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Hidráulica Geral - Prof. Celso Bandeira de Melo Ribeiro 3/21/2017 ESA-024A - Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental - UFJF 1 Hidráulica Geral (ESA024A) Parte 2 – Escoamento Forçado Simples Prof. Celso Bandeira de Melo Ribeiro Faculdade de Engenharia Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental Capítulo 2 Escoamento em Conduto Forçado Simples Conceito Condutos forçados são tubulações em que a pressão interna é diferente da atmosférica. P ≠ Patm P < Patm Sucção P > Patm Adução Exemplos: -Adutoras -Interligações entre reservatórios -Redes de distribuição de água -Instalações prediais de água -Tubulações de sucção e recalque de bombas -Condutos que alimentam as turbinas nas usinas hidrelétricas, dentre outros Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Faculdade de Engenharia Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA Prof. Celso Bandeira de Melo Ribeiro Velocidades recomendadas para Escoamentos Forçados É importante, no pré-dimensionamento das canalizações, verificar se a velocidade de escoamento está dentro da faixa recomendada. Velocidades Recomendadas Para Sistemas de Abastecimento de Água: Para Instalações Hidráulicas Prediais (NBR 5626/98): Umáx ≤ 3,0 m/s Umáx = 0,6 + 1,5.D ou U ≤ 3,5 m/s Onde: D é o diâmetro interno da tubulação (m). Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Faculdade de Engenharia Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA Prof. Celso Bandeira de Melo Ribeiro Hidráulica Geral - Prof. Celso Bandeira de Melo Ribeiro 3/21/2017 ESA-024A - Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental - UFJF 2 Consequencias de Velocidades Baixas e Altas Velocidades Baixas: (U < 0,6 m/s) Consequencias: Velocidades Altas: (U >>> 3,5 m/s) Consequencias: - Incrustações - Retenção de ar na tubulação - Baixa eficiência de escoamento para remoção de ar e outras partículas Área Vazão Perda de Carga - Podem provocar cavitação - Podem agravar o golpe de aríete - Aumentam a perda de carga Bolhas formadas pelo próprio ar dissolvido no líquido que se desprende quando a pressão é reduzida. Estas bolhas podem implodir pela ação da pressão externa. Este colapso produz choque entre as partículas fluidas e danifica a parede do conduto reduzindo assim a capacidade de escoamento. Venturi Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Faculdade de Engenharia Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA Prof. Celso Bandeira de Melo Ribeiro Fonte: Azevedo Netto – Manual de Hidráulica - 1998 Pré-dimensionamento • Conforme apresentado, a velocidade de escoamento constitui um elemento importante para o pré- dimensionamento das tubulações; • O pré-dimensionamento realizado a partir do critério de vazão máxima permite a escolha do menor diâmetro possível e, consequentemente, o mais econômico. • Vale ressaltar que o dimensionamento só estará completo após a verificação das pressões disponíveis. DN DE (mm) DI (mm) Umáx (m/s) Qmáx (l/s) 50 60 54,6 0,68 1,6 75 85 77,2 0,72 3,4 100 110 100,0 0,75 5,9 150 170 156,4 0,83 16,0 200 222 204,2 0,91 29,7 250 274 252,0 0,98 48,8 300 326 299,8 1,05 74,1 400 429 394,6 1,19 145,8 500 532 489,4 1,33 251,0 Umáx = 0,6 + 1,5.D D = diâmetro (m) U = velocidade (m/s)Pode variar em função na natureza do conduto Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Faculdade de Engenharia Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA Prof. Celso Bandeira de Melo Ribeiro Traçado dos Condutos Devido à topografia dos terrenos a tubulação pode estar totalmente abaixo, coincidente ou acima, em alguns pontos, da linha piezométrica. Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Faculdade de Engenharia Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA Prof. Celso Bandeira de Melo Ribeiro Hidráulica Geral - Prof. Celso Bandeira de Melo Ribeiro 3/21/2017 ESA-024A - Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental - UFJF 3 Traçado dos Condutos Traçado 1 (Tubulação totalmente abaixo da Linha Piezométrica) - Conduto forçado (P/δ > Patm) em todo o seu perfil; - Cuidados especiais nos pontos altos Instalação de ventosas para retirar o ar acumulado, proveniente, normalmente do ar dissolvido na água e do processo de enchimento da linha, que se não for retirado pode causar interrupção do fluxo; - Cuidados especiais nos pontos baixos Instalação de válvulas de descarga para promover a limpeza da tubulação. Conduto forçado. Pode ser dimensionado com as equações de perda de carga apresentadas OBS: Recomendado para instalação de adutoras por questões de segurança Neste caso em qualquer ponto do conduto a pressão será positiva e a vazão de escoamento será igual a de projeto. Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Faculdade de Engenharia Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA Prof. Celso Bandeira de Melo Ribeiro Traçado dos Condutos Traçado 2 (Tubulação coincide com a Linha Piezométrica Efetiva) - Tubulação funciona como conduto livre (P = Patm) também, neste caso, a vazão será normal, ou seja, igual à calculada. OBS: Um orifício na geratriz superior dos tubos não provocaria a saída da água. Na prática, deve-se procurar executar as canalizações segundo uma das duas posições estudadas. Sempre que a canalização cortar a linha de carga efetiva, as condições de funcionamento não serão satisfatórias. Por isso, nos casos em que for impraticável manter a canalização sempre abaixo daquela linha, cuidados especiais deverão ser tomados. Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Faculdade de Engenharia Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA Prof. Celso Bandeira de Melo Ribeiro Traçado dos Condutos Traçado 3 (Tubulação corta a LPE, mas fica abaixo do PCE – Plano de Carga Estático) OBS: Entre os pontos A e B P/δ < Patm Difícil evitar as bolsas de ar (Risco de contaminação pelas juntas ou caso ocorra rompimento neste local) Ventosas comuns seriam prejudiciais, porque, nesses pontos, a pressão é inferior à atmosférica. É um caso de sifão verdadeiro que necessita de escorva (remoção do ar acumulado por dispositivos mecânicos). Alternativa recomendável é construir uma caixa de transição (Reservatório) no ponto mais alto da tubulação de forma a alterar a posição da linha piezométrica, ficando toda a tubulação abaixo da Linha Piezométrica, sujeita a pressões positivas somente, como no traçado 1. OBS: O acúmulo de ar formando bolhas, reduz a vazão escoada, ou seja, o escoamento torna-se irregular. Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Faculdade de Engenharia Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA Prof. Celso Bandeira de Melo Ribeiro Hidráulica Geral - Prof. Celso Bandeira de Melo Ribeiro 3/21/2017 ESA-024A - Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental - UFJF 4 Traçado dos Condutos Traçado 4 (Tubulação corta a LPE e o PCE – Plano de Carga Estático) - Trata-se de um sifão funcionando em condições precárias, exigindo escorva sempre que entrar ar na canalização. -A água não atinge naturalmente, por gravidade, o trecho acima do nível da água no reservatório R1 -O escoamento só é possível após o enchimento da tubulação. -O escoamento é precário neste caso. Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Faculdade de Engenharia Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA Prof. Celso Bandeira de Melo Ribeiro Traçado dos Condutos Traçado 5 (Tubulação corta Linha Piezométrica Absoluta) - Trata-se de um sifão funcionando nas piores condições possíveis. - Impossível o escoamento por gravidade. - O fluxo só é possível se for instalada uma bomba para impulsionar o líquido até o ponto mais alto da tubulação. Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Faculdade de Engenharia Departamentode Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA Prof. Celso Bandeira de Melo Ribeiro Problema II.1 a) Determinar o diâmetro que a adutora representada acima deverá ter para transportar a vazão de 10 l/s, sabendo-se que será construída em PVC. Desprezar as perdas de carga localizadas. b) Determinar a vazão e velocidades efetivas. c) Qual deveria ser a perda de carga localizada (hfLoc) para que a vazão seja Q = 10 l/s? Dado: PVC C = 140 Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Faculdade de Engenharia Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA Prof. Celso Bandeira de Melo Ribeiro Hidráulica Geral - Prof. Celso Bandeira de Melo Ribeiro 3/21/2017 ESA-024A - Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental - UFJF 5 Problema II.2 Verificar na adutora que interliga o reservatório R1 ao R2, cujo perfil é mostrado na figura a seguir (sifão), se existe a possibilidade de separação da coluna líquida, quando esta transporta 280 l/s, conhecendo-se as seguintes características da adutora: . Comprimentos: LAC = 2000 m; LCD = 200 m; LDE = 200 m; LEB = 2500 m . Diâmetro: D = 600 mm . Coeficiente de atrito: f = 0,015 . Temperatura da água ≈ 20ºC Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Faculdade de Engenharia Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA Prof. Celso Bandeira de Melo Ribeiro Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Faculdade de Engenharia Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA Prof. Celso Bandeira de Melo Ribeiro Problema II.3 Uma tubulação de PVC de 1.100 m de comprimento e 100 mm de diâmetro interliga os reservatórios R1 e R2. Os níveis de água dos reservatórios R1 e R2 estão nas cotas 620 m e 600 m, respectivamente. Considerando desprezível as perdas de carga localizadas e a temperatura da água igual à 20oC, calcular a vazão escoada utilizando a fórmula universal de perdas de carga. Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Faculdade de Engenharia Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA Prof. Celso Bandeira de Melo Ribeiro Hidráulica Geral - Prof. Celso Bandeira de Melo Ribeiro 3/21/2017 ESA-024A - Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental - UFJF 6 Problema Proposto 4 Dois reservatórios deverão ser interligados por uma tubulação de ferro fundido (C = 130), com um ponto alto em “C”. Desprezando as perdas de carga localizadas e a parcela de energia cinética, pede-se determinar: a) O menor diâmetro comercial para a tubulação BD capaz de conduzir uma vazão de 70 l/s, sob a condição de carga de pressão na tubulação igual ou superior a 2,0 m. b) A perda de carga adicional fornecida por uma válvula de controle de vazão, a ser instalada próximo ao ponto D, para regular a vazão em 70 l/s, exatamente. Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Faculdade de Engenharia Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA Prof. Celso Bandeira de Melo Ribeiro Problema Proposto 5 Na tubulação apresentada a seguir, de diâmetro 150 mm, a pressão no ponto “A” vale 25 mca. Qual deve ser a vazão na tubulação para que a pressão no ponto “B” seja de 17 mca? O material do tubo é aço novo (C = 130). Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Faculdade de Engenharia Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA Prof. Celso Bandeira de Melo Ribeiro
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