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Mundo CNC

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OMUNDODA
USINAGEM
PUBLICAÇÃO DA SANDVIK COROMANT DO BRASIL ISSN 1518-6091 RG BN 217-147
46
CORTE E CONFORMAÇÃO
Mercado aquecido 
acelera investimentos
TRANSMISSÃO 
DE DADOS
sem limites de
tempo e espaço
PROCURAM-SE
TALENTOS:
veja o 
novo perfil
3O Mundo da Usinagem
EDITORIAL
Terra, que terra é a minha se não esta a qual reconheço?
Cruzo mares e cumpro deveres, 
me aventuro e me encanto com o que lá encontro, 
mas, aos poucos, tudo se torna não mais que memórias.
Mas tu não, porque és mãe de meus filhos. Tu és o meu genoma. 
Só tu reverbera no que resta do meu peito tupi. 
Tua brisa e teus matizes alumiam o meu ser e meu espírito canta
como águas de março revirando seixos.
Eu, eternamente seiva vermelha que verte 
de teus tenros caules. Eu, eternamente amarelo do que resta 
do teu ouro, eternamente verde do que resta de tuas 
matas e eternamente anil do que resta do teu céu.
Eu, agregado ao acaso, te amo como um filho legítimo. 
Brasil, terra adorada! 
De
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sé
Ro
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4 O Mundo da Usinagem
03 EDITORIAL
04 ÍNDICE / EXPEDIENTE
06 GESTÃO EMPRESARIAL: CORTE E CONFORMAÇÃO
15 OTS: DYNAMACH APOSTA EM NOVAS TECNOLOGIAS 
20 SUPRIMENTOS: POTENCIAL DE ECONOMIA CHEGA A 57 BILLHÕES DE DÓLARES
26 GESTÃO EMPRESARIAL: SULTÉCNICA EXPORTA PRECISÃO PARA A CHINA 
35 INTERFACE: KYATERA: 100 VEZES MAIS RÁPIDA DO QUE A INTERNET
43 OTS: MÁQUINA-FERRAMENTA BRASILEIRA CNC MINI 
49 PONTO DE VISTA: AS NOVAS DEMANDAS NA BUSCA POR TALENTOS
53 INTERESSANTE SABER: A EDUCAÇÃO DO SEU FILHO E OUTRAS NOTÍCIAS
70 NOSSA PARCELA DE RESPONSABILIDADE
72 MOVIMENTO
74 DICAS ÚTEIS
EXPEDIENTE
O MUNDO DA USINAGEM é uma Publicação Sandvik Coromant do Brasil,
com circulação de doze edições ao ano, tiragem de 24.000 exemplares, com distribuição gratuita.
Av. das Nações Unidas, 21.732 - Sto. Amaro - CEP 04795-914 - São Paulo - SP.
Conselho Editorial: Aldeci Santos, Anselmo Diniz, Aryoldo Machado, Edson Truzsco,
Edson Bernini, Eduardo Debone, Fernando de Oliveira, Francisco Marcondes, Heloisa Giraldes,
Marlene Suano, Nivaldo Braz, Nivaldo Coppini, Nixon Malveira, Vera Natale.
Editora: Vera Natale
Editor Chefe: Francisco Marcondes
Editor do Encarte Científico: Nivaldo Coppini
Jornalista Responsável: Heloisa Giraldes - MTB 33486
Propaganda: Gerente de Contas - Thaís Viceconti / Tel: (11) 6335-7558 Cel: (11) 9909-8808
Projeto Gráfico: AA Design
Capa e Arte Final: 2 Estúdio Gráfico
Revisão de Textos: Fernando Sacco
Gráfica: Fabracor
ÍNDICE
OMUNDODA
USINAGEM
Publicação da 
Sandvik Coromant do Brasil 
ISSN 1518-6091 
RG. BN 217-147
46
EDIÇÃO 04 / 2008
Capa
Foto: CoroThread 266 
Arquivo AB Sandvik Coromant
OMUNDODA
USINAGEM
PUBLICAÇÃO DA SANDVIK COROMANT DO BRASIL ISSN 1518-6091 RG BN 217-147
46
CORTE E CONFORMAÇÃO
Mercado aquecido 
acelera investimentos
TRANSMISSÃO 
DE DADOS
sem limites de
tempo e espaço
PROCURAM-SE
TALENTOS:
veja o 
novo perfil
e-mail: omundo.dausinagem@sandvik.com
ou ligue: 0800 770 5700
Arquivo Grupo Megga
6 O Mundo da Usinagem
GESTÃO EMPRESARIAL
Corte e Conformação:
um universo 
de possibilidades
A busca por processos
mais eficientes e 
a diminuição dos 
custos de produção 
no segmento 
metal-mecânico 
passam
necessariamente 
pela análise dos
processos de corte 
e conformação
Um dos setores mais abran-gentes do mercado quan-do o assunto é processa-
mento de metais, a área de corte
e conformação tem alcançado
resultados expressivos na indús-
tria metal-mecânica nacional. O
faturamento do setor aumentou
12% no período 2006/2007 e
para este ano as previsões são
igualmente animadoras, estima-
das em 20%.
O setor de conformação
abrange cinco grandes áreas de
processos: laminação, extrusão,
trefilação, forjamento e estampa-
gem. Nessas cinco áreas calcula-
se que sejam mais de 100 varia-
ções de processos, com produtos
que pesam desde alguns gramas
até várias toneladas. 
A maioria da produção seria-
da de partes conformadas a par-
tir de chapas finas é realizada em
prensas mecânicas ou hidráulicas.
“Na área de prensas o país possui
um parque industrial extenso e
competitivo, com destaque para
Ar
qu
iv
o
Gr
up
o
M
eg
ga
Máquina a Laser 
Amada FO e 02.
7O Mundo da Usinagem
tes é mais extenso, com destaque
para as estrangeiras Chin Fong,
Seyi, Komatsu, entre outras.
A TECHMEI 2008, Feira de
Tecnologia em Máquinas e Equi-
pamentos Industriais, promete
trazer uma grande novidade na
indústria de corte e conformação.
Trata-se de uma prensa que exe-
cuta as funções mecânica e hi-
dráulica em um único equipa-
mento, fabricada pela chinesa
Chin Fong Group, cujo represen-
tante no país é o Grupo Megga,
um dos líderes no setor de má-
quinas operatrizes. 
A área de corte mecanizado de
perfis e de chapas também agre-
ga um grande número de proces-
sos nos segmentos de Corte Frio
(cisalhamento, abrasão), Corte
Químico (oxicorte), Corte Termo
Químico (plasma com oxigênio)
e Corte Térmico (plasma e laser).
Um dos processos dos mais re-
presentativos é o corte a laser, ca-
racterizado por sua alta precisão
obtida em chapas abaixo de 6 mm
de espessura. O laser garante gran-
de produtividade e o desenvolvi-
mento de novas tecnologias tem
proporcionado um aumento nas
profundidades de corte. Os forne-
cedores de equipamentos de cor-
te a laser são predominantemen-
te externos, com destaque para as
empresas multinacionais Trumpf,
Amada e Bystronic, líderes neste
segmento. No país esta tecnolo-
gia é largamente aplicada na in-
dústria de máquinas agrícolas, que
demandam precisão milimétrica
em seus componentes. 
Já o oxicorte possui a vanta-
gem de ser um processo mais 
barato, porém com menor pro-
aplicações no setor automobilísti-
co”, afirma Thomas Lee, presi-
dente da ABIMEI. Com o cresci-
mento do setor, as indústrias que
trabalham com estes processos têm
se aprimorado e adquirido cada vez
mais novos equipamentos.
Os principais fornecedores
no mercado interno de prensas
são as empresas Schüler, Jundiaí,
Mahnke e Guttmann. Dentre as
importadas o número de fabrican-
Ar
qu
iv
o
Gr
up
o
M
eg
ga Prensa Hidraúlica 
DEES HP.
8 O Mundo da Usinagem
rá cortado podemos obter a
seguinte relação entre os
processos de corte citados: 
• acima de 32mm: Oxicorte;
• até 32mm: Corte a plasma;
• abaixo de 6mm: Corte a 
laser.
Entretanto, é importante
observar que o maior volume de
processamento de corte de cha-
pas, principalmente para a in-
dústria de eletrodomésticos e au-
tomotiva, se faz através de linhas
de corte transversais, longitudi-
nais, combinadas, entre outras. 
No que se refere ao corte por
puncionamento, as máquinas
atuais garantem grande flexibili-
dade aos processadores de chapas
finas. As puncionadeiras utiliza-
das na indústria metal-mecânica
nacional proporcionam uma rá-
pida geração de contornos, abran-
gendo uma grande variedade de
materiais, entre eles aço inoxi-
dável, alumínio e aço laminado
a frio.
Os gases mais utilizados nes-
te processo são: hidrogênio, ar-
gônio, ar, nitrogênio e oxigênio,
bem como a mistura destes ga-
ses. Neste processo os gases exe-
cutam duas funções fundamen-
tais, servindo de insumo para
geração do plasma e refrigeran-
do os consumíveis. A White
Martins fornece equipamentos
e sistemas mecanizados para cor-
te a plasma.
Se levarmos em conta a espes-
sura de um aço carbono que se-
dutividade, adequado para uti-
lização em peças mais robustas
e com maiores espessuras, sem
a necessidade de precisão ab-
soluta,como por exemplo, a
indústria naval. No caso de
corte de aço carbono com es-
pessuras maiores que 32mm,
o oxicorte é um dos processos
mais recomendados, entretanto
não é indicado para aços inoxi-
dáveis ou alumínio, seja qual for
a espessura. 
Neste processo o
corte de metal ocor-
re através de uma
reação entre o oxi-
gênio puro e o me-
tal, a alta temperatu-
ra. Os óxidos que
resultam desta com-
binação, tendo o pon-
to de fusão menor que o
metal, fundem-se e escoam.
Processo ainda pouco
utilizado na indústria na-
cional, o corte a plasma ga-
rante boa produtividade quando
o assunto é corte de chapas me-
tálicas finas. A técnica também
tem ganhado espaço no corte de
aços carbono, baixa liga, alumí-
nio e aço inoxidável. “O plasma
é um gás que submetido a uma
diferença de potencial elétrico é
capaz de conduzir energia elétri-
ca. A ionização dos gases gera elé-
trons livres e íons positivos entre
os átomos de gás. Quando isto
ocorre o gás torna-se eletricamen-
te condutor, com capacidade de
transportar corrente”, descreve
Edson Urtado, gerente de negó-
cios da Hypertherm Brasil. 
Arqu
ivo G
rupo
Meg
ga
Prensa Mecânica 
Chin Fong OCP-160.
10 O Mundo da Usinagem
O mercado de corte e confor-
mação movimenta R$ 125 mi-
lhões no segmento de prensas,
sendo dois terços deste mercado
formado por produtores nacio-
nais e um terço externos. Na li-
nha de corte o fornecimento de
produtos importados é mais ex-
pressivo, totalizando dois terços
do mercado. Neste segmento são
movimentados R$ 40 milhões
anualmente (veja mais exemplos
na tabela abaixo).
“O Brasil se destaca no setor
de guilhotinas, tubos, dobradei-
ras e prensas, normalmente equi-
pamentos de menor porte e me-
nos complexos”, afirma Osni de
Fagor: especialista em linhas de
corte e processamento de chapas 
Com cinco décadas de ex-
periência, a multinacional Fagor
Arrasate é especialista mundial
no desenho e construção de li-
nhas de corte e processamen-
to de chapas, bem como em sis-
temas para produção de tubos
e perfis. A empresa constrói li-
nhas de corte para processar
bobinas de até 2.500 mm de
largura e em espessuras de 0.05
mm até 30 mm, pesando até 50
toneladas. Ao mesmo tempo, a
empresa está habilitada a pro-
ver sistemas completos de cor-
te e processamento que incor-
poram não só a linha e sim todos
os periféricos necessários.
Processos de corte a laser.
Ar
qu
iv
o
Gr
up
o
M
eg
ga
12 O Mundo da Usinagem
Andrade Silva, diretor comercial
da Fagor Arrasate do Brasil, for-
necedora do segmento de corte
e conformação de chapas, aços
planos, metais ferrosos e não
ferrosos, silício e inoxidável, en-
tre outros.
Durante a escolha do equi-
pamento e do processo de cor-
te é muito importante analisar
o tipo de peça que será produ-
zida, o material e o fluxo de pro-
dução. Além disso, é necessário
considerar os custos com ferra-
mental, mão de obra, gastos com
eletricidade e manutenção do
equipamento. Muitos setores,
como o automotivo, terceirizam
grande parte de seus processos
de corte e conformação, entre-
tanto algumas empresas optam
por trabalhar diretamente com
estes processos.
É preciso ter sempre em vista
a aplicação de processos competi-
tivos, interna ou externamente,
com foco na qualidade, produ-
tividade e lucratividade, e neste
cenário, analisar e aprimorar os
diversos processos de corte e con-
formação incluídos na cadeia
produtiva faz toda a diferença.
Fernando Sacco
Jornalista
FORMADORAS DE TUBOS: R$ 10 milhões
50% nacionais – 50% importadas
PUNCIONADEIRAS: R$ 14 milhões
20% nacionais – 80% importadas
GUILHOTINAS E DOBRADEIRAS: R$ 33 milhões
80% nacionais – 20% importadas
OXICORTE: R$ 10 milhões
90% nacionais – 10% importadas
ALIMENTADORAS DE PRENSAS: R$ 17 milhões
85% nacionais – 15% importadas
CORTE A LASER: R$ 20 milhões
100% importadas
Dados fornecidos pela ABIMEI.
Mercado de Corte e Conformação 
Com o foco na área de usinagem,a empresa vem buscando aumen-tar seu portfólio de produtos de
forma que possa cada vez mais forne-
cer soluções completas ao invés de ape-
nas equipamentos para seus clientes.
Inicialmente, como representante
dos já conhecidos Centros de Usinagem
Verticais Dynamyte, a diretoria da em-
presa percebeu que em determinados
segmentos havia uma necessidade ex-
pressiva de máquinas e equipamentos
que atendessem aplicações mais espe-
cíficas e, a partir dessa necessidade, um
portfólio de novos produtos passou a
ser gradativamente incorporado à sua
linha de produtos por meio de parce-
15O Mundo da Usinagem
OTS
Dynamach aposta 
em novas tecnologias
para diferenciar-se 
no mercado
rias com empresas que preferencial-
mente fossem especialistas no que fa-
zem, ao invés de grupos que comercia-
lizam uma vasta gama de equipamentos
mas nem sempre detém o controle de
fabricação de todos eles.
O gerente comercial da Dynamach
aponta como um exemplo dessa estra-
tégia, a parceria com a ECOCA, em-
presa fornecedora de tornos CNC ho-
rizontais de origem taiwanesa que
concentra seu portfólio de produtos
em apenas duas linhas de tornos CNC
horizontais com barramento inclinado,
SJ e MT. Com modelos de placa de 6”
até 20” e comprimentos que podem ser
modulados de 500 a 4300 mm, os
Atuando há 10 anos no mercado, a Dynamach,
empresa que atua no ramo de importação e distribuição 
de máquinas CNC, teve em 2007, o seu terceiro ano 
de crescimento acima da média do setor e também 
da economia em geral.
da e estabelecida em Taiwan,
representada com exclusividade
pela Dynamach, foi a pioneira
no desenvolvimento e aplica-
ção do “Movimento- Relativo”
que consiste em um fuso de es-
fera com roscas em sentidos in-
versos, que trabalham com duas
porcas distintas, que por sua
vez deslocam dois carros, com
massas também equilibradas.
Trabalhando sempre em senti-
dos opostos, os esforços e os
deslocamentos de massa se anu-
lam e, desta forma, é possível
empregar um conjunto de mo-
tores com especificações padrão
de mercado, do mesmo tipo que
é aplicado em outros centros de
usinagem que, em conjunto
com esse sistema, confere ao
equipamento o dobro da velo-
cidade e da aceleração que se-
ria fornecida normalmente. 
Agregando ainda outra tec-
nologia, a do sistema de troca
rápida de paletes, sem utilização
de componentes hidráulicos, os
novos equipamentos da linha
RMV, modelos 500 e 700, apre-
sentam-se como excelentes alter-
nativas para o segmento de usi-
nagem em regime de produção,
pois agregam velocidade, sim-
plicidade em sua construção,
robustez e baixo custo de ma-
16 O Mundo da Usinagem
equipamentos fabricados pela
ECOCA têm qualidade reco-
nhecida, testada e aprovada pe-
los clientes mais exigentes, e
apresentam-se como uma exce-
lente solução em termos de cus-
to-benefício para aplicações 
onde qualidade, robustez e pre-
cisão são fundamentais para o
processo.
Outra estratégia da Dyna-
mach é inserir novas tecnologias
em segmentos já conhecidos,
porém acrescentando alguma
distinção que torne o produto
mais interessante. O fabricante
de Centros de Usinagem Ver-
ticais Akira-Seiki, empresa cria-
Ro
dr
ig
o
Ga
m
ar
ra
18 O Mundo da Usinagem
nutenção, uma vez que os com-
ponentes utilizados são itens de
padrão de mercado. 
Os clientes que optaram por
esse tipo de equipamento, logo
de imediato, mesmo sem altera-
ções expressivas nos dados de
corte e trajetórias de posiciona-
mento, tiveram em média um
ganho que variou de 20% a 50%
dependendo da característica da
peça, somente com a redução
de tempos ‘mortos’, ou seja, mo-
vimentos que não produzem
corte efetivo, tais como trocas de
ferramentas, carregamento de
peças e posicionamentos.
Outro detalhe importante
na construção do equipamento
é opainel principal de operações
da máquina, montado sobre um
console basculante no canto es-
querdo da máquina, o que per-
mite que o operador acesse a
lateral do equipamento, facili-
tando a visualização do palete de
trabalho e reduzindo-se assim os
tempos de programação e testes
de novos programas.
Ainda no segmento de cen-
tros de usinagem verticais, a
Dynamach conta com outras li-
nhas de equipamentos da própria
Akira-Seiki, centros de usinagem
de dupla-coluna da Sigma e cen-
tros de usinagem tipo portal com
estrutura e conceito ‘high-speed-
machining’ da Takumi. O obje-
tivo maior da empresa, que é o
de oferecer soluções variadas pa-
ra uma ampla gama de clientes,
vem sendo cumprido.
Henrique L. David
Gerente Comercial Dynamach
Com crescimento superior
a 40% pelo segundo ano conse-
cutivo, a Dynamach conta hoje
com um galpão industrial de cer-
ca de 1000 m2 de área útil, com
ponte rolante para descarrega-
mento e manuseio de máqui-
nas, laboratórios de mecânica e
eletrônica e estoque de peças
de reposição; além disso conta
também com veículos próprios
para atendimento ao cliente,
mais 30 colaboradores e repre-
sentantes comerciais nos esta-
dos do Sul e Sudeste do Brasil.
Para 2008, mesmo com
turbulência do mercado finan-
ceiro que, frente à possibilida-
de de uma recessão nos Esta-
dos Unidos projeta uma redução
do crescimento mundial, a Dy-
namach, além dos clientes que
já possuem seus equipamentos
e sistematicamente adquirem a
segunda, terceira, quarta má-
quina, espera aumentar suas
vendas junto a novos nichos de
mercado com produtos e ser-
viços com qualidade e valor
agregado.
Dynamach projeta o futuro
20 O Mundo da Usinagem
SU
PR
IM
EN
TO
S
©
GS
1
Br
as
ul
Processo-chave na cadeia lo-gística, o setor de estoquesagrupa uma série de proces-
sos diretamente ligados à cadeia de
produção e, conseqüentemente, ao
custo final do produto. Gestão de
transportes, compras, distribuição
e suprimentos são apenas alguns
desses exemplos. A diversidade e
complexidade envolvidas neste flu-
xo devem ser equacionadas com
um objetivo central: a maximiza-
ção da eficiência. 
Pesquisa realizada pela Check-
point Systems, empresa especializa-
da em monitoramento da área de su-
primentos, aponta que a cadeia
varejista perde 57 bilhões de dóla-
res por ano devido a falhas geren-
ciais e fraudes na cadeia de supri-
mentos. Neste cenário, a aplicação
de novas tecnologias de automação
no controle de estoques é essencial,
Aplicação de códigos 
de barras na cadeia de 
suprimentos maximiza 
a eficiência e influi 
diretamente no custo 
final do produto
Potencial de economia
chega a 57 
billhões de dólares
21O Mundo da Usinagem
quer para garantir a segurança
no fluxo comercial como para
planejar e otimizar processos li-
gados à cadeia estratégica. 
Procedimento tecnicamente
simples, o código de barras é ca-
paz de integrar grande parte da
cadeia logística, centralizando
informações, controlando volu-
mes, prazos e uma série de ou-
tros processos inter-relaciona-
dos. Entretanto, o sistema de
código de barras não é padroni-
zado, ou seja, alguns scanners
não identificam determinados
tipos de códigos. Para contornar
este problema, foram estabele-
cidos padrões globais para o ge-
renciamento da cadeia de supri-
mentos e de demanda. A GS1 do
Brasil é a organização responsá-
vel por disseminar esta tecnolo-
gia em território nacional. 
“O Sistema GS1 é um con-
junto de padrões que permite 
o gerenciamento eficiente de 
cadeias de abastecimento glo-
bais e multindustriais através da
identificação inequívoca de pro-
dutos, unidades de despacho,
ativos, localidades e serviços, fa-
cilitando o processo de comér-
cio eletrônico incluindo com-
pleta rastreabilidade”, afirma
Wanderlei Saraiva Costa, dire-
tor presidente da organização. 
Segundo Marcelo Oliveira
Sá, assessor de soluções de ne-
gócios da GS1 Brasil “o código
de barra é uma representação
gráfica dos números que geral-
mente estão abaixo dele. Estas
barras devem estar sempre em
tons escuros num fundo bran-
co, para facilitar a leitura por
meio dos equipamentos (leito-
res) que usam contraste entre as
barras para identificar a nume-
ração. Os códigos do Sistema
GS1 trabalham da mesma for-
ma, porém a principal vanta-
gem é que o sistema padroniza
os tipos de códigos e a numera-
ção que é codificada”.
Existem padrões específicos
para aplicações na área de supri-
mentos, como o ITF-14 e o
GS1-128, que permitem con-
trolar quantidades, lote de fabri-
cação e rastreabilidade de deter-
minado item. 
“A principal vantagem da
utilização do código de barras é
a possibilidade de automatizar as
operações logísticas. Com isto a
empresa enxergará benefícios
como operações mais confiáveis
que possibilitarão ter informa-
ções mais rápidas, completas e
organizadas que auxiliarão na
tomada de decisão referente a
quanto, quando, como e o quê
comprar, podendo ainda agilizar
suas operações reduzindo custos
administrativos e operacionais”,
destaca Marcelo Sá, complemen-
tando: “a acuracidade da infor-
mação é fundamental para a em-
presa no que se refere ao controle
de estoques, pois o principal 
objetivo da gestão de estoque é 
assegurar que o produto esteja
empresas especializadas, nacio-
nais e estrangeiras. Os custos são
diretamente proporcionais ao nú-
mero de processos a serem auto-
matizados, entretanto, o aumen-
to da eficiência operacional na
cadeia de suprimentos, a organi-
zação e agilidade decorrentes des-
ta transformação e a redução de
custos administrativos e operacio-
nais garantem o retorno do in-
vestimento, além de maior inte-
gração de parceiros envolvidos
no fluxo produtivo.
Consulte seus parceiros e
fornecedores, analise em con-
junto quais processos podem ser
otimizados com a aplicação des-
ta tecnologia. Internamente, ava-
lie os custos na área de supri-
mentos e os efeitos gerados pela
implantação do código de bar-
ras. Soluções tecnicamente sim-
ples podem gerar ganhos efeti-
vos em todas os níveis da cadeia
produtiva. 
Fernando Sacco
Jornalista
Para saber mais consulte: www.gs1brasil.org.br
22 O Mundo da Usinagem
disponível no tempo e nas quan-
tidades desejadas, equilibrando
sua disponibilidade com os cus-
tos de seu fornecimento”. 
IMPLANTAÇÃO NA CADEIA 
DE SUPRIMENTOS
A empresa detentora da mar-
ca de um produto que preten-
de utilizar o código de barras
deve tornar-se uma associada
GS1 para ter direito ao padrão.
Posteriormente, para implantar
o código no controle de estoque,
ela deverá se automatizar fazen-
do uso de equipamentos de lei-
tura óptica, softwares de contro-
les e hardwares. “Nestes casos 
o ideal é que a empresa monte
uma equipe de projeto que con-
duzirá a implantação da auto-
mação. Existem casos em que se
utiliza os códigos dos fornece-
dores na automação dos pro-
cessos logísticos”, afirma o as-
sessor de soluções de negócios
da GS1 Brasil.
Os equipamentos (hardware,
software, leitores, etc.) utilizados
na automação são fornecidos por
©
GS
1
Br
as
ul
26 O Mundo da Usinagem
Aempresa Sultécnica, no Rio Grandedo Sul, fabricante de componentesusinados de precisão, é muito mais
que um caso de sucesso do mundo metal-
mecânico. No caminho inverso de muitas
empresas, foi recentemente prospectada
por um fabricante chinês de componentes
automotivos, fechando contrato para for-
necer cerca de 2 mil peças/mês com pla-
nos de quadruplicar esse número até 2009.
A diferença está em seu posiciona-
mento estratégico, de focar valor. Assim,
sua atuação é firme e determinada em não
permanecer entre fornecedores de pro-
dutos commoditizados, ou seja, produtos
que qualquer empresa é capaz de fazer e
que invariavelmente implicam em mar-
gens ínfimas de lucratividade, dada a
acirrada concorrênciaque se estabelece
entre as dúzias de possíveis fornecedores.
Pesou nessa contratação por parte dos
chineses a história de sucesso dessa em-
presa que já recebera diversos certificados
e premiações de qualidade do setor au-
tomotivo, como da montadora Ford,
MWM International Engines, bem co-
mo do setor de implementos agrícolas, co-
mo a John Deere. 
GESTÃO EMPRESARIAL
Sultécnica exporta
precisão para a China
Nathan Carvalho
HISTÓRIA E 
DESDOBRAMENTOS
Joarez Lopes Brum juntamen-
te com Alexandre Lunardi deci-
diram fundar a Sultécnica, a qual
em 1988 usinava peças de eleva-
da complexidade para a indústria
têxtil e petroquímica. O diretor já
aliava aos ingredientes de sua re-
ceita, um dentre vários fatores de
sucesso, que é a dedicação a um
negócio de nicho – a usinagem de
peças complexas e de precisão.
Pouco tempo depois de sua
fundação, já no distrito de Ca-
27O Mundo da Usinagem
Na
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Ca
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al
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Usinagem de componente
hidráulico em máquina 5 eixos.
Durante a melhoria do processo de usinagem de componente de exportação (da esquerda para a direita):
Roger Bertrand, gerente comercial, Valdair Ferreira, operador da célula, Cristiano Rodrigues, consultor técnico
da Consultec e Marcelo Friedrich, analista de processo.
choeirinha, RS, em uma área total
de 15.000 m2 e área construída de
2.500 m2, a Sultécnica moderni-
zava seu parque fabril, adquirin-
do o primeiro torno CNC com o
intuito de aumentar a produção
para melhor atender à demanda da
indústria automotiva.
Atualmente possui 21 má-
quinas CNC, fabrica cerca de
300 mil peças/mês, entre as quais
peças para veículos leves, cami-
nhões, motores a diesel, máqui-
nas agrícolas, componentes para
sistemas hidráulicos e atende a
clientes de segmentos diversos
como o automotivo, agrícola e
hidráulico, tais como: Ford Motor
Company, MWM International
Engines, DHB Componentes
Automotivos, International Ca-
minhões, John Deere, Parker
Hydraulics, Sauer Danfoss, Stihl,
além de exportar os seus produ-
tos diretamente para clientes
OEM nos EUA e China.
A empresa conta com 90 co-
laboradores, 16 deles contratados
nesse ano. Possui um departa-
mento dedicado a projetos, lega-
do de um de seus sócios-diretores,
Joarez Brum, que já trabalhara
com projetos na época em que
cursava Engenharia Mecânica na
UNISINOS/RS. Estão alinhados
aos processos produtivos como
Lean Manufacturing de seus 
clientes, realizando entregas por
Kanban, Just-in-time, Milk Run e
o que denominam Ordens on-li-
29O Mundo da Usinagem
ne – o cliente pede on-line e a em-
presa o atende imediatamente.
O grau de comprometimen-
to com a precisão e, em decor-
rência, a qualidade dos produtos
que fabricam influiu positiva-
mente nas certificações de qua-
lidade que a empresa possui, tais
como a ISO 9001, ISO 14001,
TS 16949, e a premiação Q1
Ford, que permite à Sultécnica
fornecer peças para as fábricas
da Ford em qualquer país. 
Em 6 de dezembro de 2007
foram homenageados pela multi-
nacional americana John Deere,
maior fabricante mundial de má-
quinas agrícolas, em cerimônia
formal na planta de tratores em
Montenegro, como Fornecedor
2007 na categoria Partner-level
Supplier (Fornecedor nível Par-
ceiro) do John Deere Achieving
Excellence Program (Programa de
Obtenção de Excelência). A em-
presa de Cachoeirinha foi reco-
nhecida pelo fornecimento de
Fo
to
s:
Na
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an
Ca
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Componente de transmissões para exportação OEM: em primeiro plano
o fundido bruto e as configurações de peças finais.
Embalagens de exportação para
Ásia e mercado norte-americano.
referido prêmio em nível mun-
dial. Com isso podem fornecer
qualquer peça para qualquer
subsidiária da John Deere, sem
necessidade de prévia aprova-
ção da empresa.
PERSPECTIVAS PARA 2008
O alto nível de comprometi-
mento de todos os colaboradores
foi coroado com orgulho. Joarez
Brum se declara satisfeito em não
terem chegado a prospectar o
mercado chinês: “Acabamos sen-
do prospectados”. Tal negócio é
o primeiro da empresa para o se-
tor automotivo na Ásia e causa-
rá um impacto muito positivo na
receita das exportações, hoje na
faixa dos 10%. 
Em virtude dos contratos de
exportação e da ampliação inter-
na da fábrica, o projeto para 2008
é elevar o consumo de aço das
atuais 150 toneladas/mês para
200 toneladas/mês. Uma média
de R$ 2 milhões já estão destina-
dos à ampliação da área fabril e
à modernização das máquinas. 
Brum afirma que “o cenário
é positivo para o segmento leve
e também para a indústria de
máquinas agrícolas, áreas que re-
presentam mais de 80% do fatu-
ramento da empresa”. 
Roger Schultz Bertrand, ex-
consultor de mercado externo e
gerente de vendas e exportação há
seis anos com a Sultécnica, decla-
ra oportunamente que a empre-
sa se destaca por não ser apenas
uma empresa fazedora de peças
– ela projeta, identifica o que
produtos e serviços de excelente
qualidade, além de seu empenho
com a melhoria contínua, não ape-
nas para a fábrica de Montenegro,
mas também para a de Horizon-
tina, no extremo sul do país.
Dia 18 de fevereiro último,
receberam, da John Deere em
Davenport, Estados Unidos, o
31O Mundo da Usinagem
agrega valor ao cliente: “produ-
tos com maior valor agregado
dão margem à manutenção do
negócio, permitem competir não
com o produto do concorrente
em si, mas com o valor que so-
mos capazes de gerar na cadeia
produtiva do cliente”. E acrescen-
ta – “em diversos casos o cliente
nos pede uma cotação e devolve-
mos a ele já uma amostra pron-
ta. Queremos que, em lingua-
gem simples, nossos clientes se
apaixonem por nós”.
Os gestores da Sultécnica são
assim movidos por uma questão
hoje em dia bem recorrente – co-
mo saber ou medir quando uma
empresa virou fornecedora de
commodity? Inovações constan-
tes e sustentáveis são um cami-
nho, mas manter e dar continui-
dade ao trabalho diferenciado
que prestam, ouvir o que o clien-
te realmente deseja é um forte ele-
mento-motor da não commodi-
tização. Roger Bertrand comenta
que a Sultécnica só passa a com-
petir quando se fala em tolerân-
cias de centésimos de milímetro.
Essa é a arena em que compe-
te a Sultécnica. Não têm interes-
se em fazer serviços de usinagem,
mas em entregar um produto aca-
bado de precisão e, assim, obte-
rem a plena satisfação do cliente
superando todas as expectativas. 
PARCERIA SULTÉCNICA E
SANDVIK COROMANT/CONSULTEC
O respaldo a toda essa filo-
sofia está também na escolha de
parceiros leais. O distribuidor
autorizado Sandvik Coromant,
Consultec, em Porto Alegre há
15 anos, não encontra resistên-
cia em implementar as novida-
des tecnológicas ou de processo
na Sultécnica.
O Programa de Incremento
da Produtividade, idealizado pelo
fornecedor Sandvik Coromant,
visa basicamente otimizar os pro-
cessos de usinagem de uma empre-
sa, gerando ganhos de produtivi-
dade e reduzindo custos. O ponto
de partida é dado por uma equi-
pe técnica deste fornecedor, ou de
seu distribuidor autorizado, que
realiza um pré-estudo, ou uma
verdadeira radiografia da fábrica,
a partir de informações fornecidas
pelo cliente, onde se verificam
Vista parcial da linha de centros de usinagem.
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33O Mundo da Usinagem
quais são os problemas, e/ou gar-
galos a serem solucionados. O pe-
ríodo de implantação é de 6 a 12
meses e tem normalmente pro-
duzido excelentes resultados.
Há dois bons exemplos acom-
panhados de perto por Cristiano
Rodrigues, consultor técnico da
Consultec na Sultécnica: na usi-
nagem da carcaça da bomba de
carga, a estabilidade de fixação era
limitada. A análise do processo
possibilitou a aplicação de novas
ferramentas focando a geração de
esforços no eixo axial, aumentan-
do a produtividade em 13% e 
gerando uma economia de 169
horas por ano. Em outra peça, de-
nominada corpo hidráulico, hou-
ve um aumento de produtivida-
de de 44% e uma economia de
885 horas por ano, além de eco-
nomia com aquisição de ferra-
mentas da ordem de 30%, pois
passaram a usar ferramentas con-
jugadas. Para Rodrigues, a con-
fiança mútua foi fundamental.
Vera Natale
Editora
Time da Sultécnica juntamente com Marcos Oliveira 
e Cristiano Rodrigues da Consultec em uma parceria 
que já dura mais de 15 anos.
Na
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35O Mundo da Usinagem
IN
TE
RF
AC
E
Aintegração da cadeia produtiva pormeio de redes de monitoramento e te-lediagnóstico serve de estratégia para
maximização da produtividade à medida
que reduz o número de processos e garante
economia de tempo. Aliado a isso, os fluxos
de informação se tornam cada vez mais in-
tensos, obrigando todos os setores a priori-
zar a interatividade do maior número de
processos possível e, ao mesmo tempo, in-
vestir em sistemas mais rápidos e seguros. 
Um dos exemplos dessa integração po-
de ser encontrada na Indústrias Romi, que
implantou com sucesso o sistema de telediag-
nóstico em suas máquinas-ferramenta. O
Diagnóstico Remoto permite receber ou
atualizar, remotamente, dados em qualquer
máquina-ferramenta Romi que tenha co-
mando numérico computadorizado (CNC)
Fanuc, Siemens ou injetora de plástico Romi
com painel Controlmaster 9.
As informações como alarmes, parâme-
Interatividade, monitoramento e gerenciamento remoto 
dos processos produtivos: logística e tecnologia 
vêm ganhando cada vez mais espaço na indústria 
KyaTera 
100 vezes mais rápida 
do que a Internet
Distribuição da 
rede KyaTera.
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a
36 O Mundo da Usinagem
tros de configuração e progra-
mas, entre outras, podem ser ana-
lisadas à distância por um con-
sultor técnico da RAI (Romi
Assistência Integral). Por meio
de uma conexão telefônica, o
consultor técnico da Romi pode
visualizar, em tempo real, no mo-
nitor de seu microcomputador,
a mesma tela do painel de con-
trole da máquina e o teclado do
seu micro pode fazer a função
do teclado da máquina. Por mo-
tivos de segurança, o Diagnóstico
Remoto não permite nenhum
comando de movimento das má-
quinas-ferramenta ou a movi-
mentação real dos eixos e opera-
ções de usinagem. 
“A aplicação e utilização do
Diagnóstico Remoto reduzem
drasticamente os custos com ser-
viços e contribuem para o au-
mento da disponibilidade da má-
Outro sistema, o GSS (Group
Supplier System), integra toda ca-
deia produtiva das unidades da
Sandvik Tooling. “Tanto a pro-
dução quanto a estrutura de pro-
cessos de cada produto, bem co-
mo o histórico de produção, são
gerenciados por este sistema, cu-
ja base operacional se encontra na
Suécia. Além disso, todas as ope-
rações e informações importan-
tes relativas a cada ordem de pro-
dução ficam armazenadas na 
rede” explica Paulo Henrique
Marques Silva, analista de plane-
jamento da divisão Tooling.
Os dados do sistema partem
do chão de fábrica: quando o
operador dá baixa em uma ordem
de produção, automaticamente a
informação é exportada para o
servidor. Dessa forma é possível
calcular o custo unitário de cada
produto (recálculo é realizado
uma vez por ano), gerar relató-
quina, com a redução do tempo
de paralisação do equipamento”,
afirma Hermes Lago, diretor de
comercialização de máquinas-
ferramenta da Indústrias Romi.
Máquina retificadora de última geração da Mori Sieki 
com predisposição para controle remoto.
Nunzio Torrisi, representante do laboratório OPF 
para atividades do projeto KyaTera.
Im
ag
en
s:
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a
38 O Mundo da Usinagem
rios muito mais facilmente e ter
um benchmarking com todas as
outras unidades, tudo isso em
tempo real. “A grande vantagem
dessa tecnologia é a velocidade na
decisão, embasada em informa-
ções precisas e dinâmicas” fina-
liza Henrique.
KYATERA: FLUXO DE 
INFORMAÇÕES A SERVIÇO 
DO CONHECIMENTO E 
DESENVOLVIMENTO
Do tupi-guarani Kya (rede
de pesca) e do grego Tera (gigan-
tesco). Trata-se de um anel ópti-
co ligando universidades, labora-
tórios e empresas do país com
velocidade de transferência cen-
tenas de vezes maior que a inter-
net convencional.
“O KyaTera é uma platafor-
ma de ensino e pesquisa, a primei-
ra do hemisfério sul”, afirma
Patrícia Mariuzzo, gerente de dis-
seminação e logística do projeto.
de 500 pesquisadores trabalhan-
do cooperativamente. Atualmente
40 projetos estão em andamento,
foram produzidas diversas publi-
cações científicas e dissertações
sobre o tema e 28 WebLabs estão
em funcionamento. “WebLabs
são laboratórios reais cujos equi-
pamentos são controlados por
meio da internet. Eles contem-
plam áreas como Óptica e Fotô-
nica, Robótica, Engenharia
Química, Meio Ambiente e Me-
dicina”, afirma Mariuzzo.
APLICAÇÕES NA INDÚSTRIA
Existem diversas pesquisas
desenvolvidas pensando na in-
dústria em curto, médio ou lon-
go prazo. Entre os projetos de
destaque da rede estão o desen-
volvimento de ferramentas de
realidade virtual para protóti-
pos industriais, sistemas de se-
gurança, protocolos e modelos
para sistemas industriais distri-
buídos, entre outros. “Pelo fato
de a internet ser um tema trans-
versal à maior parte dos segmen-
tos da indústria, as pesquisas
desenvolvidas no KyaTera aca-
bam afetando as mais diversas
áreas da economia, incluindo a
indústria metal-mecânica” afir-
ma Mariuzzo.
Uma das camadas de aplica-
ção da rede é o projeto “Tele-
comando e monitoramento de
sistemas de fabricação”, organi-
zado em 3 WebLabs:
• Gerenciamento Remoto de
Sistemas de Automação;
• Inspeção de Ambientes de Tra-
balho com Robôs Autônomos
ABB Industrial Robot integrado
para os WebLabs.
Sistema de supervisão de máquinas-ferramenta da Sensoft.
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Ky
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Ar
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iv
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Se
ns
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Segundo ela “o objetivo é mobi-
lizar empresas, institutos de pes-
quisa, universidades e agências de
fomento para gerar conhecimen-
to científico e desenvolver inova-
ções tecnológicas nas mais diver-
sas esferas de conhecimento”. 
O projeto funciona desde
2005 e atualmente reúne cerca
KyaTera:
Integração com sistemas CAM
A Sensoft vem desenvolven-
do um sistema de otimização au-
tomática de processos de usi-
nagem através da integração de
sistemas CAD/CAM com seu sis-
tema de monitoramento on-line
do processo de usinagem em má-
quinas-ferramenta de CNC basea-
do em plataforma PC, como, por
exemplo, os CNCs SIEMENS Si-
numerik 810D/840D e GE-FANUC
série xx0-i. Em sistemas CAD/CAM
convencionais, a otimização de
processos restringe-se, basica-
mente, à comparação do modelo
geométrico desejado e das es-
pecificações de projeto com o 
resultado da peça usinada. O
usuário, com a devida experiên-
cia em processos de usinagem e
em operação do sistema CAM,
utiliza-se destas informações para
realizar as devidas correções no
programa CN. Já o sistema pro-
posto visa fornecer ao usuário da-
dos da máquina-ferramenta refe-
rentes ao processo de usinagem,
coletadas durante a execução do
programa CN, gerando-se assim
informações adicionais para a
otimização do processo e suge-
rindo possíveisações para tal.
Através de um monitora-
mento on-line da máquina-fer-
ramenta e utilizando-se de al-
goritmos parametrizados pelo
usuário, o sistema irá sugerir al-
terações de parâmetros e de es-
tratégias de usinagem visando a
otimização da fabricação, sejam
estas referentes à otimização da
qualidade (dimensional e acaba-
mento superficial) e/ou do custo
(redução de quebras e desgastes
de ferramental, de tempos de ci-
clo, de corte, de avanços em va-
zio, etc). Este sistema permitirá
também uma análise comparati-
va do desempenho de ferramen-
tas, quanto ao seu desgaste,
potência consumida e qualidade
da peça obtida.
40 O Mundo da Usinagem
Sistemas Mecânicos da Escola
Politécnica (USP), este projeto
visa o desenvolvimento de uma
arquitetura e aplicativos para que
operadores em qualquer parte
do mundo tenham condições de
monitorar um processo e co-
mandar equipamentos de um
sistema produtivo. 
Na opinião de João Oliveira,
diretor presidente do IPT, essa
tecnologia possibilita acompa-
nhar o desempenho de toda a
cadeia produtiva: “o gerente de
uma empresa tem condições de
mensurar a taxa de utilização de
determinada máquina, monito-
rando o nível de paradas e o efei-
to disso na cadeia produtiva”. 
“O sistema permite um me-
lhor gerenciamento da produção,
da manutenção de máquinas e da
otimização de seus processos de
usinagem, proporcionando ga-
nhos de produtividade por conta
da automatização de um proces-
so que antes era manual”, desta-
ca Fábio Ferraz, gerente da Sensoft.
“O foco aqui é estabelecer uma
estrutura lógica e funcional, téc-
nicas e ferramentas que garantam
a segurança e flexibilidade do sis-
tema. Esta tecnologia é funda-
mental para o telediagnóstico, tra-
tamento e recuperação de falhas,
em especial para sistemas com má-
quinas CNC”, comenta Miyagi.
Entretanto, as pesquisas de-
senvolvidas nestes laboratórios
possibilitam muitas outras aplica-
ções e apesar de serem desenvol-
vidas em um ambiente de pes-
quisa, podem ser aplicadas na
prática em quase todos os am-
bientes da cadeia produtiva. Infor-
me-se sobre essas possibilidades e
transforme-as em soluções.
Fernando Sacco
Jornalista
Móveis e Sistema de Visão Omni-
direcional;
• Monitoramento Remoto de
Máquinas-Ferramenta.
Segundo o Prof. Dr. Paulo
Eigi Miyagi, do Departamento
de Mecatrônica e Engenharia de
usinagem, o cuidado no projeto
previu a utilização de produtos
industriais seriados, como guias
lineares, fusos de esferas, servoa-
cionamentos, válvulas e sistema
de lubrificação centralizado, dos
mesmos fabricantes que forne-
cem ao mercado de máquinas-
ferramenta comercializadas no
mercado tradicional.
43O Mundo da Usinagem
OTS
Máquina-ferramenta
brasileira CNC MINI
ACNC Tecnologia, sediadaem Santa Bárbara d’Oeste –SP, oferece máquina-ferra-
menta CNC com dupla função –
Torneamento e Fresamento. O
equipamento foi desenvolvido pa-
ra atender aos seguintes merca-
dos-alvo:
• Área Educacional (Universidades
e Escolas Técnicas, como os
CEFET’s, SENAI’s, FATEC’s, etc.).
• Prestadores de Serviços com ope-
rações em Micro-usinagem.
• Ferramentarias.
Para as instituições de ensino,
viabiliza o treinamento dos alunos
com demonstração explícita dos
conceitos de torneamento e fresa-
mento em máquinas a CNC sem
a necessidade de investimentos em
equipamentos distintos; ou seja,
aquisição em separado de tornos
e fresadoras a CNC.
Algumas instituições educacio-
nais e de pesquisa como UNESP
e USP, já adquiriram o equipamen-
to para equipar seus laboratórios.
Todo o material de apoio ins-
trucional foi desenvolvido em con-
junto com o Centro SENAI –
Fundação ROMI em Santa Bár-
bara d’Oeste – SP.
Para o mercado de micro-
Ad
ria
na
El
ia
s
Alguns segmentos, tais como
fabricante de fechaduras/chaves;
usinagem de corpo de provas pa-
ra ensaios mecânicos; peças para
os segmentos odontológico e or-
topédico; moldes; prototipagem;
aeromodelismo; automodelismo;
jóias e bijuterias dentre outros, fo-
ram contemplados com a multi-
funcional brasileira. 
Mini-torno e
fresadora CNC
conjugados.
de deslocamento entre ambientes.
Dessa forma, as instituições de en-
sino e/ou empresas de micro-usi-
nagem poderão, com um só equi-
pamento, devido à facilidade de
movimentação, utilizá-lo em vários
locais, inclusive em salas de aula dis-
tintas, não necessitando de um lo-
cal específico como um Labora-
tório para sua utilização.
Para esse modelo CNC MINI,
a CNC Tecnologia orienta, devi-
do à facilidade operacional, a uti-
lização do novo Comando Nu-
mérico da MCS Engenharia
denominado “PROTEO” – em
conjunto com os servoacionamen-
tos brushless da WEG, dando as-
sim uma condição de alto índice
de nacionalização. A alteração da
operação de torno para fresadora,
inclusive da adequação da nomen-
clatura dos eixos coordenados, é rá-
pida e prática, é efetuada direta-
mente no painel de operação, não
havendo necessidade de alterações
de hardware na máquina. Essa
inovação já possui protocolo de-
finitivo de patente de invenção
junto ao INPI, inclusive “Atestado
de Exclusividade” conferido pela
ABIMAQ/SINDMAQ, certifi-
cando que a CNC TECNOLO-
GIA é fabricante nacional exclu-
siva desse equipamento.
Os equipamentos CNC MINI
também podem ser fornecidos nas
versões Torno ou Fresadora sepa-
radamente. Inclui, ainda, a possi-
bilidade de integração com auto-
mações externas e, em virtude de
sua procedência, permite agilidade
nos serviços de manutenção.
A CNC TECNOLOGIA 
dá como opção, tanto para o
Mini-Torno como para a Mini-
Fresadora, a montagem com
qualquer Comando Numérico
comercializado no mercado na-
cional, tais como: Fagor, Fanuc,
Heidenhain/Diadur, MCS, MDSI
e Siemens.
Nos últimos anos a empresa
tem investido na melhoria e di-
vulgação desses produtos que en-
frentam a concorrência de máqui-
nas importadas. A empresa tem
encontrado dificuldades na parti-
cipação das licitações de escolas
técnicas públicas em virtude de,
normalmente, as descrições dos
equipamentos elencadas nas licita-
ções serem baseadas nas caracterís-
ticas das máquinas importadas,
visto serem as únicas máquinas
disponíveis no passado.
Apesar da CNC TECNOLO-
GIA já haver exportado o equipa-
mento Mini-Torno e Fresadora
CNC Conjugados para os USA,
está desenvolvendo um trabalho
44 O Mundo da Usinagem
VANTAGENS
• Dois equipamentos em um;
• Valor do investimento pratica-
mente para um equipamento;
•Espaço reduzido (740 x 1970 mm);
• Facilidade de movimentação.
Um caso de aplicação indus-
trial de sucesso refere-se a um fa-
bricante de fechaduras/chaves
que, certificando-se da possibili-
dade de utilização do mini-equi-
pamento dentro do segmento
em que atua, comparando preço,
prazo de entrega, versatilidade,
período de garantia e que teria
disponibilidade de um rápido
atendimento quando da assis-
tência técnica, achou interessan-
te em comparação com os de-
mais equipamentos, adquiriu o
produto da CNC, estando satis-
feito com sua performance.
O equipamento Mini-Torno e
Fresadora CNC Conjugados ocu-
pa uma área de 1,5 m2, é monta-
do sobre uma bancada com rodí-
zios e freios, permitindo facilidade
Mini-torno CNC com sistema “Gang”.
Ar
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iv
o
CN
C
mais agressivo de marketing jun-
to ao mercado interno. O desafio
consiste em divulgar: 
• A excelente qualidade de seus
produtos, por superarem em mui-
to a performance dos concorren-
tes similares;
• Que os equipamentos são fabri-
cados integralmente no Brasil;
• Que a empresa oferece garantia
de 12 meses, superior à maioria dos
fabricantes de máquinas;
• Que a assistência técnica será
prestada por sua coligada CNC
SERVICE – empresa tradicional
e que já possui um nome forte na
atuação de assistência técnica em
máquinas operatrizes; 
• Que o preço comercializado é
justo;
Mecânicade 2008 a ser realiza-
da no Centro de Exposições do
Anhembi-SP de 13 a 17 de maio.
A CNC TECNOLOGIA apre-
sentará como novidade na Feira,
nova versão para o Mini Torno
CNC, que possuirá Torre Auto-
mática de 08 posições.
Eng. José Fernando Perez
Diretor Comercial 
A CNC, fundada em 1989, está estabelecida em Santa Bárbara
d’Oeste, SP. Contatos para conhecer os equipamentos poderão ser
efetuados durante a Feira da Mecânica 2008, à rua B nº 24, ou na
sede administrativa da empresa, à Rua Uruguai, 574 - Jardim Sartori,
em Santa Bárbara d’Oeste, telefone + 55 19 3463 6311 ou ainda
através do e-mail contato@cncnet.com.br.
• Que atende integralmente as ne-
cessidades de treinamento;
• Que possui a vantagem de pos-
sibilitar a sua aplicação na produ-
ção de peças no mercado de mi-
cro-usinagem.
A máquina-ferramenta Mini
Torno e Fresadora CNC Conju-
gados que já foi exposta nas fei-
ras FEIMAFE, Feira de Chicago
e Feiras da Mecânica, terá sua
presença garantida na Feira da
49O Mundo da Usinagem
PONTODEVISTA
As novas demandas 
na busca 
por talentos
Já houve o tempo em que tudo o que umprofissional precisava fazer para se man-ter empregado era entregar resultados à
empresa. Alcançá-los sempre foi, e continua
sendo – cada vez mais intensamente –, a
grande preocupação de toda organização em-
presarial. Agora, apenas isso não é suficien-
te. Qualidades e competências antes pouco
pensadas como fator de competitividade pro-
fissional estão fazendo a diferença
nos processos de seleção. Por
isso, em determinadas áreas 
e segmentos de negócios,
assistimos a uma escassez
de profissionais. E quem
atende ao perfil desejado
pelas empresas está sendo
disputado em um corpo a cor-
po corporativo.
Um desses fatores de diferenciação é
a combinação de alta energia, foco nos ob-
jetivos, capacidade de prever os possíveis re-
sultados das ações (analisar os riscos) e dis-
posição para inovar. Todos os nossos clientes
querem pessoas com essa característica e es-
tão dispostos a pagar mais para atraí-las e re-
tê-las. Isso quer dizer que quem possui um
estilo menos arrojado de atuar é, na mesma
proporção, menos valorizado.
Mas isoladamente isso ainda não basta.
A integridade, ou seja, a vinculação com
valores éticos, é outro fator determinante,
principalmente depois dos escândalos que en-
volveram nomes de grandes corporações
americanas, da criação da Lei Sarbanes-
Oxley e da crescente valorização da respon-
sabilidade social e ambiental nas empresas.
Além disso, com o advento das novas tec-
nologias de informação e comuni-
cação e a redução dos níveis
hierárquicos, as relações de
trabalho passaram do prin-
cípio do “controle” para o
da “confiança” e esta se
baseia na integridade.
Nesse ambiente, ser
honesto também já não é su-
ficiente. É preciso ser e parecer
honesto, além de atencioso e respeitoso
com todos os demais e aberto à diversidade,
afinal, nas empresas já não há espaço para ne-
nhum tipo de pré-conceito. Aquela história
do “não temos nada que o desabone” não é
mais referência sobre o profissional. As em-
presas querem a certeza de que, além de nun-
ca ter feito nada de errado, ele faz o que é
certo. Isso envolve uma série de situações
em que o valor “integridade”, ou o “agir cor-
Quem atende ao perfil
desejado pelas empresas 
está sendo disputado 
em um corpo a corpo 
corporativo.
50 O Mundo da Usinagem
retamente”, pode ser interpreta-
do de maneira muito mais abran-
gente. Portanto, uma assertivida-
de maior no comportamento –
por exemplo, através de traba-
lho voluntário – é outro fator
fundamental para se destacar.
Como eu disse logo no iní-
cio, toda empresa quer ter lucro,
superar metas, vender muito, ou
seja, está em busca de resultados
para o negócio. Entretanto, “co-
mo” esses resultados são atingi-
dos é um valor tão importante
quanto. É preciso construir rela-
ções de longo prazo com a con-
vicção de que ter, a todo custo,
o melhor resultado hoje possivel-
mente comprometerá o resulta-
do de amanhã e, muitas vezes, até
a continuidade da empresa.
Outra cobrança cada vez
maior na “caça aos talentos” é a
capacidade de influenciar pes-
soas e motivá-las a dar o melhor
de si na busca de resultados. Isso
porque as hierarquias no mun-
do corporativo não seguem mais
o modelo verticalizado e rígido
dos exércitos; todos da equipe
têm o direito e o dever de par-
ticipar e opinar.
Isso leva outra necessidade
ao profissional: saber quando fa-
lar, quando ouvir o outro e co-
mo considerar o que foi dito. A
princípio, pode não parecer mui-
to complexo, mas assim o tem si-
do em função da crescente rea-
lidade dos times globais – é cada
vez mais comum encontrarmos
Ar
qu
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KP
M
G
equipes formadas por profissio-
nais de países e culturas total-
mente diferentes –, nos quais o
respeito à diversidade é funda-
mental. É o que chamamos de
“postura internacional”.
Em resumo, a empresa com-
petitiva e sustentável não quer
pessoas comuns no seu time. Ela
quer atrair e reter quem vai fazer
a diferença e desenvolver um cli-
ma favorável para que todos en-
treguem o melhor de si. Por is-
so, não raras vezes, pessoas que
tiveram sucesso no passado en-
frentam dificuldade de encon-
trar oportunidades interessantes
no presente. Elas não perceberam
as novas demandas técnicas e
comportamentais que permitem
aos profissionais gerar mais valor
para a empresa e, com isso, man-
ter alta a sua própria competiti-
vidade no mercado de trabalho.
Patrícia Molino
Assessoria em Gestão de Recursos
Humanos da KPMG no Brasil.
* Matéria captada pelo Depto. de Comunicação Corporativa da Sandvik do Brasil.
53O Mundo da Usinagem
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Para tal gasto, aponta-se a derrocada da escola pú-blica, que obriga as famílias, desde os anos de1970, a colocarem seus filhos em escolas par-
ticulares. Mas embora o preço da mensalidade esco-
lar responda por mais da metade dos gastos com um
filho, a verdadeira mudança se deve à nossa entra-
da, sem o devido preparo, na sociedade de consumo.
O gasto com a educação dos filhos, portanto, não se
limita à escola e ao plano de saúde: roupas, equipa-
mentos escolares, computador, telefone celular, jo-
gos de computador, vídeos, idas ao shopping, presen-
tes aos amigos, viagens escolares....
Consultores de orientação financeira deixam cla-
ro que economizar, cortando supérfluos – inclusive
Pe
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Não delegue 
a educação do seu filho
Com até 25% 
da renda familiar
usada para educar 
os filhos, a situação
exige cuidados.
aquele video game que o menino
de 3 anos nem entende do que
se trata – é o primeiro passo pa-
ra o planejamento visando a saú-
de e educação dos filhos.
Os números são preocupan-
tes: uma família de classe média,
segundo o Centro de Estudos de
Finanças Pessoais e Negócios
(CEFIPE), de São Paulo, com
renda de 4.000 reais por mês, te-
rá gasto, ou gastará, cerca de 250
54 O Mundo da Usinagem
à procriação de que se tem notí-
cia, ao proclamar o custo de 1,6
milhão de reais do nascimento
aos 23 anos de idade...
Mas não nos desesperemos! A
simples ilustração da referida ma-
téria nos localiza em um univer-
so de cursos de tênis, equitação
– com manutenção de um bom
cavalo – de viagens de estudo,
competições, etc.
que não são par-
so de língua estrangeira, um bom
plano de saúde, livros, etc.
Muitas empresas de consulto-
ria financeira recomendam apli-
cações em fundos de investimen-
to dedicados ao futuro dos filhos.
Elas indicam que depositanto
250 reais por mês, ao final de 16
anos seu filho terá a soma de 100
mil reais para ser resgata-
da. Esses planos com-
preendem seguros que
mil reais entre
o nascimento e a
formatura do filho
na universidade. O
peso maior, cerca de
50 mil por 4 anos de mensalida-
desuniversitárias, poderá ser de-
duzido se o filho conseguir entrar
em uma universidade pública.
O assunto frequentemente
comparece nas revistas semanais
do país. A Veja de número 41, de
fevereiro pp., em matéria “Do
berço à Universidade: quanto cus-
ta criar um filho” poderia funcio-
nar como o mais sério inibidor
te do universo do comum dos
mortais. Atinge-se a extraordiná-
ria soma, também, pela inclusão
de custo de aluguel, eletricidade,
condomínio, etc., que na realida-
de não devem fazer parte dos cál-
culos, já que o casal teria esses
gastos mesmo sem filhos.
Pensemos, portanto, no bá-
sico, como boas escolas, um cur-
protegem a
criança, no
caso de morte
do chefe de famí-
lia, pagando suas
mensalidades escolares até os 18
anos de idade.
Os consultores aconselham
uma vida de economia diária, re-
vertendo o que se salva do des-
perdício para tais fundos. Nas
famílias de renda A e B, o gasto
com educação compromete ape-
nas 2,5% do orçamento, enquan-
to que naquelas de renda C e D,
este percentual está na média de
Pe
dr
o
Dê
ge
lo
56 O Mundo da Usinagem
cessidade de aproveitamento dos
livros escolares, sem descartá-
los anualmente como se fossem 
papel velho. As escolas são co-
niventes com as editoras, que 
desovam anualmente “novas edi-
ções”, fazendo crer que os exem-
plares anteriores da mesma obra
não são mais utilizáveis. Calcule
a economia dupla, a de comprar
14% por filho, segundo pesqui-
sa da Fundação Getúlio Vargas.
Assim, como economizar se
mais de 70% das famílias de clas-
se média já cortou, com referên-
cia nos anos de 2006-2007, tu-
do o que considerava supérfluo?
Viagens, carro novo, reforma da
casa e, às vezes, até mesmo a com-
pra da casa própria, tudo está
sendo revertido para a educação
dos filhos. A idéia é a que é me-
lhor deixar ao filho uma boa edu-
cação, que lhe garanta o futuro,
do que lhe deixar bens mate-
riais, que ele consumiria se não
tiver um bom emprego para
mantê-los.
A economia diária de
que falam os conselheiros
econômicos implica em
exercitar um equilíbrio
no consumo, nisso orien-
tando os filhos desde pe-
quenos. O salutar comba-
te ao desperdício de água
e eletricidade, de alimen-
tos e de vestimentas, que
são desprezadas e trocadas
em virtude de modismos, já
geraria considerável economia
em uma família de 4 pessoas.
Restringir presentes e evitar a
compra de brinquedos de pou-
co uso, reintroduzir o hábito da
leitura, contando histórias às
crianças antes de dormir, são prá-
ticas que farão de seu filho um
ser humano mais saudável e me-
nos ligado às necessidades do
consumo.
Salutar também reunir-se
com pais da escola de seu filho e
argumentar, com a direção, a ne-
livros usados e a de poder reven-
dê-los no final do ano letivo!
Igualmente importante, ainda
nessa questão de livros, cobrar
da escola a manutenção de uma
biblioteca circulante, evitando-se
a compra compulsória de livros
para-didáticos.
Ensinar as crianças a estabe-
lecer metas a serem atingidas,
economizando para “chegar lá”,
é importante não apenas para
imediato retorno como, sobretu-
do, para a formação da criança.
A preocupação com o futuro e
o aconselhamento econômico
parecem estar surtindo efeito:
até julho de 2006 os fundos de
investimento infanto-juvenis ti-
nham, segundo a Infomoney,
captado R$ 79,1 milhões (con-
tra R$ 65,7 milhões no mesmo
período em 2005).
É necessário, contudo, uma
política nacional que combi-
ne os poderes públicos e o
setor produtivo, pela valo-
rização de cursos técnicos
e sua difusão entre nós. A
busca do diploma uni-
versitário, muitas vezes
em setores sem nenhum
interesse para o aluno,
reflete a falta dessa polí-
tica e pesa enormemente
no orçamento familiar, so-
bretudo das classes econô-
micas C, D e E. 
Em outubro de 2007, o
analista da Hoper Consultoria
em Educação de Curitiba, Ryon
Braga, detectou que o grande
gasto das famílias de classe eco-
nômica E não é com ensino fun-
damental e médio mas sim com
o ensino universitário. O apelo
para se ter diploma universitário
cresceu muito e a iniciativa pri-
vada percebeu esse filão e o resul-
tado foi constatado pelo IBMEC:
entre 1985 e 2005 a rede públi-
ca universitária cresceu 121,8%
e a particular cresceu 634%.
Pe
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o
Dê
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Infelizmente, paga-se, muitas
vezes, por um arremedo de forma-
ção universitária e o Ministério da
Educação vem fechando cursos
ou restringindo o número de va-
gas de escolas particulares, como
foi o caso das mais de 6 mil vagas
em cursos de Direito cortadas pa-
ra o ano letivo de 2008.
Planejar a educação do filho,
portanto, vai além da
simples manu-
tenção de um
Planejamento Financeiro
 Finanças para crianças 
 Check-up financeiro 
 O precário equilíbrio entre carreira, família e dinheiro
Ser independente financeiramente
 Herdar exige criar liquidez para cada uma das gerações 
 Inicie agora o seu preparo físico financeiro! 
 Em cada decisão há uma taxa de juros a ser entendida 
 O dinheiro na mão delas 
 Reserva Financeira – Por que é importante? 
 Planeje-se para a avalanche de despesas de todo ano
Para QUEM serve um seguro de vida?
Ano novo, velhas metas
 Organize sua vida financeira 
 PLANEJAMENTO FINANCEIRO - FINANCENTER 
 Faça Você Mesmo 
 POR QUE PLANEJAR AS FINANÇAS PESSOAIS 
Orçamento Familiar
 Exagero na mesada abre espaço para mau uso do dinheiro
Fuja das crises financeiras
Mudanças de Padrão dos Orçamentos Familiares 
 Você sabe quanto gasta? 
 O Orçamento do Brasileiro 
 Um presente para o futuro 
 Gastar muito é uma doença 
 Ensinando seus filhos a juntar dinheiro
Monte um plano para o pagamento de suas dívidas 
 Administrando melhor seu orçamento
Despesas de consumo - POF IBGE
Os efeitos do Consumismo
Planejando suas finanças
No site http://financenter.terra.com.br você pode encontrar vários instrumentos úteis para seu planejamento, com
textos escritos em linguagem acessível e agradável, além de planilhas que o ajudarão a gerenciar seus objetivos.
Veja alguns exemplos abaixo e Bom Trabalho! 
[$$ $$$
fundo de aplicação ou sua manu-
tenção em escolas particulares a
partir do berçário. O planeja-
mento mais efetivo é aquele da
proximidade com o filho, é o da
transmissão de valores, do ensi-
no do respeito pelos bens finíveis,
como água e energia elétrica, é o
do combate ao consumismo sem
peias e sem espírito crítico. Em
poucas palavras, o melhor plane-
jamento é não delegar a educa-
ção de seu filho às escolas: elas de-
58 O Mundo da Usinagem
vem apenas instruí-lo, pois quem
o educa, quem faz dele um cida-
dão socialmente responsável e
atuante, realmente, é a família.
Marlene Suano
DH-FFLCH da USP
Fontes:
http://web.infomoney.com.br
http://www.icatu-hartford.com.br
http://financenter.terra.com.br
61O Mundo da Usinagem
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Ferramentaria, modelação e usinagem
se encontram em Joinville - SC
A4ª Feira e Congresso de Ferramentaria,Modelação e Usinagem, a F+M+U 2008de Joinville, SC, reuniu, nos dias 11 a
14 de março pp, 182 expositores e 249 em-
presas apresentaram suas marcas, produtos e
serviços a 23.251 visitantes, entre empresários,
profissionais da área, compradores, fornece-
dores, prestadores de serviços e estudantes.
Joinville tornou-se o centro de negócios
sendo prospectados ou fechados, com visi-
tantes de diversas outras cidades catarinenses
e de quase todos os estados brasileiros, além
de outros países, como: Estados Unidos,
Argentina, Alemanha, Espanha, China e Japão.
Expositores e visitantes notaram a pre-
sença de diversos empresários e tomadores de
decisão de grandes empresas nacionais e
multinacionais, o que consagra a cidade de
Joinville, por meio de sua F+M+U como o
segundo maior pólo de Ferramentaria, Mo-
delação e Usinagemdo país.
Diversos lançamentos foram apresenta-
dos. Empresas que nunca haviam participa-
do de feiras fora de São Paulo vieram à
F+M+U 2008 e ficaram surpresos com o
poder e a força desta economia na região sul
do país e com a qualificação dos visitantes.
A grande maioria dos expositores entre-
Pa
ul
o
M
al
uc
he
vistados apresentou um feed-back
bastante otimista e, prova disso,
foram diversas empresas que já re-
servaram e ampliaram seus espa-
ços para a próxima edição do
evento, que acontecerá entre 16
e 19 de março de 2010.
EVENTOS PARALELOS COM
DESTAQUE INTERNACIONAL
Paralelo à feira, aconteceu o
4º Seminário de Soluções e Tec-
nologia, organizado em parceria
com o Senai – Joinville. Com o
tema “Tendências Tecnológicas
no Setor de Ferramentaria, Mo-
delação e Máquinas” a palestra
ministrada pelo professor da
Universidade de Aveiro, em Por-
tugal, Gil Cabral foi o destaque
internacional do seminário. 
Outros profissionais de re-
nome, que atuam em empresas
como: Mercedes Benz do Brasil,
Instituto Tecnológico de Aero-
náutica (ITA) e Universidade Fe-
deral de Santa Catarina (UFSC),
também apresentaram em suas
palestras diversos temas de gran-
de interesse para o público presen-
te. Além de conhecer experiên-
cias de sucesso, os participantes
tiveram a oportunidade de inte-
ragir e conversar sobre os prin-
cipais tópicos da Feira.
Aconteceu também, em pa-
ralelo à F+M+U 2008, o Semi-
nário Internacional de Usinagem
e Ferramentaria, organizado pelo
Núcleo de Usinagem e Ferramen-
taria da ACIJ. O evento apresen-
tou o palestrante Per Noedvall, en-
genheiro da empresa Kaller, da
Suécia. O tema abordado foi Deve-
lopment & Aplication Support,
com tradução simultânea.
Representantes de mais de
cem grandes empresas nacionais,
além de Ferramentarias, Mode-
lações e Usinagens de todo o
país estiveram presentes no even-
to. Por acreditar que o sucesso
atingido pela feira foi devido a to-
dos que dela participaram, a
Markt Events agradece a presen-
ça de todos e convida desde já pa-
ra a 5ª F+M+U, que acontecerá
entre 16 a19 de março de 2010. 
Equipe OMU
FONTE: Assessoria de Imprensa da
Markt Events – Feiras de Negócios
62 O Mundo da Usinagem
PORTAL ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Você já navegou pelo Portal Engenharia de produção?
Com atualizações frequentes e espaços co-laborativos, o Portal é dinâmico e inte-rativo. Reúne em um só lugar tudo o que
acontece no mundo industrial, acadêmico e
empresarial da área de Engenharia de Produção.
Nele, o profissional passa a contar com um
espaço de discussão, onde é possível divulgar
visitas técnicas, eventos, vagas de estágio e em-
prego, indicações de sites, integrar-se com os
outros membros e muito mais. 
Além de um Fórum de discussão, o portal
possui cases, artigos, links para revistas de enge-
nharia, eventos do setor, divulgação de palestras
e muito mais. Muitos tópicos sobre Cultura e
Crescimento Pessoal, Economia e Negócios,
Tecnologia e Ciência, são de vital importância
para a boa colocação do engenheiro no merca-
do de trabalho.
Particularmente interessante a seção sobre le-
gislação, que oferece Leis, decretos e resoluções
que regulamentam as atividades de profissões li-
gadas ao CONFEA – Conselho Federal de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia.
Visite: www.engenharia.alol.com.br
64 O Mundo da Usinagem
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Inovar em parceria será tema de
workshop na VIII Conferência da Anpei
Como inovar quando a empresa possuirecursos e tempo limitados? A respos-ta será dada pelo consultor internacio-
nal Jay Paap, no workshop “Open Innovation”
(inovação aberta), que ele vai ministrar du-
rante a VIII Conferência Anpei de Inovação
Tecnológica, a ser realizada de 19 a 21 de
maio, em Belo Horizonte-MG. 
Para Jay Paap “empresas em todo o mun-
do reconhecem que o segredo para o crescimen-
to sustentado no longo prazo, e até mesmo pa-
ra a sobrevivência, está no atendimento aos seus
clientes com produtos e serviços inovadores”.
No entanto, ele observa, a grande maioria das
empresas não possui os recursos nem a cultu-
ra necessários ao processo de inovação. “Até
mesmo as grandes corporações, com reconhe-
cida trajetória inovadora, estão sendo desafia-
das devido à velocidade das mudanças e dos
riscos e custos para o desenvolvimento de no-
vos produtos ou serviços”, afirma.
Para o consultor, que é PhD pelo Instituto
de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na si-
gla em inglês), uma maneira de driblar os pro-
blemas de recursos e de tempo é reconhecer
que para inovar não é necessário desenvol-
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AN
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Para mais informações sobre a VIII Conferência Anpei
de Inovação Tecnológica, acesse www.anpei.org.br.
As inscrições para o evento já estão abertas.
ver todo o processo dentro da própria em-
presa. “Com a identificação de novas tecno-
logias, externas ao negócio, é possível estimu-
lar ou complementar o esforço inovador
interno de cada empresa”, explica Paap. “Em-
presas como a Procter & Gamble, por exem-
plo, otimizam seu faturamento por meio da
inovação aberta”. 
Nos últimos trinta anos, Jay Paap vem
criando e implementando programas de ino-
vação aberta em grandes empresas mundiais.
Entre seus clientes estão a 3M, Apple, AT&T,
Boeing, British Telecom, DuPont, Ford,
Gillette, IBM e Motorola. 
No workshop, durante a VIII Conferência
Anpei, Jay Paap vai detalhar as características
da inovação aberta e explicar porque ela vem
sendo adotada pelas empresas. Vai, também,
indicar onde e como procurar fontes externas
para o processo de inovação e demonstrar co-
mo criar parcerias empresariais. 
66 O Mundo da Usinagem
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Projeto une e barateia componentes 
de tanques de motocicletas
Projeto desenvolvido em parceria entre aEscola Politécnica (Poli) da USP e umaindústria de sistemas automotivos criou
uma peça que é a junção da válvula de com-
bustível e do medidor de nível de gasolina de
motocicletas. Esse projeto reduz entre 38% e
44% o número de componentes do sistema
tanque de combustível, reduz o custo de mon-
tagem das peças na linha de fabricação e per-
mite dobrar o mercado atendido pela fabri-
cante. Ele facilita também a logística – desde
o desenho até a fase final de testes, por se tra-
tar de um único produto em vez de dois.
O projetista, o engenheiro elétrico Nelson
Nishimura, há dez anos no ramo, analisando
o tanque de combustível das motocicletas,
percebeu que as duas furações de montagem
embaixo dele tinham a mesma função: per-
mitir o acesso e montagem das peças. Em
uma das furações é montada a válvula, que re-
gula o fluxo de gasolina que sai do tanque e
vai pro motor; e em outra, o medidor de ní-
vel, que mede a quantidade de combustível
existente no tanque. “Ambos os locais têm anel
de vedação e usam porcas e parafusos para
montar cada componente”, explica Nishimura.
Dessa forma, surgiu a idéia de unir esses
dois componentes em um só, para que o tan-
que fique com apenas uma furação de mon-
tagem, diminuindo também o risco de vaza-
mentos e, conseqüentemente, de incêndio.
MERCADO
Como a funcionalidade dos componen-
tes seria a mesma, as empresas fabricantes de
um ou outro deles passariam a atender a dois
mercados. “A empresa que só fornecia o me-
didor agora poderá fornecer a válvula inte-
grada também, aumentando o seu faturamen-
to”, analisa o engenheiro.
Outra vantagem do produto é ser com-
patível com qualquer tipo de motocicleta: as
que têm marcador de combustível no painel
(50% dos tipos), as que possuem uma lâm-
pada que acende quando a gasolina atinge o
nível de reserva (3%), e as que não têm ne-
nhum tipo de indicador de combustível (47%).
OS NÚMEROS
O engenheiro fez comparações com duas
das maiores fabricantes de motocicletas do
mundo –a Honda e a Yamaha. Para a fabri-
cação do medidor e da válvula, a Honda uti-
liza 45 componentes e a Yamaha, 50. O pro-
tótipo proposto utiliza apenas 28 peças, e é
compatível com as duas marcas.
Levando-se em conta todo sistema de
tanque de combustível (porcas, parafusos e su-
portes), a economia é ainda maior. A Honda
necessita de 55 peças, enquanto que a Yamaha
utiliza 64. O projeto de Nishimura consome
33 peças, significando uma redução de 40%
a 48% dos componentes necessários.
O mestrado de Nishimura na Poli, Desen-
volvimento de um novo conceito de produto: sen-
sor de nível de combustível para tanques de
motocicletas, foi defendido em 2004, e sua co-
municação no Congresso SAE BRASIL de en-
genharia e mobilidade, de novembro de 2007,
foi premiada com “Menção Honrosa”.
Fonte: Agência USP (Naila Okita).Ag
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68 O Mundo da Usinagem
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Profissão de tecnólogo
pode ser regulamentada
Tramita na Câmara Federal, projeto de regulamen-tação da profissão de tecnólogo. Segundo o proje-to, é atribuição dos tecnólogos analisar dados téc-
nicos, desenvolver estudos, orientar e analisar projetos;
supervisionar e fiscalizar serviços técnicos dentro das suas
áreas de competência contempladas no Catálogo Nacional
de Cursos Superiores de Tecnologia do MEC; prestar con-
sultoria, assessoria, auditoria e perícias; exercer o ensi-
no, a pesquisa, a análise, a experimentação e o ensaio;
e conduzir equipes de instalação, montagem, operação,
reparo e manutenção de equipamentos.
O projeto prevê a criação de conselhos federais e re-
gionais de fiscalização do exercício da profissão de tec-
nólogo. O texto também define que caberá às faculda-
des que mantenham curso de tecnologia encaminhar às
instituições incumbidas da fiscalização as características
dos profissionais por ela diplomados.
Segundo dados do MEC, só no Estado de São Paulo,
de 1998 a 2004, a quantidade de alunos nas graduações tec-
nológicas aumentou 395%, de acordo com o Censo Nacional
da Educação Superior realizado pelo Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).
“A inclusão dos tecnólogos no mercado de trabalho
deve recuperar, em muito pouco tempo, a distância que
nos separa da qualidade dos serviços prestados no mun-
do desenvolvido”, disse Reginaldo Lopes. Para ele, a con-
cessão do registro profissional para os tecnólogos corres-
ponde a um resgate do governo brasileiro da grande
massa de trabalhadores. “Os tecnólogos são profissionais
de nível superior que, por sua formação direcionada, es-
tão aptos à atuação imediata e qualificada em sua área.”
O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas
comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público;
Educação e Cultura; Constituição Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara
Em feiras de negócios, as empresas emgeral apresentam novos produtos e ser-viços, solidificam relacionamentos co-
merciais, prospectam novos clientes, forta-
lecem marcas, divulgam lançamentos.
Reunidos em um espaço comum, fabrican-
tes e importadores/representantes, nos fa-
zem repensar os ambientes de negócio e
tecnológico em que vivemos.
Hoje o mercado é regido pela diferen-
ciação, segmentação e pela contínua inova-
ção. As feiras geram, dessa forma, uma opor-
tunidade única para o encontro de clientes
com fabricantes e seus canais de vendas,
incluindo importadores, dos maiores pila-
res do setor produtivo da indústria. 
Uma outra forma de se entrar em conta-
to com as novidades é explorar nossa rede de
contatos, nossos fornecedores, clientes e pres-
tadores de serviço, aproveitando nosso bom
relacionamento para visitar empresas, con-
versar com nossos pares de outras regiões e 
segmentos, verificando “in loco” seus em-
preendimentos e, oportunamente, trocar expe-
riências, discutir preocupações comuns, e fa-
lar sobre desafios e êxitos. Esta prática, costuma
ser algo mutuamente inspirador.
Outras formas importantes de atualiza-
ção são os congressos, seminários, palestras
e treinamentos e, neste caso, é possível que
alguém muito experiente possa até ouvir
muita coisa que já sabia, ou mesmo já ex-
perimentou há tempos. Ocorre que a par-
tir de um determinado ponto, o conheci-
mento passa a ser um garimpo mesmo e, se
assim ocorrer, no mínimo tais eventos são
excelentes oportunidades para partilhar ex-
periências e auxiliar que outros possam as-
RESPONSABILIDADE
NO
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AP
AR
CE
LA
DE Atualizar-se, uma necessidade vital
70 O Mundo da Usinagem
Ad
ria
na
El
ia
s
cender a outros níveis de visão, de modo que,
na pior das hipóteses, estaríamos contri-
buindo para a formação de uma comuni-
dade mais competitiva.
Não podemos perder de vista que a
constante especialização é um dever da vi-
da profissional moderna. Podemos buscá-
la tanto de maneira institucional, por meio
de cursos de extensão ou MBAs como no
quotidiano de frequência aos eventos aci-
ma mencionados e leituras, sobretudo de re-
vistas especializadas em nosso setor. De fa-
to, nosso trabalho cresce em virtude de
nosso próprio crescimento pessoal.
O grande desafio no entanto é o tem-
po. Como encontrar tempo para todas es-
tas coisas se sou tão ocupado? A verdade é
que ninguém poderá mudar esta situação até
que se entenda que resolvê-la é algo im-
prescindível e, se assim a encararmos, o
tempo aparecerá. 
José Edson Bernini
Gerente Nacional de Vendas,
Sandvik Coromant do Brasil
MOVIMENTO
SANDVIK COROMANT - PROGRAMA DE TREINAMENTO 2008
Mês TBU TBU TFR UMM EAFT EAFF OUT OUF TUCAS TGU DPUC
Noturno Diurno
Jun 9, 10, 11 e 12 02, 03 e 04 16, 17 e 18
Jul 21 e 22 14, 15 e 16 30/06, 01, 02, e 03 28 e 29
Ago 11, 12, 13 e 14 04, 05 e 06 18, 19, 20 e 21
Set 01 e 02 22 e 23 29, 30 e 01/10 15 e 16
Out 20 e 21 13, 14, 15 e 16 27, 28 e 29
Nov 03, 04, 05 e 06 10, 11 e 12
Dez 01 e 02
TBU - D - Técnicas Básicas de Usinagem (Diurno - 14 horas em 2 dias)
TBU - N - Técnicas Básicas de Usinagem (Noturno - 14 horas em 4 dias - das 19h00 às 22h30)
TFR - Técnicas de Furação e Roscamento com fresa de metal duro (14 horas em 2 dias)
EAFT - Escolha e Aplicação de Ferramentas para Torneamento (21 horas em 3 dias)
UMM - Usinagem de Moldes e Matrizes (28 horas em 4 dias)
EAFF - Escolha e Aplicação de Ferramentas para Fresamento (21horas em 3 dias)
OUT - Otimização da Usinagem em Torneamento (28 horas em 4 dias)
OUF - Otimização da Usinagem em Fresamento (28 horas em 4 dias)
TUCAS - Tecnologia para Usinagem de Componentes Aeroespaciais e Superligas (14 horas em 2 dias)
TGU - Técnicas Gerenciais para Usinagem (21 horas em 3 dias)
DPUC - Desenvolvimento de Processos para Usinagem Competitiva (14 horas em 2 dias) - CURSO NOVO
74 O Mundo da Usinagem
DICASÚTEIS
ANUNCIANTES NESTA EDIÇÃO
O Mundo da Usinagem 46
OMUNDODA
USINAGEM
ARWI Tel: 054 3026 8888
Caxias do Sul - RS
ATALANTA TOOLS Tel: 011 3837 9106
São Paulo - SP
COFAST Tel: 011 4997 1255 
Santo André - SP
COFECORT Tel: 016 3333 7700 
Araraquara - SP
COMED Tel: 011 6442 7780 
Guarulhos - SP
CONSULTEC Tel: 051 3343 6666 
Porto Alegre - RS
COROFERGS Tel: 051 3337 1515
Porto Alegre - RS
CUTTING TOOLS Tel: 019 3243 0422 
Campinas - SP
DIRETHA Tel: 011 6163 0004 
São Paulo - SP
ESCÂNDIA Tel: 031 3295 7297 
Belo Horizonte - MG
FERRAMETAL Tel: 085 3287 4669 
Fortaleza - CE
GALE Tel: 041 3339 2831 
Curitiba - PR
GC Tel: 049 3522 0955 
Joaçaba - SC
HAILTOOLS Tel: 027 3320 6047 
Vila Velha - ES
JAFER Tel: 021 2270 4835 
Rio de Janeiro - RJ
KAIMÃ Tel: 067 3321 3593 
Campo Grande - MS
MACHFER Tel: 021 3882-9600 
Rio de Janeiro - RJ
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MAXVALE Tel: 012 3941 2902 
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MSC Tel: 092 3237-4949 
Manaus - AM
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