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Aula 05 (Parte II) Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Professor: Carlos Antônio Bandeira Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira 1 AULA 05 (PARTE II) MAPA DA AULA 1. INTRODUÇÃO ................................................................................... 2 2. DISPOSIÇÕES GERAIS DA LEI N. 8.429 ............................................ 2 2.1. Alcance ..................................................................................... 3 2.3. Obrigações dos Agentes Públicos .................................................. 5 2.4. Ressarcimento Integral ............................................................... 6 2.5. Perda dos Bens ou Valores Ilícitos ................................................ 6 2.6. Indisponibilidade de Bens do Indiciado .......................................... 6 2.7. Responsabilidade na Sucessão (por morte) .................................... 7 3. AOS EXERCÍCIOS! ............................................................................. 8 EXERCÍCIOS COMENTADOS .................................................................. 9 ✓ Disposições Gerais ....................................................................... 9 EXERCÍCIOS REPETIDOS .................................................................... 53 ✓ Disposições Gerais ..................................................................... 53 GABARITO .......................................................................................... 65 RESUMO ............................................................................................. 65 Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira 2 1. INTRODUÇÃO Olá! Tudo bem? Espero que sim! Hoje teremos nossa AULA 05 (PARTE II), em que daremos atenção aos seguintes temas da Lei n. 8.249, de 2 de junho de 19921: ⇒ Disposições Gerais da Lei n. 8.429! “É melhor você tentar algo, vê-lo não funcionar e aprender com isso, do que não fazer nada.” (Mark Zuckerberg). Vamos lá?! 2. DISPOSIÇÕES GERAIS DA LEI N. 8.429 Para começar esta matéria, precisamos conferir as DISPOSIÇÕES GERAIS da Lei n. 8.429, de 1992! Nesta aula, iremos abordar os seguintes aspectos da lei: ⇒ Alcance; ⇒ Agente Público; ⇒ Obrigações dos Agentes Públicos; ⇒ Ressarcimento Integral; ⇒ Perda dos Bens ou Valores Ilícitos; ⇒ Indisponibilidade de Bens do Indiciado; ⇒ Responsabilidade na Sucessão (por morte)! 1 “Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências.” Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira 3 “É melhor você tentar algo, vê-lo não funcionar e aprender com isso, do que não fazer nada.” (Mark Zuckerberg). 2.1. ALCANCE A Lei de Improbidade Administrativa tem ALCANCE previsto para os atos de improbidade praticados: a. por QUALQUER AGENTE PÚBLICO, SERVIDOR ou NÃO SERVIDOR; b. CONTRA: i. a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos poderes da união, dos estados, do distrito federal, dos municípios ou de território; ii. alguma empresa incorporada ao patrimônio público; iii. alguma entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com MAIS DE CINQUENTA POR CENTO do patrimônio ou da receita anual; iv. algum patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público; ATENÇÃO: nesse caso, a SANÇÃO PATRIMONIAL limita-se à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos ($$$)! v. ENTIDADE cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com MENOS DE CINQÜENTA POR CENTO DO PATRIMÔNIO ou da RECEITA ANUAL! ATENÇÃO: nesse caso, também a SANÇÃO PATRIMONIAL limita-se à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos ($$$)! Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira 4 Lei n. 8.429, de 1992: “Art. 1o Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei. Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.” 2.2. AGENTE PÚBLICO Ø AGENTE PÚBLICO: de acordo com seu art. 2o, para os efeitos da Lei de Improbidade Administrativa, AGENTE PÚBLICO é ⇒ “todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.” CUIDADO: a lei também ALCANÇA A PESSOA QUE NÃO FOR AGENTE PÚBLICO que: • induzir ou concorrer para a prática do ato de improbidade; ou • se beneficie do ato de improbidade sob qualquer forma Rodrigo Realce Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira 5 direta ou indireta! Lei n. 8.429, de 1992: “Art. 2o Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior. Art. 3o As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou delese beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.” 2.3. OBRIGAÇÕES DOS AGENTES PÚBLICOS Ø OBRIGAÇÕES DOS AGENTES PÚBLICOS: de acordo com o art. 4o, OS AGENTES PÚBLICOS DE QUALQUER NÍVEL OU HIERARQUIA SÃO OBRIGADOS, no trato dos assuntos que lhe são afetos, a velar pela estrita observância dos princípios: ⇒ da legalidade; ⇒ da impessoalidade; ⇒ da moralidade; e ⇒ da publicidade. Lei n. 8.429, de 1992: “Art. 4o Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos.” Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira 6 2.4. RESSARCIMENTO INTEGRAL Ø RESSARCIMENTO INTEGRAL: em caso de lesão ao patrimônio público: ⇒ por AÇÃO OU OMISSÃO, DOLOSA OU CULPOSA, do AGENTE ou de TERCEIRO, dar-se-á o integral ressarcimento do dano! Lei n. 8.429, de 1992: “Art. 5o Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar- se-á o integral ressarcimento do dano.” 2.5. PERDA DOS BENS OU VALORES ILÍCITOS Ø PERDA DOS BENS OU VALORES ILÍCITOS: a lei também estabelece que haverá perda dos BENS ou VALORES: ⇒ acrescentados ao patrimônio do AGENTE PÚBLICO ou TERCEIRO BENEFICIÁRIO DE ENRIQUECIMENTO ILÍCITO! Lei n. 8.429, de 1992: “Art. 6o No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio.” 2.6. INDISPONIBILIDADE DE BENS DO INDICIADO Ø REPRESENTAÇÃO AO MINISTÉRIO PULICO: a AUTORIDADE ADMINISTRATIVA RESPONSÁVEL PELO INQUÉRITO deverá REPRESENTAR AO MINISTÉRIO PÚBLICO, quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito para: ⇒ a INDISPONIBILIDADE DOS BENS DO INDICIADO, que deverá recair sobre bens que assegurem o integral ressarcimento ($$$) Rodrigo Realce Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira 7 do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito. ATENÇÃO: quanto à INDISPONIBILIDADE DE BENS DO INDICIADO, A ADMINISTRAÇÃO NÃO PODERÁ TOMAR ESSA PROVIDÊNCIA DIRETAMENTE! A autoridade competente deverá representar ao MINISTÉRIO PÚBLICO para que o faça! Lei n. 8.429, de 1992: “Art. 6o No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio. Art. 7o Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado. Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá sobre bens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito.” 2.7. RESPONSABILIDADE NA SUCESSÃO (POR MORTE) Ø RESPONSABILIDADE POR SUCESSÃO: o SUCESSOR daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se ENRIQUECER ILICITAMENTE está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança ($$$). Lei n. 8.429, de 1992: “Art. 8o O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.” Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira 8 3. AOS EXERCÍCIOS! Muito bem! Agora chegou a hora de ver na prática, como os temas da aula de hoje têm sido aplicados em provas de concurso! “A vontade de vencer é importante, mas a vontade de se preparar é vital.” (Joe Paterno, técnico de futebol americano) Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira 9 EXERCÍCIOS COMENTADOS ✓ DISPOSIÇÕES GERAIS 1. CESPE - TJ-DFT - Cargos 13 e 14 (2015) Acerca dos atos de improbidade administrativa e das sanções previstas em lei, julgue o item a seguir. Tal qual o servidor público, uma pessoa sem qualquer vínculo contratual com o poder público está sujeita às disposições da Lei de Improbidade Administrativa. Isso se verifica, por exemplo, em caso de concorrência para a prática de ato ímprobo ou de autobenefício sob qualquer forma. Comentários: A proposição é VERDADEIRA, com base na Lei de Improbidade Administrativa e na jurisprudência do Superior de Justiça! CUIDADO: lembre-se, no entanto, que o ajuizamento da ação civil de improbidade apenas contra o particular, sem a concomitante presença de agente público no polo passivo da demanda é inviável, segundo a jurisprudência! Lei n. 8.429, de 1992: “Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei. Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira 10 patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior. Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo nãosendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.” STJ: “PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. LITISCONSÓRCIO PASSIVO. AUSÊNCIA DE INCLUSÃO DE AGENTE PÚBLICO NO PÓLO PASSIVO. IMPOSSIBILIDADE DE APENAS O PARTICULAR RESPONDER PELO ATO ÍMPROBO. PRECEDENTES. 1. Os particulares que induzam, concorram, ou se beneficiem de improbidade administrativa estão sujeitos aos ditames da Lei no 8.429/1992, não sendo, portanto, o conceito de sujeito ativo do ato de improbidade restrito aos agentes públicos (inteligência do art. 3o da LIA). 2. Inviável, contudo, o manejo da ação civil de improbidade exclusivamente e apenas contra o particular, sem a concomitante presença de agente público no polo passivo da demanda. 3. Recursos especiais improvidos.” (REsp 1.171.017-PA, Primeira Turma, Relator Ministro Sérgio Kukina, julgado em 25/2/2014, DJe de 6/3/2014). Resposta: Verdadeira. 2. CESPE - TCE-RN - Cargos 2 e 3 (2015) Rodrigo Realce Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira 11 Com base na Lei n. 8.429/1992, que trata de improbidade administrativa, julgue o próximo item. As sanções decorrentes de prática de atos de improbidade administrativa podem ser aplicadas aos agentes públicos e aos particulares. Comentários: A proposição é VERDADEIRA, de acordo com a Lei de Improbidade Administrativa! Lei n. 8.429, de 1992: “Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei. Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior. Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.” Rodrigo Realce Rodrigo Realce Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira 12 STJ: “PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. LITISCONSÓRCIO PASSIVO. AUSÊNCIA DE INCLUSÃO DE AGENTE PÚBLICO NO PÓLO PASSIVO. IMPOSSIBILIDADE DE APENAS O PARTICULAR RESPONDER PELO ATO ÍMPROBO. PRECEDENTES. 1. Os particulares que induzam, concorram, ou se beneficiem de improbidade administrativa estão sujeitos aos ditames da Lei no 8.429/1992, não sendo, portanto, o conceito de sujeito ativo do ato de improbidade restrito aos agentes públicos (inteligência do art. 3o da LIA). 2. Inviável, contudo, o manejo da ação civil de improbidade exclusivamente e apenas contra o particular, sem a concomitante presença de agente público no polo passivo da demanda. 3. Recursos especiais improvidos.” (REsp 1.171.017-PA, Primeira Turma, Relator Ministro Sérgio Kukina, julgado em 25/2/2014, DJe de 6/3/2014). Resposta: Verdadeira. 3. CESPE - TJ-DFT - Técnico Judiciário (2015) Julgue o item seguinte, com base no disposto na Lei de Improbidade Administrativa. O estagiário de órgão público não pode ser sujeito ativo de ato de improbidade administrativa, em virtude do vínculo precário e transitório que mantém com a administração pública. Comentários: A proposição é FALSA, com base na Lei de Improbidade Administrativa! No caso, ESTAGIÁRIO de órgão público enquadra-se no conceito de AGENTE PÚBLICO (art. 2o, “caput”)! Lei n. 8.429, de 1992: “Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente Rodrigo Realce Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira 13 público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei. Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.” Resposta: Falsa. 4. CESPE - TCE-RN - Assessor Técnico Jurídico (2015) No que se refere à responsabilidade e ao controle da administração pública, julgue o item subsequente. A prática de ato de improbidade por particular prescinde da participação de agente público para sua configuração. Comentários: Errada. A proposição é FALSA, de acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça! Observe que o verbo "PRESCINDIR" significa "DISPENSAR", "NÃO PRECISAR DE"! No caso de improbidade administrativa, ela se caracteriza com a atuação, pelo menos, de um AGENTE PÚBLICO (a atuação exclusiva de particular não configura os ilícitos descritos na Lei de Improbidade Administrativa)! Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira14 STJ: “PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. LITISCONSÓRCIO PASSIVO. AUSÊNCIA DE INCLUSÃO DE AGENTE PÚBLICO NO PÓLO PASSIVO. IMPOSSIBILIDADE DE APENAS O PARTICULAR RESPONDER PELO ATO ÍMPROBO. PRECEDENTES. 1. Os particulares que induzam, concorram, ou se beneficiem de improbidade administrativa estão sujeitos aos ditames da Lei no 8.429/1992, não sendo, portanto, o conceito de sujeito ativo do ato de improbidade restrito aos agentes públicos (inteligência do art. 3o da LIA). 2. Inviável, contudo, o manejo da ação civil de improbidade exclusivamente e apenas contra o particular, sem a concomitante presença de agente público no polo passivo da demanda. 3. Recursos especiais improvidos.” (REsp 1.171.017-PA, Primeira Turma, Relator Ministro Sérgio Kukina, julgado em 25/2/2014, DJe de 6/3/2014). Resposta: Falsa. 5. CESPE - TCE-RN - Cargos 2 e 3 (2015) Com base na Lei n. 8.429/1992, que trata de improbidade administrativa, julgue o próximo item. As cominações da lei de improbidade administrativa alcançam os sucessores daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente. Comentários: CORRETA! A proposição é VERDADEIRA, de acordo com a Lei de Improbidade Administrativa! Lei n. 8.429, de 1992: “Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até Rodrigo Realce Rodrigo Realce Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira 15 o limite do valor da herança.” Resposta: Verdadeira. 6. CESPE - TCE-RN - Auditor (2015) Na análise de contas de determinado estado da Federação no ano de 2012, o corpo técnico do tribunal de contas estadual (TCE) deparou-se com erro de cálculo de reajuste de precatório e outras possíveis irregularidades. O referido precatório foi reajustado de R$ 17 milhões, montante da dívida calculado em 1997, para R$ 165 milhões, em 2010. O refazimento do cálculo foi determinado pelo presidente do tribunal, mas o precatório não sofreu qualquer impugnação, mesmo diante do reajuste de mais de 1.000%. Por fim, foi selado termo de compromisso judicial para o pagamento parcelado de R$ 85 milhões, o que ainda representava um reajuste superior a 500% do valor original. Ocorre que, segundo os cálculos realizados pelo TCE, o reajuste aplicado ao valor original alcançaria o montante de R$ 72 milhões em lugar dos R$ 165 milhões apontados pelo setor de precatórios do respectivo tribunal de justiça. A situação foi levada para o pleno do referido TCE para análise e decisão. De acordo com a situação hipotética acima, julgue o seguinte item. Em caso de comprovação de irregularidades referentes a parcelas já pagas e enriquecimento ilícito de agentes públicos e terceiros, o presidente do TCE deverá requerer diretamente ao Poder Judiciário a indisponibilidade de bens dos envolvidos para assegurar o integral ressarcimento do dano. Comentários: Errada. A proposição é FALSA, de acordo com a Lei de Improbidade Administrativa! O requerimento pertinente à INDISPONIBILIDADE DE BENS DE INDICIADO, que responda por ato de improbidade administrativa (que cause lesão ao patrimônio público ou enseje enriquecimento ilícito) deve ser feito pelo MINISTÉRIO PÚBLICO (e não pelo tribunal de contas estadual)! Lei n. 8.429, de 1992: “Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira 16 Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado. Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá sobre bens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito.” Resposta: Falsa. 7. CESPE - Telebras - Cargo 3 (2015) Julgue o item que se segue acerca de improbidade administrativa A indisponibilidade de bens do agente indiciado por improbidade administrativa tem natureza preventiva e, por isso, não se configura como sanção. Comentários: CORRETA! A proposição é VERDADEIRA, de acordo com a Lei de Improbidade Administrativa! A INDISPONIBILIDADE DE BENS DE INDICIADO constitui MEDIDA ACAUTELATÓRIA, que visa assegurar resultado futuro de eventual condenação (portanto, não é uma sanção)! A propósito, o requerimento pertinente à INDISPONIBILIDADE DE BENS DE INDICIADO, que responda por ato de improbidade administrativa (que cause lesão ao patrimônio público ou enseje enriquecimento ilícito) deve ser feito pelo MINISTÉRIO PÚBLICO (e não pelo tribunal de contas estadual)! Lei n. 8.429, de 1992: “Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado. Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá sobre bens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira 17 resultante do enriquecimento ilícito.” Resposta: Verdadeira. 8. CESPE - TJ-DFT - Cargos 2, 3 e 5 a 12 (2015) Julgue o item a seguir à luz da Lei de Improbidade Administrativa. Considerando a interpretação conferida pelo Supremo Tribunal Federal ao conceito de agentes públicos, todos os agentes políticos estão sujeitos às disposições da Lei de Improbidade Administrativa. Comentários: . A proposição é FALSA, com base na lei que define os CRIMES DE RESPONSABILIDADE e regula o respectivo processo de julgamento, e também conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal! Com base na referida lei, são AGENTES POLÍTICOS SUJEITOS À TIPIFICAÇÃO DE CRIME DE RESPONSABILIDADE (e não à Lei de Improbidade Administrativa): • Presidente da República; • Ministros de Estado; • Ministros do Supremo Tribunal Federal; • Procurador-Geral da República; • Governadores; • Secretários Estaduais. Lei n. 1.079, de 1950: “Art. 2º Os crimes definidos nesta lei, ainda quando simplesmente tentados, são passíveis da pena de perda do cargo, com inabilitação, até cinco anos, para o exercício de qualquer função pública, imposta pelo Senado Federal nos processos contra o Presidente da República ou Ministros de Estado, contra os Ministros do Supremo Tribunal Federal ou contra o Procurador Geral da República. .......... Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce RodrigoRealce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira 18 Art. 74. Constituem crimes de responsabilidade dos governadores dos Estados ou dos seus Secretários, quando por eles praticados, os atos definidos como crimes nesta lei.” STF: “RECLAMAÇÃO. USURPAÇÃO DA COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. CRIME DE RESPONSABILIDADE. AGENTES POLÍTICOS. I. PRELIMINARES. QUESTÕES DE ORDEM. I.1. Questão de ordem quanto à manutenção da competência da Corte que justificou, no primeiro momento do julgamento, o conhecimento da reclamação, diante do fato novo da cessação do exercício da função pública pelo interessado. Ministro de Estado que posteriormente assumiu cargo de Chefe de Missão Diplomática Permanente do Brasil perante a Organização das Nações Unidas. Manutenção da prerrogativa de foro perante o STF, conforme o art. 102, I, “c”, da Constituição. Questão de ordem rejeitada. I.2. Questão de ordem quanto ao sobrestamento do julgamento até que seja possível realizá-lo em conjunto com outros processos sobre o mesmo tema, com participação de todos os Ministros que integram o Tribunal, tendo em vista a possibilidade de que o pronunciamento da Corte não reflita o entendimento de seus atuais membros, dentre os quais quatro não têm direito a voto, pois seus antecessores já se pronunciaram. Julgamento que já se estende por cinco anos. Celeridade processual. Existência de outro processo com matéria idêntica na seqüência da pauta de julgamentos do dia. Inutilidade do sobrestamento. Questão de ordem rejeitada. Rodrigo Realce Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira 19 II. MÉRITO. II.1.Improbidade administrativa. Crimes de responsabilidade. Os atos de improbidade administrativa são tipificados como crime de responsabilidade na Lei n° 1.079/1950, delito de caráter político-administrativo. II.2.Distinção entre os regimes de responsabilização político- administrativa. O sistema constitucional brasileiro distingue o regime de responsabilidade dos agentes políticos dos demais agentes públicos. A Constituição não admite a concorrência entre dois regimes de responsabilidade político- administrativa para os agentes políticos: o previsto no art. 37, § 4º (regulado pela Lei n° 8.429/1992) e o regime fixado no art. 102, I, “c”, (disciplinado pela Lei n° 1.079/1950). Se a competência para processar e julgar a ação de improbidade (CF, art. 37, § 4º) pudesse abranger também atos praticados pelos agentes políticos, submetidos a regime de responsabilidade especial, ter-se-ia uma interpretação ab-rogante do disposto no art. 102, I, “c”, da Constituição. II.3.Regime especial. Ministros de Estado. Os Ministros de Estado, por estarem regidos por normas especiais de responsabilidade (CF, art. 102, I, “c”; Lei n° 1.079/1950), não se submetem ao modelo de competência previsto no regime comum da Lei de Improbidade Administrativa (Lei n° 8.429/1992). II.4.Crimes de responsabilidade. Competência do Supremo Tribunal Federal. Compete exclusivamente ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar os delitos político-administrativos, na hipótese do art. 102, I, “c”, da Constituição. Somente o STF pode processar e julgar Ministro de Estado no caso de crime de responsabilidade e, assim, eventualmente, determinar a perda do cargo ou a suspensão de direitos políticos. II.5.Ação de improbidade administrativa. Ministro de Estado que teve decretada a suspensão de seus direitos políticos pelo prazo de 8 anos e a perda da função pública por sentença do Juízo da Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira 20 14ª Vara da Justiça Federal – Seção Judiciária do Distrito Federal. Incompetência dos juízos de primeira instância para processar e julgar ação civil de improbidade administrativa ajuizada contra agente político que possui prerrogativa de foro perante o Supremo Tribunal Federal, por crime de responsabilidade, conforme o art. 102, I, “c”, da Constituição. III. RECLAMAÇÃO JULGADA PROCEDENTE.” (Rcl 2138, Relator atual Ministro Nelson Jobim, Relator para acórdão Ministro Gilmar Mendes, julgado em 20/6/2007, DJe 18/4/2008). Resposta: Falsa. 9. CESPE - STJ - Cargos 3 e 14 (2015) Julgue o item seguinte, acerca do controle exercido e sofrido pela administração pública. Membros do Ministério Público não podem sofrer sanções por ato de improbidade administrativa em razão de seu enquadramento como agentes políticos e de sua vitaliciedade no cargo. Comentários: Errada. A proposição é FALSA, com base na lei que define os CRIMES DE RESPONSABILIDADE e regula o respectivo processo de julgamento, e também conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal! Com base na referida lei, são AGENTES POLÍTICOS SUJEITOS À TIPIFICAÇÃO DE CRIME DE RESPONSABILIDADE (e não à Lei de Improbidade Administrativa): • Presidente da República; • Ministros de Estado; • Ministros do Supremo Tribunal Federal; • Procurador-Geral da República; • Governadores; • Secretários Estaduais. Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira 21 Logo, por não serem considerados os MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO agentes políticos, para efeitos da Lei n. 1.079, de 1950, são eles sujeitos à LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA! Lei n. 1.079, de 1950: “Art. 2º Os crimes definidos nesta lei, ainda quando simplesmente tentados, são passíveis da pena de perda do cargo, com inabilitação, até cinco anos, para o exercício de qualquer função pública, imposta pelo Senado Federal nos processos contra o Presidente da República ou Ministros de Estado, contra os Ministros do Supremo Tribunal Federal ou contra o Procurador Geral da República. .......... Art. 74. Constituem crimes de responsabilidade dos governadores dos Estados ou dos seus Secretários, quando por eles praticados, os atos definidos como crimes nesta lei.” STF: “RECLAMAÇÃO. USURPAÇÃO DA COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. CRIME DE RESPONSABILIDADE. AGENTES POLÍTICOS. I. PRELIMINARES. QUESTÕES DE ORDEM. I.1. Questão de ordem quanto à manutenção da competência da Corte que justificou, no primeiro momento do julgamento, o conhecimento da reclamação, diante do fato novo da cessação do exercício da função pública pelo interessado. Ministro de Estado que posteriormente assumiu cargo de Chefe de Missão Diplomática Permanente do Brasil perante a Organização das Nações Unidas. Manutenção da prerrogativa de foro perante o STF, conformeo art. 102, I, “c”, da Constituição. Questão de ordem rejeitada. I.2. Questão de ordem quanto ao sobrestamento do julgamento até Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira 22 que seja possível realizá-lo em conjunto com outros processos sobre o mesmo tema, com participação de todos os Ministros que integram o Tribunal, tendo em vista a possibilidade de que o pronunciamento da Corte não reflita o entendimento de seus atuais membros, dentre os quais quatro não têm direito a voto, pois seus antecessores já se pronunciaram. Julgamento que já se estende por cinco anos. Celeridade processual. Existência de outro processo com matéria idêntica na seqüência da pauta de julgamentos do dia. Inutilidade do sobrestamento. Questão de ordem rejeitada. II. MÉRITO. II.1.Improbidade administrativa. Crimes de responsabilidade. Os atos de improbidade administrativa são tipificados como crime de responsabilidade na Lei n° 1.079/1950, delito de caráter político-administrativo. II.2.Distinção entre os regimes de responsabilização político- administrativa. O sistema constitucional brasileiro distingue o regime de responsabilidade dos agentes políticos dos demais agentes públicos. A Constituição não admite a concorrência entre dois regimes de responsabilidade político-administrativa para os agentes políticos: o previsto no art. 37, § 4º (regulado pela Lei n° 8.429/1992) e o regime fixado no art. 102, I, “c”, (disciplinado pela Lei n° 1.079/1950). Se a competência para processar e julgar a ação de improbidade (CF, art. 37, § 4º) pudesse abranger também atos praticados pelos agentes políticos, submetidos a regime de responsabilidade especial, ter-se-ia uma interpretação ab-rogante do disposto no art. 102, I, “c”, da Constituição. II.3.Regime especial. Ministros de Estado. Os Ministros de Estado, por estarem regidos por normas especiais de responsabilidade (CF, art. 102, I, “c”; Lei n° 1.079/1950), não se submetem ao modelo de competência previsto no regime comum da Lei de Improbidade Administrativa (Lei n° 8.429/1992). Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira 23 II.4.Crimes de responsabilidade. Competência do Supremo Tribunal Federal. Compete exclusivamente ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar os delitos político-administrativos, na hipótese do art. 102, I, “c”, da Constituição. Somente o STF pode processar e julgar Ministro de Estado no caso de crime de responsabilidade e, assim, eventualmente, determinar a perda do cargo ou a suspensão de direitos políticos. II.5.Ação de improbidade administrativa. Ministro de Estado que teve decretada a suspensão de seus direitos políticos pelo prazo de 8 anos e a perda da função pública por sentença do Juízo da 14ª Vara da Justiça Federal – Seção Judiciária do Distrito Federal. Incompetência dos juízos de primeira instância para processar e julgar ação civil de improbidade administrativa ajuizada contra agente político que possui prerrogativa de foro perante o Supremo Tribunal Federal, por crime de responsabilidade, conforme o art. 102, I, “c”, da Constituição. III. RECLAMAÇÃO JULGADA PROCEDENTE.” (Rcl 2138, Relator atual Ministro Nelson Jobim, Relator para acórdão Ministro Gilmar Mendes, julgado em 20/6/2007, DJe 18/4/2008). Resposta: Falsa. 10. CESPE - STJ - Analista Judiciário (2015) Acerca do processo administrativo e da improbidade administrativa, julgue o item que se segue. Os sucessores da pessoa que causar lesão ao patrimônio público ou enriquecer-se ilicitamente poderão sofrer as consequências das sanções patrimoniais previstas na Lei de Improbidade Administrativa até o limite do valor da herança. Comentários: CORRETA! A proposição é VERDADEIRA, de acordo com a Lei de Improbidade Administrativa! Lei n. 8.429, de 1992: Rodrigo Realce Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira 24 “Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.” Resposta: Verdadeira. 11. CESPE - FUB - Administrador (2015) No que tange à improbidade administrativa e ao processo administrativo federal, julgue o seguinte item. Em relação ao alcance subjetivo da improbidade administrativa, verifica-se que os órgãos da administração direta e indireta dos três poderes e de qualquer um dos entes federados configuram-se como sujeitos passivos imediatos do ato caracterizado pela improbidade administrativa. Comentários: CORRETA! A proposição é VERDADEIRA, de acordo com a Lei de Improbidade Administrativa! Vejamos: a. SUJEITO ATIVO: • agentes públicos; ou • particulares; b. SUJEITO PASSIVO: • Administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território; • empresa incorporada ao patrimônio público; ou • entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual; • entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público; • entidade criada ou custeada pelo erário com menos de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual. Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira 25 Lei n. 8.429, de 1992: “Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei. Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma deinvestidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior. Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.” Resposta: Verdadeira. Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira 26 12. CESPE - FUB - Administrador (2015) No que tange à improbidade administrativa e ao processo administrativo federal, julgue o seguinte item. Em inquéritos que apurem crime de improbidade administrativa, é vedado à autoridade administrativa responsável pelo inquérito decretar a indisponibilidade dos bens do indiciado, pois a presunção de inocência é um direito constitucionalmente protegido. Comentários: Errada. A proposição é FALSA, de acordo com a Lei de Improbidade Administrativa! Primeiramente, as condutas enquadradas nos arts. 9o, 10 e 11, são descritas como ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA (e não crimes de improbidade administrativa)! Ademais, o art. 19 descreve conduta de crime relacionado com representação por ato de improbidade administrativa contra quem o sabe ser inocente! Por outro lado, o PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA PRESUNÇÃO DA INOCÊNCIA não impede a concretização da INDISPONIBILIDADE DE BENS DE INDICIADO, que é MEDIDA PROCESSUAL ACAUTELATÓRIA, que visa assegurar resultado futuro de eventual condenação no âmbito de RESPONSABILIDADE CIVIL PATRIMONIAL, decorrente de conduta supostamente tida como ato de improbidade administrativa (e não crime de improbidade administrativa)! Todavia, há outro detalhe nessa questão: o requerimento pertinente à INDISPONIBILIDADE DE BENS DE INDICIADO, que responda por ato de improbidade administrativa (que cause lesão ao patrimônio público ou enseje enriquecimento ilícito) deve ser realmente feito pelo MINISTÉRIO PÚBLICO (e não diretamente pela autoridade que conduz o inquérito)! Lei n. 8.429, de 1992: “Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira 27 indiciado. Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá sobre bens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito. ............. Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente. Pena: detenção de seis a dez meses e multa. Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado.” Resposta: Verdadeira. 13. CESPE - FUB - Auditor (2015) A respeito do controle da administração pública, julgue o próximo item. O particular tem legitimidade para figurar como sujeito ativo de ato de improbidade administrativa, isolada e independentemente da participação de agentes públicos. Comentários: Errada. A proposição é FALSA, de acordo com a Lei de Improbidade Administrativa! Lei n. 8.429, de 1992: “Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.” STJ: Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira 28 “PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. LITISCONSÓRCIO PASSIVO. AUSÊNCIA DE INCLUSÃO DE AGENTE PÚBLICO NO PÓLO PASSIVO. IMPOSSIBILIDADE DE APENAS O PARTICULAR RESPONDER PELO ATO ÍMPROBO. PRECEDENTES. 1. Os particulares que induzam, concorram, ou se beneficiem de improbidade administrativa estão sujeitos aos ditames da Lei no 8.429/1992, não sendo, portanto, o conceito de sujeito ativo do ato de improbidade restrito aos agentes públicos (inteligência do art. 3o da LIA). 2. Inviável, contudo, o manejo da ação civil de improbidade exclusivamente e apenas contra o particular, sem a concomitante presença de agente público no polo passivo da demanda. 3. Recursos especiais improvidos.” (REsp 1.171.017-PA, Primeira Turma, Relator Ministro Sérgio Kukina, julgado em 25/2/2014, DJe de 6/3/2014). Resposta. Falsa. 14. CESPE - FUB - Conhecimentos básicos (2015) De acordo com as disposições da Lei n. 8.429/1992 e do Estatuto da UnB, julgue os itens 32 e 33. O servidor público que praticar ato de improbidade administrativa que implique em enriquecimento ilícito estará sujeito à perda de bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio. Em caso de óbito do agente público autor da improbidade, esse ônus não será extensível aos seus sucessores. Comentários: Errada. A proposição é FALSA, de acordo com a Lei de Improbidade Administrativa! A primeira parte correta (art. 6o), mas a segunda está equivocada, pois o SUCESSOR daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está SUJEITO ÀS COMINAÇÕES DESTA LEI ATÉ O LIMITE DO VALOR DA HERANÇA! Rodrigo Realce Rodrigo Realce Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira 29 Lei n. 8.429, de 1992: “Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio. ........... Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.” Resposta: Falsa. 15. CESPE - FUB - Assistente em Administração (2015) Julgue o item subsecutivo, com base nas disposições da Lei n. 8.429/1992. Organização privada que não possua a maior parte do seu patrimônio formada por capital público poderá ser vítima de improbidade administrativa, caracterizando-se como sujeito passivo. Comentários: CORRETA! A proposição é VERDADEIRA, de acordo com a Lei de Improbidade Administrativa! Lei n. 8.429, de 1992: “Art. 1° ........................................................................................ Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo,fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.” Resposta: Verdadeira. Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira 30 16. FCC - TCM-RJ - Auditor-Substituto de Conselheiro (2015) Suponha que o Estado participe, minoritariamente, do capital social de uma empresa privada voltada ao desenvolvimento e exploração de fontes alternativas de energia. Considere que diretores da referida empresa receberam propina para beneficiar fornecedor que celebrou vários contratos de fornecimento de equipamentos com preços claramente acima dos praticados no mercado. Nessa situação, as penalidades previstas na Lei de Improbidade Administrativa a) não são aplicáveis, tendo em vista que o dano foi suportado por entidade que não integra a Administração direta ou indireta. b) são aplicáveis apenas aos diretores da empresa, a qual, por contar com participação pública em seu capital é sujeito passivo de ato de improbidade, não alcançando, contudo, particulares envolvidos no superfafuramento. c) não são aplicáveis, eis que a situação narrada não envolve procedimento licitatório e insere-se no âmbito da responsabilização civil e societária. d) aplicam-se aos diretores e a particulares que tenham se beneficiado, direta ou indiretamente do ato, limitando-se a sanção patrimonial à participação do Estado no capital ou patrimônio líquido da empresa. e) são aplicáveis aos diretores e aos particulares envolvidos, desde que possa ser segregado o prejuízo suportado diretamente pelo Estado e comprovado enriquecimento ilícito dos agentes ativos. Comentários: A resposta do gabarito é a alternativa “D”! A PARTICIPAÇÃO ACIONÁRIA MINORITÁRIA DO ESTADO no capital da empresa privada sujeita-a às PENALIDADES POR IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. Ademais, o conceito de AGENTE PÚBLICO é amplo, e também alcança os DIRIGENTES da referida empresa privada. Todavia, nesses casos, A SANÇÃO PATRIMONIAL LIMITA-SE À REPERCUSSÃO DO ILÍCITO SOBRE A CONTRIBUIÇÃO DOS COFRES PÚBLICOS. Incluem-se na responsabilização os PARTICULARES que tenham induzido ou concorrido para a prática do ato de improbidade ou dele tenham se beneficiado sob qualquer forma direta ou indireta. Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira 31 Lei n. 8.429, de 1992: “Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei. Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior. Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.” Resposta: Alternativa “D”. 17. FCC - TCE-CE - Analista de Controle Externo-Atividade Jurídica (2015) Medésio associa-se com Dionísio, servidor público federal, para intermediar a liberação de pensões e aposentadorias para pessoas que não preenchem os requisitos legais, recebendo, para tanto, vantagens econômicas com o esquema fraudulento. Identificado o esquema, Dionísio Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira 32 a) e Medésio não responderão por improbidade administrativa, cabendo a responsabilização ser efetuada nos termos da legislação penal. b) responderá por improbidade administrativa, nos termos da Lei n. 8.429/92, e Medésio responderá nos termos da legislação penal. c) responderá por improbidade administrativa, nos termos da Lei n. 8.429/92, e Medésio responderá nos termos da legislação civil. d) e Medésio responderão por improbidade administrativa, nos termos da Lei n. 8.429/92. e) e Medésio poderão ser absolvidos de eventual responsabilização por ato de improbidade administrativa se devolverem todas as vantagens recebidas pelo esquema fraudulento. Comentários: A resposta do gabarito é a alternativa “D”! Incluem-se na responsabilização os PARTICULARES que tenham induzido ou concorrido para a prática do ato de improbidade ou dele tenham se beneficiado sob qualquer forma direta ou indireta. Por isso, MEDÉSIO e DIONÍSIO respondem pelo ilícito. Lei n. 8.429, de 1992: “Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior. Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.” Resposta: Alternativa “D”. 18. FCC - CNMP - Analista do CNMP (2015) Suponha que gestores de empresa privada, na qual a União detenha participação no respectivo capital social, tenham recebido comissão de Rodrigo Realce Rodrigo Realce Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira 33 prestadores de serviços da referida empresa para contratá-los por valores significativamente superiores aos praticados no mercado. No caso narrado, de acordo com as disposiçõesda Lei federal no 8.429/92, que dispõe sobre os atos de improbidade administrativa, a) a responsabilização dos gestores e dos fornecedores condiciona-se à comprovação de prejuízo direto à União, eis que a Lei de Improbidade não alcança atos praticados contra empresas privadas. b) os gestores da empresa responderão por ato de improbidade que causa prejuízo ao erário, desde que comprovado enriquecimento ilícito, hipótese em que também serão alcançados os particulares que tenham se beneficiado diretamente da conduta dos agentes públicos. c) os envolvidos somente estão sujeitos às penas estabelecidas no referido diploma legal se a participação da União no capital social da empresa for majoritária. d) tanto os gestores como os fornecedores estarão sujeitos às penas previstas na Lei de Improbidade, nos limites estabelecidos no referido diploma legal, independentemente do percentual de participação acionária da União no capital da empresa. e) apenas os gestores da empresa podem ser apenados por ato de improbidade, nos limites de sua responsabilidade e limitada a sanção patrimonial à contribuição da União no capital da empresa. Comentários: A resposta do gabarito é a alternativa “D”! A PARTICIPAÇÃO ACIONÁRIA DO ESTADO, AINDA QUE MINORITÁRIA, no capital de empresa privada sujeita-a às PENALIDADES POR IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. Ademais, o conceito de AGENTE PÚBLICO é amplo, e também alcança os GESTORES da referida empresa privada. Todavia, nesses casos, A SANÇÃO PATRIMONIAL LIMITA-SE À REPERCUSSÃO DO ILÍCITO SOBRE A CONTRIBUIÇÃO DOS COFRES PÚBLICOS. Incluem-se na responsabilização os FORNECEDORES (PARTICULARES) que tenham induzido ou concorrido para a prática do ato de improbidade ou dele tenham se beneficiado sob qualquer forma direta ou indireta. Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira 34 Lei n. 8.429, de 1992: “Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei. Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. ................ Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.”” Resposta: Alternativa “D”. 19. FCC - TCE-CE - Conselheiro Substituto (2015) Considere que o Estado tenha adquirido participação minoritária no capital social de uma empresa privada, a título de fomento aos investimentos por esta realizados em inovação tecnológica e, por força de acordo de acionistas, eleja um representante no Conselho de Administração da companhia. Ocorre que o diretor financeiro da empresa praticou uma série de atos de gestão que importaram significativo prejuízo financeiro e patrimonial à empresa. De acordo com as disposições da Lei n. 8.429/1992 a) apenas o representante do Estado está sujeito à penalização por ato de improbidade administrativa, que engloba também condutas omissivas. Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira 35 b) apenas o diretor da empresa está sujeito à penalização por ato de improbidade administrativa, que pressupõe conduta comissiva. c) todos aqueles que se beneficiaram, direta ou indiretamente, da conduta em questão, estão sujeitos às penalidades por improbidade administrativa. d) apenas aqueles que agiram com dolo e que obtiveram enriquecimento ilícito podem ser apenados por improbidade administrativa. e) nenhum dos apontados está sujeito às penas previstas na referida Lei, tendo em vista não se tratar de entidade integrante da Administração pública direta ou indireta. Comentários: A resposta do gabarito é a alternativa “C”! A PARTICIPAÇÃO ACIONÁRIA DO ESTADO, AINDA QUE MINORITÁRIA, no capital de empresa privada sujeita-a às regras da Lei de Improbidade Administrativa. O conceito de AGENTE PÚBLICO é amplo, e também alcança o DIRIGENTE FINANCEIRO da referida empresa privada. Todavia, nesses casos, A SANÇÃO PATRIMONIAL LIMITA-SE À REPERCUSSÃO DO ILÍCITO SOBRE A CONTRIBUIÇÃO DOS COFRES PÚBLICOS (art. 1o, parágrafo único, da Lei n. 8.429, de 1992). Incluem-se na responsabilização os PARTICULARES que tenham induzido ou concorrido para a prática do ato de improbidade ou dele tenham se beneficiado sob qualquer forma direta ou indireta (art. 3o). A alternativa “D” está equivocada porque é admissível a modalidade culposa de improbidade administrativa conforme o art. 10 da Lei n. 8.429, de 1992: “Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente (...)”. Lei n. 8.429, de 1992: “Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira 36 haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei. Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, poreleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior. Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.” Resposta: Alternativa “C”. 20. FCC - TCM-GO - Auditor de Controle Externo (2015) Diretor Presidente de uma empresa com participação minoritária do Estado em seu capital social, firmou diversas contratações danosas à empresa, com preços muito acima daqueles praticados pelo mercado, havendo, ainda, indícios de que tenha recebido vantagens pessoais das empresas contratadas. De acordo com a Lei n. 8.429/92, que trata dos atos de improbidade administrativa, a) o Diretor Presidente estará sujeito às penas da Lei de Improbidade Administrativa apenas se for agente público ou possuir algum vínculo funcional ou estatutário com o Estado que o equipare a tal categoria. b) os atos praticados não podem ser enquadrados como de improbidade administrativa, haja vista a natureza privada da empresa. Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira 37 c) o Diretor Presidente pode ser sujeito ativo de ato de improbidade, limitada a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre as contribuições dos cofres públicos. d) os atos praticados podem configurar improbidade administrativa apenas na hipótese de comprovado enriquecimento ilícito do Diretor Presidente. e) a caracterização de improbidade administrativa pressupõe a comprovação de prejuízo direto ao ente público, no caso o Estado, não bastando a condição de acionista da empresa. Comentários: ALTERNATIVAS “A” e “B”: erradas. A PARTICIPAÇÃO ACIONÁRIA DO ESTADO, AINDA QUE MINORITÁRIA, no capital de empresa privada sujeita-a às PENALIDADES POR IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. Ademais, o conceito de AGENTE PÚBLICO é amplo, e também alcança o DIRETOR PRESIDENTE da referida empresa privada. Nesse caso, ademais, NÃO HÁ NECESSIDADE DE SERVIDOR PÚBLICO PARA SER RESPONSABILIZADO. Lei n. 8.429, de 1992: “Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei. Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo Rodrigo Realce Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira 38 aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.” ALTERNATIVA “C”: CORRETA! No caso, A SANÇÃO PATRIMONIAL LIMITA-SE À REPERCUSSÃO DO ILÍCITO SOBRE A CONTRIBUIÇÃO DOS COFRES PÚBLICOS. Lei n. 8.429, de 1992: “Art. 1° ........................................................................................ Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.” ALTERNATIVA “D”: errada. As classificações de atos de improbidade administrativa dividem-se em três categorias distintas, às quais se sujeita o DIRETOR PRESIDENTE. Lei n. 8.429, de 1992: “Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente: .............. Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou Rodrigo Realce Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos Antônio Bandeira www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Carlos Antônio Bandeira 39 dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: .............. Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente: (...).” ALTERNATIVA “E”: errada. Lei n. 8.429, de 1992: “Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe: I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de ressarcimento; II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.” Resposta: Alternativa “C”. 21. FCC - TJ-AP - Analista Judiciário (2014) A Lei n. 8.429/1992, promulgada para regulamentar o artigo 37, caput, da Constituição Federal, disciplina os denominados Atos de Improbidade Administrativa, compreendendo os que importam enriquecimento ilícito, causam prejuízo ao erário e atentam contra os princípios da Administração pública. Podem ser sujeito passivo destes atos a) a Administração pública direta e a indireta, inclusive a fundacional, excluindo-se, no entanto, as sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômica. b) a Administração direta e a indireta, inclusive a fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. c) a Administração pública direta e as entidades que compõem a Administração pública indireta, excetuando-se as sociedades de economia mista prestadoras de serviço público ou exploradoras de atividade econômica. Rodrigo Realce Rodrigo Realce Rodrigo Realce Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais (Conhecimentos Gerais) Todos os Cargos - TRE-PE Teoria e Exercícios Aula 05 (Parte II) Prof. Carlos
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