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2º BIMESTRE NOME EMPRESARIAL – O empresário, seja pessoa física ou jurídica, tem um nome empresarial, que é aquele com que se apresenta nas relações de fundo econômico. EMPRESÁRIO INDIVIDUAL – Quando se trata de empresário individual, o nome empresarial pode não coincidir com o civil; e, mesmo quando coincidentes, têm o nome civil e o empresarial naturezas diversas. Com efeito, enquanto o nome civil está ligado à personalidade do seu titular, sendo discutível seu caráter patrimonial, em relação ao nome empresarial, a sua natureza de elemento integrativo do estabelecimento afasta quaisquer dúvidas quanto à sua natureza patrimonial. A pessoa jurídica empresaria, por sua vez, não tem outro nome além do empresarial. Com isso exposto, tanto o nome civil, como o empresarial, tem-se o direito da personalidade, conforme expresso no Código Civil: Art. 16: Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome. Art. 52: Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade. Art. 1.164: O nome empresarial não pode ser objeto de alienação. ELEMENTO DE IDENTIFICAÇÃO – Como elemento de identificação do empresário, o nome empresarial não se confunde com outros elementos identificadores que habitam o comercio e a empresa, os quais têm, também, proteção jurídica, assim a marca, o nome de domínio e o título de estabelecimento. Enquanto o nome empresarial identifica o sujeito que exerce a empresa, o empresário. A marca identifica, direta ou indiretamente, produtos ou serviços, o nome de domínio identifica a página na rede mundial de computadores. E o título do estabelecimento; é aquele que identifica o (local). Assim o estabelecimento pode ter como titulo- loja da Maria, e (nome empresarial) Maria confecções ltda. e a (marca) de seus produtos Mary. ESPÉCIES DE NOME EMPRESARIAL – O direito contempla duas espécies de nome empresarial: a firma e a denominação. Firma é conhecida como “razão social” A firma e a denominação se distinguem em dois planos: quanto a estrutura, ou seja, aos elementos linguísticos que pode ter por base; e quanto à função, isto é, é a utilização que se pode imprimir ao nome empresarial. No tocante à estrutura, a firma só pode ter por base nome civil, do empresário individual ou dos sócios da sociedade empresarial. O núcleo do nome empresarial dessa espécie será sempre um ou mais nomes civis. Art. 1.156: O empresário opera sob firma constituída por seu nome, completo ou abreviado, adiantando-lhe, se quiser, designação mais precisa da sua pessoa ou do gênero de atividade. Art. 1.157: A sociedade em que houver sócios de responsabilidade ilimitadaoperará sob firma, na qual somente os nomes daqueles poderão figurar, bastando para formá-lo aditar ao nome de um deles a expressão “e companhia” ou sua abreviatura. Já a denominação deve designar o objeto da empresa e pode adotar por base nome civil ou qualquer outra expressão linguística (que a doutrina costuma chamar de elemento fantasia). Ex de nome empresarial baseado em nomes civis: A. Silva Pereira Cosméticos LTDA. Ex de nome empresarial baseado em elemento fantasia: Alvorada Cosmética LTDA. DISTINÇÃO QUANTO À FUNÇÃO Firma identidade de assinatura: Os nomes empresariais se diferenciam na medida em que a firma, além de identidade do empresário, é também a sua assinatura. O nome do empresário (por ex; Jose augusto da silva) não confunde com o nome empresarial (firma) por ele adotado, ex; Jose augusto silva transportes, assim devera assinar seu nome empresarial firma. Denominação unicamente para identificar o empresário: é exclusivamente elemento de identificação do exercente da atividade empresarial, não prestando a outra função. Quem usa denominação assina com sua assinatura civil sobre a denominação da empresa expressamente ou escrita. O empresário individual, ao se obrigar juridicamente, e o representante legal da sociedade empresária que adota firma, ao obriga-la juridicamente, devem ambos assinar o respectivo instrumento não com o seu nome civil, mas com o empresarial. FORMAÇÃO DO NOME EMPRESARIAL: Há tipos de sociedades empresárias que podem adotar firma ou denominação, segundo a vontade de seus sócios, e há tipos que só podem adotar uma ou outra espécie de nome empresarial. Analise-se cada hipótese em particular: EMPRESÁRIO INDIVIDUAL – Só está autorizado a adotar FIRMA, baseado, naturalmente, em seu nome civil. Poderá ou não o abreviar na composição do nome empresarial e poderá, se desejar, agregar o ramo de atividade a que se dedica. Art. 1.156 C.C. SOCIEDADE EM NOME COLETIVO – está autorizada apenas a adotar FIRMA social, que pode ter por base o nome civil de um, alguns, ou todos os seus sócios. Esses nomes poderão ser aproveitados por extenso ou abreviadamente, de acordo com a vontade dos seus titulares. Se acaso não constar o nome de todos os sócios, é obrigatória a utilização da partícula “e companhia” (ou abreviadamente: “&Cia”). Poderão, também, os sócios agregar, ou não, o ramo de empresa correspondente. SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES – Também só pode compor nome empresarial através de FIRMA, da qual conste nome civil de sócio ou sócios comanditados. Os sócios comanditários não podem ter seus nomes aproveitados na formação do nome empresarial, posto que não têm responsabilidade ilimitada pelas obrigações da sociedade. Desta maneira, será obrigatória a utilização da partícula “e companhia”, por extenso ou abreviadamente, para fazer referência aos sócios dessa categoria. O nome civil do sócio comanditado pode ser usado por extenso ou abreviadamente, e pode- se agregar o ramo do negócio explorado pela sociedade. SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO – por sua natureza de sociedade secreta, ESTÁ PROIBIDA DE ADOTAR NOME EMPRESARIAL (firma ou denominação) que denuncie a sua existência (ART. 1.162C.C.) SOCIEDADE LIMITADA – Está autorizada, por lei, a girar sob FIRMA ou DENOMINAÇÃO. Se optar por firma, poderá incluir nela o nome civil de um, alguns ou todos os sócios que a compõem, por extenso ou abreviadamente, valendo-se da partícula “e companhia” ou “& Cia”, sempre que omitir o nome de pelo menos um deles. Mas, adotando firma ou denominação, não poderá o nome empresarial deixar de contemplar a identificação do tipo societário por meio da expressão “limitada”, por extenso ou abreviada (“Ltda”), sob pena de responsabilidade ilimitada dos administradores que fizerem uso do nome empresarial (art. 1.158, parágrafo 3º C.C.) EIRELI – Empresário individual que poderá exercer sua atividade tanto por meio de FIRMA quanto DENOMINAÇÃO, desde que no fim esteja o EIRELI. SOCIEDADE ANÔNIMA –Só pode adotar DENOMINAÇÃO de que deve constar referência ao objeto social. (Art. 1.160 C.C.) com exceção de colocar o nome do acionista, afim de homenageá-lo, aquele que contribuiu para o sucesso da sociedade. É obrigatório a locução sociedade anônima ou abreviado S/A. SOCIEDADE COMANDITA POR AÇÕES – Pode adotar FIRMA ou DENOMINAÇÃO. No primeiro caso, pode aproveitar apenas o nome civil, por extenso ou abreviado, dos sócios diretores ou administradores que respondem ilimitadamente pelas obrigações sociais. Na denominação, exige-se referência ao objeto social. Adotando firma ou denominação, será obrigatória a identificação do tipo societário pela locução “comandita por ações”, mesmo abreviada. Se fundado no nome civil de um ou mais acionistas com responsabilidade ilimitada (diretores), é obrigatório a locução “e companhia”, por extenso ou abreviada. Recuperação Judicial – A sociedade que tenhaingressado em juízo com a medida de recuperação judicial devera acrescer ao seu nome a expressão em recuperação judicial. RESPONSABILIDADE ILIMITADA – FIRMA SOCIAL RESPONSABILIDADE LIMITADA – DENOMINAÇÃO EXCEÇÃO: ART. 1158: “PODE A SOCIEDADE LIMITADA ADOTAR FIRMA OU DENOMINAÇÃO, INTEGRADAS PELA PALAVRA FINAL “LIMITADA” OU SUA ABREVIATURA. ME e EPP – O empresário, pessoa física ou jurídica, ao se registrar como microempresário ou empresário de pequeno porte, terá acrescido ao seu nome a locução identificativa destas condições (ME e EPP). Alteração do Nome Empresarial – L. 8.934/94 – “Registro público de empresas mercantis e afins” Art. 34: “O nome empresarial obedecerá aos princípios da veracidade e da novidade. ” Princípio da novidade: O nome empresarial criado terá que ser diferente do nome empresarial já existente, seria necessário fazer uma busca prévia, indo até a junta comercial para verificar se já há um nome parecido, semelhante ou idêntico com o nome a ser criado, se não há poderá fazer o registro do nome empresarial. Princípio da veracidade: o primeiro aspecto: o nome empresarial terá que corresponder com a realidade da sociedade, com o tipo da atividade explorada pela sociedade. O segundo aspecto remete à firma social, que poderá ter sua composição com o nome dos sócios, e se um falecer terá que retirar o nome do sócio da composição social, para ser verdadeira não pode conter o nome do sócio falecido. • ALTERAÇÃO DO NOME EMPRESARIAL O Nome empresarial, ao contrário do nome civil, pode ser alterado pela simples vontade do empresário. A alteração do nome empresarial poderá ser voluntária, desde que seja a vontade do seu titular. São causas de alteração obrigatória: a) Saída, retirada, exclusão ou morte de sócio cujo nome civil constava da firma social; b) Alteração da categoria do sócio, quanto à sua responsabilidade pelas obrigações sociais, se o nome civil dele integrava o nome empresarial; c) EPC- Alienação do estabelecimento por ato entre vivos: o empresário, individual ou a sociedade empresária não podem alienar o nome empresarial (Art. 1.164 C.C). Mas, na hipótese de alienação do estabelecimento empresarial, por ato entre vivos, se previsto em contrato, o adquirente pode usar o nome do alienante, procedido do seu, com a qualificação de sucessor de. Essas causas de alteração obrigatória, decorrem em respeito ao mencionado princípio da veracidade. TRANSFORMAÇÃO A sociedade empresária pode experimentar alteração de tipo societário (passar de sociedade limitada para anônima, ou vice-versa). LESÃO A DIREITO DE OUTRO EMPRESÁRIO Pelo sistema de proteção do nome empresarial, o empresário estará obrigado a alterar o seu nome empresarial sempre que este lesar direito de outro exercentede atividade empresarial, sob pena de alteração coercitiva e responsabilização por perdas e danos. PROTEÇÃO DO NOME EMPRESARIAL: Basta efetuar o registro na junta comercial para que o empresário ou a sociedade empresaria tenha o nome empresarial registrado e protegido, como a junta comercial é um órgão estadual, esta proteção se dá em âmbito estadual. Para que se tenha a proteção do nome empresarial em todo o âmbito do território nacional é necessário fazer o registro em todos os estados, em todas as unidades federativas. Inicialmente, deve-se atentar para o fato de que o direito protege o nome empresarial com vistas à tutela de dois diferentes interesses do empresário: de um lado, o interesse na preservação da clientela; de outro, o da preservação do crédito. LEI 9.279/1996 PROPRIEDADE INDUSTRIAL Quatro são os bens imateriais (não é palpável; remete à proteção das ideias) protegidos pelo direito industrial e direito autoral: Patente de invenção e Modelo de utilidade; Registro de desenho industrial e de marca. Os direitos industriais são concedidos pelo Estado, através de uma autarquia federal, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) PATENTES (pressupõe invenção) – O modelo de utilidade é algo já existente, porém criado para melhorar sua utilização. Invenção é o ato original do gênio humano. Toda vez que alguém projeta algo que desconhecia, estará produzindo uma invenção. REQUISITOS DAS PATENTES – • Novidade: É necessário que a criação seja desconhecida pela comunidade cientifica, técnica ou industrial. A criação não poderá estar compreendida no estado da técnica. – Art. 11 • Atividade inventada: A invenção deve despertar no espírito dos técnicos da área o sentido de um real progresso. Tem que ser útil. – Art. 13. • Aplicação industrial – Somente a invenção ou modelo suscetível de aproveitamento industrial pode ser patenteado. Quem cria uma máquina cujo funcionamento depende de combustível inexistente, por exemplo, não tem direito à patente por faltar à sua invenção o requisito da industriabilidade. Não basta inventar e ser escasso Art. 15. • Não impedimento – A lei proibi, por razões de ordem técnica ou de atendimento ao interesse público, a patenteabilidade de determinadas invenções ou modelos. São exemplos de impedimento legal: afronta à moral; aos bons costumes, à segurança, à ordem e à saúde públicas; substancias resultantes de transformação do núcleo atômico; seres vivos, exceto os dotados de características não alcançáveis pela espécie em condições naturais (os seres transgênicos). PRAZO PARA PATENTES Após o devido procedimento administrativo o INPI expedirá a respectiva patente, único instrumento de prova admissível pelo direito para demonstração da concessão do direito de exploração exclusiva da invenção ou do modelo de utilidade. A patente tem prazo de duração determinado: • Invenção – 20 anos • Modelo de utilidade – 15 anos Contados do deposito do pedido da patente (isto é, da data em que o pedido foi protocolado no INPI). Para garantir ao inventor pelo menos um tempo razoável de utilização da invenção ou modelo, contudo, o prazo de duração do direito industrial não poderá ser : Inferior a 10 anos para as invenções. 7 anos para os modelos. PRORROGAÇÃO: Atendidas estas regras, não haverá prorrogação, em nenhuma hipótese, do prazo de duração da patente. INTERESSE SOCIAL DA INVENÇÃO; Há situações em que o titular da patente está obrigado a licenciar terceiros na exploração da invenção ou do modelo de utilidade correspondente. Isto porque o direito considera relevante o interesse social relacionado ao acesso às comodidades propiciadas pelo desenvolvimento industrial. Em outros termos, se o titular da patente de invenção ou modelo de utilidade não está exercendo o seu direto de forma a atender regular e convenientemente o mercado, outros empresários interessados e capacitados terão o direito de explorá-la, através da licença compulsória. Concedida a licença compulsória, prevê a lei o prazo de 2 anos para a exploração economia da invenção ou modelo de utilidade seja feita, agora pelo licenciado, de forma satisfatória. Vencido tal prazo e persistindo a situação irregular que houvera dado ensejo ao licenciamento obrigatório, opera-se a caducidade da patente; isto é, o inventor perde todos os direitos industriais que titularizava, e a invenção ou modelo caem em domínio público. HIPÓTESES DE EXTINÇÃO DA PATENTE A) A falta de pagamento da taxa devida ao INPI, denominada “retribuição anual” B) A renúncia aos direitos industriais, que somente poderá ser feita se não houver prejuízo para terceiros (licenciados, por exemplo); C) Falta de representante no Brasil, quando o titular é domiciliadono exterior. A MARCA E O DESENHO INDUSTRIAL SÃO REGISTRADOS NO INPI COM DIREITO A UTILIZAÇÃO EXCLUSIVA. DESENHO INDUSTRIAL – “DESING” Conceito: “Considera-se desenho industrial a forma plástica ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial. ” Art. 95,L.P.I. L.9.279/96. Requisitos: A) Novidade – O desenho industrial deve ser novo, isto é, não compreendido no estado da técnica. – Art. 96 L.P.I. B) Originalidade – Enquanto a novidade é uma questão técnica, a originalidade é estética. – Art. 97 L.P.I C) Desimpedimento – A lei impede o registro industrial em determinadas situações: “Não é registrável como desenho industrial: I – o que for contrário à moral e aos bons costumes ou que ofenda a honra ou a imagem de pessoas, ou atente contra a liberdade de consciência, crença, culto religioso ou ideia e sentimentos dignos de respeito e veneração; II – a forma necessária comum ou vulgar do objeto ou, ainda, aquela determinada essencialmente por considerações técnicas ou funcionais. Art. 100, L.P.I. PRAZO DE DURAÇÃO O registro de desenho industrial tem o prazo de duração de 10 anos, contados da data do depósito, e pode ser prorrogável por até 3 períodos sucessivos de 5 anos cada. 10 anos+ 3 períodos 5+5+5. Art. 108, L.P.I. MARCA A marca é o designativo que identifica produtos e serviços. Requisitos: A) Novidade Relativa – Não se exige da marca que represente uma novidade absoluta, isto é, é a expressão linguística ou signo utilizado não precisam ser, necessariamente, criados pelo empresário. B) Não-colidência com marca notória – as marcas notoriamente conhecidas, mesmo que não registradas no INPI, merecem a tutela do direito industrial, em razão da convenção de Paris, da qual participa o Brasil (LPI, art. 126) C) Não – Impedimento –A lei impede o registro, como marca, de determinados signos. Por exemplo, as armas oficiais do Estado, ou o nome civil, salva autorização pelo titular etc. (LPI art. 124). CLASSIFICAÇÃO Marcas nominativas – São as marcas que não possuem nenhum símbolo visual que as acompanhe, nem mesmo a forma de escrita. Ex.: Marcas figurativas – logotipos; São compostas somente pela parte visual, sem nenhum acompanhamento nominal. É somente a figura que descreve o que é a marca. Ex.: Marca Mista – São designadas aquelas onde a parte nominativa da marca será utilizada em conjunto com a parte visual, podendo esta ser somente uma forma de escrita, símbolo, ou até mesmo um personagem que associará a marca. Ex.: Marca tridimensional - é aquela constituída pela forma plástica de produto ou de embalagem, cuja forma tenha capacidade distintiva em si mesma e esteja dissociada de qualquer efeito técnico. Ex.: PRAZO DA MARCA O registro da marca tem duração de 10 anos, a partir da sua concessão (LPI, art. 133). Este, ao contrário do prazo da patente é prorrogável por períodos iguais e sucessíveis. CADUCIDADE: O registro da marca caduca, salvo força maior, se a sua exploração econômica não tiver início no Brasil em 5 anos, a partir da sua concessão, na hipótese de interrupção desta exploração, por período de 5 anos consecutivos, ou na alteração substancial da marca. DIREITO SOCIETÁRIO 1 – Noções gerais: São no mínimo duas pessoas que se juntam com o objetivo de desenvolver a atividade empresarial. Direito Romano; houve as primeiras legislações a respeito. Idade Média – Cidades Italianas; modelos próximos dos atuais desenvolvem a separação dos patrimônios dos sócios em relação dos sócios. Intuitu personai – Características pessoais; Affectio societatis– sociedade de pessoas. 2 – Sociedade Empresária: A) Conceito: pessoa jurídica de direito privado que explora empresarialmente seu objeto social visando o lucro que deve ser compartilhado. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, ente si, dos resultados. Art. 981, C.C. B) Classificação: Pessoa – característica pessoal entre os sócios, onde é presente a afinidade, confiança, etc.. Capital – Não há uma característica pessoal, somente a econômica. DIVISÃO DAS SOCIEDADES Sociedades não personificadas – é uma sociedade que não tem registro junto a junta comercial, não é uma pessoa jurídica, não possuem CNPJ. Os direitos e obrigações são somente para os sócios: • Sociedade Comum: poderá ser de fato desempenham atividade empresarial atuam como uma, mas nem sequer possuem um contrato ou estatuto social. Ou irregular são aquelas que não são registradas ou o prazo da existência expirou sem renovação de seus registros. As duas são sociedades comuns e não possuem personalidade jurídica não é registrado. Responsabilidade entre os sócios é solidária e ilimitada, e todos administram. • Sociedade em conta de participação: A lei não autoriza o registro, nem com o registro da pessoa jurídica, CNPJ. Sociedades Personificadas – A personalidade jurídica das sociedades não se confunde com a dos sócios. São as sociedades que possuem registro e vida própria distinta da vida dos seus sócios: • Sociedade simples; sujeitos que se unem para atividade intelectual, artística, etc. as cooperativas são sempre sociedade simples; seus lucros reverte em desenvolvimento da atividade. • Sociedade em nome coletivo; • Sociedade em comandita simples; • Sociedade limitada; • Sociedade anônima; • Sociedade em comandita por ações “Salvo as exceções expressas, considera-se empresaria a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e simples, as demais”. Art. 982 C.C. EMPRESÁRIO RURAL – Bata o regular registro, senão a regra civil rege a atividade, é facultativo o se registro como empresário. SOCIEDADE IRREGULAR – Sonegação de impostos. São as comum de fato e irregular. ATO CONSTITUTIVO– É a sociedade regular; registro, contrato social, natureza jurídica do contrato social, a natureza é a vontade de se associar possui interesse plurilateral. NATUREZA CONTRATUAL. SOCIEDADE EMPRESARIA; PERSONALIZAÇÃO: são de personalidade jurídica e registra regular. A. Titularidade negocial: quando a sociedade empresaria realiza negócios jurídicos por meio de sócios que representa com sua autorização. B. Titularidade processual: a pessoa jurídica pode ser demandada (processada) ou demandar eu juízo; C. Responsabilidade patrimonial: possuem patrimônio social próprio sendo distinto em relação ao patrimônio de seus sócios. A pessoa jurídica respondera com seu patrimônio pelas obrigações que assumir os sócios em regra não respondera pelas obrigações da sociedade. 2. Classificação das sociedades empresaria; Quanto a responsabilidade dos sócios; Subsidiaria art.1.024- em razão do chamado beneficio de ordem. Os bens particulares dos sócios não podem ser executados por dividas da sociedade, senão depois de executados os bens da sociedade. Solidaria- os sócios são solidários entre si, esgotando o patrimônio da pessoa jurídica respondera os sócios pela divida. Limitada- todos os sócios respondem de forma limitada pelas obrigações sociais. É a sociedade limitada (ltda) e anônima (S/A). Respondem somentepela sua cota parte investidas na capital da sociedade. Ilimitada- em que todos os sócios respondem ilimitadamente pelas obrigações sociais. Sociedade em nome coletivo (N/C). Mista- uma parte dos sócios tem responsabilidade ilimitada e outra parte é limitada. Comandita simples ( C/S), comandita por ações (C/A). Quanto ao regime de constituição e dissolução; Contratual- o ato constitutivo e regulamentar é o contrato social. São contratuais; em nome coletivo (N/C), em comandita simples (C/S), limitada (ltda.). Estatutária / institucionais- cujo o ato regulamentar é o estatuto social. São institucionais; sociedade anônima (S/A) e a sociedade em comandita por ações (C/A). Quanto às condições de alienação da participação; vender a cota participação do capital investido. Sociedade de pessoas; levam em consideração os atributos pessoais dos sócios. Qualidades, defeitos, confiança. Da preferência a algum sócio existe na sociedade para alienar á ele. Sociedade de capital; se considera a contribuição financeira para o ingresso no quadro de sócios da empresa. Não existe vinculo entre os sócios, somente se vincula ao numero de ações que é titular. As cotas são vendidas livremente. Quanto á quantidade de sócios; Pluripessoas: possui no mínimo 2 pessoas seja física ou jurídica. Se uma sociedade possui pluralidade de sócios é por alguma razão é reduzida a unipessoalidade a manutenção dessa situação terá prazo de 180 dias para buscar novos sócios. subsidiaria integral (S/A); se tratando de sociedade anônima quando ocorrer de reduzir a sociedade e restar uma única pessoa o prazo de 1 ano no mínimo 2 anos para constituição. -EIRELI SOCIEDADE IRREGULAR: é a sociedade sem registro também chamada de irregular ou de fato. A sociedade irregular tem ato constitutivo escrito embora não registrado e de fato a sociedade que sequer ato constitutivo escrito possua são as comuns. Desconsideração da personalidade jurídica; como visto as sociedades empresariais adquirem personalidade jurídica com o registro. A autonomia patrimonial das pessoas jurídicas aliadas á limitação da responsabilidade dos sócios pelas obrigações pode ensejar fraude. Ex; alguns sócios representantes da empresa podem celebrar contrato com terceiro violando o contrato ou estatuto social, ou abuso de direito, usurpando da personalidade jurídica etc. Confusão patrimonial: a confusão patrimonial ocorrera quando não for possível estabelecer claramente o que é da sociedade e que é dos sócios e quando ocorrer dissolução irregular da p.j quando desaparecem os sócios e os bens remanescem os débitos. Código de defesa do consumidor art.28 O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. Quando houver falência, insolvência... Lei antitruste art.34 Art. 34. A personalidade jurídica do responsável por infração da ordem econômica poderá ser desconsiderada quando houver da parte deste abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. Parágrafo único. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração. Lei protetora do meio ambiente art.4- 9.605/98 Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente. Art.50 CC Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
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