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Tutoria 3 concepção

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PROBLEMA 3 mmesmemestruais
Objetivos
Conceituar fertilidade, infertilidade, esterilidade, fecundidade e natalidade.
Fertilidade: demografia- capacidade potencial reprodutiva de um ser ou de toda a população; biologia- vide demo + medido pelo numero de gametas; 
Esterilidade: Impossibilidade que tem o homem ou a mulher de produzir gametas (óvulos e espermatozoide) ou zigotos (resultado da fusão entre óvulos e espermatozoides) viáveis. Permanente = genética, alterações degenerativas dos TS (caxumba), vasectomia, gonorreia. Incapacidade de gerar filhos
Infertilidade: Incapacidade de o espermatozoide fertilizar o ovulo, pode envolver ambos os sexos. = É tratável por hormônios, alimentação, microcirurgia.= diminuição da chance de gravidez.
Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva = incapacidade de obtenção de gestação após um ano de tentativas, sem uso de nenhum método anticoncepcional.
OMS = para a mulher é a impossibilidade de ficar gravida, de manter a gravidez ou/e de manter uma gravidez e dar a luz a um bebe vivo. 
Causa: Miomas - tipo de tumor benigno do tecido muscular do útero, e que consegue modificar a sua estrutura, podendo levar à obstrução das trompas uterinas ou induzindo a contração do útero, fazendo-o diminuir de tamanho, sendo que tais situações dificultam a fecundação e o desenvolvimento da gravidez. Obstrução das trompas uterinas, infecções, endometriose, mioma, cirurgias na região abdominal e até algumas patologias, como a tuberculose, e DSTs, como gonorreia. 
Disfunção dos órgãos reprodutores, dos gametas ou do concepto, produção insuficiente de espermatozoides viáveis = alcoolismo, deficiência dietética, lesão local, varicocele, calor excessivo, desequilíbrio hormonal, radiação. 
Obs: PERSERVAÇÃO DA FERTILIDADE-- O diagnóstico precoce de cânceres e os avanços no tratamento contribuem para que um número cada vez maior de pacientes em fase reprodutiva não descartem a possibilidade de ter filhos = criopreservação (congelamento) prévia de fragmentos de tecido ovariano permita um futuro retransplante ou a maturação dos folículos em laboratório.= oncofertilidade, área que envolve a medicina reprodutiva e a oncologia.– FREBASCO (federação brasileira das associações de go)
Primaria: incapacidade de engravidar ou de parir filhos vivos. Assim como mulheres que possuem aborto espontaneo, ou cuja gravidez resulta em uma criança ainda nascida, sem nunca ter tido um nascimento vivo.
Secundaria: Uma mulher é incapaz de ter um filho, quer devido à incapacidade de engravidar ou de levar uma gravidez para um nascimento vivo após uma gravidez anterior ou uma capacidade anterior de parir filhos vivos.
Fecundidade: Nº médio de filhos que uma mulher teria ao final de sua idade reprodutiva. Relação entre nascimentos vivos e mulheres em idade reprodutiva = resultado concreto da capacidade reprodutiva.
Natalidade: N° de pessoas que nascem por 1000 habitantes durante 1 ano. Numero proporcional dos nascimentos de uma população em um tempo determinado.
Relacionar idade e fecundidade.
Maiores taxas de fecundidade no Brasil: 20-24 anos = pq?
 Taxas Específicas de Fecundidade por Idade: Número de nascimentos realizados por mulheres em uma determinada faixa etária, dividido pelo número de mulheres nessa mesma faixa etária.
Em 1970 a mulher brasileira tinha, em média, 5,8 filhos. Trinta anos depois, esta média era de 2,3 filhos.
Porque a fertilidade declina com o aumento da idade? A idade dos ovários é o mais importante fator e é parte das mudanças associadas ao envelhecimento normal que afeta todos os órgãos e tecidos. A maioria das mulheres possui cerca de 300 mil óvulos por ocasião da puberdade. Para cada óvulo que amadurece e é liberado (ovulação) durante o ciclo menstrual, pelo menos 500 não amadurecem e são absorvidos pelo corpo. Quando a mulher atinge a menopausa, o que ocorre frequentemente por volta dos 48 anos (variando entre 45 e 55 anos), existe somente alguns milhares de óvulos remanescentes. Da mesma forma que a mulher, os óvulos remanescentes também possuem a mesma idade, tendo menor capacidade de fertilização e os embriões originados deles, menor capacidade de implantação. A fertilização está associada com maior risco de anormalidades genéticas. Por exemplo, anormalidades cromossômicas como a síndrome de Down, aumentam sua incidência com o aumento da idade. O risco de uma anormalidade cromossômica em uma mulher aos 20 anos é de 1/500 enquanto o risco em uma mulher aos 45 é de 1/20. Problemas ginecológicos tais como infecções pélvicas, dano tubário, endometriose, miomas, problemas ovulatórios, etc? tendem também a aumentar com o aumento da idade. A mulher tornando-se mais velha, ela tem mais tempo para desenvolver essas condições, que irão adversamente afetar sua fertilidade. A função sexual também está diminuída. Por exemplo, a libido, frequência de relações sexuais, etc? O efeito da idade na receptividade endometrial (habilidade do endométrio de receber o embrião) é controverso. Há evidência de que a receptividade tem uma queda com a idade. A idade não afeta somente as mulheres, mas também o homem em um menor grau. Afeta os espermatozóides e a frequência das relações. Não há uma idade máxima para o homem conceber. Idade maternal avançada aumenta o risco para doenças autossômicas dominantes tais como a síndrome de Marfan, neurofibromatose e acondroplasia.
 http://www.clinicadereproducaohumana.com.br/noticias-e-artigos/idade-e-fertilidade/
Clínica de Reprodução Humana - Dr. Gilberto da Costa Freitas
A distribuição da fecundidade com forte componente jovem (15-24) é observada para todas as categorias educacionais, com exceção das mulheres com 12 ou mais anos de estudo
Entender a taxa de gravidez por ciclo nos casais sexualmente ativos + taxa cumulativa de gravidez.
Taxa de gravidez por ciclo: probabilidade de o casal engravidar, num único ciclo menstrual, está entre 15 e 20%, implicando em que, mesmo em casais com fertilidade comprovada, a maior chance, em um único ciclo menstrual, é a de não engravidar.
Motivos: 
1. Mesmo a mulher com fertilidade comprovada, pode não ovular em um ou outro ciclo menstrual. Mesmo utilizando os vários recursos disponíveis para evidenciar a ruptura do folículo (exames de hormônios, ultrassom, etc..), não há como mostrar que houve saída de óvulo daquele folículo; e
2. Nem sempre as tubas conseguem capturar os oócitos. De fato, mesmo as tubas estando permeáveis, não há como determinar a funcionalidade tubária
3. Nem sempre o muco cervical é secretado em quantidade e qualidade adequadas para a penetração pelos espermatozoides;
4. Em algumas ocasiões, pode ocorrer que  os espermatozoides não cheguem ao oócito ou, mesmo chegando, não consigam penetrá-lo e completar a fertilização.
SPDM - ASSOCIAÇÃO PAULISTA PARA O DESENVOLVIMENTO DA MEDICINA
Taxa cumulativa de gravidez: em um ano varia com a idade feminina, alcançando 85% para mulheres de até 25 anos. Se considerarmos a idade até 35 anos, o período necessário para alcançar 85% de gravidez passa a ser de dois anos. 
 A taxa de fecundabilidade na raça humana é de 25% ao mês o que quer dizer que de 100 casais que interrompem métodos contraceptivos, apenas 25 estarão grávidos ao fim de um mês. Pensando assim, calcula-se que no segundo mês de coito desprotegido 18,75 novos casais estarão grávidos e no terceiro mês mais 14. Na verdade, a taxa cumulativa de gravidez não obedece este padrão pré-definido. Casais de maior fertilidade engravidarão nos primeiros meses de tentativa além de que alguns dos casais que falharam em engravidar após alguns meses, podem desistir temporariamente por razões pessoais, financeiras ou profissionais de forma que, ao passar do tempo, as chances de um casal conseguir alcançar seu objetivo é progressivamente menor. Em resumo, a taxa cumulativa de gravidez não é constante, nem previsível, e, se ela obedece algum padrão, este é decrescente. Estima-se que o número de casais de desistem de engravidar durante o período de dois anos seja igualao número de casais que permanece tentando. Este fato dificulta a tarefa de informação pelo médico especialista com relação ao prognóstico reprodutivo do casal.
Analisar como as taxas de natalidade e fecundidade influenciam na sociedade (sua diminuição + taxas geral, bruta e especifica).
 Fecundidade e natalidade diminuem com o aumento da escolaridade e rendimento e à medida que se elevam os anos de estudo, o padrão etário da fecundidade se torna mais tardio. =TRANSIÇAO DEMOGRAFICA 
 Como a queda de mortalidade sempre precede a de fertilidade ocorre crescimento populacional. O desenvolvimento econômico leva ao declínio da mortalidade, graças a avanços na área médica (especialmente vacinas e antibióticos), saneamento básico, acesso a água de boa qualidade e controle de vetores. Com mais recursos financeiros, melhora o nível educacional das mulheres. Mulheres que estudam mais têm menos filhos. = há mais saúde materna e aumento da probabilidade de sobrevivência dos descendentes, fatores que reduzem a mortalidade geral completando o ciclo virtuoso.
 Brasil ainda apresenta um aumento populacional, mas com taxas de crescimento cada vez menores. Caso a redução da velocidade de crescimento se mantenha, estima-se que 2040, esse aumento seja negativo, iniciando um processo de redução da população brasileira, aspecto que desafia os gestores públicos.
A redução das taxas de fecundidade, natalidade, mortalidade infantil e o aumento da esperança de vida ao nascer refletem o processo de transição demográfica iniciado no país na década de 1950, tornando-se mais veloz a partir de 1980. Esse processo resultou na diminuição da população abaixo de 15 anos e no aumento significativo da população idosa.
Esse envelhecimento traz consigo desafios para o Estado, sobretudo no que tange às demandas para os sistemas de saúde e de seguridade social. A presença de enfermidade não é exclusiva das idades mais avançadas, o envelhecimento pode ser saudável se, associadas a ele, forem realizadas ações de promoção da saúde e prevenção de doenças durante toda a vida da população. Essas intervenções são fundamentais para reduzir esses desafios que são atuais, mas também futuros
A demografia do século 21 será mais desafiadora para os países pobres, que enfrentarão problemas graves de fornecimento de água, energia, saneamento e alimentos, além da dificuldade para construir habitações dignas e ao mesmo tempo preservar os recursos naturais. 
O número de filhos por mulher no Brasil vem caindo gradualmente desde a década de 1960, quando o governo começou a divulgar métodos anticoncepcionais e as mulheres passaram a engrossar a força de trabalho.
sociólogo e professor da USP, Dr. Antônio Flávio de Oliveira Pierucci, as taxas de natalidade vêm diminuindo gradativamente nas últimas décadas, em decorrência do intenso processo de modernização capitalista, vivido no País, onde há uma profissionalização, cada vez maior, dos homens e, atualmente, das mulheres. A população não vai continuar a se repor no nível em que está agora. Para isso, seria necessário que cada casal no Brasil tivesse pelo menos dois filhos.
Ele explica que, com a diminuição da natalidade, haverá cada vez menos crianças e, conseqüentemente, virá o envelhecimento da população, com um grande percentual de idosos. Os aposentados não trabalham mais e dependem, por direito, da Previdência Social. Isso vai começar a pesar na dívida pública, por que a previdência vai fazer dívidas para sustentar as pessoas idosas, que tem seus direitos reconhecidos.
foi o próprio desenvolvimento econômico do Brasil, neste modelo capitalista, que levou à idéia de que um filho é muito caro. "Ele precisa da alimentação, atendimentos médicos, pré-natal, pediatras, depois tem os investimentos com os diferentes cursinhos, natação, judô, balé, curso de línguas", exemplificou.
• Aumento do interesse entre as mulheres por educação avançada e investimento na carreira profissional. Em 1970 apenas 8,2% das mulheres de 25 anos ou mais haviam completado quatro anos de ensino superior enquanto em 2001 esse número triplicou para 24,3%. A partir de 1979 o número de mulheres na faculdade já era maior que o número de homens; 
• Casamento mais tardio e aumento do número de divórcios (o número de casamentos por 1.000 mulheres solteiras de 15 a 44 anos diminuiu em 50% desde 1947 e a probabilidade de uma mulher solteira se casar piora com a idade sendo de 84% aos 25 anos e de 41% aos 40 anos).. Hoje de cada dois casamentos, um termina em divórcio. 
• Atraso do desejo de gravidez e da idade de concepção. A média de idade da mulher no nascimento do primeiro filho em 1970 era de 21,4 anos enquanto que em 2000 ela subiu para 24,9 anos. O intervalo médio entre o nascimento dos filhos também aumentou para 3,5 anos em média; 
O número de homens e mulheres que desejam ter filhos em uma idade mais avançada vem aumentando nos últimos anos e com isso, cada vez mais aumenta o interesse pelo efeito do envelhecimento na capacidade de ter filhos. o número de mulheres que têm seu primeiro filho ao redor dos 20 anos diminuiu um terço desde 1970, ao passo que, na casa dos 30 ou 40, quadruplicou neste período isso se deve a incorporação da mulher de forma intensa na vida profissional visando o sucesso da sua carreira e a busca da estabilidade financeira; ou pelo início tardio a uma vida afetiva que desperte o desejo de ter filhos, seja pela dificuldade de encontrar um parceiro, seja pelo ingresso em um novo casamento.
O censo de 2010 mostrou que a fecundidade atingiu seu menor valor, a média de 1,9 filhos por mulher, nível abaixo daquele necessário à reposição populacional no longo prazo. 
Com a diversidade de comportamentos e diferenças no acesso aos meios contraceptivos e de interrupção da gravidez, não é surpreendente encontrar variações importantes em torno da media nacional estimada para a TFT.
Não é surpreendente encontrar variações importantes em torno dessa média nacional, diante da diversidade de comportamentos e diferenças no acesso aos meios contraceptivos e de interrupção da
gravidez. Em trabalhos persistem as diferenças por rendimento domiciliar e escolaridade para alguns segmentos de mulheres por cor/raça, residência rural-urbana e localização geográfica nas cinco grandes regiões.
	Taxa específica de fecundidade
Definição: Número médio de filhos nascidos vivos, tidos por uma mulher, por faixa etária específica do período reprodutivo, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. A taxa também pode ser apresentada por grupo de mil mulheres em cada faixa etária.
Interpretação: Mede a intensidade de fecundidade a que as mulheres estão sujeitas em cada grupo etário do período reprodutivo (de 15 a 49 anos de idade).
Uso: Analisa o perfil de concentração da fecundidade por faixa etária; detecta variações das taxas nos grupos de maior risco reprodutivo e subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação da atenção materno/infantil (oferta de serviços e ações para grupos de risco).
Método de cálculo:
(Nº de filhos nascidos vivos de mães residentes, de determinada faixa etária / População total feminina residente, desta mesma faixa etária) * 1000
 
Faixa etária de mães: 15 a 19, 20 a 24, 25 a 29, 30 a 34, 35 a 39, 40 a 44 e 45 a 49 anos de idade.
 
	Taxa de fecundidade total
Definição: Número médio de filhos nascidos vivos, tidos por uma mulher ao final do seu período reprodutivo, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado.
Interpretação: Junto com a migração este indicador é o principal determinante da dinâmica demográfica, não sendo afetado pela estrutura etária da população. Expressa a situação reprodutiva de uma mulher pertencente a uma coorte hipotética, sujeita às taxas específicas de fecundidade por idade, observadas na população em estudo, supondo-se a ausência de mortalidade nessa coorte. Taxas inferiores a 2,1 são sugestivas de fecundidade insuficiente para assegurar a reposição populacional. O decréscimo da taxa podeestar associado a vários fatores, tais como: urbanização crescente, redução da mortalidade infantil, melhoria do nível educacional, ampliação do uso de métodos contraceptivos, maior participação da mulher na força de trabalho e instabilidade de emprego.
Uso: Avalia tendências da dinâmica demográfica e realizar estudos comparativos entre áreas geográficas e grupos sociais; realiza projeções de população, levando em conta hipóteses de tendências de comportamento futuro da fecundidade e subsidia processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas públicas nas áreas de saúde, educação, trabalho e previdência social, com projeções demográficas que orientem o redimensionamento da oferta de serviços, entre outras aplicações.
Método de cálculo: A taxa de fecundidade total é obtida pelo somatório das taxas específicas de fecundidade para as mulheres residentes de 15 a 49 anos de idade. Multiplica-se o somatório das taxas específicas de fecundidade pela amplitude do intervalo de idade visto que a taxa específica de fecundidade corresponde aos nascimentos por mulher durante 1 ano e cada mulher vive dentro de cada intervalo n anos.
 
	Taxa bruta de natalidade
Definição: Número de nascidos vivos por mil habitantes, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado.
Interpretação: Expressa a intensidade com a qual a natalidade atua sobre determinada população; em geral, taxas elevadas estão associadas a condições socioeconômicas precárias e a aspectos culturais da população.
Uso: Analisa variações geográficas e temporais da natalidade; possibilita o cálculo do crescimento vegetativo ou natural da população subtraindo-se, da taxa bruta de natalidade, a taxa bruta de mortalidade; contribui para estimar o componente migratório da variação demográfica correlacionando-se o crescimento vegetativo com o crescimento total da população; subsidia o processo de planejamento, gestão e avaliação de políticas públicas relativas à atenção maternoinfantil.
Método de cálculo:
(Nº de nascidos vivos residentes / População total residente) * 1000
não é um bom indicador para comparar diferenciais de fecundidade entre populações, pois além de depender da intensidade com que as mulheres têm filhos a cada idade, ou grupo etário, depende da estrutura etária das mulheres no período reprodutivo. 
Explicar o aumento de gravidez na adolescência e sua repercussão na sociedade.
Fatos:
Cerca de 16 milhões de meninas com idades entre 15 e 19 anos e cerca de 1 milhão de meninas com menos de 15 anos dão à luz todos os anos, a maioria nos países de rendimento baixo e médio.
Complicações durante a gravidez e o parto são a segunda causa de morte para meninas de 15 a 19 anos no mundo.
Todos os anos, cerca de 3 milhões de meninas de 15 a 19 anos sofrem abortos inseguros.
Os bebês nascidos de mães adolescentes enfrentam um risco substancialmente maior de morrer do que aqueles nascidos de mulheres de 20 a 24 anos.
As estatísticas de saúde mundiais de 2014 indicam que a taxa de natalidade global média entre 15 a 19 anos de idade é de 49 por 1000 meninas. As taxas nos países variam de 1 a 299 nascimentos por 1000 meninas, com as taxas mais altas na África subsaariana.
A gravidez na adolescência continua a ser um dos principais contribuintes para a mortalidade materna e infantil e para o ciclo de doenças e pobreza
A cada dois dias uma brasileira morre vítima de aborto clandestino. 
No mundo, 50% das gestações não são planejadas e metade delas terminam em aborto
Motivos:
Mais prováveis ​​em comunidades pobres, não instruídas e rurais. Alem disso, algumas meninas podem enfrentar a pressão social para casar e, uma vez casadas, ter filhos. Mais de 30% das meninas nos países de rendimento baixo e médio se casam antes dos 18 anos; Cerca de 14% antes dos 15 anos.
Não sabem como evitar engravidar: a educação sexual está faltando em muitos países. 
Vergonha de procurar serviços de contracepção; Os anticoncepcionais podem ser demasiado caros ou não estão amplamente ou legalmente disponíveis. Mesmo quando os contraceptivos estão amplamente disponíveis, as adolescentes sexualmente ativas são menos susceptíveis de as utilizar do que os adultos. 
As meninas podem ser incapazes de recusar o sexo indesejado ou resistir ao sexo coagido, que tende a ser desprotegido.
Idade da primeira menstruação diminuiu progressivamente desde o início do século 20, graças talvez à melhora da alimentação ou à interferência do clim.= 1900/17 2010/11
Baixo nível socioeconômico = gravidez representa oportunidade de ascensão social. 
Baixa escolaridade. Metade das adolescentes que atendemos no HC já tinha interrompido os estudos antes de engravidar. Isso nos permite pensar que se tivessem continuado a estudar e a receber estímulos pedagógicos e culturais como acontece com as meninas de classe social mais abonada, talvez nem pensassem numa gestação
Desestruturação familiar = dificuldade de relacionamento com os pais.
viés de renda, raça/cor e escolaridade significativo na prevalência desse tipo de gravidez5 (adolescentes pobres, negras ou indígenas e com menor escolaridade tendem a engravidar mais que outras adolescentes).
estudo feito pela Organização Mundial da Saúde, mostra que a incidência de recém-nascidos gerados por mães adolescentes com baixo peso é duas vezes maior que o de mães adultas. A taxa de morte neonatal é três vezes maior.
37,2% possuíam ensino fundamental incompleto; 
41,9% pararam de estudar; 
65,1% das mães das grávidas, também, tiveram filho na adolescência; 
51,2% negativa a influência da mídia sobre o comportamento sexual; 
37,2% iniciaram aos 15 anos a atividade sexual; 
81,4% afirmaram ter recebido informações sobre os métodos anticoncepcionais; 58,1% utilizavam preservativo somente às vezes; 81,4% não utilizavam pílulas anticoncepcionais; 76,7% não planejaram a gravidez. 
74,4% não estavam usando preservativo; 46,5% acreditavam que nunca engravidariam; 34,9% queriam ser mães; 27,9% decorrentes do desejo do parceiro pela gravidez; 11,6% por falta de informação adequada; 9,3% queriam antecipar o casamento; 4,7% pela influência dos meios de comunicação incentivando o sexo precoce; 2,3% ocorreu por violência sexual; 9,3% outros. -- Revista Paraense de Medicina 2006 Estudo das principais causas que levam à gravidez na adolescência
Repercussão:
Efeitos sociais e econômicos negativos sobre as meninas, suas famílias e comunidades. Muitas meninas que engravidam têm que abandonar a escola. Uma menina com pouca ou nenhuma educação tem menos habilidades e oportunidades para encontrar um emprego.
Choque = fase de transição em busca da própria identidade = gravidez que atropela seu desenvolvimento e a obriga também a buscar sua identidade como mãe = maior dependência da família e interrompe o processo de separação com os pais e destes com a adolescente. 
Não sabendo exatamente quem é, se adolescente ou mãe, adota uma postura infantilizada que atrapalha seu caminho para a profissionalização. Sabemos que posteriormente essas jovens podem voltar a estudar ou começam a trabalhar, mas em geral ocupam posições piores do que aquelas que não tiveram filhos nessa idade. 
Alto risco = A incidência de hipertensão, é 5x maior nas adolescentes que também são mais propensas a ter anemia. = aumenta o risco de bebês prematuros, com peso menor e a necessidade de cesáreas.
O que se pode constatar é que cerca de 60%, quando retornam um mês depois do parto para a consulta, dizem não estar amamentando os bebês exclusivamente com leite materno. O ideal seria que 100% delas o fizessem
Talvez o pensamento mágico dos adolescentes que influencia a maneira de buscar a si mesmos, o imediatismo e a onipotência que lhe são característicos sejam fatores que possam justificar  o número maior de casos. Hoje, não há menina que não saiba que pode engravidar, mas todas imaginam que isso só acontece com as outras, jamais irá acontecer com elas.
contracepção e o controle do avanço de doenças sexualmente transmissíveis(DSTs) estão culturalmente associados à responsabilidade exclusiva da mulher
Há ampla discussão na literatura relacionando a gravidez na adolescência à perpetuação da pobreza - decorrente do abandono dos estudos - e sua repetição nas gerações seguintes. É frequente a associação de gravidez na adolescência entre filhos cuja mãe não só engravidou na adolescência como também apresentava baixa escolaridade. Associada a baixa renda, a gravidez na adolescência é um indício de que a história obstétrica se repete por gerações, contribuindo para a perpetuação da pobreza.
A família exerce relevante influência sobre a saúde reprodutiva da adolescente. Com efeito, um episódio de gravidez na adolescência de pais e/ou irmãs(ãos) é fator predisponente à reincidência de gravidez dos respectivos filhos e/ou irmãs(ãos), nessa fase da vida. A vivência da gravidez precoce no ambiente familiar induz uma crença de naturalidade diante de sua ocorrência - ou recorrência - entre outros integrantes da família.
Prevenção:
Reduzir o casamento antes dos 18 anos de idade;
Criar compreensão e apoio para reduzir a gravidez antes dos 20 anos de idade;
Aumentando o uso da contracepção por adolescentes em risco de gravidez indesejada;
Reduzir o sexo coagido entre adolescentes;
Reduzir o aborto inseguro entre adolescentes;
Aumentando o uso de cuidados pré-natais, de parto e pós-natal qualificados entre adolescentes.
No Brasil, a Política Nacional de Planejamento Familiar foi criada em 2007.  Ela inclui oferta de oito métodos contraceptivos gratuitos e também a venda de anticoncepcionais a preços reduzidos na rede Farmácia Popular.
Toda mulher em idade fértil (de 10 a 49 anos de idade) tem acesso aos anticoncepcionais nas Unidades Básicas de Saúde, mas em muitos casos precisa comparecer a uma consulta prévia com profissionais de saúde. A escolha da metodologia mais adequada deverá ser feita pela paciente, após entender os prós e contras de cada um dos métodos.
Fontes: Flávio Garcia de Oliveira formado pela USP em 1981, ginecologista e obstetra, especialista em reprodução humana e gestação de alto risco. CRM 44068. FGO Clínica de Fertilidade site. Van der Graaff, OMS, Sociedade americana de medicina reprodutiva, IBGE
 Dra. Adriana Lippi Waissman é médica obstetra do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, especialista em gravidez na adolescência.

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