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A Vivência nas Instituições Escolares: Relatório Final de Estágio

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Aula 10 – A Vivência nas Instituições Escolares: O Relatório Final de Estágio
Olá, finalmente chegamos à nossa última aula de Prática de Estágio Supervisionado I em História. Tenho certeza de que neste momento, já estamos com nosso relatório quase pronto, apenas esperando algumas reflexões e a resolução de algumas dúvidas. Sei que seu professor tutor está lhe ajudando nesta etapa. Não hesite em perguntar! Esse diálogo é fundamental para que tudo corra bem!  
Como tratamos na aula anterior, no início de sua caminhada, você era, ainda, o resultado da formação da escola que tivestes e ainda não tinha refletido e não sabia de forma aprofundada o que significava historicamente a função e o funcionamento de uma escola. Você era aluno(a), agora você está se tornando professor(a). E agora? Percebe as diferenças? Muitas mudanças ainda irão acontecer, não se esqueçam de que temos ainda mais duas disciplinas voltadas para o estágio que em muito enriquecerão a caminhada de vocês rumo à docência.
Sem dúvidas você deve ter percebido que o Estágio Supervisionado em História tem uma grande relevância para a mudança epistemológica da sua fundamentação da prática profissional. Como percebemos, nesta fase acadêmica é que construímos, de forma mais efetiva, a nossa identidade docente. Fazemos isto através do confronto entre a teoria, observada a partir das leituras sugeridas e dos debates nos fóruns, e a prática, onde diariamente, ou semanalmente, observamos determinadas situações diretamente relacionadas ao cotidiano escolar e à prática docente.
Como afirmamos anteriormente, após a experiência da observação no campo de estágio, é hora de organizar essas experiências a analisá-las à luz das leituras e reflexões instigadas pelas nossas aulas e as suas observações do cenário de estágio. Dessa forma, você deverá concluir a elaboração de seu relatório descritivo e reflexivo. Para isto, nesta aula 10, vamos orientá-lo na produção desses registros iniciando pela apresentação deste Estudo de Caso que reflete a relação teórica e prática no que se refere ao cotidiano escolar e a prática da docência.
Para Você Refletir, Analisar e Elaborar o Relatório de Estágio
A concepção de gestão: Qualquer prática escolar deve basear-se em um modelo de gestão democrática, por isso perceber qual a concepção de gestão fará com que você perceba como todo o cotidiano da instituição a qual está observando está, de certa forma, fundamentado. Para explicitar a concepção de gestão que você observou na equipe gestora, é fundamental que apresente falas dessa equipe.
A seguir, um estudo de caso que apresenta a fala do diretor de uma escola ao ser perguntado sobre como definiria o gestor escolar. A análise do relato é feita posteriormente. “O Gestor Escolar hoje são todos os professores da escola, vamos chamar assim. Agora, eventualmente, a pessoa passa a ser gestor dentro de um período específico de mandato, também o diretor da escola, o coordenador de um curso passa a ser gestor circunstancialmente, no caso, mas não exime os outros do processo de gestão, todos são gestores neste sentido. É diferente da modalidade anterior, em que existia uma separação entre os que geriam e os que eram geridos, os que eram responsáveis pelo planejamento e direção da escola e aqueles que eram os professores da escola.”. Nesta fala do diretor da escola, podemos identificar a ideia de que todos os participantes do processo educativo são gestores escolares, ou seja, todos que de forma direta ou indireta fazem parte da escola são gestores escolares. Esta concepção decorre da visão do trabalho de organização político-pedagógico da escola a partir de um processo de gestão democrática, uma vez que é intrínseco a esta modalidade a noção de participação de todos os envolvidos nos campos pedagógico, financeiro e administrativo da instituição escolar. A participação na construção e tomada de decisão referente a questões do processo educativo coloca estes sujeitos na condição de gestores os quais se tornam responsáveis pelo desenvolvimento e resultado das decisões coletivas postas em prática.
As atividades de observação permitem um contato inicial com a prática gestora, através do qual você pode observar o papel do gestor escolar, os alunos, os professores, a interação escola e família, os comportamentos e os projetos realizados. Na observação do cenário de estágio, o diálogo permanente com a equipe gestora foi fundamental para caracterizar essa equipe, a relação teoria e prática e o funcionamento de toda a dinâmica escolar. A produção do relatório é mais uma oportunidade para você desenvolver o exercício da crítica e da reflexão acerca dos assuntos trabalhados ao longo de nossas aulas e a partir das suas impressões e toda a trajetória vivenciada durante a experiência na escola no âmbito escolar.
O que Caracteriza cada Etapa do Relatório
O SUMÁRIO constitui uma enumeração das principais divisões e seções e outras partes do trabalho, na mesma ordem em que aparecem no seu desenvolvimento.
Deve conter exatamente os mesmos títulos e subtítulos que constam no trabalho e as respectivas páginas, atendendo assim aos itens solicitados neste roteiro.
Introdução ( Apresente uma ideia geral do que será encontrado no corpo do relatório, fazendo uma breve abertura do Estágio e seu respectivo cenário, além de uma sucinta descrição de cada item do relatório. Apresente também quais eram as suas expectativas ao iniciar o estágio.
Caracterização da Escola ( Apresenta o cenário onde foi desenvolvido o estágio, ou seja, o cenário e seus personagens. Neste item, você deve descrever de forma objetiva os itens apresentados, tendo o cuidado de não apresentar opiniões negativas ou positivas sobre o trabalho da instituição, uma vez que isso será feito na parte referente ao desenvolvimento e análise do estágio.
Desenvolvimento e Análises Observadas ( É uma etapa fundamental no relatório e deve conter a descrição, análise crítica e fundamentação do trabalho realizado.   Descreva as práticas observadas no cotidiano escolar, no ambiente escolar, além dos planejamentos, atividades e experiências pedagógicas. Para saber mais sobre este conteúdo, acesse a biblioteca virtual disponível na plataforma.
Considerações Finais ( se reafirmam as aprendizagens e as experiências mais significativas que o estágio possibilitou. Faça um texto descritivo e conclusivo de seu trabalho explicitando se as atividades propostas ao iniciar o estágio foram utilizadas e se o objetivo foi cumprido. Como o estágio contribuiu para a sua formação profissional. Se foram alcançados, se não alcançou ou superou as expectativas iniciais, além da aprendizagem para a vida pessoal. Conclua com sugestões ou recomendações, caso necessário. Neste item, não devem ser apresentadas citações.
Referências ( apresente o material utilizado para a sua fundamentação teórica do relatório e que deverão estar de acordo com as normas da ABNT.
Anexo ( você deverá postar um Plano de Ação desenvolvido pela equipe gestora e acompanhado por você durante o seu estágio. Os documentos estão disponíveis em sua biblioteca virtual.
Reflexões Sobre o Estágio
A revisão dessa etapa da formação inicial reforça um trajeto de diálogo mútuo entre as instituições de ensino superior e as escolas. Elas devem estimular uma prática de pesquisa educacional através do contato com docentes experientes nas escolas e com professores pesquisadores de diferentes disciplinas nas IES. Deve-se propor buscar uma educação reflexiva, transformadora. Isso implica no questionamento do caráter da formação inicial dos professores, do papel das IES e, especialmente, no papel do Estágio Supervisionado. Mais do que capacitação para resolução de conflitos no exercício da prática docente; é preciso discutir modificações na estrutura, organização e nos conteúdos da formação dos professores. Uma formação inicial renovada deve passar por uma formação científica, acadêmica e pedagógica rigorosa. O momento do estágio supervisionado contribui para isso.
A ampliação dos conhecimentosconduz à maior segurança e autonomia para desenvolver as atividades durante as aulas. O ensino superior permite aprender a teoria pedagógica necessária ao fazer pedagógico do professor nas escolas. Fazer pedagógico que deve resultar na produção de práticas educativas eficazes, apoiadas não só na teoria, mas também na reflexão sobre sua prática e trajetória pessoal, profissional.
A formação deve ter uma perspectiva global que possibilite a realização de uma especialização posteriormente. A necessidade de constante aperfeiçoamento disseminada pelo mundo da Educação em virtude da crença na repercussão desses conhecimentos adquiridos na melhoria do desempenho dos alunos. A reflexão sobre a formação inicial e continuada dos professores conduz à reflexão sobre o papel da Prática de Ensino como elemento articulador da formação docente idealizada e proposta.
Como Deve Ser a Reflexão:
Reflexão ( deve ultrapassar o plano da competência, no sentido do aprender a refletir, e se posicionar como um caminho para a compreensão dos problemas e necessidades, dando sentido às ideias, à teoria (BARRETO,2006). Vale ressaltar que os caminhos que conduzem à práxis são norteados pela teoria e pela consciência de que ela é determinante da práxis. Teoria e prática são indissociáveis (KOSIK,1976; 23 apud BARRETO, 2006; 21). A formação inicial e o estágio devem buscar apoio na investigação da realidade, intencionalmente, marcados por um processo dialético entre os professores-formadores e os futuros professores.
Participação do Aluno ( A participação do aluno na realidade a ser investigada – instituições escolares e não escolares no caso da Licenciatura em História – é possível mediante a intencionalidade dos cursos formadores e do estagiário. “A intencionalidade é, para Sacristán (1999, p.33 apud BARREIRO, 2006, p.27), condição necessária para a ação e compreender este elemento dinâmico e motor é fundamental para qualquer educador”.
A Ação ( refere-se aos seus modos de agir e pensar, suas concepções de mundo, de conhecimento, enquanto a prática é institucionalizada e expressa a cultura e a tradição das instituições. A realização da ação deve representar uma intenção, uma necessidade do sujeito, mediada pelo sistema de valores coletivos e pelos compromissos que orientam a educação. A relação teoria-prática é insuficiente para entender a ação, se  não contemplar a ética para agirmos individual e coletivamente. A ação dos professores não pode ser considerada somente como algo entre o conhecimento e a ação, pois entre ambos existe a mediação da subjetividade dos indivíduos.
A formação e a profissionalização de professores são temas que passam a ser discutidos de forma intensa a partir dos anos 90, em meio às reformas educativas, associadas às novas exigências geradas pela reorganização da produção e globalização da economia. As propostas emancipatórias oferecem rumo às reformas educacionais, ao enfatizarem que “novos tempos requerem nova qualidade educativa, implicando mudanças no currículo, na gestão educacional, na avaliação dos sistemas e na profissionalização dos professores”
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