Buscar

Gestão de Resíduos em Hospitais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 1 
Aula 8: Gestão de resíduos em hospitais ...................................................................................... 3 
Introdução ............................................................................................................................. 3 
Conteúdo ................................................................................................................................ 5 
A busca do paciente pela organização de saúde ........................................................ 5 
A motivação que leva as pessoas a procurarem um serviço de saúde .................. 5 
Fatores que influenciam esta procura ........................................................................... 6 
Tecnologia .......................................................................................................................... 7 
Medicalização ..................................................................................................................... 8 
Custo .................................................................................................................................... 8 
Papel do cidadão ............................................................................................................... 9 
Legislação ............................................................................................................................ 9 
Hospitalocentrismo e regionalização .......................................................................... 10 
Fracionamento do cuidado ........................................................................................... 11 
Oferta de leitos ................................................................................................................. 12 
Condicionantes geográficas que distinguem a motivação quando comparadas 
áreas locais distintas ........................................................................................................ 12 
Os fatores sociais frente a demanda por serviços de saúde ................................... 13 
Normas gerais de biossegurança ................................................................................. 14 
Aspectos legais relacionados à biossegurança e segurança do paciente ............ 15 
Negligência no ambiente de trabalho ......................................................................... 17 
Esterilização de equipamentos ..................................................................................... 21 
Sinalização ........................................................................................................................ 21 
Categorias de higienização............................................................................................ 23 
Tipos de limpeza ............................................................................................................... 26 
Limpeza e higienização de superfícies ........................................................................ 27 
Higienização dos utensílios ........................................................................................... 28 
Higienização das mãos ................................................................................................... 29 
Diagnóstico inicial da segurança no ambiente hospitalar ....................................... 31 
Serviços especializados em engenharia de segurança e medicina do trabalho 
(SESMT) .............................................................................................................................. 33 
Programa de prevenção de riscos ambientais (PPRA).............................................. 33 
Programa de controle médico de saúde ocupacional (PCMSO) ............................ 34 
Atividade proposta .......................................................................................................... 34 
Referências........................................................................................................................... 35 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 2 
Exercícios de fixação ......................................................................................................... 36 
Chaves de resposta ..................................................................................................................... 39 
Aula 8 ..................................................................................................................................... 39 
Exercícios de fixação ....................................................................................................... 39 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 3 
 
Introdução 
Uma organização de saúde não funciona por si só. Pode ter estrutura, 
equipamentos de última geração, profissionais altamente qualificados, mas sem 
pacientes... 
 
Este é um dos pilares dos paradigmas que vem sustentando o modelo 
tradicional de organização. Sem paciente a organização não tem sentido, mas 
com isso, como vimos consideramos que a organização de sucesso é a que 
mais atende, com resultados financeiros... 
 
Na verdade a motivação do acesso ocorre sob diversas circunstâncias pelo 
paciente. Conhecer estas motivações e fatores de influência permite ao gestor 
perceber como as suas decisões podem afetar essa relação organização versus 
paciente. 
 
Nas organizações de saúde, tanto o paciente quanto o profissional de saúde 
frequentemente estão expostos a fatores de risco biológico e de segurança. A 
biossegurança significa segurança da vida, homens, animais e meio ambiente, e 
é considerada uma área relativamente nova, que é embasada por diversos 
países por um conjunto determinado de leis e diretrizes e que vem sendo 
adotada no Brasil pelo Ministério da Saúde/Anvisa, seguindo protocolos 
recomendados pela OMS. 
 
 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 4 
Objetivo: 
1. Desdobrar a acessibilidade aos cidadãos, principalmente em relação à saúde, 
o acesso às unidades e diferentes níveis de atenção; 
2. Conhecer conceitos de Biossegurança nas organizações hospitalares 
relacionados à segurança dos pacientes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 5 
Conteúdo 
 A busca do paciente pela organização de saúde 
Entender o que leva o paciente a buscar uma organização de saúde é abrir um 
canal para perceber a forma como ele deseja se relacionar com o sistema. 
Antecipar esse conhecimento representa estar mais bem preparado na sua 
chegada e permitir a geração de experimentação agradável durante todo o 
processo. 
 
Entender essa dinâmica permite acompanhar o paciente dentro e fora da 
organização, entendendo que ele, independente de onde esteja, faz parte do 
sistema, desde que decida experimentá-lo. 
 
A motivação que leva as pessoas a procurarem um serviço de 
saúde 
Inicialmente podemos identificar diversas motivações, como veremos a seguir: 
 
Busca de uma “cura” para a sua doença 
Esta pode ser até a motivação aparentemente mais óbvia, mas deve ser olhada 
com mais detalhes. Inicialmente, o que é “cura”? 
 
Segundo Leonardo Boff (2004), o termo cura a partir da origem latina, provém 
de coera, raiz da palavra contemporânea “cuidar”, isto é, processo de curar 
como expressão de desvelo, preocupação, inquietação e implica em 
responsabilidade frente ao objeto de cuidado. 
 
A palavra coera derivaria, possivelmente, dos termos cogitare, cogitatus e 
resultaria em coyedar, coidar, cuidar, cujo sentido seria o de cura, ou seja, 
cogitar, pensar, colocar atenção, mostrar interesse, revelar uma atitude de 
desveloe de preocupação. Essa percepção implica no “pré-conceito” de ter 
identificado antes da busca que existe (ou poderia existir) uma doença. 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 6 
Podemos questionar se o paciente sabe o que é uma doença, mas na maioria 
das vezes percebe de forma explicita ou interior. Podemos indicar que esta é a 
“porta de entrada” da medicina curativa e se o gestor estiver inserido nesse 
contexto irá realizar ações para encontrar os pacientes que busquem a “cura” 
em sua organização. 
 
Prevenção de alguma moléstia que pode vir a acontecer 
Neste caso, a prevenção ainda ocorre em função da relação saúde versus 
doença. O medo se manifesta de forma antecipada ao sintoma. O ponto-chave 
aqui diz respeito ao momento no tempo em que está ação vai se iniciar: 
conhecimento adquirido, experiência familiar de doença, identificação de 
situação de risco etc. Estimular a capacitação em saúde, neste caso, permite a 
redução das situações de “ida desnecessária”. 
 
Atendimento de uma política pública de saúde 
Nesta situação, o cidadão é compelido por campanha governamental e sua 
motivação é funcionalmente dependente do grau de risco associado em não 
aderir a um benefício futuro, materializado pela promessa da campanha. 
 
Busca de estética em relação a algum aspecto físico que o incomoda, 
mas sem associá-lo à doença 
A associação requerida é relacionada a aspectos culturais do que é ou não belo 
em uma cultura. A busca da estética como reflexo do conceito de beleza em 
sociedade norteia situações como esta. 
 
Fatores que influenciam esta procura 
Vejamos na sequência os fatores que influenciam as pessoas a procurarem um 
serviço de saúde: 
 
Demografia 
Essa variável aparece de forma recorrente, tendo o envelhecimento como uma 
das características centrais desde o último terço do século XX. Observa-se 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 7 
importante queda da mortalidade infantil, associada à redução da fecundidade 
e ao envelhecimento da população, com reflexos imediatos no consumo de 
serviços de saúde. Por exemplo, a população de 65 anos e mais demanda até 
quatro vezes mais internações que a média da população. 
 
Tecnologia 
Observa-se, a partir do início do século XX, com mais clareza depois da sua 
segunda metade, uma busca contínua por novas drogas, equipamentos e 
soluções. As novidades continuam chegando e gerando sua própria demanda, 
porque são melhores, mais caras, dão mais lucro, salvam mais vidas, 
contribuem para aumento da qualidade de vida ou qualquer outra razão, 
lembrando que, na saúde, a existência da inovação não implica na substituição 
da tecnologia anterior. 
 
No final do século XX, a indústria farmacêutica dizia que um novo medicamento 
custava para ser lançado quinhentos milhões de dólares. Na primeira década do 
século XXI diz-se que custa oitocentos. 
 
Esses aumentos de custos, reais ou alegados, frente à necessidade e à 
demanda por novos fármacos, acabam por justificar qualquer preço e criam 
uma agenda ainda intocada: como incorporar tecnologia de maneira eficaz, 
voltada para necessidades e não apenas para atender demandas ou aproveitar 
oportunidades de negócio? Medicina baseada em evidências e avaliação de 
tecnologia têm sido propostas, mas pouco utilizadas. 
 
Há centros que fazem avaliação tecnológica mas seus resultados, mesmo 
considerados acertados, nem sempre são seguidos. Entre as explicações para a 
incorporação acrítica da tecnologia estão: falta de integração intrassanitária 
para definir o que deve ou não ser incorporado; ações judiciais voltadas ao 
direito às novas descobertas, incentivadas por alguns stakeholders; falta de 
definição política do que deve ser oferecido; fisiologismo e corrupção, que 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 8 
levam as esferas deliberativas a facilitar a vida de bons fornecedores, uma vez 
que, quando existem, os critérios técnicos são pouco levados em conta etc. 
 
Medicalização 
Este termo pode ser entendido como a confusão entre o consumo de atos ou 
produtos da área da saúde com saúde propriamente dita. Pouco se tem feito 
com relação a ela, que tem forte impacto sanitário sobre a sociedade moderna 
e sobre o custo da assistência à saúde. 
 
Um aliado poderoso para seu crescimento é a voracidade por ganhos de 
diversos players do sistema. A baixa frequência da utilização da promoção da 
saúde reforça o papel do médico e sua imagem mítica como aquele que cura ou 
salva vidas. Existem alguns potenciais fatores de contenção: o copagamento, 
que levaria o cidadão a perguntar "por que, e a educação sanitária, que levá-lo-
ia a querer saber "para quê". 
 
Não há consenso sobre o copagamento ou sobre a participação dos cidadãos no 
financiamento da atenção à saúde no âmbito do SUS, embora haja discussões 
no sentido de transformar o cidadão em parte da equação e não deixá-lo 
paciente. 
 
Custo 
A despeito de todos os insumos diretos e indiretos envolvidos na assistência 
impactarem em custos, ainda existe uma inflação intrínseca do setor. O 
fenômeno é bastante reconhecido: os preços do setor saúde crescem mais que 
os da economia em geral, talvez por causa da demanda crescente, frente a 
uma oferta que não consegue acompanhar o crescimento; da pressão pelo uso 
da tecnologia, para amortizar o investimento realizado e para viabilizá-la junto 
ao mercado; da necessidade de produzir mais valia etc. 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 9 
Papel do cidadão 
Movimentos recentes no mundo criaram uma nova consciência nos cidadãos de 
diferentes países. A Constituição Brasileira de 1988, o Código de Defesa do 
Consumidor, o Ministério Público e o SUS criaram condições para que os 
cidadãos tivessem mais poder real na sociedade e passassem a exibir um perfil 
de não sucumbência a direitos. 
 
Somente no Estado de São Paulo existiam, em 2006, cerca de dez mil pacientes 
recebendo medicamentos graças a ordens judiciais. Esse fato se origina da 
criação de uma indústria de processos que acabam em decisões judiciais, 
alimentadas pelos interessados. O resultado disso pode ser má utilização dos 
recursos públicos e pode implicar em outro tipo de desigualdade (quem tem 
acesso ao judiciário e quem não o tem), além de esbarrar no óbvio limite da 
capacidade de financiamento do SUS. 
 
 
Atenção 
 Essas possíveis distorções não devem ser motivo para restringir 
o acesso, mas obrigam a pensar no aperfeiçoamento da 
legislação ou em um diálogo mais competente entre Executivo e 
Judiciário. Tanto na França quanto na Itália existem documentos 
legais que apontam para aspectos semelhantes (os direitos dos 
doentes e as cartas de cidadãos). 
 
Legislação 
Existe uma discussão em todo o mundo sobre o tamanho mais adequado para 
o Estado e sua capacidade de intervir sobre a sociedade e suas práticas. Essa 
disputa se dá como se pudesse ser definida numa esfera divina e não como 
resultante do jogo político e, portanto, das relações existentes dentro da 
própria sociedade. 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 10 
Existe atualmente uma insatisfação contra a capacidade regulatória do Estado, 
no Brasil, em relação às agências criadas a partir do final do século XX – Anvisa 
(Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e ANS (Agência Nacional de Saúde 
Suplementar). 
 
As causas alegadas para essa insatisfação são a ingerência sobre preços, 
padrões de oferta de serviços, de organização da produção, enfim, interferência 
no mercado. A ação regulatória atua em mais de uma direção na construção do 
cenário: se, por um lado, orienta as condições de competição e de oferta de 
produtos e serviços,por outro ela participa das pressões sobre os custos do 
setor, regulamentando aumentos de preços de insumos e controlando reajustes 
na prestação de serviços. 
 
É um componente muito debatido em discussões baseadas mais em opiniões 
que em conhecimento, pois a noção da equidade como princípio do sistema de 
saúde brasileiro resulta do alto grau de exclusão social vigente. Não há mais 
espaço para filas cartesianas, por "ordem de chegada", desde as esperas para 
atendimento em unidades de urgência/emergência até aquelas para 
transplantes de órgãos. 
 
Por exemplo, a mortalidade materna entre as mulheres negras é seis vezes 
superior à das brancas em São Paulo (42/100.000 contra 265/100.000). É 
impossível não oferecer medidas diferenciadas para modificar essa realidade, 
como já foi feito com relação à assistência farmacêutica na AIDS e à mudança 
da regra para a fila dos transplantes, demonstrando que a sociedade/o Estado 
sabem como fazer. Equidade, afinal, também é dar respostas diferentes a 
distintas necessidades. 
 
Hospitalocentrismo e regionalização 
Essa discussão tem profundas implicações econômicas, na medida em que se 
estima que setenta por cento dos gastos do SUS são destinados a hospitais. 
Consequências da assistência prestada sem necessidade em hospitais são o 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 11 
desperdício de recursos, já escassos, e a perda de qualidade, entre outros 
motivos pela possibilidade de acidentes iatrogênicos. 
 
O município de São Paulo cresceu, entre 1995 e 2005, à razão de 0.88% ao 
ano; porém, certos bairros chegaram a ter crescimento de 14%. Observou-se, 
em 2006, que, em várias regiões da cidade, com o porte de municípios 
grandes, não há a oferta de um leito hospitalar sequer, forçando a população 
da periferia a grandes deslocamentos para tentar a sorte na região central. 
 
A regionalização, por sua vez, é resultado de um processo de urbanização 
desregrado e da falta de um olhar planejado sobre as manchas urbanas em 
nossa realidade. No Brasil, existem três esferas autônomas de gestão política, 
de difícil integração. 
 
 
Atenção 
 Desrespeitando os limites jurídico-administrativos de Estados e 
Municípios, há cerca de 44 regiões metropolitanas no país que 
não estão sob responsabilidade clara de ninguém. 
O município de São Paulo interna em sua rede hospitalar 15% 
de cidadãos de outras cidades. Esse fato não mereceu qualquer 
ação planejada por parte das diferentes esferas de governo. 
Esse somatório de indefinições leva à ineficácia e ineficiência. 
 
Fracionamento do cuidado 
Este componente reflete o corporativismo no âmbito dos serviços de saúde e o 
privilégio dado aos hospitais nas políticas sociais e de saúde. Mesmo que haja 
mais unidades básicas e ambulatoriais disseminadas pelo território, o modelo 
assistencial ignora a necessidade de integração de ações e da integralidade dos 
cuidados, gerando intervencionismo e medicalização. 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 12 
Oferta de leitos 
Os problemas de planejamento urbano influenciam a disponibilidade de leitos. 
Parcela importante dos hospitais brasileiros oferece leitos de baixa capacidade 
resolutiva, frente ao padrão de financiamento da saúde, que não tem proposta 
adequada para aprimorar esse subatendimento. 
 
Dados do CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde) revelam que 
apenas 2,2% dos leitos nacionais são de UTI e que 22,8% dos leitos estão em 
hospitais com menos de cinquenta leitos. Resultados disso são pressão sobre as 
fontes de recursos e modelo assistencial pouco eficaz, gerando busca por cada 
vez mais produtos e serviços de saúde. 
 
Com base apenas nas disposições legais sobre oferta de internações (Portaria 
MS 1.101, de 12.06.2002), é possível dizer que não faltam leitos no país, nem 
no setor público nem para a medicina privada. Porém, cada município quer ter 
seu hospital, o que requer financiamento. 
 
Se fossem internados 10% da população (o SUS interna em torno de 7%), com 
uma média de permanência de cinco dias e uma taxa de ocupação de 80%, 
seriam necessários, para os 180 milhões de brasileiros, cerca de 310 mil leitos. 
No Brasil, há 404 mil leitos. Desses 310 mil leitos, segundo a literatura 
especializada, cerca de 10% (31 mil) deveriam ser de UTI. Em setembro de 
2006, apenas 9 mil têm esta característica. As diferenças se acentuam quando 
se analisa por setor (público e privado) e por região. 
 
Condicionantes geográficas que distinguem a motivação quando 
comparadas áreas locais distintas 
O espaço-território, muito além de um simples recorte político-operacional do 
sistema de saúde, é o locus onde se verifica a interação população-serviços no 
nível local. 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 13 
Caracteriza-se por uma população específica, vivendo em tempo e espaço 
singulares, com problemas e necessidades de saúde determinados, os quais 
para sua resolução devem ser compreendido e visualizado espacialmente por 
profissionais e gestores das distintas unidades prestadoras de serviços de 
saúde. 
 
Esse território apresenta, portanto, muito mais que uma extensão geométrica, 
também um perfil demográfico, epidemiológico, administrativo, tecnológico, 
político, social e cultural que o caracteriza e se expressa em um território em 
permanente construção. 
 
Os fatores sociais frente a demanda por serviços de saúde 
A demanda por serviços de saúde resulta da conjugação de fatores sociais, 
individuais e culturais prevalentes na população. O conhecimento do padrão de 
utilização desses serviços se torna essencial, para que as respostas a essa 
demanda reflitam decisões equânimes e efetivas. 
 
Muitas vezes a situação espacial vivenciada afeta os desejos de atendimento 
em determinada localidade. Fatores relacionados à questão demográfica 
impactam diretamente na decisão de escolha e acesso às organizações de 
saúde. Podemos citar os fatores abaixo como pertencentes a essa questão: 
 
• Facilidade de transporte entre residência e organização de saúde; 
• Poucas rotas de acesso por transportes coletivos; 
• Distância física de ida e volta ao local de trabalho; 
• Tempo do trajeto na ida e na volta; 
• Facilidade de acesso ao comercio local; 
• Impacto de alterações climáticas durante a permanência do paciente na rota. 
 
Embora a lista apresentada não seja exaustiva, ela busca exemplificar diversas 
situações onde o impacto é percebido e muitas vezes influencia diretamente a 
tomada de decisão de um gestor hospitalar. 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 14 
Esses fatores podem afetar diretamente a decisão do paciente em relação a sua 
interação com o sistema e provocar a substituição de uma organização de 
saúde por outra em que ele possa ter mais acesso. 
 
Normas gerais de biossegurança 
Tanto em ambientes laboratoriais quanto hospitalares, o profissional da saúde 
fica exposto a agentes potencialmente perigosos. A fim de evitar essa 
exposição, medidas com a finalidade de minimizar esses riscos devem ser 
adotadas. 
 
Além disso, essas medidas devem abranger a sociedade e o meio ambiente. 
Existem algumas normas que são de consenso universal. 
 
 Prender os cabelos; 
 
 Não usar adornos durante os procedimentos no ambiente de trabalho; 
 
 Não se alimentar no local das manipulações; 
 
 Usar Equipamento de Proteção Individual (EPI) e Coletivo (EPC); 
 
 Boa manutenção dos EPIs e EPCs; 
 
 Limpeza do local de trabalho; 
 
 Lavar as mãos, sempre; 
 
 Cuidado com descarte de materiais potencialmente perigosos; 
 
 Transporte de materiais (laboratoriais e hospitalares) deveser realizado 
com extremo cuidado; 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 15 
Imunizações referentes aos agentes manipulados ou potencialmente presentes 
no local de trabalho. 
 
Aspectos legais relacionados à biossegurança e segurança do 
paciente 
Existem diversas leis e normas que visam regulamentar as diretrizes a serem 
adotadas pelos profissionais da saúde, incluindo seus direitos e deveres. É 
válido ressaltar que todas as esferas governamentais envolvidas nesses 
processos serão descritas com maiores detalhes nas aulas subsequentes. 
 
Resumidamente, até os anos 80, o foco das leis era voltado para os organismos 
geneticamente modificados. Foi somente a partir de 1980 que a atenção se 
voltou para a saúde do trabalhador e sua proteção quanto aos riscos a que 
estavam expostos. 
 
No Brasil, somente em 19 de fevereiro de 2002 foi aprovado através da Portaria 
nº 343/GM o decreto que estabelece a biossegurança no campo do Ministério 
da Saúde. Devido a tal evento, a saúde desses profissionais ganham destaque, 
e medidas preventivas e minimizadoras de exposição aos riscos ocupacionais 
passam a ser adotadas. 
 
Lei de biossegurança 
 
De acordo com o Decreto nº 1.752, de 20 de dezembro de 1995, que 
regulamenta a Lei Federal n° 8.974, de 5 de janeiro de 1995, estabelecem-se 
as diretrizes para o controle das atividades e dos produtos originados pela 
biotecnologia, sendo a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) 
definida como órgão responsável para o cumprimento dessas diretrizes. 
 
Da saúde do trabalhador 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 16 
A saúde do trabalhador e um ambiente de trabalho saudáveis são pontos 
positivos, não só para os principais interessados, mas também para o 
empregador, uma vez que contribui de maneira positiva para a produtividade, a 
qualidade dos produtos oferecidos e a motivação de trabalho. Dessa forma, a 
segurança do trabalhador era praticamente embasada pela Lei Federal nº 
6.514, de 22 de dezembro de 1977. Entretanto, contemporaneamente, ganha 
amparo em várias esferas governamentais, por meio de leis específicas, tais 
como: a Lei nº 8.080 (Orgânica da Saúde), de 19 de setembro de 1990, que dá 
ênfase à saúde do trabalhador no Sistema Único de Saúde (SUS). 
 
Além disso, o Ministério do trabalho, por meio da Portaria nº 3.214, estabeleceu 
as chamadas Normas Regulamentadoras, que também priorizam a saúde do 
trabalhador em seu ambiente de trabalho. 
 
Dos acidentes de trabalho 
 
A Lei Federal n° 8.213/91 estabelece medidas cautelares relativas a acidentes 
laborais, sejam eles com causa direta ou indireta com o trabalho. É importante 
ressaltar que se considera acidente de trabalho todo e qualquer episódio que: 
 
* Seja originado devido às atividades exercidas no trabalho. 
 
* Acarrete em distúrbios físicos ou emocionais e afetem a saúde do 
trabalhador. 
 
* Resulte em morte ou incapacidade do trabalhador, que pode ser parcial, total 
ou permanente. 
 
Devido ao vínculo existente entre empresa e empregado, regidos por regime de 
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), é de responsabilidade da empresa a 
comunicação da ocorrência do acidente de trabalho para a Providência Social. 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 17 
Das moléstias profissionais 
É aquela que o empregado adquire em decorrência da atividade exercida. É 
amplamente confundida com os acidentes de trabalhos; entretanto, sua 
evolução ocorre de forma lenta e às vezes imperceptível, o que a confere 
aspectos durável e permanente. De acordo com a Lei n° 11.052, de 29 de 
dezembro de 2004, estabelece que os trabalhadores possuam direito à 
aposentadoria, se for motivada por acidente no trabalho ou pelos portadores de 
moléstia profissional. 
 
Das doenças profissionais 
Estão relacionadas diretamente com as condições de trabalho que resultem em 
incapacidade de praticar atividades laborais. Existe uma lista de doenças 
profissionais regulamentada pelo Decreto n° 76/2007, de 17 de julho. Sua 
diferença em relação às doenças “tradicionais” sucede de sua origem, que vem 
de fatores de risco existentes no ambiente de trabalho. 
 
Da contaminação acidental 
 
Assim como demais doenças adquiridas em local de trabalho, a contaminação 
acidental está prevista em lei e os funcionários deverão ter seus direitos 
devidamente assegurados. 
 
Para garantir que seus direitos sejam garantidos, os profissionais acidentados 
devem comunicar seus acidentes. A Comunicação do Acidente de Trabalho 
(CAT) prevê que o acidente deverá ser comunicado até o primeiro dia útil, 
desde a sua ocorrência (veremos com maiores detalhes nas próximas aulas). 
 
Negligência no ambiente de trabalho 
Conceito de negligência 
Negligência é uma palavra originada do latim “negligentia”, que significa falta 
de cuidado, desleixo ou descuido. Por isso, uma conduta negligente coloca em 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 18 
risco o próprio causador e os terceiros e quem a pratica está sujeito à 
penalidade. 
 
Como já vimos até aqui, há nos ambientes de trabalhos, sejam eles hospitais, 
laboratórios, consultórios e clínicas, uma série de normas e diretrizes que 
devem ser seguidas. 
 
Vale ressaltar que toda essa sistemática deve ser adotada integralmente. 
Contudo, em alguns casos, tais como descuido e escassez de equipamentos 
apropriados, as normas não são cumpridas. Nesses casos, um planejamento 
deverá ser providenciado com a finalidade de reduzir possíveis consequências 
dessas falhas. 
 
Assim sendo, sempre se deve considerar qualquer material como 
potencialmente perigoso, para redobrar a atenção com todo e qualquer 
material manipulado, aliando o bom senso e a habilidade adquirida através de 
treinamento rigoroso e apropriado. 
 
Contudo, sabe-se que, embora os avanços tecnológicos para a contenção de 
riscos estejam em crescente expansão, diversos estudos demonstram que as 
principais causas de acidentes estão relacionadas com o próprio ser humano, 
por isso, é fundamental o investimento na educação desses profissionais. 
 
Muitos profissionais cometem desleixos quanto a esse tipo de 
materiais, tais como: 
 
* Uso incorreto dos materiais, que pode causar acidentes, como tentar 
reencapar agulhas utilizadas em procedimentos. 
 
 Nunca reencape agulha utilizada 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 19 
* Descarte incorreto, que pode gerar acidentes tanto para quem descartou 
quanto para quem irá descartar esse tipo de resíduo. 
 
 Descarte incorreto 
 
Acidentes por inexistência de treinamento 
Esse negligenciamento advém de ambas as partes: por um lado, o responsável 
do estabelecimento, que não capacita seu funcionário apropriadamente, e, por 
outro, o trabalhador que se omite e realiza suas tarefas de maneira 
inadequada. 
 
Acidentes próprios ao comportamento profissional 
O ambiente de trabalho é um local onde se faz necessária uma postura ética e 
profissional. Contudo, é extremamente comum, principalmente devido ao 
excesso de confiança, que determinadas medidas sejam negligenciadas. 
Portanto, diversos acidentes estão relacionados à falta de comprometimento do 
funcionário em seu local de trabalho, dentre os fatores, podemos citar: 
 
* Exibicionismo; 
* Brincadeiras; 
* Falta de atenção; 
* Pressa; 
* Anarquia às diretrizes. 
 
Acidentes provocados pela falta de uso dos EPIs 
Há uma mobilização geral para o uso dos equipamentos de proteção pessoais 
apropriados dos profissionais de saúde, inclusive por meio de Normas 
Regulamentadoras. A sua não utilização compreende ato de negligência porparte do empregado; entretanto, a sua inexistência se relaciona com a 
negligência do empregador. 
 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 20 
Biossegurança em hospitais 
1) Áreas hospitalares 
 
* Críticas: são aquelas que oferecem riscos de transmissão de infecções devido 
ao acolhimento de pacientes graves cujos patógenos são altamente 
transmissíveis ou, ainda, ao local onde são realizados procedimentos invasivos e 
com materiais contaminados. Exemplos: centro cirúrgico, UTI, unidade de 
isolamento, unidade de queimados, banco de sangue e sala de hemodiálise. 
 
UTI 
* Semicríticas: apresentam menor risco de disseminação de agentes infecciosos 
e, geralmente, são ocupadas por pacientes que possuem enfermidades com 
baixo nível de transmissão. Exemplos: enfermarias, consultórios, banheiros e 
ambulatórios. 
 
Enfermaria 
* Não críticas: locais onde não existe ou é extremamente baixo o risco de 
transmissão, bem como não são ocupadas por pacientes. Exemplos: serviço 
administrativo, recepção e almoxarifado. 
 
Almoxarifado 
2) Artigos hospitalares 
 
* Críticos: são designados à penetração da pele, mucosa, tecidos adjacentes e 
vascular. Necessitam de esterilização para a realização do procedimento 
proposto. Exemplos: agulhas, materiais cirúrgicos e cateteres. 
 
Materiais cirúrgicos 
* Semicríticos: entram em contato com mucosa e pele íntegras. Exemplos: 
circuitos respiratórios e endoscópio. 
 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 21 
Circuito respiratório 
* Não críticos: entram em contato somente com a pele íntegra do paciente ou 
nem entram em contato com ele. Exemplos: termômetro, oxímetro e comadre. 
Oxímetro 
 
Esterilização de equipamentos 
E como se dá o processo de esterilização? 
 
A esterilização deverá variar de acordo com o tipo de material utilizado, bem 
como a área em que foi empregado. Podendo, assim, ocorrer apenas uma 
limpeza simples, desinfecções ou até esterilizações. 
 
Geralmente os seguintes passos são adotados: limpeza (ou descontaminação), 
enxague, secagem, estocagem (ou uso imediato), uso de soluções químicas (ou 
esterilização). 
 
E quanto a consciência dos profissionais? 
Os profissionais devem estar cientes sobre suas responsabilidades e deveres, 
principalmente referentes à prestação de atendimento aos enfermos, 
desenvolvendo, sempre que for possível, medida preventiva. 
 
Sinalização 
É fundamental a existência de sinalização correta, de forma a prevenir e 
minimizar o risco de acidentes ocupacionais. É necessário atentar para as 
diferentes cores e formas, pois indicam diferentes tipos de sinalização. 
Exemplos: aviso, interdição, obrigação e segurança. 
 
Sinalização de aviso 
 
Sinalização de interdição 
 
Sinalização de obrigação 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 22 
 
Sinalização de segurança 
 
Sinalização de prevenção de incêndio 
 
Sinalização de risco químico 
 
Simbologia informativa 
 
Sinalização de interdição 
 
Além da simbologia padrão, todo hospital deverá conter seu mapa de risco, 
realizado de acordo com as normas regulamentadoras. 
 
Vejamos agora alguns conceitos a respeito da higienização, limpeza e 
classificação das áreas de higienização: 
 
Conceito de limpeza 
Refere-se à remoção da sujidade do corpo, dos objetos e superfícies. O tipo de 
limpeza varia de acordo com o ambiente e o tipo de substâncias a serem 
removidas, bem como a da técnica utilizada. Neste caso, a limpeza abordada 
será do tipo hospitalar. 
 
Conceito de higienização 
Seu significado remete ao ato de higienizar, ou seja, está intimamente 
relacionado com a higiene, que é originada do grego “hygeinos”. Trata-se de 
um conjunto de conhecimentos e técnicas que são utilizadas para conservar a 
saúde. 
 
Classificação das áreas de higienização 
As áreas para realização da higienização hospitalar são classificadas em críticas, 
semicríticas e não críticas, de acordo com o nível de risco que oferece aos 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 23 
profissionais e à sociedade. Essa separação das áreas auxilia significativamente 
para a realização da limpeza de maneira adequada e eficiente nesses 
ambientes. 
 
Categorias de higienização 
As práticas regulares da higienização nos estabelecimentos de atendimento à 
saúde devem ser parte integrante desses locais, uma vez que é de 
conhecimento público o nível de disseminação de patologias através de 
bactérias, vírus e micro-organismos. Devem ser realizadas com o intuito de 
reduzir à exposição dos funcionários e dos pacientes aos agentes 
potencialmente perigosos. 
 
Descontaminação 
É o processo que consiste em determinados passos que visam à eliminação de 
agentes biológicos potencialmente perigosos de utensílios e superfícies 
permitindo, assim, que os profissionais executem os procedimentos em 
ambientes seguros. É realizado por meio de limpeza, desinfecção e 
esterilização. Esse processo é possível pelo emprego de: 
 
* Calor: pode ser úmido (entre 121-132°C, durante 30 a 40 minutos) ou seco 
(entre 160-170°C, durante 2 a 4 horas). 
* Radiação: pode ser por raios gama (geralmente para esterilização de 
materiais médicos) ou ultravioleta (para a eliminação de micro-organismos 
transmitidos pela atmosfera, de forma a inativá-los). 
* Gases e vapores: pode ser por óxido de etileno (usado nas câmaras de 
esterilização) ou formaldeído. Entretanto, é necessário extremo cuidado ao 
manuseá-los, pois são substâncias cancerígenas. 
* Líquidos químicos: são também chamados de desinfetantes, e sua eficácia 
está diretamente relacionada ao tempo de exposição, concentração e 
resistência dos micro-organismos alvos. 
 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 24 
Desinfecção 
A desinfecção, além de eliminar a sujidade, reduz/elimina as cargas 
contaminantes, proporcionando, assim, um ambiente onde é preservada a 
saúde ocupacional e a do meio ambiente. Pode ser dividida em: 
 
* Alto nível: geralmente elimina vírus, bactérias vegetativas, fungos e, ainda, 
alguns esporos bacterianos. Dentre os agentes disponíveis, podemos citar o 
glutaraldeído, a pasteurizadora e a termodesinfetadora. São indicados para 
áreas e materiais semicríticos. Veja, a seguir, as vantagens e desvantagens do 
uso de determinados agentes para a desinfecção de alto nível. 
 
Desinfetante Vantagens Desvantagens 
Glutaraldeído 
- Custo relativamente baixo. 
- Alta compatibilidade com 
outros materiais. 
- Irritação respiratória. 
- Dermatite de contato 
alérgica 
- Cancerígeno. 
Ortoftalaldeído 
- Ação rápida. 
- Alta compatibilidade com 
outros materiais. 
- Odor mínimo. 
- Mancha a pele, roupas e 
superfícies. 
- Custo maior. 
- Irritação ocular. 
- Cancerígeno. 
Ácido Peracético 
- Odor mínimo. 
- Favorável ao meio 
ambiente. 
- Incompatível com 
materiais que contêm 
ferro, zinco e cobre. 
- Irritação dermatológica e 
ocular. 
Fonte: Rutala e Weber (2004). 
 
* Nível intermediário: geralmente elimina a maioria dos fungos, bactérias e 
vírus. Dentre os agentes disponíveis, podemos citar o álcool etílico 70 % e o 
hipoclorito de sódio – são indicados para áreas e materiais não críticos. 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 25 
* Baixo nível: não gera resposta sobre os esporos bacterianos e bacilos; possui 
relativos efeitos sobre vírus e fungos; geralmente está relacionado com as 
bactérias vegetativas. Dentre os agentes disponíveis, podemos citar os mesmos 
de nível intermediário, com o acréscimo do quaternário de amônio (apenas para 
uso em superfícies). Sãoindicados para áreas e materiais não críticos. 
 
Limpeza 
A limpeza refere-se ao ato de remover toda a sujidade das superfícies, artigos, 
pessoas e equipamentos por meio de determinadas técnicas associadas a 
produtos específicos. A sua execução adequada proporciona aos profissionais 
de saúde e à população que permanecem nesses estabelecimentos de 
atendimento a redução de exposição de riscos provenientes de patógenos 
contaminadores. 
 
Materiais do serviço de limpeza 
A equipe que realiza o serviço de limpeza deve possuir à sua disposição 
determinados equipamentos para a realização de suas atividades. São dispostos 
de acordo com a liberação dos recursos humanos, entretanto, basicamente, 
fazem parte do seu acervo: 
 
* Baldes; 
* Rodos; 
* Escovas; 
* Desentupidor; 
* Suportes; 
* Escadas; 
* Enceradeiras; 
* Panos; 
* Esponjas; 
* Toalhas de papel; 
* Sacos de lixo; 
* Latas de lixo; 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 26 
* Sabão; 
* Desinfetantes; 
* Armários com chaves (destinados às substâncias nocivas); 
* Carrinho para transporte de lixo e de materiais; 
* EPI (luvas, máscaras e avental apropriados, sapato fechado e óculos). 
 
Tipos de limpeza 
O processo de limpeza, além de minimizar os riscos submetidos aos 
profissionais e à sociedade, também proporciona um ambiente limpo, 
organizado e seguro. A seguir serão descritos os principais tipos de limpeza. 
 
Limpeza concorrente 
É um processo rotineiro e diário. 
É úmida e não faz uso de equipamentos elétricos para sua realização. 
Geralmente é realizada enquanto o paciente se encontra no quarto. 
 
Limpeza terminal 
É um processo mais completo, pois é realizado nas superfícies horizontais e 
verticais, além de ter o auxílio das máquinas. A frequência varia de acordo com 
a necessidade, por exemplo, em caso de alta, óbito, transferências, o 
procedimento deve ser realizado. 
 
Sobre a limpeza terminal é importante ressaltar que nos centros cirúrgicos deve 
ser executada diariamente e, de preferência, antecedendo a limpeza 
concorrente. 
 
Técnicas de limpeza 
Para a melhor execução dos procedimentos, foram criadas determinadas 
técnicas de limpeza, visando à eficácia, facilidade e rapidez desses processos. 
Veremos a seguir as principais técnicas utilizadas pelo serviço de limpeza. 
 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 27 
 
Técnica dos dois baldes 
É utilizada para a realização das demais técnicas e objetiva facilitar o serviço 
para os funcionários, pois em um dos baldes é concretizada a lavagem dos 
panos com expurgos e no outro para a limpeza. Entretanto, em áreas críticas, 
aconselha-se o uso de 3 baldes: um com água, um com sabão e um com 
solução específica. 
 
Varredura úmida 
Objetiva a retirada do pó e de sujidades soltas na superfície. É feita com o 
auxílio de pano úmido, rodo, mop (figura), esfregão e pá. É utilizada uma 
solução detergente e em seguida a retirada é feita por meio de pano 
umedecido em água limpa. É importante lembrar que a varredura nunca deve 
ser realizada a seco. 
 
Limpeza com máquina 
É empregado um tipo de enceradeira automática, que possui um 
compartimento para o depósito de detergente, que é liberado diretamente na 
superfície a ser limpa. Embora, inicialmente, seja necessário um investimento 
relativamente alto, essa técnica auxilia o funcionário, pois gera menor risco e 
esforço, além de ser mais rápida e prática. 
 
Lavagem manual 
É o ato que objetiva a remoção da sujidade acumulada com o auxílio de 
máquinas e produtos de limpeza. Uma solução detergente é espalhada na 
superfície e o local é esfregado, após, repetidas vezes, enxagua-se com água 
limpa, que é levada até o ralo. 
 
Limpeza e higienização de superfícies 
Abrange a limpeza, desinfecção e conservação das superfícies fixas e dos 
equipamentos permanentes das áreas do local de trabalho, com o objetivo 
principal de evitar a propagação de agentes contaminantes. Portanto, 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 28 
compreende: pisos, paredes, portas, janelas, ventiladores, exaustores, pias, 
sanitários, equipamentos, dentre outros. Os procedimentos que devem ser 
realizados já foram previamente discutidos. 
 
É importante ressaltar que a limpeza dos pisos nunca deve ser executada de 
maneira a seco, pois há grande risco de disseminação de micro-organismos 
através de partículas de pó, por isso, devem ser utilizados por meio de 
varredura úmida. Os panos de limpeza que foram empregados devem ser 
encaminhados para a lavanderia para processamento. Além disso, todo o 
material utilizado deve ser limpo a cada término da jornada de trabalho. 
 
Higienização dos utensílios 
A higienização dos artigos utilizados merece devida importância. Seja por 
desinfecção, descontaminação ou limpeza. A seguir serão descritos os 
procedimentos de higienização de alguns utensílios. 
 
Leitos 
É utilizada a técnica de desinfecção ou limpeza (dependendo da área e do 
paciente). É indispensável a utilização do álcool 70%. A higienização deve ser 
feita diariamente e ainda, caso haja mudança de paciente ou alguma 
intercorrência (sangramento, fezes, urina, entre outros). 
 
Berços 
Utiliza-se a técnica de limpeza e/ou desinfecção. No berço é empregado o uso 
de detergentes e nos colchões, álcool 70%. 
 
Ventiladores 
Os ventiladores devem estar desligados e devem ser limpos com o auxílio de 
pano limpo e escova, no mínimo por 3 vezes semanais. 
 
 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 29 
 
Móveis 
Em toda a sua superfície deve ser empregada a limpeza básica (com pano 
úmido); as esponjas são utilizadas para a remoção da sujidade; a desinfecção 
com álcool 70% deve ser realizada sempre que necessário. 
 
 
Atenção 
 Resumidamente, a higienização dos materiais pode ser dividida 
em: 
• Materiais críticos: os instrumentos cirúrgicos - a higienização é 
realizada por meio de esterilização. 
• Materiais semicríticos: por exemplo, inaladores - são realizados 
através de desinfecção. 
• Materiais não críticos: tais como comadre e oxímetro - são 
realizados por meio de limpeza. 
 
Higienização das mãos 
Dentre todas as medidas para evitar a propagação de agentes contaminadores, 
a higienização das mãos continua sendo a mais eficiente e menos dispendiosa, 
por ser simples e individual. 
 
As mãos são um dos maiores meios de disseminação dos patógenos devido ao 
contato com os pacientes e com os artigos contaminados. Através da 
higienização é possível remover a sujidade presente e minimizar a propagação 
desses agentes. 
 
Existem diferentes substâncias que podem ser empregadas para esse 
procedimento, tais como: 
• Água e sabão: são utilizadas quando as mãos estão visivelmente sujas, como 
por exemplo, presença de sangue. 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 30 
• Álcool: são utilizadas quando as mãos estão visivelmente sujas e em situações 
específicas tais como, antes e após contato com paciente. 
• Antissépticos: são utilizadas com o principal objetivo de eliminação de carga 
microbiana. 
 
 
Atenção 
 É importante lembrar que sempre se deve lavar as mãos, mesmo 
que luvas sejam utilizadas. 
As técnicas de higienização podem variar dependendo do 
objetivo ao qual serão destinadas, mas, de modo geral, para 
uma boa higienização devem-se seguir alguns passos. 
 
É importante lembrar que sempre se deve lavar as mãos, mesmo que luvas 
sejam utilizadas. As técnicas de higienização podem variar, dependendo do 
objetivo ao qual serão destinadas, mas, de modo geral, para uma boa 
higienização os seguintes passos devem ser seguidos:* Retirada de adornos, pois acumulam agentes contaminadores. 
 
* Abrir a torneira (quando não houver pedal) e molhar as mãos (com cuidado 
para não encostar a pia). 
 
* O sabão para a lavagem deve ser aplicado na palma das mãos (a quantidade 
é estipulada pelo fabricante, mas geralmente compreende entre 3 a 5 mL). 
 
* Ensaboar as palmas das mãos (deve-se friccioná-las entre 15 a 30 segundos), 
formando assim uma espuma em toda sua face. 
 
* Esfregar a palma da mão direita sobre o dorso da esquerda (sempre 
friccionando) abrangendo os espaços interdigitais e vice-versa. 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 31 
* Esfregar as pontas dos dedos. 
 
* Por meio de movimentos circulares, deve-se esfregar o polegar direito com o 
auxílio da palma da mão esquerda, e vice-versa. 
 
* Esfregar os punhos (o esquerdo com o auxílio da palma da mão direita, e 
vice-versa). 
 
* Enxaguar (com as mãos em forma de concha) visando retirar todo o resíduo 
do sabão. 
 
* Por fim, secar as mãos com papel-toalha descartável (no sentido das mãos 
para o punho) e desprezá-lo na lixeira. É importante lembrar que é necessário o 
uso desse mesmo papel para o fechamento da torneira (caso não seja de 
pedal). 
 
Diagnóstico inicial da segurança no ambiente hospitalar 
O diagnóstico inicial de segurança deve ser realizado em qualquer ambiente de 
trabalho e deve objetivar, sempre, condições favoráveis para a realização dos 
procedimentos propostos pelo estabelecimento, priorizando a saúde e 
segurança dos trabalhadores, da população e o meio ambiente. 
 
Segundo a Anvisa, através do Manual dos Aspectos de Segurança Hospitalar, é 
necessário de haja um planejamento para prevenir acidentes e situações 
potencialmente perigosas para os funcionários, proporcionando assim um 
ambiente seguro para que as atividades sejam realizadas de maneira adequada. 
 
Os responsáveis pela avaliação do tema segurança no ambiente de trabalho 
devem abordar os seguintes aspectos – fazer tais reflexões: 
 
 As obrigações legais referentes à segurança do trabalho estão sendo 
cumpridas? Estão resultando em níveis de segurança aceitáveis? 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 32 
 Os profissionais da área clínica estão utilizando equipamentos 
tecnologicamente compatíveis com a demanda? Sabem operá-los 
adequadamente? 
 Existem no hospital programas de treinamento e reciclagem adequados 
para uso da tecnologia médica? 
 O hospital possui equipe de manutenção? Essa equipe possui os recursos 
necessários para a manutenção de equipamentos médicos e de 
infraestrutura? É realizada a manutenção preventiva dos equipamentos 
vitais? 
 Uma Brigada Contra Incêndio (BCI) está em atividade? Há sistemas 
automáticos para extinção de incêndio eficientes e suficientes? 
 Existe sistema de geração de energia elétrica de emergência? 
 Os custos gerados com acidentes envolvendo funcionários e pacientes no 
ambiente hospitalar estão compatíveis com os investimentos feitos nas 
áreas de aquisição, treinamento e uso de tecnologias? 
 Os funcionários usam os equipamentos de segurança? São suficientes? 
Os riscos ambientais estão identificados e corrigidos? 
 Os funcionários utilizam adequadamente suas ferramentas de trabalho? 
E elas são suficientes para garantir o funcionamento seguro dos 
equipamentos e sistemas? 
 Os pacientes e visitantes recebem algum tipo de orientação sobre como 
agir em caso de incêndio? 
 Existem no hospital profissionais com dedicação exclusiva na área de 
segurança? 
 Existem no hospital todos os projetos de arquitetura e engenharia 
atualizados que possibilitem a tomada de decisões com maior precisão e 
segurança? 
 O hospital possui planos de emergência para enfrentar situações críticas 
como falta de energia elétrica, água, incêndio e inundações? 
 Existe no hospital uma lista de empresas prestadoras de serviços que 
estejam aptas a prestar serviços aos equipamentos e instalações de 
acordo com as normas de segurança aplicáveis? 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 33 
 Existe no hospital a ficha cadastral dos equipamentos existentes que 
indique a periodicidade dos testes de segurança e de desempenho deles? 
 São feitas, frequentemente, pelo menos mensalmente, reuniões com a 
comunidade de saúde para discutir problemas de segurança existentes 
em sua unidade de saúde? 
 
Serviços especializados em engenharia de segurança e medicina 
do trabalho (SESMT) 
Os SESMT estão regulamentados de acordo com a Lei nº 6.514/1977, 
aprovados pela Portaria 3.214/1978 
Os profissionais que integram os SESMT (engenheiro do trabalho, médico do 
trabalho, enfermeiro do trabalho, auxiliar de enfermagem do trabalho e técnico 
de segurança do trabalho) deverão ser registrados no órgão regional do MTE. 
Em alguns estabelecimentos, os responsáveis alegam a falta de profissionais 
capacitados para a realização dos procedimentos preventivos. Afirmam ainda 
que o contato direto com os trabalhados é extremamente complicado. Devido a 
essas limitações, o legislativo determina a presença da CIPA. 
 
Programa de prevenção de riscos ambientais (PPRA) 
Sua elaboração e implementação são obrigatórias para as empresas com 
trabalhadores regidos pela CLT. Esse documento deve ser revisado anualmente, 
visa analisar, identificar, registrar, controlar e erradicar os possíveis riscos 
existentes ou que ainda venham a existir no ambiente de trabalho. 
 
As ações propostas pelo programa devem ser concretizadas no ambiente de 
trabalho e são de responsabilidade do empregador, entretanto, os 
trabalhadores também devem contribuir para o cumprimento destas. O grau 
das medidas a serem tomadas dependerá diretamente da classificação de risco 
do local de trabalho. 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 34 
Programa de controle médico de saúde ocupacional (PCMSO) 
É elaborado e planejado com base nos relatórios da PPRA, para a análise e 
avaliação dos riscos existentes em cada recinto do ambiente de trabalho em 
associação com os mapas de riscos, que devem ser realizados pela CIPA. 
Monitora, ainda, os efeitos da exposição à materiais biológicos, substâncias 
químicas, radiação ionizante e mercúrio. 
Tem caráter de rastreamento e diagnóstico precoce dos possíveis danos à 
integridade física do trabalhador em seu ambiente de trabalho. 
 
Atividade proposta 
Estudamos nesta aula aspectos relacionados à biossegurança e segurança do 
paciente e dos profissionais de saúde nas organizações de saúde. Associe e 
numere as imagens ao que representam de acordo com as colunas: 
 
 
 
Chave de resposta: 8 – 3 – 4 – 1 – 6 – 2 – 7 – 5. 
 
 
 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 35 
 
Material complementar 
 
Para saber mais sobre a motivação do acesso aos serviços de saúde. 
leia os textos disponíveis em nossa biblioteca virtual. 
 
Referências 
ANVISA. Aspectos da Segurança no Ambiente Hospitalar. Disponível em: 
http://www.anvisa.gov.br/" http://www.anvisa.gov.br/. Acesso em: 4 dez. 
2014. 
ANVISA. Segurança no ambiente hospitalar. Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/seguranca_hosp.pdf. Acesso em: 4 
dez. 2014. 
______. Resolução RDC ANVISA nº 302, de 13 de outubro de 2005. Dispõe 
sobre Regulamento Técnico para Funcionamento de Laboratórios Clínicos. 
ASSAD, C; COSTA, G. Manual técnico de limpeza e desinfecção de 
superfícies hospitalares e manejo de resíduos. Rio de Janeiro: 
IBAM/COMLURB, 2010. 28 p. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 
Resolução RDC nº. 50, de 21 de fevereiro de 2002. Dispõe sobre o 
Regulamento Técnico para planejamento,programação, elaboração e avaliação 
de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Diário Oficial 
da União, Brasília, 20 mar. 2002. 
HINRICHSEN, Sylvia Lemos. Biossegurança e controle das infecções: risco 
sanitário hospitalar. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. 
MASTROENI, M. F. Biossegurança aplicada a laboratórios e serviços de 
saúde. 2. ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2006. 
 
 
 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 36 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
Em relação aos fatores de procura estudados, indique a seguir a alternativa que 
indica o único fator que não é considerado de procura: 
a) Demográfico 
b) Perfil epidemiológico 
c) Tecnologia 
d) Programa de Saúde da Família 
e) Custo 
 
Questão 2 
Em relação aos fatores de procura estudados, podemos afirmar que: 
a) Os fatores são concorrentes entre si, se manifestando de forma 
concorrente. 
b) Geram resultado independente do controle de custos. 
c) O perfil epidemiológico é um desses fatores. 
d) O espaço hospitalar deixa de ser o ponto focal da organização de saúde. 
e) Não são importantes para o gestor considerá-los. 
 
Questão 3 
Em relação aos condicionantes geográficos, podemos afirmar que: 
a) Distância entre casa e organização de saúde não afeta o acesso. 
b) Tempo de translado até a organização de saúde é aspecto secundário. 
c) As condições geográficas de uma localidade definem algumas 
alternativas tanto do gestor quanto do paciente. 
d) O custo sempre é preponderante nas decisões do gestor. 
e) Não temos diferença de ação de gestão com diferentes condicionantes 
geográficos. 
 
Questão 4 
Um termo que pode ser entendido como a confusão entre o consumo de atos 
ou produtos da área da saúde com saúde propriamente dita é conhecido como: 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 37 
a) Medicalização 
b) Hospitalocentrismo 
c) Equidade 
d) Demografia 
e) Perfil Epidemiológico 
 
Questão 5 
Fatores relacionados à questão demográfica impactam diretamente na decisão 
de escolha e acesso às organizações de saúde. Nas alternativa a seguir, indique 
um fator que não pertence a essa questão: 
a) Facilidade de transporte entre residência e organização de saúde. 
b) Número de vezes que o paciente já foi atendido anteriormente na 
organização. 
c) Impacto de alterações climáticas durante a permanência do paciente na 
rota. 
d) Poucas rotas de acesso por transportes coletivos. 
e) Distância física de ida e volta ao local de trabalho. 
 
Questão 6 
Assinale a única alternativa que compreende todos os profissionais que 
integram o SESMT: 
a) Enfermeiro do trabalho; fisioterapeuta do trabalho; médico do trabalho; 
engenheiro do trabalho; técnico de segurança do trabalho. 
b) Médico do trabalho; enfermeiro do trabalho; engenheiro do trabalho; 
educador físico do trabalho; fisioterapeuta do trabalho. 
c) Engenheiro do trabalho; médico do trabalho; enfermeiro do trabalho; juiz 
do trabalho; fiscal do trabalho. 
d) Médico do trabalho; enfermeiro do trabalho; fisioterapeuta do trabalho; 
segurança do trabalho; fiscal do trabalho. 
e) Engenheiro do trabalho; médico do trabalho; enfermeiro do trabalho; 
auxiliar de enfermagem do trabalho; técnico de segurança no trabalho. 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 38 
Questão 7 
Através de um conjunto de regras que deve ser seguido constantemente, o 
profissional da saúde consegue minimizar sua exposição a agentes 
potencialmente perigosos. A afirmação acima denota o conceito de: 
a) Normas de Biossegurança 
b) Legislação 
c) Delegacia Regional do Trabalho 
d) Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho 
e) Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 
 
Questão 8 
Sobre o tema negligência, considere as assertivas a seguir: 
I. Sua prática está sujeita à penalidade; 
II. A responsabilidade de grande parte das negligências ocorridas é do 
responsável do estabelecimento, pois é somente através do investimento em 
equipamentos e infraestrutura que estamos assegurados. 
III. As negligências também podem ocorrer devido ao comportamento 
inadequado do profissional no ambiente de trabalho. 
IV. O empregado deve sempre idealizar sua rotina de trabalho e agir conforme 
as normas estipuladas por ele. 
Em relação às alternativas abaixo é correto afirmar que: 
a) Apenas a afirmativa I está correta 
b) As afirmativas I, III e IV estão corretas 
c) As afirmativas I e IV estão corretas 
d) As afirmativas I e III estão corretas 
e) Apenas a afirmativa III está correta 
 
Questão 9 
Os mapas de riscos devem ser realizados pela(o): 
a) O cliente 
b) A empresa 
c) A sociedade 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 39 
d) A CIPA 
e) O Governo 
 
Questão 10 
Com relação aos tipos de limpeza, considere as assertivas a seguir: 
I. São divididos em alto, intermediário e baixo nível. 
II. A limpeza concorrente é realizada diariamente, quando não há pacientes no 
quarto. 
III. A limpeza terminal possui auxílio de máquinas e é realizada, dentre outras 
ocasiões, em alta de pacientes e óbitos. 
IV. O ideal seria a realização da limpeza terminal antecipando a limpeza 
concorrente. 
Nas alternativas abaixo é correto afirmar que: 
a) Apenas a afirmativa I está correta 
b) Apenas a afirmativa III está correta 
c) As afirmativas I e IV estão corretas 
d) As afirmativas III e IV estão corretas 
e) Apenas a afirmativa II está correta 
 
Aula 8 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - D 
Justificativa: Os fatores de procura estudados foram: Demografia, Perfil 
epidemiológico, Tecnologia, Medicalização, Custo, Papel do cidadão, Legislação, 
Equidade, Hospitalocentrismo e regionalização, Fracionamento do cuidado, 
Oferta de leitos. Já o Programa de saúde da família, ao contrário, objetiva ir até 
o paciente para trazê-lo ao sistema de saúde. 
 
Questão 2 - C 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 40 
Justificativa: O conhecimento do perfil epidemiológico da população que busca 
um serviço de saúde auxilia o gestor tanto no planejamento da estrutura 
quanto na oferta de serviços em termos de tempo e espaço, visando 
justamente ao atendimento da demanda de acesso. 
 
Questão 3 - C 
Justificativa: O espaço-território, muito além de um simples recorte político-
operacional do sistema de saúde, é o locus onde se verifica a interação 
população-serviços no nível local. Caracteriza-se por uma população específica, 
vivendo em tempo e espaço singulares, com problemas e necessidades de 
saúde determinados, os quais, para sua resolução, deve ser compreendido e 
visualizado espacialmente por profissionais e gestores das distintas unidades 
prestadoras de serviços de saúde. 
 
Questão 4 - A 
Justificativa: Este termo pode ser entendido como a confusão entre o consumo 
de atos ou produtos da área da saúde com saúde propriamente dita. Pouco se 
tem feito com relação a ela, que tem forte impacto sanitário sobre a sociedade 
moderna e sobre o custo da assistência à saúde. Um aliado poderoso para seu 
crescimento é a voracidade por ganhos de diversas organizações que atuam na 
área de saúde. 
 
Questão 5 - A 
Justificativa: Muitas vezes a situação espacial vivenciada afeta os desejos de 
atendimento em determinada localidade. Fatores relacionados à questão 
demográfica impactam diretamente na decisão de escolha e acesso às 
organizações de saúde. Podemos citar os fatores abaixo como pertencentes a 
essa questão: facilidade de transporte entre residência e organização de saúde; 
poucas rotas de acesso por transportes coletivos; distância física de ida e volta 
ao local de trabalho; tempo do trajeto na ida e na volta; facilidadede acesso ao 
comércio local; impacto de alterações climáticas durante a permanência do 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 41 
paciente na rota. A frequência de utilização do serviço de saúde não é um 
destes fatores. 
 
Questão 6 - E 
Justificativa: Os SESMT estão regulamentados de acordo com a Lei nº 
6.514/1977, aprovados pela Portaria nº 3.214/1978. 
Os profissionais que integram o SESMT (engenheiro do trabalho, médico do 
trabalho, enfermeiro do trabalho, auxiliar de enfermagem do trabalho e técnico 
de segurança do trabalho) deverão ser registrados no órgão regional do MTE. 
Em alguns estabelecimentos, os responsáveis alegam a falta de profissionais 
capacitados para a realização dos procedimentos preventivos. Afirmam ainda 
que o contato direto com os trabalhadores é extremamente complicado. Devido 
a essas limitações, o legislativo determina a presença da CIPA. 
 
Questão 7 - A 
Justificativa: Existem diversas leis e normas que visam regulamentar as 
diretrizes a serem adotadas pelos profissionais da saúde, incluindo seus direitos 
e deveres. No Brasil, somente em 19 de fevereiro de 2002 foi aprovado através 
da Portaria nº 343/GM, o decreto que estabelece a Biossegurança no campo do 
Ministério da Saúde. Lei de Biossegurança: de acordo com o Decreto nº 1.752 
de 20 de dezembro de 1995, que regulamenta a Lei Federal nº 8.974 de 5 de 
janeiro de 1995, estabelece as diretrizes para o controle das atividades e dos 
produtos originados pela Biotecnologia, onde a Comissão Técnica Nacional de 
Biossegurança (CTNBio) é definida como órgão responsável para o 
cumprimento dessas diretrizes. 
 
Questão 8 - D 
Justificativa: Negligência é uma palavra originada do latim “negligentia”, que 
significa falta de cuidado, desleixo ou descuido. Por isso, uma conduta 
negligente coloca em risco o próprio causador e os terceiros e quem a pratica 
está sujeito à penalidade. 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 42 
Questão 9 - D 
Justificativa: É elaborado e planejado com base nos relatórios da PPRA, para a 
análise e avaliação dos riscos existentes em cada recinto do ambiente de 
trabalho em associação com os mapas de riscos, que devem ser realizados pela 
CIPA. 
 
Questão 10 - D 
Justificativa: O processo de limpeza, além de minimizar os riscos submetidos 
aos profissionais e a sociedade, também proporciona um ambiente limpo, 
organizado e seguro. Limpeza concorrente: é um processo rotineiro e diário. É 
úmida e não faz uso de equipamentos elétricos para sua realização. Geralmente 
é realizada enquanto o paciente se encontra no quarto. Limpeza terminal: é um 
processo mais completo, pois é realizado nas superfícies horizontais e verticais, 
além de ter o auxílio das máquinas. A frequência varia de acordo com a 
necessidade, por exemplo, em caso de alta, óbito, transferências, o 
procedimento deve ser realizado. É importante ressaltar que, nos centros 
cirúrgicos deve ser executado diariamente e, de preferência, antecedendo a 
limpeza concorrente.

Continue navegando