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Dimensões e Contradições no Cotidiano Escolar

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Aula 7 – As Dimensões e Contradições no Cotidiano Escolar: Imagens sobre a Escola
A cada aula do nosso curso você encontra a indicação de textos que servem de base e leituras complementares para nossos estudos. Esses textos deverão ser lidos por todos os alunos, pois complementam os estudos. Caso você não consiga ler todos, escolha um ou dois e faça uma leitura atenta e cuidadosa deles, procurando identificar suas ideias centrais. Nesta leitura, anote as dúvidas e questionamentos que lhe surgirem e destaque as ideias que mais lhe chamarem a atenção. Alguns desses textos estão disponíveis on-line. Acompanhe a discussão dos textos nos fóruns, bem como das aulas para reflexão e debate, procurando dinamizar a discussão de ideias e a troca de informações e opiniões no contexto de uma comunidade virtual de aprendizagem colaborativa, portanto a interatividade é fundamental. Acompanhe atentamente essa discussão, lendo as mensagens enviadas pelo professor e por seus colegas. Você pode fazer essa leitura em tela ou imprimir algumas, ou todas as mensagens, para lê-las no papel.
Contribua para a discussão em nossos fóruns: a reciprocidade é fundamental para a aprendizagem colaborativa. Se desejamos receber, precisamos estar dispostos a contribuir. Procure participar ativamente da discussão enviando dúvidas, questionamentos, opiniões ou informações que você julgar relevantes. Sua dúvida pode ser a dúvida de outros colegas e ao formulá-la e enviá-la para a discussão você estará permitindo seu esclarecimento diante de todos, facilitando a elaboração do seu relatório. O questionamento e o confronto de opiniões reforçam a necessidade de buscar fundamentos e aprofundar a discussão. Informações alimentam o debate e contribuem para o aprendizado coletivo. Ao contribuir para a discussão, evite a redundância: se uma pergunta ou dúvida já foi colocada, não é preciso colocá-la novamente.
Cada aluno traz para o curso sua bagagem de experiências e conhecimentos vividos em seu contexto de atuação, isso é relevante e pode ser somado à bagagem trazida por outros e com as leituras feitas por todos para ajudar a aprender mais. Recorra a experiências em contextos diversos, leituras feitas em outros cursos, a tudo que constitui sua bagagem e forma um conjunto que somente você possui e contribua também para a discussão em cada fórum, sobre cada item do relatório que estiver sendo discutido e para a aprendizagem de todos.
Acostume-se a ter seu caderno, de papel ou digital, por perto sempre que for ler textos e mensagens do curso, assim como a assistir aos vídeos sugeridos nas aulas, e consulte-o periodicamente para rever tópicos e avaliar seu progresso. Sempre que você se defrontar com algum problema ou dificuldade de natureza operacional, técnica, administrativa ou pedagógica você pode escrever em particular ao seu professor. Caso ele não possa resolver ou ajudar na solução do problema ou dificuldade, certamente poderá indicar-lhe ou encaminhar a quem o possa.
As Relações do Cotidiano Escolar
As relações estabelecidas no contexto escolar têm se revelado cada vez mais heterogêneas e conflitantes. Muitas são as reclamações e a descrença, por alguns setores da sociedade, de que a escola possa constituir-se num espaço de construção de conhecimento, de formação de pessoas conscientes, participativas e solidárias. Muitas das vezes, para pais e professores, principalmente, os sentimentos em relação a ela têm sido de desilusão, desencanto e impotência diante dos inúmeros problemas cotidianos, isso sem falar das inúmeras acusações de irresponsabilidade, ora por parte de pais ora por parte da escola, a qual chama a família a participar do processo educativo, o que é fundamental. Pode-se ainda referir-se, em uma esfera mais particular, às dificuldades das relações eu-outro, à não aceitação do outro como um legítimo outro na convivência (MATURANA,1999, p. 23), na inabilidade de se lidar com os conflitos comuns ao convívio humano, ou seja, questões ligadas à afetividade, presentes em todas as relações humanas. Essas e outras questões estão presentes na escola e superá-las implica um desafio imbricado em questões políticas, econômicas, sociais e pedagógicas e que só são possíveis de serem analisadas a partir da compreensão dessas dimensões e contradições do cotidiano escolar.
Encarar este DESAFIO é o primeiro passo para a mudança e para a busca de um diálogo e reflexão que estimulem a construção de uma visão plural do conhecimento, baseada em uma visão plural de sociedade. É preciso levar em conta o sujeito histórico, contextualizado no tempo e no espaço professor/aluno/comunidade escolar – pessoas reais atuantes no cenário educativo, que pensam, sentem e criam. O sujeito é um espaço peculiar inserido em conflitos, nas diferenças, no heterogêneo, desta forma é preciso traçar caminhos que nos permitam também investigar a relação entre o afetivo e o cognitivo no contexto da sala de aula e no espaço escolar dentro das relações pedagógicas.
Afetividade
Tratar sobre a afetividade e a aprendizagem como tema implica em ter a subjetividade como objeto de pesquisa, o dinamismo da vida individual e coletiva com toda a riqueza de significados dela transbordante (MINAYO, 1999, p.15). Portanto, não está sujeito à objetividade ou a dados concretos que, ao serem analisados, possibilitem verdades absolutas e racionalidades objetivas. Pelo contrário, o seu percurso nos desperta mais questionamentos do que certezas.
Aprendizagem
A sala de aula é um espaço de vivência, de convivência e de relações pedagógicas, espaço constituído pela diversidade e heterogeneidade de ideias, valores, crenças e atitudes. É um espaço de formação humana, cheio de significado, onde a experiência pedagógica – o ensinar e o aprender – é desenvolvida no vínculo: tem uma dimensão histórica, intersubjetiva e intrassubjetiva (Valdez, 2002, p. 24).  O sujeito constrói-se a partir das relações entre um mundo externo, estruturado pela cultura e pelas condições históricas, e por um mundo interno, não somente no aspecto cognitivo, mas afetivo, portanto é extremamente importante aproveitar essas relações na prática educativa.
É interessante notarmos que educar é ensinar a olhar para fora e para dentro, superando o divórcio, típico da nossa sociedade, entre objetividade e subjetividade. É aprender além: saber que é tão verdade que a menor distância entre dois pontos é uma linha reta quanto que o que reduz a distância entre dois seres humanos é o riso e a lágrima. É fundamental que na observação prática possamos perceber a afetividade presente no espaço escolar, afetividade como um conceito amplo, que integra relações afetivas diversas como a emoção, medo, alegria, tristeza, a paixão e o sentimento, inerentes ao processo ensino-aprendizagem-ensino. Dimensões e contradições do cotidiano escolar: ainda trabalhando com a afetividade.
Escola Espaço Educativo
A escola constitui-se num espaço essencialmente educativo, cuja função principal é a de mediar o conhecimento, possibilitar ao educando o acesso à reconstrução do saber. Essa função está imbricada inexoravelmente às relações, pois a transmissão do conhecimento se dá na interação entre pessoas. Assim, nas relações ali estabelecidas, o afeto está presente. Um dos componentes essenciais para que esta relação seja significativa e represente uma parceria no processo ensino-aprendizagem é o diálogo. Enfatizar o diálogo como imprescindível na relação professor/aluno não significa, portanto, desconsiderar a objetividade necessária ao processo ensino-aprendizagem ou a má interpretação de que o bom professor é “o que permite tudo” ou “o que entende o aluno em todas as suas atitudes”. A relação professor/aluno, por sua natureza antagônica, oferece riquíssimas possibilidades de crescimento (ALMEIDA, 2001, p. 106).  O mesmo se aplica para todas as instâncias da instituição e não se limita apenas à relação professor-aluno, mas pais e professores, gestão e professores etc.
Pare e pense por um instante...
É possível perceber que quandoocorre a elevação da temperatura emocional o desempenho intelectual diminui? 
Quando a atividade intelectual está voltada para a compreensão da emoção, seus efeitos são reduzidos? 
O desenvolvimento deve conduzir à predominância da razão, sem que a emoção esteja excluída?
É importante que a relação afetiva seja mais cognitiva, que se concretize considerando o outro como legítimo outro na convivência (MATURANA, 1999, p. 18), ou seja, que a relação professor-aluno se dê como uma parceria afetivo-cognitiva, evidenciada através de uma linguagem onde haja espaço para o elogio, o incentivo e mesmo para a repreensão necessária, direcionada ao outro como possibilidade de reflexão, conscientização e formação.  Essa relação é uma via de mão dupla, professor/aluno, aluno/professor, que faz da sala de aula uma teia de valores, necessidades, aspirações e frustrações que se entrecruzam e, portanto, se influenciam reciprocamente. As relações entre os sujeitos envolvidos no ensinar-aprender, o exercício do diálogo, o fazer compartilhado, o respeito pelas diferenças, o saber escutar configuram-se como elementos de fundamental importância para o ensino/aprendizado. É imprescindível, portanto, que no contexto escolar vivenciemos e trabalhemos com alunos e toda a comunidade a articulação afetividade-aprendizagem, considerando-na como essencial na prática pedagógica. Essa articulação deve ser uma constante busca de todos que concebem o espaço escolar como um espaço privilegiado na formação humana.  Os conhecimentos são construídos por meio da ação e da interação, logo, é inevitável que o sujeito aprenda quando se envolver ativamente no processo de produção do conhecimento, através da mobilização de suas atividades mentais e na interação com o outro.
Frente ao atual desenvolvimento da sociedade brasileira, com todos os seus problemas e desafios sociais diariamente transmitidos pela mídia, percebemos que a gestão do ensino, sobretudo público, principalmente nos níveis da educação básica, precisa ser repensada e/ou reestruturada para que venha ao encontro das demandas e anseios da população à qual deve servir. Se analisarmos parte da história da educação brasileira, perceberemos que há muitas demandas reprimidas, principalmente no que se refere ao acesso e permanência de alguns setores da população na escola. Esses resultados negativos de nossa educação relacionam-se com o tipo de estrutura e gestão do sistema de ensino brasileiro: elitista e excludente em suas próprias regras de funcionamento. Você observa isso em sua prática de estágio?
Hoje Temos uma Escola para Todos?
Torna-se urgente repensarmos as políticas educacionais a partir de uma visão ampla de educação e esta deve ser planejada para muito além dos muros escola. Uma dessas alternativas é a concepção de uma Escola Cidadã onde a construção do conhecimento está a serviço da produção de valores emancipatórios, libertadores, formadores de sujeitos históricos, críticos e conscientes, capazes de conquistar e exercer a cidadania, comprometida com o sucesso dos seus alunos e com o objetivo inclusivo, através de um ensino de qualidade, de uma formação cultural democrática e solidária que veja a formação dos alunos em todas as dimensões de sua existência. Segundo Paro: “Por sua característica de relação humana, a educação só pode dar-se mediante o processo pedagógico, necessariamente dialógico, não dominador, que garanta a condição de sujeito tanto do educador quanto do educando. Por sua imprescindibilidade para a realização histórico-humana, a educação deve ser direito de todos os indivíduos enquanto viabilizadora de sua condição de seres humanos.” (PARO, 2000, p. 8).
Já segundo Gadotti (1997), a cidadania e a autonomia são, na atualidade da vida social, duas categorias estratégicas e indispensáveis na construção de uma sociedade democrática e emancipada. 
O que você achou da proposta sobre a Escola da ponte? Difícil? Não? Por quê?
Agora que confrontarmos a teoria estudada ao longo desta aula com a observação da prática de estágio nas instituições de ensino, você pode aproveitar e redigir um resumo dessas observações, que posteriormente será parte do seu relatório. Não se esqueça de fazer suas observações no caderno de campo sobre as práticas, conflitos e as soluções encontradas ou não para dirimir os problemas cotidianos.
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