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INDICE DE GRAVIDEZ PRECOCE

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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO INTERNACIONAL DE ANGOLA 
CRIADO PELO DECRETO PRESIDENCIAL NO 168/12 DE JULHO 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAS E HUMANAS 
GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS E MARKETING 
 
 
 
 
 
TRABALHO INVESTIGATIVO DE INTRODUÇÃO À GESTÃO DE 
EMPRESA 
 
 
 
ÍNDICE DE GRAVIDEZ PRECOCE NO DISTRITO DO ZANGO CASO 
PRÁTICO HOSPITAL MUNICIPAL DO ZANGO II NO PERÍODO DE 
2022 
 
 
 
 
Zango , Dezembro, 2022 
 
Lic. Sandra Ilda Dala Jafeth 
_____________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO INTERNACIONAL DE ANGOLA 
CRIADO PELO DECRETO PRESIDENCIAL NO 168/12 DE JULHO 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAS E HUMANAS 
GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS E MARKETING 
 
 
 
 
ÍNDICE DE GRAVIDEZ PRECOCE NO DISTRITO DO ZANGO CASO 
PRÁTICO HOSPITAL MUNICIPAL DO ZANGO II NO PERÍODO DE 
2022 
 
Elaborado por: 
1. Domingas Cunha 
2. Elisa Joaquim 
3. Lino Necas 
4. Mario Paulo 
5. Odeth Zinga 
6. Pedro Manuel 
7. Rossana Sampaio 
 
 
 
 
 
 
 
 
Zango , Dezembro, 2022 
 
 
 
 
 
EPÍGRAFE 
 
 
"O verdeiro lider consegue liderar em terrenos onde ele não possui autoridade formal, 
influencindo pessoas fora de sua equipe de trabalho, em sua mesma linha hierarquica ou, 
até mesmo, hierarquicamente superior". Moabe Teles 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 A sexualidade é considerada aspecto importante na adolescência e a gravidez aparece 
como problema nessa fase de vida. A presente contribuição insere-se nessa área, cujo 
objetivo é o de verificar o conhecimento que as jovens adolescentes têm sobre a gravidez e 
sua prevenção, assim como os riscos que acarreta quanto à formação acadêmica e quanto ao 
ajustamento pessoal. As participantes compreendem 22 adolescentes grávidas, de 14 a 16 
anos. Após seu consentimento livre e esclarecido, bem como o de seus pais, respondem a 
um questionário específico. Os resultados mostram que as participantes da pesquisa têm 
conhecimento sobre prevenção da gravidez, mas não o colocam em prática. Suas fontes de 
informação são a escola e a família; seu comportamento sexual de risco ocorre com maior 
frequência após os 14 anos, e os sentimentos relacionados ao fato, para a maioria são 
positivos. Todas elas demonstram adequada frequência ao tratamento pré-natal. 
 
Palavras-chave: Gravidez precoce, adolescência, Hospital Municipal da Zango 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The sexuality is considered important aspect in the adolescence and the pregnancy 
appears as problem in that life phase. To present contribution he/she interferes in that area, 
whose objective is it of verifying the knowledge that the adolescent youths have about the 
pregnancy and his/her prevention, as well as the risks that it carts as for the academic 
formation and as for the personal adjustment. The participants understand 22 pregnant 
adolescents, from 14 to 16 years. After his/her free and illustrious consent, as well as the one 
of their parents, they answer to a specific questionnaire. The results show that the participants 
of the research have knowledge about prevention of the pregnancy, but they don't put him/it 
in practice. Their information sources are the school and the family; his/her sexual behavior 
of risk happens more frequently after the 14 years, and the feelings related to the fact, for 
most they are positive. All of them demonstrate appropriate frequency to the prenatal 
treatment. 
Word-key: Precocious pregnancy, adolescence, Municipal Hospital of the I Get angry 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS E GRÁFICO 
 
Figura 1: Métodos contraceptivos de barreira .........................................................................20 
Figura 2: Métodos contraceptivos comportamentais ...............................................................22 
Figura 3: Métodos contraceptivos hormonais..........................................................................23 
Figura 4: Métodos cirúrgicos........................................................................................................24 
Gráfico 1: Média por Idade .....................................................................................................29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
EPÍGRAFE ............................................................................................................... 3 
RESUMO ................................................................................................................. 4 
ABSTRACT ............................................................................................................. 5 
LISTA DE FIGURAS E GRÁFICO ....................................................................................... 6 
INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 9 
FORMULAÇÃO DO PROBLEMA ......................................................................... 10 
HIPÓTESE ............................................................................................................. 10 
OBJECTIVO GERAL ............................................................................................. 10 
OBJECTIVO ESPECÍFICO .................................................................................... 10 
METODOLOGIA DE ESTUDO .............................................................................. 11 
JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 11 
CAPITULO- I FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................... 12 
GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA ..................................................................................... 12 
CONSEQUÊNCIAS FÍSICAS ................................................................................ 16 
CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS ................................................................... 16 
CONSEQUÊNCIAS SOCIOECONÔMICAS .......................................................... 17 
CONSEQUÊNCIAS PARA O BEBÊ ...................................................................... 17 
CAUSAS DA GRAVIDEZ PRECOCE .................................................................... 17 
CONSEQUÊNCIAS E RISCOS ............................................................................. 18 
PRINCIPAIS FATORES ........................................................................................ 19 
COMO EVITAR A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA .................................................. 19 
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS ....................................................................................... 20 
1. Métodos de Barreira ....................................................................................................... 20 
2. Métodos Comportamentais ............................................................................. 21 
3. Métodos Hormonais ......................................................................................... 23 
4. Métodos Cirúrgicos ou Esterilização ........................................................... 24 
SITUAÇÃO DA GRAVIDEZ PRECOCE EM ANGOLA SEGUNDO A INAC ............. 25 
 
 
 
 
Base de dados ...................................................................................................... 25 
Consequências graves ........................................................................................ 25 
Reforço dos programas de informação ............................................................. 26 
Partos em adolescentes ........................................................................................................... 26 
CAPITULO- II FUNDAMENTAÇÃO PRÁTICA .............................................................. 28CASO PRATICO NO HOSPITAL MUNICIPAL DO ZANGO II .................................... 28 
Participantes ........................................................................................................ 28 
Material ................................................................................................................. 29 
CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 30 
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA ...................................................................................... 31 
 
 
 
9 
 
INTRODUÇÃO 
 
Neste presente trabalho falaremos sobre o indice de gravidez precoce no distrito do 
zango caso prático Hospital Múnicipal do Zango 2, sendo que a gravidez precoce é 
considerada a que ocorre entre 10 à 20 anos, de acordo a Organização Mundial da 
Saúde(OMS). Apontando como uma gestação de alto risco decorrente das preocupações que 
traz à mãe e ao recém nascido, a gravidez nesta faixa etária pode acarretar problemas sociais 
e biológicos, em Angola apresenta elevados índices de adolescentes grávidas. 
Adolescência é um período da vida rico em manifestações emocionais, caracterizadas 
por ambiguidade de papéis, mudança de valores e dificuldades face à procura de 
independência pela vida, a gravidez na adolescência é muitas vezes encarada de forma 
negativa do ponto de vista emocional e financeiro das adolescentes e suas famílias, alterando 
drasticamente suas rotinas e vida social 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
FORMULAÇÃO DO PROBLEMA 
 O Real motivo do alto índice de gravidez precoce no distrito urbano do zango? 
 
HIPÓTESE 
 H1: Baixo nível financeiro e social 
 H2: Conflito e mau ambiente familiar 
 
Variável Dependente 
Hospital públicas 
Variável Independente 
Gravidez precoce 
OBJECTIVO GERAL 
 Estabelecer as reais razões das gravidez precoce no Distrito Urbano do Zango. 
OBJECTIVO ESPECÍFICO 
 
 Aprofundar os conhecimentos sobre as diversas formas de conflitos causados pela gravidez 
precoce. 
 Reflectir criticamente sobre a forma como os adolescentes tem brincado com a Sexualidade. 
 Estudar a quantidade de adolescente gravidas precocemente numa determinada zona. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
METODOLOGIA DE ESTUDO 
 
 Para a realização deste trabalho utilizarei a norma American Psycological 
Association (APA), sexta edição. Em termos metodológicos propôs-me fazer uma pesquisa 
bibliográfica com vista a revisão da literatura a fim de aferir as distintas perspectivas dos 
principais conceitos abordados a longo do trabalho. “A metodologia em ciências sociais 
corresponde ao estudo sistemático dos métodos, concretizados em diferentes técnicas válidas 
e validadas permanentemente” (Santo, 2010, p.10). 
Nessa ordem de ideias, pretendo fazer um estudo descritivo com abordagem 
qualitativa, sem a necessidade de recorrer a software estatísticos. Segundo Sousa e Batista 
(2011), o método qualitativo permite uma maior qualidade na recolha de dados e permite 
que o investigador desenvolva conceitos e chegue à compreensão de fenómenos a partir de 
padrões que resultam da recolha de dados. Para o efeito pretendo, por um lado, fazer 
entrevistas semiestruturadas e compostas por perguntas fechadas aos técnico de enfermagem 
do hopital geral dos cajueiro para compreender, na sua óptica e enquanto chefes, qual a 
melhor forma de adaptar ao meu tema de estudo à realidade dos técnicos da saúde. 
Ketele e Roegiers (1999, p.18), define a entrevista como “um método de recolha de 
informações que consiste em conversas orais, individuais ou de grupos, com várias pessoas 
cuidadosamente selecionadas cujo grau de pertinência, validade e fiabilidade é analisado na 
perspectiva dos objectivos da recolha de informações”. 
 
JUSTIFICATIVA 
 A escolha do tema deu-se com o intuito de aprofundar de uma forma local sobre as 
grandes causas e consequência da gravidez precoce. 
Delimitação do tema 
O presente trabalho está delimitado índice de gravidez precoce no Distrito Urbano 
do Zango, Hospital Municipal do Zango II. 
 
 
 
 
12 
 
CAPITULO- I FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA 
 
Nas últimas décadas, a gestação na adolescência tem sido considerada um importante 
assunto de saúde pública, em virtude da prevalência com que esse fenômeno vem ocorrendo ao 
redor do mundo. A chamada epidemia da maternidade na adolescência só foi reconhecida por 
volta de 1970, quando as taxas de fecundidade nesta faixa etária já começavam a cair nos 
Estados Unidos e em outros países do primeiro mundo. 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a gravidez na adolescência como 
gestação de risco. A grande dificuldade encontrada na análise de trabalhos publicados na 
literatura nacional e internacional se deve ao fato de se atribuir um possível pior desempenho 
obstétrico e repercussões sobre o recém-nascido simplesmente à idade materna, com um cortejo 
de situações de risco como: pobreza, baixa escolaridade, falta de assistência pré-natal adequada, 
entre outras. O conhecimento dos fatores relacionados à gravidez na adolescência dentro de 
cada realidade social pode se constituir em um importante caminho para a implementação de 
medidas que possam modificar esse quadro e favorecer o exercício pleno e saudável da 
sexualidade desses adolescentes. 
A preocupação com a gravidez na adolescência vem de longa data, mas a questão da 
repetição das gestações nesta faixa de idade não recebeu, por muito tempo, a mesma atenção. 
Assim, são ainda escassos os trabalhos sobre reincidência de gravidez na adolescência, o que 
dificulta, inclusive, o conhecimento da sua frequência, com variação entre 25 e 50% na 
literatura mundial. O empenho em empreender este estudo decorre do fato de que o cuidadoso 
diagnóstico de situação representa o caminho para orientar intervenções apropriadas capazes 
de surtir um desejado efeito preventivo. 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
Nesta fase pode ocorrer uma necessidade de experiências novas e então diante desta 
busca, o uso de drogas, bebidas alcoólicas, cigarros, iniciação da vida sexual, bem como o 
desenvolver de uma gestação, enquanto se completa a definição de EU a qual se subordinam as 
identificações infantis, que diz ser a adolescência "um período de moratória psicossocial por 
ser uma época na qual o jovem se sente livre para experimentar papéis e estilo de vida adulta" 
(TAKIUTT, 1986, p. 127) 
Pode-se observar que os meninos e meninas entram na adolescência cada vez mais cedo; 
o início da ejaculação e da menstruação indica que eles estão começando sua vida fértil, isto é, 
que chegarão àquela fase da vida e que são capazes de procriar. As transformações físicas não 
são as únicas que enfrentam e suas mentes também passam por grandes alterações. Referência? 
Entretanto essa é uma fase de dubiedades: no momento o jovem pode tomar-se mais 
sonhador ou independente e arrojado, passando a querer experimentar novas possibilidades e 
vivências. Ao mesmo tempo em que se vê retraído, inseguro, pode achar que não precisa de 
ninguém, acha que é capaz de tudo, apesar de temer o mundo, acredita que nada pode 
acontecer.(FREITAS, 1990) 
A fase onde há modificação do corpo chama-se de puberdade, no caso das garotas, os 
seios desenvolvem ganha nova tonalidade vocal, as pernas engrossam, os lábios vaginais se 
tomam foco da experiência e finalmente, a menstruação. Fator preponderante, que a torna uma 
adolescente e não mais uma garota. 
No caso dos garotos, surgem as espinhas e a voz engrossa, o pênis se desenvolve, a 
musculatura define o corpo e o foco de atenção são as novidades do sexo oposto. Inicia-se a 
masturbação, as fantasias e as historinhas ligadas ao ato sexual. É um período de grandes 
diferenças individuais e notáveis mudanças físicas. Os hormônios de crescimento e sexuais são 
produzidos emaltas doses pelo organismo e esses impulsos que estavam em repouso agora 
explodem segundo FREITAS, (1990). 
Para DUARTE (1990), ao adquirir personalidade própria, o jovem geralmente distancia-
se da família, procurando maior autonomia. Com isso, sua vida social se modifica, passa preferir 
companhia de outros adolescentes, recusando a de irmãos e de pais. Os amigos da mesma idade 
passam a ser mais importantes, começa a se vestir de acordo com o figurino do grupo e casa. 
falar sua linguagem, a frequentar lugares diferentes, chegar mais tarde em casa. 
 
 
 
14 
 
Observa-se então que a adolescência é um período onde ocorre turbulências e 
instabilidades, afirmação essa, que pode ser confirmada por Mandu (1997) que diz: "A 
adolescência quase nunca é vivenciada com simplicidade tranquilidade. Frequentemente é um 
momento instável. Os sentimentos dos jovens não são mais de como a criança, tampouco como 
os de adulta. A adolescência caracteriza-se por um período de descobertas do mundo, dos 
grupos de amigos, de uma vida social mais ampla. Assim a gravidez pode vir a interromper, na 
adolescente, esse processo de desenvolvimento próprio da idade, fazendo a assumir 
responsabilidades e papéis de adulta antes da hora, já que dentro em pouco verá obrigada 
dedicar-se aos cuidados maternos. O prejuízo é duplo: nem adolescente plena, nem adulta 
inteiramente capaz. (MANDU, 1997, P???) 
Como foi afirmada na citação acima, uma gravidez precoce pode desestruturar o 
psicológico de um adolescente. 
Assim, a gravidez na adolescência é resultado de um conjunto de fatores estruturais da 
sociedade. Dentre estes estão os culturais econômicos e sociais. Portanto, ela desencadeia uma 
crise sistêmica caracterizada por um período temporário de desorganização, precipitado por 
mudanças internas ou externas. Tanto a adolescência quanto a gravidez são crises, sendo a 
primeira necessária e imprescindível para o desenvolvimento humano, enquanto a segunda 
pode ser desestruturam-te, pois pode apresentar pesada carga emocional, física e social, fazendo 
com que não sejam vivenciados importantes estágios de maturação psicossexual. Referência? 
Atualmente essas crises não mais configuram em tragédias sociais, e sim em problemas 
tanto para as famílias quanto para as adolescentes, por causa do aborto, do casamento e de todos 
os valores sociais que o cercam tais como: implicações financeiras e morais, desejos frustrados 
com relação aos filhos, novas responsabilidades entre outras. (MARTINS, 2000). 
Dessa forma, na adolescência a gestação é quase sempre uma desagradável surpresa, 
onde a vergonha e o temor ocasionam a negação e ocultação da gravidez de maneira que a 
adolescente grávida que não recebe uma assistência médica adequada nesse período, pode 
resultar em uma incidência aumentada de patologias para ambas as partes. 
 
 
 
 
 
15 
 
Os fatores socioeconômicos implicados no problema da adolescente grávida, que 
ocasionam o abandono definitivo da escola em 90% das vezes, fará com que a mãe não esteja 
preparada para enfrentar e conquistar um lugar adequado e bem remunerado no mundo adulto 
(MANDU, 2000. 
Para GOMES, (2000) os conceitos em relação à saúde reprodutiva da adolescente vem 
mudando nos últimos 30 anos. Inicialmente, considerava-se toda mulher grávida como sendo 
de "risco", em virtude da possibilidade de ocorrer algum dano binômio mãe-filho. Além do 
elevado índice de complicações como toxemia, é frequente a prematuridade ou o nascimento 
de bebês de baixo peso em mães adolescentes. Ocorre até mesmo uma competição feto-materno 
por nutrientes, já que ambos precisam de substâncias especiais para o desenvolvimento. 
De acordo com SANTOS, (2000) havia pouca preocupação com contexto social no qual 
a mãe adolescente vivia, mas isto mudou nos anos 70. Os especialistas reconheceram que as 
jovens do ponto de vista biológico poderiam ter um filho por ano, já que a partir dos 15 a 16 
anos, sem representar qualquer risco reprodutivo, mas alertam para o fato de maior risco por 
conta das precárias condições sociais em que, via de regra, vivem as adolescentes. A população 
alvo passou a ser mulheres em idade reprodutiva, pertencentes ás classes sociais menos 
favorecidas economicamente. 
"Mais recentemente, o critério para definir risco não é mais o nível de renda, pois se 
considera somente que o fator econômico não explica as determinações do processo saúde- 
doença. Na maioria dos casos, a caracterização de gravidez de alto risco está ligada a pressão 
psicológica por que passa a jovem e as dificuldades psíquicas e financeiras de acesso a 
profissionais de saúde. Do ponto de vista psicológico, a jovem precisa de uma atenção maior, 
e a falta de orientações gera riscos". (CAVALCANTI, 2000,p.124). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
A Organização Mundial de Saúde considera gravidez precoce sempre que a menina 
engravida antes dos 19 anos, sendo que a maioria dos casos acontece entre os 15 e os 19 
anos. A gravidez precoce geralmente se deve à cultura, ao baixo nível econômico e à 
dificuldade de acesso a métodos contraceptivos. 
A gravidez numa fase precoce da vida, como a adolescência, pode resultar em 
diversas consequências tanto para a gestante quanto para o bebê, como depressão durante e 
após a gravidez, parto prematuro e aumento da pressão arterial. 
A gravidez precoce pode gerar várias consequências tanto para a mãe quanto para o 
bebê, podendo ter impactos físicos, psicológicos e socioeconômicos: 
CONSEQUÊNCIAS FÍSICAS 
 
Devido ao fato da mulher não estar totalmente pronta fisicamente para uma gestação, 
há maior chance de parto prematuro, rompimento precoce da bolsa e aborto espontâneo, por 
exemplo. Além disso, é possível que ocorra diminuição do peso, anemia e alterações no 
processo de formação dos vasos sanguíneos da placenta, podendo resultar em aumento da 
pressão arterial, cuja situação recebe o nome de pré-eclâmpsia. Entenda o que é a pré-
eclâmpsia. 
CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS 
 
A maior parte das meninas que se encontram em uma gestação precoce não estão 
preparadas emocionalmente para serem mães, por isso é comum o desenvolvimento de 
depressão, tanto durante a gravidez, como no pós-parto. Pode ainda acontecer diminuição da 
autoestima e problemas afetivos entre a mãe o bebê. 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
CONSEQUÊNCIAS SOCIOECONÔMICAS 
 
É muito comum que durante e após a gravidez a mulher precise abandonar os estudos 
ou o trabalho, pois pode ser difícil conciliar as duas coisas, além de sofrerem imensa pressão 
da sociedade, muitas vezes, da própria família em relação ao casamento e ao fato de estar 
grávida ainda na adolescência. 
Além disso, estar grávida é muitas vezes considerado um motivo para empresas não 
contratarem, pois tende a representar um maior gasto para a empresa, uma vez que dentro de 
alguns meses entrará em licença maternidade. 
CONSEQUÊNCIAS PARA O BEBÊ 
 
O fato da mulher não estar preparada fisicamente e emocionalmente pode aumentar 
as chances de parto prematuro, do nascimento com baixo peso e, até mesmo, do risco de 
alterações no desenvolvimento da criança. 
Devido a todas as implicações que a gravidez precoce pode provocar, este tipo de 
gestação é considerado uma gravidez de alto risco e deve ser acompanhada por profissionais 
de saúde qualificados para evitar ou diminuir o impacto das consequências. Conheça os 
riscos da gravidez na adolescência. 
CAUSAS DA GRAVIDEZ PRECOCE 
 
As principais causas da gravidez precoce devem-se a vários fatores diferentes, mas 
podem incluir: 
• Primeira menstruação muito cedo; 
• Desinformação sobre gravidez e métodos contraceptivos; 
• Baixo nível financeiro e social; 
• Famílias com outros casos de gravidez precoce; 
• Conflitos e mau ambiente familiar. 
A gravidez precoce pode acontecer em qualquer classe social, mas é mais frequente 
nas famílias de baixa renda, já que muitas vezes as jovens, devido afalta de objetivos ou 
 
 
 
18 
 
incentivos da família em relação aos estudos, passa a acreditar que ter um filho representa 
um projeto de vida. 
Em caso de gravidez precoce, o que a jovem pode fazer é marcar uma consulta 
médica para iniciar o pré-natal e contar a sua família para obter o apoio necessário. Médicos 
psicólogos e obstetras, assim como enfermeiro e assistente social devem ser informados para 
que haja uma correta vigilância pré-natal para reduzir as complicações na mãe e no bebê. 
Este tipo de acompanhamento também ajuda a evitar uma nova gravidez na adolescência e 
a incentivar a jovem mãe a voltar à escola. 
CONSEQUÊNCIAS E RISCOS 
 
A gravidez na adolescência pode trazer consequências emocionais, sociais e 
econômicas para a saúde da mãe e do filho. A maioria das adolescentes que engravida 
abandona os estudos para cuidar do filho, o que aumenta os riscos de desemprego e 
dependência econômica dos familiares. 
Esses fatores contribuem para a perpetuação da pobreza, baixo nível de escolaridade, 
abuso e violência familiar, tanto à mãe como à criança. Além disso, a ocorrência de mortes 
na infância é alta em filhos nascidos de mães adolescentes. A situação socioeconômica, a 
falta de apoio e de acompanhamento da gestação (pré-natal) contribuem para que as 
adolescentes não recebam informações adequadas em relação à alimentação materna 
apropriada, à importância da amamentação e sobre a vacinação da criança. 
Também é grande o número de adolescentes que se submetem a abortos inseguros, 
usando substâncias e remédios para abortar ou em clínicas clandestinas. Isso tem grandes 
riscos para a saúde da adolescente e até mesmo risco de vida, sendo uma das principais 
causas de morte materna. Essas ações acarretam prejuízos às crianças, gerando um impacto 
na saúde pública, além da limitação no desenvolvimento pessoal, social e profissional da 
gestante. 
 
 
 
 
 
 
19 
 
PRINCIPAIS FATORES 
 
Há diversos fatores de natureza objetiva e subjetiva que levam à gravidez no início da vida 
reprodutiva, tais como: 
 Falta de conhecimento adequado dos métodos contraceptivos e como usá-los; 
 Dificuldade de acesso a esses métodos por parte do adolescente; 
 Dificuldade e vergonha das meninas em solicitar o uso do preservativo pelo parceiro; 
 Ingenuidade e submissão; 
 Violência; 
 Abandono; 
 Desejo de estabelecer uma relação estável com o parceiro; 
 Forte desejo pela maternidade, com expectativa de mudança social e de obtenção de 
autonomia através da maternidade; 
 Meninas com início da vida sexual cada vez mais precoce. 
O ambiente familiar também tem relação direta com o início da atividade sexual. Experiências 
sexuais precoces são observadas em adolescentes em famílias onde os irmãos mais velhos já 
apresentam vida sexual ativa. É comum encontrar adolescentes grávidas cujas mães também 
iniciaram a vida sexual precocemente ou engravidaram durante a sua adolescência. 
Por outro lado, famílias onde existe o hábito da conversa e há orientação sobre a vida sexual, 
a situação pode ser diferente e a sexualidade melhor aproveitada pelos adolescentes no 
momento certo. 
COMO EVITAR A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA 
 
A melhor forma de evitar a gravidez na adolescência é se informar adequadamente e 
conhecer o próprio corpo e do parceiro antes de começar a vida sexual. Meninos e meninas 
devem se informar sobre os métodos anticoncepcionais. A camisinha é o mais comum, mais 
barato e mais fácil de utilizar. Além da gravidez indesejada, ela também protege contra 
as doenças sexualmente transmissíveis. 
 
https://www.todamateria.com.br/o-que-e-sexualidade/
https://www.todamateria.com.br/metodos-contraceptivos/
https://www.todamateria.com.br/dst-doencas-sexualmente-transmissiveis/
 
 
 
20 
 
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS 
 
Existem diversos métodos anticoncepcionais ou contraceptivos, que dividem-se em 4 tipos: 
1. Métodos de Barreira 
 
Utilizam produtos ou instrumentos que impedem a passagem dos espermatozoides pela 
vagina. São eles: 
 
1. Preservativo masculino (camisinha) e feminino; 
2. Diafragma; 
3. Espermicidas. 
Métodos contraceptivos de barreira 
 
https://www.todamateria.com.br/espermatozoide/
 
 
 
21 
 
2. Métodos Comportamentais 
 
Dependem sobretudo do comportamento da mulher e exigem um conhecimento prévio do 
corpo feminino para que possam ser aplicados. São eles: 
1. Tabelinha; 
2. Muco; 
3. Temperatura. 
 
 
 
22 
 
Métodos contraceptivos comportamentais 
 
 
 
 
 
 
23 
 
3. Métodos Hormonais 
 
Comprimidos ou injeções produzidos com hormônios não naturais. Este tipo de método 
interfere no equilíbrio hormonal do corpo da mulher, alterando o desenvolvimento do 
endométrio, o movimento das tubas uterinas, a produção do muco cervical e impedindo que 
ocorra ovulação. São eles: 
1. Pílulas; 
2. Injeções; 
3. Adesivos; 
4. Dispositivo Intrauterino - DIU: Trata-se de um objeto colocado no interior da vagina 
para evitar a concepção. 
Métodos contraceptivos hormonais 
 
 
 
 
 
 
24 
 
4. Métodos Cirúrgicos ou Esterilização 
 
Não é propriamente um método anticoncepcional, mas sim uma cirurgia realizada no homem 
ou na mulher para evitar definitivamente a concepção. A esterilização da mulher é chamada 
de laqueadura e a masculina, vasectomia. 
Métodos cirúrgicos 
 
 
 
 
25 
 
SITUAÇÃO DA GRAVIDEZ PRECOCE EM ANGOLA SEGUNDO A 
INAC 
 
Base de dados 
 
Outras situações que preocupam o INAC, segundo Paulo Kalesi, têm a ver com 
meninas que engravidam, algumas por abusos sexuais, serem forçadas a abandonar os lares 
dos progenitores e de outras que só descobrem a condição de gestantes quando submetidas 
a exames por causa de doenças transmissíveis. 
Por causa dessas situações, o diretor-geral do INAC referiu que muitas adolescentes 
acabam por ter os bebés na rua, principalmente a nova geração. 
Neste sentido, Paulo Kalesi sublinhou que o INAC está a trabalhar com os ministérios 
da Saúde e da Educação, para a criação de uma base de dados mais sustentável que reflita os 
números a nível nacional. 
O responsável fez saber que o grupo de mais casos de adolescentes registadas com 
gravidez vai dos 12 aos 14 anos. "Há uns dias, tivemos uma menina, de 12 anos, que teve o 
bebé, na Maternidade Lucrécia Paim. Depois, descobrimos que era moradora de rua, o que 
nos obrigou a trabalhar para o resgate da recém-nascida”. 
Consequências graves 
 
A secretária de Estado para a Família e Promoção da Mulher, Alcina da Cunha 
Kindanda, considerou a data para se refletir sobre a situação deste grupo-alvo, ao realçar que 
a temática, pela sua pertinência e oportunidade, fez com que as Nações Unidas (ONU) 
instituíssem, em 2011, o Dia Internacional da Rapariga. 
Reforçou a ideia da ONU em alertar o mundo sobre as condições em que milhões de 
jovens mulheres e meninas ainda vivem, rodeadas de violência e discriminação, daí apelar 
para se combater os preconceitos e estereótipos que colocam em risco a vida escolar e 
pessoal das raparigas, seus direitos e oportunidades de igualdade de género. 
 
 
 
 
 
26 
 
Sobre o lema da efeméride (Nosso Tempo é Agora, Nossos Direitos, Nosso Futuro), a 
secretária de Estado realçou que a problemática que assola este grupo de raparigas constituiu 
uma preocupação mundial, uma vez que a vulnerabilidade, discriminação e a violência de 
que são vítimas acarretam consequências graves. 
Alcina da Cunha Kindanda disse que o processo de socialização das adolescentes leva 
várias etapas do seu crescimento, sejam comprometidas e como consequências, assistindo 
sonhos de crianças que seriam o futuro do país, a transformarem-se em pesadelos, por conta 
da gravidez precoce. 
A responsável considerou que o país, em particular, tem feito muitos esforços no 
sentido de prestar atenção aos cuidados a raparigas e adolescentes, no âmbito da proteção da 
criança mulher, na proibição e combate às práticas prejudiciais,nomeadamente casamentos 
precoces e forçados e à gravidez na adolescência. 
Reforço dos programas de informação 
 
Alcina Lopes Kindanda avançou que o Executivo vai reforçar os programas de 
informação da educação e sensibilização sobre o impacto da saúde sexual reprodutiva no 
desenvolvimento físico, psicológico e social, com vista a evitar com que muitas crianças 
fiquem fora do sistema de ensino, por causa da gravidez precoce. "A gravidez na 
adolescência é um problema de saúde pública, visto que é composta de mudanças que 
interferem nas esferas fisiológica, física, social e psicológica da vida da mulher”. 
A secretária de Estado fez saber que a educação na saúde sexual e reprodutiva deve ser 
trabalhada, com enfoque não só preventivo, mas procurar as acções que favoreçam o diálogo 
entre os adolescentes, para a mudança do comportamento. 
 Partos em adolescentes 
 
A médica Natércia Simba de Almeida salientou que a Maternidade Lucrécia Paim 
realiza, em média, 70 a 90 partos por dia, dos quais 20 são em adolescentes, intervenções 
muito complexas e, por isso, muitos acabam em mortes. 
 
 
 
27 
 
A docente universitária defendeu a urgência de se trabalhar para a diminuição do 
número de casos que estão a se tornar alarmantes, numa altura em que muitas adolescentes 
acabaram grávidas depois de abusos sexuais. 
Como gestação de alto risco decorrente das preocupações que traz à mãe e ao recém-
nascido, Natércia de Almeida considerou que a gravidez nesta faixa etária pode acarretar 
problemas sociais e biológicos. Explicou que a gravidez na adolescência é considerada a que 
ocorre entre os dez e 20 anos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. 
O Dia da Rapariga celebra-se, anualmente, com vista a sensibilizar as questões de 
igualdade e violência de género, bem como apelar à reflexão sobre os preconceitos que 
colocam entraves na vida escolar e pessoal das raparigas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
CAPITULO- II FUNDAMENTAÇÃO PRÁTICA 
CASO PRATICO NO HOSPITAL MUNICIPAL DO ZANGO II 
 
No dia 26 de Dezembro de 2022, fomos ao Hospital Municipal do Zango II coletar 
dados referente a nossa pesquisa, sobre o índice de gravidez precoce no referido Distrito. 
Fomos recebidos pela enfermeira INÊS MOREIRA CABUNA NHNAGA, que na qual 
passou nos alguns dados detalhados acerca de média diária dos pacientes menores de 20 anos 
de idade. O Hospital Municipal do Zango II realiza, em média, 14 a 18 partos por dia, dos 
quais 8 são adolescentes. 
 
Baseando-se nos dados fornecido pela enfermeira do corrente Ano diariamente faz-se 8 
partos em média de Gravidez precoce, Sendo a maioria em termo dos partos do Hospital ser 
de Gravidez Precoce. Assim sendo: 
 
Diário: 08 
Semanal:56 
Mensal: 240 
Anual: 2.920 
 
Assim sendo esta é a media encontrada no nosso caso prático do Distrito do Zango 
OBS: Recebemos a informação que nem todos os pacientes são propriamente do Zango, 
mais na sua maioria são residente do zango. 
Participantes 
 
Foram participantes da pesquisa, 12 adolescentes em estado gestacional, pacientes de 
Postos de Saúde do Hospital, gestantes do primeiro filho com a idade média de 14 a 18 anos. 
Sobre seus pais, obtiveram-se as seguintes informações: mães, idade média de 40 anos e 
 
 
 
29 
 
pais, idade média de 44 anos. Em termos de distribuição etária das adolescentes, encontrou-
se o seguinte: 63,6% de 16 anos; 22,7% de 15 anos e 13,6% de 14 anos. 
 
Material 
 
Para a coleta de dados, foi elaborado um questionário composto de perguntas abertas 
e fechadas, incluindo a caracterização das participantes e de seus familiares e, 
principalmente, perguntas sobre gravidez, consultas ao ginecologista, orientação de 
profissionais sobre sexo e gravidez; o desenvolvimento da própria gestação; a primeira 
relação sexual; o que aprenderam sobre anticoncepcionais e o seu uso, como ficaram 
sabendo de sua gravidez e os sentimentos decorrentes. 
 
 
 
 
 
 
 
Média com base a idade 
16 Anos 15 Anos 14 Anos
 
 
 
30 
 
CONCLUSÃO 
 
Pode-se perceber com o presente estudo, que a perda dos valores da família e das 
relações interpessoais entre pais e filhos, a falta de abordagem de assuntos acerca da 
sexualidade e da contracepção, tão presentes na atual sociedade, contribui para uma gravidez 
precoce, pois leva a adolescente a associar tal fato a uma perspectiva de uma vida melhor. 
As dificuldades sociais são ainda diversas. Ao tornar-se mãe adolescente, as 
oportunidades e o desenvolvimento de uma carreira profissional são dificultadas. Ao assumir 
ficar grávida a adolescente abre mão de etapas da vida que dificilmente consegue recuperar. 
Uma gravidez precoce e indesejada poderá significar alterações profundas nas perspectivas 
futuras da adolescente. A maternidade adolescente vem, muitas vezes, interromper o 
prosseguimento dos estudos de grande parte das adolescentes que ainda estudam. 
A maternidade na adolescência parece funcionar como uma autogratificação e auto 
compensação afetiva. A maior parte dos adolescentes têm com seus parceiros, uma relação 
afetiva de namoro, contudo está longe de constituir um ato de afeto entre os progenitores, a 
procriação adolescente geralmente culmina com o abandono por parte do pai do bebê. Deste 
modo, são essenciais os apoios por parte dos familiares da adolescente. 
Segundo os autores pesquisados, quanto menor o nível de escolaridade, mais cedo as 
jovens iniciam a vida sexual e naturalmente maior terá sido o risco de uma gravidez na 
adolescência. O baixo nível de escolaridade dos pais da adolescente também se revelou um 
fator etiológico de grande importância na maternidade na adolescência. O fato dos pais 
trabalharem fora de casa e permanecerem ausentes durante longos períodos diários resulta 
na falta de convivência com os filhos o que contribui para a ocorrência da maternidade na 
adolescência. 
Observa-se no estudo que a educação sexual dos adolescentes é a forma mais correta 
de reduzir o número de gravidez que ainda ocorre nessa faixa etária,. De acordo com os 
autores pesquisados, a educação sexual constitui um fator determinante na prevenção da 
gravidez na adolescência. 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA 
 
https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/pais-regista-cerca-de-350-casos-de-gravidez-
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obstetricia 11 ed. Belo Horizonte. 1994. 
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Projeto Acolher: Um encontro da enfermagem com o adolescente brasileiro. Brasilia. 2000. - 
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São Paulo: Fundação Odebrech. 1999. 
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Secretária Executiva. Coordenação da Saúde Criança e Adolescente. 1996. 
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CARVALHO, G. M., BARROS, S. M. O. Fatores psicossociais relacionados à gravidez na 
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DYTZ, J. L G; ROCHA, S. M. M. O modo de Vida e seu impacto na saúde Reprodutiva da 
Adolescente de Renda Baixa. Revista Projeto Acolher: Um encontro da enfermagem com o 
adolescente brasileiro. Brasilia. 2000. - 79 a 93 p. 
 
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