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Os Sistemas Ao iniciar os estudos sobre o comportamento físico do sis- tema solo-planta-atmosfera (SSPA), são imprescindíveis a definição e a descrição dos elementos desse sistema. O SSPAé dinâmico e tem, ao mesmo tempo, caráter fechado e aberto. Conjunto articulado de inter-relacionamentos entre as partes de um todo, busca seu equilíbrio e se auto- regula permanentemente mediante processos regidos por leis muito bem definidas. É considerado fechado por ter consistência real, relativa autonomia e lógica interna pela qual se auto-organiza e se auto-regula. É, também, aberto porque se dimensiona para fora, por uma teia de interde- pendência com o meio circundante, perdendo e ganhando energia e matéria. Troca "informações" em uma interde- pendência ecológica em que tudo está ligado a tudo. Na Parte 1deste livro, abordaremos cada elemento que o com- põe, que, por sua vez, pode ser considerado um novo siste- ma. Dessa forma, ÁGUA, SOLO, PLANTA eATMOSFERA são descritos de modo a fornecer as informações necessá- rias para que possamos estudar os processos dinâmicos de matéria e de energia que neles ocorrem. No Capítulo I, a título de introdução, abordamos a influência do homem sobre esse sistema. Heráclito de Éfeso (544-484 a.C.) "Morte de terra é tornar-se água, morte de água é tornar-se ar, de ar fogo, e vice-versa." 1 o HOMEM E O SISTEMA SOLO-PLANTA-ATMOSFERA INTRODUÇÃO o século XX sofreu mudanças nunca antes ocorridas na evolução do homem, sobretudo no que se refere a avanços científicos e tecnológicos. O trecho a seguir mostra essas mudanças de for- ma romântica e se encaixa bem em discussões que abordam problemas ambientais que o homem en- frenta neste início do século XXI. ... publiquei o primeiro livro em 1939 e o segun- do precisamente vinte e cinco anos depois. Entre Olha para o céu, Prederico! e O coronel e o lobiso- mem, o mundo mudou de roupa e de penteado. Apareceu o imposto de renda, apareceu Adolf Hitler e o enfarte apareceu. Veio a bomba atômi- ca, veio o transplante. E a lua deixou de ser dos namorados. Sobrevivi a todas estas catástrofes. E agora, não tendo mais o que inventar, inventaram a tal poluição, que é a doença própria das máqui- nas e parafusos. Que mata os verdes da terra e o azul do céu. Esse tempo não foi feito para mim. Um dia, não vai haver mais azul, não vai mais ha- ver pássaros e rosas. Vão trocar o sabiá pelo com- putador. Estou certo que esse monstro feito de mil astúcias e mil ferrinhos, não leva em conta o can- to do galo nem o brotar das madrugadas. Um mundo assim, primo, não está mais por conta de Deus. Já está agindo por conta própria. José Cândido de Carvalho. "O coronel e o lobisomem" 1964 As plantas, os animais e os microrganismos que vivem em determinada área e constituem uma comunidade biológica estão interligados por complexa rede de relações funcionais que inclui o ambiente no qual existem. O conjunto dos com- ponentes físicos, químicos e biológicos, inter- dependentes entre si, constitui o que os biólogos denominam ecossistema. Esse conceito se baseia sobretudo nas relações funcionais entre os orga- nismos vivos e o ambiente em que vivem. A biosfera como um todo pode ser conside- rada um ecossistema, pois representa um envelo- pe extraordinariamente pequeno em relação às dimensões de nosso planeta e sustenta a única forma de vida conhecida no universo. Há cerca de 400 milhões de anos, condições favoráveis ao desenvolvimento vegetal permitiram um enrique- cimento da atmosfera até uma mistura de apro- ximadamente 20% de oxigênio, mais nitrogênio, 4 I SOLO, PLANTA EATMOSFERA argônio, gás carbônico e vapor d'água. Com pre- cisão incalculável, essa mistura foi mantida ao longo dos séculos por plantas, animais e micror- ganismos que a usavam e a reconstituíam em ta- xas iguais. O resultado foi um sistema fechado, um ciclo balanceado no qual nada se perde, onde tudo se aproveita, em equilíbrio dinâmico. Equi- líbrio dinâmico é uma forma de equilíbrio no qual há movimento, mas as "coisas" são invariáveis no tempo. Por exemplo, um reservatório de água re- cebe continuamente de uma torneira 5 litros de água por minuto e pelo ladrão se perdem igual- mente 5 litros por minuto. O nível de água no tanque permanece inalterado e a água se move. Para manter esse equilíbrio dinâmico (steady state) todos os ecossistemas requerem quatro ele- mentos básicos: 1) substâncias inorgânicas (ga- ses, minerais, íons); 2) produtores (plantas) que convertem essas substâncias inorgânicas em ali- mentos; 3) consumidores (animais) que se utilizam dos alimentos; e 4) decompositores (micror- ganismos) que transformam o protoplasma em substâncias que possam ser reusadas por produ- tores, consumidores e mesmo por decompo- sitores, fechando assim o ciclo. Apenas os produtores têm capacidade de usar a energia solar, produzindo tecido vivo. Ou seja, o reino vegetal sustenta o reino animal, e ambos deixam seus restos para os decompositores. O uso eficiente dos produtos de decomposição pela natureza é também fator fundamental na formação de um solo. E o processo é tão delicado e complexo que se estima que a formação de alguns centímetros de solo fértil leva séculos. Os ecossistemas são regidos por uma série de leis fundamentais à manutenção do equilíbrio e da vida. Uma delas é a adaptação: cada espécie encontra um lugar preciso no ecossistema que lhe fornece alimento e ambiente. Ao mesmo tempo, todas as espécies têm o poder defensivo de se multiplicar mais rapidamente do que sua própria taxa de mortalidade. Como resultado, predado- res tornam-se necessários para manter-a popula- ção dentro dos limites de sua disponibilidade de alimento. O jaguar que caça um antílope é neces- sário para a manutenção da comunidade de antí- lopes, mesmo que isso não pareça justo para o indivíduo eliminado. A diversidade também é outra lei necessária. Quanto mais espécies dife- rentes existirem em uma área, tanto menor a chance de uma delas proliferar e dominar a re- gião. A diversidade é a tática de sobrevivência na natureza. O Sistema Solo- Planta -Atmosfera, como par- te da biosfera, está sujeito a todas essas leis e prin- cípios. Do ponto de vista do homem ele é o fornecedor das substâncias inorgânicas, o produ- tor de seus alimentos e o decompositor que per- mite que o ciclo se feche. Entretanto, o homem violou todas as leis do equilíbrio e tem ameaçado tanto a natureza como sua própria existência no planeta. O principal fator de desequilíbrio é a ex- plosão demo gráfica, que contraria a lei da diver- sidade da natureza. Estima-se que a população de Homo sapiens passou de 5 milhões há 8 mil anos para 1 bilhão em 1850, o que demonstra clara- mente que nesse período havia razoável equilí- brio entre homem e natureza. No entanto, de 1850 para cá o tempo necessário para a duplicação da população mundial tem diminuído significativa- mente. Em 1930 a população mundial alcançou os 2 bilhões, mas em 1991 já ultrapassava a casa dos 5 bilhões. Na Figura 1.1 pode-se verificar esse crescimento exponencial. Felizmente, nestes pri- meiros anos do século XXI já se pode verificar alguma desaceleração desse crescimento. Essa grande população é o fundamento de uma série de outros problemas que ameaça os ecossistemas, entre os quais se destaca a poluição ambiental, que ocasiona uma alteração tal no am- biente que este, muitas vezes, não tem meios de reagir. Em termos científicos, trata-se de um afas- 10 9- Vl <li 8-'0~ :.ã 7- E <li 6- ro 'õ s-e :l E 4- °.ro 3-V'> ~ :l 2Q.. °c, O T -10000 a.e. -8000 -6000 -4000 o HOMEM EO SISTEMA SOLO-PLANTA-ATMOSFERA I 5 9,1 bilhões em 2050 --.+ ? I I 7,5 bilhões em 2020 --.. ? I 6,3 bilhões em 2003 --. 2 bilhões em 1930 --. I T 2000 4000 d.e. Figura 1.1. Distribuição da populaçãomundial. tamento tão grande e brusco do estado de equilí- brio dinâmico mantido ao longo dos séculos que, na maioria das vezes, pode ser considerado irreversível. As fontes de poluição podem ser as mais variadas possível. De origem urbana pode- mos destacar os efluentes (esgoto), o lixo sólido e a drenagem de águas pluviais que arrasta consigo toda sorte de resíduos; de origem industrial, os efluentes inorgânicos e orgânicos, como também o calor; de origem agrícola, materiais inorgânicos (adubos) e orgânicos (pesticidas, inseticidas, herbicidas) e a erosão. São ainda de grande im- portância os resíduos radioativos e as grandes obras de engenharia de construção. No sistema solo-planta-atmosfera cada cons- tituinte sofre uma influência típica do homem. Em primeiro lugar trataremos da água. Essencial à vida, é encontrada na face da Terra em maiores quantidades do que qualquer outra substância pura. Segundo Stikker (1998), cerca de 97,5% são salgadas e 2,5%, doces, dos quais 69% re- presentam geleiras e neves eternas, 30%, a água subterrânea, 0,9% outros reservatórios não pron- -2000 o Anos tamente disponíveis e 0,3% está em lagos e rios prontamente disponíveis para o homem. Destes últimos, 65% são utilizados em atividades agrí- colas, 22%, pela indústria e 7%, pelos muni- cípios, sendo perdidos os 6% restantes, razão pela qual a escassez de água potável já pode ser sentida há muito tempo. E este é um grande pro- blema mundial, um desafio para o século XXI. Em livro editado há 25 anos, Reichardt (1978), já se preocupava com a situação, escrevendo esta dedicatória: Dedico estas páginas ao bom senso dos homens, na esperança de que em um breve futuro a água cristalina e potável volte a ser o recurso natural mais abundante na faceda Terra. A poluição da água pode ocorrer com os mais variados agentes: 1) produtos biodegradáveis e substâncias orgânicas em geral; 2) produtos quí- micos (minerais, metais pesados, ácidos, bases); 3) produtos orgânicos não-degradáveis (plásticos, detergentes, pesticidas e outros produtos da in- 6 I SOLO, PLANTA EATMOSFERA dústria petroquímica). Esses agentes poluidores entram nas cadeias de alimento dos ecossistemas em determinadas fases e podem chegar ao ho- mem. Problemas sérios são intoxicações com metais pesados, como chumbo, mercúrio, arsê- nico, cádmio etc. Para o caso de águas paradas ou semiparadas, como lagos e represas, é comum o uso do termo eutroficação para o aumento na concentração de íons na água, sobretudo nutrientes, como subs- tâncias que contêm nitrogênio, N, e fósforo, P.Esse aumento dos níveis de N e P de origem orgânica (industrial, urbana ou agrícola) ou de origem inorgânica (industrial) provoca um desbalan- ceamento nesses ecossistemas. Certas espécies de plantas, como as algas, desenvolvem-se de forma assombrosa em relação às outras, modificando as condições de oxigenação, penetração de luz, temperatura, fauna e flora. A eutroficação é um processo praticamente irreversível e, nos poucos casos em que algo pôde ser feito, grandes somas foram despendidas para sua recuperação. Para avaliar a ação dos agentes biodegradáveis no que se refere a seu potencial de poluição utili- za-se como índice a Demanda Bioquímica (ou Biológica) de Oxigênio (DBO). Esses agentes são tóxicos indiretamente, pois para sua decomposi- ção biológica roubam o oxigênio dissolvido na água. Assim, quanto maior o DBO de um produto lançado em um curso de água, mais oxigênio retira-se dela. Essa diminuição do nível de oxigê- nio dissolvido na água tem grande influência so- bre a fauna e a flora. É o caso do despejo de esgoto urbano e de resíduos das indústrias de papel e de restilo das usinas de açúcar e álcool. DBO é a quantidade de oxigênio necessária para a decom- posição de material biodegradável, em condições aeróbicas, por ação biológica. Assim uma água servida de DBO = 6000 miligramas por litro re- fere-se a uma água tal que a cada litro despejado em um rio, farão com que 6000 mg do oxigênio dissolvido sejam consumidos. O esgoto urbano tem DBO entre 200 e 400 ppm e o restilo de usi- nas de açúcar entre 15 mil e 20 mil ppm. Logica- mente a quantidade de material lançado em relação ao volume do corpo de água também é de grande importância na diminuição do teor de oxigênio dissolvido. Em geral, as águas têm teor de oxigênio dissolvido da ordem de 12 ppm. A maioria dos peixes exige um mínimo de 4 a 6 ppm. O lançamento de detritos com alto DBO em cor- pos d'água faz que sejam atingidos valores de oxi- gênio dissolvido próximos de zero, sendo dramática a conseqüência sobre a fauna aeróbica. Os agentes poluidores do solo podem ser clas- sificados da mesma forma como se fez no caso da água. Aqui nos limitaremos a discutir três aspec- tos da poluição do solo: pela irrigação, pela ferti- lização e pelo uso de agrotóxicos. Não é qualquer água que presta à irrigação. A concentração da água em sais minerais é de grande importância, tanto qualitativa como quantitativamente. Quantitativamente a concentração salina de águas de irrigação é avaliada pela condutividade elé- trica. As águas são classificadas de acordo com sua viabilidade para a irrigação. Por exemplo, nos EUA as águas com condutividade elétrica abaixo de 0,75 mmhos/cm (a 25°C) são consideradas de primeira classe. Uma desvantagem do critério da condutividade elétrica é o fato de que ele não leva em conta a qualidade do íon. Ca, Na, Mg e K pos- suem efeitos distintos no solo, sendo oNa o íon mais problemático. Irrigações descontroladas po- dem provocar dispersão do sistema coloidal do solo, alterando de modo significativo suas pro- priedades físicas, determinar sua salinização e torná-lo infértil. Essas irrigações podem ainda contaminar os reservatórios de água subterrânea. Na Califórnia, por exemplo, o Vale Imperial- re- gião entre as mais produtivas do globo - já nas décadas de 1960-70 encontrava-se ameaçado de gradativa salinização em decorrência das práti- cas de irrigação adotadas. A recuperação de áreas salinizadas é trabalho difícil e dispendioso, em especial por exigir muita água de boa qualidade. Em muitas partes do planeta, doses excessi- vas de fertilizantes têm sido utilizadas, sobretudo o N, cuja resposta na produtividade é compen- sadora, mas cujo uso tem sido exagerado. Em extensas regiões, as águas subterrâneas acham-se condenadas devido à alta concentração de N03• Outro problema é o uso de inseticidas e herbi- cidas. A demanda por alimento para populações cada vez maiores tem aumentado tanto que o uso de agrotóxicos em doses crescentes tornou-se imprescindível. Entre essas substâncias orgânicas, muitas não são biodegradáveis e são muito resis- tentes à decomposição por qualquer outro pro- cesso. Exemplos típicos são o DDT, o BHC e o 2.4 D, que, absorvidos por plantas e insetos, são levados pela água e, em dado momento, entram na cadeia alimentar dos ecossistemas pelas mais variadas portas. A poluição atmosférica é brutal, resultante, sobretudo, da atividade industrial, como indús- trias de papel, siderúrgicas, petrolíferas e quími- cas em geral, e proveniente de gases residuais de motores de combustão interna. A agricultura con- tribui com as queimadas, tanto de florestas como de resíduos de culturas. Entre os principais poluentes da atmosfera encontramos os óxidos de carbono, enxofre, nitrogênio, substâncias or- gânicas e metais pesados. °monóxido de carbo- no combina-se com a hemoglobina do sangue tornando-a incapaz de transportar oxigênio. A conseqüência é sufocamento, problemas cardía- cos e pulmonares. Da mesma forma, os óxidos de nitrogênio também reduzem a capacidade de transporte de oxigênio do sangue, enquanto os óxidos de enxofre contribuem para o aparecimen- to de moléstias pulmonares. Outro efeito importante da poluição atmos- férica é a modificação de suas propriedades físi- o HOMEM E O SISTEMA SOLO-PLANTA-ATMOSFERAI 7 co-químicas. Como veremos no Capítulo 5 da atmosfera, passaram-se milênios para que esse invólucro gasoso entrasse em equilíbrio dinâmico, apresentando concentração constante e caracte- rística de seus diferentes constituintes, concen- tração essa que permitiu o estabelecimento da vida no planeta. A poluição atmosférica tem alte- rado de forma significativa essas características, notadamente em áreas localizadas, como centros urbanos e industriais. De grande importância é a modificação da qualidade e da quantidade de energia solar que atinge o solo. Em certas áreas a poluição já chega a reduzir a energia solar em 40% de seu valor normal. Qualitativamente, certos comprimentos de onda são absorvidos (sobretu- do por CO, CO2) quase por completo, de forma que um espectro de características diferentes che- ga à superfície do solo. Essas modificações no balanço de energia afetam a distribuição de tem- peratura, pressão atmosférica, vento, chuva ete. Como conseqüência surgem problemas de visi- bilidade, inversão térmica e o efeito estufa. No fim da década de 1990 a preocupação com as mu- danças globais - Global Change - na atmosfera terrestre aumentou tremendamente. °Protocolo de Quioto, firmado em 1997, pede a redução das emissões de CO2, em especial para as potências do Primeiro Mundo que, de longe, são os maio- res poluidores da atmosfera.°plástico, indiretamente (por que mais polui quando queimado), é um dos maiores poluidores da atmosfera, pois não há microrganismo capaz de se aproveitar da energia existente no plástico e, físico-quimicamente, ele é muito resistente, pelo menos em condições ambientais. Poucas pessoas têm consciência de que o plástico no qual carne e vegetais são embrulhados não pode ser destruí do sem prejuízos à natureza e, se for deixado nesta, nela permanecerá intacto por gerações. A forma mais fácil de destruí-lo é por combustão, daí sua importância como poluidor da atmosfera. 1.1. O que se entende por ecossistema? 1.2. Enumere agentes poluidores da água, do solo, da planta e da atmosfera. 1.4. O que são processos de transferência? 1.5. O que é o efeito estufa? 1.6. O que se sabe sobre o buraco na camada de ozônio? 1.7. O que é agricultura sustentável? 1.8. O que se entende por seqüestro de carbono? 1.9. De que mudanças globais trata o Protocolo de Quioto (1997)? 8 I SOLO, PLANTA EATMOSFERA Analisada em termos muitos gerais, a influên- cia do homem sobre o ambiente e, em particular, sobre o sistema solo-planta-atmosfera, evidencia- se a importância de se conhecer, em detalhe, os processos que se desenrolam nesse sistema. A maior demanda por alimentos em razão do au- mento da população, problemas de poluição ambiental, armazenamento e tratamento de lixo, recarga de reservatórios de água subterrânea e controle efetivo das propriedades naturais do sistema solo-planta-atmosfera tornam indispen- sável ao homem o estudo básico dos processos fí- sico-químicos responsáveis por qualquer alteração no estado de equilíbrio dinâmico desse sistema. EXERCíCIOS 1.3. O que é DBO? Em fins da década de 1980 teve início uma fase de grande conscientização ecológica em que se reconheceu que o atual modelo de produção agropecuária precisava de mudanças profundas visando à maior conservação do ambiente. O ter- mo em moda hoje é "agricultura sustentável" - aquela que tornaria possível a produção agrícola em equilíbrio com o ambiente por gerações. Esse é um grande desafio que precisa ser enfrentado no século XXI, e vencê-Ia depende do conheci- mento profundo dos processos que regem a di- nâmica do sistema solo-planta-atmosfera, com os quais este livro pretende contribuir.
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