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Aula 2 ADMINISTRAÇÃO GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO DO MPU – ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO (ITENS 3, 4 E 5) Profa. Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 1 de 57 AULA 2 Gestão da qualidade e modelo de excelência gerencial. Principais teóricos e suas contribuições para a gestão da qualidade. Ciclo PDCA. Ferramentas de gestão da qualidade. Modelo do Gespublica. SUMÁRIO 1. GESTÃO DA QUALIDADE E MODELO DE EXCELÊNCIA GERENCIAL 2 1.1. Principais teóricos e suas contribuições para a gestão da qualidade 2 1.2. Qualidade total 7 1.3. Ciclo PDCA 8 1.4. Ferramentas de gestão da qualidade 10 1.5. Certificação ISO 17 1.6. Fundação Nacional da Qualidade 19 2. MODELO DO GESPÚBLICA 23 Lista de Questões Comentadas 31 Referência Bibliográfica 49 Lista das Questões Apresentadas 50 Gabarito 58 Querido aluno, Vamos iniciar nossa segunda aula com os assuntos Gestão da Qualidade e Modelo do Gespublica. Espero que estejam estudando com muita concentração e determinação. Qualquer dúvida, crítica ou sugestão, entre em contato comigo através do fórum. Um grande abraço e bons estudos! Profa Lilian Lima Quintão Aula 2 ADMINISTRAÇÃO GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO DO MPU – ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO (ITENS 3, 4 E 5) Profa. Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 2 de 57 1. GESTÃO DA QUALIDADE E MODELO DE EXCELÊNCIA GERENCIAL Como as mudanças chegaram para valer, as organizações buscaram várias tentativas para acompanhá-las ou, pelo menos, não ficar muito longe dela. A sobrevivência da organização estava em jogo e, para isso, surgiram novas formas de soluções que a adapta às mudanças ambientais. Esse é um assunto muito bom de ser estudado já que é de grande importância no contexto atual das organizações. A qualidade deixou de ser voltada para o chão da fábrica e passou a envolver todos os processos da organização. Hoje se fala muito em qualidade e a melhor forma de iniciar um conteúdo novo é conceituando-o a fim de facilitar o seu entendimento. Então, o que é qualidade? Qualidade, segundo o Dicionário Aurélio, significa propriedade, atributo ou condição das coisas ou das pessoas de distingui-las das outras e de determinar a natureza. Podemos usar a palavra qualidade tanto como atributo de produtos que satisfazem o cliente quanto pode ser definida como um modo de organização de empresas, que objetiva produzir produtos com a característica qualidade. Para o nosso estudo vamos focar no último conceito, que nos interessa. 1.1. PRINCIPAIS TEÓRICOS E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A GESTÃO DA QUALIDADE Qualidade é o atendimento das exigências do cliente. Segundo Edwards Deming, a qualidade deve ter como objetivo as necessidades do usuário, presentes e futuras. Para Juran, representa a qualidade como a adequação à finalidade ou ao uso. O importante é entender que por trás de vários conceitos de qualidade está sempre a figura do cliente, que pode ser interno ou externo à organização. Destaca-se que enquanto a MELHORIA CONTÍNUA da qualidade é aplicável no nível operacional da instituição, a QUALIDADE TOTAL estende o conceito da qualidade para toda a organização, abrangendo todos os níveis da organização, desde o pessoal de escritório e do chão da fábrica até a cúpula da administração em um envolvimento total. Tanto a melhoria contínua como a qualidade total são abordagens incrementais para se obter excelência em qualidade dos produtos e processos, ou seja, sempre visando ao atendimento do objetivo principal que é a satisfação do cliente. O objetivo é fazer acréscimo de valor continuamente. Aula 2 ADMINISTRAÇÃO GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO DO MPU – ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO (ITENS 3, 4 E 5) Profa. Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 3 de 57 Observe como a banca examinadora Fundação Carlos Chagas já cobrou em prova: (FCC/ TCE-SP/ AUDITOR/ 2008) Inclui-se como princípio central da gestão da qualidade o foco os clientes e usuários, identificando suas satisfações e insatisfações, visando manter a fidelidade deste aos produtos e serviços fornecidos pela empresa. COMENTÁRIO: Perfeita definição! A qualidade visa atender às exigências do cliente. GABARITO: CORRETO William Edwards Deming, norte-americano, foi um renomado estatístico e participou, junto com Joseph Juran, das palestras aos empresários japoneses e colaborou de forma significativa na mudança da economia e posição global do Japão. Destacou-se como o responsável pelo desenvolvimento de indústrias japonesas no período do pós-guerra e o responsável pela disseminação de muitas das técnicas de gerenciamento da qualidade. Entre seus estudos, é importante conhecer os 14 princípios para a produtividade gerencial que visa ao programa de melhoria contínua da organização. Preste bastante atenção e entenda cada item porque é cobrado em prova. Seguem os 14 princípios de Deming: 1. Criar e publicar para todas as pessoas os objetivos e propósitos da empresa quanto à melhoria do produto ou serviço. A alta direção deve demonstrar constantemente seu total apoio ao programa. 2. A alta administração e todas as pessoas devem aprender e adotar a nova filosofia: não mais conviver com atrasos, erros e defeitos no trabalho. 3. Conhecer os propósitos da qualidade, para melhorar os processos e reduzir os custos. Deve-se investir na prevenção de defeitos, em vez de investir na correção. 4. Suspender a prática de fazer negócios apenas na base do preço. 5. Melhorar sempre e constantemente o sistema de produção e serviços, identificando e solucionando problemas. A maneira como os produtos são fabricados e os serviços produzidos deve ser alvo de constantes melhorias. 6. Instituir treinamento no trabalho. Deve-se treinar constantemente a força de trabalho, de modo a valorizá-la e capacitá-la coma s metodologias e ferramentas mais adequadas ao sucesso da organização. Aula 2 ADMINISTRAÇÃO GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO DO MPU – ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO (ITENS 3, 4 E 5) Profa. Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 4 de 57 7. Ensinar e instituir liderança para conduzir pessoas na produção. 8. Eliminar o medo de errar. Criar a confiança e um clima para a inovação. Proporcionar um ambiente no qual os colaboradores sintam- se seguros para contribuir com sugestões e críticas para a melhoria da qualidade. 9. Incentivar grupos e equipe para alcançar os objetivos e propósitos da empresa. 10. Demolir as barreiras funcionais entre departamentos. 11. Eliminar exortações à produtividade sem que os métodos não tenham sido providenciados. 12. Remover as barreiras que impedem as pessoas de orgulhar-se do seu trabalho. Os colaboradores que venham a se destacar e busquem contribuir de maneira significativa para a melhoria do desempenho organizacional devem ser publicamente reconhecidos pelo seu empenho. 13. Encorajar a educação e o auto aperfeiçoamento de cada pessoa. Instituir um forte programa de educação e auto aprimoramento. 14. Garantir a ação necessária para acompanhar essa transformação. Todos na organização devem se empenhar para o sucesso das transformações em prol da qualidade. Philip Crosby nasceu nos Estados Unidos em 1926 e pregava que a prevenção de problemas é economicamente mais rentável do que ser competente para resolvê-los após ocorrerem. A ênfase deveria ser na prevenção e não na inspeção. Destacam-se alguns conceitos apresentados por ele: • Zero Defeitos – Não significa que todos os produtos serão perfeitos. Representa quea Alta Direção deverá assumir um compromisso de que se esforçará e fornecerá todas as condições necessárias para que todos na organização busquem a conformidade com os requisitos já na primeira vez. • Fazer certo na primeira vez – É mais economicamente vantajoso fazer certo logo na primeira vez do que ter retrabalho refazendo o que foi feito de forma incorreta. Crosby propõe uma sequência de passos para a implantação de um programa de melhoria da qualidade: 1. Compromisso da Alta Direção em relação ao programa de qualidade. A Direção da organização deve estar convencida da necessidade da melhoria da qualidade e exprimi-lo claramente através dum documento escrito que defina a política de qualidade da organização. Deve exprimir o que cada um deve fazer para responder às necessidades dos clientes. Aula 2 ADMINISTRAÇÃO GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO DO MPU – ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO (ITENS 3, 4 E 5) Profa. Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 5 de 57 2. Criar as equipes de melhoria da qualidade. A Direção deve estabelecer uma equipe para supervisionar a melhoria da qualidade em todos os departamentos. O papel da equipe é avaliar o que é necessário em cada departamento e levar a cabo tudo o que respeita à política geral da qualidade da organização. 3. Criar os indicadores da qualidade que devem ser introduzidos de forma a identificar as necessidades de melhoria. 4. Avaliação do custo da não qualidade. As equipes da melhoria da qualidade deverão fazer uma estimativa dos custos da não qualidade como, por exemplo, despesas com retrabalhos, despesas com trocas, de forma a identificar zonas prioritárias em que as ações serão imediatamente rentáveis. 5. Tomada de consciência das necessidades da qualidade. Os funcionários deverão compreender a importância do respeito pelas especificações e o custo das não conformidades. 6. Adotar as ações corretivas para os problemas identificados na fase 4. Uma vez identificados os custos da não qualidade, deverão ser adotadas ações para eliminá-los. 7. Planejar um programa "zero defeitos" que tem a finalidade de fortalecer a cultura do fazer certo da primeira vez. 8. Formação dos responsáveis e inspetores. Desde o início do programa, aos diferentes níveis de responsabilidade, os dirigentes devem ser formados para implementar o que lhes compete no programa global de melhoria da qualidade. 9. Instituir "um dia zero defeitos" para que o conjunto dos funcionários da organização seja sensibilizado nas novas normas de desempenho. 10. Definição dos objetivos. Para transformar os compromissos em ação os indivíduos e os grupos devem ser encorajados a estabelecerem metas de aperfeiçoamento. Para isso, cada responsável define, com os membros da sua equipa, os objetivos específicos a atingir cujos resultados sejam mensuráveis. Estes objetivos podem ser do conhecimento de todos e o seu progresso pode ser avaliado em reuniões regulares. 11. Eliminar as causas dos erros. Os empregados devem ser encorajados a comunicar as dificuldades que têm em atingir as suas metas de aperfeiçoamento e na remoção das causa de erros. 12. Reconhecimento. Deve ser manifestado publicamente o reconhecimento àqueles que atingem os seus objetivos de forma regular. 13. Implantar os círculos de qualidade. Os especialistas em Qualidade e as pessoas particularmente motivadas pelo progresso da melhoria da qualidade devem-se encontrar regularmente a fim de trocarem ideias e experiências. Aula 2 ADMINISTRAÇÃO GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO DO MPU – ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO (ITENS 3, 4 E 5) Profa. Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 6 de 57 14. Recomeçar e progredir sempre. Reiniciar o ciclo para dar continuidade ao programa. O conjunto de passos anteriores deve ser iniciado com regularidade, o que renova o compromisso dos antigos funcionários e introduz os novos no processo. Joseph M. Juran, formado em engenharia elétrica em 1924, trabalhou na iniciativa privada, no governo e atuou como professor universitário no Japão e Estados unidos. Junto com Deming, foi um dos responsáveis pelo reerguimento da economia japonesa pós-guerra. Para o autor, os pontos fundamentais da gestão da qualidade são: • O planejamento da qualidade • A melhoria da qualidade • O controle da qualidade Considerava a qualidade como o resultado do desempenho do produto que satisfaz o cliente, ou seja, a satisfação do cliente em relação ao produto passa a fazer parte do planejamento da qualidade. Armand Vallin Feigenbaun nasceu em 1922 e destacou-se como um dos importantes pensadores da qualidade. Nos anos 50, definiu o que seria o controle da qualidade total como um sistema eficiente para a integração do desenvolvimento da qualidade, da manutenção da qualidade e dos esforços de melhoramento da qualidade dos diversos grupos numa organização, para permitir produtos e serviços mais econômicos que levem em conta a satisfação total do consumidor. Destacam-se algumas de suas ideias sobre qualidade: • É um instrumento estratégico para a organização • É uma filosofia de gestão, um compromisso com a Excelência • É o único objetivo da organização • A qualidade é determinada pelos clientes • Pressupõe trabalho em grupo • A qualidade exige o compromisso da Alta Direção • A qualidade exige empowerment (Significa dar poder de ação aos escalões mais baixos da estrutura organizacional, incentivando a autonomia e a descentralização. É importante frisar que indivíduos com empowerment precisam conhecer a missão organizacional a fim de atingir os objetivos da instituição.) Aula 2 ADMINISTRAÇÃO GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO DO MPU – ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO (ITENS 3, 4 E 5) Profa. Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 7 de 57 1.2. QUALIDADE TOTAL O gerenciamento da qualidade total (TQM – Total Quality Management) é um conceito de controle que proporciona às pessoas, mais do que os gerentes e dirigentes, a responsabilidade pelo alcance de padrões de qualidade. A qualidade total muda o foco do controle externo para o interior de cada indivíduo. O objetivo é fazer com que cada pessoa seja responsável por seu próprio desempenho e que todos se comprometam a atingir a qualidade de maneira motivada. A qualidade total se baseia no empoderamento (empowerment) das pessoas. O empoderamento significa proporcionar aos funcionários as habilidades e autoridade para tomar as decisões que tradicionalmente eram dadas aos gerentes, poupando tempo que antes era gasto com a aprovação do gerente. Seguem os dez mandamentos da qualidade total: • Satisfação do cliente. • Delegação – poder de decisão mais próximo da ação. • Gerência – significa liderar e não impor ou controlar. • Melhoria contínua. • Desenvolvimento das pessoas. • Disseminação de informações – todos os planos, metas e objetivos devem ser de conhecimento comum dentro da organização. • Não aceitação de erros – a busca pela perfeição é uma preocupação constante. • Constância de propósitos – a definição de propósitos e objetivos deve ser feita através de planejamento participativo, integrado e baseado em dados corretos e abrangentes para obter comprometimento, confiança e convergência de ações na organização. • Garantia de qualidade – é preciso investir em planejamento, organização e sistematização de processos. • Gerência de processos A qualidade total é adotada em todos os níveis da organização e para a sua implantação com sucesso é necessária a mobilização da alta administração devido à profunda mudança na cultura da organização.Seguem algumas técnicas muito adotadas no gerenciamento da qualidade: • Enxugamento (downsizing) – promove a redução de níveis hierárquicos e um forte enxugamento organizacional para reduzir as operações à essência do negócio. Aula 2 ADMINISTRAÇÃO GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO DO MPU – ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO (ITENS 3, 4 E 5) Profa. Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 8 de 57 O enxugamento substitui a antiga cultura baseada na desconfiança para uma nova cultura que incentiva a iniciativa das pessoas. O policiamento externo é substituído pelo comprometimento e autonomia das pessoas, além do investimento em treinamento para melhorar a produtividade. • Terceirização (outsourcing) – ocorre quando uma operação interna da organização é transferida para outra organização que consiga fazê- la melhor e mais barato. • Redução do tempo do ciclo de produção - a redução do ciclo operacional permite a competição pelo tempo, o atendimento mais rápido do cliente, etapas de produção mais encadeada entre si, queda de barreiras e obstáculos intermediários. Segundo Chiavenato, a melhoria contínua e a qualidade total seguem um mesmo processo composto das seguintes etapas: • Escolha de uma área de melhoria - exemplo redução da percentagem de defeitos, redução do tempo de produção, entre outros. • Definição da equipe de trabalho que irá tratar da melhoria – a melhoria contínua e a qualidade total põem forte ênfase no trabalho em equipe. • Identificação de benchmarks – significa um padrão de excelência que deve ser identificado, conhecido, copiado e ultrapassado. O benchmark pode ser interno (de outro departamento, por exemplo) ou externo (uma empresa concorrente). • Análise do método atual – a equipe de melhoria analisa o método atual de trabalho para comparar e verificar como ele pode ser melhorado para alcançar ou ultrapassar o benchmark localizado. • Estudo piloto de melhoria - a equipe desenvolve um esquema piloto para solucionar o problema e melhorar a qualidade e testa a sua relação de custo e benefício. • Implementação das melhorias – a equipe propõe a melhoria e cabe à direção assegurar sua implementação. A melhoria fortalece a competitividade da organização e aumenta a motivação das pessoas envolvidas no processo. 1.3. CICLO PDCA O Método PDCA, também conhecido como Ciclo de Shewhart, foi desenvolvido a partir da percepção de que os problemas em um processo, considerados como oportunidades de melhoria, são causados pela diferença entre as necessidades dos clientes e o desempenho do processo. Aula 2 ADMINISTRAÇÃO GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO DO MPU – ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO (ITENS 3, 4 E 5) Profa. Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 9 de 57 O ciclo PDCA (sigla das palavras em inglês PLAN, DO, CHECK, ACTION) é a principal ferramenta de apoio a Administração da Qualidade. Esse método pode ser utilizado em todos os níveis de uma instituição, desde a alta cúpula até o nível operacional. O ciclo começa pelo planejamento, em seguida a ação ou conjunto de ações planejadas são executadas, checa-se o que foi feito, se estava de acordo com o planejado, constantemente e repetidamente (ciclicamente). Assim, torna-se uma ação para eliminar ou ao menos mitigar os defeitos no produto ou na execução. As quatro etapas são: • PLANEJAR (PLAN) – consiste na detecção de um problema ou possibilidade de melhoria a fim de identificar suas causas e, a partir delas, elaborar um plano de ação para a organização. Ocorre a identificação do problema, a definição de metas e os métodos a serem utilizados no plano de ação. Algumas ferramentas da qualidade são muito utilizadas nessa etapa como, por exemplo, o sistema GUT, o Diagrama de Ishikawa, 5W2H, entre outros. A conclusão dessa etapa ocorre com a elaboração da documentação contendo o objetivo principal, as metas e os métodos a serem adotados como plano de ação pela instituição. • EXECUTAR (DO) – o sucesso da execução depende do sucesso do planejamento. Nessa etapa deve ser executado fielmente o que foi planejado anteriormente. Quando necessário, são realizados treinamentos antes da execução das ações. • VERIFICAR (CHECK) – nesse momento são checadas e avaliadas as etapas anteriores. As ferramentas estatísticas são as mais usadas para a realização dessa análise. Verifica se os resultados estão sendo alcançados de acordo com as metas e métodos estabelecidos na etapa planejamento. • AGIR (ACTION) – as ações são realizadas a partir das verificações, quando se conclui a necessidade de aplicação de: ações corretivas se verificado algum erro; preventivas se não tiver ocorrido nenhum problema, porém, poderia ter ocorrido; ou de padronização caso tudo Aula 2 ADMINISTRAÇÃO GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO DO MPU – ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO (ITENS 3, 4 E 5) Profa. Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 10 de 57 tenha ocorrido conforme o planejado e uma nova maneira de realização do processo foi descoberta. Observa-se que após a etapa de ação, o PDCA volta para a etapa planejamento. Dessa forma, a finalização do PDCA origina outro PDCA, o que caracteriza a circularidade e o nome da ferramenta ciclo PDCA. 1.4. FERRAMENTAS DE GESTÃO DA QUALIDADE 1.4.1. BENCHMARKING O benchmarking, introduzido em 1970 na empresa Xerox, é caracterizado como um processo contínuo e sistemático de pesquisa para avaliar produtos, serviços, processos de trabalho de ouras empresas, a fim de identificar quais são as melhores práticas adotadas por elas. A partir dessa análise, a instituição verifica seus próprios processos e realiza o aprimoramento organizacional, desenvolvendo a habilidade dos administradores de visualizar no mercado as melhores práticas administrativas das empresas consideradas excelentes (benchmarks) em certos aspectos. A meta é definir objetivos de gestão e legitimá-los por meio de comparações externas. A comparação costuma ser um saudável método didático, pois desperta para as ações que as empresas excelentes estão desenvolvendo e que servem de lição. A base do benchmarking é não fechar-se em si mesma, no caso da empresa, mas sim observar e avaliar constantemente o mundo exterior. Segundo Chiavenato, o benchmarking exige três objetivos que a organização precisa definir: • Conhecer suas operações e avaliar seus pontos fortes e fracos. Deve documentar os passos e práticas de processos de trabalho, definir medidas de desempenho e diagnosticar suas fragilidades. • Localizar e conhecer os concorrentes ou organizações líderes do mercado, para poder definir as habilidades, conhecendo seus pontos fortes e fracos e compará-los com seus próprios pontos fortes e fracos. • Incorporar o melhor do melhor adotando os pontos fortes dos concorrentes e, se possível, excedendo-os e ultrapassando-os. A principal barreira à adoção dessa ferramenta é convencer os administradores de que seus desempenhos podem ser melhorados. Isso requer uma paciente abordagem e apresentação de evidências de melhores métodos utilizados por outras organizações. Aula 2 ADMINISTRAÇÃO GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO DO MPU – ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO (ITENS 3, 4 E 5) Profa. Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 11 de 57 1.4.2. BRAINSTORMING O brainstorming, desenvolvido em 1930 por Alex F. Osborn, busca, a partir da criatividade de um grupo, a geração de ideias para um determinado fim. A técnica propõe que um grupo de pessoas (de duas até dez pessoas) se reúna e se utilize das diferenças em seus pensamentos e ideias para quepossa chegar a um denominador comum eficaz e com qualidade. É preferível que as pessoas que se envolvam nesse método sejam de setores e competências diferentes e nenhuma ideia é descartada ou julgada como errada ou absurda. O ambiente deve ser encorajador e sem críticas para os participantes ficarem a vontade e deve ser incentivado o trabalho em grupo. Pegar carona nas ideias dos outros deve ser incentivado. As quatro principais regras do brainstorming são: • Críticas são rejeitadas, pois a crítica pode inibir a participação das pessoas; • Criatividade é bem-vinda. Vale qualquer ideia que lhe venha a mente, sem preconceitos e sem medo que isso irá prejudicar. Uma ideia esdrúxula pode desencadear ideias inovadoras; • Quantidade é necessária. Quanto mais ideias forem geradas, maior é a chance de se encontrar uma boa ideia; • Combinação e aperfeiçoamento são necessários. O brainstorming pode ser feito de duas formas: estruturado ou não estruturado. • No brainstorming ESTRUTURADO - os participantes lançam ideias seguindo uma sequência inicialmente estabelecida. Quando chega a sua vez, você lança a sua ideia. A vantagem desta forma é que propicia oportunidades iguais a todos os participantes, gerando maior envolvimento. • No brainstorming NÃO ESTRUTURADO - as ideias são lançadas aleatoriamente, sem uma sequencia inicialmente definida. Isso cria um ambiente mais informal, porém com risco dos mais falantes dominarem a cena. 1.4.3. BRAINWRITING É uma variação do brainstorming, em que as ideias são escritas, trazendo ordem e calma ao processo. Evita efeitos negativos de reuniões, como a influência da opinião de coordenadores e chefes, ou a dificuldade em verbalizar rapidamente as ideias. Aula 2 ADMINISTRAÇÃO GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO DO MPU – ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO (ITENS 3, 4 E 5) Profa. Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 12 de 57 1.4.4. MATRIZ GUT A Matriz GUT (Gravidade, Urgência e Tendência) é uma forma de priorização baseado em medidas ou observações subjetivas. As letras têm o seguinte significado: • G (gravidade) – impacto do problema sobre os processos, pessoas, resultados. Refere-se ao custo por deixar de tomar uma ação que poderia solucionar o problema; • U (urgência) - relaciona-se com o tempo disponível ou o necessário para resolver o problema; • T (tendência) – refere-se ao rumo ou propensão que o problema assumirá se nada for feito para eliminar o problema. A filosofia do GUT é atribuir notas de 1 a 5 para cada uma das variáveis G, U e T dos problemas listados e tomar o produto como o peso relativo do problema. O método deve ser desenvolvido em grupo, sendo as notas atribuídas por consenso. Consenso é a concordância obtida pela argumentação lógica. Uma vez obtidas as notas, os problemas são organizados em ordem decrescente. 1.4.5. PRINCÍPIO DE PARETO O diagrama de Pareto é uma técnica de priorização das informações, dando uma ordem hierárquica de importância. Esta técnica permite estabelecer dois grupos de causas para a maioria dos processos. Uma grande quantidade de causas (ordem de 80%) contribui muito pouco (ordem de 20%) para os efeitos observados. Uma pequena quantidade de causas (ordem de 20%) contribui de forma preponderante (ordem de 80%) para os efeitos observados. O primeiro grupo é denominado “maiorias triviais” e o segundo grupo de “minorias essenciais”. Esta técnica utiliza uma abordagem de classificação para enumerar as causas de acordo com suas contribuições para atingir um dado efeito. A causa mais recorrente é vista do lado esquerdo do diagrama e as causas menos recorrentes são mostradas em ordem decrescente do lado direito. Em geral, a melhoria inicia-se a partir da causa mais recorrente, indo para as outras em ordem decrescente e assim por diante. Atenção! Esta técnica utiliza uma abordagem de classificação para enumerar as causas de acordo com suas contribuições para atingir um dado efeito. No entanto, há vezes em que a frequência de ocorrência não determina a importância de um fator. Aula 2 ADMINISTRAÇÃO GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO DO MPU – ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO (ITENS 3, 4 E 5) Profa. Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 13 de 57 Observe no gráfico que o problema ”Entregas Atrasadas” é consideravelmente mais representativo que os demais, caracterizando-o como prioridade dentre os demais problemas existentes. Observe a questão conceitual cobrada pela banca examinadora CESPE em 2010: (CESPE/ BASA/ Técnico Científico/ 2010) O Diagrama de Pareto pode ser adotado quando se está diante de problemas e busca-se identificar quais são os itens responsáveis pela maior parcela deles. Comentários: Esse gráfico visa identificar uma ou duas situações nas quais a maioria dos problemas ocorre. Gabarito: CORRETO 1.4.6. DIAGRAMA DE ISHIKAWA Diagrama de Ishikawa é uma ferramenta gráfica utilizada pela administração para o gerenciamento e o controle da qualidade em diversos processos, e também é conhecido como Diagrama de Causa e Efeito ou Diagrama Espinha de peixe. Aula 2 ADMINISTRAÇÃO GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO DO MPU – ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO (ITENS 3, 4 E 5) Profa. Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 14 de 57 Na sua estrutura, os problemas são classificados em seis tipos diferentes: • Método, • Matéria prima, • Mão de obra, • Máquinas, • Medição • Meio ambiente. Esse sistema permite estruturar hierarquicamente as causas potenciais de um determinado problema ou também uma oportunidade de melhoria, assim como seus efeitos sobre a qualidade dos produtos. O Diagrama de Ishikawa é uma das ferramentas mais eficazes e mais utilizadas nas ações de melhoria e controle de qualidade nas organizações, permitindo agrupar e visualizar as várias causas que estão na origem qualquer problema ou de um resultado que se pretende melhorar. 1.4.7. 5W2H A ferramenta 5W2H é uma forma rápida de verificação de execução de tarefas a serem distribuídas aos colaboradores da empresa. Funciona como um mapeamento das atividades e pode ser usada de várias formas: para organizar tarefas, escrever um texto, enviar um email ou escrever um. A grande vantagem é criar um mecanismo de comunicação eficaz uma vez que, se preenchidas as questões, teremos tudo o que é preciso para em termos de dados. A sigla 5W2H representa: Aula 2 ADMINISTRAÇÃO GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO DO MPU – ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO (ITENS 3, 4 E 5) Profa. Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 15 de 57 • O QUÊ será feito (what) • QUANDO será feito (when) • QUEM fará (who) • ONDE será feito (where) • POR QUÊ será feito (why) • COMO será feito (how) • QUANTO custará (how much) 1.4.8. PROGRAMA 5S O Programa 5S, originário no Japão, é considerado um pré-requisito para qualquer programa de Gestão da Qualidade Total. O 5S foca o ambiente de trabalho da organização a fim de simplificar o ambiente de trabalho e reduzir o desperdício. Como resultado, ocorre melhoria no aspecto de qualidade e segurança. O ambiente se torna limpo, organizado, evitando a perda de tempo e o desperdício de material. Assim, o resultado da implantação dessa ferramenta será o menor desperdício, melhor qualidade e ganhos expressivos na administração do tempo. A sigla 5S refere-se na realidade a 5 letras iniciais de palavras japonesas: • Seiri - Descartar • Seiton - Organizar • Seiso - Limpar• Seiketsu - Saudável e seguro • Shitsuke – Autodisciplina O que são os 5S? • Seiri - mantendo somente o necessário na área de trabalho, descartando em definitivo, itens desnecessários. É a luta contra o hábito de manter objetos ao seu lado somente porque será útil algum dia. • Seiton - arranjo sistemático para o mais eficiente retorno. Identificar locais, desenhar mapas de localização, indexar arquivos físicos e virtuais de forma que todos os funcionários tenham e conheçam a forma de acesso, ou seja, é necessária que todos tenham as ferramentas à mão. "Um lugar para tudo e tudo em seu devido lugar." Aula 2 ADMINISTRAÇÃO GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO DO MPU – ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO (ITENS 3, 4 E 5) Profa. Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 16 de 57 • Seiso - a limpeza facilita a localização imediata de irregularidades no ambiente, fator o qual passaria sem ser notado antes da implantação. A limpeza regular é uma espécie de inspeção. • Seiketsu - uma vez que os primeiros três S foram implantados, este é o momento da padronização, ou seja, manter as boas práticas de trabalho na área. Sem isto, a situação cairá em um processo de abandono e os velhos hábitos retornarão. • Shitsuke - mostrar a melhora dos resultados através de gráficos, promover e agregar novas idéias, assegurará que o processo mantenha-se vivo, expandindo-se para outros pontos da empresa. 1.4.9. REENGENHARIA A reengenharia pode ser considerada uma reação às mudanças ambientais velozes e intensas e à total inabilidade das organizações em ajustar-se a essas mudanças. Significa fazer uma nova engenharia da estrutura organizacional. Representa uma reconstrução e não simplesmente uma reforma parcial da empresa. Não se trata de fazer reparos rápidos ou mudanças cosméticas na engenharia atual, mas de fazer um desenho organizacional totalmente novo e diferente. A reengenharia se baseia nos processos empresariais e considera que eles devem fundamentar o formato organizacional. Não se pretende melhorar os processos já existentes, mas a sua total substituição por processos inteiramente novos. Nem se pretende automatizar os processos já existentes. Não se confunde com a melhoria contínua, pois a reengenharia pretende criar um processo inteiramente novo e baseado na tecnologia da informação e não o aperfeiçoamento gradativo e lento do processo atual. Segundo Chiavenato, a reengenharia se fundamenta em quatro palavras chave: • Fundamental – busca reduzir a organização ao essencial e fundamental. • Radical – impõe uma renovação radical, desconsiderando as estruturas e os procedimentos atuais para inventar novas maneiras de fazer o trabalho. • Drástica – destrói o antigo e busca sua substituição por algo inteiramente novo. • Processos – orienta o foco para os processos e não mais para as tarefas ou serviços, nem para pessoas ou para a estrutura organizacional. Aula 2 ADMINISTRAÇÃO GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO DO MPU – ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO (ITENS 3, 4 E 5) Profa. Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 17 de 57 1.5. CERTIFICAÇÃO ISO As empresas bem sucedidas são movidas para oferecer serviços de qualidade a partir da forma como operam, nos padrões estabelecidos para atendimento aos clientes e nos produtos e serviços que elas fornecem. Para isso, as organizações têm investido em certificações ISO como forma de melhorar seu desempenho perante o mercado. ISO é a sigla da Organização Internacional de Normalização (International Organization for Standardization), com sede em Genebra, Suíça, e sua função é a de promover a normatização de produtos e serviços em nível mundial. A ISO cria normas nos mais diferentes segmentos, variando de normas e especificações de produtos e matérias-primas (existem normas, por exemplo, para classificação de hotéis, café, usinas nucleares, etc.). A ISO ficou popularizada pela série 9000 que tratam de Sistemas para Gestão e Garantia da Qualidade nas empresas. Buscam tornar as organizações que delas se utilizam mais competitivas, tanto no mercado interno como no mercado externo. As normas são genéricas por natureza, podendo ser aplicadas por organizações de todos os tamanhos e setores. É importante ficar bem claro que certificar um sistema de qualidade significa demonstrar a capacidade de fornecer produtos e/ou serviços conformes, de acordo com requisitos estabelecidos. Para tanto, as empresas devem organizar seu fluxo produtivo e atividades correlatas atendendo aos requisitos das normas da série NBR ISO 9000. As normas da família ISO 9000 dizem o que deve ser feito para manter em funcionamento um sistema de qualidade eficiente, mas não especificam como. Cabe à própria empresa elaborar e documentar todos os procedimentos adotados. Representa um consenso internacional de boas práticas de gestão, com o propósito de assegurar que a empresa possa, continuamente, atender às exigências de qualidade. Destaca-se que as normas em questão foram traduzidas e adotadas pela ABNT. A ABNT é um organismo de certificação credenciado pelo INMETRO, reconhecido pelo governo brasileiro como Fórum Nacional de Normatização, além de ser um dos fundadores e único representante da ISO no Brasil. Deve ser enfatizado, entretanto, que as normas ISO série 9000 são normas relacionadas apenas ao sistema de gestão da qualidade de uma empresa, e não às especificações dos produtos fabricados por esta empresa. Ou seja, é importante você entender que o fato de um produto ser fabricado por um processo certificado segundo as normas ISO 9000 não significa que este produto terá maior ou menor qualidade que outro similar. Significa apenas que todos os produtos fabricados segundo este processo apresentará o mesmo padrão de qualidade segundo as normas especificadas. Aula 2 ADMINISTRAÇÃO GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO DO MPU – ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO (ITENS 3, 4 E 5) Profa. Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 18 de 57 As normas componentes da série 9000 são as seguintes: • ISO 9000:2000: Sistema de Gestão da Qualidade – Fundamentos e vocabulário – Trata dos fundamentos da qualidade, seus conceitos, princípios e vocabulário. • ISO 9001:2000: Sistemas de Gestão da Qualidade – Requisitos – Trata do que fazer para implementar um Sistema de Gestão da Qualidade – SGQ. • ISO 9004:2000 – Sistemas de Gestão da Qualidade – Diretrizes para Melhoria de Desempenho – Trata da melhoria do desempenho organizacional, ou seja, fornece orientações sobre como uma organização pode aplicar os princípios da qualidade para se tornar mais eficaz e competitiva. A ISO 9001, em especial, é uma norma internacional relacionada à gestão da qualidade, aplicável a qualquer organização, de todos os tipos de atividades e setores. Ela é baseada em oito princípios de gestão da qualidade (todos fundamentais para as boas práticas de negócios): • Foco no cliente • Liderança • Envolvimento do pessoal • Abordagem de processos • Abordagem de sistemas de gestão • Melhoria contínua • Processo decisório baseado em fatos • Relações com fornecedores benéficas para ambas as partes Quais são os principais benefícios? • Demonstra seu compromisso com a qualidade e satisfação do cliente; Garante que seus produtos e serviços atendam efetivamente seus clientes e regulamentos, legislação e requisitos aplicáveis; • Permite medir o progresso contínuo em direção à melhoria do desempenho do negócio criando uma referência; • Ajuda a melhorar o desempenho organizacional. Aula 2 ADMINISTRAÇÃO GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOSTÉCNICO DO MPU – ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO (ITENS 3, 4 E 5) Profa. Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 19 de 57 1.6. FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE A FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE, muito conhecida pela sigla FNQ, é uma entidade privada e sem fins lucrativos que foi criada em 1991 por representantes de organizações brasileiras dos setores público e privado. Sua principal função era administrar o Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ) e as atividades decorrentes do processo de premiação em todo o território nacional, bem como fazer a representação institucional externa do PNQ nos fóruns internacionais. É importante compreender que o PNQ é um prêmio que reconhece à excelência da gestão das organizações. Em 2004, ao completar 13 ciclos de premiação, a até então chamada de FPNQ - Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade - havia cumprido seu papel inicial, voltado ao estabelecimento do PNQ, seguindo as melhores práticas internacionais. Em 2005, a FPNQ lançou projeto a fim de se tornar um dos principais centros mundiais de estudo, debate e irradiação de conhecimento sobre Excelência em Gestão. Nesse sentido, passou a se chamar FNQ - Fundação Nacional da Qualidade, nomenclatura que mantém até hoje. A retirada da palavra "Prêmio" do nome evidencia uma nova etapa da FNQ, que antes tinha como principal foco de atuação o PNQ. Essa mudança também passa, necessariamente, pela missão da instituição de disseminar os Fundamentos da Excelência em gestão para o aumento da competitividade das organizações e do Brasil. Para isso, a FNQ propõe difundir amplamente esse conceito em organizações de todos os setores e portes, contribuindo para o aperfeiçoamento da gestão nas empresas. Também foram estabelecidos quatro eixos estratégicos com o intuito de pôr a FNQ à frente de suas congêneres mundiais: ••• Efetividade no cumprimento da missão ••• Sustentabilidade financeira ••• Capacidade de promover a evolução do Modelo de Excelência de Gestão (MEG) ••• Reconhecimento pela sociedade Os processos de transformação da FNQ contaram com três etapas: ••• De 1991 a 1996 - desenvolver estrutura e conquistar credibilidade baseada em sólidos conceitos e critérios de avaliação da gestão das organizações; ••• De 1997 a 2003 - consolidar o PNQ como marco referencial para a Excelência em Gestão no País; ••• Desde 2004 - conscientizar profissionais e empresários de todo o Brasil da importância de uma gestão eficaz e disseminar os conceitos e fundamentos da excelência que fazem parte do Modelo de Excelência da Gestão Aula 2 ADMINISTRAÇÃO GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO DO MPU – ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO (ITENS 3, 4 E 5) Profa. Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 20 de 57 O MODELO DE EXCELÊNCIA DA GESTÃO (MEG) da FNQ possui uma visão sistêmica da gestão organizacional. É um modelo baseado em 11 fundamentos e 8 critérios. Podemos definir os fundamentos como os pilares, a base teórica de uma boa gestão. Esses fundamentos são colocados em prática por meio dos oito critérios. ••• Fundamentos: pensamento sistêmico; aprendizado organizacional; cultura de inovação; liderança e constância de propósitos; orientação por processos e informações; visão de futuro; geração de valor; valorização de pessoas; conhecimento sobre o cliente e o mercado; desenvolvimento de parcerias e responsabilidade social. ••• Critérios: liderança; estratégias e planos; clientes; sociedade; informações e conhecimento; pessoas; processos e resultados. A figura representativa do MEG simboliza a organização, considerada como um sistema orgânico e adaptável ao ambiente externo. O MEG é representado pelo diagrama acima, que utiliza o conceito de aprendizado segundo o ciclo de PDCA (Plan, Do, Check, Action). Aula 2 ADMINISTRAÇÃO GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO DO MPU – ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO (ITENS 3, 4 E 5) Profa. Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 21 de 57 O sucesso de uma organização está diretamente relacionado à sua capacidade de atender às necessidades e expectativas de seus CLIENTES. Elas devem ser identificadas, entendidas e utilizadas para que se crie o valor necessário para conquistar e reter esses clientes. Para que haja continuidade em suas operações, a empresa também deve identificar, entender e satisfazer as necessidades e expectativas da SOCIEDADE e das comunidades com as quais interage sempre de forma ética, cumprindo as leis e preservando o ambiente. De posse de todas essas informações, a LIDERANÇA estabelece os princípios da organização, pratica e vivencia os fundamentos da excelência, impulsionando, com seu exemplo, a cultura da excelência na organização. Os líderes analisam o desempenho e executam, sempre que necessário, as ações requeridas, consolidando o aprendizado organizacional. As ESTRATÉGIAS são formuladas pelos líderes para direcionar a organização e o seu desempenho, determinando sua posição competitiva. Elas são desdobradas em todos os níveis da organização, com planos de ação de curto e longo prazos. Recursos adequados são alocados para assegurar sua implementação. A organização avalia permanentemente a implementação das estratégias e monitora os respectivos planos e responde rapidamente às mudanças nos ambientes interno e externo. Considerando os quatro critérios apresentados, tem-se a etapa de planejamento (P) do ciclo PDCA. As PESSOAS que compõem a força de trabalho devem estar capacitadas e satisfeitas, atuando em um ambiente propício à consolidação da cultura da excelência. Com isso, é possível executar e gerenciar adequadamente os PROCESSOS, criando valor para os clientes e aperfeiçoando o relacionamento com os fornecedores. A organização planeja e controla os seus custos e investimentos. Os riscos financeiros são quantificados e monitorados. Conclui-se, neste momento, a etapa referente à execução (D) no PDCA. Para efetivar a etapa do Controle (C), são mensurados os RESULTADOS em relação a: situação econômico-financeira, clientes e mercado, pessoas, sociedade, processos principais do negócio e processos de apoio, e fornecedores. Os efeitos gerados pela implementação sinérgica das práticas de gestão e pela dinâmica externa à organização podem ser comparados às metas estabelecidas para eventuais correções de rumo ou reforços das ações implementadas. Esses resultados, apresentados sob a forma de INFORMAÇÕES E CONHECIMENTO, retornam a toda a organização, complementando o ciclo PDCA com a etapa referente à ação (A). Aula 2 ADMINISTRAÇÃO GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO DO MPU – ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO (ITENS 3, 4 E 5) Profa. Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 22 de 57 Essas informações representam a inteligência da organização, viabilizando a análise do desempenho e a execução das ações necessárias em todos os níveis. A gestão das informações e dos ativos intangíveis é um elemento essencial à jornada em busca da excelência. Os oito critérios de excelência estão subdivididos em 23 itens, cada um possuindo requisitos específicos e uma pontuação máxima. Destes, 17 representam os aspectos de enfoque e aplicação, e 6, os resultados. Destacam-se os conceitos de cada um dos 11 fundamentos do modelo de excelência em gestão, acompanhados de uma explicação de como são colocados em prática nas organizações de alto desempenho. 1. Pensamento Sistêmico - Entendimento das relações de interdependência entre os diversos componentes de uma organização, bem como entre a organização e o ambiente externo. 2. Aprendizado Organizacional - Busca e alcance de um novo patamar deconhecimento para a organização por meio da percepção, reflexão, avaliação e compartilhamento de experiências. 3. Cultura de Inovação - Promoção de um ambiente favorável à criatividade, experimentação e implementação de novas ideias que possam gerar um diferencial competitivo para a organização. 4. Liderança e Constância de Propósitos - Atuação de forma aberta, democrática, inspiradora e motivadora das pessoas, visando o desenvolvimento da cultura da excelência, a promoção de relações de qualidade e a proteção dos interesses das partes interessadas. 5. Orientação por Processos e Informações - Compreensão e segmentação do conjunto das atividades e processos da organização que agreguem valor para as partes interessadas, sendo que a tomada de decisões e execução de ações deve ter como base a medição e análise do desempenho, levando-se em consideração as informações disponíveis, além de incluir os riscos identificados. 6. Visão de Futuro - Compreensão dos fatores que afetam a organização, seu ecossistema e o ambiente externo no curto e no longo prazo. 7. Geração de Valor - Alcance de resultados consistentes pelo aumento de valor tangível e intangível de forma sustentada para todas as partes interessadas. 8. Valorização das Pessoas - Criação de condições para que as pessoas se realizem profissional e humanamente, maximizando seu desempenho por meio do comprometimento, do desenvolvimento de competências e de espaços para empreender. 9. Conhecimento sobre o Cliente e o Mercado - Conhecimento e entendimento do cliente e do mercado, visando a criação de valor de forma Aula 2 ADMINISTRAÇÃO GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO DO MPU – ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO (ITENS 3, 4 E 5) Profa. Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 23 de 57 sustentada para o cliente e, consequentemente, gerando maior competitividade nos mercados. 10. Desenvolvimento de Parcerias - Desenvolvimento de atividades em conjunto com outras organizações, a partir da plena utilização das competências essenciais de cada uma, objetivando benefícios para ambas as partes. 11. Responsabilidade Social - Atuação que se define pela relação ética e transparente da organização com todos os públicos com os quais ela se relaciona. Refere-se também à inserção da empresa no desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para gerações futuras; respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais como parte integrante da estratégia da organização. Por meio de um processo de aprendizado sistêmico, que inclui a atuação do Comitê Técnico de Critérios de Avaliação e a realização de Fóruns Empresariais, a FNQ atualiza regularmente os Fundamentos da Excelência. Essas informações foram obtidas no site oficial da Fundação Nacional da Qualidade: http://www.fnq.org.br/ 2. MODELO DO GESPUBLICA Ideias e reformas ancoradas na chamada Nova Gestão Pública (NGP) aumentaram nos últimos anos, alimentando processos de mudança em diversos países a fim de atacar dois males burocráticos: a ineficiência relacionada ao excesso de procedimentos e controles processuais e a baixa responsabilização dos burocratas frente ao sistema político e à sociedade. Para alcançar esses objetivos, sua proposta básica foi flexibilizar a administração pública e aumentar a accountability ou responsabilização governamental. A Nova Gestão Pública insere-se no contexto sobre a crise da gestão pública, buscando alternativas para superar a gestão tradicional. Para isso, supõe uma significativa mudança de perspectiva sobre a maneira de alcançar resultados no âmbito público, sempre visando à eficiência no setor. A seguir destacam-se as principais características da administração pública gerencial, que também chamada de Nova Administração Pública, segundo o Caderno MARE 01 de Reforma do Estado: • Orientação da ação do Estado para o cidadão-usuário ou cidadão- cliente; • Ênfase no controle dos resultados através dos contratos de gestão (ao invés de controle dos procedimentos); Aula 2 ADMINISTRAÇÃO GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO DO MPU – ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO (ITENS 3, 4 E 5) Profa. Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 24 de 57 • Fortalecimento e aumento da autonomia da burocracia estatal, organizada em carreiras ou corpos de Estado, e valorização do seu trabalho técnico e político de participar, juntamente com os políticos e a sociedade, da formulação e gestão das políticas públicas; • Separação entre as secretarias formuladoras de políticas públicas, de caráter centralizado, e as unidades descentralizadas, executoras dessas mesmas políticas; • Distinção de dois tipos de unidades descentralizadas: as agências executivas, que realizam atividades exclusivas de Estado, por definição monopolistas, e os serviços sociais e científicos de caráter competitivo, em que o poder de Estado não está envolvido; • Transferência para o setor público não estatal dos serviços sociais e científicos competitivos; • Adoção cumulativa, para controlar as unidades descentralizadas, dos mecanismos (1) de controle social direto, (2) do contrato de gestão em que os indicadores de desempenho sejam claramente definidos e os resultados medidos, e (3) da formação de quase mercados em que ocorre a competição administrada; • Terceirização das atividades auxiliares ou de apoio, que passam a ser licitadas competitivamente no mercado. É possível resumir a preocupação central da Nova Gestão Pública como a combinação entre a flexibilização da gestão e o aumento da responsabilização da administração pública. Para concretizar os objetivos da NGP, três mecanismos são essenciais: • A adoção de uma administração pública voltada para resultados, baseada em mecanismos de contratualidade da gestão, com metas, indicadores e formas de cobrar os gestores, e apoiada na transparência das ações governamentais, possibilitando o controle maior dos cidadãos e o uso de outros instrumentos de accountability. • A contratualidade supõe, ademais, a existência de uma pluralidade de provedores de serviços públicos. Desse modo, é possível estabelecer formas contratuais de gestão em estruturas estatais e entes públicos não estatais. • Por fim, a combinação entre a flexibilização da gestão burocrática e o aumento da responsabilização da administração pública será mais bem- sucedida caso funcionem adequadamente os mecanismos institucionais de controle. Aula 2 ADMINISTRAÇÃO GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO DO MPU – ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO (ITENS 3, 4 E 5) Profa. Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 25 de 57 As ideias da NGP chegaram ao Brasil no primeiro governo Fernando Henrique Cardoso, em 1995, quando foi criado o Ministério da Administração e Reforma do Estado (Mare), sob o comando do ministro Bresser-Pereira, e proposto o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, que apresentou um diagnóstico da administração pública federal, pautado pelas ideias da NGP. A seguir apresento o Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização – GesPública – instituído pelo Decreto nº 5.378 de 23 de fevereiro de 2005. Esse programa é o resultado da evolução histórica de diversas iniciativas do Governo Federal para a promoção da gestão pública de excelência, visando contribuir para a qualidade dos serviços públicos prestados ao cidadão e para o aumento da competitividade do País. Visto como uma política pública fundamentada em um modelo de gestão específico, o Programa tem como principais características o fato de ser essencialmente público – orientado ao cidadão e respeitando os princípiosconstitucionais da impessoalidade, da legalidade, da moralidade, da publicidade e da eficiência, de estar voltado para a disposição de resultados para a sociedade – com impactos na melhoria da qualidade de vida e na geração do bem comum – e de ser federativo – com aplicação a toda a administração pública, em todos os poderes e esferas do governo. Por sua vez, o Modelo de Excelência em Gestão Pública (MEGP) representa a principal referência a ser seguida pelas instituições públicas que desejam aprimorar constantemente seus níveis de gestão. Como todo modelo de gestão, o MEGP contém diretrizes expressas em seus critérios de excelência gerencial (liderança, estratégias e planos, cidadãos, sociedade, informação e conhecimento, pessoas, processos e resultados), técnicas e tecnologias para sua aplicação (como, por exemplo, a Carta de Serviços ao Cidadão, o Instrumento Padrão de Pesquisa de Satisfação, o Guia de Gestão de Processos, o Guia ‘d’ Simplificação Administrativa e o Instrumento de Avaliação da Gestão) e práticas de gestão implantadas com sucesso. Para que tanto o Modelo de Excelência em Gestão Pública quanto o próprio Programa GesPública acompanhem a dinâmica da sociedade brasileira e estejam em conformidade com as necessidades dos cidadãos, são fundamentais ações contínuas de inovação do modelo, de sua comunicação e de garantia de sua sustentabilidade. Nos últimos anos, o GesPública utilizou-se de uma estratégia de sucesso alicerçada no trabalho voluntário de representantes de instituições públicas, desenvolvendo e divulgando conceitos e soluções para gestão, implantando e mobilizando núcleos regionais e setoriais nas unidades da federação e realizando avaliações do nível de gestão das instituições, seja por meio de auto avaliações, seja nos ciclos anuais do Prêmio Nacional da Gestão Pública. Destaque também foi dado a iniciativas relacionadas ao atendimento ao cidadão, tais como o desenvolvimento de estudos, guias e eventos para as centrais de atendimento integrado e a recente publicação do Decreto de Simplificação do Atendimento. Com o Decreto Presidencial que instituiu 2009 como o Ano Nacional da Gestão Pública, a estratégia do Programa para cumprimento de sua missão foi ajustada de forma a facilitar a construção coletiva de uma agenda de gestão e a Aula 2 ADMINISTRAÇÃO GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO DO MPU – ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO (ITENS 3, 4 E 5) Profa. Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 26 de 57 adesão das instituições aos princípios da Carta de Brasília, documento elaborado em conjunto pelo Ministério do Planejamento e pelo CONSAD e que contém um conjunto de orientações para a melhoria da gestão pública em nosso País. Em especial, foi criado um fórum nacional permanente de discussão do tema, foi lançado o Portal Nacional da Gestão Pública (www.gespublica.gov.br) e os processos de trabalho que sustentam o GesPública passaram a ser a articulação, o fomento e a mobilização de redes de gestão, com geração de conhecimento em gestão pública. Tais alterações vêm promovendo mudanças culturais no relacionamento entre o conjunto de instituições brasileiras, tais como: a possibilidade de adesão ao GesPública de qualquer pessoa física ou jurídica pelo uso de instrumentos de gestão ou mesmo pela simples participação nos fóruns de discussão presentes no Portal da Gestão Pública; a ampliação das ferramentas disponíveis e a avaliação de sua qualidade pelos próprios integrantes da Rede Nacional de Gestão Pública; o estabelecimento de parcerias com especialistas em assuntos que vão desde a teoria de redes e de sistemas complexos até a disposição de soluções de gestão; e, principalmente, a intensa comunicação entre os participantes do movimento pela melhoria da gestão, por meio dos mais eficientes canais (vídeos, ensinos à distância, redes sociais e blogs de gestão). Em uma visão mais ampla do Programa, iniciativas como a proposta de contratualização do desempenho, a lei orgânica da administração, o desenvolvimento e a implantação de indicadores de desempenho, a adequação da força de trabalho das organizações e as ações dos programas de cooperação internacional para a execução da agenda federativa se integram no cumprimento da missão de melhorar os serviços prestados à sociedade. 2.1. PRINCIPAIS FERRAMENTAS DO GESPÚBLICA 2.1.1. AVALIAÇÃO CONTINUADA Na Autoavaliação são identificados os pontos fortes e os aspectos gerenciais menos desenvolvidos das organizações públicas brasileiras, que devem ser objeto das ações de aperfeiçoamento. Cada organização conduz o seu processo de avaliação, utilizando os Instrumentos para Avaliação da Gestão Pública de 1000 pontos, de 500 pontos ou de 250 pontos, dependendo da experiência da instituição em avaliação e do nível de gestão atingido em avaliações anteriores. Esse processo de avaliação é aplicável a todas as organizações públicas que desejarem avaliar seus sistemas de gestão. Quando se tratar da primeira avaliação é recomendável a utilização do Instrumento para Avaliação da Gestão de 250 Pontos. Aula 2 ADMINISTRAÇÃO GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO DO MPU – ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO (ITENS 3, 4 E 5) Profa. Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 27 de 57 2.1.2. CARTA DE SERVIÇOS Carta de Serviços é um documento elaborado por uma organização pública que visa informar aos cidadãos quais os serviços prestados por ela, como acessar e obter esses serviços e quais são os compromissos com o atendimento e os padrões de atendimento estabelecidos. A sua prática implica para a organização um processo de transformação sustentada em princípios fundamentais – participação e comprometimento, informação e transparência, aprendizagem e participação do cidadão. Esses princípios têm como premissas o foco no cidadão e a indução do controle social. 2.1.3. GESTÃO DE PROCESSOS É o instrumento que orienta a modelagem e a gestão de processos voltados ao alcance de resultados. A descrição envolve a reflexão acerca de características de validade dos produtos e serviços prestados, de referências (normas e conhecimentos) observadas, de recursos consumidos e dos insumos necessários à tomada de decisão com qualidade pelas pessoas e pelas instituições públicas. 2.1.4. GUIA “D” SIMPLIFICAÇÃO O Guia “d” Simplificação Administrativa foi elaborado para auxiliar qualquer organização pública interessada em simplificar seus processos e normas, eliminando exigências de rotinas que geram fluxos desconexos na tramitação de documentos que não agregam valor ao serviço prestado pela organização e, por consequência, pelo Estado. O Guia deve ser entendido como uma ferramenta de trabalho, eminentemente prática, para realizar a análise e melhoria de processos organizacionais. O documento está organizado em uma sequência lógica de 10 passos, subdivididos em 4 grandes etapas: planejamento da simplificação; mapeamento do processo; análise e melhoria dos processos; e implementação das melhorias. 2.1.5. INDICADORES DE DESEMPENHO A medição de desempenho na gestão pública está entre os principais instrumentos para subsidiar os gestores e os dirigentes em suas decisões e Aula 2 ADMINISTRAÇÃO GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO DO MPU – ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO (ITENS 3, 4 E 5) Profa. Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 28 de 57 escolhas. Atualmente, há a exigência cada vez maior em aperfeiçoar os níveis de esforços e resultados das organizações, bem como gerar e fortalecer os mecanismos de transparência e responsabilização para os cidadãos e partes interessadas, sendo estes os fundamentos básicos para impulsionaro desenvolvimento e implementação de indicadores de desempenho nas instituições públicas. Os indicadores são instrumentos de gestão essenciais nas atividades de monitoramento e avaliação das organizações, assim como seus projetos, programas e políticas, pois permitem acompanhar o alcance das metas, identificar avanços, melhorias de qualidade, correção de problemas, necessidades de mudança etc. Assim sendo, pode-se dizer que os indicadores possuem, minimamente, duas funções básicas: a primeira é descrever por meio da geração de informações o estado real dos acontecimentos e o seu comportamento; a segunda é de caráter valorativo que consiste em analisar as informações presentes com base nas anteriores de forma a realizar proposições valorativas. De forma geral, os indicadores não são simplesmente números, ou seja, são atribuições de valor a objetivos, acontecimentos ou situações, de acordo com regras, que possam ser aplicados critérios de avaliação, como, por exemplo, eficácia, efetividade e eficiência. 2.1.6. PESQUISA DE SATISFAÇÃO É uma metodologia de pesquisa de opinião padronizada que investiga o nível de satisfação dos usuários de um serviço público e foi desenvolvida para se adequar a qualquer organização pública prestadora de serviços direto ao cidadão. A pesquisa de satisfação deve ter como base a divulgação da Carta de Serviços ao Cidadão e é aplicável a órgãos e entidades públicos com atendimento direto ao cidadão nos três poderes e três esferas de governo. As informações sobre GESPÚBLICA foram retiradas do site do governo http://www.gespublica.gov.br/. Segue o Decreto Nº 5.378 de 2005 para você aprofundar o estudo sobre o assunto. 2.2. DECRETO Nº 5.378 DE 23 DE FEVEREIRO DE 2005 Institui o Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização - GESPÚBLICA e o Comitê Gestor do Programa Nacional de Gestão Pública Aula 2 ADMINISTRAÇÃO GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO DO MPU – ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO (ITENS 3, 4 E 5) Profa. Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 29 de 57 e Desburocratização, e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea "a", da Constituição, DECRETA: Art. 1o Fica instituído o Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização – GESPÚBLICA, com a finalidade de contribuir para a melhoria da qualidade dos serviços públicos prestados aos cidadãos e para o aumento da competitividade do País. Art. 2o O GESPÚBLICA deverá contemplar a formulação e implementação de medidas integradas em agenda de transformações da gestão, necessárias à promoção dos resultados preconizados no plano plurianual, à consolidação da administração pública profissional voltada ao interesse do cidadão e à aplicação de instrumentos e abordagens gerenciais, que objetivem: I - eliminar o déficit institucional, visando ao integral atendimento das competências constitucionais do Poder Executivo Federal; II - promover a governança, aumentando a capacidade de formulação, implementação e avaliação das políticas públicas; III - promover a eficiência, por meio de melhor aproveitamento dos recursos, relativamente aos resultados da ação pública; IV - assegurar a eficácia e efetividade da ação governamental, promovendo a adequação entre meios, ações, impactos e resultados; e V - promover a gestão democrática, participativa, transparente e ética. Art. 3o Para consecução do disposto nos arts. 1o e 2o, o GESPÚBLICA, por meio do Comitê Gestor de que trata o art. 7o, deverá: I - mobilizar os órgãos e entidades da administração pública para a melhoria da gestão e para a desburocratização; II - apoiar tecnicamente os órgãos e entidades da administração pública na melhoria do atendimento ao cidadão e na simplificação de procedimentos e normas; III - orientar e capacitar os órgãos e entidades da administração publica para a implantação de ciclos contínuos de avaliação e de melhoria da gestão; e IV - desenvolver modelo de excelência em gestão pública, fixando parâmetros e critérios para a avaliação e melhoria da qualidade da gestão pública, da capacidade de atendimento ao cidadão e da eficiência e eficácia dos atos da administração pública federal. Aula 2 ADMINISTRAÇÃO GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO DO MPU – ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO (ITENS 3, 4 E 5) Profa. Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 30 de 57 Art. 4o Os critérios para avaliação da gestão de que trata este Decreto serão estabelecidos em consonância com o modelo de excelência em gestão pública. Art. 5o A participação dos órgãos e entidades da administração pública no GESPÚBLICA dar-se-á mediante adesão ou convocação. § 1o Considera-se adesão para os efeitos deste Decreto o engajamento voluntário do órgão ou entidade da administração pública no alcance da finalidade do GESPÚBLICA, que, por meio da auto avaliação contínua, obtenha validação dos resultados da sua gestão. § 2o Considera-se convocação a assinatura por órgão ou entidade da administração pública direta, autárquica ou fundacional, em decorrência da legislação aplicável, de contrato de gestão ou desempenho, ou o engajamento no GESPÚBLICA, por solicitação do Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, em decorrência do exercício de competências vinculadas a programas prioritários, definidos pelo Presidente da República. Art. 6o Poderão participar, voluntariamente, das ações do GESPÚBLICA pessoas e organizações, públicas ou privadas. Parágrafo único. A atuação voluntária das pessoas é considerada serviço público relevante, não remunerado. Art. 7o Fica instituído o Comitê Gestor do Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização, no âmbito do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, com o objetivo de formular o planejamento das ações do GESPÚBLICA, bem como coordenar e avaliar a execução dessas ações. Art. 8o O Comitê Gestor terá a seguinte composição: I - um representante do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que o coordenará; e II - um representante da Casa Civil da Presidência da República. III - representantes de órgãos e entidades da administração pública, assim como de entidades privadas com notório engajamento em ações ligadas à qualidade da gestão e à desburocratização, conforme estabelecido pelo Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão. § 1o Os membros a que se referem o caput, titulares e suplentes, serão indicados pelos dirigentes dos órgãos ou entidades representados e designados pelo Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão. § 2o O mandato dos membros do Comitê Gestor será de dois anos, permitida a recondução. Art. 9o Ao Comitê Gestor compete: Aula 2 ADMINISTRAÇÃO GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO DO MPU – ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO (ITENS 3, 4 E 5) Profa. Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 31 de 57 I - propor ao Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão o planejamento estratégico do GESPÚBLICA; II - articular-se para a identificação de mecanismos que possibilitem a obtenção de recursos e demais meios para a execução das ações do GESPÚBLICA; III - constituir comissões setoriais e regionais, com a finalidade de descentralizar a gestão do GESPÚBLICA; IV - monitorar, avaliar e divulgar os resultados do GESPÚBLICA; V - certificar a validação dos resultados da auto avaliação dos órgãos e entidades participantes do GESPÚBLICA; e VI - reconhecer e premiar os órgãos e entidades da administração pública, participantes do GESPÚBLICA, que demonstrem qualidade em gestão, medida pelos resultados institucionaisobtidos. Lista de Questões Comentadas Questões CESPE 1. (CESPE/ DETRAN-ES/ ADMINISTRADOR/ 2010) Por meio do modelo de gestão da qualidade total são estabelecidos vínculos que extrapolam o ambiente interno da organização, o que afeta diretamente a relação entre o cliente e o fornecedor. Comentários: Inclui-se como princípio central da gestão da qualidade o foco os clientes e usuários, identificando suas satisfações e insatisfações, visando manter a fidelidade deste aos produtos e serviços fornecidos pela empresa. Gabarito: CERTO 2. (CESPE/ DETRAN-ES/ ADMINISTRADOR/ 2010) O ciclo PDCA, importante ferramenta da escola de qualidade, contempla as seguintes fases: planejamento, execução, controle e ação. Comentários: Certinho! As bancas têm preferência pelo assunto Ciclo PDCA. Segue a figura do PDCA para facilitar a memorização: Aula 2 ADMINISTRAÇÃO GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO DO MPU – ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO (ITENS 3, 4 E 5) Profa. Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 32 de 57 Gabarito: CERTO 3. (CESPE/ MPE-PI/ TÉCNICO MINISTERIAL – ADMINISTRATIVA/ 2011) Tendo em vista que a gestão da qualidade — tema recorrente na administração da maioria das empresas — deixou de ser diferencial competitivo e se tornou essencial à permanência da organização no mercado, julgue os itens seguintes. O retrabalho e o comprometimento da imagem de uma organização são, respectivamente, custos internos e externos da falta de qualidade dos processos produtivos de uma entidade. Comentários: A gestão da qualidade tem como um dos objetivos melhorar os processos a fim de reduzir os custos. Analisando cada variável da questão, temos: o retrabalho, trabalho mal feito que deve ser feito novamente, é uma variável interna da organização e o comprometimento da imagem é uma variável externa. Gabarito: CERTO 4. (CESPE/ MPE-PI/ TÉCNICO MINISTERIAL – ADMINISTRATIVA/ 2011) A observação direta do produto ou serviço ao final do processo produtivo, a inspeção com base em amostras e o surgimento dos departamentos de qualidade são as principais características da era da qualidade total. Comentários: Atenção porque na administração da qualidade todos os indivíduos são responsáveis pela qualidade do produto ou serviço durante todo o processo visando à satisfação do cliente. Assim, a questão errou ao afirmar que efeito observação direta do produto ou serviço no final do processo produtivo. Gabarito: ERRADO 5. (CESPE/ MPE-PI/ TÉCNICO MINISTERIAL – ADMINISTRATIVA/ 2011) O ciclo de Shewhart ou Deming, clássica ferramenta da escola da qualidade, proporciona ao programa de qualidade uma metodologia de caráter pontual sobre as atividades de planejamento, execução, checagem e correção. Aula 2 ADMINISTRAÇÃO GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO DO MPU – ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO (ITENS 3, 4 E 5) Profa. Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 33 de 57 Comentários: Reparou que a questão relacionou o Ciclo PDCA como uma ferramenta de uso pontual. Esse é o erro da questão. O Ciclo PDCA auxilia a gestão da qualidade e tem como objetivo exercer o controle dos processos com foco na melhoria contínua. Não se pode relaciona-lo apenas a análises pontuais. Gabarito: ERRADO 6. (CESPE/ MPE-PI/ TÉCNICO MINISTERIAL – ADMINISTRATIVA/ 2011) Entre os quatorze princípios que caracterizam a filosofia da qualidade de Deming, encontra-se a eliminação da administração por objetivos. Comentários: É importante conhecer todos os princípios de Deming porque esse assunto é muito cobrado em prova. A alternativa está correta porque o 14º princípio de Deming propõe eliminar as cotas numéricas no chão de fábrica e eliminar a administração por objetivos. Gabarito: CERTO 7. (CESPE/ MPE-PI/ TÉCNICO MINISTERIAL – ADMINISTRATIVA/ 2011) O diagrama de Ishikawa, o princípio de Pareto e os modelos estatísticos são instrumentos de gestão utilizados pelo departamento de qualidade, que deve ser o responsável único pelos programas de qualidade da organização. Comentários: TODOS os departamentos são responsáveis pela gestão da qualidade. O erro da questão foi em vincular o departamento de qualidade o único responsável pelos programas de qualidade. Gabarito: ERRADO 8. (CESPE/ ANATEL/ ANALISTA ADMINISTRATIVO/ 2012) Acerca dos princípios e fundamentos da gestão da qualidade e sua aplicação na esfera pública, julgue os itens subsecutivos. No programa de auto avaliação continuada do GESPUBLICA, cada organização conduz o seu próprio processo de avaliação mediante três instrumentos de avaliação da gestão pública — de 1.000 pontos, 500 pontos ou de 250 pontos —, que devem ser utilizados de acordo com a experiência de cada organização. Comentários: Alternativa adequada. Na auto avaliação, cada organização conduz o seu processo de avaliação, utilizando os Instrumentos para Avaliação da Gestão Pública de 1000 pontos, de 500 pontos ou de 250 pontos, dependendo da experiência da instituição em avaliação e do nível de gestão atingido em avaliações anteriores. Gabarito: CERTO Aula 2 ADMINISTRAÇÃO GERAL– TEORIA E EXERCÍCIOS TÉCNICO DO MPU – ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO (ITENS 3, 4 E 5) Profa. Lilian Lima Quintão www.pontodosconcursos.com.br 34 de 57 9. (CESPE/ ANTAQ/ ANALISTA ADMINISTRATIVO – INFORMÁTICA/ 2009) Acerca de gestão de processos de negócio e gestão estratégica, julgue os itens subsequentes. Os produtos principais do Programa Nacional de Gestão Pública - Gespública - são a avaliação continuada dos serviços públicos e a promoção dos resultados do plano plurianual, desde que as mudanças decorrentes desse programa não alterem os processos de burocratização existentes. Comentários: Conforme os artigos 2º e 3º do decreto, o GESPÚBLICA deverá contemplar a formulação e implementação de medidas integradas em agenda de transformações da gestão, necessárias à promoção dos resultados preconizados no plano plurianual, à consolidação da administração pública profissional voltada ao interesse do cidadão e à aplicação de instrumentos e abordagens gerenciais. Para consecução do anteriormente, o GESPÚBLICA, por meio do Comitê Gestor, deverá mobilizar os órgãos e entidades da administração pública para a melhoria da gestão e para a desburocratização. Gabarito: ERRADO 10. (CESPE/ TCU/ ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – PLANEJAMENTO E GESTÃO/ 2008) Acerca de avaliação da gestão pública, julgue os itens. A pontuação obtida pela organização pública, conforme proposta do GESPÚBLICA, mostra o quanto a organização está melhor ou pior em sua administração, comparativamente a outras organizações similares. Comentários: O erro da questão foi afirmar que ocorre a comparação com outras organizações. A ferramenta de gestão utilizada é a auto avaliação (avaliação continuada) que visa avaliar a gestão de uma organização pública, verificando o grau de aderência de seus processos gerenciais em relação ao Modelo de Excelência em Gestão Pública, referencial do Programa Nacional da Gestão Pública e Desburocratização (GesPública). Nessa avaliação são identificados os pontos fortes e as oportunidades de melhoria da organização. As oportunidades podem ser consideradas como aspectos gerenciais menos desenvolvidos em relação modelo e que, portanto, devem ser objeto das ações de aperfeiçoamento. Assim, o processo de avaliação é complementado pelo planejamento da melhoria da gestão. Quando realizada de forma sistemática, a avaliação da gestão funciona como uma oportunidade de aprendizado sobre a própria organização e também como instrumento de internalização dos
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