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05 Apostila Graduação Multivix Etica Responsabilidade Social e Ambiental

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1
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ÉTICA, RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL
SUMÁRIO
ÉTICA, 
RESPONSABILIDADE SOCIAL 
E AMBIENTAL
02
ÉTICA, RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
A Faculdade Multivix está presente de norte a sul 
do Estado do Espírito Santo, com unidades em 
Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova 
Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. 
Desde 1999 atua no mercado capixaba, 
destacando-se pela oferta de cursos de 
graduação, técnico, pós-graduação e 
extensão, com qualidade nas quatro áreas 
do conhecimento: Agrárias, Exatas, 
Humanas e Saúde, sempre primando pela 
qualidade de seu ensino e pela formação 
de profissionais com consciência cidadã 
para o mercado de trabalho.
Atualmente, a Multivix está entre o seleto 
grupo de Instituições de Ensino Superior que 
possuem conceito de excelência junto ao 
Ministério da Educação (MEC). Das 2109 institu-
ições avaliadas no Brasil, apenas 15% conquis-
taram notas 4 e 5, que são consideradas 
conceitos de excelência em ensino.
Estes resultados acadêmicos colocam 
todas as unidades da Multivix entre as 
melhores do Estado do Espírito Santo e 
entre as 50 melhores do país.
 
MISSÃO
Formar profissionais com consciência 
cidadã para o mercado de trabalho, com elevado 
padrão de qualidade, sempre mantendo a credibil-
idade, segurança e modernidade, visando à satis-
fação dos clientes e colaboradores.
 
VISÃO
Ser uma Instituição de Ensino Superior reconheci-
da nacionalmente como referência em qualidade 
educacional.
R E I TO R
GRUPO
MULTIVIX
R E I
03
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ÉTICA, RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL
SUMÁRIO
BIBLIOTECA MULTIVIX (Dados de publicação na fonte)
As imagens e ilustrações utilizadas nesta apostila foram obtidas no site: http://br.freepik.com
S7293e Souza, Cinthia Ferreira.
Ética e responsabilidade social e ambiental/Cinthia Ferreira Souza – Serra: Multivix, 2017.
98 f.: il.; 30 cm
 
Inclui referências.
 
1. Ética 2. Ética empresarial 3. Responsabilidade social 4. Educação ambiental I. Faculdade 
Multivix – NeaD. II. Título.
 
 CDD: 170
EDITORIAL
Catalogação: Biblioteca Central Anisio Teixeira – Multivix Serra
2017 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei.
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA • MULTIVIX
Diretor Executivo
Tadeu Antônio de Oliveira Penina
Diretora Acadêmica
Eliene Maria Gava Ferrão Penina
Diretor Administrativo Financeiro
Fernando Bom Costalonga
Diretor Geral
Helber Barcellos da Costa
Diretor da Educação a Distância
Pedro Cunha
Conselho Editorial
Eliene Maria Gava Ferrão Penina (presidente do
Conselho Editorial)
Kessya Penitente Fabiano Costalonga
Carina Sabadim Veloso
Patrícia de Oliveira Penina
Roberta Caldas Simões
Revisão de Língua Portuguesa
Leandro Siqueira Lima
Revisão Técnica
Alexandra Oliveira
Alessandro Ventorin
Graziela Vieira Carneiro
Design Editorial e Controle de Produção de Conteúdo
Carina Sabadim Veloso
Maico Pagani Roncatto
Ednilson José Roncatto
Aline Ximenes Fragoso
Genivaldo Felix Soares
Multivix Educação à Distância
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Pedagógico
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Semipresencial
Gestão de Materiais Pedagógicos e Metodologia
Direção EaD
Coordenação Acadêmica EAD
04
ÉTICA, RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
-
R E I TO R
APRESENTAÇÃO
DA DIREÇÃO
EXECUTIVA
Aluno (a) Multivix,
Estamos muito felizes por você agora fazer parte do 
maior grupo educacional de Ensino Superior do 
Espírito Santo e principalmente por ter escolhido a 
Multivix para fazer parte da sua trajetória profissional.
A Faculdade Multivix possui unidades em Cachoeiro 
de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova Venécia, São 
Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. Desde 1999, no 
mercado capixaba, destaca-se pela oferta de cursos 
de graduação, pós-graduação e extensão de 
qualidade nas quatro áreas do conhecimento: 
Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, tanto na 
modalidade presencial quanto a distância.
Além da qualidade de ensino já comprovada 
pelo MEC, que coloca todas as unidades do 
Grupo Multivix como parte do seleto grupo das 
Instituições de Ensino Superior de excelência 
no Brasil, contando com sete unidades do 
Grupo entre as 100 melhores do País, a Multivix 
preocupa-se bastante com o contexto da 
realidade local e com o desenvolvimento do 
país. E para isso, procura fazer a sua parte, 
investindo em projetos sociais, ambientais e na 
promoção de oportunidades para os que 
sonham em fazer uma faculdade de qualidade 
mas que precisam superar alguns obstáculos. 
Buscamos a cada dia cumprir nossa missão que é: 
“Formar profissionais com consciência cidadã para 
o mercado de trabalho, com elevado padrão de 
qualidade, sempre mantendo a credibilidade, segu-
rança e modernidade, visando à satisfação dos 
clientes e colaboradores.”
Entendemos que a educação de qualidade sempre 
foi a melhor resposta para um país crescer. Para a 
Multivix, educar é mais que ensinar. É transformar o 
mundo à sua volta.
Seja bem-vindo!
Prof. Tadeu Antônio de Oliveira Penina
Diretor Executivo do Grupo Multivix
05
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ÉTICA, RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL
SUMÁRIO
Bem-vindo(a) à disciplina de Ética, Responsabilida-
de Social e Ambiental, na qual estudaremos, para 
aprofundar seus conhecimentos, os conceitos de 
ética, no âmbito empresarial enfatizando visões 
clássicas e socioeconômicas, além do desenvolvi-
mento ambiental na sociedade e educação, correla-
cionando-os às disciplinas de formação profissional.
Para que seu estudo se torne proveitoso e prazeroso, 
esta disciplina foi organizada em 06 (seis) unidades, 
com temas e subtemas que, por sua vez, podem 
ser subdivididos em seções (tópicos), atendendo 
aos objetivos do processo de ensino-aprendizagem.
De modo geral, na disciplina de Ética, Responsabi-
lidade Social e Ambiental, trata de Conceitos como 
Ética, Moral, Ética Empresarial e tópicos relaciona-
dos ao Meio Ambiente e Cidadania.
Ao longo da disciplina destacaremos e promove-
remos uma discussão partindo da contextualiza-
ção dos principais conceitos de Ética e Meio Am-
biente, destacando os vários enfoques específicos 
de cada área para, assim, realizarmos um bom 
curso. Para tanto, fique atento(a) à leitura dos mais 
importantes conceitos da atualidade no que se re-
fere à Ética e Meio Ambiente dentro da realidade 
da sociedade vigente. 
Enfim, esperamos promover reflexões acerca do as-
sunto e desejamos sucesso e bons estudos!
APRESENTAÇÃO 
GERAL DA 
DISCIPLINA
06
ÉTICA, RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS
>
>
>
>
>
>
>
Figura 01: Partenon (templo da deusa Atena) 24
Figura 02: Sistema Feudal 26
Figura 03: Homem Vitruviano – Leonardo da Vincci 27
Figura 04: Revolução Francesa – Queda da Bastilha 29
Figura 05: Segunda Guerra Mundial 30
Figura 06: Os três pilaresda sustentabilidade 65
Figura 07: Coleta Seletiva 89
07
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ÉTICA, RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL
SUMÁRIO
SUMÁRIO
2UNIDADE
1UNIDADE CONCEITO DE ÉTICA 11
1.1 CONCEITOS BÁSICOS: ÉTICA, MORAL, VALORES, DILEMAS, COSTUMES E HÁBITOS 11
1.2 O QUE É ÉTICA? 11
1.3 ESTUDO DA ÉTICA 12
1.4 CONCEITO DE MORAL 12
1.5 DIFERENÇAS ENTRE ÉTICA E MORAL 13
1.6 ATO MORAL 13
1.7 OS VALORES 14
1.8 DILEMAS ÉTICOS 15
1.9 APROFUNDANDO O CONHECIMENTO ÉTICO 16
1.10 ÉTICA EMPRESARIAL 18
AS VISÕES SOBRE A ÉTICA EMPRESARIAL: VISÃO CLÁSSICA E SOCIOECONÔMICA 22
2.1 A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ÉTICA EMPRESARIAL 22
2.2 AS TEORIAS SOBRE A ÉTICA AO LONGO DO TEMPO 24
2.2.1 ANTIGA GRÉCIA 24
2.2.2 IDADE MÉDIA 26
2.2.3 IDADE MODERNA 27
2.2.4 IDADE CONTEMPORÂNEA 29
AS IMPLICAÇÕES ÉTICAS NAS DECISÕES CORPORATIVAS DE CUNHO 
ECONÔMICO E SOCIAL 34
3.1 O QUE É ECONOMIA? 34
3.2 RELAÇÃO ENTRE ÉTICA E ECONOMIA 35
3.4 ÉTICA PROFISSIONAL E ÉTICA ORGANIZACIONAL 40
3.5 DESAFIOS ÉTICOS NO MILÊNIO 42
3.5.1 ÉTICA NAS EMPRESAS 42
3.5.2 CONSULTORIA ÉTICA NAS ORGANIZAÇÕES 44
3.5.3 GUARDIÃO DE ÉTICA DAS EMPRESAS 45
3.6 VALORES NAS EMPRESAS 47
3.6.1 OUTROS EXEMPLOS DE VALORES 48
3UNIDADE
08
ÉTICA, RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
OBJETIVO DO DESENVOLVIMENTO AMBIENTAL DO MILÊNIO 52
4.1 OS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO (ODM) 52
4.2 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: O QUE SÃO OS ODS? 54
4.2.1 OBJETIVO DO MILÊNIO 7: GARANTIR A SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL 55
4.2.2 OBJETIVO 7 55
4.3 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 56
SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIAL 62
5.1 SUSTENTABILIDADE 62
5.2 RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL: UM INVESTIMENTO EMPRESARIAL 66
5.3 BREVE HISTÓRICO DA RESPONSABLIDADE SOCIAL NAS EMPRESAS 69
5.4 CONCEITO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIETAL 70
5.5 ÉTICA CORPORATIVA 74
EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA UM CIDADÃO GLOBAL 80
6.1 CIDADANIA 80
6.1.1 CIDADANIA AMBIENTAL 81
6.1.2 CIDADANIA AMBIENTAL GLOBAL 82
6.2 EDUCAÇÃO AMBIENTAL 84
6.2.1 CONCEITOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL 84
6.2.2 EDUCAÇÃO AMBIENTAL – HISTÓRICO 85
6.2.3 EDUCAÇÃO AMBIENTAL E CIDADANIA 89
REFERÊNCIAS 94
SUMÁRIO
4UNIDADE
5UNIDADE
6UNIDADE
09
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ÉTICA, RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL
SUMÁRIO
 ICONOGRAFIA
ATENÇÃO 
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
GLOSSÁRIO
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
CURIOSIDADES
QUESTÕES
ÁUDIOSMÍDIAS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES
EXEMPLOS
CITAÇÕES
DOWNLOADS
10
ÉTICA, RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
UNIDADE 1
> Compreender os 
conceitos apresentados 
e trazer uma reflexão 
crítica acerca da ética na 
atualidade.
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos:
11
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ÉTICA, RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL
SUMÁRIO
1 CONCEITO DE ÉTICA
1.1 CONCEITOS BÁSICOS: ÉTICA, MORAL, VALORES, 
DILEMAS, COSTUMES E HÁBITOS
1.2 O QUE É ÉTICA?
É uma ciência prática e normativa que estuda o comportamento dos homens, que 
convivem socialmente sob uma série de normas que lhes permitem ordenar suas 
ações, as quais o mesmo grupo social estabeleceu.
Os conceitos de moral e ética, embora sejam diferentes, são usados com frequência 
como sinônimos. A etimologia dos termos é semelhante: moral vem do latim mos, 
moris, que significa “maneira de se comportar regulada pelo uso”, daí “costume”, e de 
moralis, morale, adjetivo referente ao que é “relativo aos costumes”. Ética vem do grego 
ethos, que tem o mesmo significado de “costume” (ARANHA; MARTINS, p. 274, 1993).
12
ÉTICA, RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
1.3 ESTUDO DA ÉTICA
A ética é a parte da filosofia que se ocupa com a reflexão a respeito das nações e 
princípios que fundamentam a vida moral. Para o filósofo Mario Sergio Cortella, “não 
existe ética individual. Ética é sempre de um grupo, de uma coletividade. Ela é um 
conjunto de valores que você e eu utilizamos em nossa conduta”. (p. 51, 2013) 
Ainda Cortella (2008, p. 106), “a ética é o que marca a nossa fronteira da nossa con-
vivência. Seja com as outras pessoas, seja com o mercado, seja com os indivíduos. 
Ética é aquela perspectiva para olharmos os nossos princípios e os nossos valores 
para existirmos juntos”. 
1 - Não se desespere: provocações filosóficas. Mario Sergio Cortella, capítulo: Ética não 
é enfeite, p. 51, 2013.
2 - Qual é a tua obra? Inquietações propositivas sobre gestão, liderança e ética. Mario 
Sergio Cortella. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2008
SUGESTÃO DE LEITURA
1.4 CONCEITO DE MORAL
Conjunto de costumes, crenças, valores e normas de uma pessoa ou grupo social, 
que funciona como um guia para o trabalho, ou seja, que orienta sobre o bem ou 
mal - certo ou errado - de uma ação. Conjunto de regras e normas de ações, destina-
da a regular as relações dos indivíduos em uma comunidade.
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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ÉTICA, RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL
SUMÁRIO
1.5 DIFERENÇAS ENTRE ÉTICA E MORAL
A moral é a prática, é o exercício das suas condutas. A ética são os princípios que 
orientam a sua conduta. Do ponto de vista teórico, ética e moral não são a mesma 
coisa. Estão conexas. Eu posso dizer que algo é imoral, mas não posso dizer que é aé-
tico. É imoral quando colide com determinados princípios que uma sociedade tem.
O policial que aceita propina tem ética? Tem. E aquele que oferece 
propina, tem ética? Tem.
Portanto, existem morais particulares, mas a ética é sempre de um 
grupo, sempre de uma estrutura maior, porque não existe razão para 
você ter princípios de conduta e valores se você vive só.
O que é dentro da moral para o índio, como andar nu, não o é para os 
"civilizados “. Tem o poder de decidir, escolher e julgar.
Uma pessoa com problemas mentais, uma criança ou bebês, um ido-
so de muita idade.
1.6 ATO MORAL
Todo ato realizado pelo homem está sujeito à aprovação ou sanção dos demais.
- Moral: é sempre ligado aos costumes de um povo específico. 
- Amoral: não tem o poder de decidir, escolher e julgar.
14
ÉTICA, RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
- Imoral: que não tem nenhum princípio de moral; que vive contrariamente à moral: 
homem imoral.
Devasso, desonesto, libertino.
- Aético: aquele a quem não se aplica a questão da ética.
- Antiético: algo contrário a uma ética que esse grupo compartilha e aceita.
Vamos ao exemplo do bandido. Posso dizer que um bandido tem ética? Posso. Ele 
tem princípios e valores para decidir, avaliar e julgar. O que eu posso dizer é que a 
ética dele é contrária à minha e à sua. Então é antiético. 
Não confunda com aético, isto é, aquele a quem não se aplica a questão da ética. 
Existe algum tipo de ser humano que eu posso dizer que é aético? Sim, aquele que 
não puder decidir, avaliar, julgar. Por exemplo, o Imposto de Renda tem uma legisla-
ção que permite que seja seu dependente quem for incapaz: o menor até determi-
nada idade, uma pessoa com muita idade, pessoas com algumtipo de deficiência.
1.7 OS VALORES
Os valores são características morais que todas as pessoas possuem, tais como a hu-
mildade, a piedade e o respeito.
Considera-se "valor" aquelas qualidades ou características dos objetos, das ações ou 
das instituições, selecionadas ou eleitas de maneira livre e consciente. Servem ao in-
divíduo para orientar seus comportamentos e ações, na satisfação de determinadas 
necessidades.
Eles são importantes, pois orientam a nossa conduta. Com base neles decidimos 
como agir diante das diferentes situações que a vida nos impõe. Relacionam-se prin-
15
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ÉTICA, RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL
SUMÁRIO
cipalmente com os efeitos que tem sobre o que fazemos para as pessoas, para a 
sociedade ou em nosso ambiente geral.
SUAS PRINCIPAIS FUNÇÕES SÃO:
Motivam, impulsam 
a ação e dizem 
o que fazer.
Dão significado aos 
comportamentos 
e os legitimam.
Servem como 
guia e orientação.
A questão dos valores, da ética e da moral está muito vinculada com a dos direitos e 
obrigações do cidadão e do ser humano em geral, por esta razão, ensinar os valores 
preparará as pessoas para que suas decisões, atitudes e ações sejam respeitosas e 
responsáveis, para si e para os demais.
1.8 DILEMAS ÉTICOS
Nós vivemos muitas vezes dilemas éticos. Há situações em que você tem de decidir 
“sim ou não" o colocam num conflito. Dilema é quando você quer os dois, por isso é 
que seu prefixo é "di". Os dois podem ser escolhidos, mas apenas um é eticamente 
correto. Se você tem autonomia e liberdade, vive dilemas éticos. Não tem como não 
vivê-los.
Para Cortella (p.106, 2008), a ética é um conjunto de princípios e valores que você 
usa para responder as três grandes perguntas da vida humana: Quero? Posso? Devo? 
No dilema ético, há coisas que eu quero, mas não devo. Há coisas que eu devo, mas 
não posso. Há coisas que eu posso, mas não quero.
Quando você vive um conflito, muitas vezes é um dilema ético.
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ÉTICA, RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
1.9 APROFUNDANDO O CONHECIMENTO ÉTICO 
A existência de dilemas morais é incontestável e inevitável. Somos seres morais e, por 
isso, apresentamos dilemas morais. A grande pergunta que toma conta do pensa-
mento filosófico da tradição ética poderia ser resumida na seguinte questão: Há uma 
regularidade para a ética? Podemos estabelecer uma regra geral, que determine o 
que é ético, o que deve ser seguido por todos, ou isto se dá de acordo com a consci-
ência de cada um?
Inicialmente, podemos entender a existência de duas realidades quando falamos 
na questão ética: A REALIDADE FATUAL (aquilo que é) e a REALIDADE NORMATIVA 
(aquilo que deve ser). O homem é um ser moral, cuja ação se fundamenta em um 
conjunto de valores que representam expectativas, aspirações. Ética, portanto, fun-
damenta-se em uma teoria dos valores, do grego axiologia (axios=valores, logia=teo-
ria). Por isso, falar em ética é falar em consciência moral, o que envolve julgamentos 
e conceitos de certo ou errado. 
A consciência moral pode ser definida como uma apreciação espontânea que o 
homem faz de sua própria conduta. Implica na deliberação diante de alternativas 
possíveis, decidindo e escolhendo uma delas antes de lançar-se na ação. É no ato de 
deliberar (escolher) que consideramos algo justo ou injusto, certo ou errado, como 
bem ou mal. Nesse sentido consideramos a existência de dois tipos de juízos, a saber: 
JUÍZOS DE FATO e JUÍZOS DE VALOR. 
Os de fato representam aquilo que é a vida cotidiana, o entendimento das ciências, a 
filosofia. Por exemplo, ao definirmos o homem como um ser mortal, este é um juízo 
de fato, inquestionável e aceito por todos. É objetivo, universal. Os de valor refere-se 
àquilo que deve ser, ao ideal apresentado de um mundo de valores dados pela mo-
ral, pelas artes, pela religião e pela política. Como exemplo, no mesmo caso anterior, 
ao avaliarmos uma pessoa como boa ou má, partimos da nossa subjetividade, do 
nosso julgamento, o que não implica que se ela é boa para mim também o seja para 
todos que convivem com ela. As análises serão pessoais e não serão unânimes com 
certeza. Esses juízos resultam do exercício da consciência moral que, por sua vez, 
pressupõe responsabilidade, autonomia e liberdade. 
17
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ÉTICA, RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL
SUMÁRIO
O SUJEITO É ÉTICO/ MORAL, PORTANTO, DEVE TER CONDIÇÕES DE 
RESPONDER POR SEUS ATOS.
Neste ponto, podemos falar em juízos éticos de valor. Estes são juízos normativos. 
Eles prescrevem as maneiras de agir, as regras, as normas do comportamento a par-
tir do que é tido como certo ou errado. Avaliam coisas como boas ou más; desejáveis 
ou indesejáveis. 
Aqui está a importância da questão da auto-
nomia: o sujeito moral é livre (autônomo) ao 
fundamentar o seu ato moral, ao deliberar a 
ação que vai praticar, ou é determinado (he-
terônomo), ou seja, outros determinam por 
ele porque deve agir de tal forma. É o con-
fronto entre autonomia e heteronomia.
Como esclarecimento final, o estudo da ética 
em filosofia, falar em ética é falar em moral, 
ou filosofia moral. Porém, para facilitar a com-
preensão e distingui-la do senso comum, fa-
remos a separação conceitual entre ambas. 
Ética, do grego ethos (valores, costumes), 
será entendida como a preocupação com os 
fundamentos e a validade das normas mo-
rais e dos juízos de valor ou de apreciação sobre as ações humanas, qualificadas de 
boas ou más. Portanto é o que nos interessa filosoficamente. Não é preocupação da 
filosofia inicialmente determinar o que é certo ou errado, mas buscar o fundamen-
to, a validade daquilo que é considerado certo ou errado. Como moral, que vem do 
latim mos, moris (valores, costumes), podemos entender as normas ou regras que 
regem (ou deveriam reger) certos aspectos da conduta humana. 
Neste ponto, entenderemos os “códigos morais”, sejam eles, religiosos, profissionais 
ou de qualquer outra natureza. São códigos que determinam as normas para viver 
bem, para exercer a profissão ou que obrigam à prática de atitudes sob a condição 
de punição caso haja transgressão, mas que não levam necessariamente o indivíduo 
Em outras palavras, o grande 
problema que se estabelece 
é saber o que fundamenta 
o ato moral: a liberdade ou 
o determinismo. Por que 
agimos ou devemos agir 
normalmente?
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ÉTICA, RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL
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à reflexão ou à questão de saber “por que” age ou deve agir assim. Aqui não temos 
uma preocupação com o fundamento da ação, mas com a determinação desta de 
forma heterônoma, ou seja, externa ao indivíduo. 
1.10 ÉTICA EMPRESARIAL 
A ética empresarial é o ramo da ética diretamente ligada às empresas, que é referen-
te à sua conduta ética, ou seja, à forma moralmente correta com que as empresas in-
teragem com o seu meio envolvente. Ela fortalece uma empresa, melhorando a sua 
reputação e tendo também um impacto positivo nos seus resultados. Uma empresa 
que cumpra determinados padrões éticos vai crescer, e vai favorecer a sociedade, os 
seus fornecedores, clientes, funcionários, sócios e até mesmo o governo. A ética em-
presarial é uma prática essencial de uma empresa, assim como a responsabilidade 
social e responsabilidade socioambiental.
Um dos grandes benefícios da ética empresarial é que ela é reconhecida e valorizada 
pelo cliente, sendo estabelecida uma relação de confiança. Essarelação, baseada na 
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SUMÁRIO
satisfação do cliente, vai originar lucro para a empresa, ajudando a que ela cumpra 
os seus objetivos. No entanto, a confiança com o cliente é uma coisa que demora 
algum tempo a conseguir e pode ser perdida com algum erro cometido no âmbito 
empresarial.
A ética empresarial é a razão de ser de uma empresa, e as empresas que não fun-
cionam de forma ética, por exemplo, tentando ganhar dinheiro fácil enganando os 
clientes, estão condenadas ao fracasso. 
Atualmente, a ética empresarial é colocada como uma meta 
essencial a ser alcançada no mundo corporativo. A cultura 
ética e sua gestão nas empresas são temas tratados com 
importância igual ou superior aos próprios resultados, à 
inovação, à excelência e ao sucesso financeiro.
Ao longo da última década, tanto a alta administração quanto os demais colabo-
radores nas grandes corporações passaram a identificar os valores e a missão das 
empresas como requisitos obrigatórios para demonstrar a seriedade de propósitos e 
a transparência na administração para o mundo corporativo.
Essa reação se intensificou em especial quando, ao final do século XX, o mundo foi 
palco de uma série de atos de corrupção e fraude praticados por altos executivos em 
grandes empresas, abalando a reputação de diversos conglomerados globais.
Hoje em dia, os valores e a missão nas empresas, compondo os princípios éticos 
pelos quais as companhias devem se pautar, tornaram-se essenciais para nortear as 
metas e a postura de seus colaboradores, deixando clara a vocação das empresas 
de respeitar e beneficiar não somente seus acionistas, mas a todos os públicos de 
interesse. 
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Atualmente, a transparência e a ética na prática dos atos de comércio, indústria e na 
prestação de serviços, são exigências de comportamento esperadas e plenamente 
reconhecidas pela comunidade global. Pode-se afirmar ainda que a construção da 
reputação e da imagem das empresas globais depende fundamentalmente da atu-
ação das organizações com base em valores éticos e nos parâmetros de honestidade, 
decência e respeito a todos os públicos interessados.
ÉTICA NO TRABALHO
A ética deve ser endendida como um valor da 
organização, que assegura sua sobrevivenca, 
sua reputação e, consequentemenre, seus bons 
resultados.
A ética deve sempre estar presente em suas 
atividades. Não importa se você trabalha em 
uma multinacional ou numa microempresa, 
todas as suas ações são vigiadas e, optando 
pelo bem ou pelo mal, um dia você terá que 
prestar contas de tudo.
ANOTAÇÕES
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SUMÁRIO
> Compreender e 
reconhecer a relevância 
dos pensadores para a 
disseminação da ética/ 
ética empresarial e a 
interferência de cada 
momento histórico na 
consolidação da ética.
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos:
UNIDADE 2
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2 AS VISÕES SOBRE A 
ÉTICA EMPRESARIAL: 
VISÃO CLÁSSICA E 
SOCIOECONÔMICA
2.1 A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ÉTICA 
EMPRESARIAL
A evolução histórica do conceito e da prática da ética empresarial é extremamen-
te recente, tendo se estabelecido principalmente durante o século XX. Dentro 
desse período, as maiores mudanças foram acontecendo especialmente a partir 
dos anos 1950.
Até a década de 1950 alguns acontecimentos como o estabelecimento de leis tra-
balhistas em vários países (inclusive o Brasil), com a observância dos direitos ele-
mentares dos trabalhadores (salário mínimo, férias, descanso semanal remunerado, 
alimentação, saúde, ...) e lutas em prol dos direitos civis e um tímido início de ati-
vidades em prol da defesa do meio-ambiente podem ser considerados os grandes 
avanços do tema: ética.
A década de 1960, influenciada pela religião (de distintas origens), pregava a mo-
ralidade nos negócios, a ampliação e respeito aos direitos dos trabalhadores, os 
valores humanistas e a luta contra a pobreza. A presença da religião na ética não 
apenas influenciou o mundo empresarial, também se fez presente nas questões 
da política, da vida familiar e das questões pessoais inerentes a cada indivíduo. É 
também nesta década que surge nos Estados Unidos, ainda durante a administra-
O texto abaixo intitulado Natureza e ética: dilemas e 
perspectivas educacionais está na íntegra e é de autoria 
de A. Heemann. 2. ed. Curitiba: Ed. UFPR,1998. 
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SUMÁRIO
ção de John Kennedy, a Consumer’s Bill of Rights, ou o equivalente ao Código do 
Consumidor, criado no Brasil na década de 1990.
No final da década de 1960 o governo norte-americano assume compromissos 
quanto à necessidade de prover ao cidadão de seu país certo grau de estabilidade 
econômica. Nesse sentido aumenta a fiscalização e o rigor de seu controle sobre as 
empresas visando evitar atividades consideradas ilícitas e antiéticas. A década de 
1970 presenciou o crescimento do interesse público nas questões organizacionais. 
Esforços acadêmicos surgem no intuito de melhor definir esse fenômeno. Filósofos, 
sociólogos e estudiosos de outras áreas iniciaram estudos que visavam relacionar a 
teoria ética ao campo empresarial. 
Durante esse período, questões importantes ganharam destaque como a segurança 
de produtos, a preservação do meio ambiente, subornos, cartéis ou a publicidade 
enganosa, alertando o grande público da necessidade de se cobrar das empresas 
um comportamento mais correto e justo em relação à sociedade.
As grandes empresas aderem aos conceitos e à necessidade de plenamente viven-
ciar a ética empresarial somente a partir dos anos 1980. São auxiliadas pelo sur-
gimento de cursos que procuram apresentar, debater e fomentar discussões que 
renovem o conceito e promovam sua aplicação no mundo real. O cerco da socie-
dade, do mundo acadêmico e do governo dos Estados Unidos fez com que muitas 
empresas norte-americanas tentassem maior autonomia em suas decisões e en-
caminhamentos. Como isso não foi possível em seu próprio país passa a atuar em 
economias subdesenvolvidas ou emergentes, onde a organização quanto à ética 
empresarial e, consequentemente, as pressões, eram menores.
Nesta mesma década, 1980, a ética empresarial passou a ser associada ao concei-
to de Responsabilidade Social. São termos afins no que tange a seus objetivos e 
finalidades, mas constituem conceitos diferentes já que a Responsabilidade Social 
refere-se às obrigações assumidas pelas empresas junto à sociedade com o intuito 
de socializar os efeitos positivos de sua atuação (e minimizar ações negativas) jun-
tamente a comunidade que a acolheu e, numa visão mais ampla, estender essa 
atuação relativamente à própria humanidade.
Muitas pessoas acreditam que quando falamos em responsabilidade social nos re-
ferimos tão somente às ações éticas e filantrópicas, porém o âmbito desses compro-
missos é maior, pois atinge também os compromissos legais e econômicos dessas 
instituições. O advento dos anos 1990 e do século XXI têm cobrado mais respon-
sabilidade social das empresas e, consequentemente, o aprimoramento e a defesa 
sistemática da ética empresarial.
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2.2 AS TEORIAS SOBRE A ÉTICA AO LONGO DO 
TEMPO
As teorias éticas nascem e desenvolvem-se em diferentes sociedades como resposta 
aos problemas resultantes das relações entre os homens. Os contextos históricos são 
elementos muito importantes para se perceber as condições que estiveram na ori-
gem de certas problemáticas morais que ainda hoje permanecem atuais. Vejamos 
algumas concepções sobre ética ao longo dos períodos históricos: 
2.2.1 ANTIGA GRÉCIA
Figura 01: Partenon (templo da deusa Atena) construído na Acrópole de Atenas (século V a.C)
Sócrates (470-399 a.C.): Defende o caráter eterno de certos valores como o bem, 
virtude, justiça e saber. O valor supremo da vida é atingir a perfeição e tudo deve 
ser feito em função deste ideal, o qual só pode ser obtido através do saber. Na vida 
privada ou na vida pública, todos tinham a obrigação de se aperfeiçoarem fazendo o 
bem, sendo justos. O homem sábio só pode fazer o bem, sendo as injustiças próprias 
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SUMÁRIO
dos ignorantes (Intelectualismo Moral).
Platão (427-347 a.C.): Defende o valor supremo do Bem. O ideal que todos os ho-
mens livres deveriam tentar atingir. Para isto acontecesse deveriam ser reunidas, pelo 
menos duas condições: 1. Os homens deviam seguir apenas a razão desprezando os 
instintos ou as paixões; 2. A sociedade devia de ser reorganizada, sendo o poder con-
fiado aos sábios, de modo a evitar que as almas fossem corrompidas pela maioria, 
composta por homens ignorantes e dominados pelos instintos ou paixões.
Aristóteles (384-322 a.C.): Como já visto anteriormente, defende o valor supremo da 
felicidade. A finalidade de todo o homem é ser feliz. Para que isto aconteça é neces-
sário que cada um siga a sua própria natureza, evite os excessos, seguindo sempre 
a via do "meio termo" (Justa Medida). Ninguém consegue, todavia ser feliz sozinho. 
Aristóteles, à semelhança de Platão coloca a questão da necessidade de reorganizar 
a sociedade de modo a proporcionar que cada um dos seus membros possa ser feliz 
na sua respectiva condição. Ética e política acabam sempre por estar unidas. 
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2.2.2 IDADE MÉDIA
O longo período que se esten-
de entre o século IV e o século 
XV são marcados pelo predo-
mínio absoluto da moral cristã. 
Deus é identificado com o Bem, 
Justiça e Verdade. É o modelo 
que todos os homens deviam 
procurar seguir. Neste contex-
to dificilmente se concebe a 
existência de teorias éticas au-
tônomas da doutrina da Igreja 
Cristã, dado que todas elas de uma forma ou outra teriam que estar de concordo 
com os seus princípios. 
Santo Agostinho (354-430): Fundamentou a moral cris-
tã com elementos filosóficos da filosofia clássica. O ob-
jetivo da moral é ajudar os seres humanos a serem fe-
lizes, mas a felicidade suprema consiste num encontro 
amoroso do homem com Deus. Só através pela graça 
de Deus podemos ser verdadeiramente felizes. 
 
St. Tomás Aquino (1225-1274): No essencial concorda 
com Santo Agostinho, mas procura fundamentar a éti-
ca tendo em conta as questões colocadas na antiguida-
de clássica por Aristóteles.
Figura 02 : Sistema Feudal
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SUMÁRIO
2.2.3 IDADE MODERNA
Figura 03: Homem Vitruviano – Leonardo da Vincci
Entre os séculos XVI e XVIII, a sociedade Europeia é varrida por profundas mudanças 
que alteram completamente as concepções anteriores. Vejamos as mudanças que 
ajudaram a definir teorias éticas da época:
RENASCIMENTO: Na Itália a partir do século XIV desenvolve-se um movimento filo-
sófico e artístico que retoma explicitamente ideias da Antiguidade Clássica. O ho-
mem ocupa nestas ideias o lugar central (antropocentrismo). Este movimento acaba 
por ser difundir por toda a Europa a partir do século XVI. 
DESCOBERTAS GEOGRÁFICAS: A aventura iniciada em 1415 pelos portugueses teve 
um profundo impacto na sociedade europeia. Em consequência destas descobertas 
as concepções sobre a Terra e o Universo tiveram que ser alteradas. A terra, o Sol, mas 
também o Homem perdeu neste processo a sua importância e significado. As des-
cobertas revelaram igualmente a existência de outros povos, culturas, religiões até aí 
desconhecidas. A realidade tornou-se muitíssima mais complexa e plural. 
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DIVISÕES NA IGREJA: O século XVI é marcado por diversos movimentos de ruptura 
no cristianismo, que provocam o aparecimento de novas igrejas, cada uma recla-
mando para si a interpretação mais correta da palavra divina. Não admira que este 
período seja marcado por numerosos e sangrentos conflitos religiosos. O resultado 
global foi o aumento da descrença, o desenvolvimento do ateísmo. 
CIÊNCIA MODERNA: O grande critério do conhecimento deixa de ser a tradição, a 
autoridade e passa a ser a experiência. Fato que coloca radicalmente em causa cren-
ça milenar.
É o resultado destes e muitos outros fatores, que assistimos ao longo de toda a Idade 
Moderna ao desenvolvimento do Individualismo e a afirmação da razão humana. O 
grande sinal desta mudança foi a multiplicação das teorias éticas, muitas das quais 
em contradição com os fundamentos do próprio cristianismo. Vejamos:
• Descartes (1596-1650): Este filósofo simboliza toda a fé que a Idade Moderna 
depositava na razão humana. Só ela nos permitiria construir um conhecimento 
absoluto. Em termos morais mostrou-se, todavia, muito cauteloso. Neste caso 
reconheceu que seria impossível estabelecer princípios seguros para a ação 
humana. Limitou-se a recomendar uma moral provisória de tendência estóica: 
o seu único princípio ético consistia em seguir as normas e os costumes morais 
que visse a maioria seguir, evitando deste modo rupturas ou conflitos. 
• John Locke (1632-1704): Este filósofo parte do princípio que todos os homens 
nascem com os mesmos direitos (Direito á Liberdade, à Propriedade, à Vida). 
A sociedade foi constituída, através de um contrato social, que visava garantir 
e reforçar estes mesmos direitos. Neste sentido, as relações entre os homens 
devem ser pautadas pelo seu escrupuloso respeito. 
• David Hume (1711-1778): Defende que as nossas ações são em geral motivadas 
pelas paixões. Os dois princípios éticos fundamentais são a utilidade e a sim-
patia. 
• Jean-Jacques Rousseau (1712-1778): Concebe o homem como um ser bom 
por natureza (mito do "bom selvagem”) e atribui a causa de todos os males à 
sociedade e à moral que o corromperam. O Homem sábio é aquele que segue 
a natureza e despreza as convenções sociais. A natureza é entendida como algo 
harmonioso e racional. 
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SUMÁRIO
2.2.4 IDADE CONTEMPORÂNEA
Se quisermos estabelecer um começo para a Idade Contemporânea, temos que re-
cuar até aos finais do século XVIII. O que então se iniciou na Europa veio a contribuir 
de forma decisiva para formar o mundo em que vivemos. 
Revoluções: A Revolução Francesa (1789) marcou uma ruptura deliberada e radical 
com o passado. Depois dela muitas outras ocorreram até aos nossos diascom idên-
ticos propósitos. Quase sempre foram iniciadas em nome da libertação do povo da 
opressão (ditaduras, regimes colonialistas etc). Prometeram criar novas sociedades e 
homens, mas o que produziram foram frequentemente novas matanças.
Figura 04: Revolução Francesa – Queda da Bastilha
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Guerras Mundiais: A partilha do mundo, a conquista de recursos naturais, os sa-
ques de riquezas acumulados foram sempre uma constante ao longo da história da 
Humanidade. A grande novidade na Idade Contemporânea assentou num aspecto 
essencial: crescentes eficiências da barbárie praticada por poderosas máquinas de 
guerra passaram a operar numa escala cada vez mais global. A França napoleônica, 
no inicio do século XIX, mostrou o caminho que outros países ou alianças de países 
haviam de prosseguir na guerra e no saque de povos. A dimensão desta barbárie 
colocou causa os fundamentos da racionalidade e moralidade do mundo ocidental. 
Progresso científico e tecnológico: A ciência substituiu o lugar que antes era ocu-
pado pela religião na condução dos homens. Os cientistas foram apontados como 
os novos sacerdotes. O balanço desta substituição continua a ser objeto de enormes 
polêmicas, mas três coisas são hoje evidentes: 
a) A ciência e a tecnologia mudaram o mundo possibilitando uma melhoria mui-
to significativa da vida de uma parte significativa da humanidade. Apesar do 
imenso bem-estar proporcionado, a verdade é que as desigualdades a nível 
mundial não diminuíram e se acentuaram. Uns não sabem o que fazer com 
tanto desperdício, outros lutam diariamente por obter restos que lhes permi-
tam sobreviver. 
Figura 05: Segunda Guerra Mundial
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b) Não parecem existir limites para o desenvolvimento da ciência e da técnica. 
Aquilo que era antes impensável tornou-se hoje banal: manipulações genéticas, 
clonagem de seres, inseminação artificial, morte assistida etc. Valores tidos por 
sagrados são agora quotidianamente aniquilados por experiências científicas. 
c) O progresso humano fez-se mais lentamente que o progresso científico e tec-
nológico, ou dito de outro modo, o progresso moral não acompanhou o cien-
tífico. Ao longo de todo o século XX inúmeras foram as figuras do mundo da 
ciência e da técnica envolvidas em intermináveis de atos de pura barbárie em 
nada se distinguindo dos antigos "selvagens". 
O século XIX e XX foi por tudo isto marcado pelo aparecimento de um enorme nú-
mero de teorias éticas, mas também pela própria crítica dos fundamentos da moral. 
Esta pluralidade revela igualmente a enorme dificuldade que os homens têm sen-
tido em estabelecer consensos sobre as normas em que devem de assentar as suas 
relações. Vejamos: 
Kant (1724-1804): Partindo de uma concepção universalista do homem, já visto an-
teriormente, afirma que este só age moralmente quando, pela sua livre vontade, 
determina as suas ações com a intenção de respeitar os princípios que reconheceu 
como bons. O que o motiva, neste caso, é o puro dever de cumprir aquilo que racio-
nalmente estabeleceu sem considerar as suas consequências. A moral assume assim, 
um conteúdo puramente formal, isto é, não nos diz o que devemos fazer (conteúdo 
da ação), mas apenas o princípio (forma) que devemos seguir para que a ação seja 
considerada boa.
Jeremy Bentham(1748-1832) e Stuart Mill (1806-1873): Desenvolveram uma ética 
baseada no princípio da utilidade. As ações morais são avaliadas em função das con-
sequências morais que originam para quem as pratica, mas também para quem 
recaem os resultados. Princípio que deve nortear a ação moral: "A máxima felicidade 
possível para o maior número possível de pessoas". O Bom é aquilo que for útil para o 
maior número de pessoas, melhorando o bem-estar de todos, e o Mal o seu contrário. 
Habermas (1929): Após a 2ª Guerra Mundial, Habermas surge a defender uma ética 
baseada no diálogo entre indivíduos em situação de equidade e igualdade. A vali-
dade das normas morais depende de acordos livremente discutidos e aceites entre 
todos os implicados na ação.
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Hans Jonas (1903-1993): Perante a barbárie cotidiana e a ameaça da destruição do 
planeta, Hans Jonas, defende uma moral baseada na responsabilidade que todos 
temos em preservar e transmitir às gerações futuras uma terra onde a vida possa ser 
vivida com autenticidade. Daí o seu princípio fundamental: "Age de tal modo que 
os efeitos da tua ação sejam compatíveis com a permanência da uma vida humana 
autêntica na terra".
Novas Problemáticas: As profundas transformações sociais, culturais e científicas das 
nossas sociedades colocaram novos problemas éticos, nomeadamente em domínios 
como a tecnociência (clonagem, manipulação genética, eutanásia etc.), ecologia, co-
municação de massas etc.
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SUMÁRIO
UNIDADE 3
> Apresentar os conceitos 
de ética profissional e 
organizacional. Promover 
a análise crítica sobre 
os desafios da ética no 
ambiente corporativo.
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos:
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3 AS IMPLICAÇÕES 
ÉTICAS NAS DECISÕES 
CORPORATIVAS DE CUNHO 
ECONÔMICO E SOCIAL
3.1 O QUE É ECONOMIA? 
O texto a seguir intitulado Fundamentos de ética empresarial e econômica é adap-
tado e tem como autores: ARRUDA, Maria Cecilia Coutinho de. WHITAKER, Maria do 
Carmo. RAMOS, José Maria Rodriguez. São Paulo: Editora Atlas, 2005. 143-150p. 
Até aqui se falou apenas de ética, falta conceituar a economia. Eis algumas defini-
ções compiladas por Samuelson (1970):
1. Economia é o estudo das atividades que, com ou sem dinheiro, envolvam ope-
rações de troca entre as pessoas.
2. Economia é o estudo de como os homens selecionam a utilização de recursos 
produtivos escassos ou limitados para produzir várias mercadorias e distribuí-
-las aos diversos membros da sociedade, para consumo.
3. Economia é o estudo de como a humanidade realiza a tarefa de organizar suas 
atividades de consumo e produção.
4. Economia é o estudo da riqueza. 
Poderíamos continuar listando outras definições. É sempre difícil resumir em poucas 
linhas uma descrição exata de uma ciência de modo a caracterizar suas fronteiras, 
delimitando-a em face das de outras disciplinas, dando a entender ao principiante 
tudo que ela é.
Com base nessa definição mais clássica sugere-se outra mais completa, por assumir 
que a ciência econômica é uma só, incluindo tanto a abordagem positiva quanto a 
normativa ou política. “Economia é a ciência social que estuda o comportamento 
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SUMÁRIO
humano (individual e social) como adequação do uso dos meios limitados de que 
o homem dispõe para a realização de fins diversos em função da sua natureza, que 
pressupõe liberdade.” (RAMOS,1993).
3.2 RELAÇÃO ENTRE ÉTICA E ECONOMIA
Definidas as duas ciências, constata-se que ambas têm o mesmo objeto, estudam o 
homem, porém cada uma delas o analisa sob ângulos diferentes. A economia,como 
se viu, estuda o comportamento humano condicionado pela escassez, pela limitação 
de meios e de tempo em relação aos objetivos a que se propõe.
Robbins apresentou uma definição geral de economia, abrangendo vários aspectos 
dos enfoques listados, acatada por muitos economistas e estudiosos: Economia é a 
ciência que estuda o comportamento humano como um relacionamento entre fins 
e meios escassos que têm usos alternativos (ROBINS,1935). 
A ética estuda as ações do homem em relação à sua moralidade, isto é, julga se são 
boas ou más. Diz respeito, portanto, não aos fins próximos do homem, como com-
prar uma casa, um carro, estudar tal curso universitário ou trabalhar em determinada 
empresa, mas ao seu fim último, isto é, se essas ações contribuem ou não para a sua 
finalidade essencial. Este ponto merece ser bem explicado.
O homem é um ser com uma unidade essencial e profunda em sua vida. Ele pode 
propor-se como objetivo desempenhar determinada profissão, formar uma família, 
comprar uma casa na praia, associar-se a determinado partido político. Todas essas 
finalidades não são independentes da ética ou moral, precisamente em função da 
unidade de sua pessoa.
Alcançar cada uma dessas metas ou projetos pode envolver um aspecto ético impor-
tante. Uma pessoa pode comprar um avião com dinheiro que ganhou trabalhando 
e poupando durante anos, ou com dinheiro que roubou num instante. Outro pode 
conseguir um emprego dizendo a verdade ou mentindo. Comprar com dinheiro rou-
bado e mentir ferem a ética e têm consequências para a pessoa.
Pense, por exemplo, em um atirador profissional. Um tiro certeiro pode consagrá-lo 
como campeão mundial ao acertar o alvo durante as olimpíadas, ou colocá-lo na 
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cadeia se acertar a cabeça de uma pessoa inocente que passa pela rua. A mesma 
ação, atirar, não é indiferente do ponto de vista ético, em função da intenção, do 
objeto e das circunstâncias da ação. Atirar pode ser uma ação meritória ou destruir 
interiormente uma pessoa.
Ganhar dinheiro não é somente algo bom, mas necessário para a própria subsistên-
cia e da família. Porém não de qualquer maneira. Fraudar, roubar ou mentir, para ga-
nhar dinheiro, fere a ética e afasta o homem de sua finalidade essencial. Esta infração 
não é algo circunstancial, mas algo muito profundo. Ir contra a moral é ir contra o 
próprio ser do homem. A moral não é um código exterior convencional de preceitos 
humanos que muda com o tempo, ou que depende de cada um ou da sociedade, 
mas é algo interior, inseparável da própria pessoa. Da mesma maneira que ninguém 
dá a vida a si próprio, igualmente não é dono 
e senhor da ética. 
A ética, condição necessária na ordem pesso-
al, também é condição de sobrevivência da 
sociedade. Sem ética, o convívio social torna-
-se insustentável. Sem confiança mútua, por 
exemplo, não se realizariam transações eco-
nômicas, nem haveria contratos. Ninguém 
empregaria, ninguém produziria, ninguém 
se associaria. Cada um viveria única e exclu-
sivamente para si, cuidando dos próprios in-
teresses. Como resultado, a sociedade ruiria, 
voltaria às cavernas.
A economia, como qualquer atividade huma-
na, está subordinada à ética. Isso não significa 
que não tenha autonomia para desenvolver 
suas conclusões e proposições de política 
econômica, mas apenas que suas recomen-
dações devam subordinar-se a um critério 
anterior e mais importante, a valoração ética.
Alguns exemplos podem ajudar a tornar este 
ponto mais claro. Imagine-se um problema 
de desemprego em determinado país. Mui-
Assim, como os fins 
econômicos a que uma 
pessoa se propõe não são 
totalmente independentes 
da ética, a economia como 
ciência também não pode 
desentender-se dos aspectos 
éticos. Uma pessoa que 
cometa ações contra a ética 
se destrói a si própria como 
pessoa, mesmo que consiga 
aquilo que deseja e se torne 
imensamente rica ou poderosa 
e pareça ser feliz. Assim 
também quando a ciência 
econômica não se subordina 
à ética não contribui para 
o verdadeiro bem-estar e 
desenvolvimento da sociedade.
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SUMÁRIO
tas soluções podem ser pensadas como possíveis e viáveis, tais como diminuir os 
impostos das empresas que criem empregos, ou isentar fiscalmente áreas do país 
em que o problema seja especialmente grave, ou ainda estimular investimentos de 
empresas estrangeiras para que instalem no país suas fábricas. A ética não entra dire-
tamente no mérito de como resolver o problema econômico, nem tem como função 
apresentar soluções que são competência exclusiva das empresas, ou do governo, ou 
dos empresários e economistas, porém os economistas devem ter presente que o 
critério ético deve orientar o critério econômico.
Voltando ao desemprego, por exemplo, não se justifica eticamente forçar determi-
nadas famílias a migrarem para determinada área onde estão necessitando de em-
pregados. As pessoas podem ser incentiva-
das economicamente, mas não podem ser 
deslocadas contra a sua vontade. A liberdade 
é um bem que deve ser respeitado.
Do mesmo modo, as empresas não podem 
obrigar ninguém a trabalhar por salários me-
nores que os combinados em contrato, ou 
em condições que atentem contra as nor-
mas de segurança no trabalho ou contra a 
dignidade humana. Se o fizerem, estarão fe-
rindo a ética.
A ética, portanto, orienta as decisões quanto 
à moralidade, porém não resolve o proble-
ma econômico em si. A ética como ciência 
não compete elaborar teorias sobre a infla-
ção, porém pode denunciar como antiéticas 
práticas de corrupção ou oportunismo favo-
recidas pela inflação.
Igualmente não compete à ética decidir 
como aumentar a arrecadação de impostos 
ou como diminuir os gastos do governo, po-
rém tem um papel a desempenhar em rela-
ção a como os recursos são arrecadados ou 
distribuídos. Se um fiscal exigir dinheiro do 
Resumindo, economia e ética 
são ciências autônomas, 
porém não independentes. 
A economia está subordinada 
à ética, embora elabore suas 
teorias e propostas com 
liberdade. Como o fim ético 
é mais importante que o fim 
econômico, pois este último 
diz respeito só a um aspecto 
da vida humana, enquanto 
o primeiro refere-se ao fim 
último e mais importante 
do homem, as políticas e o 
comportamento econômico 
dos agentes não devem ir 
contra a ética, porque nesse 
momento iriam contra o 
próprio homem e contra a 
sociedade.
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contribuinte para que este sonegue imposto sem ser denunciado, a ética estará sen-
do ferida. Se um político desviar verbas públicas e depositá-las em sua conta corren-
te estará infringindo a ética.
A economia e os economistas, se verdadeiramente desejarem contribuir para o de-
senvolvimento das pessoas e para o bem comum da sociedade, não poderão ignorar 
a ética, mas deverão servir-se das normas morais e éticas como norte e guia. A ética 
não é uma limitação para a economia, do mesmo modo que uma estrada não é uma 
imposição para os carros. Antes pelo contrário, sua função é facilitar que as pessoas 
cheguem a seu destino, mesmo que aparentemente seja uma limitação trafegar 
dentro da estrada e obedecer às leis do trânsito.
3.3 ÉTICA DA CONVICÇÃO E ÉTICA DA RESPONSABILIDADE
Max Weber ensina que há pelo menos duas teorias éticas que configuram dois mo-
dos diferentes de tomar decisões, cada qual derivando de uma matriz ética distinta:A ÉTICA DA CONVICÇÃO 
(TRATADO DOS DEVERES);
A ÉTICA DA RESPONSABILIDADE 
(ESTUDO DOS FINS HUMANOS).
Não quer dizer que a ética da convicção seja idêntica à ausência de responsabilida-
de e a ética da responsabilidade seja com ausência de convicção. Não se trata disso. 
Todavia as atitudes são diferentes para quem age segunda as máximas da ética da 
convicção - em linguagem religiosa diremos: ‘O cristão faz o seu dever e no que diz 
respeito ao resultado da ação remete-se a Deus’ – e a atitude de quem age segundo 
a ética da responsabilidade, que diz: ‘Devemos responder pelas consequências pre-
visíveis de nossos atos’.
De forma simplificada, a máxima da ética da convicção diz: ‘cumpra as suas obriga-
ções’ ou ‘siga as prescrições’. Implicitamente celebra impecáveis dicotomias quando 
advoga: ‘tudo ou nada; sim ou não, branco ou preto’. Argumenta que não há meia 
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gravidez e nem virgindade relativa; descarta meios-tons e não tolera incertezas. É 
uma teoria que se pauta por valores e normas previamente estabelecidas, cujo efeito 
primeiro consiste em moldar as ações que deverão ser praticadas. Em um mundo 
assim regrado, deixam de existir dilemas ou questionamentos, não restam dúvidas 
a dilacerar consciências e sobram preceitos a serem implementados; tal qual a mãe 
católica praticante que nega qualquer cogitação de aborto. 
Essa matriz, todavia, desdobra-se em duas vertentes: 
1. A de PRINCÍPIO, que se atém rigorosamente às normas morais estabelecidas, 
em um deliberado desinteresse pelas circunstâncias, e cuja máxima sentencia: 
‘respeite as regras, haja o que houver’; 
2. A da ESPERANÇA que ancora em ideais, moldada por uma fé capaz de mover 
montanhas, pois convicta que todas as coisas podem melhorar cuja máxima 
preconiza: ‘o sonho antes de tudo’.
A ética da responsabilidade, por sua vez, apregoa que somos responsáveis por aquilo 
que fazemos. Em vez de aplicar ordenamentos previamente estabelecidos, os agen-
tes realizam uma análise situacional: avaliam os efeitos previsíveis que uma ação 
produz; planejam obter resultados positivos para a coletividade; e ampliam o leque 
das escolhas ao preconizar que ‘dos males o menor’ ou ao visar ‘fazer mais bem ao 
número maior de pessoas’. A tomada de decisão deixa de ser dedutiva, como ocorre 
na teoria da convicção, para ser indutiva. Ou seja, a ética da responsabilidade: obri-
ga-se ao conhecimento das circunstâncias vigentes; configura uma análise de riscos; 
supõe uma análise de custos e benefícios; e funda-se sempre na presunção de que 
serão alcançados consequências ou fins muitos valiosos.
A ética da responsabilidade não converte princípios ou ideais em práticas do coti-
diano, como faz a ética da convicção, nem aplica normas ou crenças previamente 
estipuladas, independente de impactos que possam ocasionar. Ou seja, ganha legi-
timidade a ação que produz um bem maior ou evita um mal maior. 
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Assim como ocorre com a ética da convicção, a ética da responsabilidade expressa 
duas vertentes: 
1. A UTILITARISTA exige que as ações produzam o máximo de bem para o maior 
número, isto é, que possam combinar a mais intensa felicidade possível com a 
maior abrangência populacional: “faça o maior bem para mais gente”.
2. A da FINALIDADE determina que a bondade dos fins justifique as ações empreen-
didas, desde que coincida com o interesse coletivo, e supõe que todas as medidas 
necessárias sejam tomadas: “alcance objetivos altruístas, custe o que custar”.
O contraponto entre a ética da convicção e a ética da responsabilidade fica claro: as 
ações cometidas pelos praticantes da ÉTICA DA CONVICÇÃO decorrem imediatamen-
te da aplicação de prescrições anteriormente definidas (princípios ou ideais) e as ações 
cometidas pelos praticantes da ÉTICA DA RESPONSABILIDADE decorrem da expecta-
tiva de alcançar fins almejados (finalidade) ou consequências presumidas (utilitarismo). 
3.4 ÉTICA PROFISSIONAL E ÉTICA ORGANIZACIONAL
Regras éticas são quebradas a todo o momento, existem éticas para a sociedade e 
ética dentro de grupos determinados. Já a ética profissional é a parte da ética que 
ensina o homem a agir em sua profissão, tendo em vista os princípios da moral. Ela 
é a aplicação geral no campo das atividades profissionais. Assim, a ética profissio-
nal do estudante de Administração, de Engenharia, da Pedagogia etc., consiste em 
conhecer a ética, nela acreditar e viver eticamente, na vida privada como na vida 
pública. Então, ética profissional trata dos deveres e dos direitos, dos agentes ad-
ministrativos e contabilistas, entre outros. Assume o compromisso do crescimento 
ético - retidão de consciência.
Do ponto de vista organizacional a ética deve ser vista como 
um conceito utilitário com o sentido de uma ferramenta útil 
ao dirigente de qualquer organização. Enquanto a ÉTICA 
PROFISSIONAL está voltada para as profissões e aos profissionais 
do setor correspondente, a ÉTICA ORGANIZACIONAL atinge 
as empresas e organizações em geral.
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SUMÁRIO
Portanto, vamos definir ética organizacional 
como um comportamento regido por pa-
drões claros, explícitos, que correspondem 
à postura real dos dirigentes dessa organi-
zação. Ou seja, a ética é parte daquilo que 
se define como cultura ou filosofia organiza-
cional: são padrões de comportamento que 
correspondem a valores reais, aceitos e assu-
midos pelos componentes da organização, a 
partir de sua cúpula. Isso significa que a ética 
organizacional não corresponde necessaria-
mente a padrões morais ou religiosos, embo-
ra seja de esperar e desejar que isso ocorra.
Temos exemplos de ética organizacional 
em setores cujos negócios são ilegais ou até 
amorais. Um exemplo típico são os bicheiros: eles têm a sua ética, um padrão de 
comportamento claro, que permite que as pessoas apostem usando um pedacinho 
de papel como comprovante e tenham a certeza de receber seus prêmios.
A importância dessa clareza organizacional fica óbvia quando se sabe que a popu-
lação - e são as pesquisas que indicam - confia mais nos bicheiros do que nos co-
merciantes, industriais ou banqueiros. Por quê? A resposta é óbvia: há mais clareza 
nas posições dos bicheiros do que nas dos outros grupos mencionados. Portanto, é 
preciso não apenas adotar princípios éticos nas organizações, como deixá-los claros 
aos diversos públicos com que elas se relacionam.
 
Valores são critérios gerais, 
padrões ou princípios 
que as pessoas utilizam 
para determinar quais 
comportamentos, eventos e 
situações são desejáveis ou 
indesejáveis.
CURIOSIDADE
PRINCÍPIOS DA ÉTICA PROFISSIONAL
• Honestidade enquanto ser humano e profissional;
• Perseverança na busca de seus objetivos e metas;
• Conhecimento Geral e Profissional para 
oferecer segurança na execução das atividades 
profissionais;
• Responsabilidade na execução de qualquer tarefa;
• Iniciativa para buscar solucionar as questões 
apresentadas;
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3.5 DESAFIOS ÉTICOS NO MILÊNIO
3.5.1 ÉTICA NAS EMPRESAS
Uma empresa para trazer a ética para o dia a dia precisa manter as questões dos 
dilemas entre seus funcionários, fomentado a reflexão e o comportamento crítico. E 
a melhor forma de fazer isso é trazer o temapara o cotidiano, lembrando que a ética 
não é algo que nos dê conforto, mas algo que nos coloca dilemas.
O Exemplo a seguir foi retirado do livro “Qual é a tua obra” 
de Mario Sergio Cortella (p.107, 2008):
Você, executivo de uma empresa, precisa, por exemplo, desembaraçar uma carga 
que está no Porto de Santos. A nova peça para uma parte essencial da usina. Não 
dá para desembaraçar pelo trâmite normal antes de seis meses. Mas existe “taxa de 
facilitação”. Pagar ou não pagar? Aí você pensa: “Se eu não pagar, a gente fica sem 
a peça e vai paralisar parte da usina. Com isso, não só diminuirão a lucratividade e a 
produção, como possivelmente o número de empregos naquela área será reduzido. 
Então, embora seja imoral pagar propina, há uma justificativa para isso, existe um 
mal menor”. Pagar ou não pagar? Pode-se pagar e começar a criar um mau hábito 
nessa área ou ter que dar um basta e assumir o risco. Há empresas que se recusam 
terminantemente a pagar propina. “Nós perdemos negócios, mas não pagamos”. Os 
acionistas concordam? Sim. Está nos princípios. Se eles concordam, não se paga, 
perde-se o negócio, diminui-se a lucratividade, perde-se até a rentabilidade, mas não 
se abre não dos princípios. Qual a lógica que alguns usam? A necessidade de criar 
futuro. Qual a suposição que eles têm? Que esse sistema de apodrecimento das rela-
ções de negócio cada dia aumenta mais e, num determinado momento, vai desabar.
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SUMÁRIO
“Portanto, o que é ética? São os princípios que você e eu usamos para respon-
der ao “Quero? Devo? Posso? ”. É preciso remarcar: isso não significa que você 
e eu não vivamos dilemas. Eles existem e, serão mais tranquilamente ultrapas-
sados quando mais sólidos forem os princípios que tivermos e a preservação 
da integridade que desejamos. ” (CORTELLA, p.108, 2008)
Inserido no gênero da “ética organizacional”, vamos abordar um tema atualíssimo 
e muito importante para o desenvolvimento e a credibilidade de uma empresa no 
mercado. Atualmente, para que uma empresa possa adquirir e garantir credibilidade 
junto ao mercado, não basta somente oferecer produtos ou serviços de qualidade, 
preços competitivos e obter exposição na mídia. 
Embora estes fatores sejam fundamentais e os consumidores estejam cada vez mais 
exigentes, a conquista da credibilidade junto ao público exige mais, pois engloba ou-
tros fatores tão cruciais quanto os primeiros. A ética é, com certeza, um destes prin-
cipais itens. O ambiente empresarial se encontra em constante mudança e aqueles 
empresários mais preparados devem enxergar a necessidade de acompanhar os no-
vos tempos. Passamos por algumas fases, onde a modernidade nos trouxe a neces-
sidade da obtenção da qualidade, através da ISO-9000. Depois, passamos à preocu-
pação com o meio ambiente, que introduziu a ISO-14000 e chegamos à época da 
ISO-Ética. É a intenção de se adotar certificados de qualidade ética para as empresas.
Analisemos nosso próprio comportamento como consumidores, ao escolher entre 
adquirir produtos ou serviços de uma empresa que é reconhecida no mercado como 
detentora de padrões éticos e responsáveis e de outra que fere os princípios da éti-
ca e da responsabilidade social para colocar seus produtos ou serviços no mercado. 
Com quem você negociaria?
Enfim, estamos na "Era da Ética" e tal consciência tem feito aumentar o núme-
ro de causas submetidas à Justiça, o que nos mostra uma cobrança crescente 
para que se obedeça a parâmetros que suplantem as necessidades imediatas e 
primárias, instintivas. 
Por isso a importância da certificação ISO-Ética. Ou seja, a busca de um padrão res-
peitável, global, vanguardista e lucrativo de atuação nas relações comerciais e, como 
consequência, eleva-se o nível dos relacionamentos, estreitam-se laços de parceria, 
minimiza-se a desconfiança do consumidor em relação ao produto oferecido e sim-
plificam-se os contratos comerciais.
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Hoje, para que uma empresa consiga credibilidade junto ao mercado, não basta só 
auferir qualidade a seus produtos ou serviços. Embora esse fator seja primordial e 
o público consumidor esteja cada vez mais exigente nesse sentido, a conquista da 
credibilidade é mais ampla. Ela engloba outros itens – e a ética é, notadamente, um 
desses principais itens.
Não existe, na grande maioria das empresas, a preocupação com a ética sistematiza-
da para a organização. Existe a necessidade da preparação de um Código de Ética, 
que seja seguido por todos os colaboradores da empresa e seus fornecedores. 
3.5.2 CONSULTORIA ÉTICA NAS ORGANIZAÇÕES
O movimento de ética empresarial surgiu nos EUA a fim de reduzir os conflitos exis-
tentes entre os valores morais da sociedade e a prática adotada por organizações 
empresariais na busca de atingir suas metas e objetivos financeiro-econômicos. O 
que deveria promover uma reflexão sobre a relação entre a sustentabilidade destas 
organizações e o bem-estar da sociedade, entretanto, terminou por dar à ética o 
caráter de ferramenta gerencial de controle disciplinar. Como resultado, criou-se um 
mercado milionário de escritórios de consultoria e firmas que prestam serviços em 
ética empresarial. 
Estas empresas oferecem pacotes de serviços que incluem meios de comunicação 
alternativos e confidenciais para que funcionários possam denunciar comportamen-
tos considerados “antiéticos”, sessões de treinamento, seminários, cartazes e publi-
cações suplementares, revisões periódicas dos códigos de conduta das empresas, 
exercícios de aplicação hipotética do código com gerentes etc. Outro fenômeno re-
sultante da preocupação com os prejuízos financeiros da conduta antiética em solo 
norte-americano é a proliferação de cargos e funções hierárquicas de supervisão e 
controle e a criação de departamentos de ética, com equipes permanentes, objetivos 
definidos, sistemas de avaliação etc., estruturas que chegam a consumir orçamentos 
anuais de um milhão de dólares. 
Enquanto o exercício da ética nas organizações é restrito à descoberta de fraudes, 
abusos e outros crimes corporativos raramente parecem ser relacionados a efeitos 
nocivos à sociedade de forma mais global, como problemas causados ao meio am-
biente e desemprego. Hoje, as organizações como um todo – incluindo as gover-
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SUMÁRIO
namentais e as ONGs – são eticamente corretos, se possuírem, antes de tudo, exce-
lência na proteção ambiental, melhoria na educação, assistência médica, políticas 
internas a respeito de salários justos, condições adequadas de trabalho, respeito às 
diferenças sociais, intelectuais, de sexo, crença ou raça. Isso não é válido apenas para 
as instituições que têm como missão o serviço à sociedade.
3.5.3 GUARDIÃO DE ÉTICA DAS EMPRESAS
Deontologista é o nome de um cargo que está crescendo nos organogramas das 
principais empresas francesas. O termo deriva de deontologia, que segundo o "Au-
rélio" é "o estudo dos princípios, fundamentos e sistemas de moral". Logo, por defini-
ção, trata-se do executivo que tem a missão de ser o guardião da ética da empresa, 
formalizando regras de boa conduta e instituindo regulamentos para os funcioná-
rios. A novidade foi lançada na França e parte da Europa e deve invadir o mundo.
A questão ética é um bom começo, pois deve ser vista como um conceito utilitá-
rio com o sentido de uma ferramenta útil ao dirigente de qualquer organização. 
Uma atuação profissional ética implicasabermos quais são nossos princípios éticos 
e aqueles das organizações para as quais trabalhamos. 
É preciso ter respostas claras a perguntas como:
• Os empregados sabem como a organização se comporta em casos de corrup-
ção? Oferece suborno? Paga ou não paga a comissão ou o jabaculê solicitado 
por políticos, fiscais, compradores etc.? Pune ou não pune quem for apanhado 
aceitando suborno? Ou pagando?
• Na postura ambiental, cumpre a legislação, procura ser melhor que a lei ou está 
preocupada em fazer do jeito mais barato?
• E em relação ao consumidor? O código é respeitado? A propaganda, a promo-
ção e a embalagem são leais em relação ao que o consumidor vai receber ou 
buscam enganá-lo? E a qualidade, corresponde ao preço ou ao serviço?
• Em relação à concorrência - ela é limpa ou procura prejudicar os outros sempre 
que possível?
• Se a empresa é monopolista ou oligopolista, até que ponto abusa disso?
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• A relação com os empregados é aberta ou dissimulada? O que se diz nos comu-
nicados e informes internos é verdade ou tentativa de vender gato por lebre?
• Os impostos são pagos ou sonegados?
Os líderes empresariais descobriram que a ética passou a ser um fator de competi-
tividade. Por isso é crescente a preocupação, entre os empresários brasileiros, com a 
adoção de padrões éticos para suas organizações. Sem dúvida, os integrantes dessas 
organizações serão analisados através do comportamento e das ações por eles prati-
cadas, tendo como base um conjunto de princípios e valores. Da mesma forma que 
o indivíduo é analisado pelos seus atos, as empresas (que são formadas por indivídu-
os) passaram a ter sua conduta mais controlada e analisada, sobretudo após a edição 
de leis que visam a defesa de interesses coletivos. 
A credibilidade de uma instituição é o reflexo da prática efetiva de valores como 
a integridade, honestidade, transparência, qualidade do produto, eficiência do 
serviço, respeito ao consumidor, entre outros. 
Nessa dimensão ética distinguem-se dois grandes planos de ação que são propostos 
como desafio às organizações: de um lado, em termos de projeção de seus valores 
para o exterior, fala-se em empresa cidadã, no sentido de respeito ao meio ambiente, 
incentivo ao trabalho voluntário, realização de algum benefício para a comunidade, 
responsabilidade social etc.
De outro lado, sob a perspectiva de seu público mais próximo, como executivos, em-
pregados, colaboradores, fornecedores, acionistas, envidam-se esforços para a cria-
ção de um sistema que assegure um modo ético de operar, sempre respeitando os 
princípios gerais da organização e princípios do direito. Abre-se então uma nova área 
de atuação, que se desenvolverá mediante a assessoria na elaboração e implantação 
de códigos de ética ou de conduta, criação de comitês de ética, orientação para os 
que se ocupam com treinamento dos empregados, contribuindo na revisão de cri-
térios e tomadas de decisões, visando auxiliar na solução dos dilemas, respeitando a 
legislação aplicável e executando um trabalho de consultoria preventiva.
São muito pesados os ônus impostos às empresas que, despreocupadas com a ética, 
enfrentam situações que muitas vezes, em apenas um dia, destroem uma imagem 
que consumiu anos para ser conquistada. Multas elevadas, quebra da rotina normal, 
empregados desmotivados, fraude interna, perda da confiança na reputação da em-
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presa, são exemplos desses ônus. Daí o motivo de muitas empresas terem adotado 
elevados padrões pessoais de conduta para seleção de seus empregados, cientes de 
que, atualmente, a integridade nos negócios exige profissionais altamente capazes 
de compaginar princípios pessoais e valores empresariais.
 É perfeitamente plausível e absolutamente necessário aliar lucros, resultados, pro-
dutividade, qualidade e eficiência de produtos e serviços, além de outros valores tí-
picos de empresa, com valores pessoais, tais como: honestidade, justiça, cooperação, 
tenacidade, compreensão, exigência, prudência, entre outros. Por essa razão muitas 
empresas de respeito empreenderam um esforço organizado, a fim de encorajar a 
conduta ética entre seus empregados. 
Para tanto, implantam códigos de ética, reciclam o aprendizado de seus executivos 
e empregados, idealizam programas (hoje em dia programas virtuais) de treina-
mento, criam comitês de ética, capacitam lideres que percorrem os estabeleci-
mentos da organização incentivando a desenvolvimento de um clima ético. Nessa 
perspectiva serve-se de consultores externos que assessoram na elaboração de có-
digos de conduta, no desenvolvimento do clima ético, sensibilizando seus inte-
grantes, mediante cursos e palestras, participando ativamente de treinamentos, 
procurando adequar tudo à legislação aplicável ao assunto. Dentre tantas áreas de 
especialização que surgiram neste início de milênio, está o vastíssimo campo da 
ética empresarial. Fica lançado o desafio para aqueles que desejam trabalhar na 
área de consultoria ética empresarial.
3.6 VALORES NAS EMPRESAS
Os valores são os pilares internos das organizações, são ações que se apresentam em 
condutas que definem "o caráter da Empresa".
Por exemplo, comprometimento no atendimento ao cliente, respeitando-o, resol-
vendo e solucionando seu problema ou, ouvindo sua sugestão pode ser definido 
pelo grupo de executivos como um valor corporativo na empresa, e que deve ser 
multiplicado no dia-a-dia pelos funcionários no seu relacionamento com o cliente 
quer seja interno ou externo, quando ele fornece uma resposta, quando é contatado 
ou presta alguma orientação. 
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Este valor pode ser transportado para outras condutas internas, que deverão re-
fletir no comportamento do funcionário. Comprometimento nas tarefas que de-
senvolve, nas responsabilidades que assume no atendimento de um problema 
interno, com a imagem da Empresa, salva guardando-a de qualquer conduta que 
venha a denegri-la.
VALORES DO GRUPO MULTIVIX
Diante da missão da Faculdade e, para que se alcancem os objetivos propostos, a con-
duta dos profissionais que dela fazem parte, deverá estar centrada nos seguintes valo-
res:
• Respeito;
• Competência;
• Argumentação Sólida;
• Trabalho em Equipe.
EXEMPLO
3.6.1 OUTROS EXEMPLOS DE VALORES
• Integridade: pessoas comprometidas a agir com integridade em suas atividades.
• Justiça: justiça com o significado de "equidade", ou seja, tratar todo mundo de 
uma maneira justa e igual. 
• Responsabilidade Social: a coisa mais socialmente responsável que uma empre-
sa pode fazer é realizar um trabalho excepcional no atendimento às necessida-
des da sociedade. Apoiar projetos sociais das comunidades. 
• Ambiente de trabalho: ter um ambiente de trabalho em que possamos usar no-
vos dons e habilidades. Criar um ambiente saudável requer uma visão positiva da 
humanidade, que começa com as pessoas que trabalham na empresa. 
• Valorizar a pontualidade: a qualidade de cada serviço e presteza no atendimento.
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• Comportamento ético e desenvolvido de acordo com a legislação vigente.
• Lealdade para com a Empresa. 
• Tratamento justo, cortês e respeitoso entre os colegas de trabalho.
• Justiça e consideração apropriadas

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