Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 1 Aula 8: Gestão de resíduos em hospitais ...................................................................................... 3 Introdução ............................................................................................................................. 3 Conteúdo ................................................................................................................................ 5 A busca do paciente pela organização de saúde ........................................................ 5 A motivação que leva as pessoas a procurarem um serviço de saúde .................. 5 Fatores que influenciam esta procura ........................................................................... 6 Tecnologia .......................................................................................................................... 7 Medicalização ..................................................................................................................... 8 Custo .................................................................................................................................... 8 Papel do cidadão ............................................................................................................... 9 Legislação ............................................................................................................................ 9 Hospitalocentrismo e regionalização .......................................................................... 10 Fracionamento do cuidado ........................................................................................... 11 Oferta de leitos ................................................................................................................. 12 Condicionantes geográficas que distinguem a motivação quando comparadas áreas locais distintas ........................................................................................................ 12 Os fatores sociais frente a demanda por serviços de saúde ................................... 13 Normas gerais de biossegurança ................................................................................. 14 Aspectos legais relacionados à biossegurança e segurança do paciente ............ 15 Negligência no ambiente de trabalho ......................................................................... 17 Esterilização de equipamentos ..................................................................................... 21 Sinalização ........................................................................................................................ 21 Categorias de higienização............................................................................................ 23 Tipos de limpeza ............................................................................................................... 26 Limpeza e higienização de superfícies ........................................................................ 27 Higienização dos utensílios ........................................................................................... 28 Higienização das mãos ................................................................................................... 29 Diagnóstico inicial da segurança no ambiente hospitalar ....................................... 31 Serviços especializados em engenharia de segurança e medicina do trabalho (SESMT) .............................................................................................................................. 33 Programa de prevenção de riscos ambientais (PPRA).............................................. 33 Programa de controle médico de saúde ocupacional (PCMSO) ............................ 34 Atividade proposta .......................................................................................................... 34 Referências........................................................................................................................... 35 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 2 Exercícios de fixação ......................................................................................................... 36 Chaves de resposta ..................................................................................................................... 39 Aula 8 ..................................................................................................................................... 39 Exercícios de fixação ....................................................................................................... 39 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 3 Introdução Uma organização de saúde não funciona por si só. Pode ter estrutura, equipamentos de última geração, profissionais altamente qualificados, mas sem pacientes... Este é um dos pilares dos paradigmas que vem sustentando o modelo tradicional de organização. Sem paciente a organização não tem sentido, mas com isso, como vimos consideramos que a organização de sucesso é a que mais atende, com resultados financeiros... Na verdade a motivação do acesso ocorre sob diversas circunstâncias pelo paciente. Conhecer estas motivações e fatores de influência permite ao gestor perceber como as suas decisões podem afetar essa relação organização versus paciente. Nas organizações de saúde, tanto o paciente quanto o profissional de saúde frequentemente estão expostos a fatores de risco biológico e de segurança. A biossegurança significa segurança da vida, homens, animais e meio ambiente, e é considerada uma área relativamente nova, que é embasada por diversos países por um conjunto determinado de leis e diretrizes e que vem sendo adotada no Brasil pelo Ministério da Saúde/Anvisa, seguindo protocolos recomendados pela OMS. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 4 Objetivo: 1. Desdobrar a acessibilidade aos cidadãos, principalmente em relação à saúde, o acesso às unidades e diferentes níveis de atenção; 2. Conhecer conceitos de Biossegurança nas organizações hospitalares relacionados à segurança dos pacientes. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 5 Conteúdo A busca do paciente pela organização de saúde Entender o que leva o paciente a buscar uma organização de saúde é abrir um canal para perceber a forma como ele deseja se relacionar com o sistema. Antecipar esse conhecimento representa estar mais bem preparado na sua chegada e permitir a geração de experimentação agradável durante todo o processo. Entender essa dinâmica permite acompanhar o paciente dentro e fora da organização, entendendo que ele, independente de onde esteja, faz parte do sistema, desde que decida experimentá-lo. A motivação que leva as pessoas a procurarem um serviço de saúde Inicialmente podemos identificar diversas motivações, como veremos a seguir: Busca de uma “cura” para a sua doença Esta pode ser até a motivação aparentemente mais óbvia, mas deve ser olhada com mais detalhes. Inicialmente, o que é “cura”? Segundo Leonardo Boff (2004), o termo cura a partir da origem latina, provém de coera, raiz da palavra contemporânea “cuidar”, isto é, processo de curar como expressão de desvelo, preocupação, inquietação e implica em responsabilidade frente ao objeto de cuidado. A palavra coera derivaria, possivelmente, dos termos cogitare, cogitatus e resultaria em coyedar, coidar, cuidar, cujo sentido seria o de cura, ou seja, cogitar, pensar, colocar atenção, mostrar interesse, revelar uma atitude de desveloe de preocupação. Essa percepção implica no “pré-conceito” de ter identificado antes da busca que existe (ou poderia existir) uma doença. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 6 Podemos questionar se o paciente sabe o que é uma doença, mas na maioria das vezes percebe de forma explicita ou interior. Podemos indicar que esta é a “porta de entrada” da medicina curativa e se o gestor estiver inserido nesse contexto irá realizar ações para encontrar os pacientes que busquem a “cura” em sua organização. Prevenção de alguma moléstia que pode vir a acontecer Neste caso, a prevenção ainda ocorre em função da relação saúde versus doença. O medo se manifesta de forma antecipada ao sintoma. O ponto-chave aqui diz respeito ao momento no tempo em que está ação vai se iniciar: conhecimento adquirido, experiência familiar de doença, identificação de situação de risco etc. Estimular a capacitação em saúde, neste caso, permite a redução das situações de “ida desnecessária”. Atendimento de uma política pública de saúde Nesta situação, o cidadão é compelido por campanha governamental e sua motivação é funcionalmente dependente do grau de risco associado em não aderir a um benefício futuro, materializado pela promessa da campanha. Busca de estética em relação a algum aspecto físico que o incomoda, mas sem associá-lo à doença A associação requerida é relacionada a aspectos culturais do que é ou não belo em uma cultura. A busca da estética como reflexo do conceito de beleza em sociedade norteia situações como esta. Fatores que influenciam esta procura Vejamos na sequência os fatores que influenciam as pessoas a procurarem um serviço de saúde: Demografia Essa variável aparece de forma recorrente, tendo o envelhecimento como uma das características centrais desde o último terço do século XX. Observa-se ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 7 importante queda da mortalidade infantil, associada à redução da fecundidade e ao envelhecimento da população, com reflexos imediatos no consumo de serviços de saúde. Por exemplo, a população de 65 anos e mais demanda até quatro vezes mais internações que a média da população. Tecnologia Observa-se, a partir do início do século XX, com mais clareza depois da sua segunda metade, uma busca contínua por novas drogas, equipamentos e soluções. As novidades continuam chegando e gerando sua própria demanda, porque são melhores, mais caras, dão mais lucro, salvam mais vidas, contribuem para aumento da qualidade de vida ou qualquer outra razão, lembrando que, na saúde, a existência da inovação não implica na substituição da tecnologia anterior. No final do século XX, a indústria farmacêutica dizia que um novo medicamento custava para ser lançado quinhentos milhões de dólares. Na primeira década do século XXI diz-se que custa oitocentos. Esses aumentos de custos, reais ou alegados, frente à necessidade e à demanda por novos fármacos, acabam por justificar qualquer preço e criam uma agenda ainda intocada: como incorporar tecnologia de maneira eficaz, voltada para necessidades e não apenas para atender demandas ou aproveitar oportunidades de negócio? Medicina baseada em evidências e avaliação de tecnologia têm sido propostas, mas pouco utilizadas. Há centros que fazem avaliação tecnológica mas seus resultados, mesmo considerados acertados, nem sempre são seguidos. Entre as explicações para a incorporação acrítica da tecnologia estão: falta de integração intrassanitária para definir o que deve ou não ser incorporado; ações judiciais voltadas ao direito às novas descobertas, incentivadas por alguns stakeholders; falta de definição política do que deve ser oferecido; fisiologismo e corrupção, que ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 8 levam as esferas deliberativas a facilitar a vida de bons fornecedores, uma vez que, quando existem, os critérios técnicos são pouco levados em conta etc. Medicalização Este termo pode ser entendido como a confusão entre o consumo de atos ou produtos da área da saúde com saúde propriamente dita. Pouco se tem feito com relação a ela, que tem forte impacto sanitário sobre a sociedade moderna e sobre o custo da assistência à saúde. Um aliado poderoso para seu crescimento é a voracidade por ganhos de diversos players do sistema. A baixa frequência da utilização da promoção da saúde reforça o papel do médico e sua imagem mítica como aquele que cura ou salva vidas. Existem alguns potenciais fatores de contenção: o copagamento, que levaria o cidadão a perguntar "por que, e a educação sanitária, que levá-lo- ia a querer saber "para quê". Não há consenso sobre o copagamento ou sobre a participação dos cidadãos no financiamento da atenção à saúde no âmbito do SUS, embora haja discussões no sentido de transformar o cidadão em parte da equação e não deixá-lo paciente. Custo A despeito de todos os insumos diretos e indiretos envolvidos na assistência impactarem em custos, ainda existe uma inflação intrínseca do setor. O fenômeno é bastante reconhecido: os preços do setor saúde crescem mais que os da economia em geral, talvez por causa da demanda crescente, frente a uma oferta que não consegue acompanhar o crescimento; da pressão pelo uso da tecnologia, para amortizar o investimento realizado e para viabilizá-la junto ao mercado; da necessidade de produzir mais valia etc. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 9 Papel do cidadão Movimentos recentes no mundo criaram uma nova consciência nos cidadãos de diferentes países. A Constituição Brasileira de 1988, o Código de Defesa do Consumidor, o Ministério Público e o SUS criaram condições para que os cidadãos tivessem mais poder real na sociedade e passassem a exibir um perfil de não sucumbência a direitos. Somente no Estado de São Paulo existiam, em 2006, cerca de dez mil pacientes recebendo medicamentos graças a ordens judiciais. Esse fato se origina da criação de uma indústria de processos que acabam em decisões judiciais, alimentadas pelos interessados. O resultado disso pode ser má utilização dos recursos públicos e pode implicar em outro tipo de desigualdade (quem tem acesso ao judiciário e quem não o tem), além de esbarrar no óbvio limite da capacidade de financiamento do SUS. Atenção Essas possíveis distorções não devem ser motivo para restringir o acesso, mas obrigam a pensar no aperfeiçoamento da legislação ou em um diálogo mais competente entre Executivo e Judiciário. Tanto na França quanto na Itália existem documentos legais que apontam para aspectos semelhantes (os direitos dos doentes e as cartas de cidadãos). Legislação Existe uma discussão em todo o mundo sobre o tamanho mais adequado para o Estado e sua capacidade de intervir sobre a sociedade e suas práticas. Essa disputa se dá como se pudesse ser definida numa esfera divina e não como resultante do jogo político e, portanto, das relações existentes dentro da própria sociedade. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 10 Existe atualmente uma insatisfação contra a capacidade regulatória do Estado, no Brasil, em relação às agências criadas a partir do final do século XX – Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). As causas alegadas para essa insatisfação são a ingerência sobre preços, padrões de oferta de serviços, de organização da produção, enfim, interferência no mercado. A ação regulatória atua em mais de uma direção na construção do cenário: se, por um lado, orienta as condições de competição e de oferta de produtos e serviços,por outro ela participa das pressões sobre os custos do setor, regulamentando aumentos de preços de insumos e controlando reajustes na prestação de serviços. É um componente muito debatido em discussões baseadas mais em opiniões que em conhecimento, pois a noção da equidade como princípio do sistema de saúde brasileiro resulta do alto grau de exclusão social vigente. Não há mais espaço para filas cartesianas, por "ordem de chegada", desde as esperas para atendimento em unidades de urgência/emergência até aquelas para transplantes de órgãos. Por exemplo, a mortalidade materna entre as mulheres negras é seis vezes superior à das brancas em São Paulo (42/100.000 contra 265/100.000). É impossível não oferecer medidas diferenciadas para modificar essa realidade, como já foi feito com relação à assistência farmacêutica na AIDS e à mudança da regra para a fila dos transplantes, demonstrando que a sociedade/o Estado sabem como fazer. Equidade, afinal, também é dar respostas diferentes a distintas necessidades. Hospitalocentrismo e regionalização Essa discussão tem profundas implicações econômicas, na medida em que se estima que setenta por cento dos gastos do SUS são destinados a hospitais. Consequências da assistência prestada sem necessidade em hospitais são o ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 11 desperdício de recursos, já escassos, e a perda de qualidade, entre outros motivos pela possibilidade de acidentes iatrogênicos. O município de São Paulo cresceu, entre 1995 e 2005, à razão de 0.88% ao ano; porém, certos bairros chegaram a ter crescimento de 14%. Observou-se, em 2006, que, em várias regiões da cidade, com o porte de municípios grandes, não há a oferta de um leito hospitalar sequer, forçando a população da periferia a grandes deslocamentos para tentar a sorte na região central. A regionalização, por sua vez, é resultado de um processo de urbanização desregrado e da falta de um olhar planejado sobre as manchas urbanas em nossa realidade. No Brasil, existem três esferas autônomas de gestão política, de difícil integração. Atenção Desrespeitando os limites jurídico-administrativos de Estados e Municípios, há cerca de 44 regiões metropolitanas no país que não estão sob responsabilidade clara de ninguém. O município de São Paulo interna em sua rede hospitalar 15% de cidadãos de outras cidades. Esse fato não mereceu qualquer ação planejada por parte das diferentes esferas de governo. Esse somatório de indefinições leva à ineficácia e ineficiência. Fracionamento do cuidado Este componente reflete o corporativismo no âmbito dos serviços de saúde e o privilégio dado aos hospitais nas políticas sociais e de saúde. Mesmo que haja mais unidades básicas e ambulatoriais disseminadas pelo território, o modelo assistencial ignora a necessidade de integração de ações e da integralidade dos cuidados, gerando intervencionismo e medicalização. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 12 Oferta de leitos Os problemas de planejamento urbano influenciam a disponibilidade de leitos. Parcela importante dos hospitais brasileiros oferece leitos de baixa capacidade resolutiva, frente ao padrão de financiamento da saúde, que não tem proposta adequada para aprimorar esse subatendimento. Dados do CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde) revelam que apenas 2,2% dos leitos nacionais são de UTI e que 22,8% dos leitos estão em hospitais com menos de cinquenta leitos. Resultados disso são pressão sobre as fontes de recursos e modelo assistencial pouco eficaz, gerando busca por cada vez mais produtos e serviços de saúde. Com base apenas nas disposições legais sobre oferta de internações (Portaria MS 1.101, de 12.06.2002), é possível dizer que não faltam leitos no país, nem no setor público nem para a medicina privada. Porém, cada município quer ter seu hospital, o que requer financiamento. Se fossem internados 10% da população (o SUS interna em torno de 7%), com uma média de permanência de cinco dias e uma taxa de ocupação de 80%, seriam necessários, para os 180 milhões de brasileiros, cerca de 310 mil leitos. No Brasil, há 404 mil leitos. Desses 310 mil leitos, segundo a literatura especializada, cerca de 10% (31 mil) deveriam ser de UTI. Em setembro de 2006, apenas 9 mil têm esta característica. As diferenças se acentuam quando se analisa por setor (público e privado) e por região. Condicionantes geográficas que distinguem a motivação quando comparadas áreas locais distintas O espaço-território, muito além de um simples recorte político-operacional do sistema de saúde, é o locus onde se verifica a interação população-serviços no nível local. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 13 Caracteriza-se por uma população específica, vivendo em tempo e espaço singulares, com problemas e necessidades de saúde determinados, os quais para sua resolução devem ser compreendido e visualizado espacialmente por profissionais e gestores das distintas unidades prestadoras de serviços de saúde. Esse território apresenta, portanto, muito mais que uma extensão geométrica, também um perfil demográfico, epidemiológico, administrativo, tecnológico, político, social e cultural que o caracteriza e se expressa em um território em permanente construção. Os fatores sociais frente a demanda por serviços de saúde A demanda por serviços de saúde resulta da conjugação de fatores sociais, individuais e culturais prevalentes na população. O conhecimento do padrão de utilização desses serviços se torna essencial, para que as respostas a essa demanda reflitam decisões equânimes e efetivas. Muitas vezes a situação espacial vivenciada afeta os desejos de atendimento em determinada localidade. Fatores relacionados à questão demográfica impactam diretamente na decisão de escolha e acesso às organizações de saúde. Podemos citar os fatores abaixo como pertencentes a essa questão: • Facilidade de transporte entre residência e organização de saúde; • Poucas rotas de acesso por transportes coletivos; • Distância física de ida e volta ao local de trabalho; • Tempo do trajeto na ida e na volta; • Facilidade de acesso ao comercio local; • Impacto de alterações climáticas durante a permanência do paciente na rota. Embora a lista apresentada não seja exaustiva, ela busca exemplificar diversas situações onde o impacto é percebido e muitas vezes influencia diretamente a tomada de decisão de um gestor hospitalar. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 14 Esses fatores podem afetar diretamente a decisão do paciente em relação a sua interação com o sistema e provocar a substituição de uma organização de saúde por outra em que ele possa ter mais acesso. Normas gerais de biossegurança Tanto em ambientes laboratoriais quanto hospitalares, o profissional da saúde fica exposto a agentes potencialmente perigosos. A fim de evitar essa exposição, medidas com a finalidade de minimizar esses riscos devem ser adotadas. Além disso, essas medidas devem abranger a sociedade e o meio ambiente. Existem algumas normas que são de consenso universal. Prender os cabelos; Não usar adornos durante os procedimentos no ambiente de trabalho; Não se alimentar no local das manipulações; Usar Equipamento de Proteção Individual (EPI) e Coletivo (EPC); Boa manutenção dos EPIs e EPCs; Limpeza do local de trabalho; Lavar as mãos, sempre; Cuidado com descarte de materiais potencialmente perigosos; Transporte de materiais (laboratoriais e hospitalares) deveser realizado com extremo cuidado; ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 15 Imunizações referentes aos agentes manipulados ou potencialmente presentes no local de trabalho. Aspectos legais relacionados à biossegurança e segurança do paciente Existem diversas leis e normas que visam regulamentar as diretrizes a serem adotadas pelos profissionais da saúde, incluindo seus direitos e deveres. É válido ressaltar que todas as esferas governamentais envolvidas nesses processos serão descritas com maiores detalhes nas aulas subsequentes. Resumidamente, até os anos 80, o foco das leis era voltado para os organismos geneticamente modificados. Foi somente a partir de 1980 que a atenção se voltou para a saúde do trabalhador e sua proteção quanto aos riscos a que estavam expostos. No Brasil, somente em 19 de fevereiro de 2002 foi aprovado através da Portaria nº 343/GM o decreto que estabelece a biossegurança no campo do Ministério da Saúde. Devido a tal evento, a saúde desses profissionais ganham destaque, e medidas preventivas e minimizadoras de exposição aos riscos ocupacionais passam a ser adotadas. Lei de biossegurança De acordo com o Decreto nº 1.752, de 20 de dezembro de 1995, que regulamenta a Lei Federal n° 8.974, de 5 de janeiro de 1995, estabelecem-se as diretrizes para o controle das atividades e dos produtos originados pela biotecnologia, sendo a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) definida como órgão responsável para o cumprimento dessas diretrizes. Da saúde do trabalhador ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 16 A saúde do trabalhador e um ambiente de trabalho saudáveis são pontos positivos, não só para os principais interessados, mas também para o empregador, uma vez que contribui de maneira positiva para a produtividade, a qualidade dos produtos oferecidos e a motivação de trabalho. Dessa forma, a segurança do trabalhador era praticamente embasada pela Lei Federal nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977. Entretanto, contemporaneamente, ganha amparo em várias esferas governamentais, por meio de leis específicas, tais como: a Lei nº 8.080 (Orgânica da Saúde), de 19 de setembro de 1990, que dá ênfase à saúde do trabalhador no Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, o Ministério do trabalho, por meio da Portaria nº 3.214, estabeleceu as chamadas Normas Regulamentadoras, que também priorizam a saúde do trabalhador em seu ambiente de trabalho. Dos acidentes de trabalho A Lei Federal n° 8.213/91 estabelece medidas cautelares relativas a acidentes laborais, sejam eles com causa direta ou indireta com o trabalho. É importante ressaltar que se considera acidente de trabalho todo e qualquer episódio que: * Seja originado devido às atividades exercidas no trabalho. * Acarrete em distúrbios físicos ou emocionais e afetem a saúde do trabalhador. * Resulte em morte ou incapacidade do trabalhador, que pode ser parcial, total ou permanente. Devido ao vínculo existente entre empresa e empregado, regidos por regime de Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), é de responsabilidade da empresa a comunicação da ocorrência do acidente de trabalho para a Providência Social. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 17 Das moléstias profissionais É aquela que o empregado adquire em decorrência da atividade exercida. É amplamente confundida com os acidentes de trabalhos; entretanto, sua evolução ocorre de forma lenta e às vezes imperceptível, o que a confere aspectos durável e permanente. De acordo com a Lei n° 11.052, de 29 de dezembro de 2004, estabelece que os trabalhadores possuam direito à aposentadoria, se for motivada por acidente no trabalho ou pelos portadores de moléstia profissional. Das doenças profissionais Estão relacionadas diretamente com as condições de trabalho que resultem em incapacidade de praticar atividades laborais. Existe uma lista de doenças profissionais regulamentada pelo Decreto n° 76/2007, de 17 de julho. Sua diferença em relação às doenças “tradicionais” sucede de sua origem, que vem de fatores de risco existentes no ambiente de trabalho. Da contaminação acidental Assim como demais doenças adquiridas em local de trabalho, a contaminação acidental está prevista em lei e os funcionários deverão ter seus direitos devidamente assegurados. Para garantir que seus direitos sejam garantidos, os profissionais acidentados devem comunicar seus acidentes. A Comunicação do Acidente de Trabalho (CAT) prevê que o acidente deverá ser comunicado até o primeiro dia útil, desde a sua ocorrência (veremos com maiores detalhes nas próximas aulas). Negligência no ambiente de trabalho Conceito de negligência Negligência é uma palavra originada do latim “negligentia”, que significa falta de cuidado, desleixo ou descuido. Por isso, uma conduta negligente coloca em ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 18 risco o próprio causador e os terceiros e quem a pratica está sujeito à penalidade. Como já vimos até aqui, há nos ambientes de trabalhos, sejam eles hospitais, laboratórios, consultórios e clínicas, uma série de normas e diretrizes que devem ser seguidas. Vale ressaltar que toda essa sistemática deve ser adotada integralmente. Contudo, em alguns casos, tais como descuido e escassez de equipamentos apropriados, as normas não são cumpridas. Nesses casos, um planejamento deverá ser providenciado com a finalidade de reduzir possíveis consequências dessas falhas. Assim sendo, sempre se deve considerar qualquer material como potencialmente perigoso, para redobrar a atenção com todo e qualquer material manipulado, aliando o bom senso e a habilidade adquirida através de treinamento rigoroso e apropriado. Contudo, sabe-se que, embora os avanços tecnológicos para a contenção de riscos estejam em crescente expansão, diversos estudos demonstram que as principais causas de acidentes estão relacionadas com o próprio ser humano, por isso, é fundamental o investimento na educação desses profissionais. Muitos profissionais cometem desleixos quanto a esse tipo de materiais, tais como: * Uso incorreto dos materiais, que pode causar acidentes, como tentar reencapar agulhas utilizadas em procedimentos. Nunca reencape agulha utilizada ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 19 * Descarte incorreto, que pode gerar acidentes tanto para quem descartou quanto para quem irá descartar esse tipo de resíduo. Descarte incorreto Acidentes por inexistência de treinamento Esse negligenciamento advém de ambas as partes: por um lado, o responsável do estabelecimento, que não capacita seu funcionário apropriadamente, e, por outro, o trabalhador que se omite e realiza suas tarefas de maneira inadequada. Acidentes próprios ao comportamento profissional O ambiente de trabalho é um local onde se faz necessária uma postura ética e profissional. Contudo, é extremamente comum, principalmente devido ao excesso de confiança, que determinadas medidas sejam negligenciadas. Portanto, diversos acidentes estão relacionados à falta de comprometimento do funcionário em seu local de trabalho, dentre os fatores, podemos citar: * Exibicionismo; * Brincadeiras; * Falta de atenção; * Pressa; * Anarquia às diretrizes. Acidentes provocados pela falta de uso dos EPIs Há uma mobilização geral para o uso dos equipamentos de proteção pessoais apropriados dos profissionais de saúde, inclusive por meio de Normas Regulamentadoras. A sua não utilização compreende ato de negligência porparte do empregado; entretanto, a sua inexistência se relaciona com a negligência do empregador. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 20 Biossegurança em hospitais 1) Áreas hospitalares * Críticas: são aquelas que oferecem riscos de transmissão de infecções devido ao acolhimento de pacientes graves cujos patógenos são altamente transmissíveis ou, ainda, ao local onde são realizados procedimentos invasivos e com materiais contaminados. Exemplos: centro cirúrgico, UTI, unidade de isolamento, unidade de queimados, banco de sangue e sala de hemodiálise. UTI * Semicríticas: apresentam menor risco de disseminação de agentes infecciosos e, geralmente, são ocupadas por pacientes que possuem enfermidades com baixo nível de transmissão. Exemplos: enfermarias, consultórios, banheiros e ambulatórios. Enfermaria * Não críticas: locais onde não existe ou é extremamente baixo o risco de transmissão, bem como não são ocupadas por pacientes. Exemplos: serviço administrativo, recepção e almoxarifado. Almoxarifado 2) Artigos hospitalares * Críticos: são designados à penetração da pele, mucosa, tecidos adjacentes e vascular. Necessitam de esterilização para a realização do procedimento proposto. Exemplos: agulhas, materiais cirúrgicos e cateteres. Materiais cirúrgicos * Semicríticos: entram em contato com mucosa e pele íntegras. Exemplos: circuitos respiratórios e endoscópio. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 21 Circuito respiratório * Não críticos: entram em contato somente com a pele íntegra do paciente ou nem entram em contato com ele. Exemplos: termômetro, oxímetro e comadre. Oxímetro Esterilização de equipamentos E como se dá o processo de esterilização? A esterilização deverá variar de acordo com o tipo de material utilizado, bem como a área em que foi empregado. Podendo, assim, ocorrer apenas uma limpeza simples, desinfecções ou até esterilizações. Geralmente os seguintes passos são adotados: limpeza (ou descontaminação), enxague, secagem, estocagem (ou uso imediato), uso de soluções químicas (ou esterilização). E quanto a consciência dos profissionais? Os profissionais devem estar cientes sobre suas responsabilidades e deveres, principalmente referentes à prestação de atendimento aos enfermos, desenvolvendo, sempre que for possível, medida preventiva. Sinalização É fundamental a existência de sinalização correta, de forma a prevenir e minimizar o risco de acidentes ocupacionais. É necessário atentar para as diferentes cores e formas, pois indicam diferentes tipos de sinalização. Exemplos: aviso, interdição, obrigação e segurança. Sinalização de aviso Sinalização de interdição Sinalização de obrigação ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 22 Sinalização de segurança Sinalização de prevenção de incêndio Sinalização de risco químico Simbologia informativa Sinalização de interdição Além da simbologia padrão, todo hospital deverá conter seu mapa de risco, realizado de acordo com as normas regulamentadoras. Vejamos agora alguns conceitos a respeito da higienização, limpeza e classificação das áreas de higienização: Conceito de limpeza Refere-se à remoção da sujidade do corpo, dos objetos e superfícies. O tipo de limpeza varia de acordo com o ambiente e o tipo de substâncias a serem removidas, bem como a da técnica utilizada. Neste caso, a limpeza abordada será do tipo hospitalar. Conceito de higienização Seu significado remete ao ato de higienizar, ou seja, está intimamente relacionado com a higiene, que é originada do grego “hygeinos”. Trata-se de um conjunto de conhecimentos e técnicas que são utilizadas para conservar a saúde. Classificação das áreas de higienização As áreas para realização da higienização hospitalar são classificadas em críticas, semicríticas e não críticas, de acordo com o nível de risco que oferece aos ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 23 profissionais e à sociedade. Essa separação das áreas auxilia significativamente para a realização da limpeza de maneira adequada e eficiente nesses ambientes. Categorias de higienização As práticas regulares da higienização nos estabelecimentos de atendimento à saúde devem ser parte integrante desses locais, uma vez que é de conhecimento público o nível de disseminação de patologias através de bactérias, vírus e micro-organismos. Devem ser realizadas com o intuito de reduzir à exposição dos funcionários e dos pacientes aos agentes potencialmente perigosos. Descontaminação É o processo que consiste em determinados passos que visam à eliminação de agentes biológicos potencialmente perigosos de utensílios e superfícies permitindo, assim, que os profissionais executem os procedimentos em ambientes seguros. É realizado por meio de limpeza, desinfecção e esterilização. Esse processo é possível pelo emprego de: * Calor: pode ser úmido (entre 121-132°C, durante 30 a 40 minutos) ou seco (entre 160-170°C, durante 2 a 4 horas). * Radiação: pode ser por raios gama (geralmente para esterilização de materiais médicos) ou ultravioleta (para a eliminação de micro-organismos transmitidos pela atmosfera, de forma a inativá-los). * Gases e vapores: pode ser por óxido de etileno (usado nas câmaras de esterilização) ou formaldeído. Entretanto, é necessário extremo cuidado ao manuseá-los, pois são substâncias cancerígenas. * Líquidos químicos: são também chamados de desinfetantes, e sua eficácia está diretamente relacionada ao tempo de exposição, concentração e resistência dos micro-organismos alvos. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 24 Desinfecção A desinfecção, além de eliminar a sujidade, reduz/elimina as cargas contaminantes, proporcionando, assim, um ambiente onde é preservada a saúde ocupacional e a do meio ambiente. Pode ser dividida em: * Alto nível: geralmente elimina vírus, bactérias vegetativas, fungos e, ainda, alguns esporos bacterianos. Dentre os agentes disponíveis, podemos citar o glutaraldeído, a pasteurizadora e a termodesinfetadora. São indicados para áreas e materiais semicríticos. Veja, a seguir, as vantagens e desvantagens do uso de determinados agentes para a desinfecção de alto nível. Desinfetante Vantagens Desvantagens Glutaraldeído - Custo relativamente baixo. - Alta compatibilidade com outros materiais. - Irritação respiratória. - Dermatite de contato alérgica - Cancerígeno. Ortoftalaldeído - Ação rápida. - Alta compatibilidade com outros materiais. - Odor mínimo. - Mancha a pele, roupas e superfícies. - Custo maior. - Irritação ocular. - Cancerígeno. Ácido Peracético - Odor mínimo. - Favorável ao meio ambiente. - Incompatível com materiais que contêm ferro, zinco e cobre. - Irritação dermatológica e ocular. Fonte: Rutala e Weber (2004). * Nível intermediário: geralmente elimina a maioria dos fungos, bactérias e vírus. Dentre os agentes disponíveis, podemos citar o álcool etílico 70 % e o hipoclorito de sódio – são indicados para áreas e materiais não críticos. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 25 * Baixo nível: não gera resposta sobre os esporos bacterianos e bacilos; possui relativos efeitos sobre vírus e fungos; geralmente está relacionado com as bactérias vegetativas. Dentre os agentes disponíveis, podemos citar os mesmos de nível intermediário, com o acréscimo do quaternário de amônio (apenas para uso em superfícies). Sãoindicados para áreas e materiais não críticos. Limpeza A limpeza refere-se ao ato de remover toda a sujidade das superfícies, artigos, pessoas e equipamentos por meio de determinadas técnicas associadas a produtos específicos. A sua execução adequada proporciona aos profissionais de saúde e à população que permanecem nesses estabelecimentos de atendimento a redução de exposição de riscos provenientes de patógenos contaminadores. Materiais do serviço de limpeza A equipe que realiza o serviço de limpeza deve possuir à sua disposição determinados equipamentos para a realização de suas atividades. São dispostos de acordo com a liberação dos recursos humanos, entretanto, basicamente, fazem parte do seu acervo: * Baldes; * Rodos; * Escovas; * Desentupidor; * Suportes; * Escadas; * Enceradeiras; * Panos; * Esponjas; * Toalhas de papel; * Sacos de lixo; * Latas de lixo; ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 26 * Sabão; * Desinfetantes; * Armários com chaves (destinados às substâncias nocivas); * Carrinho para transporte de lixo e de materiais; * EPI (luvas, máscaras e avental apropriados, sapato fechado e óculos). Tipos de limpeza O processo de limpeza, além de minimizar os riscos submetidos aos profissionais e à sociedade, também proporciona um ambiente limpo, organizado e seguro. A seguir serão descritos os principais tipos de limpeza. Limpeza concorrente É um processo rotineiro e diário. É úmida e não faz uso de equipamentos elétricos para sua realização. Geralmente é realizada enquanto o paciente se encontra no quarto. Limpeza terminal É um processo mais completo, pois é realizado nas superfícies horizontais e verticais, além de ter o auxílio das máquinas. A frequência varia de acordo com a necessidade, por exemplo, em caso de alta, óbito, transferências, o procedimento deve ser realizado. Sobre a limpeza terminal é importante ressaltar que nos centros cirúrgicos deve ser executada diariamente e, de preferência, antecedendo a limpeza concorrente. Técnicas de limpeza Para a melhor execução dos procedimentos, foram criadas determinadas técnicas de limpeza, visando à eficácia, facilidade e rapidez desses processos. Veremos a seguir as principais técnicas utilizadas pelo serviço de limpeza. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 27 Técnica dos dois baldes É utilizada para a realização das demais técnicas e objetiva facilitar o serviço para os funcionários, pois em um dos baldes é concretizada a lavagem dos panos com expurgos e no outro para a limpeza. Entretanto, em áreas críticas, aconselha-se o uso de 3 baldes: um com água, um com sabão e um com solução específica. Varredura úmida Objetiva a retirada do pó e de sujidades soltas na superfície. É feita com o auxílio de pano úmido, rodo, mop (figura), esfregão e pá. É utilizada uma solução detergente e em seguida a retirada é feita por meio de pano umedecido em água limpa. É importante lembrar que a varredura nunca deve ser realizada a seco. Limpeza com máquina É empregado um tipo de enceradeira automática, que possui um compartimento para o depósito de detergente, que é liberado diretamente na superfície a ser limpa. Embora, inicialmente, seja necessário um investimento relativamente alto, essa técnica auxilia o funcionário, pois gera menor risco e esforço, além de ser mais rápida e prática. Lavagem manual É o ato que objetiva a remoção da sujidade acumulada com o auxílio de máquinas e produtos de limpeza. Uma solução detergente é espalhada na superfície e o local é esfregado, após, repetidas vezes, enxagua-se com água limpa, que é levada até o ralo. Limpeza e higienização de superfícies Abrange a limpeza, desinfecção e conservação das superfícies fixas e dos equipamentos permanentes das áreas do local de trabalho, com o objetivo principal de evitar a propagação de agentes contaminantes. Portanto, ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 28 compreende: pisos, paredes, portas, janelas, ventiladores, exaustores, pias, sanitários, equipamentos, dentre outros. Os procedimentos que devem ser realizados já foram previamente discutidos. É importante ressaltar que a limpeza dos pisos nunca deve ser executada de maneira a seco, pois há grande risco de disseminação de micro-organismos através de partículas de pó, por isso, devem ser utilizados por meio de varredura úmida. Os panos de limpeza que foram empregados devem ser encaminhados para a lavanderia para processamento. Além disso, todo o material utilizado deve ser limpo a cada término da jornada de trabalho. Higienização dos utensílios A higienização dos artigos utilizados merece devida importância. Seja por desinfecção, descontaminação ou limpeza. A seguir serão descritos os procedimentos de higienização de alguns utensílios. Leitos É utilizada a técnica de desinfecção ou limpeza (dependendo da área e do paciente). É indispensável a utilização do álcool 70%. A higienização deve ser feita diariamente e ainda, caso haja mudança de paciente ou alguma intercorrência (sangramento, fezes, urina, entre outros). Berços Utiliza-se a técnica de limpeza e/ou desinfecção. No berço é empregado o uso de detergentes e nos colchões, álcool 70%. Ventiladores Os ventiladores devem estar desligados e devem ser limpos com o auxílio de pano limpo e escova, no mínimo por 3 vezes semanais. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 29 Móveis Em toda a sua superfície deve ser empregada a limpeza básica (com pano úmido); as esponjas são utilizadas para a remoção da sujidade; a desinfecção com álcool 70% deve ser realizada sempre que necessário. Atenção Resumidamente, a higienização dos materiais pode ser dividida em: • Materiais críticos: os instrumentos cirúrgicos - a higienização é realizada por meio de esterilização. • Materiais semicríticos: por exemplo, inaladores - são realizados através de desinfecção. • Materiais não críticos: tais como comadre e oxímetro - são realizados por meio de limpeza. Higienização das mãos Dentre todas as medidas para evitar a propagação de agentes contaminadores, a higienização das mãos continua sendo a mais eficiente e menos dispendiosa, por ser simples e individual. As mãos são um dos maiores meios de disseminação dos patógenos devido ao contato com os pacientes e com os artigos contaminados. Através da higienização é possível remover a sujidade presente e minimizar a propagação desses agentes. Existem diferentes substâncias que podem ser empregadas para esse procedimento, tais como: • Água e sabão: são utilizadas quando as mãos estão visivelmente sujas, como por exemplo, presença de sangue. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 30 • Álcool: são utilizadas quando as mãos estão visivelmente sujas e em situações específicas tais como, antes e após contato com paciente. • Antissépticos: são utilizadas com o principal objetivo de eliminação de carga microbiana. Atenção É importante lembrar que sempre se deve lavar as mãos, mesmo que luvas sejam utilizadas. As técnicas de higienização podem variar dependendo do objetivo ao qual serão destinadas, mas, de modo geral, para uma boa higienização devem-se seguir alguns passos. É importante lembrar que sempre se deve lavar as mãos, mesmo que luvas sejam utilizadas. As técnicas de higienização podem variar, dependendo do objetivo ao qual serão destinadas, mas, de modo geral, para uma boa higienização os seguintes passos devem ser seguidos:* Retirada de adornos, pois acumulam agentes contaminadores. * Abrir a torneira (quando não houver pedal) e molhar as mãos (com cuidado para não encostar a pia). * O sabão para a lavagem deve ser aplicado na palma das mãos (a quantidade é estipulada pelo fabricante, mas geralmente compreende entre 3 a 5 mL). * Ensaboar as palmas das mãos (deve-se friccioná-las entre 15 a 30 segundos), formando assim uma espuma em toda sua face. * Esfregar a palma da mão direita sobre o dorso da esquerda (sempre friccionando) abrangendo os espaços interdigitais e vice-versa. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 31 * Esfregar as pontas dos dedos. * Por meio de movimentos circulares, deve-se esfregar o polegar direito com o auxílio da palma da mão esquerda, e vice-versa. * Esfregar os punhos (o esquerdo com o auxílio da palma da mão direita, e vice-versa). * Enxaguar (com as mãos em forma de concha) visando retirar todo o resíduo do sabão. * Por fim, secar as mãos com papel-toalha descartável (no sentido das mãos para o punho) e desprezá-lo na lixeira. É importante lembrar que é necessário o uso desse mesmo papel para o fechamento da torneira (caso não seja de pedal). Diagnóstico inicial da segurança no ambiente hospitalar O diagnóstico inicial de segurança deve ser realizado em qualquer ambiente de trabalho e deve objetivar, sempre, condições favoráveis para a realização dos procedimentos propostos pelo estabelecimento, priorizando a saúde e segurança dos trabalhadores, da população e o meio ambiente. Segundo a Anvisa, através do Manual dos Aspectos de Segurança Hospitalar, é necessário de haja um planejamento para prevenir acidentes e situações potencialmente perigosas para os funcionários, proporcionando assim um ambiente seguro para que as atividades sejam realizadas de maneira adequada. Os responsáveis pela avaliação do tema segurança no ambiente de trabalho devem abordar os seguintes aspectos – fazer tais reflexões: As obrigações legais referentes à segurança do trabalho estão sendo cumpridas? Estão resultando em níveis de segurança aceitáveis? ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 32 Os profissionais da área clínica estão utilizando equipamentos tecnologicamente compatíveis com a demanda? Sabem operá-los adequadamente? Existem no hospital programas de treinamento e reciclagem adequados para uso da tecnologia médica? O hospital possui equipe de manutenção? Essa equipe possui os recursos necessários para a manutenção de equipamentos médicos e de infraestrutura? É realizada a manutenção preventiva dos equipamentos vitais? Uma Brigada Contra Incêndio (BCI) está em atividade? Há sistemas automáticos para extinção de incêndio eficientes e suficientes? Existe sistema de geração de energia elétrica de emergência? Os custos gerados com acidentes envolvendo funcionários e pacientes no ambiente hospitalar estão compatíveis com os investimentos feitos nas áreas de aquisição, treinamento e uso de tecnologias? Os funcionários usam os equipamentos de segurança? São suficientes? Os riscos ambientais estão identificados e corrigidos? Os funcionários utilizam adequadamente suas ferramentas de trabalho? E elas são suficientes para garantir o funcionamento seguro dos equipamentos e sistemas? Os pacientes e visitantes recebem algum tipo de orientação sobre como agir em caso de incêndio? Existem no hospital profissionais com dedicação exclusiva na área de segurança? Existem no hospital todos os projetos de arquitetura e engenharia atualizados que possibilitem a tomada de decisões com maior precisão e segurança? O hospital possui planos de emergência para enfrentar situações críticas como falta de energia elétrica, água, incêndio e inundações? Existe no hospital uma lista de empresas prestadoras de serviços que estejam aptas a prestar serviços aos equipamentos e instalações de acordo com as normas de segurança aplicáveis? ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 33 Existe no hospital a ficha cadastral dos equipamentos existentes que indique a periodicidade dos testes de segurança e de desempenho deles? São feitas, frequentemente, pelo menos mensalmente, reuniões com a comunidade de saúde para discutir problemas de segurança existentes em sua unidade de saúde? Serviços especializados em engenharia de segurança e medicina do trabalho (SESMT) Os SESMT estão regulamentados de acordo com a Lei nº 6.514/1977, aprovados pela Portaria 3.214/1978 Os profissionais que integram os SESMT (engenheiro do trabalho, médico do trabalho, enfermeiro do trabalho, auxiliar de enfermagem do trabalho e técnico de segurança do trabalho) deverão ser registrados no órgão regional do MTE. Em alguns estabelecimentos, os responsáveis alegam a falta de profissionais capacitados para a realização dos procedimentos preventivos. Afirmam ainda que o contato direto com os trabalhados é extremamente complicado. Devido a essas limitações, o legislativo determina a presença da CIPA. Programa de prevenção de riscos ambientais (PPRA) Sua elaboração e implementação são obrigatórias para as empresas com trabalhadores regidos pela CLT. Esse documento deve ser revisado anualmente, visa analisar, identificar, registrar, controlar e erradicar os possíveis riscos existentes ou que ainda venham a existir no ambiente de trabalho. As ações propostas pelo programa devem ser concretizadas no ambiente de trabalho e são de responsabilidade do empregador, entretanto, os trabalhadores também devem contribuir para o cumprimento destas. O grau das medidas a serem tomadas dependerá diretamente da classificação de risco do local de trabalho. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 34 Programa de controle médico de saúde ocupacional (PCMSO) É elaborado e planejado com base nos relatórios da PPRA, para a análise e avaliação dos riscos existentes em cada recinto do ambiente de trabalho em associação com os mapas de riscos, que devem ser realizados pela CIPA. Monitora, ainda, os efeitos da exposição à materiais biológicos, substâncias químicas, radiação ionizante e mercúrio. Tem caráter de rastreamento e diagnóstico precoce dos possíveis danos à integridade física do trabalhador em seu ambiente de trabalho. Atividade proposta Estudamos nesta aula aspectos relacionados à biossegurança e segurança do paciente e dos profissionais de saúde nas organizações de saúde. Associe e numere as imagens ao que representam de acordo com as colunas: Chave de resposta: 8 – 3 – 4 – 1 – 6 – 2 – 7 – 5. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 35 Material complementar Para saber mais sobre a motivação do acesso aos serviços de saúde. leia os textos disponíveis em nossa biblioteca virtual. Referências ANVISA. Aspectos da Segurança no Ambiente Hospitalar. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/" http://www.anvisa.gov.br/. Acesso em: 4 dez. 2014. ANVISA. Segurança no ambiente hospitalar. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/seguranca_hosp.pdf. Acesso em: 4 dez. 2014. ______. Resolução RDC ANVISA nº 302, de 13 de outubro de 2005. Dispõe sobre Regulamento Técnico para Funcionamento de Laboratórios Clínicos. ASSAD, C; COSTA, G. Manual técnico de limpeza e desinfecção de superfícies hospitalares e manejo de resíduos. Rio de Janeiro: IBAM/COMLURB, 2010. 28 p. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº. 50, de 21 de fevereiro de 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento,programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Diário Oficial da União, Brasília, 20 mar. 2002. HINRICHSEN, Sylvia Lemos. Biossegurança e controle das infecções: risco sanitário hospitalar. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. MASTROENI, M. F. Biossegurança aplicada a laboratórios e serviços de saúde. 2. ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2006. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 36 Exercícios de fixação Questão 1 Em relação aos fatores de procura estudados, indique a seguir a alternativa que indica o único fator que não é considerado de procura: a) Demográfico b) Perfil epidemiológico c) Tecnologia d) Programa de Saúde da Família e) Custo Questão 2 Em relação aos fatores de procura estudados, podemos afirmar que: a) Os fatores são concorrentes entre si, se manifestando de forma concorrente. b) Geram resultado independente do controle de custos. c) O perfil epidemiológico é um desses fatores. d) O espaço hospitalar deixa de ser o ponto focal da organização de saúde. e) Não são importantes para o gestor considerá-los. Questão 3 Em relação aos condicionantes geográficos, podemos afirmar que: a) Distância entre casa e organização de saúde não afeta o acesso. b) Tempo de translado até a organização de saúde é aspecto secundário. c) As condições geográficas de uma localidade definem algumas alternativas tanto do gestor quanto do paciente. d) O custo sempre é preponderante nas decisões do gestor. e) Não temos diferença de ação de gestão com diferentes condicionantes geográficos. Questão 4 Um termo que pode ser entendido como a confusão entre o consumo de atos ou produtos da área da saúde com saúde propriamente dita é conhecido como: ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 37 a) Medicalização b) Hospitalocentrismo c) Equidade d) Demografia e) Perfil Epidemiológico Questão 5 Fatores relacionados à questão demográfica impactam diretamente na decisão de escolha e acesso às organizações de saúde. Nas alternativa a seguir, indique um fator que não pertence a essa questão: a) Facilidade de transporte entre residência e organização de saúde. b) Número de vezes que o paciente já foi atendido anteriormente na organização. c) Impacto de alterações climáticas durante a permanência do paciente na rota. d) Poucas rotas de acesso por transportes coletivos. e) Distância física de ida e volta ao local de trabalho. Questão 6 Assinale a única alternativa que compreende todos os profissionais que integram o SESMT: a) Enfermeiro do trabalho; fisioterapeuta do trabalho; médico do trabalho; engenheiro do trabalho; técnico de segurança do trabalho. b) Médico do trabalho; enfermeiro do trabalho; engenheiro do trabalho; educador físico do trabalho; fisioterapeuta do trabalho. c) Engenheiro do trabalho; médico do trabalho; enfermeiro do trabalho; juiz do trabalho; fiscal do trabalho. d) Médico do trabalho; enfermeiro do trabalho; fisioterapeuta do trabalho; segurança do trabalho; fiscal do trabalho. e) Engenheiro do trabalho; médico do trabalho; enfermeiro do trabalho; auxiliar de enfermagem do trabalho; técnico de segurança no trabalho. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 38 Questão 7 Através de um conjunto de regras que deve ser seguido constantemente, o profissional da saúde consegue minimizar sua exposição a agentes potencialmente perigosos. A afirmação acima denota o conceito de: a) Normas de Biossegurança b) Legislação c) Delegacia Regional do Trabalho d) Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho e) Comissão Interna de Prevenção de Acidentes Questão 8 Sobre o tema negligência, considere as assertivas a seguir: I. Sua prática está sujeita à penalidade; II. A responsabilidade de grande parte das negligências ocorridas é do responsável do estabelecimento, pois é somente através do investimento em equipamentos e infraestrutura que estamos assegurados. III. As negligências também podem ocorrer devido ao comportamento inadequado do profissional no ambiente de trabalho. IV. O empregado deve sempre idealizar sua rotina de trabalho e agir conforme as normas estipuladas por ele. Em relação às alternativas abaixo é correto afirmar que: a) Apenas a afirmativa I está correta b) As afirmativas I, III e IV estão corretas c) As afirmativas I e IV estão corretas d) As afirmativas I e III estão corretas e) Apenas a afirmativa III está correta Questão 9 Os mapas de riscos devem ser realizados pela(o): a) O cliente b) A empresa c) A sociedade ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 39 d) A CIPA e) O Governo Questão 10 Com relação aos tipos de limpeza, considere as assertivas a seguir: I. São divididos em alto, intermediário e baixo nível. II. A limpeza concorrente é realizada diariamente, quando não há pacientes no quarto. III. A limpeza terminal possui auxílio de máquinas e é realizada, dentre outras ocasiões, em alta de pacientes e óbitos. IV. O ideal seria a realização da limpeza terminal antecipando a limpeza concorrente. Nas alternativas abaixo é correto afirmar que: a) Apenas a afirmativa I está correta b) Apenas a afirmativa III está correta c) As afirmativas I e IV estão corretas d) As afirmativas III e IV estão corretas e) Apenas a afirmativa II está correta Aula 8 Exercícios de fixação Questão 1 - D Justificativa: Os fatores de procura estudados foram: Demografia, Perfil epidemiológico, Tecnologia, Medicalização, Custo, Papel do cidadão, Legislação, Equidade, Hospitalocentrismo e regionalização, Fracionamento do cuidado, Oferta de leitos. Já o Programa de saúde da família, ao contrário, objetiva ir até o paciente para trazê-lo ao sistema de saúde. Questão 2 - C ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 40 Justificativa: O conhecimento do perfil epidemiológico da população que busca um serviço de saúde auxilia o gestor tanto no planejamento da estrutura quanto na oferta de serviços em termos de tempo e espaço, visando justamente ao atendimento da demanda de acesso. Questão 3 - C Justificativa: O espaço-território, muito além de um simples recorte político- operacional do sistema de saúde, é o locus onde se verifica a interação população-serviços no nível local. Caracteriza-se por uma população específica, vivendo em tempo e espaço singulares, com problemas e necessidades de saúde determinados, os quais, para sua resolução, deve ser compreendido e visualizado espacialmente por profissionais e gestores das distintas unidades prestadoras de serviços de saúde. Questão 4 - A Justificativa: Este termo pode ser entendido como a confusão entre o consumo de atos ou produtos da área da saúde com saúde propriamente dita. Pouco se tem feito com relação a ela, que tem forte impacto sanitário sobre a sociedade moderna e sobre o custo da assistência à saúde. Um aliado poderoso para seu crescimento é a voracidade por ganhos de diversas organizações que atuam na área de saúde. Questão 5 - A Justificativa: Muitas vezes a situação espacial vivenciada afeta os desejos de atendimento em determinada localidade. Fatores relacionados à questão demográfica impactam diretamente na decisão de escolha e acesso às organizações de saúde. Podemos citar os fatores abaixo como pertencentes a essa questão: facilidade de transporte entre residência e organização de saúde; poucas rotas de acesso por transportes coletivos; distância física de ida e volta ao local de trabalho; tempo do trajeto na ida e na volta; facilidadede acesso ao comércio local; impacto de alterações climáticas durante a permanência do ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 41 paciente na rota. A frequência de utilização do serviço de saúde não é um destes fatores. Questão 6 - E Justificativa: Os SESMT estão regulamentados de acordo com a Lei nº 6.514/1977, aprovados pela Portaria nº 3.214/1978. Os profissionais que integram o SESMT (engenheiro do trabalho, médico do trabalho, enfermeiro do trabalho, auxiliar de enfermagem do trabalho e técnico de segurança do trabalho) deverão ser registrados no órgão regional do MTE. Em alguns estabelecimentos, os responsáveis alegam a falta de profissionais capacitados para a realização dos procedimentos preventivos. Afirmam ainda que o contato direto com os trabalhadores é extremamente complicado. Devido a essas limitações, o legislativo determina a presença da CIPA. Questão 7 - A Justificativa: Existem diversas leis e normas que visam regulamentar as diretrizes a serem adotadas pelos profissionais da saúde, incluindo seus direitos e deveres. No Brasil, somente em 19 de fevereiro de 2002 foi aprovado através da Portaria nº 343/GM, o decreto que estabelece a Biossegurança no campo do Ministério da Saúde. Lei de Biossegurança: de acordo com o Decreto nº 1.752 de 20 de dezembro de 1995, que regulamenta a Lei Federal nº 8.974 de 5 de janeiro de 1995, estabelece as diretrizes para o controle das atividades e dos produtos originados pela Biotecnologia, onde a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) é definida como órgão responsável para o cumprimento dessas diretrizes. Questão 8 - D Justificativa: Negligência é uma palavra originada do latim “negligentia”, que significa falta de cuidado, desleixo ou descuido. Por isso, uma conduta negligente coloca em risco o próprio causador e os terceiros e quem a pratica está sujeito à penalidade. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 42 Questão 9 - D Justificativa: É elaborado e planejado com base nos relatórios da PPRA, para a análise e avaliação dos riscos existentes em cada recinto do ambiente de trabalho em associação com os mapas de riscos, que devem ser realizados pela CIPA. Questão 10 - D Justificativa: O processo de limpeza, além de minimizar os riscos submetidos aos profissionais e a sociedade, também proporciona um ambiente limpo, organizado e seguro. Limpeza concorrente: é um processo rotineiro e diário. É úmida e não faz uso de equipamentos elétricos para sua realização. Geralmente é realizada enquanto o paciente se encontra no quarto. Limpeza terminal: é um processo mais completo, pois é realizado nas superfícies horizontais e verticais, além de ter o auxílio das máquinas. A frequência varia de acordo com a necessidade, por exemplo, em caso de alta, óbito, transferências, o procedimento deve ser realizado. É importante ressaltar que, nos centros cirúrgicos deve ser executado diariamente e, de preferência, antecedendo a limpeza concorrente.
Compartilhar