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Universidade Federal de Mato Grosso Campus Universitário Sinop Instituto de Ciências Naturais, Humanas e Sociais (ICNHS) Profa. Dra Edjane Rocha “Ligações Químicas” “ESTRUTURA ATÔMICA” “TABELA PERIÓDICA” Ementa 1. Estrutura atômica e Tabela Periódica: 1.1 Estrutura atômica; 1.2 Classificação dos elementos; 1.3 A organização dos elementos; Tabela Periódica. 1.4 Propriedades periódicas. 2. Ligações químicas: 2.1 Ligação iônica; 2.2 Ligação covalente; 2.3 Ligação metálica; 2.4 Polaridade; 2.5 Ligações intermoleculares. Avaliação Avaliação 1 As avaliações serão compostas por três provas escritas (cada prova com peso 1 (um)) INDIVIDUAIS E SEM CONSULTAS, e cada prova com valor de 10,0 (dez). Somando-se as três provas e efetuando-se a média, se o aluno obtiver média igual ou superior a 5,0 (cinco inteiros) e tiver frequência igual ou superior a 75,0% (setenta e cinco), será considerado aprovado. Resolução CONSEPE 27/1999. Os alunos que eventualmente não realizarem uma das avaliações, mediante solicitação justificada por protocolo, será realizado uma prova de segunda chamada. Unidade 1- Estrutura atômica e Tabela Periódica. Unidade 2-Ligações químicas: Química • A Química é a ciência da matéria e das mudanças que ela sofre: - Inclui todo o mundo material que nos rodeia: pedras, comida, a carne e o sílicio. - Encontra-se no cerne de vários problemas: tratamento da saúde, proteção ao meio ambiente, - Medicamentos, desenvolvimento de fertilizantes e pesticidas 5 Química Química Ciência central porque é a ponte entre outras ciências naturais Biologia Nanociência Agrociência Ciência médica O que é a Química? Matéria: é tudo o que ocupa espaço e possui massa. Pode ser de origem natural ou manufaturada. A matéria tanto é aquilo que nós podemos tocar e sentir (ex: água, terra, árvores) como aquilo que não se presta a tal (ex: ar). ASSIM TUDO O QUE VEMOS OU USAMOS TEM SEMPRE ALGO DE “QUÍMICO”. Estrutura da Matéria 8 Sólido Matéria: Tudo que tem massa e ocupa lugar no espaço. Gasoso Líquido De que é formada a matéria?!? ÁTOMOS A matéria é constituída de diminutas partículas amontoadas como laranjas. • Os atómos são os componentes fundamentais da matéria; • Ponto central da química Propriedades da Matéria • Propriedades físicas: pode ser medida ou observada sem que a composição ou integridade da substância seja afetada. Ex: Massa, quantidade de matéria, densidade. Ex: ponto de fusão; ponto de ebulição, densidade Gelo Água • Propriedades químicas: Refere-se à capacidade ou não de se mudar, formando outra substância; – Ex: Inércia dos gases nobres, corrosão de metais. • ex: combustão do hidrogênio gasoso em atmosfera de oxigênio Características distintivas de diferentes tipos de substâncias 11 Misturas Homogêneas Misturas Heterogêneas Misturas Compostos Elementos Substâncias Puras Matéria Classificação da matéria Elemento: é uma substância que não pode ser decomposta em materiais mais simples através de reações químicas. Representam-se por símbolos compostos por uma ou duas letras. Ex: Na, Cl, Br, H, Mg, etc. Podem combinar-se formando os compostos. Substância: é uma forma de matéria com composição definida e propriedades próprias. Podem ser identificadas por: aspecto, cheiro, paladar, etc. Composto: é uma substância formada a partir de dois ou mais elementos na qual estes são sempre combinados proporcionalmente de forma fixa (i.e. constante) em termos de massa. Os compostos só são separados nos componentes puros por processos químicos. Ex: H2O, CCl4, etc. Mistura: é uma combinação de duas ou mais substâncias em que estas mantêm a sua identidade própria. Têm composição variável. Podem ser desfeitas por meios puramente físicos, mantendo os seus constituintes a identidade inicial. Ex: Ar, refrigerantes, leite, cimento. Espécies da matéria Os Elementos Químicos 13 Os Elementos Químicos 14 Elementos • Se uma substância pura não pode ser decomposta em algo mais, então ela é um elemento. • Existem 118 elementos conhecidos. • A cada elemento é dado um único símbolo químico (uma ou duas letras). • Os elementos são a base de constituição da matéria. • A crosta terrestre consiste de 5 elementos principais. • O corpo humano consiste basicamente de 3 elementos principais. Classificações da matéria Elementos Classificações da matéria Representação química da matéria • Símbolo químico: é a forma abreviada de representar o elemento. Ex:. Na, K, F, etc. • Fórmulas químicas: é uma forma abreviada de representar o elemento ou do composto. Indica a composição da substância química. Ex:. H2O, F2, CO2, etc. Temos 3 tipos de fórmulas: a fórmula molecular, a fórmula empírica e a fórmula estrutural. Elementos • Os símbolos químicos com uma letra têm aquela letra maiúscula (por exemplo, H, B, C, N, etc.) • Os símbolos químicos com duas letras têm apenas a primeira letra maiúscula (por exemplo, He, Be). Fórmulas químicas • Fórmulas Moleculares: indica o número exato de átomos de cada um dos elementos presentes na molécula. – Moléculas diatômicas (H2, N2, O2, etc.) – Moléculas poliatômicas – Diferentes formas do mesmo elemento dá-se o nome de formas alotrópicas ou alótropos (ex: O2, O3) • Fórmulas Empíricas: indica os elementos presentes e qual a proporção entre eles, na forma do menor número possível de átomos. – Ex: H2O2HO • N2H4 NH2 • Fórmulas estruturais: indica os elementos presentes, os tipos de ligações existentes entre eles e qual a sua distribuição no espaço. Classificação das misturas As misturas podem ser: 1- Homogêneas: têm as mesmas propriedades em toda a amostra. Também se chamam soluções. Ex: NaCl (sal de cozinha) e água 2- Heterogêneas: consiste em duas ou mais regiões chamadas fases, as quais diferem nas propriedades. Ex: gasolina/água; gelo/água líquida (têm a mesma composição química, mas estão em diferentes estados físicos). Átomos, moléculas e reações químicas • Átomo: é a menor partícula constituinte da matéria • Moléculas: resultam da junção de átomos, formando partículas estáveis. • Equações químicas: descreve o que acontece quando ocorre uma reação química. • Ex:. – Lei da conservação de massa: numa reação química não há ganho nem perda de massa. A massa conserva-se. – Coeficientes: são os números em frente às formulas químicas. Servem para acertar a equação. Isto acontece quando o número de átomos de cada elemento é o mesmo em ambos os lados da seta. – Indicar o estado físico dos reagentes e produtos )(10)(8)(13)(4 222104 lOHgCOgOgHC ZnSSZn • Filósofos antigos especulavam sobre a natureza da “matéria” fundamental da qual o mundo era feito. 400 a.C. Surge a preocupação com a constituição da matéria. Tudo na natureza seria formado pela combinação desses 4 elementos em diferentes proporções: Modelo Atômico O átomo - Demócrito O que se entende por átomo? • Demócrito (460 - 370 a.C.) Divisão da matéria até o ponto onde não poderia ser mais dividida; Entidade singular chamada de “atomos” (não divisível). 22 A=não TOMO=divisão Teoria Atômica • Platão e Aristóteles formularam a hipótese de que não poderia haver partículas indivisíveis. Teoria Atômica O átomo - Dalton Nada muda por quase 2000 anos.• 2. John Dalton (1766 - 1844) Químico empírico, diversos estudos investigando a fase gasosa e condensada. - Todos os elementos são feitos de partículas esféricas indivisíveis (atomos); - Átomos de um mesmo elemento são idênticos em tamanho, massa e outras propriedades; - Átomos não podem ser subdivididos, criados ou destruídos; - Diferentes átomos se combinam em variadas proporções de números inteiros; 24 Teoria Atômica O átomo - Dalton John Dalton, brilhante cientista inglês, através de experimentos, deu uma visão científica a idéia do átomo criada pelos antigos filósofos gregos. Para Dalton cada átomo seria: uma partícula extremamente pequena (invisível), maciça, indivisível, esférica, indestrutível (numa reação ocorre rearranjo dos átomos) e que varia em tamanho e massa a depender do elemento químico. A teoria (resumidamente: esfera maciça) é, didaticamente, associada a ideia de bolas de bilhar ou de gude, com tamanhos diferentes, representando os elementos químicos constituintes da matéria. Dalton admitiu que a matéria era constituída por pequenas esferas maciças indivisíveis — os átomos. O átomo - Dalton Modelo atômico de Dalton. O átomo - Thomson Primeira partícula subatômica: elétrons • 3. Joseph John (J.J.) Thomson (1856 - 1940) Físico Inglês, conduziu experimentos em fase gasosa e é atribuído como o pai da espectrometria de massas. Esses raios podem ser defletidos? Tubo de Crookes 27 Teoria Atômica Raios catódicos e elétrons Experimentos de Thomson - Tubo de Crookes: Luz causada pela presença de gases ionizados, padrão difuso; - Tubo de raios catódicos: Alto vácuo, feixe de partículas colimado; - 1897: Feixe sempre desviava para o pólo positivo, independente do metal utilizado no cátodo; - Subpartícula atômica - elétron; - Experimento de raios catódicos: razão massa/carga do elétron; Em 1897, Thomson determinou que a proporção carga-massa de um elétron é 1,76 108 C/g. Objetivo: encontrar a carga no elétron para determinar sua massa. - Experimentos de Millikan (1909) determinam carga do elétron. 29 Raios catódicos e elétrons Raios catódicos e elétrons • Utilizando este experimento, Millikan determinou que a carga no elétron é 1,60 x 10-19 C. • Conhecendo a proporção carga-massa, 1,76 x 108 C/g, Millikan calculou a massa do elétron: 9,10 x 10-28 g. • Com números mais exatos, concluimos que a massa do elétron é 9,10939 x 10-28 g. Experimentos de Thomson Experimentos de Thomson Modelo “Pudim de Passas” do átomo Átomo de Thomson: Esfera gelatinosa de carga positiva, enquanto os elétrons povoam a porção mais externa da massa esférica. 32 Modelo atômico de J. J. Thomson. Teoria Atômica 33 Falhas no postulado: Hoje se sabe que os átomos possuem uma estrutura interna (não são maciços); São constituídos de partículas menores ainda, as partículas subatômicas; Um elemento difere de outro porque seus átomos possuem números diferentes de cada partícula subatômica e, consequentemente diferentes massas e tamanhos. John Dalton O átomo - Rutherford A revolução: descoberta dos prótons • 4. Ernest Rutherford (1871 - 1936) Físico Neozelandês, conduziu experimentos principalmente com elementos radioativos. Em meados de 1910: Espalhamento de partículas a contra alvo de ouro. - Estudantes: Hans Geiger e Ernest Marsden 34 Radioatividade Experimentos de Rutherford Ilustração do fenômeno esperado para o átomo de Thomson. Radiação a atravessaria os átomos sem sofrer deflexão de sua trajetória (ou baixíssima deflexão). 36 Experimentos de Rutherford Experimento do alvo de ouro de Rutherford - Rutherford pede para seus estudantes que chequem ângulos maiores de espalhamento. - São observadas raras deflexões (1 em 20.000), algumas à mais de 90 ° com relação ao feixe. 37 Experimentos de Rutherford Representação do fenômeno observado por Rutherford Deflexão ocorre pela presença de uma porção central compacta, muito menor do que a estrutura global. 38 Átomo de Rutherford Modelo do átomo de Rutherford • Porção central: positiva • Porção externa: negativa • Entre o núcleo e a superfície externa? Vazio 39 Teoria Atômica 40 O átomo é constituído de duas regiões distintas: 1. Núcleo que contém praticamente toda a massa do átomo e apresenta carga positiva; 2. Eletrosfera: onde os elétrons giram. Modelo atômico de E. Rutherford. Experimentos subsequentes levaram a descoberta das partículas no núcleo. 1. Partículas positivas (prótons), descobertas por Rutherford em 1919. 2. Partículas neutras (nêutrons), descobertas por Chadwick em 1923. Teoria Atômica 41 Partículas subatômicas que constituem todos os átomos: 1. Prótons (+) 2. Nêutrons (neutros) 3. Elétrons (-) No modelo nuclear do átomo, todas as cargas positivas e quase toda a massa estão concentradas no pequeno núcleo, e todos os elétrons com carga negativa circundam o núcleo. Predição do percurso de uma partícula carregada Pela física clássica, uma partícula carregada que orbita outra partícula de carga contrária libera energia em sua trajetória até se colapsar no núcleo. Solução: O átomo quântico Problemas da teoria atômica 42 Teoria Atômica 43 J. J. Thomson (1856 – 1949) E. Rutherford (1871 – 1937) Uma série de experimentos feitos por cientistas como J. J. Thomson e E. Rutherford, estabeleceu um modelo do átomo que ainda é a base da teoria atômica moderna. O átomo em números Núcleo: Porção central do átomo. Compacto e pequeno (10-4 Å); Eletrosfera: região de probabilidade de se encontrar o elétron. Tamanho depende do total de elétrons (1-5 Å). 44 Unidade de massa atômica (u ou u.m.a.): 1u.m.a. = 1,66054 x 10-24 g O número dos elétrons fora do núcleo é igual ao número de prótons no núcleo. Teoria Atômica 45 Número Atômico e Número de Massa Importante! O número atômico é o que caracteriza cada elemento químico, ou seja, não existem átomos de elementos químicos diferentes com o mesmo número atômico, se têm o mesmo número atômico são o mesmo elemento. É a identificação de um átomo. Corresponde ao número de prótons presentes no núcleo. Z=P OBS.: em um átomo (neutro) o n.º de prótons é igual ao n.º de elétrons. Teoria Atômica Número de Massa Teoria Atômica ⇢ Número de nêutrons do núcleo é igual a A – Z. ⇢ Todos os átomos de um dado elemento têm o mesmo número atômico. Por esta razão, o número atômico é algumas vezes omitido na identificação de um átomo individual. N = A - Z Elemento Químico ÁTOMO P = e- CARGA = ZERO ÍON CÁTION ÂNION Nº DE MASSA A = P + N Nº ATÔMICO Z = P Nº DE ÁTOMOS Teoria Atômica Carga Atômica e Carga Iônica P ≠ e- CÁTIONS (+): perdem elétrons P > e- ÂNIONS (-): ganham elétrons P < e- ÍONS Teoria Atômica 51 A maioria dos elementos são encontrados na natureza como mistura de isótopos. A massa atômica (ou peso atômico) de um elemento é na verdade a massa atômica média determinada usando as massas de seus vários isótopos e suas abundâncias relativas. Massa Atômica (Peso Atômico) Expressa em u.m.a (ou u). • A massa atômica relativa: massas médias dos isótopos: – OC natural: 98,892 % de 12C + 1,107 % de 13C. • A massa média do C: • (0,9893)(12 u) + (0,0107)(13,00335) = 12,01 u • A massa atômica (MA) é também conhecida como massa atômica média. • As massas atômicas estão relacionadas na tabela periódica. Semelhanças atômicas Isótopos São átomos com o mesmo número de prótons e diferentes números de massa. Isóbaros São átomos de elementos químicos diferentes que possuem o mesmo número de massa. ISO = mesmo TOPOS = lugar Isótonos São átomos de elementos químicos diferentes que possuem o mesmo número de nêutrons. Isoeletrônicos São átomos ou íons com o mesmo número de elétrons. Alótropos são diferentes formas de um elemento se apresentar na natureza Átomos possuem massa muito reduzida (mais pesado 4 x 10-22 g); Para facilitar, adota-se a unidade de massa atômica (u.m.a.) = 1,66054 x 10-24 g; Próton e nêutron possuem massas similares; Massa do átomo é dada majoritariamente pela massa do núcleo. 53 A escala de massa atômica • A massa do 1H é 1,6735 x 10-24 g e do 16O é 2,6560x 10-23 g. • Definimos: a massa de 12C = exatamente 12 u. • Usando unidades de massa atômica: 1 u = 1,66054 x 10-24 g 1 g = 6,02214 x 1023 u Teoria Atômica 54 Em 1913 Niels Böhr com o auxílio das descrições quânticas da radiação eletromagnética propostas por Albert Einstein e Max Planck, conseguiu completar a teoria de Rutherford. Modelo Atômico de Rutherford-Böhr O átomo pode ser representado de forma que as órbitas permitidas para os elétrons tenham relação com diferentes níveis de energia. Cada órbita (ou nível de energia) permitida para os elétrons possuem energias diferentes, constantes e determinadas. Um elétron em certa órbita permitida tem certa energia especifica e está em um estado de energia ‘permitido’. Não irradiará energia (não se moverá). O elétron muda de um estado de energia permitido para outro quando absorve energia. Essa energia é emitida quando ele volta ao seu nível de energia inicial. 55 Natureza Ondulatória da Luz • A luz é definida como radiação eletromagnética: ondas que se propagam pela oscilação de campos elétricos e magnéticos; • Comprimento de onda (λ): distância entre dois pontos adjacentes idênticos da onda; Frequência (ν): números de λ que passam por certo ponto a cada segundo; Amplitude: Extensão máxima da oscilação (intensidade) de uma onda. • Onda eletromagnética oscila como uma função senoidal (função periódica); 56 • Característica da radiação eletromagnética: transporte de energia pelo espaço; • Entendimento sobre a estrutura eletrônica do átomo foi dada pela análise da luz emitida ou absorvida pelas substâncias; • Dependendo do comprimento de onda (λ), podem carregar diferentes conteúdos de energia. • TODOS os tipos de radiação eletromagnética movem-se no vácuo a 3,00 x 108 m/s velocidade da luz (299.792.458 m/s) Natureza Ondulatória da Luz . =c A relação inversa entre a frequência e o comprimento de onda de uma radia- ção eletromagnética pode ser expressa pela seguinte equação: Luz É uma onda eletromagnética que se propaga no vácuo e possui é um perturbações oscilantes dentro do campo visível do olho humano. c: velocidade da luz = 2,9979246x10 8m/s : comprimento de onda : freqüência A amplitude esta relacionada com a intensidade do brilho (energia por unidade de volume) da onda. A intensidade é proporcional ao quadrado da amplitude (A2). Natureza Ondulatória da Luz 60 Natureza Ondulatória da Luz Maior comprimento de onda (λ) menor frequência (ν) Menor comprimento de onda (λ) maior frequência (ν) 61 • Modelo ondulatório da luz é capaz de explicar muitos fenômenos físicos; • Exceções: Emissão de luz por objetos aquecidos (radiação de corpo negro); Emissão de elétrons de uma superfície metálica pela incidência de luz (efeito fotoelétrico); Emissão de luz a partir de átomos de no estado gasoso a partir de uma descarga elétrica (espectros de emissão). Energia Quantizada e Fótons Max Planck em 1900: E = h. Quantum menor quantidade de enrgia que pode ser emitida ou absorvida como radiação eletromagnetica propôs que a radiação eletromagnética pode ser explicada como uma corrente de “partículas” denominadas fóton, cuja energia é dada por: Em 1905, Einstein Energia do foton=E = h. 62 • Aquecimento de um objeto a altas temperaturas - Incandescência; • Quanto maior é o aquecimento, maior é o brilho e a cor emitida muda: vermelho - laranja - amarelo - branco • Segundo o ponto de vista da física clássica, qualquer corpo negro a temperatura fora do zero absoluto deveria emitir radiação ultravioleta intensa, além de raios X e raios gama! Energia Quantizada e Fótons LINHAS ESPECTRAIS SÉRIES ESPECTRAIS Série de Balmer (luz visível) R = 3,29 x 10 15 Hz (constante de Rydberg) Em 1885, Balmer mostrou que o inverso do comprimento de onda, 1/ λ , ou número de onda, ν, de qualquer banda do espectro visível do hidrogênio podia ser dado pela fórmula empírica: No entanto, o hidrogênio não emite apenas na região do visível, mas também na zona do ultravioleta e do infravermelho. onde n1 e n2 são números inteiros, com n1 > n2. A fórmula de Rydberg-Ritz permite calcular os comprimentos de onda de todas as linhas do espectro do hidrogênio e de metais alcalinos como o lítio e o sódio. Tem-se para o intervalo estudado por Balmer Séries espectrais Por meio da teoria de Böhr se pode calcular o número de onda (recíproco do comprimento de onda) da radiação eletromagnética emitida pelo elétron, utilizando-se para isso a equação abaixo: Modelo do átomo de Bohr 66 Explicação do espectro de linhas observado para o átomo de Hidrogênio - Emissão de luz: As cores de gases excitados surgem devido ao movimento dos elétrons entre os estados de energia no átomo. - Comprimentos de onda podem ser transformados em valores de energia pela equação: E = h.c/ Explicação do átomo baseado na luz emitida por alguns elementos quando aquecidos. - Porque o espectro de linhas do átomo de Hidrogênio é tão simples? - Proposição de um novo modelo do átomo: Modelo de Bohr SÉRIES ESPECTRAIS Os níveis de energia são numerados de n=1 até n=(infinito). Quanto mais afastado do núcleo estiver o elétron, maior a energia. Postulado Óptico Ao receber energia, o elétron salta para órbitas mais externas. Ao retornar para órbitas mais internas, emite energia na forma de ondas eletromagnéticas. A energia absorvida ou emitida pelo elétron no chamado salto quântico é dada pela diferença entre as energias dos níveis envolvidos Essa energia absorvida ou emitida, ∆E, é dependente da frequência da radiação eletromagnética envolvida, de acordo com aTeoria Quântica de Planck: Átomos hidrogenoides são aqueles que possuem apenas 1 elétron. Para esse tipo de átomo se aplica também a teoria de Böhr, com a energia do elétron na órbita sendo dada por: O raio da órbita de um átomo hidrogenoide é dado por: Os raios das órbitas também aumentam à medida que cresce o valor de n. No entanto, o afastamento entre as órbitas também cresce: Efoton= E= Ef- Ei Os níveis seriam em número máximo de sete para os átomos dos elementos conhecidos. A partir do núcleo são representadas pelas letras maiúsculas K, L, M, N, O, P e Q. Contudo, essas letras podem ser substituídas por números, os números quânticos principais, que são representados genericamentepor n. O número máximo de elétrons que cada camada pode comportar pode ser determinado. Para os átomos dos elementos conhecidos, temos: A penúltima camada deve ter no máximo 18 elétrons. O número de camadas ou níveis de energia varia de acordo com o número de elétrons de cada átomo. Verifica-se que a última camada de um átomo não pode ter mais de 8 elétrons. Quando isto ocorrer, devemos colocar na mesma camada, 8 ou 18 elétrons (aquele que for imediatamente inferior ao valor cancelado) e, o restante na camada seguinte. Comportamento Ondulatorio da • Em 1924, Louis de Broglie sugeriu que, uma vez que a radiação eletromagnética podia ser considerada como constituída de partículas chamadas fótons ao mesmo tempo que exibia propriedades ondulatórias, então o mesmo pode ser verdade para os elétrons. Princípio de Dualidade (Louis De Broglie) Utilizando as equações de Einstein e de Planck, De Broglie mostrou: O momento linear (p), mv, é uma propriedade de partícula, enquanto é uma propriedade ondulatória. • Essa natureza dual é chamada de dualidade onda-partícula. • Uma consequência imediata da dualidade é a impossibilidade de se saber o momento linear (o produto da massa pela velocidade) e a localização de um elétron (e qualquer partícula) simultaneamente. Comportamento Ondulatorio da materia Princípio da Incerteza (Werner Heisenberg) Não é possível determinar com precisão a posição e a velocidade de um elétron num mesmo instante, pois os próprios instrumentos de medição interferem na trajetória do elétron. x incerteza na localização p incerteza no momento linear ħ h/2 = 1,054x10-34 J.s 21. px • Essa restrição é o conteúdo do princípio da incerteza de Heisenberg, W. Heisemberg Cria o “ Princípio da Incerteza ” e como conseqüência a definição de orbital. Orbital é a região do espaço ao redor do núcleo do átomo onde existe a máxima probabilidade do elétron ser encontrado. • Schrödinger formulou uma equação que levou em conta a dualidade onda-partícula e considerou o movimento dos elétrons nos átomos. • Para fazer isso ele introduziu a função de onda, (psi), uma função matemática das coordenadas de posição x, y e z. Modelo Atômico Schrödinger Mecânica Quântica • A equação de Schrödinger, da qual a função de onda é uma solução, é: V é a energia potencial do elétron no campo do núcleo e E é sua energia total. 0 2 22 2 2 2 2 2 VEm zyx e Modelo Atômico Schrödinger Mecânica Quântica •Schrödinger propôs uma equação que contém os termos onda e partícula. •A resolução da equação leva às funções de onda. •A função de onda fornece o contorno do orbital eletrônico. •O quadrado da função de onda fornece a probabilidade de se encontraro elétron, isto é, dá a densidade eletrônica para o átomo. Modelo Atômico Schrödinger Mecânica Quântica As EstAlguns Princípios de Mecânica Quântica • Uma função de onda contém todas as informações dinâmicas possíveis do elétron, incluindo onde ele está e o que está fazendo. • A probabilidade de se encontrar um elétron em uma dada localização é proporcional ao quadrado da função de onda neste ponto, 2. Alguns Princípios de Mecânica Quântica • De acordo com essa interpretação, há uma grande probabilidade de se encontrar o elétron onde 2 é grande e o elétron não será encontrado onde 2 for zero. • A quantidade 2 é chamada de densidade de probabilidade do elétron. • A função de onda de um elétron em um átomo é chamada de orbital atômico. •Se resolvermos a equação de Schrödinger, teremos as funções de onda e as energias para as funções de onda. •Chamamos as funções de onda de orbitais. •A equação de Schrödinger necessita de três números quânticos: Orbitais Atômicos Níveis de Energia • Cada uma das funções de onda obtidas pela resolução da equação de Schrödinger para um átomo hidrogenóide é especificada por um único conjunto de três números inteiros chamados números quânticos. • Estes números quânticos são designados por n, l e ml. • Cada número quântico especifica uma propriedade física do elétron: do orbital n = especifica energia, o tamanho do orbital Orbitais Atômicos Camadas, Subcamadas e Orbitais • Em um átomo, todos os orbitais com o mesmo valor de n possuem a mesma energia e são ditos degenerados. • O número quântico principal, deste modo, define uma série de camadas do átomo, ou conjuntos de orbitais com o mesmo valor de n que, por esta razão, têm a mesma energia e, aproximadamente, a mesma extensão radial. Energia dos Subníveis e Orbitais 88 n = 1 n = 2 n = 3 n = 4 - Níveis de energia de diferentes subníveis não são iguais (a); - Subníveis com número quântico principal menor podem estar em um maior estado de energia que subníveis com números quânticos principais menores (4s e 3d) (b); (a) (b) l = indica o momento angular orbital, a forma angular do orbital Orbitais Atômicos Camadas, Subcamadas e Orbitais • Os orbitais pertencentes a cada camada são classificados em subcamadas, diferenciadas pelo número quântico l. • Para um dado valor de n, o número quântico l pode ter os valores l = 0, 1, ..., n – 1, originando n valores diferentes no total. n= 1 l = 0 n = 2 l = 0, 1 n = 3 l = 0, 1 e 2. • É comum identificar cada subcamada por uma letra: Valores de l 0 1 2 3 4 ... Designação do ortital s p d f g ... As Orbitais Atômicos Camadas, Subcamadas e Orbitais • Uma subcamada com número atômico l consiste em 2l + 1 orbitais individuais. • Estes orbitais são diferenciados pelo número quântico magnético, ml, o qual pode apresentar 2l + 1 valores inteiros de + l a – l. • Ex.: uma subcamada d (l = 2) de um átomo consiste em cinco orbitais atômicos individuais que são diferenciados pelos valores ml = +2, +1, 0, -1, -2. ml = indica a orientação do momento angular, orientação do orbital O Spin do Elétron • O número quântico magnético de spin, ms, pode assumir somente dois valores, +½ (giro no sentido anti-horário) e –½ (giro horário). • Os dois estados são representados pelas setas ↑ (“spin para cima”, ms = +½) e ↓ (“spin para baixo”, ms = -½) ou pelas letras gregas a e b, respectivamente. As Estruturas dos Átomos Hidrogenóides Orbitais Atômicos O Spin do Elétron • Uma vez que para especificarmos o estado de um átomo devemos especificar o estado de spin de um elétron, é comum dizer que o estado de um elétron em um átomo hidrogenóide é caracterizado por quatro números quânticos, nominalmente, n, l, ml e ms (o quinto número quântico, s, é fixo em ½). Orbitais e Números Quânticos 1. n níveis = n subníveis; 2. Cada subnível possui um quantidade específica de orbitais (ml); 3. O número total de orbitais em um nível é n2; 96 Orbitais Atômicos Camadas, Subcamadas e Orbitais • Um orbital s (l = 0) com ml = 0 orbital s; • Três orbitais na subcamada p (l = 1) com ml = +1, 0, -1 orbitais p; • Cinco orbitais da subcamada d (l = 2) com ml = +2, +1, 0, -1, -2 orbitais d; • E assim por diante. • Um orbital s possui a mesma amplitude a uma dada distância do núcleo, independentemente das coordenadasangulares do ponto de interesse, isto é, um orbital s tem simetria esférica. • O orbital é representado normalmente por uma superfície esférica com o núcleo no seu centro. Orbitais s: •Todos os orbitais s são esféricos. •À medida que n aumenta, os orbitais s ficam maiores. •À medida que n aumenta, aumenta o número de nós. •Um nó é uma região no espaço onde a probabilidade de se encontrar um elétron é zero. •Em um nó, Ψ2= 0 •Para um orbital s, o número de nós é n-1. As regiões onde a função de onda radial passa pelo zero são chamadas de nós radiais. • Existem três orbitais p, px, py, e pz. •Os três orbitais p localizam-se ao longo dos eixos x-, y-e z-de um sistema cartesiano. •As letras correspondem aos valores permitidos de ml, -1, 0, e +1. •Os orbitaistêma forma de halteres. •À medida que n aumenta, os orbitais p ficam maiores. •Todos os orbitais p têm um nó no núcleo. Orbitais p Representações e orbitais Os planos nos quais a função de onda angular passa pelo zero são chamados de nós angulares ou planos nodais. AsOrbitais Atômicos Variação Angular dos Orbitais Atômicos • Esta representação é a origem dos nomes px, py e pz, os quais são alternativas ao uso dos valores de ml para indicar os orbitais individuais. • Cada orbital p possui um único plano nodal. • Um elétron não será encontrado em qualquer lugar do plano nodal. Um plano nodal corta o núcleo e separa as regiões de sinais positivo e negativo da função de onda. •Existem cinco orbitais d e sete orbitais f. •Três dos orbitais d encontram-se em um plano bissecante aos eixos x-, y-e z. •Dois dos orbitais d se encontram em um plano alinhado ao longo dos eixos x-, y-e z. •Quatro dos orbitais d têm quatro lóbulos cada. •Um orbital d tem dois lóbulos e um anel. Orbitais d e f Um orbital d típico tem dois planos nodais que se interceptam no núcleo Em geral, um orbital com número quântico l tem l planos nodais. As Estruturas dos Átomos Hidrogenóides Orbitais Atômicos Variação Angular dos Orbitais Atômicos • Um orbital d típico tem dois planos nodais que se interceptam no núcleo e um orbital f típico possui três planos nodais. • Em geral, um orbital com número quântico l tem l planos nodais. Representação dos orbitais 106 Orbital 1s Orbitais 2p Orbitais 3d (formam ângulos de 90 ° entre si) (formam ângulos de 45 ou 90 ° entre si) Quando dizemos que um elétron “ocupa” um orbital atômico, queremos dizer que ele é descrito pela função de onda correspondente. O diagrama de Pauling ou princípio de Aufbau • Segundo o cientista Schrödinger, cada elétron da eletrosfera de um átomo possui uma determinada quantidade de energia. Assim, cada elétron só permanece no nível e subnível de energia correspondente. • A distribuição desses elétrons em seus níveis e subníveis de energia é feita de forma crescente de energia. E sua representação gráfica é dada pelo Diagrama de Pauling, criado pelo químico Linus Pauling (1901-1994), que recebeu dois prêmios Nobel, um de Química (1954) e o outro da Paz (1962). • É um método de distribuir os elétrons na eletrosfera do átomo e dos íons. • O Diagrama de distribuição eletrônica, ou princípio de Aufbau é um diagrama fundamental para o entendimento da estrutura da Tabela Periódica dos Elementos. O diagrama é um auxílio para descrever a ordem correta com que os elétrons de um átomos preenchem os subíveis da eletrosfera. Ele está baseado no chamado ‘Princípio de Aufbau', ou ‘Regra de Madelung', atribuída ao físico alemão Erwin Madelung. Segundo esta regra empírica, os subníveis devem ser preenchidos na ordem crescente de n+l , onde n , l são respectivamente os números quânticos principal e secundário do subnível. Ainda, no caso de dois subníveis com os mesmos valores de n+l , aquele com o menor valor de n deve ser preenchido primeiro. Essas regras podem ser visualisadas na forma de um diagrama. Nesse diagrama, como é praxe na química, o valor do número quântico l é designado por letras: s , p , d, f , correspondendo aos valores l = 0 , 1 , 2 , 3, respectivamente. O diagrama de Pauling ou princípio de Aufbau Visto que, para um mesmo nível, os subníveis têm energias diferentes, nem sempre o subnível energético é o mais afastado do núcleo. Por isso, é importante seguir a ordem crescente de energia dos subníveis no momento de fazer a distribuição dos elétrons. Essa ordem é dada pelas setas indicadoras no Diagrama de Pauling: DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA Diagrama de Linus Pauling • O diagrama de Pauling representa os níveis, que são as camadas eletrônicas do átomo. São sete níveis, enumerados de forma crescente do mais próximo ao núcleo para fora (1, 2, 3... 7) e, denominados, respectivamente, pelas letras K, L, M, N, O, P e Q. • Em um estado de menor energia (estado fundamental), os elétrons em um átomo ocupam os níveis de menor energia para o maior (princípio da construção (Aufbau)); Configurações eletrônicas Orbital s = 2 elétrons Orbital p = 6 elétrons Orbital d = 10 elétrons Orbital f = 14 elétrons 113 • Somente dois elétrons podem ocupar um único orbital e, se for o caso, seus spins devem estar emparelhados. • “Emparelhado” significa que o spin de um elétron deve ser ↑ e o do outro ↓. • O par é simbolizado por ↑↓. • Os dois elétrons nunca estarão no mesmo estado quântico” Regra de Hund ou Princípio da Máxima Multiplicidade • Foi desenvolvida pelo físico alemão Friedrich Hermann Hund, mostra que, quanto maior o número de elétrons com spin paralelos num orbital incompleto, menor será a energia. A distribuição dos elétrons pelo orbital incompleto, será da seguinte forma, em um sentido, com os elétrons sendo distribuídos individualmente pelo orbital incompleto com spin, também com um sentido, até o orbital incompleto estiver completo com a distribuição dos elétrons individuais e spins com o mesmo sentido, preenchê-lo um primeiro sentido. Havendo elétrons para distribuir ainda, voltamos ao início do orbital incompleto e distribuiremos os elétrons restantes, da mesma forma, individualmente, mas com spin com sentido contrario até acabar os elétrons a ser distribuídos, primeiro ou completar o orbital primeiro • O preenchimento dos elétrons devem sempre iniciar pelos orbitais de menor energia, seguindo para os orbitais de maior energia; H 1s He 1s2 • Orbitais de mesma energia (degenerados) devem ser semipreenchidos com mesma orientação de spin antes de haver emparelhamento de spin (Regra de Hund); • A regra de Hund resume essa constatação experimental: elétrons numa mesma subcamada tendem a permanecer desemparelhados (em orbitais separados), com spins paralelos. Portanto, haverá uma menor repulsão intereletrônica. • Essa regra, juntamente com o princípio da exclusão de Pauli, é utilizada no principio da construção (distribuição dos elétrons nos diagramas de orbitais). Dessa forma, os orbitais são preenchidos elétron à elétron (nunca adicionando dois elétrons por vez e com mesmo spin no orbital). Se mais de um orbital em uma subcamada estiver disponível, adiciona-se elétrons com spins paralelos aos diferentes orbitais daquela subcamada até completá-la, antes de emparelhar dois elétrons em um dos orbitais. Portanto Resumindo temos: • A tabela periódica é uma disposição sistemática dos elementos químicos ordenados por seus números atômicos, configuraçãoeletrônica, e recorrência das propriedades periódicas. Este ordenamento mostra tendências periódicas , tais como elementos com comportamentos similares na mesma coluna. • A forma moderna da tabela periódica reflete a estrutura eletrônica dos elementos. • A tabela periódica é utilizada para organizar os 118 elementos de modo significativo. • Como consequência dessa organização, existem propriedades periódicas associadas à tabela periódica. •Ordenar os elementos de modo que reflita as tendências nas propriedades químicas e físicas. A Classificação dos Elementos • Algumas substâncias que agora reconhecemos como elementos químicos já eram conhecidos desde a Antiguidade, como o carbono, o enxofre, o ferro, o cobre, a prata, o ouro e o mercúrio. • Os alquimistas e seus sucessores imediatos, os primeiros químicos, adicionaram cerca de 18 elementos até 1800. • A lista de elementos cresceu rapidamente no final do século XIX. • A maior parte dos elementos foi descoberta entre 1735 e 1843. Elementos Químicos Os elementos químicos são representados por letras maiúsculas ou uma letra maiúscula seguida de uma letra minúscula. Os Símbolos são de origem latina: Português Latim Símbolo Sódio Natrium Na Potássio Kalium K Enxofre Sulphur S Fósforo Phosphurus P Ouro Aurum Au A Classificação dos Elementos Padrão e Periodicidade • Uma classificação mais detalhada dos elementos foi proposta por D. I. Mendeleev em 1869, tornando-se conhecida por todos os químicos como a tabela periódica. • Mendeleev ordenou os elementos conhecidos em ordem crescente de massa molar. Essa organização resultou em famílias de elementos com propriedades químicas similares, os quais ele organizou em grupos na tabela periódica. A C Tabela Periódica Moderna • Os elementos são listados na ordem dos seus números atômicos, e não dos pesos atômicos. • As linhas horizontais da tabela são denominadas períodos e as colunas grupos. • Frequentemente usa-se o número do grupo para designar a posição geral de um elemento. (Ex.: dizemos que “o gálio está no Grupo 13”). Sete períodos horizontais: varia o número de camadas de um período para o outro. Dezoito famílias ou grupos verticais: elementos de uma mesma família tem o mesmo número de elétrons na última camada; varia o número quântico principal. Tabela Periódica Os elementos são posicionados em ordem crescente de números atômicos em sete fileiras horizontais chamadas de períodos Cada período ou linha, da tabela corresponde ao preenchimento das subcamadas s e p de uma dada camada. Períodos ou Séries São as filas horizontais da tabela periódica. São em número de 7 e indicam o número de níveis ou camadas preenchidas com elétrons. Famílias ou Grupos São as colunas verticais da tabela periódica. Em um Grupi ou Família, encontram-se elementos com propriedades químicas semelhantes. Para os Elementos Representativos.o número do Grupo representa o número de elétrons da última camada (camada de valência). 1 • Alguns dos grupos na tabela periódica recebem nomes especiais. • Estes nomes indicam as similaridades entre os membros de um grupo: Grupo 1A: Metais alcalinos Grupo 2A: Metais alcalinos terrosos Grupo 6A: Calcogênios Grupo 7A: Halogênios Grupo 8A: Gases nobres A tabela periódica A Tabela Periódica Moderna • A tabela periódica é dividida em quatro blocos(indicam o tipo de subcamada). • Os membros dos blocos s e p são coletivamente denominados elementos principais. • Os elementos do bloco d (frequentemente com exceção do Grupo 12, zinco, cádmio e mercúrio) são coletivamente chamados de elementos de transição. São os elementos nos três períodos mais longos, possuem estados eletrônicos d parcialmente preenchidos e em alguns casos, um ou dois elétrons na próxima camada energértica mais elevada A ClTabela Periódica Moderna • Os elementos do bloco f são divididos na série dos elementos mais leves (números atômicos de 57 a 71), denominados lantanóides (ainda comumente chamados de lantanídeos). • E na série dos elementos mais pesados (números atômicos de 89 a 103), denominados actinóides (comumente chamados de actinídeos). A tabela períodica pode ser utilizada como um guia para as configurações eletrônicas O número do periodo é o valor de n Os grupos 1A e 2A têm o orbital s preenchido Os grupos 3A-8A têm o orbtal p preenchido Os grupos 3B-2B têm o orbital d preenchidos Os lantanídeos e os actinídeos têm o orbital f preenchidos Tabela Periódica Moderna A periodicidade nas propriedades dos elementos é o resultado da periodicidade nas configurações eletrônicasdos seus átomos. Os números dos grupos estão relacionados ao número de elétrons na camada de valência. Para os elementos dos blocos s e d o nº do grupo é igual ao nº de elétrons de valência. Para os do bloco p soma- se o nº dos elétrons de valência + 10 para se obter o número do grupo. • "As propriedades físicas e químicas dos elementos, são funções periódicas de seus números atômicos". Propriedades periódicas O conhecimento destas tendências nos permite interpretar as observações e prever comportamentos químicos e estruturais, sem recorrer a dados tabelados de cada elemento. Carga nuclear efetiva Raio atômico e Iônico Energia de Ionização Afinidade Eletrônica Eletronegatividade Eletropositividade Densidade Carga Nuclear Efetiva Carga nuclear efetiva • A carga nuclear efetiva é a carga sofrida por um elétron em um átomo polieletrônico. • A carga nuclear efetiva não é igual à carga no núcleo devido ao efeito dos elétrons internos. • Uma boa aproximação para o cálculo da carga Niuclear Efetiva pode ser: Zeff= Z-S com S sendo o número de elétrons internos, ou da camada de blindagem • A carga nuclear efetiva é algumas vezes expressa em termos da verdadeira carga nuclear e uma constante de blindagem empírica, s, escrevendo-se: s ZZef • Os elétrons estão presos ao núcleo, mas são repelidos pelos elétrons que os protegem da carga nuclear. • A carga nuclear sofrida por um elétron depende da sua distância do núcleo e do número de elétrons mais internos. • Quando aumenta o número médio de elétrons protetores (S), a carga nuclear efetiva (Zeff) diminui. • Quando aumenta a distância do núcleo, S aumenta e Zef diminui. A carga nuclear efetiva é maior para um elétron num orbital np do que em um orbital nd. •A densidade eletrônica radial é a probabilidade de se encontrar um elétron a uma determinada distância. REGRAS DE SLATER • Para determinar Zef, escreva a configuração eletrônica do elemento e os elétrons são divididos em grupos (a cada um corresponde uma constante de blindagem diferente). (1s) (2s, 2p) (3s, 3p) (3d) (4s, 4p) (4d) (4f) (5s, 5p) (5d)… • Preencha os elétrons de acordo com o princípio de Aufbau. – Para qualquer elétron de um dado grupo, a constante de blindagem S é a soma das seguintes parcelas: Qualquer elétron à direita do elétron de interesse não contribui para a constante de blindagem, zero para qualquer grupo exterior ao elétron considerado. Todos os outros elétrons no mesmo grupo do elétron da blindagem de interesse na medida de 0,35 unidades decarga nuclear, exceto o grupo 1s, onde o outro elétron contribui com apenas 0,30. Se o grupo for do tipo [s, p], a contribuição é de 0,85 de cada elétron da camada (n-1) e de 1,00 para cada elétron da camada (n-2) e das inferiores. Se o grupo for do tipo [d] ou [f], a contribuição é de 1,00 para todos os elétrons que se encontrem à esquerda desse orbital. Raios Atômicos e Iônicos • Uma das propriedades atômicas mais úteis de um elemento é o tamanho de seus átomos e íons. • A distância média dos elétrons ao núcleo de um átomo está relacionada com a energia necessária para removê- los num processo de formação de cátion. • Espera-se que átomo com muitos elétrons sejam maiores do que átomos que têm poucos elétrons. Propriedades periódicas Propriedades Atômicas Raios Atômicos e Iônicos • O raio metálico de um elemento metálico é definido como a metade da distância experimental determinada entre os centros dos átomo vizinhos mais próximos em um sólido. Propriedades Atômicas • Os raios metálico e covalente são referidos em conjunto como raios atômicos. Raios Atômicos e Iônicos • O raio covalente de um elemento não-metálico é, da mesma forma, definido como a metade da distância internuclear entre átomos vizinhos de um mesmo elemento em uma molécula. Raios atômicos • O tamanho atômico varia consistentemente através da tabela periódica. • Ao descermos em um grupo, os átomos aumentam. • Ao longo dos períodos da tabela periódica, os átomos tornam-se menores. Existem dois fatores agindo: • Número quântico principal, n, e • a carga nuclear efetiva, Zef. • À medida que o número quântico principal aumenta (ex., descemos em um grupo), a distância do elétron mais externo ao núcleo aumenta. Consequentemente, o raio atômico aumenta. • Ao longo de um período na tabela periódica, o número de elétrons mais internos mantém-se constante. Entretanto, a carga nuclear aumenta. Conseqüentemente, aumenta a atração entre o núcleo e os elétrons mais externos. Essa atração faz com que o raio atômico diminua. É a distância que vai do núcleo do átomo até o seu elétron mais externo. Inclui os gases nobres. • Uma contração similar é encontrada nos elementos que seguem o bloco p. Tendências nos tamanhos dos íons • O tamanho do íon é a distância entre os íons em um composto iônico. Tamanho dos átomos e dos íons •Os cátions deixam vago o orbital mais volumoso e são menores do que os átomos que lhes dão origem. •Os ânions adicionam elétrons ao orbital mais volumoso e são maiores do que os átomos que lhe dão origem. O raio iônico de um elemento está relacionado com a distância entre os centros de cátions e ânions vizinhos. •O tamanho do íon também depende da carga nuclear, do número de elétrons e dos orbitais que contenham os elétrons de valência. Tendências nos tamanhos dos íons • O tamanho do íon também depende da carga nuclear, do número de elétrons e dos orbitais que contenham os elétrons de valência. • O menor raio do cátion comparado com o do átomo que o originou é uma consequência não somente da redução na repulsão elétron-elétron, devido a perda de elétrons, mas também pelo fato de que a formação do cátion resulta na perda de elétrons de valência e um aumento da carga nuclear efetiva. • Essa perda resulta num átomo com camadas fechadas de elétrons muito mais compacto. • O aumento do raio de um átomo quando da formação do ânion correspondente é o resultado de uma maior repulsão elétron-elétron que ocorre quando um elétron é adicionado para formar um ânion. • Há também uma diminuição no valor da carga nuclear efetiva. • Uma outra característica geral é que todos os ânions são maiores do que os átomos originais e todos os cátions são menores. Tendências dos tamanhos dos íons • Para íons de mesma carga, o tamanho do íon aumenta à medida que descemos em um grupo na tabela periódica. • Quando a carga nuclear aumenta em uma série isoeletrônica, os íons tornam-se menores : O2- > F- > Na+ > Mg2+ > Al3+ Tamanho dos átomos e dos íons ÁtomosPropriedades Atômicas Energia de Ionização • A facilidade com que um elétron pode ser removido de um átomo é medida pela sua energia de ionização, I, a energia mínima necessária para remover um elétron de um átomo em fase gasosa: )()()( ggg eAA ),(),( gAEgAEI Varia como a eletronegatividade e inclui os gases nobres. A segunda ionização requer maior energia que a primeira e, assim, sucessivamente. Propriedades Atômicas Energia de Ionização • A primeira energia de ionização, I1, é a energia necessária para remover o elétron menos firmemente ligado de um átomo neutro; • A segunda energia de ionização, I2, é a energia necessária para remover o elétron menos firmemente ligado do cátion resultante, e assim por diante. De modo geral, a primeira energia de ionização de um elemento é determinada pela energia do orbital mais alto ocupado no seu estado fundamental. Variações nas energias de ionização sucessivas • Há um acentuado aumento na energia de ionização quando um elétron mais interno é removido. Energia de Ionização • A energia de ionização diminui à medida que descemos em um grupo. • Isso significa que o elétron mais externo é mais facilmente removido ao descermos em um grupo. • À medida que o átomo aumenta, torna-se mais fácil remover um elétron do orbital mais volumoso. • Geralmente a energia de ionização aumenda ao longo do período. • Ao longo de um período, Zef aumenta. Consequentemente, fica mais difícil remover um elétron. • São duas as exceções: a remoção do primeiro elétron p e a remoção do quarto elétron p. Propriedades Atômicas • A variação segue o padrão da carga nuclear efetiva 2 2 n Z I ef a Energia de Ionização ÁtPropriedades Atômicas Energia de Ionização • As energias de ionização sucessivas requerem energias cada vez maiores. • Assim, a segunda energia de ionização de um elemento é maior do que a sua primeira energia de ionização e a sua terceira energia de ionização é maior ainda. • Ou seja, quanto maior a carga positiva de uma espécie, maior a energia necessária para remover um elétron desta espécie. Enquanto o raio atômico aumenta à medida que descemos num grupo, a energia de ionização diminui, e a diminuição do raio ao longo de um período é acompanhada por um aumento gradual na energia de ionização. Existem alguns desvios desta tendência geral na energia de ionização que podem ser facilmente explicados. Propriedades Atômicas Afinidade Eletrônica • A entalpia de ganho de elétron, geH o, é a variação da entalpia padrão molar quando um átomo na fase gasosa ganha um elétron: )()()( ggg AeA Apesar do termo entalpia de ganho de elétron ser o termo termodinamicamente apropriado, muito da química inorgânica é discutida em termos de uma propriedade muito próxima, a afinidade eletrônica de um elemento. Propriedades Atômicas Afinidade Eletrônica • A afinidade eletrônica de um elemento, Ea, é a diferença de energia entre os átomos gasosos e os íons gasosos a T = 0. • Uma afinidadeeletrônica positiva indica que o íon A- tem uma energia menor, mais negativa, do que o átomo neutro A. ),(),( gAEgAEEa Propriedades Atômicas Afinidade Eletrônica • O ganho um segundo elétron a um átomo inicialmente neutro, é sempre positiva porque a repulsão eletrônica supera a atração nuclear. • A afinidade eletrônica de um elemento é determinada, em grande parte, pela energia do orbital não- preenchido de menor energia (ou semipreenchido) do átomo no seu estado fundamental. É a energia liberada quando um átomo recebe um elétron (Afinidade Eletrônica). Varia como o Potencial de Ionização. Não inclui os Gases Nobres. Um elemento possui uma alta afinidade eletrônica se o elétron adicional pode entrar numa camada onde ele experimenta uma forte carga nuclear efetiva. Este é o caso dos elementos próximos ao canto direito superior da tabela periódica. Desse modo, espera-se que os elementos próximos ao flúor (especificamente O e Cl, mas não os gases nobres) tenham as maiores afinidades eletrônicas e grandes valores de Zef, sendo possível adicionar elétrons à camada de valência. O nitrogênio tem uma afinidade eletrônica muito baixa devido à alta repulsão eletrônica que ocorre quando um elétron entre em um orbital que já está semipreenchido. Afinidade Eletrônica ÁPropriedades Atômicas Eletronegatividade e Eletropositividade • A eletronegatividade, c (chi), de um elemento é a capacidade que um átomo de um elemento tem de atrair elétrons para ele quando faz parte de um composto. • Se um átomo tem uma forte tendência de adquirir elétrons, diz-se que é “altamente eletronegativo”. • Se ele tem uma tendência de perder elétrons, diz-se que é “eletropositivo”. É a capacidade que um átomo tem de atrair elétrons (ametais). Varia da esquerda para a direita e de baixo para cima, excluindo-se os gases nobres. • As eletronegatividades dos elementos geralmente aumentam da esquerda para a direita ao longo do período e diminuem ao descermos num grupo. Eletronegatividade Os elementos eletronegativos estão situados no lado direito da tabela: Aceitam elétrons para formar íons carregados negativamente, ou algumas vezes compartilham elétrons com outros átomos Eletronegatividade • Quando um átomo possui uma alta energia de ionização, I, e uma alta afinidade eletrônica, Ea, ele terá uma maior capacidade de adquirir do que de perder elétrons quando fizer parte de um composto; desse modo, será classificado como altamente eletronegativo. • se tanto a sua energia de ionização quanto a sua afinidade eletrônica forem baixas, então o átomo tenderá a perder elétrons ao invés de ganhá-los; desse modo será classificado como eletropositivo. • os elementos com alta eletronegatividade são aqueles com alta carga nuclear efetiva e pequeno raio covalente: esses elementos estão próximos ao flúor. F Li Na K Rb Cs Fr Eletropositividade ou Caráter Metálico: É a capacidade que um átomo tem de perder elétrons (metais). Varia da direita para a esquerda e de cima para baixo excluindo- se os gases nobres. H Eletropositividade A maioria dos elementos da tabela períodica enquadra-se sob a classificação de metal: São chamados de elementos eletropositivos, capazes de ceder seus poucos elétrons de valência para se tornarem íons carregados positivamente He Ne Ar Kr Xe Rn H B C N O F Cl Br I Li Na K Rb Cs Fr Resumo das propriedades Eletronegatividade; Energia de ionização; Afinidade Eletronica. Eletropositividade; Raio atômico • Uma divisão ampla e útil dos elementos é classificá- los como metais e não-metais. Metais, não-metais e metalóides •O caráter metálico aumenta à medida que descemos em um grupo. •O caráter metálico diminui ao longo do período. •Os metais têm energias de ionização baixas. •A maioria dos metais neutros sofre oxidação em vez de redução. • Os elementos não-metálicos são frequentemente gases (oxigênio), líquidos (bromo) ou sólidos (enxofre) que não conduzem eletricidade apreciavelmente. Metais, não-metais e metalóides • Os elementos metálicos (como ferro e cobre) são sólidos tipicamente lustrosos ou brilhante, maleáveis, dúcteis e condutores elétricos à temperatura ambiente. Quando metais se combinam (ou simplesmente se misturam), produzem ligas que possuem muitas das características físicas dos metais. 1 – Elementos metálicos combinam-se com elementos não-metálicos formando compostos tipicamente sólidos duros e não voláteis (Ex.: cloreto de sódio, NaCl). 2 – Elementos não-metálicos, quando combinados entre si, frequentemente, formam compostos moleculares voláteis (Ex.: tricloreto de fósforo. PCl3). Metais, não-metais e metalóides • Quando os metais são oxidados, eles tendem a formar cátions característicos. • Todos metais do grupo 1A formam íons M+. • Todos metais do grupo 2A formam íons M2+. • A maioria dos metais de transição têm cargas variáveis. Metais, não-metais e metalóides •A maior parte dos óxidos metálicos são básicos: Óxido metálico + água hidróxido metálico Na2O(s) + H2O(l) 2NaOH(aq) •Os não-metais apresentam um comportamento mais variado do que os metais. Quando os não-metais reagem com os metais, os não-metais tendem a ganhar elétrons: metal + não-metal sal 2Al(s) + 3Br2(l) 2AlBr3(s) O extintor de incêndio contém dióxido de carbono (CO2). Os letreiros luminosos são preenchidos com gás neônio (Ne). O rubi é uma pedra preciosa formada de óxido de alumínio (Al2O3), principalmente. Seus átomos se unem por ligações iônicas! Seus átomos se unem por ligações covalentes! Seus átomos são isolados, NÃO SE LIGAM! Ligações químicas O açúcar utilizado em casa é a sacarose (C12H22O11) O sal de cozinha é o cloreto de sódio (NaCl). A água oxigenada comercial é peróxido de hidrogênio (H2O2) aquoso. O troféu de campeão da Copa do Mundo FIFA é feita com ouro (Au)! Seus átomos se unem por ligações covalentes! Seus átomos se unem por ligações covalentes! Seus átomos se unem por ligações metálicas! Seus átomos se unem por ligações iônicas! Moléculas e fórmulas químicas • Moléculas são reuniões de dois ou mais átomos ligados entre si. • Cada molécula tem uma fórmula química. • A fórmula química indica – quais átomos são encontrados na molécula e – em qual proporção eles são encontrados. Exemplos: H2O, CO2, CO, CH4, H2O2, O2, O3 e C2H4. • Fórmulas mínimas:Fornecem os números e tipos relativos de átomos em uma molécula, elas fornecem os menores números inteiros proporcionais possíveis dos átomos em uma molécula. – Exemplos: H2O, HO, CH2. • Compostos formados a partir de moléculas são compostos moleculares. • As moléculas que contêm dois átomos ligados entre si são chamadas moléculas diatômicas. Moléculas e compostos moleculares De que maneira os átomos se combinam para formar moléculas, e por que os átomos formam ligações? Ligações químicas Elétrons das camadas internas Elétrons de valência ⇢ Não estãoenvolvidos do comportamento químico. ⇢ Determinam as propriedades químicas do átomo. As reações químicas resultam da perda, ganho ou rearranjo destes elétrons. Ligações químicas Em busca de uma configuração estável • Uma molécula só será formada se esta for mais estável e tiver menor energia do que os átomos individuais. • Com exceção dos gases nobres, os demais átomos têm tendência de formar moléculas através do estabelecimento de ligações. Configuração estável • A baixa energia dos gases nobres está associada ao fato de possuírem o nível eletrônico mais externo completamente preenchido. 18 Ar = 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 36Kr = 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 54Xe = 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 86Rn = 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f14 5d10 6p6 10Ne = 1s 2 2s2 2p6 2He = 1s 2 Camada de Valência (camada K) com 2 elétrons. Camada de Valência com 8 elétrons nos demais gases nobres. Estudando-se as estruturas eletrônicas dos gases nobres, percebe-se: assim, uma condição para um átomo possuir estabilidade é ele adquirir oito elétrons na última camada:é a Teoria do Octeto! Geralmente não reagem com nenhum outro átomo, e suas moléculas são monoátomicas, isto é, contêm apenas um átomo Baixa reatividade energias baixas não formam compostos Ligações químicas Teoria do Octeto Um átomo, para adquirir estabilidade, deverá possuir camada fechada, isto é, estar com oito elétrons em sua última camada (ou dois elétrons na camada K, desde que esta seja a camada de valência). 11Na = 1s 2 2s2 2p6 3s1 11Na + = 1s2 2s2 2p6 K = 2; L = 8; M = 1 Perde 1 elétron para adquirir o octeto. Família 1 A (Grupo 1): K = 2; L = 8 9F= 1s 2 2s2 2p5 9F –= 1s2 2s2 2p6 K = 2; L = 7 Ganha 1 elétron para adquirir o octeto. Família 7 A (Grupo 17): K = 2; L = 8 Ligações químicas Na natureza, as substâncias buscam um estado energético mais estável, ou seja, de menor energia! Configuração de camada fechada: Esta regra só é válida para os elementos representativos. ns2 np6 En er g ia Distância entre os átomos Menor estabilidade Maior estabilidade Ligações químicas A formação de ligações químicas envolve normalmente só os elétrons do nível mais externo do átomo e, através da formação de ligações, cada átomo adquire uma configuração eletrônica estável. O arranjo eletrônico mais estável é a estrutura de um gás nobre, e muitas moléculas possuem essa estrutura. Contudo, arranjos menos estáveis que a de gás nobre ocorrem regularmente nos elementos de trânsição Tipos de Ligações químicas Tipos de Ligações químicas Ligações Iônicas Ligações Iônicas Geralmente ocorre entre: 1 A 2 A 3 A 5 A 6 A 7 A Metais Ametais Apenas compartilham elétrons. Tendem a formar ligações covalentes. Perdem elétrons Ganham elétrons Os átomos se unem a partir da transferência de elétrons! Um átomo GANHA e o outro PERDE elétrons para obter o octeto! 4 A LIGAÇÕES IÔNICAS Como se formam as ligações iônicas? O NaCl tem energia mais baixa que Na+ e Cl- 1. Na perde elétrons 2. Elétrons ligam-se ao Cl 3. Íons agrupam-se como um cristal Acontece por atração eletrostática de íons com cargas opostas Cloro Sódio Ligações Químicas G. N. Lewis (1875-1946) introduziu uma maneira para descrever os elétrons de valência de um átomo: O símbolo do elemento representa o núcleo atômico com os elétrons internos; Até quatro elétrons de valência (representados por pontos) são colocados um de cada vez ao redor do símbolo; Se permanecer algum elétron de valência, ele deve ser colocado ao lado de um que já lá esteja. Símbolos de Lewis para os Átomos Representação de Lewis Cl Cl Na Na 1 elétron na camada de valência. + – 7 elétrons na camada de valência. O elétron é transferido: 1A 7A + + Formação do Cloreto de Sódio (NaCl) Retículo cristalino do NaCl. Cloro Sódio Ligações Iônicas • A ligação iônica é também chamada de ligação eletrovalente ou heteropolar; • nas ligações iônicas, as substâncias são neutras, pois as cargas anulam-se: Simbolos de Lewis • O arranjo dos elétrons de valência em torno do átomo em quatro grupos sugere que a camada de valência pode acomodar um máximo de quatro pares dos elétrons, chamado de octeto de elétrons. • Um octeto de elétrons que cerca um átomo é considerado uma configuração estável. Considere a reação entre o sódio e o cloro: Na(s) + ½Cl2(g) NaCl(s) Hºf = -410,9 kJ • A reação é violentamente exotérmica. • Inferimos que o NaCl é mais estável do que os elementos que o constituem. Por quê? • O Na perdeu um elétron para se transformar em Na+ e o cloro ganhou o elétron para se transformar em Cl. Observe: Na+ tem a configuração eletrônica do Ne e o Cl tem a configuração do Ar. • Isto é, tanto o Na+ como o Cl têm um octeto de elétrons circundando o íon central. Ligações Iônicas •O NaCl forma uma estrutura muito regular na qual cada íon Na+ é circundado por 6 íons Cl-. •Similarmente, cada íon Cl- é circundado por seis íons Na+. •Observe que os íons são empacotados o mais próximo possível. •Observe que não é fácil encontrar uma fórmula molecular para descrever a rede iônica. Energias envolvidas na formação da ligação iônica • A formação de Na+(g) e Cl(g) a partir de Na(g) e Cl(g) é endotérmica. • Por que a formação de Na(s) é exotérmica? • A reação NaCl(s) Na+(g) + Cl(g) é endotérmica (H = +788 kJ/mol). • A formação de uma rede cristalina a partir dos íons na fase gasosa é exotérmica: Na+(g) + Cl(g) NaCl(s) H = 788 kJ/mol Energias envolvidas na formação da ligação iônica • Energia de rede: é a energia necessária para separar completamente um mol de um composto sólido iônico em íons gasosos. • A energia de rede depende das cargas nos íons e dos tamanhos dos íons: k é uma constante (8,99 x 109 J m/C2), Q1 e Q2 são as cargas nas partículas e d é a distância entre seus centros. d QQ El 21k Energia de rede ou reticular ou de coesao ou de estabilidade (U) Energia de rede ou reticular ou de coesao ou de estabilidade (U) •A energia de rede aumenta à medida que: •As cargas nos íons aumentam •A distância entre os íons diminui Energia de rede ou reticular ou de coesao ou de estabilidade (U) • é útil conhecer a energia reticular, pois é uma indicação da solubilidade do cristal. Quando um sólido é dissolvido o retículo cristalino deve ser rompido, os íons formados são solvatados • Quando a energia reticular é elevada, é nescessaria uma grande quantidade de energia para romper o retículo, assim a entalpia de solvataçao será baixa, de modo que a substância provavelmente será insolúvel. Ligações Iônicas sólidos cristalinos (duros e quebradiços) Configurações eletrônicas de íons dos elementos representativos • Esses são derivados da configuração eletrônica dos elementos com o número necessário de elétrons adicionados ou removidos do orbital mais acessível. • As configurações eletrônicas podem prever a formação de íon estável: • Mg: [Ne]3s2 • Mg+: [Ne]3s1 não estável • Mg2+: [Ne] estável • Cl: [Ne]3s23p5 • Cl: [Ne]3s23p6 = [Ar] estável Íons de metais de transição:As energias de rede compensam a perda de até três elétrons; Em geral, os elétrons são removidosdos orbitais em ordem decrescente de n (i.e. os elétrons são removidos do 4s antes do 3d). • Os íons em compostos iônicos são arranjados em estruturas tridimensionais; • Como não existem moléculas de NaCl distintas, é possível escrever apenas uma fórmula mínima para essa substância; • De fato, somente fórmulas mínimas podem ser escritas para a maioria dos compostos iônicos; • Se conhecemos as cargas dos íons se escreve a fórmula mínima para um composto iônico; • Compostos químicos são eletricamente neutros; • O total de cargas positivas é igual ao total de cargas negativas; Compostos iônicos Fórmula Geral de um Composto Iônico Resumo • Substâncias iônicas possuem várias propriedades características: Substâncias quebradiças; Alto ponto de fusão; em geral cristalina ( sólidos com superfícies planas, ângulos característicos entre si), quebram de maneira regular. • Forças eletrostáticas que mantêm os íons em arranjo tridimensional rígido e bem definido • A grande maioria das substâncias químicas não tem as características de materiais iônicos. Ex: H2O gases, líquidos ou sólidos com baixo ponto de fusão Gasolina vaporizam-se rapidamente Sacolas plásticas e parafina maleáveis nas formas sólidas. Ligação covalente • Substâncias químicas que não se comportam como substâncias iônicas: Modelo diferente para a ligação química entre os átomos. • G.N. Lewis inferiu que os átomos poderiam adquirir uma configuração eletrônica de gás nobre pelo compartilhamento de elétrons com outros átomos. • Uma ligação química formada desse modo é chamada ligação covalente Ligação covalente • Quando dois átomos similares se ligam, nenhum deles quer perder ou ganhar um elétron para formar um octeto. • Quando átomos similares se ligam, eles compartilham pares de elétrons para que cada um atinja o octeto. • Cada par de elétrons compartilhado constitui uma ligação química. • Por exemplo: H + H H2 tem elétrons em uma linha conectando os dois núcleos de H. Ligação covalente Ligação covalente H2 exemplo mais simples de ligação covalente H H Ocorre interação eletrostáticas • Estruturas de Lewis: os símbolos de Lewis pode representar a formação da ligação covalente Ex: A formação da molécula de H2 H . + H . H : H Ligação covalente Par de elétrons ligantes Par de elétrons compartilhados entre os átomos pares de elétrons não compartilhados (par de pontos • Para os não-metais, o número de valência em um átomo neutro é o mesmo do número do grupo. Ex: 7A como F formariam uma ligação covalente para atingir um octeto 6A, como O, formariam duas ligações covalentes 5A, como o N formariam três ligações covalentes 4A, comoC, formariam quatro ligações covalentes Obs: O modelo de Lewis tem êxito em expplicar as composições de muitos compostos de não-metais, nos quais as ligações covalentes predominam Ligação covalente Ligações múltiplas • É possível que mais de um par de elétrons seja compartilhado entre dois átomos (ligações múltiplas): • Um par de elétrons compartilhado = ligação simples (H2); • Dois pares de elétrons compartilhados = ligação dupla (O2); • Três pares de elétrons compartilhados = ligação tripla (N2). • Em geral, a distância entre os átomos ligados diminui à medida que o número de pares de elétrons compartilhados aumenta. H H O O N N Ligação covalente • Em uma ligação covalente, os elétrons estão compartilhados. Ex: Cl2 ou N2 (átomos idênticos) • O compartilhamento de elétrons para formar uma ligação covalente não significa compartilhamento igual daqueles elétrons. • Existem algumas ligações covalentes nas quais os elétrons estão localizados mais próximos a um átomo do que a outro. • O compartilhamento desigual de elétrons resulta em ligações polares. Polaridade da ligação e eletronegatividade Polaridade de ligação ajuda a descrever o compartilhamento de elétrons entre os átomos; Ligação covalente apolar os elétrons estão igualmente compartilhados entre dois átomos; Ligação covalente polar um dos átomos exerce maior atração pelos elétrons ligantes que o outro.Se a diferença for muito grande, uma ligação iônica é formada. Eletronegatividade • Eletronegatividade: é a habilidade de um átomo de atrair elétrons para si em certa molécula . • Pauling estabeleceu as eletronegatividades em uma escala de 0,7 (Cs) a 4,0 (F). • A eletronegatividade aumenta: • ao logo de um período e • ao descermos em um grupo. Polaridade da ligação e eletronegatividade Usamos essa grandeza para estimar se determinada ligação será covalente apolar, covalente polar ou iônica Polaridade da ligação e eletronegatividade Eletronegatividade Exeções, especialmete nos metais de transição, a eletronegatividade diminui com o aumento do número atômico em um grupo e as afinidades eletrônicas não variam muito Eletronegatividade e polaridade de ligação • A diferença na eletronegatividade entre dois átomos é uma medida da polaridade de ligação: • as diferenças de eletronegatividade próximas a zero resultam em ligações covalentes apolares (compartilhamento de elétrons igual ou quase igual); • as diferenças de eletronegatividade próximas a 2 resultam em ligações covalentes polares (compartilhamento de elétrons desigual); • as diferenças de eletronegatividade próximas a 3 resultam em ligações iônicas (transferência de elétrons). Polaridade da ligação e eletronegatividade Eletronegatividade e polaridade de ligação • Não há distinção acentuada entre os tipos de ligação. • A extremidade positiva (ou polo) em uma ligação polar é representada por + e o polo negativo por -. Polaridade da ligação e eletronegatividade ⇢A molécula tem uma ponta parcialmente positiva e uma ponta parcialmente negativa, ela é um dipolo. Momentos de dipolo • Considere HF: • A diferença de eletronegatividade leva a uma ligação polar. • Há mais densidade eletrônica no F do que no H. • Uma vez que há duas ‘extremidades’ diferentes da molécula, chamamos o HF de um dipolo. • O momento de dipolo, m, é a ordem de grandeza do dipolo: onde Q é a grandeza das cargas. • Os momentos de dipolo são medidos em debyes (D)= 3,34x10-30 coloumb metros (Cm). Qrm Polaridade da ligação e eletronegatividade Um dipolo é produzido O tamanho do dipolo é dado pelo momento de dipolo m Momento de Dipolo • Os dipolos de ligação e os μ são grandezas vetoriais (possuem módulo e sentido). • Dipolo total de uma molécula poliatômica é a soma de seus dipolos de ligação (considerar módulo e o sentido dos dipolos). Polaridade de Ligações 221 • Moléculas nas quais o átomo central é rodeado simetricamente por átomos idênticos são apolares. • Moléculas do tipo ABn nas quais todos os átomos B são iguais, devem resultar em moléculas apolares mesmo que as ligações individuais sejam polares. Fomas moleculares simétricas: Linear (AB) Angular (AB2) Trigonal plana (AB3) Tetraédrica (AB4) Polaridade de Ligações 222 1. Some os elétrons de valência de todos os átomos. 2. Escreva os símbolos para os átomos a fim de mostrar quais átomos estão ligados entre si e una-os com uma ligação simples. 3.Complete o octeto dos átomos ligados ao átomo central. 4. Coloque os elétrons que sobrarem no átomo central.
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