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RESUMO SOBRE A SOCIEDADE DE CONSUMO A sociedade do consumo se caracteriza por: ciclo de produção, compra e venda de mercadorias, para reprodução de capital. Esse ciclo abrange todas as relações sociais existentes e, portanto, condiciona todas as relações humanas da sociedade. Só sustenta a vida e existe aquele que possui algo a vender ou a comprar. Sendo assim, essa sociedade está fundamentada em dois pilares: um econômico e um filosófico. a) Econômico: com as revoluções burguesas, surgiu o estímulo à livre iniciativa e ao Estado mínimo (menor regulação), a partir da visão individualista-liberal. b) Filosófico: Iluminismo burguês que valorizava o progresso, a razão e a liberdade do pensamento laico. Indivíduo passa a ser concebido como livre e igual. a) Liberdade: de consumo; religiosa; de pensamento; política. b) Igualdade: de possuírem as mesmas riquezas, a partir das formas convencionadas. Sistema de consumo gerou desigualdade de apropriação de riquezas (uns mais e outros menos) e novas formas de exploração do trabalho (aumentar o lucro). Os pobres, portanto, não conseguiam efetivamente consumir. A desigualdade social surge, então, a partir da capacidade de consumo de cada um, de modo que as pessoas são “simbolizadas” pelo seu consumo. As características e a estruturação da sociedade de consumo, pautam três valores que orientam e modelam as ações dos seus indivíduos: individualismo, competição e concorrência. 1) Individualismo: indivíduo é um valor maior. A sociedade é resultado da ação consciente dos indivíduos e, portanto, deve objetivar o estímulo ao individualismo. RESUMO SOBRE A SOCIEDADE DE CONSUMO 2) Competição: interação social elementar em que há rivalidade entre dois ou mais indivíduos para obtenção de vantagem (social, econômica, etc.). 3) Concorrência: disputas pela preferência do comprador e baseadas na lei de oferta e procura. Surgem a partir das diferenciações entre produtos semelhantes, por parte dos consumidores. Esses três valores relevam a natureza das relações sociais condicionadas pelo modelo de produção da sociedade de consumo. Também, esses valores orientadores das ações sociais geram consequências: a) Individualismo: descompromisso com o coletivo pelos indivíduos, a não ser quando se tratando de necessidades mercadológicas. b) Competição: transformação dos cidadãos em rivais em potencial, e as vantagens em produtos para consumo. c) Concorrência: naturalização da concorrência na sociedade. A sociedade de consumo é pautada pelos desejos e sentimentos dos indivíduos, reduzidos a meros consumidores. Busca-se: obtenção de lucro, criação de necessidades, insatisfação com o que se tem e compulsão por consumo. A vida passa a ter sentido a partir do consumo. Indivíduos já foram definidos pelo consumo de bens para satisfação de necessidades reais. Hoje, são definidos (consumistas) pelo consumo exagerado estimulado pelo sistema produtivo que vai além das necessidades reais. Também, os indivíduos passam a ter maior prestígio social conforme a acumulação de bens. Para manter a acumulação de bens constante, o ciclo produtivo precisa criar constantemente novas necessidades para os indivíduos e os convencerem a satisfazê-las pelo consumo. RESUMO SOBRE A SOCIEDADE DE CONSUMO Na atualidade, o modelo produtivo revalidou o ideário individualista-liberal e distorceu as contestações de seu modo. Autonomia, criatividade e reflexividade se tornaram privatismo, dessocialização e narcisismo. Indivíduo considerado a partir do idealismo objetivo (realidade é construída a parte do pensamento). Consequência: alteração da natureza de consumo. TER perde importância mediante o SER. A produção em massa diminui e os objetos de consumo se tornam personalizados (objetos como características da personalidade de quem os usa). REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA FERREIRA, Delson. Manual de sociologia: dos clássicos à sociedade da informação. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2010. p. 185-189.
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