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RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE E MÉDICA-EQUIPE RELAÇÃO MÉDICO PACIENTE A empatia não é inata, mas pode ser ensinada e melhorada ao longo do tempo PROFISSIONAIS COM MENOS RECLAMAÇÕES Os que orientam melhor os pacientes, utilizam do humor, escutavam mais, facilitavam ao paciente falar PACIENTES Diminuição da utilização dos serviços de saúde Melhora da aderência aos tratamentos Redução de sintomas PROFISSIONAIS Diagnóstico mais preciso Tem melhor resultado de tratamento Cometem menos erros clínicos Melhores relações de trabalho em equipe Diminuição do estresse AS QUEIXAS PRINCIPAIS O médico não me examinou, não ouviu, pediu muitos exames e encheu de remédios AVALIAÇÃO DA EMPATIA NOS CURSOS DE MEDICINA A empatia diminui devido a: Sobrecarga do currículo, condições de trabalho, restrições impostas pelo sistema, desgaste emocional (contato com doença e morte) Apenas a pratica não melhora a relação, isso requer ensino, prática, exemplificação, ... O paciente deve ter protagonismo nas decisões em saúde, estão se informando mais e os médicos devem acompanhar isso e entender que ele não é o detentor de todo o conhecimento Deve-se humildade ao tratar o paciente FUNDAMENTOS DA RELAÇÃO Intenção humana, fundamentação ética, comunicação ativa CONFLITOS QUE ACONTECEM Quando não há comunicação Quando a compaixão não se estabelece Quando a ética desaparece BENEFÍCIOS Maior adesão ao tratamento Menos chances de erro médico Maior satisfação para o médico e paciente Influência positiva para a saúde mental e física do paciente CONSULTA MÉDICA Evento central da vida do paciente É a principal manifestação da relação que se estabelece entre o médico e a pessoa sendo o fator determinante para seu sucesso ou não Queixas durante a consulta diagnósticos! Vagas, indiferenciadas e muitas vezes inexplicáveis sob ponto de vista da linguagem médica, dores que não se encaixam em nenhuma patologia, ... O preparo para esse encontro se inicia durante a graduação É importante perguntam sempre se há mais alguma coisa a ser falado, um sintoma que esqueceu, ... PREPARO DO MÉDICO PARA A CONSULTA Curso de graduação na sua postura, histórico familiar, modelos de médico que segue escolha da especialidade preparo na especialização momento da vida atual momentos preliminares a consulta (influência da consulta anterior, seu humor no dia, se brigou com alguém,...) PREPARO DO PACIENTE PARA A CONSULTA História pessoal, familiar, genética e cultural dos contatos com o adoecer estilo de vida, aspectos geográficos de onde mora sua saúde no momento que decidiu buscar ajuda médica (muitas vezes não é ele quem decide ou vai contra a vontade) itinerário para conseguir a consulta: fila de espera, senhas, madrugada, recepção da unidade, conversa na sala de espera,... Modelos de abordagem médica*** FERRAMENTAS PARA FACILITAR A ABORDAGEM MÉDICA Abordagem centrada na pessoa – ACP ou método clínico centrado na pessoa – MCCP Método SOAP Entrevista motivacional Diretivas antecipadas de vontade compartilhar as opções com o pacientes e ele escolher (principalmente em doenças terminais) ACP OU MCCP Evolução do método clínico convencional Medicina fragmentada em sistemas (cardíaco, neuro, gastro,...) É mais aplicado na psicologia Visa aprimorar as habilidades de comunicação com o paciente e favorecer a relação MP Será que uma dor de cabeça é sempre uma alteração no físico/biológico? E quando está tudo normal? O método convencional deixa espaço para a dimensão social, psicológica e comportamental? Como superar o reducionismo imposto pela medicina ortodoxa à saúde? Além de matéria nosso corpo tem energia que precisa circular através de condicionamentos mentais em sua maioria inconscientes yin x yang desafio do equilíbrio TODO SINTOMA É PSICOSSOMÁTICO CURA ENVOLVE O CORPO + EMOCIONAL EXPECTATIVAS DAS PESSOAS QUE PROCURAM ATENDIMENTO MÉDICO Que avalie a razão principal da sua consulta, suas preocupações e sua necessidade de informação Procure alguém que considere suas necessidades emocionais, existenciais junto com as físicas Que melhore a prevenção e a promoção da saúde Que melhore o relacionamento mantido entre a pessoa atendida e o médico Será que o médico vai conseguir entender a razão de eu estar aqui? Será que ele conseguirá entender minha doença na minha esfera física e emocional? VANTAGENS DO MCCP Menos reclamações por negligencia Maior satisfação do médico Maior satisfação dos que estão doentes Maior adesão ao tratamento Consultas que seguem o CMMP não são mais demoradas do que as que seguem o modelo tradicional Os médicos que aprenderam o MCCP são mais flexíveis na escolha de qual abordagem utilizar com cada paciente O desafio do MCCP: lidar com a complexidade logica linear + integralidade do sujeito (sua experiência com a doença) COMO COLOCAR O MCCP EM PRÁTICA EXPLORAR A DOENÇA E A EXPERIÊNCIA COM A DOENÇA Anamnese, exames físicos, exames complementares Perguntar sobre os sentimentos, ideias sobre os sintomas, efeitos sobre a vida e expectativas ENTENDER A PESSOA COMO UM TODO Pessoa história de vida, questões pessoais, desenvolvimento, etc. Contexto próximo família, trabalho, rede de apoio social Contexto remoto cultura, comunidade, ecossistema, etc. ELABORAR UM PLANO CONJUNTO DE MANEJO DE PROBLEMAS Problemas e prioridades Objetivos do tratamento Papeis da pessoa no tratamento INCORPORAÇÃO E PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DE SAÚDE Prevenção de danos e redução de riscos Identificação precoce Melhora da saúde e da qualidade de vida INTENSIFICAR O RELACIONAMENTO ENTRE A PESSOA E O MÉDICO Compaixão, poder, cura, consciência de si mesmo, transferência e contratransferência relação de transferência de sentimentos e emoções entre duas pessoas Devemos buscar nosso próprio equilíbrio, não tentar ajudar pacientes se nós não estamos bem Não deixar nossas emoções particulares afetarem nosso atendimento SER REALISTA entender que você tem um tempo pré-determinado para atender o paciente (cerca de 12-20 minutos no SUS) CONSTRUÇÃO E TRABALHO EM EQUIPE sempre vamos precisar de ajuda da nossa equipe médica e de enfermagem ADMINISTRAÇÃO SENSATA DOS RECURSOS será que é preciso fazer aquele exame? As vezes o paciente pode não ter condições de fazer o exame ou você pode passar exames desnecessários DESAFIOS DO MCCP Depende da AUTOCONSCIÊNCIA do medico Exercício da IMAGINAÇÃO EQUILÍBRIO entre o pensar e o agir Exigem uma forma diferente de se pensar a doença e a saúde e também uma redefinição do CONHECIMENTO MEDICO, inclusive para o PACIENTE Trazer a prática medica e o ensino de volta ao centro reconciliar a MEDICINA clinica com a EXISTENCIAL Trabalho em equipe ENTREVISTA MOTIVACIONAL A EM no cuidado com a saúde aborda psicologia com pacientes dependentes de nicotina, drogas, hipertensos, diabéticos, pacientes psiquiátricos, etc É muito aplicada em ambientes com muita demanda e poucas chances de atendimento Segue o princípio da ESCUTA REFLEXIVA (repete algumas palavras que o paciente falou para o paciente ver que você está ouvindo e entendendo o que ele está dizendo) e EMPATIA Tem um ambiente acolhedor, dá alternativas de solução de problemas e deixa a escolha ao paciente SEM CONFRONTAMENTO , não julgar o paciente por algo errado (beber durante a gravidez), tente reduzir o uso antes dequerer que o paciente pare totalmente FALE DOS BENEFÍCIOS em parar e não dos malefícios em continuar isso estimula o paciente a mudar suas práticas FOCO NO PRESENTE, principalmente com adolescentes a estratégia é propor argumentos que mostrem os benefícios e malefícios que ele vai ter no presente, não no futuro PACIENTES SÃO AMBIVALENTES sabe que precisa mudar, reconhece os riscos à saúde, mas ao mesmo tempo tem medo de não saber lidar com os problemas, lidar com dependência, ser excluído socialmente, ... O tema é não oferecer soluções e sim buscar no paciente o que ele acha que pode fazer para mudar a mudança vem do próprio paciente e não de você ESTÁGIOS MOTIVACIONAIS PRÉ CONTEMPLAÇÃO não reconhece que tem um problema, não há intenção de mudar CONTEMPLAÇÃO reconhece que possui um problema, mas ainda não faz menção de mudar seu hábito PREPARAÇÃO começa a planejar uma mudança comportamental AÇÃO executar esses planos MANUTENÇÃO mantém a mudança de comportamento por um período de tempo maior, momento em que se trabalha com o paciente a prevenção da recaída RECAÍDA volta ao padrão de consumo anterior faz parte do processo de mudança e deve ser entendida como uma forma de adquirir experiências para o retorno ao tratamento de modo mais consciente MUDANÇA É UM PROCESSO E NÃO UM EVENTO PRINCÍPIOS DA ENTREVISTA MOTIVACIONAL Ser empático Evitar confrontação Resistir a dar soluções ao paciente, pois é ele quem deve encontra-las Desenvolver a discrepância entre as metas que se deseja alcançar e o modo como seus comportamentos atuais podem estar contribuindo para isso Auxiliar na resolução da ambivalência Estimular a auto eficácia para que o sujeito confie na própria capacidade de mudar FRAMES FEEDBACK evolução avalia o paciente e devolve um resultado relativo ao seu estado atual RESPONSABILIDADE possibilitar a liberdade de escolha ao paciente em relação a mudar ou não, pois ninguém conseguira muda-lo se ele não quiser mudar ACONSELHAMENTO orientar o paciente com conselhos direcionados à sua necessidade de mudança MENU opções identificar com o paciente um leque de alternativas para a modificação de seu comportamento ou problema EMPATIA praticar a escuta habilidosa, que auxilia na motivação para a mudança do paciente AUTO EFICÁCIA reforçar a autoconfiança do paciente contribui para que ele acredite na própria capacidade de alcançar suas metas ROGERS 5 TECNICAS 1 - PERGUNTAS ABERTAS? Estimula e anima o paciente a falar mais, auemntado a consciência acerca do seu problema 2 - ESCUTA REFLEXIVA: escuta e devolve o conteúdo trazido pelo paciencte por meio de afirmações, assim o paciente se escuta falando Repetir uma palavra dita pelo paciente para ele se escutar falando Clarear o foi dito pelo paciente, mudando alguma palavra por sinônimos Refletir o que foi dado pelo paciente, com novas palavras Refletir sentimentos e emoções do paciente através de fases que nomeiam esses sentimentos, Utilizar o silencio em situações apropriadas, pois o silencio tem efeito de reflexão para o paciente 3 – REESTRUTURAÇÃO POSITIVA destacar os aspectos positivos do paciente e apoiá-lo 4 – FAZER UM RESUMO do que foi dito pelo paciente 5 – REALIZAR PERGUNTAS QUE EVOQUEM AFIRMAÇÕES de automotivação do paciente Entender o problema O quão importante pra ti foi realizar essa mudança? De 0 a 10 Preocupação como você se sente com a sua forma de comer? O que você sente de diferente Intenção de mudar? quais são os prós e contras dessa mudança comportamental? Otimismo para mudar o que você pode fazer para melhorar ainda mais?
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