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Curso: Fisioterapia Disciplina: Patologia Aula: 02 As diferentes categorias de lesão tendem a resultar em respostas relativamente semelhantes em tipos individuais de células, embora alguns tecidos ou órgãos possam ter respostas únicas e características para algumas formas de lesão. Segundo Bogliolo, são: 1. Lesões Celulares - divididas em letais e não letais; • Lesões não letais – compatíveis com a recuperação do estado de normalidade após terminada a agressão. • Lesões letais – Representada pela necrose e apoptose. Letalidade/não letalidade está frequentemente associada à qualidade, à intensidade, é a duração da agressão e ao estado funcional ou tipo da célula atingida. 2. Alterações Do Interstício (MEC) Constituição: - Proteínas fibrosas: Colágeno, elastina; - Proteínas de aderência: fibronectina, laminina; -Glicosaminosglicanos; - Proteoclicanos. Função: - Ocupa espaços não ocupados por células; - Atribui resistência aos tecidos; - Constituir meio pelo qual aportam nutrientes e se eliminam dejetos; - fixação celular; - Migração celular; Em relação à classificação das lesões será abordado: Alteração de proteínas do interstício: - Defeitos genéticos que comprometem estruturas, síntese e degradação; - Alterações adquiridas que interferem na síntese e na degradação. Transformação do interstício - Hialina (hialinoses): acúmulo de proteínas proveniente de plasma; - Mucóide: aumento no conteúdo de proteoglicanas; - Fibrinóides: Acúmulo de fibras íntegras ou degradadas de colágeno e fibrina; - Quelóide: Formação excessiva de tecido conjuntivo por deposição irregular de colágeno. 3. Distúrbios Na Circulação • Aumento, diminuição ou cessação do fluxo sanguíneo para os tecidos (Hiperemia, oligoemia e isquemia); • Coagulação do sangue no leito vascular (Trombose); • Aparecimento na circulação do sangue substâncias que não se misturam ao sangue e causam oclusão vascular (Embolia); • Saída do sangue do leito vascular (Hemorragia); • Alteração das trocas de líquidos entre o plasma e o interstício (Edema). 4. Inflamação • É a lesão mais complexa que envolve todos os componentes teciduais; • É a reação que acompanha a maioria das lesões iniciais produzidas por diferentes agentes lesivos. Alterações de inervação segundo Bogliolo: O SNP (nervos) e o SNC (medula) são geralmente lesionados por compressão pelas estruturas adjacentes ou estiramento. Quando há compressão, há deformação mecânica das fibras nervosas e isquemia local. A deformação mecânica e a isquemia levam à perda das propriedades mecânicas funcionais das fibras nervosas devido a vários mecanismos: obstrução local do movimento, inflamação e fibrosamento, proteção reflexa muscular local, excesso de tensão ao longo de um trajeto da fibra, além de outros mecanismos ainda não compreendidos. Uma lesão local em um nervo afeta todo o nervo, provavelmente pela diminuição do fluxo axoplasmático (além do efeito mecânico de má distribuição de tensão ao longo do nervo). O nervo fica suscetível a lesões em outros locais. Esse fenômeno é conhecido como double crush. A lesão implica em alterações das funções do nervo. A alteração da condução elétrica implica em distúrbios sensoriais (dor, parestesias), motores (distonias, fraqueza) e autonômicas (vasomotoras, pilomotoras). A alteração do fluxo axoplasmático implica em disfunções tróficas e inflamação (inflamação neurogênica) dos tecidos inervados pelo nervo. Portanto, uma lesão nervosa implica em alterações de suas propriedades mecânicas (movimento e elasticidade) e fisiológicas (alterando sua neurodinâmica, portanto) que por sua vez, sustentam ou agravam a lesão. Tais lesões podem resultar em disfunções nas estruturas que recebem sua inervação. Como consequência, estruturas músculo esqueléticas podem estar comprometidas numa disfunção de origem neural. Em relação às causas das lesões Bogliolo nos apresenta: Exógenas= meio ambiente: agente químico, físico, biológico e nutricional. Endógenas= próprio organismo: patrimônio genético, resposta imunológica e fatores emocionais. Criptogenética, idiopática ou essencial= não se conhece as causas. Em relação à hipóxia e anóxia - hipóxia é quando há a diminuição de O2 às células, ou seja, a distribuição desse O2, enquanto a anóxia é a perda completa do O2 às células.
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