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1 1. Cássia Araújo Falcão - RA 11190608 2.Melissa Gomes Ferreira – RA 11190887 3. Samya Lima Ferreira RA 11190958 4.Amanda Lopes da Silva RA 11190834 5. Matheus Rodrigues Badini – RA 11190607 6. Vitor Souza Silva – RA 11190175 DIREITO PENAL III – TRABALHO SUBSTITUTIVO DA 2ª PROVA. NOTA: NOME DO ALUNO – Vitor Souza Silva RA: 11190175 ALUNOS QUE PARTICIPARAM DA ATIVIDADE 2 QUESTÃO 1 Lido o art. 215-A do Código Penal (crime de importunação ofensiva ao pudor) diga qual efeito do eventual consentimento do ofendido nesta prática? A respeito do consentimento do ofendido, segundo a doutrina,é o de acordo ou aceite da vítima com a lesão ou perigo de lesão ao bem tutelado. Só pode ser reconhecido depois que verificada certas exigências para o validar: Que o bem Jurídico sobre o qual se indicia a conduta lesiva seja passível de disposição pelo seu titular; Que o ofendido tenha capacidade jurídica para consentir; Que o ofendido tenha manifestado seu consentimento de forma livre; Que o ofendido tenha manifestado seu consentimento de maneira inequívoca, ainda que não expressamente; Que o consentimento tenha sido dado pela vítima antes ou durante a conduta lesiva; Que o autor do consentimento seja o titular exclusivo do bem jurídico disponível ou que tenha autorização expressa para dispor sobre o bem jurídico. Elementos subjetivos - agente tem a intenção de atuar e tenha consciência do consentimento do ofendido. A concordância quanto aos atos libidinosos exclui a tipicidade. Há de se falar e aplicar o brocardo latino, segundo o qual “violenti et consentienti non fit injuria” ( Ao que quer e consente não se faz justiça). Do mesmo jeito que o dissenso é um elemento fundamental para constituir os crimes como do artigo 215-A do CP, o consentimento torna impossível a configuração completa do fato típico. Desta forma, o efeito do consentimento do ofendido, descaracteriza o crime, “não há delito sem a possibilidade exigível de conduzir-se conforme o dever imposto pela norma”. Na leitura do artigo, percebe-se que há um preceito fundamental de anuência do ofendido. . 3 QUESTÃO 2 Há estado de necessidade na conduta do motorista que, estando em excesso de velocidade, para evitar o atropelamento de um pedestre que está na faixa de segurança, desvia o seu veículo, levando-o a atropelar e causar a morte de uma criança que estava no ponto de ônibus? Não há Estado de Necessidade, pois o motorista deveria e poderia ter evitado os acontecimentos se o mesmo estivesse agindo com prudência respeitando as Normas de Transito. Para que se caracterize o Estado de necessidade, de acordo com o Ar. 24 do C.P.B., seria necessário que o motorista tivesse” praticado o fato para salvar-se se perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício não era razoável exigir-se”, assim, ele agiu com inobservância do dever de cuidado objetivo, produzindo um resultado e nexo de causalidade, podendo ter previsto objetivamente o resultado ao trafegar em excesso de velocidade. No discernimento da culpabilidade, é fundamental analisar o intelectual, a cultura e o perfil social do indivíduo, e se mesmo assim com esses atributos não requerer conduta diversa da que foi praticada, exclui a culpabilidade ,podendo falar em Estado de Necessidade Excludente. Porem, neste caso , o motorista por ter sido imprudente e na desobediência às leis de transito, não há Estado de Necessidade, configurando assim um fato típico, ilícito e culpável, pois poderia ter evitado o seu resultado. 4 QUESTÃO 3 Qual a situação penal do agente que, na iminência de ser preso em virtude de mandado de prisão preventiva expedido por juiz de direito sob o fundamento da prática de extorsão, agride o oficial de justiça impedindo-o de executar a ordem, demonstrando-se, depois, erro de identidade na expedição do mandado, pois outro fora o autor do crime? O Oficial de justiça é um servidor do Tribunal que é encarregado de dar cumprimento às ordens judiciais exaradas pelos juízes, com atuação isenta e devendo seguir estritamente as ordens do magistrado, ele atua com o objetivo de dar efetividade às decisões judiciais. Houve erro material na execução de mandado de prisão, mas isso não justifica a conduta de agressão ao Servido Público. O Artigo 331 do C.P.B. tem como núcleo do tipo, o desacato ao funcionário público no exercício da sua função, assim, o agente que praticou a agressão poderá responder nos termos do artigo 129 § 4°. 5 QUESTÃO 4 Resolva: De acordo com o processo, Asdrúbal não era sequer investigado pela Polícia. Ele era amigo de um suspeito de tráfico de cocaína. O plano inicial dos policiais era usar Asdrúbal para chegar até seu amigo. Para isso, o policial Brederodes fingiu ser traficantes e pediu a Asdrúbal que o colocasse em contato com o amigo. Inicialmente, Asdrúbal explicou que não tinha interesse em se envolver na negociação, mas que apresentaria o amigo e aceitaria uma comissão por isso. Pouco tempo depois, mudou de ideia e decidiu não intermediar mais o contato. Acabou sendo persuadido pelo policial, que o convenceu a fazer parte da transação, possibilitando a prisão em flagrante do amigo. Baseando-se no concurso de crimes, o delito caracterizado no caso concreto é referente ao previsto no artigo 37 da lei 11.343/2006 que é a Lei Anti-Drogas que define a conduta “ Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à prática de qualquer dos crimes previsto no art. 33, caput e § 1.º, e art 34 desta lei.” Asdrúbal é autor indireto , porque satisfez por meio de outro (Policial Brederodes). Ele aceitou fazer parte da transação por meio do policial. O amigo, suposto traficante, é autor direto do crime de trafico de drogas, pois é quem realiza o ilícito na ação típica. Responde pelo delito da também lei 11.343/2006 no seu artigo 35. Porém, de acordo com a Súmula 145: Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação. O crime Impossível está previsto no artigo 17 do Código Penal. Esse tipo de flagrante é chamado de flagrante preparado, sendo que a jurisprudência da Suprema Corte já firmou entendimento no sentido de que a comprovada ocorrência de “flagrante preparado” constitui situação apta a ensejar a nulidade radical do processo penal http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumarioSumulas.asp?sumula=2119 QUESTÃO 5 Como se resolve a situação do agente que, pretendendo subtrair objetos do interior de um estabelecimento comercial e deles se apossando, não consegue sair da loja em razão do travamento das portas acionado por um sistema eletrônico instalado dias antes? Em uma análise do fato, podemos utilizar as fases percorridas pelo agente para a realização do crime, o Iter Criminis: - Houve o início de execução, pois ele começou a realizar o verbo do tipo. - Houve a fase interna – a cogitação, onde o autor mentaliza, planeja em sua mente como vai ele praticar o delito. - Houve a fase externa de preparação - segundo Fernando Capez, “é a pratica dos atos imprescindíveis à execução do crime. Nesta fase ainda não se iniciou a agressão ao bem jurídico, o agente não começou a realizar o verbo constante da definição legal (núcleo do tipo)”. - Houve a execução - Dos atos preparatórios passa-se, aos atos executórios. Atos de execução são aqueles que se dirigem diretamente à prática do crime, isto é, a realização concreta dos elementos constitutivos do tipo penal. Iniciou a agressão ao bem jurídico pelo núcleo do tipo penal, tornando o ato punível. Porém a Consumação não aconteceu por circunstâncias alheias a vontade do agente, caracterizando assim Tentativa de furto prevista no artigo 14, II do Código Penal. 7 ALUNOS QUE PARTICIPARAM DA ATIVIDADE QUESTÃO 2 QUESTÃO 3 Em uma análise do fato, podemos utilizar as fases percorridas pelo agente para a realização do crime, o Iter Criminis:
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