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Convergências e Divergências entre Gestão Pública e Privada

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Gestão Pública p/ TRT-MG 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 
 
 
Prof. Rodrigo Rennó 
www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 41 
Aula 2: Convergências e Divergências entre a 
Gestão Pública e a Gestão Privada ± Gestão por 
Resultados 
 
Olá pessoal, tudo bem? 
Na aula de hoje iremos cobrir os seguintes itens do edital: 
¾ Convergências e diferenças entre a gestão pública e a gestão 
privada; Gestão de resultados na produção de serviços 
públicos. 
Espero que gostem da aula! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gestão Pública p/ TRT-MG 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 
 
 
Prof. Rodrigo Rennó 
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Sumário 
Convergências e Diferenças entre Gestão Pública e a Privada. ................................. 3 
Novas formas de gestão de serviços públicos .................................................. 10 
Gestão para Resultados ....................................................................... 10 
Contratualização de Resultados .............................................................. 13 
O Paradigma do Cliente ...................................................................... 19 
Accountability ................................................................................. 24 
Tipos de Accountability ...................................................................... 25 
Lista de Questões Trabalhadas na Aula. ........................................................ 31 
Gabarito .......................................................................................... 40 
Bibliografia ...................................................................................... 40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gestão Pública p/ TRT-MG 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 
 
 
Prof. Rodrigo Rennó 
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2 - (FCC ± TRE / RN - ANALISTA ± 2011) A gestão pública, ao 
contrário da gestão privada, é obrigada a 
a) respeitar a Constituição Federal. 
b) agir apenas de acordo com o que a lei permite. 
c) seguir o princípio da Pluralidade. 
d) oferecer seus serviços gratuitamente. 
e) publicar periodicamente balanços sociais. 
 
Ao contrário da gestão privada, que pode fazer tudo o que a lei (em 
sentido de todas as normas legais) não proíbe, a gestão pública só pode 
fazer o que a lei especificamente permite. Assim, o gabarito é a letra B. 
 
3 - (FCC ± METRÔ ± ADMINISTRAÇÃO ± 2008) O objetivo da 
Administração Pública é 
(A) o bem comum da coletividade administrada. 
(B) a obtenção de lucro nas suas atividades. 
(C) a obtenção de superávit primário. 
(D) a satisfação pessoal do Administrador Público. 
(E) o cumprimento das metas estabelecidas em acordos internos 
ou externos. 
 
Ao contrário da administração (ou gestão) privada, a administração 
pública visa o bem comum da sociedade. No caso da gestão pública, o 
objetivo não deve ser o lucro ou superávit financeiro. 
Os recursos financeiros são vistos apenas como um meio para 
atingir os objetivos maiores da sociedade (prover justiça, diminuir as 
desigualdades, construir hospitais etc.). O gabarito é, portanto, a letra A. 
 
4 - (FCC ± TRT / RS - ANALISTA ± 2011) Com relação às 
convergências entre a gestão pública e a gestão privada, 
considere as afirmativas abaixo. 
I. Deve-se gerir um órgão público como quem administra uma 
empresa, isto é, buscando compatibilizar custos e resultados, 
atuar com os olhos no cliente-consumidor e tomar decisões 
rápidas para aproveitar oportunidades de mercado. 
II. A gestão pública funciona exclusivamente sob a forma do 
modelo burocrático, o que a impede de focar necessidades 
especiais dos cidadãos. 
Gestão Pública p/ TRT-MG 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 
 
 
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III. Os órgãos públicos existem para servir a todos igualmente, 
independentemente da capacidade de pagar pelo serviço 
prestado, o que pode dificultar alcançar a agilidade e a eficiência 
das empresas privadas. 
IV. Os órgãos públicos devem operar sem levar em conta 
princípios típicos da gestão privada, como a economicidade e a 
eficiência. 
V. Os servidores públicos estão submetidos a normas jurídicas e a 
condições de trabalho que impedem sua responsabilização diante 
das possíveis falhas no atendimento aos cidadãos. 
Estão corretas SOMENTE 
a) I, II, III e IV. 
b) II, III e V. 
c) I e III. 
d) III e IV. 
e) I, III e V. 
 
A primeira afirmativa foi considerada correta pela banca e reflete a 
LGHLD� GH� (VWDGR� HPSUHHQGHGRU�� 6y� FRQVLGHUR� TXH� D� EDQFD� ³IRUoRX� XP�
SRXFR�D�EDUUD´�FRP�D�H[SUHVVmR��DSURYHLWDU�RSRUWXQLGDGHV�GH�PHUFDGR�� 
A segunda questão está incorreta, pois a gestão pública não opera 
exclusivamente de acordo com o modelo burocrático. 
A terceira frase está correta. Muitos candidatos consideram esta 
questão correte, pois o Estado não consegue atender a todos igualmente, 
na prática. Veja, entretanto, que esta é a missão do Estado, seu objetivo. 
Já a gestão privada não tem o objetivo de tratar todos igualmente. 
A quarta frase está errada, pois a gestão pública deve levar em 
conta tanto a economicidade quanto a eficiência. No caso da quinta 
afirmativa, os servidores públicos podem e devem ser responsabilizados 
por eventuais falhas. O gabarito é, assim, a letra C. 
 
5 - (FCC ± TCE / RO - AUDITOR ± 2010) A principal diferença entre 
a gestão privada e a gestão pública é que a segunda 
a) é obrigada a atender a todos, independentemente da 
capacidade financeira dos cidadãos e de suas demandas 
idiossincráticas. 
b) encontra-se limitada por regras legais e princípios morais, 
enquanto a primeira se orienta apenas pelo objetivo do lucro. 
Gestão Pública p/ TRT-MG 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 
 
 
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c) funciona exclusivamente sob a forma do modelo burocrático, o 
que a impede de atender às necessidades individuais dos 
cidadãos. 
d) funciona sempre em condições de monopólio natural, o que a 
torna insensível a questionamentos de ordem ética. 
e) pode operar sem levar em conta princípios típicos da gestão 
privada, como a economicidade e a eficiência. 
 
A letra A tenta confundir o candidato com a palavra 
³LGLRVVLQFUiWLFD´�� TXH� VLJQLILFD� FRPSRUWDPHQWRV� RX� WHPSHUDPHQWRV�
diferentes. Entretanto, a questão reflete corretamente o objetivo de 
gestão pública, que é o de universalizar o tratamento. 
Naturalmente, o Estado não atende a todos da mesma forma, pois 
alguns precisam mais e outros menos. De qualquer forma, todos nós 
somos atendidos pelo Estado em algum momento e deveremos ser 
tratados de forma igual, dentro de nossas desigualdades. 
 A letra B está errada, pois a gestão privada também deve seguir a 
lei. O que não ocorre é a necessidade de só fazer o que a lei permite. A 
letra C também está errada, pois a gestão pública não funciona 
exclusivamente no modelo burocrático. 
Do mesmo modo, a gestão pública não funciona sempre em 
condições de monopólio natural, como afirma a letra D. A letra E também 
está equivocada, pois a economicidade e a eficiência devem, sim, ser 
buscadas pelo setor público. O gabarito é, assim,a letra A. 
 
6 ± (CESPE ± TRT-10 ± TÉCNICO ± 2013) À semelhança das 
organizações privadas, a administração pública utiliza estratégias 
de segmentação de mercado, estabelecendo diferenciais de 
tratamento para clientes preferenciais. 
 
A gestão pública não pode nem deve fazer uma segmentação de 
mercado. Isto é uma característica da gestão privada que não se aplica no 
setor público. 
Temos na Administração Pública o princípio da isonomia. Assim, o 
gestor público só pode tratar de modo diferenciado as pessoas que se 
enquadram em alguma necessidade especial, de acordo com a lei. 
Deste modo, temos os casos de atendimento personalizado para os 
idosos, as gestantes, as crianças, sempre que isto se fizer necessário e 
descrito em algum normativo legal. O gabarito é mesmo questão errada. 
 
Gestão Pública p/ TRT-MG 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 
 
 
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7 ± (CESPE ± TRT-10 ± TÉCNICO ± 2013) Diferentemente das 
organizações privadas, as organizações públicas são regidas pela 
supremacia do interesse público e pela obrigação da continuidade 
da prestação do serviço público. 
 
Perfeito. Ao contrário das organizações privadas (que buscam o 
retorno aos seus acionistas), as organizações do setor público buscam 
melhorar as condições de vida da coletividade. Por esta maneira, não 
podem deixar de prestar seus serviços, mesmo quando existe um 
problema financeiro ou orçamentário. 
Já a iniciativa privada pode descontinuar a oferta de seus produtos 
sempre que tiver alguma alternativa melhor ou quando o serviço não for 
mais rentável. O gabarito é questão certa. 
 
8 ± (CESPE ± MI ± ANALISTA ± 2013) O interesse mobilizador da 
gestão privada é a lucratividade; o da gestão pública é a 
efetividade. 
 
Perfeito. Uma empresa sem lucro não consegue manter-se viável 
por muito tempo. Já a gestão pública busca gerar impactos positivos na 
comunidade em que opera. 
Estes indicadores que medem os efeitos na sociedade das políticas 
públicas são chamados de indicadores de efetividade. A redução da 
criminalidade em um município, por exemplo, é um dos objetivos 
buscados pelo gestor público. O gabarito é questão certa. 
 
9 ± (CESPE ± MI ± ANALISTA ± 2013) As organizações públicas 
assemelham-se às organizações privadas na medida em que 
também necessitam da aplicação dos processos administrativos 
de planejamento, organização, direção e controle, porém 
diferenciam-se na forma de aplicação. 
 
Exato. As organizações públicas e privadas têm diversos processos 
semelhantes, como o planejamento e o controle de suas atividades. 
Entretanto, as organizações privadas costumam ter muito mais 
flexibilidade na aplicação de suas ferramentas. 
Já as organizações públicas têm muitos dos seus processos, como o 
de controle, descritos detalhadamente em lei. A forma de aplicação dos 
processos é diversa mesmo. Assim sendo, o gabarito é questão certa. 
 
Gestão Pública p/ TRT-MG 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 
 
 
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10 ± (CESPE ± MI ± ANALISTA ± 2013) Em consonância com o 
princípio da legalidade, na gestão pública, em oposição à gestão 
privada, é lícito fazer apenas o que se determina em lei. 
 
%HOH]D�� (VWH� p� R� ³YHOKR´� SULQFtSLR� GD� OHJDOLGDGH�� $R� FRQWUiULR� GD�
gestão privada (que pode fazer tudo que não seja proibido), a gestão 
pública só pode fazer o que é determinado por lei. Assim, o gabarito é 
questão certa. 
 
11 ± (CESPE ± MI ± ANALISTA ± 2013) Semelhantemente à gestão 
privada, cabe à gestão pública a publicidade dos seus atos a fim 
de demonstrar transparência de suas ações para a coletividade. 
 
Negativo. Esta obrigação cabe somente à gestão pública. A gestão 
privada não tem a obrigação de dar publicidade a todos os seus atos, a 
não ser os que a legislação obriga a tal. 
Desta maneira, podem existir dados e informações que a empresa 
privada pode legalmente omitir da sociedade, se desejar. O gabarito é 
questão errada. 
 
12 - (CESPE ± TRE-MA / ANAL JUD ± 2005) Enquanto a receita das 
empresas depende dos pagamentos que os clientes fazem 
livremente na compra de seus produtos e serviços, a receita do 
Estado deriva de impostos, ou seja, de contribuições obrigatórias, 
sem contrapartida direta. 
 
3HUIHLWR��$V� HPSUHVDV�GHYHP� ³FRQYHQFHU´� VHXV� FOLHQWHV� D� FRPSUDU�
seus produtos e serviços. O Estado recebe suas receitas de modo 
³FRPSXOVyULR´��RX�VHMD��R�FLGDGmR�QmR�WHP�HVFROKD�H�QmR�UHFHEH�QHQKXP�
serviço específico em troca. A questão está correta. 
 
13 - (CESPE ± STM / ANAL JUD ± 2004) Como técnica exclusiva da 
administração empresarial, a análise e a melhoria de processos 
não se aplicam aos objetivos dos sistemas de administração 
pública. 
 
A análise e a melhoria dos processos não são exclusivas da gestão 
empresarial! A gestão por processos pode e deve ser utilizada na gestão 
pública! Prestem atenção, pois esta é uma pegadinha recorrente em 
questões de concurso! A frase está incorreta! 
Gestão Pública p/ TRT-MG 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 
 
 
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Novas formas de gestão de serviços públicos 
 
Gestão para Resultados 
 
O aumento das demandas de serviços públicos de qualidade somada 
a uma crescente preocupação com o aspecto fiscal do Estado (pois o 
aumento dos tributos não pode ser a única solução para a melhoria dos 
serviços) levou ao processo de reforma do Estado. 
Dentre os aspectos mais importantes neste processo de reforma, 
está a mudança de mentalidade predominante atualmente na gestão 
pública. O servidor público hoje gasta uma parte grande do seu tempo 
montando relatórios que pouco informam, cumprindo regras antiquadas e 
preocupando-se mais com o valor gasto do que com os resultados obtidos 
com estes recursos públicos. 
De acordo com o novo modelo de gestão, o controle não pode ser 
mais focado nos procedimentos e normas apenas. O que devem ser 
buscados são os resultados concretos das ações do governo, os impactos 
concretos na vida da população. 
Para podermos efetivamente gerir por resultados, devemos 
inicialmente saber quais são os resultados esperados. Uma secretaria de 
educação, por exemplo, não deve ter como resultado a ser buscado a 
construção de escolas ou a compra de tablets, mas a melhoria do 
desempenho de seus alunos no ENEM. 
Além disso, estes resultados devem ser medidos e monitorados de 
forma a poderem auxiliar o gestor a tomar as decisões mais adequadas 
de modo que os recursos sejam aplicados da melhor forma. 
O processo de gestão para resultados deve então direcionar toda a 
lógica da administração para a definição de objetivos e metas, além 
da medição e do controle destes resultados. De acordo com Serra2: 
³$�*HVWmR�SDUD�5HVXOWDGRV�p�XP�PDUFR�FRQFHLWXDO�
cuja função é a de facilitar às organizações 
públicas a direção efetiva e integrada de seu 
processo de criação de valor público, a fim de 
otimizá-lo, assegurando a máxima eficácia, 
eficiência e efetividade de desempenho, além 
da consecução dos objetivos do governo e a 
melhoria contínua de suas instituições�´� 
 
2 (Serra, 2008) 
Gestão Pública p/ TRT-MG 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 02 
 
 
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capazes de proporcionar respostas efetivas eúteis às necessidades 
ou demandas que sejam politicamente desejáveis (consequência de 
um processo democrático), tenha sua propriedade coletiva e gerem 
mudanças sociais que modifiquem certos aspectos do conjunto da 
sociedade. 
Portanto, os objetivos da GPR são relacionados a três dinâmicas5: 
9 Disponibilizar mais informações para os gestores 
públicos, de forma que estes possam maximizar o processo 
de criação de valor público, através do alcance de melhores 
resultados; 
9 Contribuir para a melhoria da capacidade das autoridades e 
organizações públicas de prestar contas para a sociedade; 
9 Ajudar à alocação descentralizada de objetivos e 
responsabilidades bem como à avaliação do desempenho 
daqueles que exercem as funções gerenciais ± com o 
correspondente uso de incentivos e sanções. 
Ou seja, para que a GPR funcione o primeiro passo é podermos 
medir os resultados das ações e programas governamentais. Não adianta 
ter objetivos e metas que não podem ser quantificados ou controlados. 
Após a definição dos objetivos e metas e o monitoramento dos 
resultados (que podem ser de eficiência, eficácia e efetividade), temos de 
dar flexibilidade e autonomia aos gestores. Para que a gestão para 
resultados funcione no setor público, o paradigma burocrático deve ser 
atacado. 
Não faz sentido cobrar resultados, se não existem ferramentas de 
gestão à disposição dos agentes públicos encarregados de entregar estes 
resultados. Administrar significa tomar decisões. Se o gestor tem pouca 
DXWRQRPLD�� WDPEpP� QmR� VH� VHQWLUi� ³UHVSRQViYHO´� SHORV� UHVXOWDGRV�
alcançados. 
Se um gestor, por exemplo, não pode contratar pessoas quando 
necessita de recursos humanos, não pode alterar a estrutura 
organizacional da empresa, não consegue transferir funcionários de áreas 
ociosas para áreas críticas, dificilmente alcançará os resultados 
desejados. 
Assim, o foco de controle deve ser alterado do controle de 
procedimentos para o controle de resultados. Dentro deste prisma, a 
flexibilidade gerencial deve ser utilizada como instrumento principal para 
o sucesso da GPR. 
 
4 (Moore, 1995) apud (Serra, 2008) 
5 (Serra, 2008) 
Gestão Pública p/ TRT-MG 
Teoria e exercícios comentados 
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Esta flexibilidade é importante nos três níveis, mas é fundamental 
no nível estratégico e no nível tático. Vemos os instrumentos abaixo como 
indicativos das medidas necessárias para que isto ocorra: 
¾ Flexibilidade maior na gestão dos próprios recursos ± a 
prática de contingenciamentos deve ser reduzida e os 
recursos devem estar disponíveis de acordo com uma 
programação anual razoável, de forma que possa existir um 
planejamento eficaz; 
¾ Autonomia na contratação de pessoal ± o gestor deve ter 
liberdade de escolher sua própria equipe e distribuir os cargos 
disponíveis. 
Outro aspecto importante dentro do processo de mudança atrelado 
a introdução da GPR é a mudança cultural dos servidores públicos. 
Assim, os incentivos e punições devem ser atrelados aos resultados 
individuais e coletivos alcançados. 
Dentro deste âmbito, devem ser introduzidos instrumentos 
motivacionais que atuem em duas frentes, os aspectos intrínsecos (que 
são derivados das necessidades, vivências e experiências de cada 
indivíduo) e os aspectos extrínsecos (que se referem ao ambiente de 
trabalho e as condições de trabalho, como o salário, infraestrutura, 
benefícios, etc.). 
 
 
Contratualização de Resultados 
 
A gestão por resultados está relacionada aos acordos ou contratos 
de gestão. Esta é uma ferramenta muito utilizada para que sejam 
acordados os resultados a serem alcançados com os recursos públicos. 
Através destes, ficam estabelecidos os objetivos e metas a serem 
entregues pelos órgãos e entidades e também os recursos que serão 
disponibilizados. Esta modalidade de gestão foi difundida em muitos 
países, como a Nova Zelândia. 
De acordo com Schick6, 
³1D� SUiWLFD�� WRGRV� RV� HOHPentos da reforma 
neozelandesa se basearam na ideia do contrato 
entre o governo comprador de bens e de serviços 
e as agências como prestadoras de serviço. 
Centenas de contratos são negociados nos 
mínimos detalhes a cada ano; o contrato típico 
 
6 (Schick, 1998) apud (Trosa, 2001) 
Gestão Pública p/ TRT-MG 
Teoria e exercícios comentados 
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especifica de um lado os resultados a atingir 
e de outro, os recursos atribuídos´�� 
Entretanto, a adaptação deste instrumento não foi fácil em nosso 
SDtV��$�QRomR�GH�XP�DFRUGR�³LQWHUQR´�HQWUH�RV�yUJmRV�S~EOLFRV�p�GH�GLItFLO�
aplicação. 
Dessa maneira, o contrato de gestão ou acordo-programa é um 
pacto firmado pela Administração Pública, uma espécie de convênio 
administrativo, entre um órgão supervisor com outro órgão ou entidade 
da Administração Pública ou do Terceiro Setor. 
Através deste acordo, estabelecem-se indicadores, metas, a serem 
atingidas. Em troca disso, garantem-se os recursos para que este órgão 
alcance os resultados pretendidos. O contrato de gestão, assim, pode 
assumir três configurações. 
Uma delas é a formação de uma parceria entre o Poder Público e 
suas entidades, conferindo a estas uma maior autonomia gerencial, 
orçamentária e financeira, devendo-se, em todo caso, observância às 
metas de desempenho, aos indicadores de eficiência. Como exemplos, 
podem ser citadas as agências executivas. 
A segunda configuração garante a assinatura de contratos de gestão 
com entidades não integrantes da Administração Pública. Nesse sentido, a 
Lei 9.637/1998, a qual trata das Organizações Sociais (OSs), dá a 
possibilidade de assinatura de contratos de gestão, ficando obrigadas a 
atingir metas relacionadas a serviços e atividades de interesse público, 
atividades relativas às áreas de ensino, cultura e saúde, por exemplo. 
Em contrapartida, recebem auxílio da Administração, mediante, por 
exemplo, transferência de recursos públicos, cessão de bens e servidores 
públicos. 
Já a terceira configuração seria a celebração entre o Poder Público e 
seus próprios órgãos, unidades administrativas despersonalizadas. Essa 
última configuração tem sido objeto de críticas por parte da doutrina: a 
primeira apoia-se no fato de que órgãos, por serem despersonalizados, 
não poderiam assinar contratos; a segunda sustenta-se na ideia de que o 
contrato não é lei, logo, não é o instrumento hábil ao incremento de 
autonomia financeiro-orçamentária. 
Este é, na realidade, um acordo operacional, espécie de convênio 
administrativo, por meio do qual o Poder Público garante maior autonomia 
administrativa aos órgãos, em troca de maior eficiência, com desenho de 
metas e de indicadores de desempenho. 
Isto acaba gerando uma dificuldade na cobrança dos resultados de 
órgãos e servidores públicos. Como indica Sylvie Trosa7, 
 
7 (Trosa, 2001) 
Gestão Pública p/ TRT-MG 
Teoria e exercícios comentados 
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³2� FRQWUDWXDOLVPR� IRUPDO� SDUHFH� DVVLP� VHU� XP�
impasse se for definida no contrato a obrigação 
dos funcionários em prestar os serviços porque de 
qualquer modo essa prestação já é considerada 
REULJDWyULD´� 
Dessa maneira, deve existir uma cultura da pactuação de resultadose um aumento da autonomia dos gestores públicos, com uma cobrança 
dos resultados obtidos pelos servidores e órgãos. 
Vamos ver algumas questões agora? 
14 - (FCC ± TRE/SP ± ANALISTA ± 2012) Uma gestão eficaz de 
serviços públicos orientada por resultados exige a implantação de 
a) processos de redução da hierarquia funcional de cargos. 
b) instrumentos de contratualização de metas. 
c) métodos de planejamento centralizado. 
d) práticas de contratação descentralizadas. 
e) programas de racionalização de custos. 
 
A gestão por resultados implica na pactuação e controle dos 
resultados a serem obtidos pela equipe ou pelos órgãos envolvidos. 
Normalmente, são acertados os objetivos e metas a serem buscados em 
troca de maior autonomia e recursos para que os resultados possam ser 
alcançados. O gabarito é mesmo a letra B. 
 
15 - (FCC ± PGE-RJ ± TÉCNICO ± 2009) No Brasil, os sistemas de 
avaliação de desempenho na gestão pública ainda são incipientes. 
A gestão por resultados poderia ser priorizada pela iniciativa de 
a) adotar princípios, tais como: tratar o cidadão como cliente, 
controle por objetivos e metas ou governo por parcerias. 
b) redirecionar o sistema de avaliação dentro da administração 
governamental para uma ação centrada no eixo da avaliação de 
custo do serviço prestado. 
c) elaborar e divulgar sistemas de indicadores de produtividade 
dos servidores públicos, punindo os improdutivos com demissão 
ou redução salarial. 
d) garantir uma ampla divulgação e acompanhamento dos 
princípios e valores promovidos pelos órgãos públicos, permitindo 
o controle pela sociedade. 
e) orientar as políticas de recursos humanos pelos parâmetros de 
avaliação de pesquisas de opinião pública. 
Gestão Pública p/ TRT-MG 
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A letra A está correta e é o gabarito da banca. Principalmente no 
controle por objetivos e metas (o centro deste modelo) e nas parcerias. 
Já a letra B não está adequada, pois não basta focar no custo dos serviços 
prestados, mas sim nos resultados que estes recursos estão gerando. 
A letra C também está equivocada, pois a punição e a demissão de 
servidores por não alcançar resultados não são consideradas estratégias 
eficientes. A letra D está mais relacionada com o controle social e a 
accountability do que com a gestão por resultados. 
Finalmente, a letra E está equivocada porque as pesquisas de 
opinião não podem ser o único parâmetro para aferir os resultados das 
ações governamentais. Desta maneira, o gabarito é letra A. 
 
16 - (FCC ± ISS/SP ± AUDITOR ± 2007) A respeito da abordagem 
da gestão de resultados na Administração Pública, é correto 
afirmar: 
a) O Plano Plurianual prevê clara relação entre os resultados dos 
programas e os resultados das políticas públicas aos quais se 
relacionam. 
b) Planejamento estratégico é uma abordagem de negócios 
centrada em variáveis de mercado e sua utilização em 
organizações públicas gera resultados distorcidos. 
c) O componente institucional das avaliações de desempenho 
utilizadas para efeito de pagamento das gratificações variáveis 
considera, na maior parte das vezes, metas de ações e não de 
desempenho. 
d) A gestão de resultados tem como vantagem a alta correlação 
entre complexidade do contexto geral e de setores específicos e a 
revisão de objetivos e metas. 
e) A maior dificuldade na aplicação desse conceito, pela 
Administração Pública, consiste na ausência de instrumentos 
capazes de refletir os objetivos estratégicos do Estado. 
 
A primeira alternativa está incorreta, pois existem dificuldades de 
relacionar o PPA diretamente com os resultados das políticas públicas, ou 
seja, com os impactos gerados pelos programas governamentais. 
A letra B também está errada, pois o planejamento estratégico é 
perfeitamente adaptável ao setor público e não gera nenhum resultado 
³GLVWRUFLGR´��-i�D�OHWUD�&�HVWi�FRUUHWD��$V�PHWDV�GH�Do}HV�VmR�PDLV�IiFHLV�
de serem avaliadas do que as de desempenho. 
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Já a letra D está equivocada, pois esta correlação não é uma 
vantagem da gestão por resultados. Finalmente, a letra E também está 
errada. Muitos órgãos do setor público contam com instrumentos capazes 
de refletir seus objetivos estratégicos, como missão, visão, mapa 
estratégico, etc. A utilização do Balanced Scorecard é comum. Assim, o 
gabarito é mesmo a letra C. 
 
17 - (FCC ± SEFAZ/SP ± FISCAL DE RENDAS ± 2009) A 
implantação da gestão por resultados na administração pública 
envolve 
(A) orientar a avaliação da administração governamental pelos 
custos do serviço prestado. 
(B) difundir em toda a administração pública o controle por 
objetivos e metas. 
(C) adotar indicadores de produtividade dos servidores públicos, 
para poder demitir os improdutivos. 
(D) garantir uma ampla transparência dos serviços públicos, 
permitindo o controle pela sociedade. 
(E) orientar as políticas de recursos humanos pelos parâmetros de 
avaliação de pesquisas de opinião pública. 
 
A primeira alternativa não descreve corretamente a GPR, pois não 
são somente os custos (ligados à eficiência na gestão dos recursos) que 
devem ser medidos e controlados. Já a letra B está correta, pois alguns 
dos aspectos mais importantes da GPR são a definição e controle dos 
objetivos e metas do governo. 
Na letra C, a GPR não se limita a utilizar estes indicadores para 
demitir servidores. O objetivo é maximizar o valor público através de 
resultados melhores. Assim, esta opção está errada. A letra D também 
não está totalmente correta, pois o aumento da transparência pode e 
deve ocorrer, mais não é um aspecto central do funcionamento da gestão 
para resultados. 
Do mesmo modo, a letra E está incompleta, pois a avaliação das 
pesquisas de avaliação pública (que seria relacionada com um indicador 
de qualidade do serviço público) pode ser parte da gestão por resultados, 
mas não é somente isso que alimenta este sistema. 
A avaliação dos resultados relacionados à eficácia, eficiência e 
efetividade das ações e programas governamentais também são partes 
deste processo. Portanto, o nosso gabarito é mesmo a letra B. 
 
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18 - (FCC ± SEFAZ/SP ± FISCAL DE RENDAS ± 2009) Uma gestão 
pública baseada em resultados implica geração de valor público, 
ou seja, 
(A) a realização de serviços que sejam efetivamente rentáveis, 
gerando retornos crescentes para os impostos pagos pelos 
cidadãos. 
(B) a orientação sistemática da administração pública para a 
redução dos custos dos serviços. 
(C) o aperfeiçoamento dos mecanismos de controle formais da 
administração pública, evitando a corrupção e o desperdício. 
(D) a orientação para objetivos que ofereçam respostas efetivas a 
necessidades ou demandas socialmente legítimas da sociedade. 
(E) a crescente publicização da administração pública, permitindo 
uma ampla participação dos mais pobres na implementação dos 
serviços básicos. 
 
Para que possamos resolver esta questão, necessitamos saber o 
que é valor público. Como já vimos na aula, a criação de valor público 
envolve a orientação da gestão pública para o alcance de resultados que 
sejam politicamente desejáveis (porque passaram por um processo 
democrático de escolha, portanto legítimo) e que atendamaos desejos e 
demandas da sociedade. 
Portanto, o nosso gabarito é a letra D. 
 
19 - (CESPE - TCU / ACE - 2008) O controle dos resultados de 
forma descentralizada, na administração pública, depende de um 
grau de confiança limitado nos agentes públicos, que, mesmo com 
estrito monitoramento permanente, devem ter delegação de 
competência suficiente para escolher os meios mais apropriados 
ao cumprimento das metas prefixadas. 
 
Perfeito. De acordo com a mudança gerencialista em direção ao 
controle de resultados, deve ser dada autonomia para o gestor poder 
buscar os melhores resultados possíveis dentro do contexto que trabalha. 
Entretanto, esta autonomia não é total e este servidor deve ser 
constantemente monitorado pelos órgãos de controle. O gabarito é 
questão correta. 
 
20 - (CESPE - TRT-RJ ± ANALISTA - 2008) A adoção da gestão 
pública por resultados limita a autonomia do gestor público na 
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forma como implementar a produção dos serviços públicos, em 
função dos resultados acordados. 
 
É exatamente o contrário que ocorre. A gestão por resultados visa 
ampliar a autonomia do gestor, e não limitar esta autonomia. Para que 
este possa atingir os resultados, deve ter maior flexibilidade e autonomia. 
O gabarito é questão incorreta. 
 
21 - (CESPE ± INMETRO ± ANALISTA - 2007) No modelo 
gerencialista, em comparação ao burocrático, a autonomia do 
administrador público é ampliada, para que os objetivos 
contratados sejam atingidos. 
 
Beleza. Neste modelo gerencialista, o pressuposto é que devem ser 
dadas autonomia e flexibilidade maiores ao servidor! Desta forma, 
podem-se cobrar os resultados acordados. O gabarito é questão correta. 
 
22 - (CESPE - TRT-RJ ± ANALISTA - 2008) Os indicadores 
utilizados na gestão pública por resultados têm como finalidade 
exclusiva o monitoramento do atingimento dos resultados 
propostos em seus objetivos. 
 
A questão está incorreta, pois os indicadores têm diversos 
objetivos, como os de avaliar a eficiência, eficácia e efetividade de uma 
política pública ou ação governamental. Não são somente os resultados 
diretos que são avaliados. 
'HVWD�PDQHLUD��VH�UHWLUiVVHPRV�D�³ILQDOLGDGH�H[FOXVLYD´�GD�IUDVH�HOD�
se tornaria correta. Fiquem sempre atentos quando o CESPE ³FRORFDU´��
sempre, nunca, exclusivamente etc. O gabarito é questão errada. 
 
O Paradigma do Cliente 
 
A visão de que os governos deveriam tratar com mais cuidado seus 
³FOLHQWHV�FLGDGmRV´� HVWi� LQVHULGR� GHQWUR� GR� PRYLPHQWR� GD� 1RYD� *HVWmR�
Pública. 
Desde os anos 80 do século passado, os governos estão buscando 
entender melhor quais são as características destes clientes/cidadãos, 
quais são suas necessidades e demandas para melhor atendê-los. 
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Além disso, começou a existir uma maior cobrança destes cidadãos 
por mais informação das ações e programas do governo, ou seja, um 
aumento da transparência do Estado. 
Anteriormente, a administração burocrática era voltada para dentro, 
ou seja, se preocupava mais com seus próprios problemas e 
necessidades. Desta forma, as necessidades e desejos dos cidadãos eram 
deixados em segundo plano. 
$� ³HWHUQD´� GHVFRQILDQoD� TXH� H[LVWLD� QD� DGPLQLVWUDomR� EXURFUiWLFD�
em relação aos servidores também dificultava um melhor atendimento ao 
público. O controle de procedimentos (que é derivado desta desconfiança) 
não possibilitava ao servidor a flexibilidade de atender os 
clientes/cidadãos da maneira mais rápida e eficaz. 
$WXDOPHQWH�� HVWH� FRQFHLWR� GH� ³FOLHQWH´� HYROXLX�� SRLV� D� QRomR� GR�
indivíduo como cliente, como é entendida no setor privado, não se adapta 
perfeitamente ao setor público. 
De acordo com a constituição, todos os indivíduos têm os mesmos 
direitos e deveres e devem ser tratados da mesma forma pelo Estado. 
1R�VHWRU�SULYDGR��XP�FOLHQWH�PDLV�³LPSRUWDQWH´�p�WUDWDGR�FRPR�9,3��H�WrP�
um atendimento personalizado e especial. 
A própria noção de que existem deveres relacionados com a noção 
de cidadão é contrária à noção de cliente do setor privado. 
Além disso, a cultura organizacional reinante nas organizações 
públicas é auto-referida, ou seja, voltada aos interesses da burocracia, e 
não dos cidadãos que devem servir. Como não eram avaliados e 
premiados de acordo aos resultados obtidos e à satisfação dos clientes, 
estes servidores se condicionaram a satisfazer aos chefes e superiores, e 
não aos cidadãos. 
Outra diferença que existe entre o setor privado e o público na 
SUHVWDomR�GH�VHUYLoRV�GH�TXDOLGDGH�DRV�VHXV�³FOLHQWHV´�VmR�DV� UHVWULo}HV�
orçamentárias e financeiras que existem no setor público. Estas, de certa 
forma, acabam limitando a prestação de serviços de melhor qualidade em 
certas situações. 
Vamos ver algumas questões agora? 
23 - (FCC ± ISS-SP ± AFTM ± 2007) O paradigma do cliente 
impacta de forma diferenciada as organizações do setor público e 
as do setor privado, em decorrência de uma série de 
condicionamentos e particularidades das respectivas gestões. No 
setor público, 
(A) o paradigma do cliente não pode ser incorporado, pois as 
organizações públicas não estão orientadas para o mercado e não 
necessitam, assim, satisfazer a clientela destinatária dos serviços 
que prestam. 
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(B) o administrador público não pode aderir plenamente à defesa 
dos direitos do consumidor, sob pena de perder o controle de seus 
planos orçamentários e distanciar-se das diretrizes 
governamentais mais amplas, às quais está subordinado. 
(C) o paradigma do cliente acaba por ser negado em função do 
caráter de universalidade da atuação do Estado, que deve fornecer 
serviços de igual qualidade para todos os cidadãos, 
independentemente de suas necessidades e opiniões individuais. 
(D) a perspectiva do cliente tem impacto reduzido, dada a 
impossibilidade legal e política de se promover alterações na 
qualidade dos serviços prestados pelo Estado, na medida em que 
seu foco deve ser a ampliação dos cidadãos alcançados. 
(E) o dever de atender está cerceado pela presença de interesses 
burocráticos ou corporativos e contrapõe-se à limitação dos 
recursos públicos, o que acaba por determinar a oferta de serviços 
que nem sempre satisfazem a massa de clientes atendida. 
 
A primeira questão está errada, pois obviamente as organizações 
públicas devem satisfazer seus clientes/cidadãos. Na letra B, os gestores 
públicos devem atender aos clientes da melhor forma possível com os 
recursos orçamentários disponíveis. Assim, esta questão também está 
incorreta. 
O paradigma do cliente não é negado, mas sim adaptado ao setor 
público. É por isso que atualmente se pensa nos cidadãos, com seus 
direitos e deveres. Entretanto, devem ser sim atendidos com qualidade. 
Portanto, a letra C está errada. A letra D também está errada, pois não 
existe impossibilidade de se alterar as leis e o foco não deve ser 
necessariamente a ampliação dos cidadãos atendidos. 
Desta forma, o nosso gabarito é mesmo a letra E, que está correta. 
 
24 - (FCC ± TRE/RN ± ANALISTA ADM ± 2011) A incorporação do 
paradigma do cidadão como cliente na gestão pública depende 
(A) da rejeição das burocracias públicas, pois estas visam a 
atender seus interesses corporativosantes dos interesses dos 
cidadãos. 
(B) da alteração do princípio da universalização dos serviços 
públicos, por meio do atendimento prioritário às clientelas com 
maior renda. 
(C) da compatibilização do dever de atender com qualidade todos 
os cidadãos, independentemente de sua condição financeira, com 
as limitações orçamentárias do poder público. 
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(D) do aprofundamento do processo de privatização do setor 
público, pois seu sucesso depende da eliminação do modelo 
patrimonial de gestão. 
(E) da retirada de princípios constitucionais da administração 
pública como a impessoalidade, a equidade e a universalidade. 
 
As burocracias não devem desaparecer. Elas devem, sim, evoluir! 
Ao invés de serem auto-referidas, devem servir aos clientes/cidadãos. A 
OHWUD�%� WDPEpP�HVWi�HUUDGD��SRLV�HVWD�YLVmR�GH�XP�FOLHQWH� ³YLS´�QmR� VH�
adapta ao setor público, como já vimos. 
A letra C está correta, pois os cidadãos devem ser atendidos da 
melhor forma possível com os recursos disponíveis. A letra D é absurda, 
pois o paradigma do cliente não está relacionado com a privatização. Do 
mesmo modo, a letra E está errada, pois os princípios constitucionais não 
devem ser retirados, e sim cumpridos. Assim, o nosso gabarito é mesmo 
a letra C. 
 
25 - (FCC ± TCE/RO ± AUDITOR ± 2010) Na gestão do setor 
público, a incorporação do paradigma do cidadão como cliente 
(A) foi rejeitada, pois as burocracias públicas não têm como 
missão atender clientelas, mas alcançar resultados orientados 
pelo princípio da razão de Estado. 
(B) deve ser compatibilizada com o dever de atender a todos os 
cidadãos, independentemente de sua condição financeira, e com 
as limitações de recursos orçamentários públicos. 
(C) é incompatível com o princípio da universalização dos serviços 
públicos, que impõe o atendimento prioritário a todos, 
independentemente da sua qualidade. 
(D) será alcançada à medida que avançar o processo de 
privatização do setor público, pois seu sucesso depende da 
eliminação do modelo burocrático de gestão. 
(E) é de difícil implementação, pois depende da retirada de 
princípios constitucionais da administração pública, como a 
impessoalidade, a equidade e a universalidade. 
 
A primeira opção está incorreta, pois o paradigma do cliente não foi 
rejeitado. Entretanto, a letra B está correta. Já a letra C está errada, pois 
o serviço deve ser de qualidade. Prestar serviços a todos sem qualidade 
não é o suficiente. 
A alternativa D repete o erro da questão passada de relacionar o 
paradigma do cliente com a privatização. E a letra E continua vinculando 
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a retirada dos princípios constitucionais, que não é necessária. O nosso 
gabarito é mesmo a letra B. 
 
26 - (CESPE - TCU / ACE - 2008) O controle dos resultados de 
forma descentralizada, na administração pública, depende de um 
grau de confiança limitado nos agentes públicos, que, mesmo com 
estrito monitoramento permanente, devem ter delegação de 
competência suficiente para escolher os meios mais apropriados 
ao cumprimento das metas prefixadas. 
 
Perfeito. De acordo com a mudança gerencialista em direção ao 
controle de resultados, deve ser dada autonomia para o gestor poder 
buscar os melhores resultados possíveis dentro do contexto que trabalha. 
Entretanto, esta autonomia não é total e este servidor deve ser 
constantemente monitorado pelos órgãos de controle. O gabarito é 
questão correta. 
 
27 - (CESPE - TRT-RJ ± ANALISTA - 2008) A adoção da gestão 
pública por resultados limita a autonomia do gestor público na 
forma como implementar a produção dos serviços públicos, em 
função dos resultados acordados. 
 
É exatamente o contrário que ocorre. A gestão por resultados visa 
ampliar a autonomia do gestor, e não limitar esta autonomia. Para que 
este possa atingir os resultados, deve ter maior flexibilidade e autonomia. 
O gabarito é questão incorreta. 
 
28 - (CESPE ± INMETRO ± ANALISTA - 2007) No modelo 
gerencialista, em comparação ao burocrático, a autonomia do 
administrador público é ampliada, para que os objetivos 
contratados sejam atingidos. 
 
Beleza. Neste modelo gerencialista, o pressuposto é que devem ser 
dadas autonomia e flexibilidade maiores ao servidor! Desta forma, 
podem-se cobrar os resultados acordados. O gabarito é questão correta. 
 
29 - (CESPE - TRT-RJ ± ANALISTA - 2008) Os indicadores 
utilizados na gestão pública por resultados têm como finalidade 
exclusiva o monitoramento do atingimento dos resultados 
propostos em seus objetivos. 
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A questão está incorreta, pois os indicadores têm diversos 
objetivos, como os de avaliar a eficiência, eficácia e efetividade de uma 
política pública ou ação governamental. Não são somente os resultados 
diretos que são avaliados. 
Desta maneiUD��VH�UHWLUiVVHPRV�D�³ILQDOLGDGH�H[FOXVLYD´�GD�IUDVH�HOD�
VH� WRUQDULD� FRUUHWD�� )LTXHP� VHPSUH� DWHQWRV� TXDQGR� R� &(63(� ³FRORFDU´��
sempre, nunca, exclusivamente etc. O gabarito é questão errada. 
 
 
Accountability 
 
O termo accountability deriva da noção, antiga no mundo anglo-
saxão, de que os representantes do Estado devem prestar contas à 
sociedade de seus atos. Portanto, podemos ligar este conceito à 
capacidade dos governantes e agentes públicos de prestar contas de seus 
atos na gestão da coisa pública aos governados. 
De acordo com Campos8, nas sociedades democráticas mais 
modernas, se aceita como natural e se espera que os governos ± e o 
serviço público ± sejam responsáveis perante os cidadãos. Além disso, 
acredita-se nestes países que a própria accountability força uma evolução 
das práticas administrativas, pois com mais informação e participação, a 
população passa a exigir melhores resultados. 
Para a supracitada autora, o próprio conceito de accountability não 
era conhecido no Brasil até pouco tempo, pois não havia esta noção de 
que o agente público teria a obrigação de prestar contas e de que os 
recursos públicos tinham, sim, dono - a coletividade. 
Desta forma, os mecanismos burocráticos de controle não supriam 
esta necessidade e não existia na cultura do setor público esta noção de 
prestação de contas à população. Entretanto, como os recursos públicos 
são da sociedade, torna-se fundamental a obrigação dos agentes que 
cuidam destes recursos de responder por eles9. 
Portanto, o agente que recebeu o poder de DGPLQLVWUDU� D� ³FRLVD´�
pública deve prestar contas à sociedade, que delegou este poder. De 
acordo com Paludo, nas experiências de accountability, quase sempre 
³HVWmR�SUHVHQWHV�WUrV�GLPHQV}HV��LQIRUPDomR��MXVWLILFDomR�H�SXQLomR´�� 
 
8 (Campos, 1990) 
9 (Paludo, 2010) 
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Para Mosher10, a accountability é sinônima de responsabilidade 
objetiva ou obrigação em responder por algo. Desta forma, o autor 
diferencia a responsabilidade objetiva (que vem de fora, sendo imposta), 
da responsabilidade subjetiva (que vem de dentro do sujeito).Assim, se o agente público não se sente na obrigação de prestar 
contas, deveria existir algum mecanismo que o obrigue! Deve existir a 
noção de que a prestação de contas não é um favor, mas um dever 
do agente público. 
Este fator é ainda mais importante no caso da burocracia. Estes 
agentes públicos, ao contrário dos políticos (que devem ser eleitos a cada 
eleição), não são submetidos a uma avaliação da sociedade. Desta forma, 
devem existir mecanismos que busquem evitar que estes servidores 
públicos abusem de sua autoridade ou façam uma má gestão dos 
recursos públicos. 
Além disso, a accountability é um elemento fundamental para o 
grau de governança democrática11. Afinal, se não temos nenhum controle 
sobre as ações e decisões do Estado, como podemos exercer a nossa 
cidadania em sua plenitude? 
Se não estamos informados dos fatos que ocorrem no governo, das 
decisões e motivos dos governantes, não teremos como exigir melhoras 
práticas e governantes, não é mesmo? 
De acordo com de Araújo: 
³o grau de governança democrática de um Estado 
depende, diretamente, do quantum de 
accountability existente na sociedade, assim como 
da natureza e abrangência do controle público 
sobre a ação governamental, visto que o princípio 
da soberania popular, alma da democracia, 
pressupõe não apenas o governo do povo e para o 
povo, mas também pelo povo´� 
 
Tipos de Accountability 
 
O conceito de accountability pode ser dividido em três tipos: 
horizontal, vertical e societal12. 
 
10 (Mosher) apud (Campos, 1990) 
11 (de Araújo, 2010) 
12 (Campos, 1990) 
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A accountability horizontal é relacionada com o controle e 
prestação de contas que ocorre quando um poder ou órgão fiscaliza o 
outro. Ou seja, o accountability horizontal ocorre quando existe uma ação 
entre entidades no mesmo plano. 
Pense neste termo horizontal ± passa uma ideia de que as 
pessoas ou entidades são do mesmo nível, não é mesmo? 
Portanto, este tipo de controle funciona dentro do equilíbrio que 
deve existir entre os Poderes da República e o próprio controle interno de 
cada órgão. 
Dentre os exemplos, podemos citar as auditorias realizadas pela 
Controladoria-Geral da União nos órgãos federais (controle interno), as 
auditorias realizadas pelo Tribunal de Contas da União (controle externo), 
dentre outras. 
Já a accountability vertical se refere ao controle que a população 
exerce sobre os políticos e os governos. De acordo com O´Donnell13, que 
criou os conceitos de accountability horizontal e vertical, a accountability 
vertical é relacionada com a capacidade da população de votar e se 
manifestar de forma livre: 
³3RU�GHILQLomR��QHVVHV�SDtVHV�D�GLPHQVmR�HOHLWRUDO�
de accountability vertical existe. Por meio de 
eleições razoavelmente livres e justas, os 
cidadãos podem punir ou premiar um mandatário 
votando a seu favor ou contra ele ou os candidatos 
que apoie na eleição seguinte. Também por 
definição, as liberdades de opinião e de 
associação, assim como o acesso a variadas fontes 
de informação, permitem articular reivindicações e 
mesmo denúncias de atos de autoridades públicas. 
Isso é possível graças à existência de uma mídia 
razoavelmente livre, também exigida pela 
definição de poliarquia. Eleições, reivindicações 
sociais que possam ser normalmente 
proferidas, sem que se corra o risco de coerção, 
e cobertura regular pela mídia ao menos das 
mais visíveis dessa reivindicações e de atos 
supostamente ilícitos de autoridades públicas são 
dimensões do que chamo de "accountability 
vertical"�´ 
Os principais mecanismos da accountability vertical seriam: o voto 
e a ação popular. Entretanto, O´Donnell critica a eficácia deste tipo de 
 
13 (O´Donnell, 1998) 
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controle, pois as eleições ocorrem somente de quatro em quatro anos. 
Desta forma, pouco a população pode fazer neste intervalo de tempo. 
Ao contrário da accountability horizontal, no caso do vertical, este 
controle não é exercido por entidades do mesmo plano, do mesmo nível, 
com poderes semelhantes. 
A accountability societal refere-se ao controle exercido pela 
sociedade civil, muitas vezes representada por ONGs, sindicatos e 
associações. Estas instituições, em busca de denunciar abusos e 
desmandos dos agentes públicos, exercem uma pressão legítima sobre a 
Administração Pública. 
Além disso, estas instituições buscam, com este tipo de pressão e 
GH� GHQ~QFLD�� DOHUWDU� RV� ³FDQDLV� QRUPDLV´� GH� FRQWUROH�� FRPR�R�0LQLVWpULR�
Público e o Tribunal de Contas da União, por exemplo. 
De acordo com Smulovitz e Peruzzotti14: 
³um mecanismo de controle não-eleitoral, que 
emprega ferramentas institucionais e não 
institucionais (ações legais, participação em 
instâncias de monitoramento, denúncias na mídia, 
etc.) e que se baseia na ação de múltiplas 
associações de cidadãos, movimentos, ou mídia, 
objetivando expor erros e falhas do governo, 
trazer novas questões para a agenda pública ou 
influenciar decisões políticas a serem 
LPSOHPHQWDGDV�SHORV�yUJmRV�S~EOLFRV�´ 
De acordo com Carneiro15, os Conselhos de Políticas Públicas, em 
que o Estado e a sociedade participam de forma paritária, são exemplos 
de accountability societal, pois possibilitam a participação popular na 
condução das políticas públicas e, portanto, no funcionamento do Estado. 
De acordo com a autora: 
³os conselhos apontam para uma nova forma de 
atuação de instrumentos de accountability 
societal, pela capacidade de colocar tópicos na 
agenda pública, de controlar seu desenvolvimento 
e de monitorar processos de implementação de 
políticas e direitos, através de uma 
institucionalidade híbrida, composta de 
UHSUHVHQWDQWHV�GR�JRYHUQR�H�GD�VRFLHGDGH�FLYLO�´ 
Desta forma, podemos ver no gráfico abaixo as três modalidades de 
Accountability. 
 
14 (Smulovitz e Peruzzotti, 2000) apud (Carneiro, 2006) 
15 (Carneiro, 2006) 
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(A) a relação de legitimidade e autoridade do Estado e do seu 
governo com a sociedade. 
(B) o reconhecimento que tem uma ordem política, dependente 
das crenças e das opiniões subjetivas, e seus princípios são 
justificações do direito de mandar. 
(C) o conjunto de mecanismos e procedimentos que levam os 
decisores governamentais a prestarem contas dos resultados de 
suas ações, garantindo-se maior transparência e a exposição das 
políticas públicas. 
(D) a capacidade do governo de representar os interesses de suas 
próprias instituições. 
(E) a aquisição e centralização de poder do setor público na 
administração das agências, por meio dos princípios de 
governança corporativa do setor privado. 
 
Após o que já vimos acima, não fica difícil acertar esta questão, não 
é mesmo? O conceito de accountability relaciona-se com a alternativa C. 
A alternativa A relaciona-se mais com a governabilidade, portanto está 
incorreta. A segunda opção também não se relaciona com a 
accountability. 
Já na letra D, o governo deve representar a sociedade, e não suas 
próprias instituições. Da mesma maneira, a letra E contradiz o conceito de 
accountability,pois o a centralização do poder na administração das 
agências não é coerente com a prestação de contas e a responsividade 
aos desejos da população. Assim sendo, o gabarito é mesmo a letra C. 
 
32 - (FCC ± MPE-SE ± ANALISTA ± 2009) O conceito 
de accountability liga-se a 
a) prestação de contas da Administração e dos funcionários 
públicos perante a sociedade. 
b) mecanismos contemporâneos de elaboração das contas 
públicas. 
c) formas de elaboração do orçamento público pautadas pela 
responsabilidade fiscal. 
d) sistema gerencial de controle dos gastos públicos. 
e) metodologia gerencial norteamericana que inspirou a Reforma 
Administrativa implementada nos anos 90 pelo Ministério da 
Administração Federal e Reforma do Estado (MARE). 
 
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Questão bem tranquila esta da FCC. O termo accountability está 
relacionado à noção de que os representantes do Estado devem prestar 
contas à sociedade de seus atos. 
Com isso, os agentes e órgãos públicos devem ser transparentes e 
devem prestar contas de seus atos na gestão da coisa pública aos 
governados. O gabarito é a letra A. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Lista de Questões Trabalhadas na Aula. 
 
1 - (FCC ± TRE-CE - ANALISTA ± 2012) As organizações humanas 
formais, sejam privadas ou públicas, representam uma espécie de arranjo 
entre os variáveis objetivos, atividades e recursos, num processo de 
gestão conhecido como planejamento, organização, direção e controle, 
em que os paradigmas ou modelos de gestão são decididos e implantados 
para fazer funcionar a organização. A obtenção de recursos para 
sustentar o funcionamento da organização pública difere da organização 
privada devido 
a) à transformação de desejos em necessidades pela organização pública. 
b) ao poder de barganha dos fornecedores de serviços públicos. 
c) ao poder de barganha dos Clientes-cidadãos. 
d) ao poder extroverso. 
e) à liderança em custos dos entes públicos. 
 
2 - (FCC ± TRE / RN - ANALISTA ± 2011) A gestão pública, ao contrário 
da gestão privada, é obrigada a 
a) respeitar a Constituição Federal. 
b) agir apenas de acordo com o que a lei permite. 
c) seguir o princípio da Pluralidade. 
d) oferecer seus serviços gratuitamente. 
e) publicar periodicamente balanços sociais. 
 
3 - (FCC ± METRÔ ± ADMINISTRAÇÃO ± 2008) O objetivo da 
Administração Pública é 
(A) o bem comum da coletividade administrada. 
(B) a obtenção de lucro nas suas atividades. 
(C) a obtenção de superávit primário. 
(D) a satisfação pessoal do Administrador Público. 
(E) o cumprimento das metas estabelecidas em acordos internos ou 
externos. 
 
4 - (FCC ± TRT / RS - ANALISTA ± 2011) Com relação às convergências 
entre a gestão pública e a gestão privada, considere as afirmativas 
abaixo. 
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I. Deve-se gerir um órgão público como quem administra uma empresa, 
isto é, buscando compatibilizar custos e resultados, atuar com os olhos no 
cliente-consumidor e tomar decisões rápidas para aproveitar 
oportunidades de mercado. 
II. A gestão pública funciona exclusivamente sob a forma do modelo 
burocrático, o que a impede de focar necessidades especiais dos 
cidadãos. 
III. Os órgãos públicos existem para servir a todos igualmente, 
independentemente da capacidade de pagar pelo serviço prestado, o que 
pode dificultar alcançar a agilidade e a eficiência das empresas privadas. 
IV. Os órgãos públicos devem operar sem levar em conta princípios 
típicos da gestão privada, como a economicidade e a eficiência. 
V. Os servidores públicos estão submetidos a normas jurídicas e a 
condições de trabalho que impedem sua responsabilização diante das 
possíveis falhas no atendimento aos cidadãos. 
Estão corretas SOMENTE 
a) I, II, III e IV. 
b) II, III e V. 
c) I e III. 
d) III e IV. 
e) I, III e V. 
 
5 - (FCC ± TCE / RO - AUDITOR ± 2010) A principal diferença entre a 
gestão privada e a gestão pública é que a segunda 
a) é obrigada a atender a todos, independentemente da capacidade 
financeira dos cidadãos e de suas demandas idiossincráticas. 
b) encontra-se limitada por regras legais e princípios morais, enquanto a 
primeira se orienta apenas pelo objetivo do lucro. 
c) funciona exclusivamente sob a forma do modelo burocrático, o que a 
impede de atender às necessidades individuais dos cidadãos. 
d) funciona sempre em condições de monopólio natural, o que a torna 
insensível a questionamentos de ordem ética. 
e) pode operar sem levar em conta princípios típicos da gestão privada, 
como a economicidade e a eficiência. 
 
6 ± (CESPE ± TRT-10 ± TÉCNICO ± 2013) À semelhança das organizações 
privadas, a administração pública utiliza estratégias de segmentação de 
mercado, estabelecendo diferenciais de tratamento para clientes 
preferenciais. 
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7 ± (CESPE ± TRT-10 ± TÉCNICO ± 2013) Diferentemente das 
organizações privadas, as organizações públicas são regidas pela 
supremacia do interesse público e pela obrigação da continuidade da 
prestação do serviço público. 
 
8 ± (CESPE ± MI ± ANALISTA ± 2013) O interesse mobilizador da gestão 
privada é a lucratividade; o da gestão pública é a efetividade. 
 
9 ± (CESPE ± MI ± ANALISTA ± 2013) As organizações públicas 
assemelham-se às organizações privadas na medida em que também 
necessitam da aplicação dos processos administrativos de planejamento, 
organização, direção e controle, porém diferenciam-se na forma de 
aplicação. 
 
10 ± (CESPE ± MI ± ANALISTA ± 2013) Em consonância com o princípio 
da legalidade, na gestão pública, em oposição à gestão privada, é lícito 
fazer apenas o que se determina em lei. 
 
11 ± (CESPE ± MI ± ANALISTA ± 2013) Semelhantemente à gestão 
privada, cabe à gestão pública a publicidade dos seus atos a fim de 
demonstrar transparência de suas ações para a coletividade. 
 
12 - (CESPE ± TRE-MA / ANAL JUD ± 2005) Enquanto a receita das 
empresas depende dos pagamentos que os clientes fazem livremente na 
compra de seus produtos e serviços, a receita do Estado deriva de 
impostos, ou seja, de contribuições obrigatórias, sem contrapartida 
direta. 
 
13 - (CESPE ± STM / ANAL JUD ± 2004) Como técnica exclusiva da 
administração empresarial, a análise e a melhoria de processos não se 
aplicam aos objetivos dos sistemas de administração pública. 
 
14 - (FCC ± TRE/SP ± ANALISTA ± 2012) Uma gestão eficaz de serviços 
públicos orientada por resultados exige a implantação de 
a) processos de redução da hierarquia funcional de cargos. 
b) instrumentos de contratualização de metas. 
c) métodos de planejamento centralizado. 
d) práticas de contratação descentralizadas. 
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e) programas de racionalização de custos. 
 
15 - (FCC ± PGE-RJ ± TÉCNICO ± 2009) No Brasil, os sistemas de 
avaliação de desempenho na gestão pública ainda são incipientes. A 
gestão por resultados poderia ser priorizada pela iniciativa de 
a) adotar princípios, tais como: tratar o cidadão como cliente, controle 
por objetivos e metas ou governo por parcerias. 
b) redirecionar o sistema de avaliação dentro da administração 
governamental para uma ação centrada no eixo da avaliação de custo do 
serviço prestado. 
c) elaborar e divulgar sistemas de indicadores de produtividade dos 
servidores públicos, punindo os improdutivos com demissão ou redução 
salarial. 
d) garantir uma ampla divulgação e acompanhamento dos princípios e 
valores promovidos pelos órgãos públicos, permitindo o controle pela 
sociedade. 
e) orientar as políticas de recursos humanos pelos parâmetros de 
avaliação de pesquisas de opinião pública. 
 
16 - (FCC ± ISS/SP ± AUDITOR ± 2007) A respeito da abordagem da 
gestão de resultados na Administração Pública, é correto afirmar: 
a) O Plano Plurianual prevê clara relação entre os resultados dos 
programas e os resultados das políticas públicas aos quais se relacionam. 
b) Planejamento estratégico é uma abordagem de negócios centrada em 
variáveis de mercado e sua utilização em organizações públicas gera 
resultados distorcidos. 
c) O componente institucional das avaliações de desempenho utilizadas 
para efeito de pagamento das gratificações variáveis considera, na maior 
parte das vezes, metas de ações e não de desempenho. 
d) A gestão de resultados tem como vantagem a alta correlação entre 
complexidade do contexto geral e de setores específicos e a revisão de 
objetivos e metas. 
e) A maior dificuldade na aplicação desse conceito, pela Administração 
Pública, consiste na ausência de instrumentos capazes de refletir os 
objetivos estratégicos do Estado. 
 
17 - (FCC ± SEFAZ/SP ± FISCAL DE RENDAS ± 2009) A implantação da 
gestão por resultados na administração pública envolve 
(A) orientar a avaliação da administração governamental pelos custos do 
serviço prestado. 
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(B) difundir em toda a administração pública o controle por objetivos e 
metas. 
(C) adotar indicadores de produtividade dos servidores públicos, para 
poder demitir os improdutivos. 
(D) garantir uma ampla transparência dos serviços públicos, permitindo o 
controle pela sociedade. 
(E) orientar as políticas de recursos humanos pelos parâmetros de 
avaliação de pesquisas de opinião pública. 
 
18 - (FCC ± SEFAZ/SP ± FISCAL DE RENDAS ± 2009) Uma gestão pública 
baseada em resultados implica geração de valor público, ou seja, 
(A) a realização de serviços que sejam efetivamente rentáveis, gerando 
retornos crescentes para os impostos pagos pelos cidadãos. 
(B) a orientação sistemática da administração pública para a redução dos 
custos dos serviços. 
(C) o aperfeiçoamento dos mecanismos de controle formais da 
administração pública, evitando a corrupção e o desperdício. 
(D) a orientação para objetivos que ofereçam respostas efetivas a 
necessidades ou demandas socialmente legítimas da sociedade. 
(E) a crescente publicização da administração pública, permitindo uma 
ampla participação dos mais pobres na implementação dos serviços 
básicos. 
 
19 - (CESPE - TCU / ACE - 2008) O controle dos resultados de forma 
descentralizada, na administração pública, depende de um grau de 
confiança limitado nos agentes públicos, que, mesmo com estrito 
monitoramento permanente, devem ter delegação de competência 
suficiente para escolher os meios mais apropriados ao cumprimento das 
metas prefixadas. 
 
20 - (CESPE - TRT-RJ ± ANALISTA - 2008) A adoção da gestão pública por 
resultados limita a autonomia do gestor público na forma como 
implementar a produção dos serviços públicos, em função dos resultados 
acordados. 
 
21 - (CESPE ± INMETRO ± ANALISTA - 2007) No modelo gerencialista, em 
comparação ao burocrático, a autonomia do administrador público é 
ampliada, para que os objetivos contratados sejam atingidos. 
 
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22 - (CESPE - TRT-RJ ± ANALISTA - 2008) Os indicadores utilizados na 
gestão pública por resultados têm como finalidade exclusiva o 
monitoramento do atingimento dos resultados propostos em seus 
objetivos. 
 
23 - (FCC ± ISS-SP ± AFTM ± 2007) O paradigma do cliente impacta de 
forma diferenciada as organizações do setor público e as do setor privado, 
em decorrência de uma série de condicionamentos e particularidades das 
respectivas gestões. No setor público, 
(A) o paradigma do cliente não pode ser incorporado, pois as 
organizações públicas não estão orientadas para o mercado e não 
necessitam, assim, satisfazer a clientela destinatária dos serviços que 
prestam. 
(B) o administrador público não pode aderir plenamente à defesa dos 
direitos do consumidor, sob pena de perder o controle de seus planos 
orçamentários e distanciar-se das diretrizes governamentais mais amplas, 
às quais está subordinado. 
(C) o paradigma do cliente acaba por ser negado em função do caráter de 
universalidade da atuação do Estado, que deve fornecer serviços de igual 
qualidade para todos os cidadãos, independentemente de suas 
necessidades e opiniões individuais. 
(D) a perspectiva do cliente tem impacto reduzido, dada a impossibilidade 
legal e política de se promover alterações na qualidade dos serviços 
prestados pelo Estado, na medida em que seu foco deve ser a ampliação 
dos cidadãos alcançados. 
(E) o dever de atender está cerceado pela presença de interesses 
burocráticos ou corporativos e contrapõe-se à limitação dos recursos 
públicos, o que acaba por determinar a oferta de serviços que nem 
sempre satisfazem a massa de clientes atendida. 
 
24 - (FCC ± TRE/RN ± ANALISTA ADM ± 2011) A incorporação do 
paradigma do cidadão como cliente na gestão pública depende 
(A) da rejeição das burocracias públicas, pois estas visam a atender seus 
interesses corporativos antes dos interesses dos cidadãos. 
(B) da alteração do princípio da universalização dos serviços públicos, por 
meio do atendimento prioritário às clientelas com maior renda. 
(C) da compatibilização do dever de atender com qualidade todos os 
cidadãos, independentemente de sua condição financeira, com as 
limitações orçamentárias do poder público. 
(D) do aprofundamento do processo de privatização do setor público, pois 
seu sucesso depende da eliminação do modelo patrimonial de gestão. 
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(E) da retirada de princípios constitucionais da administração pública 
como a impessoalidade, a equidade e a universalidade. 
 
25 - (FCC ± TCE/RO ± AUDITOR ± 2010) Na gestão do setor público, a 
incorporação do paradigma do cidadão como cliente 
(A) foi rejeitada, pois as burocracias públicas não têm como missão 
atender clientelas, mas alcançar resultados orientados pelo princípio da 
razão de Estado. 
(B) deve ser compatibilizada com o dever de atender a todos os cidadãos, 
independentemente de sua condição financeira, e com as limitações de 
recursos orçamentários públicos. 
(C) é incompatível com o princípio da universalização dos serviços 
públicos, que impõeo atendimento prioritário a todos, 
independentemente da sua qualidade. 
(D) será alcançada à medida que avançar o processo de privatização do 
setor público, pois seu sucesso depende da eliminação do modelo 
burocrático de gestão. 
(E) é de difícil implementação, pois depende da retirada de princípios 
constitucionais da administração pública, como a impessoalidade, a 
equidade e a universalidade. 
 
26 - (CESPE - TCU / ACE - 2008) O controle dos resultados de forma 
descentralizada, na administração pública, depende de um grau de 
confiança limitado nos agentes públicos, que, mesmo com estrito 
monitoramento permanente, devem ter delegação de competência 
suficiente para escolher os meios mais apropriados ao cumprimento das 
metas prefixadas. 
 
27 - (CESPE - TRT-RJ ± ANALISTA - 2008) A adoção da gestão pública por 
resultados limita a autonomia do gestor público na forma como 
implementar a produção dos serviços públicos, em função dos resultados 
acordados. 
 
28 - (CESPE ± INMETRO ± ANALISTA - 2007) No modelo gerencialista, em 
comparação ao burocrático, a autonomia do administrador público é 
ampliada, para que os objetivos contratados sejam atingidos. 
 
29 - (CESPE - TRT-RJ ± ANALISTA - 2008) Os indicadores utilizados na 
gestão pública por resultados têm como finalidade exclusiva o 
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monitoramento do atingimento dos resultados propostos em seus 
objetivos. 
 
30 - (FCC - TRT-1° REGIÃO ± ANALISTA - 2013) O conceito de 
accountability, que passou a ser bastante difundido no âmbito da Gestão 
de Resultados na produção de serviços públicos, corresponde a 
(A) métrica específica para apuração dos resultados obtidos com a 
atuação pública, de acordo com indicadores de desempenho e 
performance. 
(B) obrigação dos governantes de prestar contas de sua atuação aos 
administrados, envolvendo as dimensões de conformidade e de 
desempenho. 
(C) sistema de avaliação interna para aferir a atuação do agente público, 
que objetiva a produção do melhor resultado com o menor dispêndio de 
recursos públicos. 
(D) avaliação, pelas instâncias superiores da Administração, de acordo 
com parâmetros estabelecidos a priori, dos resultados obtidos com 
programas e ações públicas. 
(E) forma de implementação de remuneração por resultados, de acordo 
com indicadores e metas claramente estabelecidos e voltados à melhoria 
dos serviços oferecidos ao usuário. 
 
 
31 - (FCC ± BAHIAGAS ± ADMINISTRADOR ± 2010) Accountability é 
(A) a relação de legitimidade e autoridade do Estado e do seu governo 
com a sociedade. 
(B) o reconhecimento que tem uma ordem política, dependente das 
crenças e das opiniões subjetivas, e seus princípios são justificações do 
direito de mandar. 
(C) o conjunto de mecanismos e procedimentos que levam os decisores 
governamentais a prestarem contas dos resultados de suas ações, 
garantindo-se maior transparência e a exposição das políticas públicas. 
(D) a capacidade do governo de representar os interesses de suas 
próprias instituições. 
(E) a aquisição e centralização de poder do setor público na administração 
das agências, por meio dos princípios de governança corporativa do setor 
privado. 
 
32 - (FCC ± MPE-SE ± ANALISTA ± 2009) O conceito 
de accountability liga-se a 
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a) prestação de contas da Administração e dos funcionários públicos 
perante a sociedade. 
b) mecanismos contemporâneos de elaboração das contas públicas. 
c) formas de elaboração do orçamento público pautadas pela 
responsabilidade fiscal. 
d) sistema gerencial de controle dos gastos públicos. 
e) metodologia gerencial norteamericana que inspirou a Reforma 
Administrativa implementada nos anos 90 pelo Ministério da 
Administração Federal e Reforma do Estado (MARE). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Gabarito 
 
1. B 
2. B 
3. A 
4. C 
5. A 
6. E 
7. C 
8. C 
9. C 
10. C 
11. E 
12. C 
13. E 
14. B 
15. A 
16. C 
17. B 
18. D 
19. C 
20. E 
21. C 
22. E 
23. E 
24. C 
25. B 
26. C 
27. E 
28. C 
29. E 
30. B 
31. C 
32. A 
 
 
 
 
 
Bibliografia 
Campos, A. M. (fev/abr de 1990). Accountability: quando poderemos 
traduzi-la para o português? Revista da Administração Pública, 
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Carneiro, C. B. (2006). Conselhos de Políticas Públicas: desafios para sua 
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coletãnea (pp. 149-167). Brasília: ENAP. 
de Araújo, A. N. (2010). Articulação entre o conceito de governança e as 
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III Congresso Consad de Gestão Pública. Brasília. 
O´Donnell, G. (1998). Accountability Horizontal e novas poliarquias. Lua 
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Paludo, A. V. (2010). Administração pública: teoria e questões (1° ed.). 
Rio de Janeiro: Elsevier. 
Serra, A. (2008). Modelo aberto de gestão para resultados no setor 
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Trosa, S. (2001). Gestão pública por resultados: quando o Estado se 
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