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A ÁGUA A água é uma das mais importantes substân- cias da crosta terrestre, tanto para os processos vitais como para os físico-químicos. Nas formas líquida e sólida cobre mais de dois terços de nosso planeta e, na forma gasosa, é constituinte da atmosfera, estando presente em toda parte. Sem água não seria possível a vida como a conhecemos. Os organismos vivos originaram-se em meio aquoso e se tornaram absolutamente dependentes dele no decurso de sua evolução. A água é constituinte do protoplasma em proporções que podem alcançar 95% ou mais de seu peso total. No protoplasma participa em importantes reações metabólicas, como a fotossíntese e a fosforilação oxidativa. Ê o solvente universal, pois possibilita a maioria das reações químicas. Nas plantas tem ainda a função de manter o turgor celular, responsável pelo crescimento vegetal. Assim, o conhecimento de suas propriedades físico-químicas é essencial para o estudo de suas funções na natureza, em particular seu compor- tamento no sistema solo-planta-atmosfera como um todo. INTRODUÇÃO 2 ESTRUTURA MOLECULAR DA ÁGUA E MUDANÇA DE FASE A fórmula química da água é H20, isto é, constitui-se de dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. Na natureza há três isótopos de hidrogênio (lH = hidrogênio; 2H = deutério; e 3H = tritium) e três isótopos de oxigênio (160,170 e 180). Esses diferentes átomos possibilitam dezoito combinações diferentes na formação de uma molécula de água, todavia 2H, 3H, 170 e 180 são pouco abundantes. As moléculas compostas desses diferentes isótopos comportam-se da mesma forma do ponto de vista químico e bioló- gico, diferindo apenas no peso. O tritium eH) é um radiosótopo natural, presente em todas as situações, mas em concentrações tão baixas que não prejudica a vida. O diâmetro médio da molécula de água é de aproximadamente 3 A (3 X 10-10 m) e os dois hi- drogênios estão ligados ao átomo de oxigênio for- mando um ângulo de cerca de 105° (ver Figura 2.1), ligação essa responsável pelo desequilíbrio espacial das cargas elétricas na molécula água. •'. .• • ",,< '-t' ., ·. . '" .. ,...."". ." . 'A~ .' • }i •.., •.> • <, / <, " 105° • •• • •• • 10 I SOLO, PLANTA EATMOSFERA •• Hidrogênio Figura 2.1. Modelo esquemático da molécula de água. Essa distribuição assimétrica de cargas cria um dipolo elétrico responsável por uma série de propriedades físico-químicas da molécula de água. Devido a essa polaridade, as moléculas de água orientam-se formando estruturas. A pola- ridade é, também, a razão pela qual a água é um bom solvente, é adsorvida sobre superfícies sóli- das ou hidrata íons e colóides. Cada hidrogênio de uma molécula é atraído pelo oxigênio da molécula vizinha, com o qual forma uma ligação secundária, denominada ponte de hidrogênio. A ponte de hidrogênio pos- sui uma energia de ligação bem mais fraca que a ligação intramolecular do oxigênio com o hidro- gênio. Como resultado, a água constitui -se de uma cadeia de moléculas ligadas por pontes de hidrogênio (polímero). Essa estrutura possui bem menos falhas quando a água se acha no estado sólido (gelo). Nessas condições, cada molécula é ligada a quatro moléculas vizinhas formando uma estrutura hexagonal, relativamente aberta. Com a fusão do gelo essa estrutura é parcialmente destruída, de modo que outras moléculas possam Pólo- •• •'. •••Oxigênio ••• Hidrogênio Pólo + entrar nos espaços intramoleculares. Por essa ra- zão cada molécula pode ter mais do que quatro moléculas vizinhas e a densidade da água, no estado líquido, passa a ser maior do que a do gelo. Para a água no estado líquido, uma estrutura do mesmo tipo da do gelo continua a existir, mas essa estrutura não é rígida e permanente, mas flexível e transitória. No estado gasoso essa estru- tura desaparece por completo e as moléculas têm máxima liberdade. Na passagem do estado sólido para líquido e gasoso, as pontes de hidrogênio são rompidas, ao passo que nas passagens inversas são restabe- lecidas. Assim, na fusão de 0,001 kg de gelo, 335,0 J precisam ser fornecidos (calor latente de fusão) e na solidificação de 0,001 kg de água, a mesma quantidade de energia é liberada por ela. O ponto de fusão da água sob pressão atmosférica normal é O°C,ao passo que o ponto de ebulição é 100°C. Nesse intervalo de temperatura a água se acha no es- tadolíquido e seu calor específico é4186 J. kgl. 0C-1• Esse valor é muito alto em comparação com o gelo (-10°C): 2093,0; alumínio: 900,0; ferro: 447,9; mercúrio: 138,1; oxigênio: 920,9. Por isso, a água se comporta como um ótimo sistema tampão para a energia disponível na atmosfera, isto é, é necessária muita energia para que sua temperatura se eleve pouco. Essa propriedade da água torna os sistemas biológicos (cuja porcen- tagem em água é muito alta) resistentes a varia- ções de temperatura. No ponto de ebulição (100°C, a l atm) a água passa do estado líquido para o gasoso (ou vice- versa) e o calor envolvido na mudança de fase é de 2,26 x 106 J . kg' (calor latente de vaporização ou de condensação). A água pode também passar ao estado gasoso a temperaturas menores que 100°C, mas tal vaporização, denominada evapo- ração, requer maior quantidade de calor. Assim, por exemplo, a 25°C seu calor latente de vapori- zação ou calor latente de evaporação é de 2,441 x 106 J . kg' (ver Quadro 2.1). Neste quadro vê-se que até o gelo pode passar para vapor, é o caso da sublimação. De acordo com a teoria cinética dos gases, as moléculas de um líquido estão em movimento Quadro 2.1. Propriedades físicas da água. AÁGUA I 11 contínuo, movimento esse que é uma expressão de sua energia térmica. As moléculas colidem freqüentemente e várias vezes absorvem energia suficiente para escapar do líquido e entrar na fase gasosa. Sua energia cinética é dissipada durante a passagem pela barreira de energia potencial origi- nada pela atração intermolecular na superfície líquida (medida pela tensão superficial). Esca- pando do líquido, a molécula passa a fazer parte da fase gasosa. Da mesma forma, moléculas da fase gasosa retomam à fase líquida. A taxa nas quais as transferências de molé- culas se dão do líquido para o vapor, e vice-versa, dependem da concentração de vapor de água na atmosfera em contato com a superfície líquida. Uma atmosfera em equilíbrio com a superfície da água é considerada saturada de vapor de água (o mesmo número de moléculas que abandona o líquido e passa para a fase gasosa volta para a fase líquida). A pressão do vapor do ar em equilíbrio com a superfície de água depende da pressão e da temperatura do sistema. De maneira geral, po- demos dizer que em condições normais de pressão Temperatura Densidade Calor Espec. C.lat.Vapor. Tensão Sup. Viscosidade (OC) (kg . m') (J . kq') (x 106 J. kq') (Kg . S-2) (kg . s' . m') -5 999,18 4227,86 2,511 0,0764 O 999,87 4215,30 2,919 0,0756 0,001787 4 1000,00 4206,93 2A91 0,0750 0,001567 5 999,99 4202J4 2A89 0,0748 0,001519 10 999J3 4190,19 2A77 0,0742 0,001307 15 999,13 4186,00 2A65 0,0732 0,001139 20 998,23 4181,81 2A53 0,0727 0,001002 25 997,08 4177,63 2A41 0,0719 0,000890 30 995,68 4177,63 2,430 0,0711 0,000798 40 992,25 4177,63 2A06 0,0695 0,000653 50 988,07 4181,81 2,382 0,0679 0,000547 ~ • -----=------- ------------ ----:---+=== ...::::;j~==:::;:----.Á-g-ua- interface Figura 2.2. Esquema de uma molécula de água (1) na interface água-ar, com forças de coesão desbalan- ceadas e molécula (2) no seio do líquido, com forças balanceadas. 12 I SOLO, PLANTA E ATMOSFERA o ar pode reter tanto mais vapor quanto maior for sua temperatura. No Capítulo 5 sobre a atmos- fera esse assunto será discutido em mais detalhe. A água também pode passar diretamente do estado sólido para o gasoso (ou vice-versa), fenô- meno denominado sublimação. O calor latente de sublimação é igual à soma dos calores latentes de fusão e vaporização.TENSÃO SUPERFICIAL Tensão superficial é fenômeno típico de uma interface líquido-gás. A maioria dos líquidos se comporta como se estivesse coberto por uma membrana elástica, sob tensão, com tendência permanente de se contrair (assumir área mínima). Isso acontece porque as forças coesivas atuantes sobre cada molécula de água são diferentes se a molécula encontra-se no seio do líquido ou na superfície (Figura 2.2). Moléculas no interior do líquido são atraídas em todas as direções por forças iguais, enquanto moléculas de superfície são atraídas para dentro • 2 da fase líquida, mais densa, com forças maiores do que as forças com que são atraídas para a fase gasosa, menos densa. Essas forças não balanceadas fazem as moléculas da superfície tender para o interior do líquido, isto é, delas resulta a tendência da superfície se contrair. Se tomarmos uma linha arbitrária de compri- mento L na superfície do líquido, uma força F estará atuando de ambos os lados da linha, ten- tando contrair a superfície. O cociente F/L (que é uma constante, pois quanto maior L, maior F), é denominado tensão superficial <J, cuja dimensão é força por unidade de comprimento (d/cm no sistema CGS e N/m no sistema internacional). O mesmo fenômeno pode ser descrito em termos de energia. O aumento da superfície de um líquido exige dispêndio de energia que permanece arma- zenada na superfície ampliada e que pode rea- lizar trabalho se a superfície se contrair novamente. Energia por unidade de área tem a mesma dimen- são de força por unidade de comprimento. As- sim, a tensão superficial também pode ser expressa em erg/cm? no sistema CGS e J/m2 no sistema internacional. Ar Vmédia--- ..~----------------------------.,---~ ..'\ ---------------+-~-----~--;~x A tensão superficial é, então, a medida da re- sistência à formação da membrana elástica que se forma em uma interface líquido-gás. Ela depende da temperatura: em geral decresce com seu aumento (veja Quadro 2.1). O decréscimo da tensão superficial é ainda acompanhado por um aumento de pressão de vapor. Substâncias dissol- vidas na água acarretam variações na tensão su- perficial em ambas as direções. Eletrólitos, de maneira geral, aumentam a tensão superficial, por- que a afinidade entre um íon e uma molécula de água é maior do que a afinidade entre moléculas de água e, como resultado, o soluto tende a penetrar no solvente. Em caso contrário, isto é, quando a afi- nidade entre o soluto e o solvente for menor do que a afinidade entre moléculas do solvente, o soluto tende a se concentrar na superfície do líquido, re- duzindo sua tensão superficial. Tal é o caso de solventes orgânicos, em particular de detergentes. Para superfícies planas de líquido, caso de la- gos, represas, tanque classe A, não há diferença de pressão entre pontos imediatamente superiores e inferiores à interface líquido-gás. Para super- fícies curvilíneas, como gotas e meniscos em capilares, já há uma diferença de pressão, respon- sável por uma série de fenômenos capilares. Esses Tubulação A ÁGUA 13 fenômenos serão estudados no Capítulo 6, em que serão analisadas as interações sólido (solo), líqui- do (solução do solo) e gás (ar do solo). VISCOSIDADE Quando a água no solo se encontra em movi- mento, outras propriedades são ainda impor- tantes. Um fluído ao semover pode ser imaginado constituído de lâminas superpostas que desli- zam umas sobre as outras (escoamento laminar) (Figura 2.3). Verificou-se que a força (F) necessá- ria para o movimento das lâminas é proporcional ao gradiente do módulo da velocidade de desliza- mento (dv/dx, plotado perpendicularmente à di- reção x do movimento do fluido) e da área de contato entre as lâminas (A). Assim: F=11A~ dx (2.1) O coeficiente de proporcionalidade 11é de- nominado viscosidade absoluta. A viscosidade pode ser vista como a propriedade do fluido que Figura 2.3. Fluxo laminar em tubulação, mostrando a distribuição dos módulos das velocidades do fluido. 14 I SOLO, PLANTA E ATMOSFERA mede sua resistência ao deslizamento ou à fric- ção interna. A viscosidade 11 é definida no siste- ma CGS como a força por unidade de área (F/A) necessária para manter uma diferença de velo- cidade de 1 cm/s entre duas lâminas paralelas separadas por uma distância de 1 cm. É fácil verificar na equação (2.1) que F/A = 11 quando dv/dx = 1.As dimensões de viscosidade absoluta são ML-1Tl. A viscosidade varia com a tempe- ratura (ver Quadro 2.1) e também é afetada pelo tipo e pela concentração de solutos. Além do coeficiente de viscosidade absoluta, na prática utiliza-se muito o coeficiente de viscosidade cinemática, de dimensões PT1. Libardi (2000) entra em detalhes em relação à estrutura da água, tensão superficial e viscosi- dade. Trata-se de texto que precisa ser consulta- do para aprofundamento nesses temas. A IMPORTÂNCIA DA ÁGUA NA PRODUÇÃO VEGETAL A água é fator fundamental na produção vegetal. Sua falta ou excesso afetam de maneira decisiva o desenvolvimento das plantas e, por isso, seu manejo racional é imperativo na maximização da produção agrícola. Qualquer cultura, durante seu ciclo de desenvol- vimento, consome enorme volume de água, sendo que cerca de 98% desse volume apenas passam pela planta, perdendo-se posteriormente na atmosfera pelo processo de transpiração. Esse fluxo de água, contudo, é necessário para o desenvolvimento vegetal e por essemotivo sua taxa deve ser mantida dentro de limites ótimos para cada cultura. O reservatório dessa água é o solo que, tempo- rariamente, armazena água, podendo fornecê-Ia às plantas conforme suas necessidades. Como a recarga natural desse reservatório (chuva) é des- contínua, o volume disponível às plantas évariável. Quando as chuvas são excessivas, sua capacidade de armazenamento é superada e grandes perdas podem ocorrer. Essas perdas são possíveis por escoamento superficial, provocando ainda a ero- são do solo, ou por percolação profunda, perden- do-se no lençol freático. Essa água percolada é perdida do ponto de vista da planta, mas é ganha do ponto de vista dos aqüíferos subterrâneos. Quando a chuva é esparsa, o solo funciona como um reservatório de água imprescindível ao desenvolvimento vegetal. O esgotamento desse reservatório por uma cultura exige sua recarga artificial, que é o caso da irrigação. Devido a esses fatores, o manejo correto da água é ponto fundamental em uma agricultura racional. Em regiões áridas e semi-áridas, o ma- nejo correto implica práticas de economia de água e cuidados com problemas de salinidade. Em regiões superúmidas, o problema fundamental é a lixiviação de materiais no solo e a drenagem. Em regiões onde a chuva é suficiente, geralmente há problemas de distribuição que acarretam a existência de períodos de falta de água. Nessas áreas é de suma importância obter a maior efi- ciência possível no uso da água pelas culturas. O Brasil, dada a sua extensão territorial e a diversidade de condições climáticas, apresenta toda sorte de situações. O Norte, representado pela Bacia Amazônica, é região superúmida, com média de precipitação acima de 2.000 mm por ano. Seus solos são, na maioria, pobres e pro- blemas de lixiviação são de grande importância. Com o desenvolvimento recente dessa área, muito se tem a aprender para que nela se implantem métodos de cultivo viáveis e produtivos. O Nor- deste apresenta áreas áridas e serni-áridas, nas quais uma agricultura produtiva só pode se de- senvolver às custas da irrigação. Muitos projetos nacionais de irrigação já foram implantados nes- sas áreas, que visam à utilização de águas de açu- des e, sobretudo, do rio São Francisco. Como 2.1. Escreva os dezoito tipos de moléculas de água, utilizando os três isótopos de H e os três isótopos de O. 2.2. 100 g de água, 100 g de alumínio, 100 g de mercúrio e 100 g de ar, todos a 20°C, recebem 100cal. Os calores específicos do AI,Hg e ar são, respectivamente, 0,2; 0,03 e 0,1 72 cal. g.l . 0C1. Quais os respectivos aumentos de temperatura (LlT)7 2.3. Considerando as densidades dos materiais em 2.2: 1; 2,7; 13,6 e 0,0013 g . crrr ', respectiva- mente, calcular o LlT quando 100 em- de cada material recebem 100 cal. 2.4. Uma superfície de água recebe 1,2 cal· crrr- . rnin' e toda energia é utilizada na evaporação. Quantos gramas de água são evaporados por hora e por m2 de superfície, quando a água estiver a 10, 20 ou 30°C7 dissemos, cuidados especiais devem ser levados em conta com respeito à qualidade da água nes- ses projetos de irrigação. Águas aparentemente boas para a irrigação podem, no decorrer dos anos, salinizar extensas áreas, tornando-as impro- dutivas. O processo de recuperação é, em geral, economicamente proibitivo. Cerca de 25% do território nacional consti- tuem-se de cerrado, um sistema solo-planta- atmosfera peculiar, cuja característica principal é a baixa fertilidade do solo. Nessas áreas já foi de- monstrado que práticas racionais de agricultura podem levar a produtividades altamente compen- sadoras. Essas práticas envolvem em especial a cor- reção do pH do solo (calagem), fertilização adequada e um manejo correto de água. Veranicos podem afetar a produtividade em muitos casos fazendo-se necessária a irrigação suplementar. Nas regiões Sul e Centro-Sul, a precipitação pluvial em geral supre as necessidades da agri- EXERCíCIOS A ÁGUA 15 cultura. Problemas de distribuição, porém podem ser fatais em muitas ocasiões. Dessa forma, o manejo da água precisa ser conduzido de manei- ra adequada para maximizar a produção e obter minimização de problemas, como erosão, per- colação profunda e poluição da água subterrânea. Falamos bastante em manejo racional da água e expressões sinônimas. Que representam elas, afinal? Em termos gerais, representam o uso mais adequado dos recursos naturais disponíveis com respeito aos diferentes sistemas solo-planta- atmosfera. Para isso, são necessários conhecimen- tos básicos e aplicados por parte dos responsáveis por projetos agrícolas. Neste texto, são apresen- tados - de forma bastante objetiva para serem acessíveis mesmo aos não envolvidos diretamente com os problemas de manejo de água - conheci- mentos básicos essenciais para a compreensão dos processos que ocorrem com a água no sistema solo-planta-atmosfera. RESPOSTAS 16 I SOLO, PLANTA E ATMOSFERA 2.1. lH1H160; lH1H170; lH1H180; lH2H160; ; lH3H170; ; 3H3H180. 2.2. ~T = 1; 5; 33,3 e 5,8°e. 2.3. ~T = 1; 1,9; 2,4 e 4472°e. 2.4. 1217; 1229 e 1241 g.
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