• ALTERAÇÃO DO NOME EMPRESARIAL 
O Nome empresarial, ao contrário do nome civil, pode ser alterado pela simples 
vontade do empresário. A alteração do nome empresarial poderá ser 
voluntária, desde que seja a vontade do seu titular. 
São causas de alteração obrigatória: 
a) Saída, retirada, exclusão ou morte de sócio cujo nome civil constava da 
firma social; 
 
b) Alteração da categoria do sócio, quanto à sua responsabilidade pelas 
obrigações sociais, se o nome civil dele integrava o nome empresarial; 
 
 
c) EPC- Alienação do estabelecimento por ato entre vivos: o empresário, 
individual ou a sociedade empresária não podem alienar o nome 
empresarial (Art. 1.164 C.C). Mas, na hipótese de alienação do 
estabelecimento empresarial, por ato entre vivos, se previsto em 
contrato, o adquirente pode usar o nome do alienante, procedido do seu, 
com a qualificação de sucessor de. 
Essas causas de alteração obrigatória, decorrem em respeito ao mencionado 
princípio da veracidade. 
TRANSFORMAÇÃO 
A sociedade empresária pode experimentar alteração de tipo societário (passar 
de sociedade limitada para anônima, ou vice-versa). 
LESÃO A DIREITO DE OUTRO EMPRESÁRIO 
Pelo sistema de proteção do nome empresarial, o empresário estará obrigado a 
alterar o seu nome empresarial sempre que este lesar direito de outro 
exercentede atividade empresarial, sob pena de alteração coercitiva e 
responsabilização por perdas e danos. 
 
PROTEÇÃO DO NOME EMPRESARIAL: 
Basta efetuar o registro na junta comercial para que o empresário ou a 
sociedade empresaria tenha o nome empresarial registrado e protegido, como 
a junta comercial é um órgão estadual, esta proteção se dá em âmbito 
estadual. Para que se tenha a proteção do nome empresarial em todo o 
âmbito do território nacional é necessário fazer o registro em todos os estados, 
em todas as unidades federativas. 
Inicialmente, deve-se atentar para o fato de que o direito protege o nome 
empresarial com vistas à tutela de dois diferentes interesses do empresário: de 
um lado, o interesse na preservação da clientela; de outro, o da preservação 
do crédito. 
 
LEI 9.279/1996 
PROPRIEDADE INDUSTRIAL 
Quatro são os bens imateriais (não é palpável; remete à proteção das ideias) 
protegidos pelo direito industrial e direito autoral: 
Patente de invenção e Modelo de utilidade; 
Registro de desenho industrial e de marca. 
Os direitos industriais são concedidos pelo Estado, através de uma autarquia 
federal, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) 
PATENTES (pressupõe invenção) – O modelo de utilidade é algo já existente, 
porém criado para melhorar sua utilização. 
Invenção é o ato original do gênio humano. Toda vez que alguém projeta algo 
que desconhecia, estará produzindo uma invenção. 
REQUISITOS DAS PATENTES – 
• Novidade: É necessário que a criação seja desconhecida pela 
comunidade cientifica, técnica ou industrial. A criação não poderá estar 
compreendida no estado da técnica. – Art. 11 
 
• Atividade inventada: A invenção deve despertar no espírito dos técnicos 
da área o sentido de um real progresso. Tem que ser útil. – Art. 13. 
 
 
• Aplicação industrial – Somente a invenção ou modelo suscetível de 
aproveitamento industrial pode ser patenteado. Quem cria uma máquina 
cujo funcionamento depende de combustível inexistente, por exemplo, 
não tem direito à patente por faltar à sua invenção o requisito da 
industriabilidade. Não basta inventar e ser escasso Art. 15. 
 
• Não impedimento – A lei proibi, por razões de ordem técnica ou de 
atendimento ao interesse público, a patenteabilidade de determinadas 
invenções ou modelos. São exemplos de impedimento legal: afronta à 
moral; aos bons costumes, à segurança, à ordem e à saúde públicas; 
substancias resultantes de transformação do núcleo atômico; seres 
vivos, exceto os dotados de características não alcançáveis pela espécie 
em condições naturais (os seres transgênicos). 
 
PRAZO PARA PATENTES 
Após o devido procedimento administrativo o INPI expedirá a respectiva 
patente, único instrumento de prova admissível pelo direito para demonstração 
da concessão do direito de exploração exclusiva da invenção ou do modelo de 
utilidade. 
A patente tem prazo de duração determinado: 
• Invenção – 20 anos 
• Modelo de utilidade – 15 anos 
Contados do deposito do pedido da patente (isto é, da data em que o pedido foi 
protocolado no INPI). Para garantir ao inventor pelo menos um tempo razoável 
de utilização da invenção ou modelo, contudo, o prazo de duração do direito 
industrial não poderá ser : 
Inferior a 10 anos para as invenções. 
7 anos para os modelos. 
PRORROGAÇÃO: Atendidas estas regras, não haverá prorrogação, em 
nenhuma hipótese, do prazo de duração da patente. 
INTERESSE SOCIAL DA INVENÇÃO; 
Há situações em que o titular da patente está obrigado a licenciar terceiros na 
exploração da invenção ou do modelo de utilidade correspondente. Isto 
porque o direito considera relevante o interesse social relacionado ao acesso 
às comodidades propiciadas pelo desenvolvimento industrial. 
Em outros termos, se o titular da patente de invenção ou modelo de utilidade 
não está exercendo o seu direto de forma a atender regular e 
convenientemente o mercado, outros empresários interessados e capacitados 
terão o direito de explorá-la, através da licença compulsória. 
Concedida a licença compulsória, prevê a lei o prazo de 2 anos para a 
exploração economia da invenção ou modelo de utilidade seja feita, agora pelo 
licenciado, de forma satisfatória. Vencido tal prazo e persistindo a situação 
irregular que houvera dado ensejo ao licenciamento obrigatório, opera-se a 
caducidade da patente; isto é, o inventor perde todos os direitos industriais 
que titularizava, e a invenção ou modelo caem em domínio público. 
HIPÓTESES DE EXTINÇÃO DA PATENTE 
A) A falta de pagamento da taxa devida ao INPI, denominada “retribuição 
anual” 
 
B) A renúncia aos direitos industriais, que somente poderá ser feita se não 
houver prejuízo para terceiros (licenciados, por exemplo); 
 
C) Falta de representante no Brasil, quando o titular é domiciliadono 
exterior. 
 
A MARCA E O DESENHO INDUSTRIAL SÃO REGISTRADOS NO INPI COM DIREITO A UTILIZAÇÃO 
EXCLUSIVA. 
 
DESENHO INDUSTRIAL – “DESING” 
Conceito: “Considera-se desenho industrial a forma plástica ornamental de um 
objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a um 
produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração 
externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial. ” Art. 95,L.P.I. 
L.9.279/96. 
Requisitos: 
A) Novidade – O desenho industrial deve ser novo, isto é, não 
compreendido no estado da técnica. – Art. 96 L.P.I. 
 
B) Originalidade – Enquanto a novidade é uma questão técnica, a 
originalidade é estética. – Art. 97 L.P.I 
 
 
C) Desimpedimento – A lei impede o registro industrial em determinadas 
situações: 
 “Não é registrável como desenho industrial: 
I – o que for contrário à moral e aos bons costumes ou que ofenda a honra 
ou a imagem de pessoas, ou atente contra a liberdade de consciência, 
crença, culto religioso ou ideia e sentimentos dignos de respeito e 
veneração; 
II – a forma necessária comum ou vulgar do objeto ou, ainda, aquela 
determinada essencialmente por considerações técnicas ou funcionais. Art. 
100, L.P.I. 
PRAZO DE DURAÇÃO 
 
O registro de desenho industrial tem o prazo de duração de 10 anos, contados 
da data do depósito, e pode ser prorrogável por até 3 períodos sucessivos 
de 5 anos cada. 10 anos+ 3 períodos 5+5+5. Art. 108, L.P.I. 
MARCA 
A marca é o designativo que identifica produtos e serviços. 
Requisitos: 
A) Novidade Relativa – Não se exige da marca que represente uma 
novidade absoluta, isto é, é a expressão linguística ou signo utilizado 
não precisam ser, necessariamente, criados pelo empresário. 
 
B) Não-colidência com marca notória – as marcas notoriamente 
conhecidas, mesmo que não registradas no INPI, merecem a tutela do 
direito industrial, em razão da convenção de Paris, da qual participa o 
Brasil (LPI, art. 126) 
C) Não – Impedimento –A lei impede o registro, como marca, de 
determinados signos. Por exemplo, as armas oficiais do Estado, ou o 
nome civil, salva autorização pelo titular etc. (LPI art. 124). 
 
 
CLASSIFICAÇÃO 
Marcas nominativas – São as marcas que não possuem nenhum 
símbolo visual que as acompanhe, nem mesmo a forma de escrita. Ex.: 
 
Marcas figurativas – logotipos; São compostas somente pela parte 
visual, sem nenhum acompanhamento nominal. É somente a figura que 
descreve o que é a marca. Ex.: 
 
 
Marca Mista – São designadas aquelas onde a parte nominativa da 
marca será utilizada em conjunto com a parte visual, podendo esta ser 
somente uma forma de escrita, símbolo, ou até mesmo um personagem 
que associará a marca. Ex.: 
 
 
Marca tridimensional - é aquela constituída pela forma plástica de 
produto ou de embalagem, cuja forma tenha capacidade distintiva em si 
mesma e esteja dissociada de qualquer efeito técnico. Ex.: 
 
 
 
PRAZO DA MARCA 
O registro da marca tem duração de 10 anos, a partir da sua concessão (LPI, 
art. 133). Este, ao contrário do prazo da patente é prorrogável por períodos 
iguais e sucessíveis. 
CADUCIDADE: O registro da marca caduca, salvo força maior, se a sua 
exploração econômica não tiver início no Brasil em 5 anos, a partir da 
sua concessão, na hipótese de interrupção desta exploração, por 
período de 5 anos consecutivos, ou na alteração substancial da marca. 
 
DIREITO SOCIETÁRIO 
 
 
1 – Noções gerais: São no mínimo duas pessoas que se juntam com o 
objetivo de desenvolver a atividade empresarial. 
 
 Direito Romano; houve as primeiras legislações a respeito. 
 
 Idade Média – Cidades Italianas; modelos próximos dos atuais 
desenvolvem a separação dos patrimônios dos sócios em relação dos 
sócios. Intuitu personai – Características pessoais; Affectio societatis– 
sociedade de pessoas. 
 
2 – Sociedade Empresária: 
 
A) Conceito: pessoa jurídica de direito privado que explora 
empresarialmente seu objeto social visando o lucro que deve ser 
compartilhado. 
 Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se 
obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de 
atividade econômica e a partilha, ente si, dos resultados. Art. 981, 
C.C. 
 
B) Classificação: 
Pessoa – característica pessoal entre os sócios, onde é presente a afinidade, 
confiança, etc.. 
Capital – Não há uma característica pessoal, somente a econômica. 
DIVISÃO DAS SOCIEDADES 
Sociedades não personificadas – é uma sociedade que não tem registro junto a 
junta comercial, não é uma pessoa jurídica, não possuem CNPJ. 
Os direitos e obrigações são somente para os sócios: 
• Sociedade Comum: poderá ser de fato desempenham atividade 
empresarial atuam como uma, mas nem sequer possuem um contrato 
ou estatuto social. Ou irregular são aquelas que não são registradas ou 
o prazo da existência expirou sem renovação de seus registros. As duas 
são sociedades comuns e não possuem personalidade jurídica não é 
registrado. Responsabilidade entre os sócios é solidária e ilimitada, e 
todos administram. 
• Sociedade em conta de participação: A lei não autoriza o registro, nem 
com o registro da pessoa jurídica, CNPJ. 
Sociedades Personificadas – A personalidade jurídica das sociedades não se 
confunde com a dos sócios. São as sociedades que possuem registro e vida 
própria distinta da vida dos seus sócios: 
 
• Sociedade simples; sujeitos que se unem para atividade intelectual, 
artística, etc. as cooperativas são sempre sociedade simples; seus 
lucros reverte em desenvolvimento da atividade. 
• Sociedade em nome coletivo; 
• Sociedade em comandita simples; 
• Sociedade limitada; 
• Sociedade anônima; 
• Sociedade em comandita por ações 
“Salvo as exceções expressas, considera-se empresaria a sociedade que 
tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a 
registro (art. 967); e simples, as demais”. Art. 982 C.C. 
EMPRESÁRIO RURAL – Bata o regular registro, senão a regra civil rege a 
atividade, é facultativo o se registro como empresário. 
SOCIEDADE IRREGULAR – Sonegação de impostos. São as comum de fato e 
irregular. 
ATO CONSTITUTIVO– É a sociedade regular; registro, contrato social, 
natureza jurídica do contrato social, a natureza é a vontade de se associar 
possui interesse plurilateral. 
NATUREZA CONTRATUAL. 
 SOCIEDADE EMPRESARIA; 
PERSONALIZAÇÃO: são de personalidade jurídica e registra regular. 
A. Titularidade negocial: quando a sociedade empresaria realiza negócios 
jurídicos por meio de sócios que representa com sua autorização. 
 
B. Titularidade processual: a pessoa jurídica pode ser demandada 
(processada) ou demandar eu juízo; 
 
C. Responsabilidade patrimonial: possuem patrimônio social próprio sendo 
distinto em relação ao patrimônio de seus sócios. A pessoa jurídica 
respondera com seu patrimônio pelas obrigações que assumir os sócios 
em regra não respondera pelas obrigações da sociedade. 
 
 2. Classificação das sociedades empresaria; 
Quanto a responsabilidade dos sócios; 
Subsidiaria art.1.024- em razão do chamado beneficio de ordem. Os bens 
particulares dos sócios não podem ser executados por dividas da sociedade, 
senão depois de executados os bens da sociedade. 
Solidaria- os sócios são solidários entre si, esgotando o patrimônio da pessoa 
jurídica respondera os sócios pela divida. 
Limitada- todos os sócios respondem de forma limitada pelas obrigações 
sociais. É a sociedade limitada (ltda) e anônima (S/A). Respondem somentepela sua cota parte investidas na capital da sociedade. 
Ilimitada- em que todos os sócios respondem ilimitadamente pelas obrigações 
sociais. Sociedade em nome coletivo (N/C). 
Mista- uma parte dos sócios tem responsabilidade ilimitada e outra parte é 
limitada. Comandita simples ( C/S), comandita por ações (C/A). 
Quanto ao regime de constituição e dissolução; 
Contratual- o ato constitutivo e regulamentar é o contrato social. São 
contratuais; em nome coletivo (N/C), em comandita simples (C/S), limitada 
(ltda.). 
Estatutária / institucionais- cujo o ato regulamentar é o estatuto social. São 
institucionais; sociedade anônima (S/A) e a sociedade em comandita por ações 
(C/A). 
Quanto às condições de alienação da participação; vender a cota 
participação do capital investido. 
Sociedade de pessoas; levam em consideração os atributos pessoais dos 
sócios. Qualidades, defeitos, confiança. Da preferência a algum sócio existe na 
sociedade para alienar á ele. 
Sociedade de capital; se considera a contribuição financeira para o ingresso no 
quadro de sócios da empresa. Não existe vinculo entre os sócios, somente se 
vincula ao numero de ações que é titular. As cotas são vendidas livremente. 
Quanto á quantidade de sócios; 
Pluripessoas: possui no mínimo 2 pessoas seja física ou jurídica. Se uma 
sociedade possui pluralidade de sócios é por alguma razão é reduzida a 
unipessoalidade a manutenção dessa situação terá prazo de 180 dias para 
buscar novos sócios. 
subsidiaria integral (S/A); se tratando de sociedade anônima quando ocorrer de 
reduzir a sociedade e restar uma única pessoa o prazo de 1 ano no mínimo 2 
anos para constituição. 
-EIRELI 
SOCIEDADE IRREGULAR: é a sociedade sem registro também chamada de 
irregular ou de fato. A sociedade irregular tem ato constitutivo escrito embora 
não registrado e de fato a sociedade que sequer ato constitutivo escrito possua 
são as comuns. 
Desconsideração da personalidade jurídica; como visto as sociedades 
empresariais adquirem personalidade jurídica com o registro. 
A autonomia patrimonial das pessoas jurídicas aliadas á limitação da 
responsabilidade dos sócios pelas obrigações pode ensejar fraude. Ex; alguns 
sócios representantes da empresa podem celebrar contrato com terceiro 
violando o contrato ou estatuto social, ou abuso de direito, usurpando da 
personalidade jurídica etc. 
Confusão patrimonial: a confusão patrimonial ocorrera quando não for 
possível estabelecer claramente o que é da sociedade e que é dos sócios e 
quando ocorrer dissolução irregular da p.j quando desaparecem os sócios e os 
bens remanescem os débitos. 
Código de defesa do consumidor art.28 
O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em 
detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, 
infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. 
Quando houver falência, insolvência... 
Lei antitruste art.34 
Art. 34. A personalidade jurídica do responsável por infração da ordem 
econômica poderá ser desconsiderada quando houver da parte deste abuso de 
direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos 
estatutos ou contrato social. 
Parágrafo único. A desconsideração também será efetivada quando houver 
falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica 
provocados por má administração. 
Lei protetora do meio ambiente art.4- 9.605/98 Poderá ser desconsiderada a 
pessoa jurídica sempre que sua personalidade for obstáculo ao ressarcimento 
de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente. 
Art.50 CC 
Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de 
finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da 
parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os 
efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos 
bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.

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