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Ensaios mecânicos Enori Gemelli 20 2. Ensaio de tração ♦ Ensaio normalizado: metais – NBR MB-4, ASTM E8, E21 (alta Temperatura) polímeros – ASTM D638, ISO 527-1/2 (dentre várias) cerâmicas – ASTM C 496 (concreto) ♦ Corpos de prova (CDP) padronizados Máquinas Universais de ensaios Mecânicos: ♦ Mecânicas (≤ 30 tf) ♦ Hidráulicas (≥ 40 tf) A C B D E Extensômetro Célula de carga Cabeçote móvel Lo Base Ensaios mecânicos Enori Gemelli 21 Ensaio em material polimérico Força de resistência do CDP (P) => medida com célula de carga Alongamento do CDP (∆L) => medido com extensômetro Extensômetro Célula de carga Lo = Abertura inicial do extensômetro ∆∆∆∆L = L – Lo Tensão convencional, 0A P =σ Deformação convencional, (%) 100 0L L e ∆ = Ao ∆L/2 ∆L/2 P P Lo L Ensaios mecânicos Enori Gemelli 22 2.1. Curvas típicas de tração ∆l P e σ => Influência da velocidade de deformação nas curvas de tração de um plástico Gráficos obtidos no ensaio de tração Cerâmica tecnológica Altamente elástico dúctil Borracha (elastômero) Cerâmicas Defor. (ou ∆l) σ (ou P) Metais Defor. (ou ∆l) σ (ou P) Pouco dúctil dúcteis Polímeros Defor. (ou ∆l) σ (ou P) Rígido Defor. (ou ∆l) σ (ou P) Concreto Vensaio ≤ 1 mm/min Vensaio = 5 mm/min Vensaio = 1 - 500 mm/min Vdefor. ≤ 0,4/min Ensaios mecânicos Enori Gemelli 23 2.2. Ensaio de tração convencional em metais (ensaio com extensômetro) Campo elástico Parte linear = deformação elástica => Lei de Hooke, Ee=σ AB = deformação plástica homogênea => encruamento homogêneo BC = deformação plástica heterogênea => encruamento heterogêneo Estágio de ruptura A σ e σmáx σrup E eelástica eplástica e = n A' Deformação total (elástica + plástica) σesc B C campo plástico A’ = limite de proporcionalidade A = limite de escoamento (σesc) Entre A’ e A = limite elástico B = limite de resistência ou tensão máxima (σmax). Início da estricção (material dúctil) C = ruptura do material (σrup) E = módulo de elasticidade longitudinal σ ∆L Ensaios mecânicos Enori Gemelli 24 (a) Fratura Frágil (b) Fratura dúctil (c) Fratura completamente dúctil Fratura em tração da liga Al-Mg-Si Ensaios mecânicos Enori Gemelli 25 2.2.1. Propriedades Mecânicas Tensões convencionais, 0 i i A P =σ (i = escoamento, máxima, ruptura) Critério “n” de escoamento para determinar a σσσσesc (“limite elástico”): ♦ metais e ligas em geral, n = e = 0,2% (n = 0,002) ♦ cobre e suas ligas, n =e = 0,5% (n = 0,005) ♦ ligas metálicas muito duras, n = e = 0,1% (n = 0,001) Alongamento específico (deformação plástica total), (%) 100 L LA i ∆ = Coeficiente de estricção (redução da área no ponto de ruptura), (%) 100 A AA o fo − =ϕ onde Ao é a área inicial e Af é a área estrita. Módulo de elasticidade longitudinal (E) ou módulo de Young Inclinação da parte elástica linear => e E ∆ σ∆ = Módulo de elasticidade (E) e limite de proporcionalidade (LP) de alguns materiais de engenharia METERIAL E (GPa) LP (MPa) METERIAL E (GPa) LP (MPa) Cromo 289 - Ferro 196 50 Níquel 214 70,0 Aços em geral 200 - 210 220 Alumínio 69 40 Náilon 2 - 4 49 - 87 Ligas de Al 70 - 79 100 - 627 Li Lf Li e Lf = distâncias inicial e final entre as marcas de referência Ensaios mecânicos Enori Gemelli 26 Módulo de resiliência (Ur) Resiliência = Capacidade que o material tem de absorver e liberar energia elástica Ur = área da região elástica => 2 e r U total elásticaescσ = Módulo de tenacidade (UT) Tenacidade = capacidade que o material tem de absorver energia até a ruptura (energia total necessária para romper o material) Ur = área total abaixo da curva tensão x deformação Material dúctil => ][J/m e 2 σσU 3rupmáxescT + = Material frágil => ][J/m e σ 3 2U 3ruprupT = Ductilidade = Capacidade que o material tem de se deformar plasticamente (deformação ou alongamento plástico) 2.2.2. Materiais com deformação elástica não linear Materiais dúcteis σ e (%) σ e (%) σesc A B C D A = def. plástica parcial AB = descarga (registrar curva) C = n Reta CD paralela a AB D = limite de escoamento ][J/m volumede Unidade absorvida elástica energia U 3r = ][J/m volumede Unidade absorvida totalenergia U 3T = Ensaios mecânicos Enori Gemelli 27 Materiais frágeis/dúcteis 5% σrup 2.2.3. Ensaio de tração sem extensômetro ∆L = deslocamento do cabeçote ∆L = escorregamento + alongamento do CDP + alongamento dos dispositivos + folgas + deflexão do cabeçote Sem extensômetro Escorregamento do CDP nas garras Precisão somente no eixo das tensões α ∆L σ σesc β << α Com extensômetro 25% σrup σ e E = módulo tangente inicial E = módulo secante Ruptura dúcteis = 5 – 25% σesc Ensaios mecânicos Enori Gemelli 28 Gráfico de tração com escoamento não nítido Existem normas específicas para testar materiais em tração, como por exemplo, ensaio de tração em fios, cordas, filmes plásticos, teste em soldas etc. 2.2.4. Relação entre o limite de escoamento, de resistência edureza Brinell Tensão de escoamento teórica, ]kgf/mm[ 3 HV 3 HB σ 2t esc ≈≈ (metálicos dúcteis) Relação entre o limite de resistência (σmáx) e HB (Kgf/mm2) MATERIAL σσσσmáx (Kgf/mm2) Aço Doce 0,36 x HB Aço Liga Tratado Termicamente 0,34 à 0,36 x HB Metais não Ferrosos Níquel Recozido 0,49 x HB Níquel e Latão Encruado 0,41 x HB Latão Recozido 0,55 x HB Cobre Recozido 0,52 x HB Alumínio e suas Ligas 0,40 x HB Lo P Sem extensômetro Pesc Pmáx Prup ∆L = n.Lo ∆Lelást. ∆Lplást. ? ∆L Pesc Parte elástica linear (?) Com extensômetro ∆L = n.Lo Ensaios mecânicos Enori Gemelli 29 2.2.5. Gráfico de tração real Tensão convencional, 0 c A P σ = Tensão real, A P σ r = A = área real Deformação convencional, oL L e ∆ = Deformação real, oL Lln=ε Deformação plástica homogênea - Região AB Correlações entre tensões e deformações reais e convencionais (CDP circular maciço) na região plástica homogênea po L LL ∆+= AoLo = A L (conservação de volume) p o p o po o o e1 L L 1 L LL L L A A += ∆ += ∆+ == onde ep = deformação plástica ∆Lp = alongamento plástico )e(1 lnε L Llnε pp o p ++++=====>=>=>=>==== d d2ln d dln A Aln L Llnε o 2 oo o p ==== ============ )e(1 σσ A A σσAσAσP pcrocrocr ++++=====>=>=>=>=====>=>=>=>======== Na ruptura 2 estrito rup estrita rup r d P4 A P pi ==σ Tensão deformação A B B' C C' Real Convencional O ∆Lp/2 Lo L ∆Lp/2 Ao A Ensaios mecânicos Enori Gemelli 30 Curva tensão real versus deformação real ♦ Região elástica (AO): σr = E ε = E e (lei de Hooke) ♦ Região plástica homogênea (AB'): σr = K (εp)n ♦ Na ruptura 2 estrito rup rup d P4 pi =σ , εrup ≈ erup Região A-B' (deformação plástica homogênea) Equação constitutiva da plasticidade ou equação de Ludwig: σσσσr = K (εεεεp)n onde: K = coeficiente de resistência n = coeficiente de encruamento εp = deformação plástica real entre A e B' Levando em consideração o encruamento inicial (antes do ensaio): σσσσr = K (εεεεo + εεεεp)n Quando: εp = 0 => σr = σesc (material encruado) => σesc = K εon ε A σr B' C' O n Log εp 1 Log σr σesc εo K Log σr= log K + n log εp Tensão deformação recozido encruado εo Ensaios mecânicos Enori Gemelli 31 2.3. Ensaio de tração em plásticos (ASTM D 638-03) 2.3.1. Propriedades mecânicas Material rígido/frágil (1): Módulo de elasticidade ou módulo de tensão (tensile modulus) Tensão de ruptura (break stress) ou resistência à tração na ruptura (tensile strength at break) Deformação ou alongamento total no ponto de ruptura Material dúctil (com patamar ou ponto máximo antes da ruptura) (2, 3): Módulo de elasticidade ou módulo de tensão (tensile modulus) Tensão e deformação/alongamento total no ponto de escoamento (onde um aumento na deformação não resultar em um aumento da tensão) Tensão e deformação/alongamento total na ruptura Material semi-dúctil ou semi-rígido (com patamar no final) (4): Módulo de elasticidade ou módulo de tensão (tensile modulus) Tensão e deformação/alongamento total no ponto de escoamento/ruptura (yield) σ break stress Yield stress break strain Yield strain e Semi-rígido Rígido a, b = ponto de escoamento c = escoamento/ruptura σ e 1 a 2 b 3 c 4 Ensaios mecânicos Enori Gemelli 32 2.3.2. Materiais com deformação elástica não linear (ISO 527) Módulo de elasticidade/tensão (Tensile Modulus) � inclinação da reta secante para deformação entre 0,05% e 0,25% Módulo secante (Secant Modulus) � inclinação da reta secante para deformação entre 0 e m σ m Módulo secante 0 - m Módulo secante e e Ensaios mecânicos Enori Gemelli 33 2.4. Ensaio de tração em materiais cerâmicos Propriedades: tensão de ruptura e módulo de elasticidade 5% σrup NBR 8522(1984): determinação do E no concreto 25% σrup σ e E = módulo tangente inicial E = módulo secante Ruptura
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