resumo 1807695 paulo igor 13638420 direito penal novo parte geral aula 35 ilicitude consentimento do ofendido

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Ilicitude – Consentimento do Ofendido
DIREITO PENAL (PARTE GERAL)
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ILICITUDE – CONSENTIMENTO DO OFENDIDO
1. TEORIAS E EXCLUDENTES
A Teoria Geral do Crime compreende três substratos gerais que constituem 
um crime e delito (Fato Típico, Ilicitude e Culpabilidade). Cada um desses 
substratos possui os seus substratos específicos que estão dispostos a seguir:
Este material irá abordar o segundo substrato geral da Teoria Geral do Crime, 
a Ilicitude, e o quinto e último substrato específico do mesmo: Consentimento 
do Ofendido.
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2. CONSENTIMENTO DO OFENDIDO
É uma causa supralegal de exclusão da ilicitude baseada no princípio da 
ponderação de valores, segundo o qual, o direito concede prioridade ao valor 
da liberdade de vontade da vítima frente ao desvalor da conduta e do resultado 
causado pelo delito que atinge bem jurídico disponível.
Requisitos:
a) O dissentimento (não consentimento) não pode integrar o tipo penal;
Atenção!
• Se o dissentimento aparece como elementar do tipo, o consentimento do 
ofendido excluirá o fato típico. Exemplo: O artigo 213 (Estupro) define que 
é proibido manter conjunção carnal sob o emprego de violência ou grave 
ameaça sem o consentimento da vítima. 
b) O consentimento deve ser anterior ou concomitante à conduta lesiva;
Atenção!
• O consentimento posterior não exclui a ilicitude, mas pode refletir na 
punibilidade (podendo figurar como renúncia ou perdão, nos crimes de 
ação privada). 
c) O consentimento deve ser dado por agente capaz;
Atenção!
• Apesar de posição diversa, prevalece o entendimento de que a capacidade 
do agente surge com os 18 anos completos, desde que goze de perfeita 
higidez mental.
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Atenção!
• Há crimes em que o consentimento é dado por pessoa menor de 18 anos, 
desde que seja maior de 14 anos (Exemplo: Estupro – Art. 213 do CP). 
A prática de ato sexual com menor de 14 anos constitui fato ilícito (art. 
217- A), ainda que consentido, pois nesses casos a incapacidade para 
consentir é presumida pelo legislador. 
d) O consentimento deve ser dado pelo titular do bem jurídico atacado;
Atenção!
• O consentimento prestado pelo representante legal de um menor de idade 
não produz efeitos.
e) O consentimento deve ser válido;
Atenção!
• Por ser válido, entende-se que o agente deve consentir livre e 
conscientemente, sem erro, coação ou fraude.
f) O consentimento deve recair sobre bens jurídicos disponíveis; 
Atenção!
• A integridade física é relativamente disponível, sendo possível o 
consentimento do ofendido apenas no tocante às lesões leves.
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É possível consentimento do ofendido nos crimes culposos? Sim, entre-
tanto, nos crimes culposos, o consentimento é dado em relação à conduta, tendo 
em vista que o resultado é involuntário. 
Exemplo: O agente está com o seu colega andando em um veículo. O agente 
está dirigindo em alta velocidade e o seu colega está consentindo com a conduta 
perigosa praticada pelo agente e não com o resultado dessa conduta. Após um 
tempo, esse agente bate o veículo e gera uma contusão leve em seu colega que 
consentia com a prática. Porém, em virtude do consentimento do colega, a cul-
pabilidade do agente em relação à lesão causada pode ser afastada. 
��������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Paulo Igor.