Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
OMUNDODA USINAGEM PUBLICAÇÃO DA SANDVIK COROMANT DO BRASIL ISSN 1518-6091 RG BN 217-147 46 CORTE E CONFORMAÇÃO Mercado aquecido acelera investimentos TRANSMISSÃO DE DADOS sem limites de tempo e espaço PROCURAM-SE TALENTOS: veja o novo perfil 3O Mundo da Usinagem EDITORIAL Terra, que terra é a minha se não esta a qual reconheço? Cruzo mares e cumpro deveres, me aventuro e me encanto com o que lá encontro, mas, aos poucos, tudo se torna não mais que memórias. Mas tu não, porque és mãe de meus filhos. Tu és o meu genoma. Só tu reverbera no que resta do meu peito tupi. Tua brisa e teus matizes alumiam o meu ser e meu espírito canta como águas de março revirando seixos. Eu, eternamente seiva vermelha que verte de teus tenros caules. Eu, eternamente amarelo do que resta do teu ouro, eternamente verde do que resta de tuas matas e eternamente anil do que resta do teu céu. Eu, agregado ao acaso, te amo como um filho legítimo. Brasil, terra adorada! De se m ba rq ue de Ca br al em Po rto Se gu ro ,ó le o so br e te la ,O sc ar Pe re ira da Si lv a, 19 04 . Ac er vo do M us eu Pa ul is ta da US P. Fo to gr af ia de Jo sé Ro sa el 4 O Mundo da Usinagem 03 EDITORIAL 04 ÍNDICE / EXPEDIENTE 06 GESTÃO EMPRESARIAL: CORTE E CONFORMAÇÃO 15 OTS: DYNAMACH APOSTA EM NOVAS TECNOLOGIAS 20 SUPRIMENTOS: POTENCIAL DE ECONOMIA CHEGA A 57 BILLHÕES DE DÓLARES 26 GESTÃO EMPRESARIAL: SULTÉCNICA EXPORTA PRECISÃO PARA A CHINA 35 INTERFACE: KYATERA: 100 VEZES MAIS RÁPIDA DO QUE A INTERNET 43 OTS: MÁQUINA-FERRAMENTA BRASILEIRA CNC MINI 49 PONTO DE VISTA: AS NOVAS DEMANDAS NA BUSCA POR TALENTOS 53 INTERESSANTE SABER: A EDUCAÇÃO DO SEU FILHO E OUTRAS NOTÍCIAS 70 NOSSA PARCELA DE RESPONSABILIDADE 72 MOVIMENTO 74 DICAS ÚTEIS EXPEDIENTE O MUNDO DA USINAGEM é uma Publicação Sandvik Coromant do Brasil, com circulação de doze edições ao ano, tiragem de 24.000 exemplares, com distribuição gratuita. Av. das Nações Unidas, 21.732 - Sto. Amaro - CEP 04795-914 - São Paulo - SP. Conselho Editorial: Aldeci Santos, Anselmo Diniz, Aryoldo Machado, Edson Truzsco, Edson Bernini, Eduardo Debone, Fernando de Oliveira, Francisco Marcondes, Heloisa Giraldes, Marlene Suano, Nivaldo Braz, Nivaldo Coppini, Nixon Malveira, Vera Natale. Editora: Vera Natale Editor Chefe: Francisco Marcondes Editor do Encarte Científico: Nivaldo Coppini Jornalista Responsável: Heloisa Giraldes - MTB 33486 Propaganda: Gerente de Contas - Thaís Viceconti / Tel: (11) 6335-7558 Cel: (11) 9909-8808 Projeto Gráfico: AA Design Capa e Arte Final: 2 Estúdio Gráfico Revisão de Textos: Fernando Sacco Gráfica: Fabracor ÍNDICE OMUNDODA USINAGEM Publicação da Sandvik Coromant do Brasil ISSN 1518-6091 RG. BN 217-147 46 EDIÇÃO 04 / 2008 Capa Foto: CoroThread 266 Arquivo AB Sandvik Coromant OMUNDODA USINAGEM PUBLICAÇÃO DA SANDVIK COROMANT DO BRASIL ISSN 1518-6091 RG BN 217-147 46 CORTE E CONFORMAÇÃO Mercado aquecido acelera investimentos TRANSMISSÃO DE DADOS sem limites de tempo e espaço PROCURAM-SE TALENTOS: veja o novo perfil e-mail: omundo.dausinagem@sandvik.com ou ligue: 0800 770 5700 Arquivo Grupo Megga 6 O Mundo da Usinagem GESTÃO EMPRESARIAL Corte e Conformação: um universo de possibilidades A busca por processos mais eficientes e a diminuição dos custos de produção no segmento metal-mecânico passam necessariamente pela análise dos processos de corte e conformação Um dos setores mais abran-gentes do mercado quan-do o assunto é processa- mento de metais, a área de corte e conformação tem alcançado resultados expressivos na indús- tria metal-mecânica nacional. O faturamento do setor aumentou 12% no período 2006/2007 e para este ano as previsões são igualmente animadoras, estima- das em 20%. O setor de conformação abrange cinco grandes áreas de processos: laminação, extrusão, trefilação, forjamento e estampa- gem. Nessas cinco áreas calcula- se que sejam mais de 100 varia- ções de processos, com produtos que pesam desde alguns gramas até várias toneladas. A maioria da produção seria- da de partes conformadas a par- tir de chapas finas é realizada em prensas mecânicas ou hidráulicas. “Na área de prensas o país possui um parque industrial extenso e competitivo, com destaque para Ar qu iv o Gr up o M eg ga Máquina a Laser Amada FO e 02. 7O Mundo da Usinagem tes é mais extenso, com destaque para as estrangeiras Chin Fong, Seyi, Komatsu, entre outras. A TECHMEI 2008, Feira de Tecnologia em Máquinas e Equi- pamentos Industriais, promete trazer uma grande novidade na indústria de corte e conformação. Trata-se de uma prensa que exe- cuta as funções mecânica e hi- dráulica em um único equipa- mento, fabricada pela chinesa Chin Fong Group, cujo represen- tante no país é o Grupo Megga, um dos líderes no setor de má- quinas operatrizes. A área de corte mecanizado de perfis e de chapas também agre- ga um grande número de proces- sos nos segmentos de Corte Frio (cisalhamento, abrasão), Corte Químico (oxicorte), Corte Termo Químico (plasma com oxigênio) e Corte Térmico (plasma e laser). Um dos processos dos mais re- presentativos é o corte a laser, ca- racterizado por sua alta precisão obtida em chapas abaixo de 6 mm de espessura. O laser garante gran- de produtividade e o desenvolvi- mento de novas tecnologias tem proporcionado um aumento nas profundidades de corte. Os forne- cedores de equipamentos de cor- te a laser são predominantemen- te externos, com destaque para as empresas multinacionais Trumpf, Amada e Bystronic, líderes neste segmento. No país esta tecnolo- gia é largamente aplicada na in- dústria de máquinas agrícolas, que demandam precisão milimétrica em seus componentes. Já o oxicorte possui a vanta- gem de ser um processo mais barato, porém com menor pro- aplicações no setor automobilísti- co”, afirma Thomas Lee, presi- dente da ABIMEI. Com o cresci- mento do setor, as indústrias que trabalham com estes processos têm se aprimorado e adquirido cada vez mais novos equipamentos. Os principais fornecedores no mercado interno de prensas são as empresas Schüler, Jundiaí, Mahnke e Guttmann. Dentre as importadas o número de fabrican- Ar qu iv o Gr up o M eg ga Prensa Hidraúlica DEES HP. 8 O Mundo da Usinagem rá cortado podemos obter a seguinte relação entre os processos de corte citados: • acima de 32mm: Oxicorte; • até 32mm: Corte a plasma; • abaixo de 6mm: Corte a laser. Entretanto, é importante observar que o maior volume de processamento de corte de cha- pas, principalmente para a in- dústria de eletrodomésticos e au- tomotiva, se faz através de linhas de corte transversais, longitudi- nais, combinadas, entre outras. No que se refere ao corte por puncionamento, as máquinas atuais garantem grande flexibili- dade aos processadores de chapas finas. As puncionadeiras utiliza- das na indústria metal-mecânica nacional proporcionam uma rá- pida geração de contornos, abran- gendo uma grande variedade de materiais, entre eles aço inoxi- dável, alumínio e aço laminado a frio. Os gases mais utilizados nes- te processo são: hidrogênio, ar- gônio, ar, nitrogênio e oxigênio, bem como a mistura destes ga- ses. Neste processo os gases exe- cutam duas funções fundamen- tais, servindo de insumo para geração do plasma e refrigeran- do os consumíveis. A White Martins fornece equipamentos e sistemas mecanizados para cor- te a plasma. Se levarmos em conta a espes- sura de um aço carbono que se- dutividade, adequado para uti- lização em peças mais robustas e com maiores espessuras, sem a necessidade de precisão ab- soluta,como por exemplo, a indústria naval. No caso de corte de aço carbono com es- pessuras maiores que 32mm, o oxicorte é um dos processos mais recomendados, entretanto não é indicado para aços inoxi- dáveis ou alumínio, seja qual for a espessura. Neste processo o corte de metal ocor- re através de uma reação entre o oxi- gênio puro e o me- tal, a alta temperatu- ra. Os óxidos que resultam desta com- binação, tendo o pon- to de fusão menor que o metal, fundem-se e escoam. Processo ainda pouco utilizado na indústria na- cional, o corte a plasma ga- rante boa produtividade quando o assunto é corte de chapas me- tálicas finas. A técnica também tem ganhado espaço no corte de aços carbono, baixa liga, alumí- nio e aço inoxidável. “O plasma é um gás que submetido a uma diferença de potencial elétrico é capaz de conduzir energia elétri- ca. A ionização dos gases gera elé- trons livres e íons positivos entre os átomos de gás. Quando isto ocorre o gás torna-se eletricamen- te condutor, com capacidade de transportar corrente”, descreve Edson Urtado, gerente de negó- cios da Hypertherm Brasil. Arqu ivo G rupo Meg ga Prensa Mecânica Chin Fong OCP-160. 10 O Mundo da Usinagem O mercado de corte e confor- mação movimenta R$ 125 mi- lhões no segmento de prensas, sendo dois terços deste mercado formado por produtores nacio- nais e um terço externos. Na li- nha de corte o fornecimento de produtos importados é mais ex- pressivo, totalizando dois terços do mercado. Neste segmento são movimentados R$ 40 milhões anualmente (veja mais exemplos na tabela abaixo). “O Brasil se destaca no setor de guilhotinas, tubos, dobradei- ras e prensas, normalmente equi- pamentos de menor porte e me- nos complexos”, afirma Osni de Fagor: especialista em linhas de corte e processamento de chapas Com cinco décadas de ex- periência, a multinacional Fagor Arrasate é especialista mundial no desenho e construção de li- nhas de corte e processamen- to de chapas, bem como em sis- temas para produção de tubos e perfis. A empresa constrói li- nhas de corte para processar bobinas de até 2.500 mm de largura e em espessuras de 0.05 mm até 30 mm, pesando até 50 toneladas. Ao mesmo tempo, a empresa está habilitada a pro- ver sistemas completos de cor- te e processamento que incor- poram não só a linha e sim todos os periféricos necessários. Processos de corte a laser. Ar qu iv o Gr up o M eg ga 12 O Mundo da Usinagem Andrade Silva, diretor comercial da Fagor Arrasate do Brasil, for- necedora do segmento de corte e conformação de chapas, aços planos, metais ferrosos e não ferrosos, silício e inoxidável, en- tre outros. Durante a escolha do equi- pamento e do processo de cor- te é muito importante analisar o tipo de peça que será produ- zida, o material e o fluxo de pro- dução. Além disso, é necessário considerar os custos com ferra- mental, mão de obra, gastos com eletricidade e manutenção do equipamento. Muitos setores, como o automotivo, terceirizam grande parte de seus processos de corte e conformação, entre- tanto algumas empresas optam por trabalhar diretamente com estes processos. É preciso ter sempre em vista a aplicação de processos competi- tivos, interna ou externamente, com foco na qualidade, produ- tividade e lucratividade, e neste cenário, analisar e aprimorar os diversos processos de corte e con- formação incluídos na cadeia produtiva faz toda a diferença. Fernando Sacco Jornalista FORMADORAS DE TUBOS: R$ 10 milhões 50% nacionais – 50% importadas PUNCIONADEIRAS: R$ 14 milhões 20% nacionais – 80% importadas GUILHOTINAS E DOBRADEIRAS: R$ 33 milhões 80% nacionais – 20% importadas OXICORTE: R$ 10 milhões 90% nacionais – 10% importadas ALIMENTADORAS DE PRENSAS: R$ 17 milhões 85% nacionais – 15% importadas CORTE A LASER: R$ 20 milhões 100% importadas Dados fornecidos pela ABIMEI. Mercado de Corte e Conformação Com o foco na área de usinagem,a empresa vem buscando aumen-tar seu portfólio de produtos de forma que possa cada vez mais forne- cer soluções completas ao invés de ape- nas equipamentos para seus clientes. Inicialmente, como representante dos já conhecidos Centros de Usinagem Verticais Dynamyte, a diretoria da em- presa percebeu que em determinados segmentos havia uma necessidade ex- pressiva de máquinas e equipamentos que atendessem aplicações mais espe- cíficas e, a partir dessa necessidade, um portfólio de novos produtos passou a ser gradativamente incorporado à sua linha de produtos por meio de parce- 15O Mundo da Usinagem OTS Dynamach aposta em novas tecnologias para diferenciar-se no mercado rias com empresas que preferencial- mente fossem especialistas no que fa- zem, ao invés de grupos que comercia- lizam uma vasta gama de equipamentos mas nem sempre detém o controle de fabricação de todos eles. O gerente comercial da Dynamach aponta como um exemplo dessa estra- tégia, a parceria com a ECOCA, em- presa fornecedora de tornos CNC ho- rizontais de origem taiwanesa que concentra seu portfólio de produtos em apenas duas linhas de tornos CNC horizontais com barramento inclinado, SJ e MT. Com modelos de placa de 6” até 20” e comprimentos que podem ser modulados de 500 a 4300 mm, os Atuando há 10 anos no mercado, a Dynamach, empresa que atua no ramo de importação e distribuição de máquinas CNC, teve em 2007, o seu terceiro ano de crescimento acima da média do setor e também da economia em geral. da e estabelecida em Taiwan, representada com exclusividade pela Dynamach, foi a pioneira no desenvolvimento e aplica- ção do “Movimento- Relativo” que consiste em um fuso de es- fera com roscas em sentidos in- versos, que trabalham com duas porcas distintas, que por sua vez deslocam dois carros, com massas também equilibradas. Trabalhando sempre em senti- dos opostos, os esforços e os deslocamentos de massa se anu- lam e, desta forma, é possível empregar um conjunto de mo- tores com especificações padrão de mercado, do mesmo tipo que é aplicado em outros centros de usinagem que, em conjunto com esse sistema, confere ao equipamento o dobro da velo- cidade e da aceleração que se- ria fornecida normalmente. Agregando ainda outra tec- nologia, a do sistema de troca rápida de paletes, sem utilização de componentes hidráulicos, os novos equipamentos da linha RMV, modelos 500 e 700, apre- sentam-se como excelentes alter- nativas para o segmento de usi- nagem em regime de produção, pois agregam velocidade, sim- plicidade em sua construção, robustez e baixo custo de ma- 16 O Mundo da Usinagem equipamentos fabricados pela ECOCA têm qualidade reco- nhecida, testada e aprovada pe- los clientes mais exigentes, e apresentam-se como uma exce- lente solução em termos de cus- to-benefício para aplicações onde qualidade, robustez e pre- cisão são fundamentais para o processo. Outra estratégia da Dyna- mach é inserir novas tecnologias em segmentos já conhecidos, porém acrescentando alguma distinção que torne o produto mais interessante. O fabricante de Centros de Usinagem Ver- ticais Akira-Seiki, empresa cria- Ro dr ig o Ga m ar ra 18 O Mundo da Usinagem nutenção, uma vez que os com- ponentes utilizados são itens de padrão de mercado. Os clientes que optaram por esse tipo de equipamento, logo de imediato, mesmo sem altera- ções expressivas nos dados de corte e trajetórias de posiciona- mento, tiveram em média um ganho que variou de 20% a 50% dependendo da característica da peça, somente com a redução de tempos ‘mortos’, ou seja, mo- vimentos que não produzem corte efetivo, tais como trocas de ferramentas, carregamento de peças e posicionamentos. Outro detalhe importante na construção do equipamento é opainel principal de operações da máquina, montado sobre um console basculante no canto es- querdo da máquina, o que per- mite que o operador acesse a lateral do equipamento, facili- tando a visualização do palete de trabalho e reduzindo-se assim os tempos de programação e testes de novos programas. Ainda no segmento de cen- tros de usinagem verticais, a Dynamach conta com outras li- nhas de equipamentos da própria Akira-Seiki, centros de usinagem de dupla-coluna da Sigma e cen- tros de usinagem tipo portal com estrutura e conceito ‘high-speed- machining’ da Takumi. O obje- tivo maior da empresa, que é o de oferecer soluções variadas pa- ra uma ampla gama de clientes, vem sendo cumprido. Henrique L. David Gerente Comercial Dynamach Com crescimento superior a 40% pelo segundo ano conse- cutivo, a Dynamach conta hoje com um galpão industrial de cer- ca de 1000 m2 de área útil, com ponte rolante para descarrega- mento e manuseio de máqui- nas, laboratórios de mecânica e eletrônica e estoque de peças de reposição; além disso conta também com veículos próprios para atendimento ao cliente, mais 30 colaboradores e repre- sentantes comerciais nos esta- dos do Sul e Sudeste do Brasil. Para 2008, mesmo com turbulência do mercado finan- ceiro que, frente à possibilida- de de uma recessão nos Esta- dos Unidos projeta uma redução do crescimento mundial, a Dy- namach, além dos clientes que já possuem seus equipamentos e sistematicamente adquirem a segunda, terceira, quarta má- quina, espera aumentar suas vendas junto a novos nichos de mercado com produtos e ser- viços com qualidade e valor agregado. Dynamach projeta o futuro 20 O Mundo da Usinagem SU PR IM EN TO S © GS 1 Br as ul Processo-chave na cadeia lo-gística, o setor de estoquesagrupa uma série de proces- sos diretamente ligados à cadeia de produção e, conseqüentemente, ao custo final do produto. Gestão de transportes, compras, distribuição e suprimentos são apenas alguns desses exemplos. A diversidade e complexidade envolvidas neste flu- xo devem ser equacionadas com um objetivo central: a maximiza- ção da eficiência. Pesquisa realizada pela Check- point Systems, empresa especializa- da em monitoramento da área de su- primentos, aponta que a cadeia varejista perde 57 bilhões de dóla- res por ano devido a falhas geren- ciais e fraudes na cadeia de supri- mentos. Neste cenário, a aplicação de novas tecnologias de automação no controle de estoques é essencial, Aplicação de códigos de barras na cadeia de suprimentos maximiza a eficiência e influi diretamente no custo final do produto Potencial de economia chega a 57 billhões de dólares 21O Mundo da Usinagem quer para garantir a segurança no fluxo comercial como para planejar e otimizar processos li- gados à cadeia estratégica. Procedimento tecnicamente simples, o código de barras é ca- paz de integrar grande parte da cadeia logística, centralizando informações, controlando volu- mes, prazos e uma série de ou- tros processos inter-relaciona- dos. Entretanto, o sistema de código de barras não é padroni- zado, ou seja, alguns scanners não identificam determinados tipos de códigos. Para contornar este problema, foram estabele- cidos padrões globais para o ge- renciamento da cadeia de supri- mentos e de demanda. A GS1 do Brasil é a organização responsá- vel por disseminar esta tecnolo- gia em território nacional. “O Sistema GS1 é um con- junto de padrões que permite o gerenciamento eficiente de cadeias de abastecimento glo- bais e multindustriais através da identificação inequívoca de pro- dutos, unidades de despacho, ativos, localidades e serviços, fa- cilitando o processo de comér- cio eletrônico incluindo com- pleta rastreabilidade”, afirma Wanderlei Saraiva Costa, dire- tor presidente da organização. Segundo Marcelo Oliveira Sá, assessor de soluções de ne- gócios da GS1 Brasil “o código de barra é uma representação gráfica dos números que geral- mente estão abaixo dele. Estas barras devem estar sempre em tons escuros num fundo bran- co, para facilitar a leitura por meio dos equipamentos (leito- res) que usam contraste entre as barras para identificar a nume- ração. Os códigos do Sistema GS1 trabalham da mesma for- ma, porém a principal vanta- gem é que o sistema padroniza os tipos de códigos e a numera- ção que é codificada”. Existem padrões específicos para aplicações na área de supri- mentos, como o ITF-14 e o GS1-128, que permitem con- trolar quantidades, lote de fabri- cação e rastreabilidade de deter- minado item. “A principal vantagem da utilização do código de barras é a possibilidade de automatizar as operações logísticas. Com isto a empresa enxergará benefícios como operações mais confiáveis que possibilitarão ter informa- ções mais rápidas, completas e organizadas que auxiliarão na tomada de decisão referente a quanto, quando, como e o quê comprar, podendo ainda agilizar suas operações reduzindo custos administrativos e operacionais”, destaca Marcelo Sá, complemen- tando: “a acuracidade da infor- mação é fundamental para a em- presa no que se refere ao controle de estoques, pois o principal objetivo da gestão de estoque é assegurar que o produto esteja empresas especializadas, nacio- nais e estrangeiras. Os custos são diretamente proporcionais ao nú- mero de processos a serem auto- matizados, entretanto, o aumen- to da eficiência operacional na cadeia de suprimentos, a organi- zação e agilidade decorrentes des- ta transformação e a redução de custos administrativos e operacio- nais garantem o retorno do in- vestimento, além de maior inte- gração de parceiros envolvidos no fluxo produtivo. Consulte seus parceiros e fornecedores, analise em con- junto quais processos podem ser otimizados com a aplicação des- ta tecnologia. Internamente, ava- lie os custos na área de supri- mentos e os efeitos gerados pela implantação do código de bar- ras. Soluções tecnicamente sim- ples podem gerar ganhos efeti- vos em todas os níveis da cadeia produtiva. Fernando Sacco Jornalista Para saber mais consulte: www.gs1brasil.org.br 22 O Mundo da Usinagem disponível no tempo e nas quan- tidades desejadas, equilibrando sua disponibilidade com os cus- tos de seu fornecimento”. IMPLANTAÇÃO NA CADEIA DE SUPRIMENTOS A empresa detentora da mar- ca de um produto que preten- de utilizar o código de barras deve tornar-se uma associada GS1 para ter direito ao padrão. Posteriormente, para implantar o código no controle de estoque, ela deverá se automatizar fazen- do uso de equipamentos de lei- tura óptica, softwares de contro- les e hardwares. “Nestes casos o ideal é que a empresa monte uma equipe de projeto que con- duzirá a implantação da auto- mação. Existem casos em que se utiliza os códigos dos fornece- dores na automação dos pro- cessos logísticos”, afirma o as- sessor de soluções de negócios da GS1 Brasil. Os equipamentos (hardware, software, leitores, etc.) utilizados na automação são fornecidos por © GS 1 Br as ul 26 O Mundo da Usinagem Aempresa Sultécnica, no Rio Grandedo Sul, fabricante de componentesusinados de precisão, é muito mais que um caso de sucesso do mundo metal- mecânico. No caminho inverso de muitas empresas, foi recentemente prospectada por um fabricante chinês de componentes automotivos, fechando contrato para for- necer cerca de 2 mil peças/mês com pla- nos de quadruplicar esse número até 2009. A diferença está em seu posiciona- mento estratégico, de focar valor. Assim, sua atuação é firme e determinada em não permanecer entre fornecedores de pro- dutos commoditizados, ou seja, produtos que qualquer empresa é capaz de fazer e que invariavelmente implicam em mar- gens ínfimas de lucratividade, dada a acirrada concorrênciaque se estabelece entre as dúzias de possíveis fornecedores. Pesou nessa contratação por parte dos chineses a história de sucesso dessa em- presa que já recebera diversos certificados e premiações de qualidade do setor au- tomotivo, como da montadora Ford, MWM International Engines, bem co- mo do setor de implementos agrícolas, co- mo a John Deere. GESTÃO EMPRESARIAL Sultécnica exporta precisão para a China Nathan Carvalho HISTÓRIA E DESDOBRAMENTOS Joarez Lopes Brum juntamen- te com Alexandre Lunardi deci- diram fundar a Sultécnica, a qual em 1988 usinava peças de eleva- da complexidade para a indústria têxtil e petroquímica. O diretor já aliava aos ingredientes de sua re- ceita, um dentre vários fatores de sucesso, que é a dedicação a um negócio de nicho – a usinagem de peças complexas e de precisão. Pouco tempo depois de sua fundação, já no distrito de Ca- 27O Mundo da Usinagem Na th an Ca rv al ho Usinagem de componente hidráulico em máquina 5 eixos. Durante a melhoria do processo de usinagem de componente de exportação (da esquerda para a direita): Roger Bertrand, gerente comercial, Valdair Ferreira, operador da célula, Cristiano Rodrigues, consultor técnico da Consultec e Marcelo Friedrich, analista de processo. choeirinha, RS, em uma área total de 15.000 m2 e área construída de 2.500 m2, a Sultécnica moderni- zava seu parque fabril, adquirin- do o primeiro torno CNC com o intuito de aumentar a produção para melhor atender à demanda da indústria automotiva. Atualmente possui 21 má- quinas CNC, fabrica cerca de 300 mil peças/mês, entre as quais peças para veículos leves, cami- nhões, motores a diesel, máqui- nas agrícolas, componentes para sistemas hidráulicos e atende a clientes de segmentos diversos como o automotivo, agrícola e hidráulico, tais como: Ford Motor Company, MWM International Engines, DHB Componentes Automotivos, International Ca- minhões, John Deere, Parker Hydraulics, Sauer Danfoss, Stihl, além de exportar os seus produ- tos diretamente para clientes OEM nos EUA e China. A empresa conta com 90 co- laboradores, 16 deles contratados nesse ano. Possui um departa- mento dedicado a projetos, lega- do de um de seus sócios-diretores, Joarez Brum, que já trabalhara com projetos na época em que cursava Engenharia Mecânica na UNISINOS/RS. Estão alinhados aos processos produtivos como Lean Manufacturing de seus clientes, realizando entregas por Kanban, Just-in-time, Milk Run e o que denominam Ordens on-li- 29O Mundo da Usinagem ne – o cliente pede on-line e a em- presa o atende imediatamente. O grau de comprometimen- to com a precisão e, em decor- rência, a qualidade dos produtos que fabricam influiu positiva- mente nas certificações de qua- lidade que a empresa possui, tais como a ISO 9001, ISO 14001, TS 16949, e a premiação Q1 Ford, que permite à Sultécnica fornecer peças para as fábricas da Ford em qualquer país. Em 6 de dezembro de 2007 foram homenageados pela multi- nacional americana John Deere, maior fabricante mundial de má- quinas agrícolas, em cerimônia formal na planta de tratores em Montenegro, como Fornecedor 2007 na categoria Partner-level Supplier (Fornecedor nível Par- ceiro) do John Deere Achieving Excellence Program (Programa de Obtenção de Excelência). A em- presa de Cachoeirinha foi reco- nhecida pelo fornecimento de Fo to s: Na th an Ca rv al ho Componente de transmissões para exportação OEM: em primeiro plano o fundido bruto e as configurações de peças finais. Embalagens de exportação para Ásia e mercado norte-americano. referido prêmio em nível mun- dial. Com isso podem fornecer qualquer peça para qualquer subsidiária da John Deere, sem necessidade de prévia aprova- ção da empresa. PERSPECTIVAS PARA 2008 O alto nível de comprometi- mento de todos os colaboradores foi coroado com orgulho. Joarez Brum se declara satisfeito em não terem chegado a prospectar o mercado chinês: “Acabamos sen- do prospectados”. Tal negócio é o primeiro da empresa para o se- tor automotivo na Ásia e causa- rá um impacto muito positivo na receita das exportações, hoje na faixa dos 10%. Em virtude dos contratos de exportação e da ampliação inter- na da fábrica, o projeto para 2008 é elevar o consumo de aço das atuais 150 toneladas/mês para 200 toneladas/mês. Uma média de R$ 2 milhões já estão destina- dos à ampliação da área fabril e à modernização das máquinas. Brum afirma que “o cenário é positivo para o segmento leve e também para a indústria de máquinas agrícolas, áreas que re- presentam mais de 80% do fatu- ramento da empresa”. Roger Schultz Bertrand, ex- consultor de mercado externo e gerente de vendas e exportação há seis anos com a Sultécnica, decla- ra oportunamente que a empre- sa se destaca por não ser apenas uma empresa fazedora de peças – ela projeta, identifica o que produtos e serviços de excelente qualidade, além de seu empenho com a melhoria contínua, não ape- nas para a fábrica de Montenegro, mas também para a de Horizon- tina, no extremo sul do país. Dia 18 de fevereiro último, receberam, da John Deere em Davenport, Estados Unidos, o 31O Mundo da Usinagem agrega valor ao cliente: “produ- tos com maior valor agregado dão margem à manutenção do negócio, permitem competir não com o produto do concorrente em si, mas com o valor que so- mos capazes de gerar na cadeia produtiva do cliente”. E acrescen- ta – “em diversos casos o cliente nos pede uma cotação e devolve- mos a ele já uma amostra pron- ta. Queremos que, em lingua- gem simples, nossos clientes se apaixonem por nós”. Os gestores da Sultécnica são assim movidos por uma questão hoje em dia bem recorrente – co- mo saber ou medir quando uma empresa virou fornecedora de commodity? Inovações constan- tes e sustentáveis são um cami- nho, mas manter e dar continui- dade ao trabalho diferenciado que prestam, ouvir o que o clien- te realmente deseja é um forte ele- mento-motor da não commodi- tização. Roger Bertrand comenta que a Sultécnica só passa a com- petir quando se fala em tolerân- cias de centésimos de milímetro. Essa é a arena em que compe- te a Sultécnica. Não têm interes- se em fazer serviços de usinagem, mas em entregar um produto aca- bado de precisão e, assim, obte- rem a plena satisfação do cliente superando todas as expectativas. PARCERIA SULTÉCNICA E SANDVIK COROMANT/CONSULTEC O respaldo a toda essa filo- sofia está também na escolha de parceiros leais. O distribuidor autorizado Sandvik Coromant, Consultec, em Porto Alegre há 15 anos, não encontra resistên- cia em implementar as novida- des tecnológicas ou de processo na Sultécnica. O Programa de Incremento da Produtividade, idealizado pelo fornecedor Sandvik Coromant, visa basicamente otimizar os pro- cessos de usinagem de uma empre- sa, gerando ganhos de produtivi- dade e reduzindo custos. O ponto de partida é dado por uma equi- pe técnica deste fornecedor, ou de seu distribuidor autorizado, que realiza um pré-estudo, ou uma verdadeira radiografia da fábrica, a partir de informações fornecidas pelo cliente, onde se verificam Vista parcial da linha de centros de usinagem. Na th an Ca rv al ho Simplifique sua vida e multiplique seu lucro Francisco Cavichiolli Líder Local - Foco em Fresamento Fresas CoroMill 490 Se o seu desa�o é fresamento, nós também temos a solução: Famiília CoroMill para operações de fresamento Ferramentas dedicadas a operações especí�cas Menos tensões super�ciais Maior volume de cavaco removido por minuto Baixas forças de corte Maior vida útil da ferramenta Excepcional acabamento super�cial Troca rápida Produtividade máxima Fale conosco. O seu sucesso é nossa responsabilidade! Ligue para 0800 55 96 98, ou visite:www.coromant.sandvik.com/br 33O Mundo da Usinagem quais são os problemas, e/ou gar- galos a serem solucionados. O pe- ríodo de implantação é de 6 a 12 meses e tem normalmente pro- duzido excelentes resultados. Há dois bons exemplos acom- panhados de perto por Cristiano Rodrigues, consultor técnico da Consultec na Sultécnica: na usi- nagem da carcaça da bomba de carga, a estabilidade de fixação era limitada. A análise do processo possibilitou a aplicação de novas ferramentas focando a geração de esforços no eixo axial, aumentan- do a produtividade em 13% e gerando uma economia de 169 horas por ano. Em outra peça, de- nominada corpo hidráulico, hou- ve um aumento de produtivida- de de 44% e uma economia de 885 horas por ano, além de eco- nomia com aquisição de ferra- mentas da ordem de 30%, pois passaram a usar ferramentas con- jugadas. Para Rodrigues, a con- fiança mútua foi fundamental. Vera Natale Editora Time da Sultécnica juntamente com Marcos Oliveira e Cristiano Rodrigues da Consultec em uma parceria que já dura mais de 15 anos. Na th an Ca rv al ho 35O Mundo da Usinagem IN TE RF AC E Aintegração da cadeia produtiva pormeio de redes de monitoramento e te-lediagnóstico serve de estratégia para maximização da produtividade à medida que reduz o número de processos e garante economia de tempo. Aliado a isso, os fluxos de informação se tornam cada vez mais in- tensos, obrigando todos os setores a priori- zar a interatividade do maior número de processos possível e, ao mesmo tempo, in- vestir em sistemas mais rápidos e seguros. Um dos exemplos dessa integração po- de ser encontrada na Indústrias Romi, que implantou com sucesso o sistema de telediag- nóstico em suas máquinas-ferramenta. O Diagnóstico Remoto permite receber ou atualizar, remotamente, dados em qualquer máquina-ferramenta Romi que tenha co- mando numérico computadorizado (CNC) Fanuc, Siemens ou injetora de plástico Romi com painel Controlmaster 9. As informações como alarmes, parâme- Interatividade, monitoramento e gerenciamento remoto dos processos produtivos: logística e tecnologia vêm ganhando cada vez mais espaço na indústria KyaTera 100 vezes mais rápida do que a Internet Distribuição da rede KyaTera. Ar qu iv o Ky aT er a 36 O Mundo da Usinagem tros de configuração e progra- mas, entre outras, podem ser ana- lisadas à distância por um con- sultor técnico da RAI (Romi Assistência Integral). Por meio de uma conexão telefônica, o consultor técnico da Romi pode visualizar, em tempo real, no mo- nitor de seu microcomputador, a mesma tela do painel de con- trole da máquina e o teclado do seu micro pode fazer a função do teclado da máquina. Por mo- tivos de segurança, o Diagnóstico Remoto não permite nenhum comando de movimento das má- quinas-ferramenta ou a movi- mentação real dos eixos e opera- ções de usinagem. “A aplicação e utilização do Diagnóstico Remoto reduzem drasticamente os custos com ser- viços e contribuem para o au- mento da disponibilidade da má- Outro sistema, o GSS (Group Supplier System), integra toda ca- deia produtiva das unidades da Sandvik Tooling. “Tanto a pro- dução quanto a estrutura de pro- cessos de cada produto, bem co- mo o histórico de produção, são gerenciados por este sistema, cu- ja base operacional se encontra na Suécia. Além disso, todas as ope- rações e informações importan- tes relativas a cada ordem de pro- dução ficam armazenadas na rede” explica Paulo Henrique Marques Silva, analista de plane- jamento da divisão Tooling. Os dados do sistema partem do chão de fábrica: quando o operador dá baixa em uma ordem de produção, automaticamente a informação é exportada para o servidor. Dessa forma é possível calcular o custo unitário de cada produto (recálculo é realizado uma vez por ano), gerar relató- quina, com a redução do tempo de paralisação do equipamento”, afirma Hermes Lago, diretor de comercialização de máquinas- ferramenta da Indústrias Romi. Máquina retificadora de última geração da Mori Sieki com predisposição para controle remoto. Nunzio Torrisi, representante do laboratório OPF para atividades do projeto KyaTera. Im ag en s: Ar qu iv o Ky aT er a 38 O Mundo da Usinagem rios muito mais facilmente e ter um benchmarking com todas as outras unidades, tudo isso em tempo real. “A grande vantagem dessa tecnologia é a velocidade na decisão, embasada em informa- ções precisas e dinâmicas” fina- liza Henrique. KYATERA: FLUXO DE INFORMAÇÕES A SERVIÇO DO CONHECIMENTO E DESENVOLVIMENTO Do tupi-guarani Kya (rede de pesca) e do grego Tera (gigan- tesco). Trata-se de um anel ópti- co ligando universidades, labora- tórios e empresas do país com velocidade de transferência cen- tenas de vezes maior que a inter- net convencional. “O KyaTera é uma platafor- ma de ensino e pesquisa, a primei- ra do hemisfério sul”, afirma Patrícia Mariuzzo, gerente de dis- seminação e logística do projeto. de 500 pesquisadores trabalhan- do cooperativamente. Atualmente 40 projetos estão em andamento, foram produzidas diversas publi- cações científicas e dissertações sobre o tema e 28 WebLabs estão em funcionamento. “WebLabs são laboratórios reais cujos equi- pamentos são controlados por meio da internet. Eles contem- plam áreas como Óptica e Fotô- nica, Robótica, Engenharia Química, Meio Ambiente e Me- dicina”, afirma Mariuzzo. APLICAÇÕES NA INDÚSTRIA Existem diversas pesquisas desenvolvidas pensando na in- dústria em curto, médio ou lon- go prazo. Entre os projetos de destaque da rede estão o desen- volvimento de ferramentas de realidade virtual para protóti- pos industriais, sistemas de se- gurança, protocolos e modelos para sistemas industriais distri- buídos, entre outros. “Pelo fato de a internet ser um tema trans- versal à maior parte dos segmen- tos da indústria, as pesquisas desenvolvidas no KyaTera aca- bam afetando as mais diversas áreas da economia, incluindo a indústria metal-mecânica” afir- ma Mariuzzo. Uma das camadas de aplica- ção da rede é o projeto “Tele- comando e monitoramento de sistemas de fabricação”, organi- zado em 3 WebLabs: • Gerenciamento Remoto de Sistemas de Automação; • Inspeção de Ambientes de Tra- balho com Robôs Autônomos ABB Industrial Robot integrado para os WebLabs. Sistema de supervisão de máquinas-ferramenta da Sensoft. Ar qu iv o Ky aT er a Ar qu iv o Se ns of t Segundo ela “o objetivo é mobi- lizar empresas, institutos de pes- quisa, universidades e agências de fomento para gerar conhecimen- to científico e desenvolver inova- ções tecnológicas nas mais diver- sas esferas de conhecimento”. O projeto funciona desde 2005 e atualmente reúne cerca KyaTera: Integração com sistemas CAM A Sensoft vem desenvolven- do um sistema de otimização au- tomática de processos de usi- nagem através da integração de sistemas CAD/CAM com seu sis- tema de monitoramento on-line do processo de usinagem em má- quinas-ferramenta de CNC basea- do em plataforma PC, como, por exemplo, os CNCs SIEMENS Si- numerik 810D/840D e GE-FANUC série xx0-i. Em sistemas CAD/CAM convencionais, a otimização de processos restringe-se, basica- mente, à comparação do modelo geométrico desejado e das es- pecificações de projeto com o resultado da peça usinada. O usuário, com a devida experiên- cia em processos de usinagem e em operação do sistema CAM, utiliza-se destas informações para realizar as devidas correções no programa CN. Já o sistema pro- posto visa fornecer ao usuário da- dos da máquina-ferramenta refe- rentes ao processo de usinagem, coletadas durante a execução do programa CN, gerando-se assim informações adicionais para a otimização do processo e suge- rindo possíveisações para tal. Através de um monitora- mento on-line da máquina-fer- ramenta e utilizando-se de al- goritmos parametrizados pelo usuário, o sistema irá sugerir al- terações de parâmetros e de es- tratégias de usinagem visando a otimização da fabricação, sejam estas referentes à otimização da qualidade (dimensional e acaba- mento superficial) e/ou do custo (redução de quebras e desgastes de ferramental, de tempos de ci- clo, de corte, de avanços em va- zio, etc). Este sistema permitirá também uma análise comparati- va do desempenho de ferramen- tas, quanto ao seu desgaste, potência consumida e qualidade da peça obtida. 40 O Mundo da Usinagem Sistemas Mecânicos da Escola Politécnica (USP), este projeto visa o desenvolvimento de uma arquitetura e aplicativos para que operadores em qualquer parte do mundo tenham condições de monitorar um processo e co- mandar equipamentos de um sistema produtivo. Na opinião de João Oliveira, diretor presidente do IPT, essa tecnologia possibilita acompa- nhar o desempenho de toda a cadeia produtiva: “o gerente de uma empresa tem condições de mensurar a taxa de utilização de determinada máquina, monito- rando o nível de paradas e o efei- to disso na cadeia produtiva”. “O sistema permite um me- lhor gerenciamento da produção, da manutenção de máquinas e da otimização de seus processos de usinagem, proporcionando ga- nhos de produtividade por conta da automatização de um proces- so que antes era manual”, desta- ca Fábio Ferraz, gerente da Sensoft. “O foco aqui é estabelecer uma estrutura lógica e funcional, téc- nicas e ferramentas que garantam a segurança e flexibilidade do sis- tema. Esta tecnologia é funda- mental para o telediagnóstico, tra- tamento e recuperação de falhas, em especial para sistemas com má- quinas CNC”, comenta Miyagi. Entretanto, as pesquisas de- senvolvidas nestes laboratórios possibilitam muitas outras aplica- ções e apesar de serem desenvol- vidas em um ambiente de pes- quisa, podem ser aplicadas na prática em quase todos os am- bientes da cadeia produtiva. Infor- me-se sobre essas possibilidades e transforme-as em soluções. Fernando Sacco Jornalista Móveis e Sistema de Visão Omni- direcional; • Monitoramento Remoto de Máquinas-Ferramenta. Segundo o Prof. Dr. Paulo Eigi Miyagi, do Departamento de Mecatrônica e Engenharia de usinagem, o cuidado no projeto previu a utilização de produtos industriais seriados, como guias lineares, fusos de esferas, servoa- cionamentos, válvulas e sistema de lubrificação centralizado, dos mesmos fabricantes que forne- cem ao mercado de máquinas- ferramenta comercializadas no mercado tradicional. 43O Mundo da Usinagem OTS Máquina-ferramenta brasileira CNC MINI ACNC Tecnologia, sediadaem Santa Bárbara d’Oeste –SP, oferece máquina-ferra- menta CNC com dupla função – Torneamento e Fresamento. O equipamento foi desenvolvido pa- ra atender aos seguintes merca- dos-alvo: • Área Educacional (Universidades e Escolas Técnicas, como os CEFET’s, SENAI’s, FATEC’s, etc.). • Prestadores de Serviços com ope- rações em Micro-usinagem. • Ferramentarias. Para as instituições de ensino, viabiliza o treinamento dos alunos com demonstração explícita dos conceitos de torneamento e fresa- mento em máquinas a CNC sem a necessidade de investimentos em equipamentos distintos; ou seja, aquisição em separado de tornos e fresadoras a CNC. Algumas instituições educacio- nais e de pesquisa como UNESP e USP, já adquiriram o equipamen- to para equipar seus laboratórios. Todo o material de apoio ins- trucional foi desenvolvido em con- junto com o Centro SENAI – Fundação ROMI em Santa Bár- bara d’Oeste – SP. Para o mercado de micro- Ad ria na El ia s Alguns segmentos, tais como fabricante de fechaduras/chaves; usinagem de corpo de provas pa- ra ensaios mecânicos; peças para os segmentos odontológico e or- topédico; moldes; prototipagem; aeromodelismo; automodelismo; jóias e bijuterias dentre outros, fo- ram contemplados com a multi- funcional brasileira. Mini-torno e fresadora CNC conjugados. de deslocamento entre ambientes. Dessa forma, as instituições de en- sino e/ou empresas de micro-usi- nagem poderão, com um só equi- pamento, devido à facilidade de movimentação, utilizá-lo em vários locais, inclusive em salas de aula dis- tintas, não necessitando de um lo- cal específico como um Labora- tório para sua utilização. Para esse modelo CNC MINI, a CNC Tecnologia orienta, devi- do à facilidade operacional, a uti- lização do novo Comando Nu- mérico da MCS Engenharia denominado “PROTEO” – em conjunto com os servoacionamen- tos brushless da WEG, dando as- sim uma condição de alto índice de nacionalização. A alteração da operação de torno para fresadora, inclusive da adequação da nomen- clatura dos eixos coordenados, é rá- pida e prática, é efetuada direta- mente no painel de operação, não havendo necessidade de alterações de hardware na máquina. Essa inovação já possui protocolo de- finitivo de patente de invenção junto ao INPI, inclusive “Atestado de Exclusividade” conferido pela ABIMAQ/SINDMAQ, certifi- cando que a CNC TECNOLO- GIA é fabricante nacional exclu- siva desse equipamento. Os equipamentos CNC MINI também podem ser fornecidos nas versões Torno ou Fresadora sepa- radamente. Inclui, ainda, a possi- bilidade de integração com auto- mações externas e, em virtude de sua procedência, permite agilidade nos serviços de manutenção. A CNC TECNOLOGIA dá como opção, tanto para o Mini-Torno como para a Mini- Fresadora, a montagem com qualquer Comando Numérico comercializado no mercado na- cional, tais como: Fagor, Fanuc, Heidenhain/Diadur, MCS, MDSI e Siemens. Nos últimos anos a empresa tem investido na melhoria e di- vulgação desses produtos que en- frentam a concorrência de máqui- nas importadas. A empresa tem encontrado dificuldades na parti- cipação das licitações de escolas técnicas públicas em virtude de, normalmente, as descrições dos equipamentos elencadas nas licita- ções serem baseadas nas caracterís- ticas das máquinas importadas, visto serem as únicas máquinas disponíveis no passado. Apesar da CNC TECNOLO- GIA já haver exportado o equipa- mento Mini-Torno e Fresadora CNC Conjugados para os USA, está desenvolvendo um trabalho 44 O Mundo da Usinagem VANTAGENS • Dois equipamentos em um; • Valor do investimento pratica- mente para um equipamento; •Espaço reduzido (740 x 1970 mm); • Facilidade de movimentação. Um caso de aplicação indus- trial de sucesso refere-se a um fa- bricante de fechaduras/chaves que, certificando-se da possibili- dade de utilização do mini-equi- pamento dentro do segmento em que atua, comparando preço, prazo de entrega, versatilidade, período de garantia e que teria disponibilidade de um rápido atendimento quando da assis- tência técnica, achou interessan- te em comparação com os de- mais equipamentos, adquiriu o produto da CNC, estando satis- feito com sua performance. O equipamento Mini-Torno e Fresadora CNC Conjugados ocu- pa uma área de 1,5 m2, é monta- do sobre uma bancada com rodí- zios e freios, permitindo facilidade Mini-torno CNC com sistema “Gang”. Ar qu iv o CN C mais agressivo de marketing jun- to ao mercado interno. O desafio consiste em divulgar: • A excelente qualidade de seus produtos, por superarem em mui- to a performance dos concorren- tes similares; • Que os equipamentos são fabri- cados integralmente no Brasil; • Que a empresa oferece garantia de 12 meses, superior à maioria dos fabricantes de máquinas; • Que a assistência técnica será prestada por sua coligada CNC SERVICE – empresa tradicional e que já possui um nome forte na atuação de assistência técnica em máquinas operatrizes; • Que o preço comercializado é justo; Mecânicade 2008 a ser realiza- da no Centro de Exposições do Anhembi-SP de 13 a 17 de maio. A CNC TECNOLOGIA apre- sentará como novidade na Feira, nova versão para o Mini Torno CNC, que possuirá Torre Auto- mática de 08 posições. Eng. José Fernando Perez Diretor Comercial A CNC, fundada em 1989, está estabelecida em Santa Bárbara d’Oeste, SP. Contatos para conhecer os equipamentos poderão ser efetuados durante a Feira da Mecânica 2008, à rua B nº 24, ou na sede administrativa da empresa, à Rua Uruguai, 574 - Jardim Sartori, em Santa Bárbara d’Oeste, telefone + 55 19 3463 6311 ou ainda através do e-mail contato@cncnet.com.br. • Que atende integralmente as ne- cessidades de treinamento; • Que possui a vantagem de pos- sibilitar a sua aplicação na produ- ção de peças no mercado de mi- cro-usinagem. A máquina-ferramenta Mini Torno e Fresadora CNC Conju- gados que já foi exposta nas fei- ras FEIMAFE, Feira de Chicago e Feiras da Mecânica, terá sua presença garantida na Feira da 49O Mundo da Usinagem PONTODEVISTA As novas demandas na busca por talentos Já houve o tempo em que tudo o que umprofissional precisava fazer para se man-ter empregado era entregar resultados à empresa. Alcançá-los sempre foi, e continua sendo – cada vez mais intensamente –, a grande preocupação de toda organização em- presarial. Agora, apenas isso não é suficien- te. Qualidades e competências antes pouco pensadas como fator de competitividade pro- fissional estão fazendo a diferença nos processos de seleção. Por isso, em determinadas áreas e segmentos de negócios, assistimos a uma escassez de profissionais. E quem atende ao perfil desejado pelas empresas está sendo disputado em um corpo a cor- po corporativo. Um desses fatores de diferenciação é a combinação de alta energia, foco nos ob- jetivos, capacidade de prever os possíveis re- sultados das ações (analisar os riscos) e dis- posição para inovar. Todos os nossos clientes querem pessoas com essa característica e es- tão dispostos a pagar mais para atraí-las e re- tê-las. Isso quer dizer que quem possui um estilo menos arrojado de atuar é, na mesma proporção, menos valorizado. Mas isoladamente isso ainda não basta. A integridade, ou seja, a vinculação com valores éticos, é outro fator determinante, principalmente depois dos escândalos que en- volveram nomes de grandes corporações americanas, da criação da Lei Sarbanes- Oxley e da crescente valorização da respon- sabilidade social e ambiental nas empresas. Além disso, com o advento das novas tec- nologias de informação e comuni- cação e a redução dos níveis hierárquicos, as relações de trabalho passaram do prin- cípio do “controle” para o da “confiança” e esta se baseia na integridade. Nesse ambiente, ser honesto também já não é su- ficiente. É preciso ser e parecer honesto, além de atencioso e respeitoso com todos os demais e aberto à diversidade, afinal, nas empresas já não há espaço para ne- nhum tipo de pré-conceito. Aquela história do “não temos nada que o desabone” não é mais referência sobre o profissional. As em- presas querem a certeza de que, além de nun- ca ter feito nada de errado, ele faz o que é certo. Isso envolve uma série de situações em que o valor “integridade”, ou o “agir cor- Quem atende ao perfil desejado pelas empresas está sendo disputado em um corpo a corpo corporativo. 50 O Mundo da Usinagem retamente”, pode ser interpreta- do de maneira muito mais abran- gente. Portanto, uma assertivida- de maior no comportamento – por exemplo, através de traba- lho voluntário – é outro fator fundamental para se destacar. Como eu disse logo no iní- cio, toda empresa quer ter lucro, superar metas, vender muito, ou seja, está em busca de resultados para o negócio. Entretanto, “co- mo” esses resultados são atingi- dos é um valor tão importante quanto. É preciso construir rela- ções de longo prazo com a con- vicção de que ter, a todo custo, o melhor resultado hoje possivel- mente comprometerá o resulta- do de amanhã e, muitas vezes, até a continuidade da empresa. Outra cobrança cada vez maior na “caça aos talentos” é a capacidade de influenciar pes- soas e motivá-las a dar o melhor de si na busca de resultados. Isso porque as hierarquias no mun- do corporativo não seguem mais o modelo verticalizado e rígido dos exércitos; todos da equipe têm o direito e o dever de par- ticipar e opinar. Isso leva outra necessidade ao profissional: saber quando fa- lar, quando ouvir o outro e co- mo considerar o que foi dito. A princípio, pode não parecer mui- to complexo, mas assim o tem si- do em função da crescente rea- lidade dos times globais – é cada vez mais comum encontrarmos Ar qu iv o KP M G equipes formadas por profissio- nais de países e culturas total- mente diferentes –, nos quais o respeito à diversidade é funda- mental. É o que chamamos de “postura internacional”. Em resumo, a empresa com- petitiva e sustentável não quer pessoas comuns no seu time. Ela quer atrair e reter quem vai fazer a diferença e desenvolver um cli- ma favorável para que todos en- treguem o melhor de si. Por is- so, não raras vezes, pessoas que tiveram sucesso no passado en- frentam dificuldade de encon- trar oportunidades interessantes no presente. Elas não perceberam as novas demandas técnicas e comportamentais que permitem aos profissionais gerar mais valor para a empresa e, com isso, man- ter alta a sua própria competiti- vidade no mercado de trabalho. Patrícia Molino Assessoria em Gestão de Recursos Humanos da KPMG no Brasil. * Matéria captada pelo Depto. de Comunicação Corporativa da Sandvik do Brasil. 53O Mundo da Usinagem IN TE RE SS AN TE SA BE R Para tal gasto, aponta-se a derrocada da escola pú-blica, que obriga as famílias, desde os anos de1970, a colocarem seus filhos em escolas par- ticulares. Mas embora o preço da mensalidade esco- lar responda por mais da metade dos gastos com um filho, a verdadeira mudança se deve à nossa entra- da, sem o devido preparo, na sociedade de consumo. O gasto com a educação dos filhos, portanto, não se limita à escola e ao plano de saúde: roupas, equipa- mentos escolares, computador, telefone celular, jo- gos de computador, vídeos, idas ao shopping, presen- tes aos amigos, viagens escolares.... Consultores de orientação financeira deixam cla- ro que economizar, cortando supérfluos – inclusive Pe dr o Dê ge lo Não delegue a educação do seu filho Com até 25% da renda familiar usada para educar os filhos, a situação exige cuidados. aquele video game que o menino de 3 anos nem entende do que se trata – é o primeiro passo pa- ra o planejamento visando a saú- de e educação dos filhos. Os números são preocupan- tes: uma família de classe média, segundo o Centro de Estudos de Finanças Pessoais e Negócios (CEFIPE), de São Paulo, com renda de 4.000 reais por mês, te- rá gasto, ou gastará, cerca de 250 54 O Mundo da Usinagem à procriação de que se tem notí- cia, ao proclamar o custo de 1,6 milhão de reais do nascimento aos 23 anos de idade... Mas não nos desesperemos! A simples ilustração da referida ma- téria nos localiza em um univer- so de cursos de tênis, equitação – com manutenção de um bom cavalo – de viagens de estudo, competições, etc. que não são par- so de língua estrangeira, um bom plano de saúde, livros, etc. Muitas empresas de consulto- ria financeira recomendam apli- cações em fundos de investimen- to dedicados ao futuro dos filhos. Elas indicam que depositanto 250 reais por mês, ao final de 16 anos seu filho terá a soma de 100 mil reais para ser resgata- da. Esses planos com- preendem seguros que mil reais entre o nascimento e a formatura do filho na universidade. O peso maior, cerca de 50 mil por 4 anos de mensalida- desuniversitárias, poderá ser de- duzido se o filho conseguir entrar em uma universidade pública. O assunto frequentemente comparece nas revistas semanais do país. A Veja de número 41, de fevereiro pp., em matéria “Do berço à Universidade: quanto cus- ta criar um filho” poderia funcio- nar como o mais sério inibidor te do universo do comum dos mortais. Atinge-se a extraordiná- ria soma, também, pela inclusão de custo de aluguel, eletricidade, condomínio, etc., que na realida- de não devem fazer parte dos cál- culos, já que o casal teria esses gastos mesmo sem filhos. Pensemos, portanto, no bá- sico, como boas escolas, um cur- protegem a criança, no caso de morte do chefe de famí- lia, pagando suas mensalidades escolares até os 18 anos de idade. Os consultores aconselham uma vida de economia diária, re- vertendo o que se salva do des- perdício para tais fundos. Nas famílias de renda A e B, o gasto com educação compromete ape- nas 2,5% do orçamento, enquan- to que naquelas de renda C e D, este percentual está na média de Pe dr o Dê ge lo 56 O Mundo da Usinagem cessidade de aproveitamento dos livros escolares, sem descartá- los anualmente como se fossem papel velho. As escolas são co- niventes com as editoras, que desovam anualmente “novas edi- ções”, fazendo crer que os exem- plares anteriores da mesma obra não são mais utilizáveis. Calcule a economia dupla, a de comprar 14% por filho, segundo pesqui- sa da Fundação Getúlio Vargas. Assim, como economizar se mais de 70% das famílias de clas- se média já cortou, com referên- cia nos anos de 2006-2007, tu- do o que considerava supérfluo? Viagens, carro novo, reforma da casa e, às vezes, até mesmo a com- pra da casa própria, tudo está sendo revertido para a educação dos filhos. A idéia é a que é me- lhor deixar ao filho uma boa edu- cação, que lhe garanta o futuro, do que lhe deixar bens mate- riais, que ele consumiria se não tiver um bom emprego para mantê-los. A economia diária de que falam os conselheiros econômicos implica em exercitar um equilíbrio no consumo, nisso orien- tando os filhos desde pe- quenos. O salutar comba- te ao desperdício de água e eletricidade, de alimen- tos e de vestimentas, que são desprezadas e trocadas em virtude de modismos, já geraria considerável economia em uma família de 4 pessoas. Restringir presentes e evitar a compra de brinquedos de pou- co uso, reintroduzir o hábito da leitura, contando histórias às crianças antes de dormir, são prá- ticas que farão de seu filho um ser humano mais saudável e me- nos ligado às necessidades do consumo. Salutar também reunir-se com pais da escola de seu filho e argumentar, com a direção, a ne- livros usados e a de poder reven- dê-los no final do ano letivo! Igualmente importante, ainda nessa questão de livros, cobrar da escola a manutenção de uma biblioteca circulante, evitando-se a compra compulsória de livros para-didáticos. Ensinar as crianças a estabe- lecer metas a serem atingidas, economizando para “chegar lá”, é importante não apenas para imediato retorno como, sobretu- do, para a formação da criança. A preocupação com o futuro e o aconselhamento econômico parecem estar surtindo efeito: até julho de 2006 os fundos de investimento infanto-juvenis ti- nham, segundo a Infomoney, captado R$ 79,1 milhões (con- tra R$ 65,7 milhões no mesmo período em 2005). É necessário, contudo, uma política nacional que combi- ne os poderes públicos e o setor produtivo, pela valo- rização de cursos técnicos e sua difusão entre nós. A busca do diploma uni- versitário, muitas vezes em setores sem nenhum interesse para o aluno, reflete a falta dessa polí- tica e pesa enormemente no orçamento familiar, so- bretudo das classes econô- micas C, D e E. Em outubro de 2007, o analista da Hoper Consultoria em Educação de Curitiba, Ryon Braga, detectou que o grande gasto das famílias de classe eco- nômica E não é com ensino fun- damental e médio mas sim com o ensino universitário. O apelo para se ter diploma universitário cresceu muito e a iniciativa pri- vada percebeu esse filão e o resul- tado foi constatado pelo IBMEC: entre 1985 e 2005 a rede públi- ca universitária cresceu 121,8% e a particular cresceu 634%. Pe dr o Dê ge lo Infelizmente, paga-se, muitas vezes, por um arremedo de forma- ção universitária e o Ministério da Educação vem fechando cursos ou restringindo o número de va- gas de escolas particulares, como foi o caso das mais de 6 mil vagas em cursos de Direito cortadas pa- ra o ano letivo de 2008. Planejar a educação do filho, portanto, vai além da simples manu- tenção de um Planejamento Financeiro Finanças para crianças Check-up financeiro O precário equilíbrio entre carreira, família e dinheiro Ser independente financeiramente Herdar exige criar liquidez para cada uma das gerações Inicie agora o seu preparo físico financeiro! Em cada decisão há uma taxa de juros a ser entendida O dinheiro na mão delas Reserva Financeira – Por que é importante? Planeje-se para a avalanche de despesas de todo ano Para QUEM serve um seguro de vida? Ano novo, velhas metas Organize sua vida financeira PLANEJAMENTO FINANCEIRO - FINANCENTER Faça Você Mesmo POR QUE PLANEJAR AS FINANÇAS PESSOAIS Orçamento Familiar Exagero na mesada abre espaço para mau uso do dinheiro Fuja das crises financeiras Mudanças de Padrão dos Orçamentos Familiares Você sabe quanto gasta? O Orçamento do Brasileiro Um presente para o futuro Gastar muito é uma doença Ensinando seus filhos a juntar dinheiro Monte um plano para o pagamento de suas dívidas Administrando melhor seu orçamento Despesas de consumo - POF IBGE Os efeitos do Consumismo Planejando suas finanças No site http://financenter.terra.com.br você pode encontrar vários instrumentos úteis para seu planejamento, com textos escritos em linguagem acessível e agradável, além de planilhas que o ajudarão a gerenciar seus objetivos. Veja alguns exemplos abaixo e Bom Trabalho! [$$ $$$ fundo de aplicação ou sua manu- tenção em escolas particulares a partir do berçário. O planeja- mento mais efetivo é aquele da proximidade com o filho, é o da transmissão de valores, do ensi- no do respeito pelos bens finíveis, como água e energia elétrica, é o do combate ao consumismo sem peias e sem espírito crítico. Em poucas palavras, o melhor plane- jamento é não delegar a educa- ção de seu filho às escolas: elas de- 58 O Mundo da Usinagem vem apenas instruí-lo, pois quem o educa, quem faz dele um cida- dão socialmente responsável e atuante, realmente, é a família. Marlene Suano DH-FFLCH da USP Fontes: http://web.infomoney.com.br http://www.icatu-hartford.com.br http://financenter.terra.com.br 61O Mundo da Usinagem notícias IN TE RE SS AN TE SA BE R Ferramentaria, modelação e usinagem se encontram em Joinville - SC A4ª Feira e Congresso de Ferramentaria,Modelação e Usinagem, a F+M+U 2008de Joinville, SC, reuniu, nos dias 11 a 14 de março pp, 182 expositores e 249 em- presas apresentaram suas marcas, produtos e serviços a 23.251 visitantes, entre empresários, profissionais da área, compradores, fornece- dores, prestadores de serviços e estudantes. Joinville tornou-se o centro de negócios sendo prospectados ou fechados, com visi- tantes de diversas outras cidades catarinenses e de quase todos os estados brasileiros, além de outros países, como: Estados Unidos, Argentina, Alemanha, Espanha, China e Japão. Expositores e visitantes notaram a pre- sença de diversos empresários e tomadores de decisão de grandes empresas nacionais e multinacionais, o que consagra a cidade de Joinville, por meio de sua F+M+U como o segundo maior pólo de Ferramentaria, Mo- delação e Usinagemdo país. Diversos lançamentos foram apresenta- dos. Empresas que nunca haviam participa- do de feiras fora de São Paulo vieram à F+M+U 2008 e ficaram surpresos com o poder e a força desta economia na região sul do país e com a qualificação dos visitantes. A grande maioria dos expositores entre- Pa ul o M al uc he vistados apresentou um feed-back bastante otimista e, prova disso, foram diversas empresas que já re- servaram e ampliaram seus espa- ços para a próxima edição do evento, que acontecerá entre 16 e 19 de março de 2010. EVENTOS PARALELOS COM DESTAQUE INTERNACIONAL Paralelo à feira, aconteceu o 4º Seminário de Soluções e Tec- nologia, organizado em parceria com o Senai – Joinville. Com o tema “Tendências Tecnológicas no Setor de Ferramentaria, Mo- delação e Máquinas” a palestra ministrada pelo professor da Universidade de Aveiro, em Por- tugal, Gil Cabral foi o destaque internacional do seminário. Outros profissionais de re- nome, que atuam em empresas como: Mercedes Benz do Brasil, Instituto Tecnológico de Aero- náutica (ITA) e Universidade Fe- deral de Santa Catarina (UFSC), também apresentaram em suas palestras diversos temas de gran- de interesse para o público presen- te. Além de conhecer experiên- cias de sucesso, os participantes tiveram a oportunidade de inte- ragir e conversar sobre os prin- cipais tópicos da Feira. Aconteceu também, em pa- ralelo à F+M+U 2008, o Semi- nário Internacional de Usinagem e Ferramentaria, organizado pelo Núcleo de Usinagem e Ferramen- taria da ACIJ. O evento apresen- tou o palestrante Per Noedvall, en- genheiro da empresa Kaller, da Suécia. O tema abordado foi Deve- lopment & Aplication Support, com tradução simultânea. Representantes de mais de cem grandes empresas nacionais, além de Ferramentarias, Mode- lações e Usinagens de todo o país estiveram presentes no even- to. Por acreditar que o sucesso atingido pela feira foi devido a to- dos que dela participaram, a Markt Events agradece a presen- ça de todos e convida desde já pa- ra a 5ª F+M+U, que acontecerá entre 16 a19 de março de 2010. Equipe OMU FONTE: Assessoria de Imprensa da Markt Events – Feiras de Negócios 62 O Mundo da Usinagem PORTAL ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Você já navegou pelo Portal Engenharia de produção? Com atualizações frequentes e espaços co-laborativos, o Portal é dinâmico e inte-rativo. Reúne em um só lugar tudo o que acontece no mundo industrial, acadêmico e empresarial da área de Engenharia de Produção. Nele, o profissional passa a contar com um espaço de discussão, onde é possível divulgar visitas técnicas, eventos, vagas de estágio e em- prego, indicações de sites, integrar-se com os outros membros e muito mais. Além de um Fórum de discussão, o portal possui cases, artigos, links para revistas de enge- nharia, eventos do setor, divulgação de palestras e muito mais. Muitos tópicos sobre Cultura e Crescimento Pessoal, Economia e Negócios, Tecnologia e Ciência, são de vital importância para a boa colocação do engenheiro no merca- do de trabalho. Particularmente interessante a seção sobre le- gislação, que oferece Leis, decretos e resoluções que regulamentam as atividades de profissões li- gadas ao CONFEA – Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Visite: www.engenharia.alol.com.br 64 O Mundo da Usinagem notícias IN TE RE SS AN TE SA BE R Inovar em parceria será tema de workshop na VIII Conferência da Anpei Como inovar quando a empresa possuirecursos e tempo limitados? A respos-ta será dada pelo consultor internacio- nal Jay Paap, no workshop “Open Innovation” (inovação aberta), que ele vai ministrar du- rante a VIII Conferência Anpei de Inovação Tecnológica, a ser realizada de 19 a 21 de maio, em Belo Horizonte-MG. Para Jay Paap “empresas em todo o mun- do reconhecem que o segredo para o crescimen- to sustentado no longo prazo, e até mesmo pa- ra a sobrevivência, está no atendimento aos seus clientes com produtos e serviços inovadores”. No entanto, ele observa, a grande maioria das empresas não possui os recursos nem a cultu- ra necessários ao processo de inovação. “Até mesmo as grandes corporações, com reconhe- cida trajetória inovadora, estão sendo desafia- das devido à velocidade das mudanças e dos riscos e custos para o desenvolvimento de no- vos produtos ou serviços”, afirma. Para o consultor, que é PhD pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na si- gla em inglês), uma maneira de driblar os pro- blemas de recursos e de tempo é reconhecer que para inovar não é necessário desenvol- Ar qu iv o AN PE I Para mais informações sobre a VIII Conferência Anpei de Inovação Tecnológica, acesse www.anpei.org.br. As inscrições para o evento já estão abertas. ver todo o processo dentro da própria em- presa. “Com a identificação de novas tecno- logias, externas ao negócio, é possível estimu- lar ou complementar o esforço inovador interno de cada empresa”, explica Paap. “Em- presas como a Procter & Gamble, por exem- plo, otimizam seu faturamento por meio da inovação aberta”. Nos últimos trinta anos, Jay Paap vem criando e implementando programas de ino- vação aberta em grandes empresas mundiais. Entre seus clientes estão a 3M, Apple, AT&T, Boeing, British Telecom, DuPont, Ford, Gillette, IBM e Motorola. No workshop, durante a VIII Conferência Anpei, Jay Paap vai detalhar as características da inovação aberta e explicar porque ela vem sendo adotada pelas empresas. Vai, também, indicar onde e como procurar fontes externas para o processo de inovação e demonstrar co- mo criar parcerias empresariais. 66 O Mundo da Usinagem notícias IN TE RE SS AN TE SA BE R Projeto une e barateia componentes de tanques de motocicletas Projeto desenvolvido em parceria entre aEscola Politécnica (Poli) da USP e umaindústria de sistemas automotivos criou uma peça que é a junção da válvula de com- bustível e do medidor de nível de gasolina de motocicletas. Esse projeto reduz entre 38% e 44% o número de componentes do sistema tanque de combustível, reduz o custo de mon- tagem das peças na linha de fabricação e per- mite dobrar o mercado atendido pela fabri- cante. Ele facilita também a logística – desde o desenho até a fase final de testes, por se tra- tar de um único produto em vez de dois. O projetista, o engenheiro elétrico Nelson Nishimura, há dez anos no ramo, analisando o tanque de combustível das motocicletas, percebeu que as duas furações de montagem embaixo dele tinham a mesma função: per- mitir o acesso e montagem das peças. Em uma das furações é montada a válvula, que re- gula o fluxo de gasolina que sai do tanque e vai pro motor; e em outra, o medidor de ní- vel, que mede a quantidade de combustível existente no tanque. “Ambos os locais têm anel de vedação e usam porcas e parafusos para montar cada componente”, explica Nishimura. Dessa forma, surgiu a idéia de unir esses dois componentes em um só, para que o tan- que fique com apenas uma furação de mon- tagem, diminuindo também o risco de vaza- mentos e, conseqüentemente, de incêndio. MERCADO Como a funcionalidade dos componen- tes seria a mesma, as empresas fabricantes de um ou outro deles passariam a atender a dois mercados. “A empresa que só fornecia o me- didor agora poderá fornecer a válvula inte- grada também, aumentando o seu faturamen- to”, analisa o engenheiro. Outra vantagem do produto é ser com- patível com qualquer tipo de motocicleta: as que têm marcador de combustível no painel (50% dos tipos), as que possuem uma lâm- pada que acende quando a gasolina atinge o nível de reserva (3%), e as que não têm ne- nhum tipo de indicador de combustível (47%). OS NÚMEROS O engenheiro fez comparações com duas das maiores fabricantes de motocicletas do mundo –a Honda e a Yamaha. Para a fabri- cação do medidor e da válvula, a Honda uti- liza 45 componentes e a Yamaha, 50. O pro- tótipo proposto utiliza apenas 28 peças, e é compatível com as duas marcas. Levando-se em conta todo sistema de tanque de combustível (porcas, parafusos e su- portes), a economia é ainda maior. A Honda necessita de 55 peças, enquanto que a Yamaha utiliza 64. O projeto de Nishimura consome 33 peças, significando uma redução de 40% a 48% dos componentes necessários. O mestrado de Nishimura na Poli, Desen- volvimento de um novo conceito de produto: sen- sor de nível de combustível para tanques de motocicletas, foi defendido em 2004, e sua co- municação no Congresso SAE BRASIL de en- genharia e mobilidade, de novembro de 2007, foi premiada com “Menção Honrosa”. Fonte: Agência USP (Naila Okita).Ag ên ci a US P 68 O Mundo da Usinagem notícias IN TE RE SS AN TE SA BE R Profissão de tecnólogo pode ser regulamentada Tramita na Câmara Federal, projeto de regulamen-tação da profissão de tecnólogo. Segundo o proje-to, é atribuição dos tecnólogos analisar dados téc- nicos, desenvolver estudos, orientar e analisar projetos; supervisionar e fiscalizar serviços técnicos dentro das suas áreas de competência contempladas no Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia do MEC; prestar con- sultoria, assessoria, auditoria e perícias; exercer o ensi- no, a pesquisa, a análise, a experimentação e o ensaio; e conduzir equipes de instalação, montagem, operação, reparo e manutenção de equipamentos. O projeto prevê a criação de conselhos federais e re- gionais de fiscalização do exercício da profissão de tec- nólogo. O texto também define que caberá às faculda- des que mantenham curso de tecnologia encaminhar às instituições incumbidas da fiscalização as características dos profissionais por ela diplomados. Segundo dados do MEC, só no Estado de São Paulo, de 1998 a 2004, a quantidade de alunos nas graduações tec- nológicas aumentou 395%, de acordo com o Censo Nacional da Educação Superior realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). “A inclusão dos tecnólogos no mercado de trabalho deve recuperar, em muito pouco tempo, a distância que nos separa da qualidade dos serviços prestados no mun- do desenvolvido”, disse Reginaldo Lopes. Para ele, a con- cessão do registro profissional para os tecnólogos corres- ponde a um resgate do governo brasileiro da grande massa de trabalhadores. “Os tecnólogos são profissionais de nível superior que, por sua formação direcionada, es- tão aptos à atuação imediata e qualificada em sua área.” O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; Educação e Cultura; Constituição Justiça e de Cidadania. Fonte: Agência Câmara Em feiras de negócios, as empresas emgeral apresentam novos produtos e ser-viços, solidificam relacionamentos co- merciais, prospectam novos clientes, forta- lecem marcas, divulgam lançamentos. Reunidos em um espaço comum, fabrican- tes e importadores/representantes, nos fa- zem repensar os ambientes de negócio e tecnológico em que vivemos. Hoje o mercado é regido pela diferen- ciação, segmentação e pela contínua inova- ção. As feiras geram, dessa forma, uma opor- tunidade única para o encontro de clientes com fabricantes e seus canais de vendas, incluindo importadores, dos maiores pila- res do setor produtivo da indústria. Uma outra forma de se entrar em conta- to com as novidades é explorar nossa rede de contatos, nossos fornecedores, clientes e pres- tadores de serviço, aproveitando nosso bom relacionamento para visitar empresas, con- versar com nossos pares de outras regiões e segmentos, verificando “in loco” seus em- preendimentos e, oportunamente, trocar expe- riências, discutir preocupações comuns, e fa- lar sobre desafios e êxitos. Esta prática, costuma ser algo mutuamente inspirador. Outras formas importantes de atualiza- ção são os congressos, seminários, palestras e treinamentos e, neste caso, é possível que alguém muito experiente possa até ouvir muita coisa que já sabia, ou mesmo já ex- perimentou há tempos. Ocorre que a par- tir de um determinado ponto, o conheci- mento passa a ser um garimpo mesmo e, se assim ocorrer, no mínimo tais eventos são excelentes oportunidades para partilhar ex- periências e auxiliar que outros possam as- RESPONSABILIDADE NO SS AP AR CE LA DE Atualizar-se, uma necessidade vital 70 O Mundo da Usinagem Ad ria na El ia s cender a outros níveis de visão, de modo que, na pior das hipóteses, estaríamos contri- buindo para a formação de uma comuni- dade mais competitiva. Não podemos perder de vista que a constante especialização é um dever da vi- da profissional moderna. Podemos buscá- la tanto de maneira institucional, por meio de cursos de extensão ou MBAs como no quotidiano de frequência aos eventos aci- ma mencionados e leituras, sobretudo de re- vistas especializadas em nosso setor. De fa- to, nosso trabalho cresce em virtude de nosso próprio crescimento pessoal. O grande desafio no entanto é o tem- po. Como encontrar tempo para todas es- tas coisas se sou tão ocupado? A verdade é que ninguém poderá mudar esta situação até que se entenda que resolvê-la é algo im- prescindível e, se assim a encararmos, o tempo aparecerá. José Edson Bernini Gerente Nacional de Vendas, Sandvik Coromant do Brasil MOVIMENTO SANDVIK COROMANT - PROGRAMA DE TREINAMENTO 2008 Mês TBU TBU TFR UMM EAFT EAFF OUT OUF TUCAS TGU DPUC Noturno Diurno Jun 9, 10, 11 e 12 02, 03 e 04 16, 17 e 18 Jul 21 e 22 14, 15 e 16 30/06, 01, 02, e 03 28 e 29 Ago 11, 12, 13 e 14 04, 05 e 06 18, 19, 20 e 21 Set 01 e 02 22 e 23 29, 30 e 01/10 15 e 16 Out 20 e 21 13, 14, 15 e 16 27, 28 e 29 Nov 03, 04, 05 e 06 10, 11 e 12 Dez 01 e 02 TBU - D - Técnicas Básicas de Usinagem (Diurno - 14 horas em 2 dias) TBU - N - Técnicas Básicas de Usinagem (Noturno - 14 horas em 4 dias - das 19h00 às 22h30) TFR - Técnicas de Furação e Roscamento com fresa de metal duro (14 horas em 2 dias) EAFT - Escolha e Aplicação de Ferramentas para Torneamento (21 horas em 3 dias) UMM - Usinagem de Moldes e Matrizes (28 horas em 4 dias) EAFF - Escolha e Aplicação de Ferramentas para Fresamento (21horas em 3 dias) OUT - Otimização da Usinagem em Torneamento (28 horas em 4 dias) OUF - Otimização da Usinagem em Fresamento (28 horas em 4 dias) TUCAS - Tecnologia para Usinagem de Componentes Aeroespaciais e Superligas (14 horas em 2 dias) TGU - Técnicas Gerenciais para Usinagem (21 horas em 3 dias) DPUC - Desenvolvimento de Processos para Usinagem Competitiva (14 horas em 2 dias) - CURSO NOVO 74 O Mundo da Usinagem DICASÚTEIS ANUNCIANTES NESTA EDIÇÃO O Mundo da Usinagem 46 OMUNDODA USINAGEM ARWI Tel: 054 3026 8888 Caxias do Sul - RS ATALANTA TOOLS Tel: 011 3837 9106 São Paulo - SP COFAST Tel: 011 4997 1255 Santo André - SP COFECORT Tel: 016 3333 7700 Araraquara - SP COMED Tel: 011 6442 7780 Guarulhos - SP CONSULTEC Tel: 051 3343 6666 Porto Alegre - RS COROFERGS Tel: 051 3337 1515 Porto Alegre - RS CUTTING TOOLS Tel: 019 3243 0422 Campinas - SP DIRETHA Tel: 011 6163 0004 São Paulo - SP ESCÂNDIA Tel: 031 3295 7297 Belo Horizonte - MG FERRAMETAL Tel: 085 3287 4669 Fortaleza - CE GALE Tel: 041 3339 2831 Curitiba - PR GC Tel: 049 3522 0955 Joaçaba - SC HAILTOOLS Tel: 027 3320 6047 Vila Velha - ES JAFER Tel: 021 2270 4835 Rio de Janeiro - RJ KAIMà Tel: 067 3321 3593 Campo Grande - MS MACHFER Tel: 021 3882-9600 Rio de Janeiro - RJ SANDVIK COROMANT - DISTRIBUIDORES SANDVIK COROMANT - Atendimento ao cliente 0800 559698 MAXVALE Tel: 012 3941 2902 São José dos Campos - SP MSC Tel: 092 3237-4949 Manaus - AM NEOPAQ
Compartilhar