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SISTEMA DE ENSINO NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Gestão por Resultados Livro Eletrônico 2 de 74www.grancursosonline.com.br Gestão por Resultados NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Adriel Sá Sumário Apresentação .....................................................................................................................................................................3 Gestão por Resultados .................................................................................................................................................4 1. Noções Iniciais...............................................................................................................................................................4 2. Paradigma do Cliente na Gestão Pública ......................................................................................................4 3. Convergências entre a Gestão Pública e a Privada ................................................................................5 4. Divergências entre a Gestão Pública e a Privada ....................................................................................6 5. Gestão por Resultados ............................................................................................................................................9 5.1. Conceito, Funções, Características, Atributos e Alcance .................................................................9 5.2. Contratualização, Organizações Sociais e Agências Executivas ..............................................13 5.3. Avaliação de Desempenho ou Resultados .............................................................................................19 5.4. Indicadores de Gestão.......................................................................................................................................20 Resumo ...............................................................................................................................................................................27 Mapa Mental ....................................................................................................................................................................29 Questões de Concurso ................................................................................................................................................31 Gabarito ..............................................................................................................................................................................43 Gabarito Comentado ...................................................................................................................................................44 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 3 de 74www.grancursosonline.com.br Gestão por Resultados NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Adriel Sá ApresentAção Olá, tudo bem com você? O assunto desta aula é tema comum em provas. Esse tema pos- suía como foco a legislação sobre o Gespública, que foi revogada. No entanto, alguns concei- tos foram mantidos e continuam sendo objetos de provas, ok? Qualquer dúvida, não hesite em me chamar no fórum dessa aula, beleza? O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 4 de 74www.grancursosonline.com.br Gestão por Resultados NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Adriel Sá GESTÃO POR RESULTADOS 1. noções InIcIAIs A excelência nos serviços públicos tem muita inspiração da gestão privada, ainda que am- bas não sejam idênticas. As organizações públicas possuem várias particularidades, sendo obrigadas a considerar todas as regras do ordenamento jurídico-administrativo e o seu cará- ter público. Logo, a adoção de um modelo de excelência específico para os serviços públicos deve considerar os aspectos que diferenciam organizações públicas e privadas. Nesse sentido, a maioria das ferramentas de qualidade são técnicas idealizadas no setor privado, mas adapta- das às peculiaridades do setor público. 2. pArAdIgmA do clIente nA gestão públIcA Enquanto na gestão privada, o conceito de qualidade tem foco na satisfação dos clientes, na gestão pública, a ideia do conceito de qualidade preconiza a satisfação das necessidades e expectativas do usuário-cidadão. Trocando em miúdos, ao menos teoricamente, o usuário-ci- dadão é o cliente da administração pública. Apesar das críticas, é bastante usual o termo “cliente do serviço público”, no sentido de dever da Administração Pública em atender o usuário dos serviços públicos: o cliente-cidadão. A visão é de que, para se garantir a qualidade do serviço público, é essencial o conhecimento das necessidades daqueles destinatários (clientes) desses serviços: o cidadão. Portanto, se o usuário-cidadão está satisfeito, podemos ter um bom indicador de que os serviços prestados pelo Estado possuem um certo nível de qualidade; da mesma forma, se o usuário-cidadão não está satisfeito, temos um indicativo de que os serviços precisam ser melhorados. Observemos trecho do Caderno 4 (Cadernos MARE da Reforma do Estado), referente ao Programa da Qualidade e Participação na Administração Pública (pags. 12 e 13), que relaciona, segundo a visão da Reforma Gerencial, as diferenças entre o paradigma do cliente nas gestões privada e pública: - as finalidades principais das atividades de caráter privado são o lucro e a sobrevivência em um ambiente de alta competitividade, enquanto os objetivos da atividade são imbuídos do ideal demo- crático de prestar serviços à sociedade, em prol do bem-estar comum; - a preocupação em satisfazer o cliente no setor privado é baseada no interesse, enquanto no setor público essa preocupação tem que ser alicerçada no dever; - as políticas voltadas para a Qualidade no setor privado referem-se a metas de competitividade no sentido da obtenção, manutenção e expansão de mercado; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 5 de 74www.grancursosonline.com.br Gestão por Resultados NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Adriel Sá - enquanto no setor público, a meta é a busca da excelência no atendimento a todos os cidadãos, ao menor custo possível; - o cliente atendido, no setor privado, remunera diretamente a organização, pagando pelo serviço recebido ou pelo produto adquirido; no setor público, o cliente atendido, paga indiretamente, pela via do imposto, sem qualquer simetria entre a quantidade e a qualidade do serviço recebido e o valor do tributo que recolhe; - as diferentes contingências a que estão submetidos os dois setores, como, por exemplo, limites de autonomia estabelecidos pela legislação e o perfil da clientela. 001. (CEBRASPE/ANALISTA DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS/SLU DF/ADMINISTRA- ÇÃO/2019) O planejamento da qualidade desejada dos serviços públicos inicia-se com a iden- tificação dos requisitos dos clientes-alvo desses serviços. Com certeza, os órgãos e as entidades públicas devem conhecer e ouvir os seus clientes inter- nos e externos Certo. 3. convergêncIAs entre A gestão públIcA e A prIvAdA A ideia do tema é bem simples: a gestão no setor público possui muitas diferenças em relação à gestãono setor privado? As ferramentas e técnicas que uma administração utiliza, a outra também pode fazer uso? Se sim, são necessárias algumas adaptações ou utilizamos na íntegra? Bem, primeiramente, é importante a gente pontuar que as esferas pública e privada re- alizam constantes trocas de conhecimentos. Assim, podemos afirmar que as ferramentas de gestão, em alguns aspectos, possuem aplicabilidades distintas entre si, necessitando de adaptação para utilização em outro ambiente distinto daquele para as quais foram concebidas inicialmente. Outro detalhe é que a maioria dessas ferramentas de gestão são idealizadas no ambiente privado, ou seja, no ambiente das empresas. Em outras palavras, a administração pública cos- tumeiramente “pega” emprestado, adapta e as aplica em seu ambiente de atuação. Sendo assim, é possível relacionarmos alguns pontos de convergências entre as adminis- trações públicas e privadas: • Utilizam-se das funções administrativas de planejamento, organização, direção e con- trole (processo administrativo) para a consecução de seus objetivos; • Trabalham em prol da eficiência, eficácia, efetividade e economicidade de seus projetos e processos; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 6 de 74www.grancursosonline.com.br Gestão por Resultados NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Adriel Sá • Adotam mecanismos de divisão de trabalho, motivação e avaliação de pessoal; • Buscam empregar tecnologias de gestão; • Prestam contas à sociedade, já que possuidoras de direitos e deveres diante da coletivi- dade (responsabilidade jurídica e social). 4. dIvergêncIAs entre A gestão públIcA e A prIvAdA Vamos direto ao ponto? Mais especificamente, direto ao que é cobrado em provas? Então, para facilitar a visualização, construímos um quadro que apresenta os principais pontos diver- gentes entre os modelos de gestão pública e privada, considerando as diversas características e os inúmeros fatores de cada modelo: GESTÃO PÚBLICA GESTÃO PRIVADA A gestão pública é regida pela supremacia do interesse público e pela obrigação da continuidade da prestação do serviço público. Efetividade da missão institucional é a palavra-chave do setor público. A gestão privada é conduzida pela autonomia da vontade privada (mercado). Competitividade é a palavra-chave do setor privado. A gestão pública possui no controle social e transparência requisitos obrigatórios para regimes democráticos. Na gestão privada, a transparência (disclosure) é princípio que inspira melhores práticas de governança corporativa empresarial. A gestão pública possui canais de participação social. A gestão privada é fortemente orientada para preservação e proteção de interesses corporativos (dirigentes e acionistas). A gestão pública não pode fazer acepção de pessoas, devendo tratar a todos com igualdade e qualidade. O tratamento diferenciado restringe-se apenas aos casos previstos em lei. A gestão privada utiliza estratégias de segmentação de “mercado”, estabelecendo diferenciais de tratamento para clientes preferenciais. A gestão pública busca gerar valor para a sociedade e formas de garantir o desenvolvimento sustentável, sem perder de vista a obrigação de utilizar os recursos de forma eficiente. A gestão privada busca o lucro financeiro e formas de garantir a sustentabilidade do negócio. Na gestão pública, a publicidade é dever administrativo do Estado e elemento para manter plena transparência dos atos administrativos. Na gestão privada, a publicidade de atos não é elemento obrigatório. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 7 de 74www.grancursosonline.com.br Gestão por Resultados NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Adriel Sá GESTÃO PÚBLICA GESTÃO PRIVADA A gestão pública é financiada com recursos públicos, oriundos de contribuições compulsórias de cidadãos e empresas, os quais devem ser direcionados para a prestação de serviços públicos e a produção do bem comum. A gestão privada é financiada com recursos de particulares que têm legítimos interesses capitalistas. A gestão pública tem como destinatário de suas ações os cidadãos, sujeitos de direitos e a sociedade, demandante de produção do bem comum e do desenvolvimento sustentável. A gestão privada tem como destinatários de suas ações os clientes atuais e os potenciais. A gestão pública tem um conceito de partes interessadas mais amplo. Decisões devem considerar o valor final agregado para a sociedade. A gestão privada tem um conceito de partes interessadas mais restrito. Decisões consideram apenas os interesses de grupos. A gestão pública pode regular e gerar obrigações e deveres para a sociedade. A gestão privada não detém poder de constituir unilateralmente obrigações em relação a terceiros. A gestão pública, para fixar parâmetros de controle do administrador, evitando desvios de conduta, só pode fazer o que a lei permite. A legalidade possui aspecto positivo. A gestão privada pode fazer tudo o que não estiver proibido por lei. A legalidade possui aspecto negativo. A gestão pública age segundo regulamentos exaustivos (menor autonomia), uma vez que é regulada pelos princípios da impessoalidade e do interesse público. A gestão privada segue normas genéricas e flexíveis (maior autonomia), exigidas pelos critérios de economicidade e efetividade. A gestão pública é controlada pela sociedade, por meio de políticos eleitos. A gestão privada é controlada pelo mercado. Na gestão pública, as regras estipuladas para cada órgão devem ser seguidas estritamente. Na gestão privada, as carreiras e promoções são mais flexíveis, podendo ser revistas e reestruturadas a qualquer momento, de acordo com as necessidades da gestão. A gestão pública tem sua estrutura mais verticalizada e burocratizada. A gestão privada possui estrutura mais horizontalizada e flexível. A gestão pública deve contratar por meio de concursos (salvo exceções especiais). A gestão privada pode contratar pessoal conforme seu interesse, sendo por escolaridade, por experiência, por capacidade profissional, etc. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 8 de 74www.grancursosonline.com.br Gestão por Resultados NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Adriel Sá GESTÃO PÚBLICA GESTÃO PRIVADA Na gestão pública, a tomada de decisão possui duas concepções, às vezes antagônicas: deve-se pautar pelo princípio da continuidade do Estado (longo prazo) e torna-se vinculada aos calendários político-eleitorais (curto prazo). Na gestão privada, o processo decisório é mais estratégico e segue o planejamento de longo prazo estruturado pela alta direção. A gestão pública é mais democrática e aberta; por isso, seus movimentos são mais lentos. A gestão privada iniciativa privada pode tomar decisões rápidas, a portas fechadas. Na gestão pública, a eficiência e a eficácia são medidas considerando-se a correta utilização dos recursos, o cumprimento de sua missão e pelo atendimento, com qualidade, das necessidades e demandas do cidadão e da sociedade. Na gestão privada, a eficiência e a eficáciasão medidas pelo aumento de suas receitas, pela redução de seus gastos e pela expansão de seus mercados. 002. (CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/STM/ADMINISTRATIVA/2018) Na administração pública, ao contrário da gestão privada, a otimização de recursos é prioridade secundária com relação à execução de políticas governamentais voltadas ao atendimento do interesse público. A prioridade primária do serviço público é atender à população, promovendo o bem-estar de todos. Embora seja uma necessidade também na administração pública a otimização dos re- cursos, em atendimento ao princípio da eficiência, a otimização de recursos se torna priorida- de secundária, tendo em vista a necessidade de atendimento do interesse público. Certo. 003. (CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/STM/ADMINISTRATIVA/2018) A obrigação do agente público de fazer somente o que a lei permite corresponde ao princípio da eficiência, que é associado à administração pública. Trata-se do princípio da legalidade. O princípio da legalidade significa dizer que a Administra- ção Pública só pode atuar quando autorizada ou permitida pela lei. Já o princípio da eficiência envolve a procura de produtividade e economicidade, exigindo a redução do desperdício de dinheiro público. Errado. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 9 de 74www.grancursosonline.com.br Gestão por Resultados NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Adriel Sá 5. gestão por resultAdos 5.1. conceIto, Funções, cArActerístIcAs, AtrIbutos e AlcAnce A gestão por resultados está inserida no contexto da administração gerencial (nova Admi- nistração Pública), pois é esse modelo que se preocupa, especificamente, com os resultados. No modelo de administração burocrática, a ênfase está nos procedimentos internos, e não nos resultados efetivos. Formalmente, a gestão por resultados no Brasil tem início com o Plano Plurianual (PPA 2000 – 2003), denominado Avança Brasil. O Decreto n. 2.829/1998, que constituiu a base le- gal para o plano, determinou que o programa seria a forma básica de integração entre plano e orçamentos: • fixando os princípios de gerenciamento dos programas e do plano; • criando a figura do gerente de programa; • fixando suas principais responsabilidades; e • criando a obrigação de avaliação anual de desempenho de todos os programas e do plano (novo modelo integrado de planejamento, orçamento e gestão). Em suma, o que se quis foi o fortalecimento do planejamento orientando a atuação ad- ministrativa e sua maior integração com o orçamento. De acordo com Garcia (2000)1, esse planejamento é um orçamento orientado para resultados, sendo balizado pelos seguintes parâmetros: • estabelecimento de objetivos estratégicos; • identificação de problemas a enfrentar ou de oportunidades a aproveitar, para alcançar os objetivos estratégicos; • especificação das diferentes ações do programa, com identificação dos produtos que darão origem quando for o caso aos projetos e atividades; • atribuição de indicadores aos objetivos (programas) e de metas aos produtos (projetos, atividades e outras ações); • designação de gerentes por programas; • avaliação da execução e dos resultados; e • cobrança e prestação de contas por desempenho. Nesse mesmo sentido, destaca Hilário (2009)2 que a gestão por resultados se caracteriza pela tradução de objetivos em resultados, proporcionando um marco coerente para a melhoria dos processos de trabalho na qual a informação sobre o desempenho é usada para melhorar a tomada de decisão. São consideradas funções da gestão por resultados: 1 GARCIA, R. C. A reorganização do processo de planejamento do governo federal: o PPA 2000-2003. Brasília, DF: [s.n.], 2000. 2 HILÁRIO, M. A. de S. Gestão por resultados na Administração Pública. Manaus, AM: Universidade do Estado do Amazonas, 2009. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 10 de 74www.grancursosonline.com.br Gestão por Resultados NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Adriel Sá • Definir a direção estratégica da organização – criação da missão3 e estabelecimento dos objetivos estratégicos, levando em consideração a visão e os valores da organiza- ção. Refere-se à definição do caminho que deverá ser seguido para alcançar os objetivos estratégicos. É necessário mapear os processos de trabalho e escolher os indicadores e as metas de desempenho que mostrarão se a organização está no caminho planejado e, através de uma avaliação, o quanto de progresso foi feito na direção dos objetivos. • Implementar e administrar o processo de mudança alinhado com a direção estratégica – compromisso da organização com a ação; • Melhorar continuamente o desempenho das atividades em andamento – garantia que a melhoria contínua seja praticada em cada programa ou atividade da organização, atra- vés de planos de ação frequentemente monitorados. Perceba que a interação de diversas etapas do planejamento estratégicos e seus pro- cessos: missão, diagnóstico de ambiente, objetivos estratégicos, indicadores de desempenho, metas de desempenho, monitoramento do desempenho e planos de ação. Assim, podemos conceituar a gestão por resultados como a tradução dos objetivos em re- sultados, tomada de decisão descentralizada, com a predominância dessa visão em substitui- ção a outros mecanismos de coordenação, como a padronização, hierarquização e controles formais de processos. A gestão por resultados tem a função de mostrar às organizações públicas a direção efe- tiva e integrada de seu processo de criação de valor público4, buscando a máxima eficiência, eficácia, e efetividade de desempenho, além da consecução dos objetivos de governo e a me- lhoria contínua de suas instituições. Em suma, orienta a gestão para formas inovadoras de geração de resultados em um ambiente contemporâneo complexo e flexível. A gestão por resultados está caracterizada por: • Uma estratégia na qual se definam os resultados esperados por um organismo público no que se refere à mudança social e à produção de bens e serviços; • Uma cultura e um conjunto de ferramentas de gestão orientado à melhoria da eficácia, da eficiência, da produtividade e da efetividade no uso dos recursos do Estado para uma melhora dos resultados no desempenho das organizações públicas e de seus funcioná- rios; • Sistemas de informação que permitam monitorar a ação pública, informar à sociedade, favorecer a tomada de decisões dos que participam destes processos e identificar o serviço realizado, avaliando-o; 3 Essa é uma visão bem particular desse autor. A princípio, missão, visão e valores são definições tratadas no planejamento estratégico, no qual a gestão por resultados irá se basear. Ou seja, a gestão de resultados não estabelece missão, visão ou valores, mas procura cumprir essas definições estabelecidas pelo planejamento institucional. 4 Valor público pode ser entendido como a orientação para objetivos que ofereçam respostas efetivas a necessidades ou demandas socialmente legítimas da sociedade. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 11 de 74www.grancursosonline.com.br Gestão por Resultados NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Adriel Sá • Promoção da qualidadedos serviços prestados aos cidadãos, mediante um processo de melhoramento contínuo; • Sistemas de contratação de funcionários de gerência pública, visando aprofundar a res- ponsabilidade, o compromisso e a capacidade de ação dos mesmos (SENTO-SÉ; NUNES FILHO; ACHAN, 2010)5. 004. (CEBRASPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TCE-RO/ADMINISTRAÇÃO/2019/ ADAPTADA) A estratégia fundamental para a adoção do modelo de gestão por resultados envolve propor medidas que permitam o monitoramento e a atribuição de responsabilidades. A gestão por resultados consiste em monitorar os processos para verificar se os objetivos estão sendo alcançados e em atribuir responsabilidades aos seus colaboradores, que também participam da definição dos objetivos. Certo. 005. (CEBRASPE/AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS/TCE-PB/2018/ADAPTADA) Entre os princípios norteadores da gestão por resultados na administração pública incluem-se a toma- da de decisão centralizada e o foco no processo de gestão. Logico que não! A tomada de decisão é descentralizada e o foco está nos resultados! Errado. 006. (FCC/ANALISTA DO TESOURO ESTADUAL (SEFAZ PI)/2015) Na Administração pública federal, a gestão pública por resultados foi introduzida com o PPA 2000-2003, denominado Avança Brasil. Esse modelo de Administração, tem como característica a) a avaliação de desempenho dos servidores, por meio do cumprimento das metas estabele- cidas no Orçamento por Resultados. b) o planejamento estratégico orientando a elaboração do orçamento público. c) a instituição de remuneração por resultados, mediante o estabelecimento de contratos de gestão com os servidores. d) o fortalecimento do planejamento orientando a atuação administrativa e sua maior integra- ção com o orçamento. e) a administração por objetivos, na qual são impostos aos administradores os resultados a serem alcançados. 5 SENTO-SÉ, J. de O.; NUNES FILHO, P. de S.: ACHAN, W. Gestão para resultados na ação correicional: novos mecanismos, ins- trumentos e metodologias de fiscalização e controle da atuação funcional para fortalecimento da probidade administrativa. In: XV Congreso Internacional del CLAD sobre la Reforma del Estado y de la Administración Pública, 15., 2010, Sto. Domingo, Rep. Dominicana. Anais […]. Sto. Domingo, Rep. Dominicana: 9-12 nov. 2010. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 12 de 74www.grancursosonline.com.br Gestão por Resultados NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Adriel Sá Como vimos, o Plano Plurianual (PPA 2000-2003), denominado Avança Brasil, institui a orien- tação da administração pública para resultados. De acordo com Ariel Garces e José Paulo Silveira6, o PPA 2000-2003, integrado com os orça- mentos anuais, reflete um projeto de desenvolvimento para o país. Contudo, a experiência de planejamento estratégico mostra que tão importante quanto a definição de objetivos e prio- ridades é assegurar as condições para a gestão estratégica do plano. Assim, essa gestão inicia-se na alocação estratégica de recursos e estende-se até o gerenciamento intensivo de programas considerados estratégicos. Por fim, na visão de Paludo (2010)7, a gestão pública por resultados requer considerar dois te- mas cruciais: o fortalecimento do planejamento orientando a atuação administrativa e a sua maior integração com o orçamento; e a motivação do servidor público (sistema de remunera- ção variável). Letra d. FIQUE LIGADO(A)! A banca CESPE considera como princípios da gestão pública por resultados: o mérito, o de- sempenho, o reconhecimento e a transparência (accountability). A gestão de resultados deve envolver: • a definição de metas precisas que exijam constante avaliação e revisão dos planos; • a segmentação das metas em objetivos menores sob a responsabilidade de setores específicos; • a interdependência entre as metas de departamentos, favorecendo a autonomia geren- cial; e • a definição das responsabilidades pelos resultados em agentes específicos. 007. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO (TRT 9ª REGIÃO)/ADMINISTRATIVA/2013) Quando in- troduzida a gestão por resultado em uma organização pública, é importante evitar a a) definição de metas precisas que exijam constante avaliação e revisão dos planos. b) segmentação das metas em objetivos menores sob a responsabilidade de setores específicos. 6 GARCES, Ariel; SILVEIRA, José Paulo. Gestão pública orientada para resultados no Brasil. Revista do Serviço Público, ano 53, n. 4, out./dez. 2002. 7 PALUDO, A. V. Administração Pública. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 13 de 74www.grancursosonline.com.br Gestão por Resultados NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Adriel Sá c) interdependência entre as metas de departamentos, favorecendo a autonomia gerencial. d) ênfase na hierarquização da organização e os controles formais voltados a processos. e) definição das responsabilidades pelos resultados em agentes específicos. Note que em todas as alternativas, com exceção da letra D, trata-se de temas que a gestão de resultados deve envolver. Sobre a letra D, temos que a gestão de resultados se caracterizaria pela tradução dos objetivos em resultados e pela predominância dessa visão em substituição aos outros mecanismos de coordenação, como a padronização, hierarquização e os controles formais de processos. Letra d. 5.2. contrAtuAlIzAção, orgAnIzAções socIAIs e AgêncIAs executIvAs A contratualização se fortalece como um importante mecanismo de efetivação da gestão por resultados no setor público. A reforma gerencial de 1995 propôs uma gestão por resulta- dos por meio de contratos de gestão firmados entre ministérios e entidades prestadoras de serviços públicos, visando a assegurar autonomia de gestão em troca de compromisso prévio com resultados. Seguindo definição da Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento, Desenvolvi- mento e Gestão, contratualização é o procedimento de ajuste de condições específicas no relacionamento entre o Poder Público e seus órgãos e entidades de direito público e privado ou entre o Poder Público e entidades da sociedade civil, em que há a negociação e o estabele- cimento de metas de desempenho. A característica central dos contratos de gestão, termos de parceria e outros instrumentos do gênero é o pacto que se estabelece entre o Poder Público e a entidade signatária da pactu- ação de resultados, pois os contratos de gestão, termos de parceira e outros instrumentos do gênero podem variar quanto às suas finalidades. Portanto, genericamente, a contratualização é o pacto de resultados entre partes interes- sadas. No setor público, é importante instrumento de ação, quer sob a forma de contratualiza- ção da tutela sobre as entidades da Administração Indireta – fixa programa a ser cumprido pela entidade em troca do reconhecimento de maior autonomia -, quer sob a forma de parceria com a iniciativa privada – fixa igualmente programa a ser cumprido pela entidade que atua como paraestatal, em colaboração com o Poder Público, recebendo ajuda financeira para esse fim. O modelo contratual situa-se numa posição intermediária e evolutiva entre o modelo hie- rárquico, baseado no comando e controle – onde o órgão supervisor, responsável pela formu- lação da política pública decide e o supervisionado cumpre o determinado – e o modelo da O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquertítulo, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 14 de 74www.grancursosonline.com.br Gestão por Resultados NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Adriel Sá delegação ampla (onde o supervisionado tem total autonomia e opera de forma autônoma e desvinculada da entidade supervisora). Logo, a contratualização regula as relações entre o núcleo estratégico (formulador de políticas) e as entidades descentralizadas (executoras de políticas). 008. (CEBRASPE (CESPE)/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/TCE MG)/2018) A gestão por resultados preconiza na provisão de serviços públicos a) o controle ex ante. b) o foco nos inputs. c) a priorização de processos. d) a importância das parcerias. e) a aversão a riscos. A gestão por resultados nada mais é do que um tipo de gestão baseada na administração ge- rencial, onde são acordados resultados, alocados os recursos necessários e estabelecidos os indicadores que irão medir as realizações! Letra d. Destaca-se que a contratualização, por óbvio, requer a inserção de cláusulas e mecanis- mos de sanções que serão aplicadas às partes que não cumprirem o que foi estabelecido. Vejamos o que o Caderno MARE 2 da Reforma do Estado fala sobre o contrato de gestão (grifou-se): O contrato de gestão é um compromisso institucional, firmado entre o Estado, por intermédio de seus ministérios, e uma entidade pública estatal, a ser qualificada como Agência Executiva, ou uma entidade não-estatal, qualificada como Organização Social. Seu propósito é contribuir ou reforçar o atingimento de objetivos de políticas públicas, mediante o desenvolvimento de um programa de melhoria da gestão, com vistas a atingir uma superior quali- dade do produto ou serviço prestado ao cidadão. Um contrato de gestão especifica metas (e res- pectivos indicadores), obrigações, responsabilidades, recursos, condicionantes, mecanismos de avaliação e penalidades. Por parte do Poder Público contratante, o contrato de gestão é um instrumento de implementação, supervisão e avaliação de políticas públicas, de forma descentralizada, racionalizada e autonomiza- da, na medida em que vincula recursos ao atingimento de finalidades públicas. Por outro lado, no âmbito interno das organizações (estatais ou não-estatais) contratadas, o con- trato de gestão se coloca como um instrumento de gestão estratégica, na medida em que direciona a ação organizacional, assim como a melhoria da gestão, aos cidadãos/ clientes beneficiários de determinadas políticas públicas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 15 de 74www.grancursosonline.com.br Gestão por Resultados NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Adriel Sá Assim, na gestão por resultados da Administração Pública brasileira, ganha destaque as agências executivas e as organizações sociais (OS). As agências executivas não são “novas entidades”, mas antigas autarquias ou fundações que passam por um processo de qualificação. Em conformidade com os incs. I e II do art. 51 da Lei n. 9.649/1998, são pressupostos necessários para a qualificação: • celebração de contrato de gestão com o respectivo ministério supervisor, que terá a pe- riodicidade mínima de um ano; e, cumulativamente • um plano estratégico de reestruturação ou de desenvolvimento institucional em anda- mento. É bom reforçar que todos os órgãos ou entidades administrativas podem firmar contratos de gestão, com fundamento do § 8º do art. 37 da CF/1988. Contudo, no caso das agências executivas, o documento é obrigatório para que a entidade autárquica ou fundacional possa receber a titulação. A qualificação da entidade virá após a celebração do contrato de gestão, isto é, a entida- de pretendente não é qualificada no contrato de gestão, mas depois que o firmar. Em âmbito federal, a titulação de agência é conferida discricionariamente por decreto do Presidente da República. Observa-se que o Plano Diretor da Reforma do Aparelho de Estado (PDRAE) citou o proje- to das “agências autônomas” como um dos instrumentos da modernização da gestão públi- ca. Com esse propósito, a necessidade de alteração no arcabouço normativo foi prevista no PDRAE, para possibilitar a melhoria da gestão, ao tempo em que algumas autarquias selecio- nadas seriam transformadas em “laboratórios de experimentação” (nas palavras do Plano). As organizações sociais pertencem a um modelo de organização pública não estatal, des- tinado a absorver atividades publicizáveis mediante qualificação específica. Trata-se de uma forma de propriedade pública não estatal, constituída pelas associações civis sem fins lucra- tivos, que não são propriedade de nenhum indivíduo ou grupo e estão orientadas diretamente para o atendimento do interesse público. As OS, portanto, são um modelo de parceria entre o Estado e a sociedade. O Estado con- tinuará a fomentar as atividades publicizadas e exercerá sobre elas um controle estratégico: demandará resultados necessários ao atingimento dos objetivos das políticas públicas. E o contrato de gestão é o instrumento que regulará as ações das OS, conforme previsão consti- tucional (art. 37, § 8º): Art. 37. […] § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 16 de 74www.grancursosonline.com.br Gestão por Resultados NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Adriel Sá I – o prazo de duração do contrato; II – os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes; III – a remuneração do pessoal. A contratualização de resultados tem como marco legal a Lei n. 9.637/1998, também co- nhecida como Lei das Organizações Sociais. Depois da qualificação como OS, a entidade poderá firmar contrato de gestão com órgão da Administração Pública direta, sujeitando-se a um conjunto de normas que lhe asseguram certos benefícios. Por sua vez, a entidade sofrerá sujeição ao controle do Tribunal de Contas e do órgão público supervisor, integrante da Administração Pública. Nos termos da Lei de Licitações e Contratos, será dispensada a licitação para a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades contempladas no contrato de gestão (inc. XXIV do art. 24). Com outras palavras, os Estados-membros, por exemplo, não podem contra- tar, por dispensa de licitação, as OSs que tenham sido qualificadas pela União. Lei n. 8.666/1993. Art. 24. […] XXIV – para a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais, qua- lificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades contempladas no contrato de gestão. Observe que a contratação direta não é para a qualificação ou para a assinatura de con- trato de gestão, mas para os serviços integrantes do contrato de gestão. Para que um Estado realize tal contratação direta, deve ter qualificado a entidade como OS; o mesmo vale para um Município. Isso porque a lei estipula que a contratação direta daOS, com base na dispensa de licitação, deve ocorrer no âmbito da respectiva esfera federativa que houver qualificado a entidade como OS. Ainda, convém destacar que, conforme preceitua o art. 7º da Lei n. 9.637/1998 (lei das OSs), na elaboração do contrato de gestão, devem ser observados os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e, também, os seguintes preceitos: especificação do programa de trabalho proposto pela organização social, a estipulação das metas a serem atingidas e os respectivos prazos de execução, bem como previsão expressa dos critérios objetivos de avaliação de desempenho a serem utilizados, mediante indicadores de qualidade e produtividade; a estipulação dos limites e critérios para despesa com remuneração e vantagens de qualquer natu- reza a serem percebidas pelos dirigentes e empregados das organizações sociais, no exercício de suas funções. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 17 de 74www.grancursosonline.com.br Gestão por Resultados NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Adriel Sá 009. (FCC/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO (TCE-CE)/CONTROLE EXTERNO/AUDITO- RIA GOVERNAMENTAL/2008) Um dos aspectos importantes das mudanças na implemen- tação das políticas públicas é o da contratualização com as entidades do chamado 3º Setor. Com isso, a administração pública pode contratar uma organização para executar serviços públicos e viabilizar a atuação do particular na execução de suas atividades. Uma dessas en- tidades é a OSCIPs − Organização da Sociedade Civil de Interesse Público. O instrumento pelo qual se concretiza a contratualização entre o Poder Público e a OSCIPs é a) o termo de parceria. b) o contrato de gestão. c) a concessão de serviço público. d) o acordo de Programa. e) o convênio. As organizações da sociedade civil de interesse público – OSCIPS – são pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, instituídas por iniciativa dos particulares, para desempe- nhar serviços não exclusivos do Estado, com fiscalização pelo Poder Público, formalizando a parceria com a Administração Pública por meio de termo de parceria. Sempre é bom lembrar que o art. 2º da Lei n. 9.790/1999 veda a concessão do título de OSCIP para as seguintes pessoas jurídicas: I – as sociedades comerciais; II – os sindicatos, as associações de classe ou de representação de categoria profissional; III – as instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos, cultos, práticas e visões devocionais e confessionais; IV – as organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações; V – as entidades de benefício mútuo destinadas a proporcionar bens ou serviços a um círculo res- trito de associados ou sócios; VI – as entidades e empresas que comercializam planos de saúde e assemelhados; VII – as instituições hospitalares privadas não gratuitas e suas mantenedoras; VIII – as escolas privadas dedicadas ao ensino formal não gratuito e suas mantenedoras; IX – as organizações sociais; X – as cooperativas; XI – as fundações públicas; XII – as fundações, sociedades civis ou associações de direito privado criadas por órgão público ou por fundações públicas; XIII – as organizações creditícias que tenham qualquer tipo de vinculação com o sistema financeiro nacional a que se refere o art. 192 da Constituição Federal. Letra a. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 18 de 74www.grancursosonline.com.br Gestão por Resultados NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Adriel Sá 010. (FCC/AUDITOR (TCE-AM)/2015) A contratualização de resultados, uma das estratégias da Reforma Gerencial implementada no Brasil a partir de 1995, a) tem por objetivos promover, via controle hierárquico e de processos, transparência de custos, melhor desempenho e aumento da eficiência e efetividade na prestação de serviços públicos. b) foi implementada por meio de contratos de gestão firmados entre ministérios e entidades prestadoras de serviços públicos, visando a assegurar autonomia de gestão em troca de com- promisso prévio com resultados. c) foi implementada por meio da criação das entidades públicas estatais denominadas Organi- zações Sociais, às quais foi repassada a provisão dos serviços públicos não exclusivos. d) baseia-se na contratualização de metas e indicadores de qualidade e produtividade que subsidiam a fiscalização e o controle dos gestores, sem prever mecanismos de controle social. e) tem como marco legal a Lei n. 9.637/1998, também conhecida como Lei das Organizações Sociais, que foi objeto de Ação Direta de Inconstitucionalidade por exigir licitação e contrata- ção via concurso público, ferindo a flexibilidade almejada pela reforma. De acordo com o Plano Diretor da Reforma do Estado (Brasil, 1995), a principal inovação da mudança diz respeito à forma de controle, não mais baseado em processos, mas sim em re- sultados. Agências Executivas e Organizações Sociais se relacionariam com os Ministérios Supervisores por meio de contratos de gestão, nos quais estariam especificados os resultados esperados para o seu desempenho. a) Errada. Na gestão por resultados a ênfase não é mais o controle hierárquico e de processos, mas sim o desempenho mensurado a partir de indicadores de resultados. c) Errada. De fato, a contratualização de resultados tem como marco legal a Lei n. 9.637/1998, também conhecida como Lei das Organizações Sociais. Depois da qualificação como OS, a entidade poderá firmar contrato de gestão com órgão da Administração Pública direta, sujei- tando-se a um conjunto de normas que lhe asseguram certos benefícios. O erro da afirmativa está na qualificação das OSs como entidades públicas estatais, quando, na verdade, elas são denominadas entidades públicas não estatais. Observe o seguinte trecho do PDRAE: A estratégia de transição para uma administração pública gerencial prevê, ainda na dimensão ins- titucional-legal, a elaboração, que já está adiantada, de projeto de lei que permita a “publicização” dos serviços não-exclusivos do Estado, ou seja, sua transferência do setor estatal para o público não-estatal, onde assumirão a forma de “organizações sociais”. d) Errada. A contratualização de resultados prevê o controle social. A gestão por resultados possui estreita relação com a excelência nos serviços públicos, que busca garantir a qualidade do serviço público aos cidadãos. Logo, a gestão pública orientada para os resultados requer avaliações de opinião do público para se saber se os serviços estão satisfazendo as deman- das e necessidades de seus usuários. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 19 de 74www.grancursosonline.com.br Gestão por Resultados NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Adriel Sá e) Errada. De fato, como já afirmado, a contratualização de resultados tem como marco legal a Lei n. 9.637/1998, também conhecida como Lei das Organizações Sociais. Na Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 1.923/98-DF, o STF julgou pela constitucionalidade do modelo, após dezesseis anos de sua propositura, confirmando (e não ferindo) a flexibilidade característica do modelo gerencial. Letra b. 5.3. AvAlIAção de desempenho ou resultAdosVamos partir da seguinte ideia: não existe gestão por resultados sem avaliação de de- sempenho. A gestão do desempenho constitui um conjunto sistemático de ações que buscam definir o conjunto de resultados a serem alcançados e os esforços e capacidades necessários para seu alcance, incluindo‐se a definição de mecanismos de alinhamento de estruturas imple- mentadoras e de sistemática de monitoramento e avaliação. Segundo o Guia Referencial para Medição de Desempenho e Manual para Construção de Indicadores – GESPÚBLICA, o conceito de gestão por resultados não se restringe apenas em formular resultados que satisfaçam às expectativas dos legítimos beneficiários da ação gover- namental de forma realista, desafiadora e sustentável. Requer, também, alinhar os arranjos de implementação (que envolvem intrincados conjuntos de políticas, programas, projetos e orga- nizações) para alcançá‐los, além de envolver a construção de mecanismos de monitoramento e avaliação que promovam aprendizado, transparência e responsabilização. A excelência nos serviços públicos busca garantir a qualidade do serviço público aos ci- dadãos. Logo, a gestão pública orientada para os resultados requer avaliações de opinião do público para se saber se os serviços estão satisfazendo as demandas e necessidades de seus usuários. Ainda considerando o Guia Referencial para Medição de Desempenho e Manual para Cons- trução de Indicadores – GESPÚBLICA, vejamos alguns dos principais mitos, posturas e impos- turas da mensuração do desempenho: O mito da medição absoluta: preciso medir tudo. Quem pretende medir tudo acaba não medindo nada! Por detrás deste mito, está o fetiche do pan-óptico, que gera a impostura, mo- vida por uma necessidade obsessiva de monitorar e controlar tudo e todos ao mesmo tempo e na mesma hora. Gerir o desempenho é uma forma de controle, mas que deve ser extremamente seletivo. A postura correta é alta seletividade. Medir apenas o que é importante, o que é significativo, o que vale a pena. Medir custa tempo e dinheiro! E algumas medidas são perecíveis – só fazem sentido se puderem gerar decisões tempestivas. Para medir o que importa, preciso gerar todas as informações, coletar dados de forma exaustiva e precisa. Quem se preocupa em gerar todas as informações, provavelmente mor- rerá afogado num mar de informações, cheio de informações inviáveis e inúteis. Por um lado, O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 20 de 74www.grancursosonline.com.br Gestão por Resultados NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Adriel Sá a geração de indicadores (medidas) relevantes requererá dados e informações específicos – cuja obtenção e tratamento demandarão mais ou menos tempo e representarão custos. A postura correta é, sempre que possível, trabalhar com aproximações, buscando construir indicadores a partir de dados já existentes e tratados dentro de padrões aceitáveis de qualida- de – apostando‐se que, na maioria dos casos, a disponibilidade de dados e informações não é o problema fundamental. Primeiro vamos medir, depois vamos ver o que fazemos com as medidas. Inicialmen- te, medidas não podem ser vistas como modismos ou obrigação. Mede‐se para controlar ou melhorar o desempenho. Medidas têm que ser úteis, fazer sentido para orientar a gestão no dia a dia. A medição tem que ser orientada para a melhoria do desempenho e a melhoria do desem- penho tem que ser orientada pela medição. Preciso, sobretudo, do sistema informático perfeito para isto. Você precisa, acima de tudo, de um bom modelo de mensuração, que permita uma boa definição específica do que é o seu desempenho e, a partir daí, como mensurá‐lo. Primeiro a sistemática, depois o sistema. Sistemas informacionais são instrumentos que devem estar a serviço de uma lógica – não o contrário, sua lógica de definição e mensuração não pode estar a serviço de um sistema. Há muitas soluções de sistemas (de prateleira, baratos, amigáveis e acessíveis) para sistemáticas de mensuração. Lembre‐se do mandamento: “não adorarás ferramentas informáticas”! 5.4. IndIcAdores de gestão É certo que não adianta planejar se não houver controle; da mesma forma, não adianta que- rer controlar se não houver como medir o desempenho, comparar os resultados alcançados com os planejados e decidir, se for o caso, por ajustes. E é aqui que entram os indicadores de desempenho, também chamados de indicadores de excelência. O indicador é uma forma de representação quantificável de características de produtos, serviços ou processos, visando acompanhar e melhorar resultados ao longo do tempo. Os indi- cadores informam e mensuram o alcance de objetivos, comparando o desempenho atual com a meta definida para o indicador. Avaliar nada mais é que medir o desempenho; e, para que isso seja possível, é necessário a construção de modelos específicos de mensuração do desempenho, os chamados indicado- res. Em suma: • Modelos são um conjunto de indicadores relacionados. • Indicadores são métricas que proporcionam informações sobre o desempenho de um objeto (seja governo, política, programa, organização, projeto etc.), com vistas ao contro- le, comunicação e melhoria. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 21 de 74www.grancursosonline.com.br Gestão por Resultados NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Adriel Sá A classificação mais ampla para os indicadores é aquela que os enquadra em simples ou compostos. Em suma, indicadores simples cobrem aspectos parciais da realidade, ou seja, dizem res- peito a cada uma das dimensões da realidade econômica, demográfica, social ou política. Ve- jamos alguns exemplos de indicadores simples: • Dimensões econômicas: PIB per capita, taxa de inflação, taxa de crescimento anual do PIB, etc. • Dimensões demográficas: taxa de crescimento anual da população, taxa de natalidade, taxa de mortalidade, etc. • Dimensões sociais: taxa de analfabetismo, taxa de escolaridade feminina, consumo de jornais por habitante, etc. • Dimensões políticas: reconhecimento de direitos humanos, existência ou não existência da pena de morte, grau de participação na vida política, etc. Já os indicadores compostos são indicadores mais completos e que ultrapassam algumas das limitações apresentadas pelos indicadores simples, sendo compostos por um conjunto de indicadores simples. Esses indicadores são elaborados pela aglutinação de dois ou mais indicadores simples, referentes a uma mesma ou diferentes dimensões. Um exemplo bem clássico de indicador composto é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), construído com base em informações sobre saúde, educação e rendimento. Os tipos de indicadores são diversos, específicos para o que se pretende medir. Assim, não há como enumerar uma lista taxativa, mas os mais comuns são os seguintes: • Indicadores estratégicos: informam o quanto a organização se encontra na direção da consecução de sua missão, visão e objetivos. Refletem o desempenho em relação aos fatores críticos de sucesso. • Indicadores de eficiência: relação com os resultados obtidos e os recursos empregados: fazer da melhor maneira utilizando a menor quantidade possível de recursos. • Indicadores de eficácia: relação entre os resultados obtidos e os resultados pretendidos: fazer da melhor maneira, isto é: atingir os resultados esperados. • Indicadores de efetividade (impacto): conjuga a eficácia com a eficiência. Focam as consequências dos produtos, serviços ouprocessos. A efetividade está vinculada ao valor agregado, a transformação produzida no contexto em geral. • Indicadores de tendência: permitem fazer inferências mais seguras sobre o futuro. Eles representam uma codificação do conhecimento e demonstram tendências de compor- tamento. • Indicadores de capacidade: relação entre a quantidade que se pode produzir e o tempo para que isso ocorra. Por exemplo: a empresa Y tem capacidade de produzir 200 celula- res por mês. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 22 de 74www.grancursosonline.com.br Gestão por Resultados NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Adriel Sá • Indicadores de produtividade: relação entre as saídas geradas por um trabalho e os re- cursos utilizados para isso. Exemplo: uma pessoa consegue instalar 30 m2 de gesso em uma hora. A outro, consegue instalar apenas 22 m2 de gesso em uma hora; portanto, a segunda é menos produtiva que a primeira. • Indicadores de qualidade: relação entre as saídas totais, (tudo que foi produzido) e as saídas adequadas ao uso, isto é, sem defeitos ou inconformidades. Exemplo: 950 peças adequadas a cada 1.000 produzidas (95% de conformidade). • Indicadores de lucratividade: relação percentual entre o lucro e as vendas totais. Exem- plo: numa empresa, foram vendidos R$ 300.000,00 em mercadorias e apurado um lucro de R$ 30.000,00. Portanto a lucratividade é de 10%. • Indicadores de rentabilidade: relação percentual entre o lucro e o investimento feito na empresa. Exemplo: Na mesma empresa do exemplo anterior foram investidos R$ 1.000.000,00, com um lucro de R$ 40.000,00. A rentabilidade foi de 4%. • Indicadores de competitividade: relação da empresa com a concorrência. O market share pode ser usado para isso. De acordo com o Guia Referencial para Medição de Desempenho e Manual para Constru- ção de Indicadores – GESPÚBLICA, indicadores são instrumentos de gestão essenciais nas atividades de monitoramento e avaliação das organizações, assim como seus projetos, progra- mas e políticas, pois permitem acompanhar o alcance das metas, identificar avanços, melho- rias de qualidade, correção de problemas, necessidades de mudança etc. Assim sendo, pode‐se dizer que os indicadores possuem, minimamente, duas funções bá- sicas: a primeira é descrever por meio da geração de informações o estado real dos aconteci- mentos e o seu comportamento; a segunda é de caráter valorativo que consiste em analisar as informações presentes com base nas anteriores de forma a realizar proposições valorativas. Há vários sistemas classificatórios para os indicadores, de acordo com sua natureza ou tipo, e que podem ser utilizados como auxílio para o critério de escolha no ciclo de avaliação de ações, programas e projetos de um órgão público. Portanto, de nada vale uma ação, programa ou projeto que não seja possível estabelecer-se indicadores que estabeleçam critérios qualita- tivos e quantitativos em sua mensuração. Existem variações nas opções de escolhas de indicadores, qualitativos ou quantitativos. Isso dependerá de qual perspectiva partirá a avaliação. Como exemplo, se eu quero observar a eficiência, o estabelecimento de indicadores qualitativos se mostrará mais viável; se eu quero observar a eficácia, indicadores qualitativos trarão resultados mais reais. Nesse contexto, uma discussão importante do modelo de gestão por resultados se refere aos indicadores utilizados para operacionalizar o modelo ou para permitir a avaliação do al- cance das metas propostas. 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Dessa forma os indicadores servem para: • mensurar os resultados e gerir o desempenho; • embasar a análise crítica dos resultados obtidos e do processo de tomada decisão; • contribuir para a melhoria contínua dos processos organizacionais; • facilitar o planejamento e o controle do desempenho; e • viabilizar a análise comparativa do desempenho da organização e do desempenho de diversas organizações atuantes em áreas ou ambientes semelhantes. • Os componentes básicos de um indicador são (GESPÚBLICA): • Medida: grandeza qualitativa ou quantitativa que permite classificar as características, resultados e consequências dos produtos, processos ou sistemas; • Fórmula: padrão matemático que expressa à forma de realização do cálculo; • Índice (número): valor de um indicador em determinado momento; • Padrão de comparação: índice arbitrário e aceitável para uma avaliação comparativa de padrão de cumprimento; e • Meta: índice (número) orientado por um indicador em relação a um padrão de compara- ção a ser alcançado durante certo período. Vamos tentar visualizar esses componentes num exemplo. Utilizaremos como modelo um indicador determinado como “ÍNDICE DE ABSENTEÍSMO”. Em gestão de pessoas, absenteís- mo refere-se à soma dos períodos em que os empregados se encontram ausentes do trabalho, seja por falta, atraso ou a algum outro motivo. INDICADOR1: ÍNDICE DE ABSENTEÍSMO OBJETIVO ESTRATÉGICO2: APLICAR MELHORAS CONTÍNUAS À SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO META3 Reduzir em 30% o índice de absenteísmo até 2019. 2015 2016 2017 2018 2019 4% 6% 5% 5% 7% Obtido 3% 6% (6%)4 Tipo de indicador Eficácia O que mede Ausências de magistrados e servidores nas suas jornadas normais de trabalho. Quem mede Núcleo de Desenvolvimento de Pessoas Quando medir Mensalmente O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 24 de 74www.grancursosonline.com.br Gestão por Resultados NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Adriel Sá (1) Perceba que, apesar de o indicador ser algo quantificável, ele não é, necessariamente, um valor numérico. São os seus desmembramentos que fornecerão esse valor numérico. No entanto, quando a banca vincular o indicador como algo quantificável numericamente, tenha isso como correto. (2) A seleção do indicador corresponderá sempre a um objetivo pretendido. (3) Note que a meta, utilizando-se de medidas e fórmulas, apresenta um valor numérico pretendido, ou seja, um estado de futuro esperado. Sempre será um valor atrelado a um prazo. (4) Verifica-se que o índice, assim como a meta, apresenta um valor numérico, mas agora não mais ao futuro, mas sim considerando determinado momento. No nosso exemplo, o índice reflete o percentual até o momento. 011. (CEBRASPE/AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/TCE-SC/CONTROLE EXTER- NO/ADMINISTRAÇÃO/2016) O padrão de comparação, índice aceitável para avaliar compa- rativamente padrões de cumprimento, é um componente básico de indicador de desempenho. Isso mesmo! Um padrão de comparação ou referencial comparativo é um índice arbitrado ou convencionado para o indicador, utilizado como padrão de comparação. Certo. O GESPÚBLICA utilizou como modelo uma concepção de cadeia de valor que identifica seis categorias básicas de indicadores de desempenho (chamados Es), divididasem duas dimensões (Resultado e Esforço): 1. Efetividade (dimensão do Resultado); 2. Eficácia (dimensão do Resultado); 3. Eficiência (dimensão do Resultado); 4. Execução (dimensão do Esforço); 5. Excelência (dimensão do Esforço); e 6. Economicidade (dimensão do Esforço). Essas seis categorias de indicadores estão relacionadas a algum dos elementos da cadeia de valor, que representa a atuação da ação pública desde a obtenção dos recursos até a gera- ção dos impactos provenientes dos produtos/serviços. Os elementos da cadeia de valor são: • Insumos (inputs); • Processos/Projetos (ações); • Produtos/serviços (outputs); e • Impactos (outcomes). 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Por exemplo, se uma campanha de vacinação realmente imu- nizar e diminuiu a incidência de determinada doença entre as crianças, a campanha foi efetiva. • Eficácia é a quantidade e qualidade de produtos e serviços entregues ao usuário (be- neficiário direto dos produtos e serviços da organização). Por exemplo, se, na mesma campanha citada, a meta de vacinação é imunizar 100.000 crianças e este número foi alcançado ou superado, a campanha foi eficaz. • Eficiência é a relação entre os produtos/serviços gerados (outputs) com os insumos uti- lizados, relacionando o que foi entregue e o que foi consumido de recursos, usualmente sob a forma de custos ou produtividade. Por exemplo, uma campanha de vacinação é mais eficiente quanto menor for o custo, ou seja, quanto menor for o custo da campa- nha, mantendo‐se os objetivos propostos. Sintetizando: • A efetividade é a dimensão do desempenho que representa a relação entre os resul- tados alcançados e as transformações ocorridas. Possui foco externo e refere-se aos IMPACTOS. • A eficácia é a dimensão do desempenho expressa pelo alcance dos objetivos ou metas, independentemente dos custos implicados. Possui foco externo e refere-se aos RESUL- TADOS. • A eficiência é a dimensão do desempenho expressa pela relação do processo envolvido, seu meio. Assim, possui foco interno e refere-se aos CUSTOS envolvidos. 5.4.2. Dimensões do Esforço • Execução refere‐se à realização dos processos, projetos e planos de ação conforme estabelecidos. • Excelência é a conformidade a critérios e padrões de qualidade/excelência para a reali- zação dos processos, atividades e projetos na busca da melhor execução e economici- dade, sendo um elemento transversal. • Economicidade está alinhada ao conceito de obtenção e uso de recursos com o menor ônus possível, dentro dos requisitos e da quantidade exigidas pelo input, gerindo ade- quadamente os recursos financeiros e físicos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 26 de 74www.grancursosonline.com.br Gestão por Resultados NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Adriel Sá 012. (FCC/ANALISTA DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO (SEAD AP)/2018) O número de leitos em um hospital público estadual é um indicador de a) insumos. b) processos. c) produtos. d) impactos. e) economicidade. Em artigo publicado em 2005, o autor Paulo de Martino Jannuzzi8 classifica os indicadores sociais para a análise de políticas públicas, da seguintes forma: indicador-insumo, indicador- -processo, indicador-resultado e indicador-impacto. • Os indicadores-insumo correspondem às medidas associadas à disponibilidade de re- cursos humanos, financeiros ou de equipamentos alocados para um processo ou pro- grama que afeta uma das dimensões da realidade social. • Os indicadores-resultado são aqueles mais propriamente vinculados aos objetivos finais dos programas públicos, que permitem avaliar a eficácia do cumprimento das metas es- pecificadas, como por exemplo, a taxa de mortalidade infantil, cuja diminuição espera-se verificar com a implementação de um programa de saúde materno-infantil. • Os indicadores-impacto referem-se aos efeitos e desdobramentos mais gerais, anteci- pados ou não, positivos ou não, que decorrem da implantação dos programas, como, no exemplo anterior, a redução da incidência de doenças na infância ou a melhoria do de- sempenho escolar futura, efeitos decorrentes de atendimento adequado das gestantes e da criança recém-nascida. • Os indicadores-processo ou fluxo são indicadores intermediários, que traduzem em me- didas quantitativas, o esforço operacional de alocação de recursos humanos, físicos ou financeiros (indicadores-insumo) para a obtenção de melhorias efetivas de bem-estar (indicadores-resultado e indicadores-impacto), como número de consultas pediátricas por mês, merendas escolares distribuídas diariamente por aluno ou ainda homens-hora dedicados a um programa social. O número de leitos em um hospital público é um indicador de insumos, tendo em vista que corresponde à medida associada à disponibilidade de equipamentos disponíveis no hospital. Relaciona-se com os insumos disponíveis, com a estrutura em si. Letra a. 8 JANNUZZI, P. M. Indicadores sociais na formulação e avaliação de políticas públicas. Campinas, SP: [s.n.], 2005. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 27 de 74www.grancursosonline.com.br Gestão por Resultados NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Adriel Sá RESUMO • Na gestão pública, a ideia do conceito de qualidade preconiza a satisfação das necessi- dades e expectativas do usuário-cidadão. • O paradigma do cliente na gestão pública refere-se à focalização da ação do Estado no cidadão. • Gestão por resultados − Formalmente, a gestão por resultados no Brasil tem início com o Plano Plurianual (PPA 2000 – 2003), denominado Avança Brasil. − Princípios: mérito, desempenho, reconhecimento e transparência (accountability). − A contratualização se fortalece como um importante mecanismo de efetivação da gestão por resultados no setor público. Busca assegurar autonomia de gestão em troca de compromisso prévio com resultados. − Na gestão por resultados da Administração Pública brasileira, ganha destaque as agências executivas e as organizações sociais (OS). − As agências executivas não são “novas entidades”, mas antigas autarquias ou funda- ções que passam por um processo de qualificação. Pressupostos necessários para a qualificação: o Celebração de contrato de gestão com o respectivo ministério supervisor, que terá a periodicidade mínima de um ano; e, cumulativamente o Um plano estratégico de reestruturação ou de desenvolvimento institucional em andamento. − As organizações sociais pertencem a um modelo de organização pública não esta- tal, destinado a absorver atividades publicizáveis mediante qualificação específica. Trata-se de uma forma de propriedade pública não estatal, constituída pelas associa- ções civis semfins lucrativos, que não são propriedade de nenhum indivíduo ou grupo e estão orientadas diretamente para o atendimento do interesse público. • Indicadores de gestão − Indicadores são instrumentos de gestão essenciais nas atividades de monitoramento e avaliação das organizações, assim como seus projetos, programas e políticas. − Componentes básicos ◦ Medida: grandeza qualitativa ou quantitativa que permite classificar as caracterís- ticas, resultados e consequências dos produtos, processos ou sistemas; ◦ Fórmula: padrão matemático que expressa à forma de realização do cálculo; ◦ Índice (número): valor de um indicador em determinado momento; ◦ Padrão de comparação: índice arbitrário e aceitável para uma avaliação compara- tiva de padrão de cumprimento; e ◦ Meta: índice (número) orientado por um indicador em relação a um padrão de com- paração a ser alcançado durante certo período. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 28 de 74www.grancursosonline.com.br Gestão por Resultados NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Adriel Sá − Dimensões (Resultado e Esforço) ◦ Efetividade (dimensão do Resultado) são os impactos gerados pelos produtos/ serviços, processos ou projetos. ◦ Eficácia (dimensão do Resultado) é a quantidade e qualidade de produtos e servi- ços entregues ao usuário (beneficiário direto dos produtos e serviços da organiza- ção). ◦ Eficiência (dimensão do Resultado) é a relação entre os produtos/serviços gera- dos (outputs) com os insumos utilizados, relacionando o que foi entregue e o que foi consumido de recursos, usualmente sob a forma de custos ou produtividade. ◦ Execução (dimensão do Esforço) refere‐se à realização dos processos, projetos e planos de ação conforme estabelecidos. ◦ Excelência (dimensão do Esforço) é a conformidade a critérios e padrões de qua- lidade/excelência para a realização dos processos, atividades e projetos na busca da melhor execução e economicidade. ◦ Economicidade (dimensão do Esforço) está alinhada ao conceito de obtenção e uso de recursos com o menor ônus possível, dentro dos requisitos e da quantidade exigidas pelo input, gerindo adequadamente os recursos financeiros e físicos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 29 de 74www.grancursosonline.com.br Gestão por Resultados NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Adriel Sá MAPA MENTAL �Medida: grandeza qualitativa ou quantitativa que permite classificar as características, resultado e consequências dos produtos, processos ou sistemas. � �Fórmula: padrão matemático que expressa a forma de realização do cálculo. � �Índice (número): valor de um indica- dor em determinado momento. � �Padrão de comparação: índice arbitrário e aceitável para uma avaliação comparativa de padrão de cumprimento. � �Meta: índice (número) orientado por um indicador em relação a um padrão de comparação a ser alcançado durante certo período. � �Efetividade (dimensão do resultado) são os impactos gerados pelos produtos/serviços, processos ou projetos. � �Eficácia (dimensão do resultado) é a quantidade e qualidade de produtos e serviços entregues ao usuário (beneficiário direto dos produtos e serviços da organização). � �Eficiência (dimensão do resultado) é a relação entre os produtos/serviços gerados (outputs) com os insumos utilizados, relacionando o que foi entregue e o que foi consumido de recursos, usualmente sob a forma de custos ou produtividade. � �Execução (dimensão do esforço) refere-se à realização dos processos, projetos e planos de ação conforme estabelecidos. � �Excelência (dimensão do esforço) é a conformidade a critérios e padrões de qualidade/excelência para a realização dos processos, atividades e projetos na busca da melhor execução e economicidade. � �Economicidade (dimensão do esforço) está alinhada ao con- ceito de obtenção e uso de recursos com o menor ônus possí- vel, dentro dos requisitos e da quantidade exigidas pelo input, gerindo adequadamente os recursos financeiros e físicos. �Contratualização: mecanismo de efetivação da gestão por resultados no setor público. Busca assegurar autonomia de gestão em troca de compromisso prévio com resultados. �GESTÃO DE RESULTADOS �Indicadores de gestão (componentes básicos) �Indicadores de gestão (dimensões) O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 30 de 74www.grancursosonline.com.br Gestão por Resultados NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Adriel Sá �Na gestão pública, a ideia do conceito de qualidade preconiza a satisfação das necessidades e expectativas do usuário-cidadão. �O paradigma do cliente na gestão pública refere-se à focalização da ação do Estado no cidadão. �Dinamicidade: geração e incorporação das informações sobre desempenho nos processos decisórios. � �Abrangência: basear-se num conceito amplo de desempenho que englobe tanto os esforços quanto os resultados propostos. � �Multidimensionalidade: considerar as múltiplas dimensões de esforço (processos, recursos, estruturas sistemas informacionais e pessoas) para alinhá-los aos resultados. �Gestão por resultados (atributos) �GESTÃO DE RESULTADOS O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 31 de 74www.grancursosonline.com.br Gestão por Resultados NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Adriel Sá QUESTÕES DE CONCURSO 001. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRT 11ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/2012) Uma gestão pública voltada para a excelência deve a) estar focada em resultados e orientada para o cidadão. b) concentrar seus recursos nos serviços mais rentáveis. c) priorizar, acima de tudo, a racionalização dos gastos. d) se pautar apenas no cumprimento das regras formais. e) enfatizar as demandas dos setores mais necessitados. 002. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 4ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/2011) O princípio central da gestão da qualidade nos serviços públicos é a) o foco nos clientes e nos usuários, identificando suas satisfações e insatisfações. b) a definição de diretrizes estratégicas tendo como objetivo a elevação da produtividade. c) a motivação constante dos funcionários através da ampliação das tarefas. d) a atribuição de maior responsabilidade e liberdade de opinião para os funcionários. e) a racionalização dos processos decisórios, visando a redução de custos. 003. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE RR/ADMINISTRATIVA/2015) A adoção dos princí- pios da gestão da qualidade total pela Administração pública pode ser considerada como um avanço na melhoria do relacionamento com a sociedade e da prestação de serviços aos usuá- rios. Para as organizações públicas, uma das principais consequências da implantação desse sistema é a a) aceitação de que o setor público possui clientes, considerando-se nessa condição cada usuário específico e direto de um determinado serviço. b) adoção de parcerias público-privadas para a viabilização da qualidade dos serviços públicos.
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