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BIOFÍSICA III AVALIAÇÃO JUNÇÃO NEUROMUSCULAR Transmissão neuromuscular 1- Sistema nervoso autônomo e somático 2- Transmissão neuromuscular 3- Acoplamento excitação-contração 4- Receptores nicotínicos 5- Potenciais da placa motora O sistema motor somático apresenta, além do próprio músculo esquelético, vários elementos neurais que controlam e planejam as diversas etapas do processo que culmina com a contração muscular. INTEGRAÇÃO SISTEMA NERVOSO/SISTEMA MUSCULAR A integração entre os componentes neural e muscular ocorre no nível da junção neuromuscular. Junção neuromuscular é a região de contato entre o terminal axônico de um neurônio motor pré-sináptico (motoneurônio) que se divide em vários ramos e uma região especializada da fibra muscular pós- sináptica denominada de placa motora. BOTÕES SINÁPTICOS Contêm os componentes relacionados à liberação do neuromediador: Vesículas cheias de acetilcolina (ACh) Mitocôndrias Canais de Ca2+ dependentes de voltagem FENDA SINÁPTICA Aproximadamente 100nm, uma distância muito maior quando comparada aquela das sinapses do sistema nervoso central (de20-40nm) Apresenta a membrana basal composta por várias proteínas da matriz extracelular que contém a acetilcolinesterase ancorada DOBRAS JUNCIONAIS Região da placa motora que apresenta invaginações profundas da membrana Crista apresentam grande quantidade de receptores de acetilcolina do tipo nicotínico (cerca de10.000receptores/µm2), e as regiões mais profundas são ricas em canais de Na+ dependentes de voltagem RECEPTORES NICOTÍNICOS Canal iônico nicotínico ativado pela ACh Duas moléculas de Ach se ligam às porções alfa das subunidades → canal do receptor muda de conformação K+ como o Na+ fluem através do canal aberto, a favor de seus gradientes eletroquímicos qInfluxo de Na+ e efluxo de K+ POTENCIAL DE PLACA MOTORA Influxo de íons Na+ e o efluxo de íons K+ leva a uma despolarização da membrana da placa motora Esse potencial pós-sináptico excitatório na célula muscular é chamado de potencial da placa motora Paul Fatt e Bernard Katz: potencial apresenta uma amplitude de cerca de 70 mV (passando de -90 mV, no potencial de repouso, para -20 m V com a despolarização) com a estimulação de uma única fibra e é restrito à região da placa motora, decaindo progressivamente com a distância POTENCIAL DE PLACA MOTORA X POTENCIAL DE AÇÃO O potencial pós-sináptico excita então nas regiões vizinhas da placa motora mas ainda não é um potencial de ação. Nas regiões mais internas das dobras juncionais, a membrana muscular é rica em canais de Na+ dependentes de voltagem; Quando ativados pela despolarização geram mais influxo de Na+, suficiente para ultrapassar o limiar da célula muscular; Convertendo o potencial da placa motora em um potencial de ação no músculo, que se espalha por toda a membrana da célula muscular. PROPAGAÇÃO 1- O potencial de ação se propaga por um motoneurônio, chegando até a terminação nervosa. 2- Vesículas com acetilcolina são liberadas na fenda sináptica da placa motora terminal. 3- A acetilcolina entra nos seus respectivos canais protéicos da fibra muscular, permitindo também a entrada de íons de sódio, os quais iniciam o potencial de ação na fibra muscular. 4- O potencial de ação despolariza a membrana da fibra muscular e também trafega para o interior da célula pelos túbulos T. 5- A propagação do potencial de ação no interior da fibra muscular faz o retículo sarcoplasmático liberar íons de cálcio, os quais se ligam à troponina C. 6- Essa ligação provoca uma mudança conformacional no complexo actina- troponina-tropomiosina, arrastando a tropomiosina e descobrindo os sítios de ativação das moléculas de actina. 7- Quando são descobertos os sítios de ativação, as pontes cruzadas das moléculas de miosina se ligam instantaneamente a eles. Essa ligação também provoca uma mudança conformacional na posição da cabeça das moléculas de miosina, fazendo-a se inclinar em direção ao braço. 8- Neste momento, o ADP e o fosfato que estavam armazenados na cabeça da molécula de miosina são liberados. 9- É exatamente essa mudança conformacional na posição das cabeças e a energia liberada que fornecem a força necessária para arrastar a molécula de actina G. RELAÇÃO POTENCIAL DE AÇÃO E CONTRAÇÃO UM ÚNICO POTENCIAL DE AÇÃO EM UMA FIBRA MUSCULAR EVOCA UMA ÚNICA CONTRAÇÃO MUSCULAR. RELAÇÃO ENTRE CARGAS E CONTRAÇÃO MUSCULAR TIPOS DE CONTRAÇÃO Isotônica: o músculo encurta durante a contração e sua tensão permanece constante. Isométrica: o músculo não se encurta durante a contração havendo registro da força (tensão) gerada pela contração. ESTÍMULOS E SOMAÇÃO A contração simples não representa a força máxima que a fibra muscular pode desenvolver. A força gerada pela contração de uma fibra muscular simples pode ser aumentada pelo incremento da velocidade (frequência) com que os potenciais de ação estimulam a fibra muscular. Esse processo é conhecido como somação. Se os potenciais de ação continuam em alta frequência o relaxamento entre as contrações diminui até que as fibras alcancem um estado de contração máxima (tetania incompleta). Se a taxa de estímulo é alta suficiente para que a fibra muscular não tenha tempo de relaxar (tetania completa). FADIGA MUSCULAR BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES Os fármacos são capazes de bloquear a contração muscular através da ação sobre a junção neuromuscular. Bloqueadores não-despolarizantes: bloqueiam os receptores nicotínicos (ex. tubocurarina) Bloqueadores despolarizantes: agonistas dos receptores nicotínicos (ex. suxametônio) Os bloqueadores não-despolarizantes causam paralisia flácida, porém não afetam os níveis de consciência e a percepção da dor pelos indivíduos. Bloqueadores despolarizantes (Ach, Suxametônio, Decametônio) PATOLOGIAS QUE AFETAM A JUNÇÃO NEUROMUSCULAR Miastenia gravis São produzidos auto anticorpos que se ligam ao receptor de acetilcolina (Ach) O potencial da placa motora não atinge o limiar, não ocorre o estímulo para contração muscular. Hipocalemia e Hipercalemia Hipercalemia é a elevação do Potássio no sangue em níveis acima de de 5.5 mEq/L. A hipercalemia faz com que o potencial de membrana se torne menos negativo, despolarizando parcialmente a célula. A hipocalemia hiperpolariza o potencial de membrana, reduzindo, assim, a excitabilidade.
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