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DIREITO INTERNACIONAL – PONTO 05

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DIREITO INTERNACIONAL – PONTO 05
Personalidade internacional. Organizações internacionais. Conceito. Natureza jurídica. Elementos caracterizadores. Espécies.
Elaborado por Ingrid Aragão Freitas Porto em junho de 2010
Atualizado por Paulo Máximo em agosto de 2012.
ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
CONCEITO:
	Associação de Estados com órgãos próprios, personalidade própria, criados por tratado para realizar fins comuns a seus membros. 
	As OIs são associações de Estados, voluntárias, estabelecidas por tratados, possuindo ordenamento jurídico interno próprio e personalidade legal distinta da dos Estados-membros, sendo dotadas de órgãos e institutos próprios, através dos quais realizam as finalidades a que se destinam. Apesar de serem uma realidade na sociedade internacional, não possuem uma definição fornecida por uma norma internacional (Celso Albuquerque de Mello).
	Como regra geral são organizações de Estados, mas podem eventualmente ser formadas por organizações internacionais. Daí a definição de MARCELO RODRIGUES: São reunião voluntária de sujeitos de direito internacional fundada nem ato constitutivo (tratado) no qual são estabelecidas finalidades, os órgãos e seus poderes.
PERSONALIDADE JURÍDICA:
	As organizações internacionais têm personalidade jurídica própria, podendo ser sujeitos de direitos e de obrigações na ordem internacional independentemente de seus Estados-membros. Assim sendo, embora a vontade dessas entidades seja, direta ou indiretamente, fruto da vontade dos Estados, isso não significa que toda decisão da organização requeria a aceitação unânime dos seus integrantes.
	PORTELA destaca que parte da doutrina defende que os organismos internacionais, por serem criados por Estados, possuem personalidade jurídica internacional derivada, visto que os entes estatais teriam personalidade originária.
	IMPORTANTE: as organizações internacionais (OIs) não se confundem com as ONG’s, pois enquanto as primeiras são formadas por Estados, detendo personalidade jurídica de Direito Internacional, as últimas são pessoas jurídicas de direito interno que exercem atividades paraestatais.
	Há algumas ONG’s que se envolvem nas atividades dos organismos internacionais, podendo ter direito a acompanhar os trabalhos e, eventualmente, a se manifestar. Contudo elas nunca poderão proferir votos e, por isso, contribuir na formação da vontade das organizações internacionais.
	ORGANIZAÇÕES INTERGOVERNAMENTAIS
	ORGANIZAÇÕES NÃOGOVERNAMENTAIS
	São criadas pelos Estados
	São criadas por particulares
	Têm personalidade jurídica internacional
	NÃO têm personalidade jurídica internacional
	BROWNLIE elenca os critérios de aferição da personalidade jurídica das organizações internacionais:
Uma associação permanente de Estados, que prossegue fins lícitos, dotadas de órgãos próprios;
Uma distinção, em termos de poderes e fins jurídicos, entre a organização e os seus Estados membros;
A existência de poderes jurídicos que possam ser exercidos no plano internacional, e não unicamente no âmbito dos sistema nacionais de um ou mais Estados.
	Diante desses critérios o autor faz as seguintes conclusões:
Uma organização pode existir, mas não possuir órgãos e objetivos necessários para ter personalidade jurídica. Ex.: a Commonwealth Britânica;
Uma convenção multilateral pode até ser institucionalizada em certa medida, prevendo medidas para a realização regular de conferências e, todavia, não envolver qualquer personalidade jurídica distinta. Ex: OTAN;
Entidades conjuntas de Estados podem ter competências restritas e independência limitada, mas a diferença entre uma independência funcional limitada e a personalidade jurídica é apenas uma questão de grau. Ex.: tribunais arbitrais ou comissão fluvial;
Embora uma organização com personalidade jurídica seja normalmente criada pro tratado, tal não é condição sine qua non, podendo sua origem ser igualmetne a resolução de uma conferência ou uma prática uniforme. Ex.: a base constitucional da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento encontra-se em uma resolução da Assembleia Geral da ONU.
Órgãos indispensáveis em uma OI: 
assembléia-geral: onde todos os Estados-membros tenham voz e voto, em condições igualitárias, e que configure o centro de uma possível competência para criação de normas da entidade; 
secretaria: órgão de administração da Entidade, com funcionamento permanente onde trabalhem servidores neutros em relação à política dos Estados-membros.
pode ocorrer a existência de um CONSELHO PERMANENTE ( especialmente nas O.I. de vocação política ). Tem funcionamento ininterrupto e tende a exercer a competência executiva, notadamente em situações de urgência.
Características
é uma associação voluntária de sujeitos de Direito Internacional (Estados ou organizações internacionais – ex. OMC constituída com a participação da União Européia),
é instituída por ato internacional (ex. um tratado)
possui ordenamento jurídico interno próprio (disciplina o funcionamento de seus órgãos),
possui personalidade internacional - tal personalidade só passa a vigorar no momento que esta, efetivamente, entra em funcionamento (princípio da efetividade),
possui órgãos próprios,
existência de poderes próprios, 
sede própria.
	Acordo de sede: como as OIs não possuem território próprio necessitando de uma sede física facultada por algum Estado soberano. Assim é celebrado um tratado bilateral entre um Estado (que não precisa ser membro da OI) e a OI, denominado acordo de sede.
	Representação e garantias: As OI podem se fazer representar no território de qualquer Estado (membro ou estranho ao seu quadro), gozando suas instalações e seus representantes, que devem ser integrantes do quadro de funcionários neutros, de garantias semelhantes àqueles do corpo diplomático de qualquer soberania, a depender do tratado firmado entre as partes.
	Receitas das OIs: são auferidas por meio de cotizações entre os membros, levando-se em conta a sua capacidade econômica.
	Admissão de novos Estados-membros: é realizada sempre disciplinada pelo ato constitutivo, abordando-se três aspectos capitais:.
A) Condições Prévias de Ingresso (Limites) - Os limites da abertura de seu Tratado Constitutivo. Podem ser meramente geográficos (Comunidades Europeias: só Estados europeus; Organização dos Estados Americanos: só Estados americanos) ou geopolítico (Liga Árabe só Estados árabes). No caso da ONU (art. 4ª da Carta ): Estado pacífico, que aceite as obrigações impostas pela Carta e juízo da própria organização).
B) Adesão: Condição Fundamental. O interessado expressa sua Adesão ao Tratado Institucional (desprovida de reserva).
C) Aceitação - A concordância com a Adesão pelo órgão competente da entidade, conclui o processo de admissão de um novo membro. Carta da ONU: decisão da A.G., mediante recomendação do Conselho de Segurança.
	Sanções: A falta aos deveres resultantes de sua qualidade de membro de uma O.I. pode trazer consequências.
Suspensão de determinados Direitos. Exemplo: Art. 5 da Carta da ONU. Art. 19: Exclui da votação em A.G. quem estiver em atraso com sua cota relativa à receita da Organização.
Exclusão do Quadro – Ex.: art. 6º da Carta da ONU: O Estado-membro que “ viole persistentemente os princípios contidos na presente Carta, poderá ser expulso da Organização pela Assembleia Geral, mediante recomendação do Conselho de Segurança”. Observação crítica: caso dos 5 membros permanentes.
	Retirada de estados-membros: Dois elementos, quando os textos fundamentais preveem a denúncia:
Pré-Aviso- Lapso de tempo que deve mediar a manifestação de vontade do Estado retirante e o rompimento efetivo do vínculo jurídico decorrente da sua condição de parte no Tratado.
Atualização das Contas
Classificação das organizações internacionais:
	Quanto ao alcance
	UNIVERSAISestá vocacionada a acolher o maior número possível de Estados, sem restrição de índole geográfica, cultural, econômica ou outra Exemplos: ONU, somente 02 Estados (duas ilhas pequenas) não a compõem e FMI. OIT, OMS
	
	REGIONAIS
	restringe o acolhimento de Estados-membros, sendo constituídas por pessoas internacionais identificadas entre si no aspecto geográfico, cultural ou econômico
Exemplo: MERCOSUL, LIGA ÁRABE, OEA, UNIÃO EUROPÉIA, OPEP. 
	Quanto à finalidade
	TÉCNICAS 
	voltadas primordialmente a um fim cultural, econômico, financeiro ou técnico
Exemplo: OIT, UNESCO, FMI, OPEP, MERCOSUL, OMS
	
	POLÍTICAS
	Exemplo: ONU que tem uma finalidade política de manter a paz. LIGA ÁRABE, OEA, UNIÃO EUROPÉIA.
	Há autores que falam em organização SUB-REGIONAL, que é diferente uma união regional. EXEMPLOS: União Européia é regional e Benelux é sub-regional. 
	Os principais direitos que as OIs possuem são: 
direito de convenção (concluir acordos internacionais em nome próprio); 
direito de missão ou legação (manter relações com os demais sujeitos de Direito Internacional, sendo que os seus representantes estão amparados por garantias diplomáticas, previstas já no Pacto da Sociedade das Nações); 
direito de denúncia (é o direito que os Estados-membros têm de retirar-se da Organização, desde que tal pressuposto esteja previsto no seu tratado instituidor, que cumpram um aviso-prévio e que tenham atualizado suas contas perante a OI, como podemos verificar no Tratado de Assunção, que instituiu o Mercosul).
	Responsabilização internacional das OIs: As OIs podem ser responsabilizadas no plano internacional, pegando-se de empréstimo a disciplina de responsabilização dos Estados.
Organização das Nações Unidas
	A Organização das Nações Unidas (ONU) foi fundada oficialmente a 24 de Outubro de 1945 em São Francisco, Califórnia, por 51 países, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial. A primeira Assembleia Geral celebrou-se a 10 de Janeiro de 1946 (em Westminster Central Hall, localizada em Londres). A sua sede atual é na cidade de Nova Iorque.
	Segundo Leonardo Vizeu “A idéia de se legitimar, em caráter cosmopolita, a hospitalidade universal entre as Nações, deriva de KANT, filósofo alemão que, em sua obra, “PAZ PERPÉTUA”, estabeleceu as condições para a existência de um direito cosmopolita, relacionado com os diferentes modos de legitimar o conflito entre indivíduos, mormente quando localizados em diversos territórios. O indígena, em seu domínio, pode repelir o alienígena se este interferir, de forma indevida, em seus domínios. No entanto, caso o estrangeiro mantenha-se pacífico, não seria possível hostilizá-lo”.
	A precursora das Nações Unidas foi a Sociedade de Nações (também conhecida como "Liga das Nações"), organização concebida em circunstâncias similares durante a Primeira Guerra Mundial e estabelecida em 1919, em conformidade com o Tratado de Versalhes, "para promover a cooperação internacional e conseguir a paz e a segurança". Em 2006 a ONU tem representação de 192 Estados-Membros - cada um dos países soberanos internacionalmente reconhecidos, exceto a Santa Sé, que tem qualidade de observadora, e países sem reconhecimento pleno (como Taiwan, que é território reclamado pela China, mas de reconhecimento soberano por outros países).
	Um dos feitos mais destacáveis da ONU é a proclamação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948.
	Em 25 de Abril de 1945 celebrou-se a primeira conferência em São Francisco. À parte dos governos, foram convidadas organizações não governamentais. As 50 nações representadas na conferência assinaram a Carta das Nações Unidas a 26 de Junho, e a Polônia, que não esteve representada na conferência, acrescentou seu nome mais tarde, indo para um total de 51 os Estados integrantes da organização.
	A ONU começa a sua existência a 24 de Outubro de 1945, depois da Carta ter sido ratificada pelos então cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (República Popular da China, França, União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, Reino Unido e Estados Unidos da América) e pela grande maioria dos outros 46 membros.
	Assembleia Geral: A Assembleia Geral é constituída por todos os Estados membros, cabendo a cada um deles um voto (art. 9º, nº 1, e art. 18º, nº1, da Carta das Nações Unidas).
	Conselho de Segurança: O Conselho de Segurança é constituído por quinze Estados, sendo cinco membros permanentes (Estados Unidos da América, a Federação Russa, França, o Reino Unido e a República Popular da China) e dez eleitos pela Assembléia Geral, por um período de dois anos (art. 23º, da Carta das Nações Unidas). 
	Sua principal função é garantir a Segurança Coletiva e a Manutenção da Paz Mundial. Para cumprir tal objetivo, o Conselho pode lançar mão dos instrumentos previstos no Capítulo VI, que trata dos meios pacíficos de solução de controvérsias, da Carta das Nações Unidas (ou Carta de São Francisco) ou do Capítulo VII, meios não pacíficos de solução de controvérsias, do mesmo documento.
	Conselho Econômico e Social: O Conselho Econômico e Social é constituído por 54 membros, eleitos pela Assembléia Geral por um período de três anos (art. 61º da Carta das Nações Unidas).
	Conselho de Tutela: O Conselho de Tutela é composto por Estados membros que administrem territórios sob tutela, por outros tantos membros não administradores de territórios sob tutela eleitos pela Assembleia Geral e pelos membros do Conselho de Segurança (art. 86º, nº 1, da Carta). O Conselho de Tutela foi o órgão que obteve mais sucesso em seus objetivos, tornando diversos territórios tutelados em países soberanos e consequentemente, países-membros das Nações Unidas. Devido a este sucesso, o Conselho de Tutela encerrou, em 1994, suas atividades transformando em país soberano o último território tutelado do mundo, que foi Palau, no Pacífico.
	Corte Internacional de Justiça: O Tribunal ou Corte Internacional de Justiça é o principal órgão judicial da ONU e o seu Estatuto é parte integrante da Carta (art. 92º da Carta). O Tribunal, sediado em Haia, está aberto a todos os membros das Nações Unidas e àqueles que, não sendo membros, aderiram ao Estatuto (art. 93º da Carta). A Suíça é o único Estado não membro que aderiu ao Estatuto. A CIJ vem sendo muito criticada por estar previsto na Carta da ONU que os países devem aceitar sua jurisdição, portanto, jurisdição voluntária. Além disso, o mesmo não acata denúncias de indivíduos, o que deixa seu campo de atuação bastante limitado e, conforme alguns, de fácil utilização política do mesmo.
	Secretariado: "O Secretariado é composto por um secretário-geral e pelo pessoal exigido pela Organização." (art. 97º da Carta).
	Membros: A Carta das Nações Unidas descreve as regras de adesão:
Artigo 4
1. A admissão como Membro das Nações Unidas fica aberta a todos os Estados amantes da paz que aceitarem as obrigações contidas na presente Carta e que, a juízo da Organização, estiverem aptos e dispostos a cumprir tais obrigações.
2. A admissão de qualquer desses Estados como Membros das Nações Unidas será efetuada por decisão da Assembleia Geral, mediante recomendação do Conselho de Segurança.
	Havia 77 membros fundadores da organização, mas a organização tem, atualmente, 130 países membros. O grupo foi fundado em 15 de Junho de 1964 pela "Declaração Conjunta dos Setenta e Sete Países" emitida por ocasião da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD). O primeiro grande encontro foi em Argel, em 1967, quando a Carta de Argel e foi aprovada a base para a permanente das estruturas institucionais foi iniciada
	A ONU é financiada a partir de contribuições voluntárias dos Estados membros. O periódico de dois anos os orçamentos das Nações Unidas e suas agências especializadas são financiados por avaliações. A Assembleia Geral aprova o orçamento regular e determina a avaliação para cada membro. Este é amplamente baseadana capacidade relativa de cada país a pagar, conforme medido pelo seu Rendimento Nacional Bruto (RNB), com correção da dívida externa e de baixa renda per capita.
	A Assembleia estabeleceu o princípio de que a ONU não deve ser excessivamente dependente de qualquer membro para financiar suas operações. Assim, existe uma taxa "teto", que fixa o montante máximo de cada membro é avaliado para o orçamento regular. Em dezembro de 2000, a Assembleia revisou a escala de avaliação global para refletir circunstâncias atuais. Como parte dessa revisão, o orçamento ordinário limite foi reduzido de 25% para 22%. Os Estados Unidos é o único membro que cumpriu o limite máximo. Além de uma taxa limite, o valor mínimo avaliado a qualquer membro nação (ou de 'andar' taxa) é fixado em 0,001% do orçamento da ONU. Também, para os países menos desenvolvidos, um limite máximo de taxa de 0,01% é aplicado.
	Programas especiais das Nações Unidas não incluídos no orçamento regular (como a UNICEF e PNUD), são financiadas por contribuições voluntárias dos governos membros. A maior parte desta está contribuições financeiras, mas alguns se sob a forma de commodities agrícolas doados para a população atingida.
ORGANISMOS DO SISTEMA DAS NAÇÕES UNIDAS
a)- Semi-Autônomos :
UNICEF: Fundo das Nações Unidas para a Infância, sediado em Nova Iorque.
H.C.R. ( Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados- ACNUR-), sediado em Genebra.
PNUD ( Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), sediado em Nova Iorque.
CNUCED ( Conferência Das Nações Unidas sobre o Comércio e Desenvolvimento )
ONUDI ( Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial )
PNUA ( Programa das Nações Unidas para o Ambiente), sediado em Nairobi.
CMA ( Conselho Mundial da Alimentação ), juntamente com o FIDA ( Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola )e o PAM ( Programa de Alimentação Mundial ) estão sediados em Roma.
UNU ( Universidade das Nações Unidas, sediada em Tóquio.
b) Autônomos - Conhecidos como “agências especializadas” ou “instituições especializadas” ligadas direta ou indiretamente à Assembléia Geral. Exemplos:
AIA: Agência Internacional de Energia Atômica.
FAO: Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura.
UNESCO: Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura.
OMS: Organização Mundial de Saúde.
O.I.T.: Organização Internacional do Trabalho.
F.M.I.: Fundo Monetário Internacional
U.I.T.: União Internacional das Telecomunicações
U.P.U.: União Postal Universal
G.A.T.T.: Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio.
O.M.C.: Organização Mundial do Comércio. Sediada em Genebra.
	O caráter essencial de cada instituição especializada é sua independência. Os organismos especializados são organizações autônomas intergovernamentais que colaboram com as Nações Unidas e, entre si, por intermédio do Conselho Econômico e Social.
Tribunal Internacional de Justiça
	O Tribunal Internacional de Justiça ou Corte Internacional de Justiça é o principal órgão judiciário da Organização das Nações Unidas. Tem sede em Haia. Por isso, também costuma ser denominada como Corte da Haia ou Tribunal da Haia. Sua sede é o Palácio da Paz.
	Foi instituído pelo artigo 92 da Carta das Nações Unidas: 
Artigo 92.
A Corte Internacional de Justiça será o principal órgão judiciário das Nações Unidas. Funcionará de acordo com o Estatuto anexo, que é baseado no Estatuto da Corte Permanente de Justiça Internacional e faz parte integrante da presente Carta.
	Antônio Augusto Cançado Trindade é, atualmente, membro da CIJ (Francisco Rezek também integrou a CIJ). Na CPJI, fez parte o Ruy Barbosa (o Águia de Haia), foi substituído por Epitácio Pessoa.
	Todo membro da ONU é membro ipsu facto da CIJ, salvo se for feita uma ressalva de não submissão à jurisdição da CIJ.
	Composição da CIJ: são quinze membros, não cabendo dois do mesmo Estado para evitar a formação de bloco. Nos casos de dupla nacionalidade, prevalecerá a nacionalidade efetiva (EXEMPLO: REZEK tem nacionalidade brasileira e polonesa, mas a sua nacionalidade efetiva é brasileira, residência, ocupação de cargo de ministro).
	Eleição de membros da CIJ: é feita pela Assembléia Geral e pelo Conselho de Segurança. O encaminhamento da lista é feito pela CORTE PERMANENTE DE ARBITRAGEM (essa corte é mais antiga e tradicional). O mandato é de 9 anos podendo ser reeleito, não se trata de um cargo vitalício, porque deve ser garantida a rotatividade.
	Endosso ou proteção diplomática: ocorre o Estado substitui seu cidadão em um litígio em âmbito internacional. EXEMPLO: o Brasil pode endossar o problema do JEAN CHARLES em Londres. O ministro da CIJ com a mesma nacionalidade do Estado que endossou pode julgar o caso sem ser impedido ou suspeito.
	IMPORTANTE: o equivalente à proteção diplomática no âmbito de uma Organização Internacional denomina-se a proteção funcional.
	Competência da CIJ: somente competência cível, até então não existia um tribunal com competência penal, o que existe agora com o TPI (Estatuto de Roma). Somente pode julgar os Estados. 
	BROWNLIE ressalta que uma organização internacional dotada de personalidade jurídica deveria, em princípio ter locus standi perante jurisdições internacionais. Tudo depende do estatuto que rege o tribunal ou do compromis em causa. Embora certas organizações tenham acesso ao Tribunal Internacional de Justiça, através da sua jurisdição consultiva, o Estatuto ainda limita o locus standi aos Estados (art. 34).
	Função da CIJ: pode ter atuação contenciosa ou consultiva. Para ser feita consulta por qualquer entidade de Direito Internacional (Estados ou Organizações Internacionais, desde que autorizadas pela ONU). 
	Deliberações: todos os atos são públicos, exceto as deliberações, que são tomadas em sala secreta pelos ministros, não sendo sigilosa a deliberação, porque há discussão entre eles. 
	NÃO CABE RECURSO propriamente dito contra as deliberações, mas há duas possibilidades de alteração da decisão da CIJ:
pedido de esclarecimento, em caso de omissão, de contradição, de erro, ou seja, mal comparando uma hipótese de embargos de declaração;
pedido de revisão, em decorrência de fato novo, a rigor não seria sequer uma alteração do acórdão.
	Força coercitiva: a CIJ possui um “braço armado” que é o Conselho de Segurança da ONU. A rigor o CS somente irá agir dessa forma, quando houver um comprometimento da PAZ e da SEGURANÇA INTERNACIONAL. Quem vai decidir se há ou não o comprometimento? É o próprio CS da ONU. ATENÇÃO: há poder de veto dos membros do CS. 
	A via diplomática é a maior coação entre as partes para cumprimento da decisão da CIJ. É um forte instrumento de pressão, causador de constrangimento internacional. 
Submissão à jurisdição: nada impede que Estados membros da ONU e vinculados à CIJ levem suas pendências para julgamento em outra corte. 
	Mesmo o Estado sendo membro da ONU e vinculado à CIJ, para se submeter ao julgamento, é imprescindível que exista uma DECLARAÇÃO de SUBMISSÃO à jurisdição da corte. Essa declaração pode ser geral (para qualquer motivo) ou específica. Essa declaração é chamada de CLÁUSULA FACULTATIVA DE JURISDIÇÃO OBRIGATÓRIA. É facultativa porque o Estado não está obrigado a emiti-la (mesmo que vinculado à CIJ). Entretanto, após a manifestação, torna-se obrigatória a aceitação da jurisdição da CIJ.
	Natureza jurídica da atuação da CIJ: é uma forma de solução pacífica de conflitos. 
	
Tribunal Penal Internacional (TPI)- Estatuto de Roma
	O Tribunal Penal Internacional (TPI) ou Corte Penal Internacional (CPI) é o primeiro tribunal penal internacional permanente. Foi estabelecido em 2002 em Haia, capital dos Países Baixos, onde inclusive fica a sede do Tribunal, conforme estabelece o artigo 3º do Estatuto de Roma, documento aprovado no Brasil pelo Decreto Nº 4.388 de 25 de setembro de 2002.
	O objetivo da CPI é promover o Direitointernacional, e seu mandato é de julgar os indivíduos e não os Estados (tarefa do Tribunal Internacional de Justiça). Ela é competente somente para os crimes mais graves cometidos por indivíduos: (genocídios, crimes de guerra, crimes contra a humanidade e talvez os crimes de agressão quando estes tiverem sido definidos), tais que definidos por diversos acordos internacionais, principalmente o estatuto de Roma.
	Segundo Resolução XXVIII da ONU (Princípios da Cooperação Internacional na Identificação, Detenção, Extradição e Punição dos Culpados por Crimes contra a Humanidade), adotada em 1973, todos os Estados devem colaborar para processar os responsáveis por esses crimes. Mas a organização estabelece dois tribunais internacionais temporários, ambos na década de 90, por avaliar que a jurisdição doméstica se mostrou falha ou omissa no cumprimento da justiça. 
	Um deles é criado em 1993, na Haia, nos Países Baixos, para julgar os culpados pelos crimes praticados durante a guerra civil na ex-Iugoslávia (1991-1995). É a primeira corte internacional desde os tribunais de Nuremberga e Tóquio, instituídos pelos aliados para punir os crimes cometidos por alemães e japoneses na Segunda Guerra Mundial. O tribunal só inicia seus trabalhos em maio de 1996 e, até o fim de 1997, indicia setenta e oito suspeitos (cinquenta e sete sérvios, dezoito croatas e três árabes) e condena dois deles – o croata-bósnio Drazen Erdemovic, sentenciado a dez anos de prisão em novembro de 1996, e o sérvio-bósnio Dusan Tadic, a vinte anos em julho de 1997. O líder nacionalista sérvio-bósnio Radovan Karadzic estava foragido desde a decretação de sua prisão, em julho de 1996, mais foi preso em julho de 2008.
	Outro tribunal internacional é estabelecido em Arusha, na Tanzânia, e está encarregado de julgar os responsáveis pelo genocídio de mais de um milhão de pessoas ocorrido em Ruanda em 1994. Desde a primeira sessão, em setembro de 1996, até setembro de 1998, o tribunal indiciou trinta e cinco suspeitos e condenou à prisão perpétua o ex-primeiro-ministro ruandês Jean Kanbanda – o que é considerado insuficiente pelas organizações de defesa dos direitos humanos. Por outro lado, as cortes nacionais do governo instalado em Ruanda após a guerra civil já haviam condenado cento e vinte e duas pessoas à morte até o fim de 1997. As primeiras vinte e duas execuções, assistidas por cerca de trinta mil pessoas, ocorrem em abril de 1998, na capital ruandesa, Kigali, apesar da reprovação internacional.
	Em julho de 1998, representantes de cento e vinte países reunidos em uma conferência em Roma aprovaram o projeto de criação de um Tribunal Penal Internacional Permanente, também com sede na Haia, nos Países Baixos.
	A corte tem competência para julgar os responsáveis por crimes de guerra, genocídios e crimes contra a humanidade quando os tribunais nacionais não puderem ou não quiserem processar os criminosos. Sete nações votaram contra o projeto (EUA, China, Israel, Iêmen, Iraque, Líbia e Quatar) e outras vinte e uma se abstiveram. Os EUA justificam seu veto por não concordarem com a independência do tribunal em relação ao Conselho de Segurança da ONU – ainda que essa autonomia não seja total. Pelo documento aprovado, o Conselho de Segurança poderá bloquear uma investigação se houver consenso entre seus membros permanentes. O governo estadunidense também teme que seus soldados em missões de paz no exterior venham a ser julgados pelo tribunal.
OEA
	Até 1948 diversos acordos celebrados, criação da União Pan-Americana etc.
	Na Conferência de Bogotá (1948), adotou-se a Carta de Bogotá, que instituiu a Organização dos Estados Americanos, entrando em vigor em 1951.
	Em 1967, na Conferência Interamericana Extraordinária, em Buenos Aires, foi aprovada a reforma da Carta da OEA, que entrou em vigor em 1970.
	Objetivos da OEA: assegurar a paz no continente e promover o bem-estar social.
	A nova estrutura com a reforma de Buenos Aires é:
Assembléia Geral (políticas gerais da organização)
Reunião de Consulta dos Ministros das Relações Exteriores (tratar de problemas de natureza urgente e de interesse comum)
Conselhos:
Conselho Permanente da Organização
Conselho Interamericano Econômico e Social
Conselho Interamericano de Educação, Ciência e Cultura
Comissão Jurídica Interamericana (consultoria jurídica, sede do Rio de janeiro)
Comissão Interamericana de Direitos Humanos
Secretaria Geral (órgão administrativo)
	A OEA possui organismos especializados: Organização Pan-americana de Saúde, Junta Interamericana de Defesa.
	Outra reforma da Carta da OEA ocorreu em 1985, pelo protocolo de Cartagena das índias, tendo sido acrescentado outro objetivo: efetiva limitação de armas convencionais.
	A igualdade na OEA é mais completa que a da ONU, pois não existe veto.
	O capítulo IV da Carta enuncia os direitos e deveres dos estados, matéria não disciplinada pela ONU ainda.
	O sistema interamericano está ainda fundamentado no Tratado Interamericano de Assistência Recíproca do Rio de Janeiro (1947).
Corte Interamericana de Direitos Humanos
	A Corte Interamericana de Direitos Humanos é um órgão judicial autônomo que tem sede em San José (Costa Rica), cujo propósito é aplicar e interpretar a Convenção Americana de Direitos Humanos e outros tratados de Direitos Humanos. Faz parte do chamado Sistema Interamericano de Proteção aos Direitos Humanos.
	Funções: A Corte exerce competência contenciosa e consultiva.
	Competência contenciosa: A Corte tem competência litigiosa para conhecer de qualquer caso relativo à interpretação e aplicação das disposições da Convenção Americana de Direitos Humanos a que lhe seja submetida apreciação, sempre os Estados signatários reconheçam esta competência, por declaração ou convenções especiais.
	Basicamente conhece dos casos em que se alegue que um dos Estados-membros tenha violado um direito ou liberdade protegido pela Convenção, sendo necessário que se tenham esgotados os procedimentos previstos nesta.
	As pessoas, grupos ou entidades que não sejam o Estado não têm capacidade de impetrar casos junto à Corte, mas podem recorrer à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. A Comissão pode, então, levar os assuntos diante desta, sempre que o Estado questionado haja reconhecido sua competência. Em todos os casos, a Comissão deve comparecer em todos os casos apreciados pela Corte.
	O procedimento junto à Corte é de caráter contraditório. Termina com uma sentença judicial motivada, obrigatória, definitiva e inapelável. Se a decisão não expressa, no todo ou parcialmente, a opinião unânime dos juízes, qualquer destes tem direito a que se junte sua opinião dissidente ou individual.
	Em caso de desacordo sobre o sentido ou alcance da decisão, a Corte o interpretará por solicitação de qualquer das partes, sempre que esta solicitação seja apresentada dentro de noventa dias a partir da notificação da sentença.
	Competência consultiva: Os Estados-membros da OEA podem consultar a Corte acerca da interpretação da Convenção Americana de Direitos Humanos ou de outros tratados concernentes à proteção dos Direitos Humanos no âmbito dos Estados americanos. Além disso, podem consultá-la, dentro da sua competência, também os órgãos da Organização dos Estados Americanos.
	Pode a Corte, ainda, a pedido de um Estado-membro da OEA, emitir parecer sobre a compatibilidade entre qualquer de suas leis internas e os mencionados tratados internacionais.
Comissão Interamericana de Direitos Humanos
	A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) é uma das duas entidades que integram o Sistema Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos, junto à Corte Interamericana de Direitos Humanos, tendo sua sede em Washington. A Comissão é composta por sete juristas eleitos por mérito e títulos pessoais, e não como representantes de nenhum governo, mas representam aos países membros da Organização dos Estados Americanos(OEA).
	É um órgão da OEA criado para promover a observância e defesa dos Direitos Humanos, além de servir como instância consultiva da Organização nesta matéria.
	Funções: A Comissão, com relação aos Estados-membros da OEA, tem as seguintes atribuições:
Estimular a consciência de respeito aos direitos humanos nos povos das Américas; 
Formular recomendações, quando julgar conveniente, aos governos dos Estados-membros, para que adotem medidas progressivas em favor dos Direitos Humanos, dentro da esfera de competência de suas leis internas e de suas Constituições, e ainda para que sejam implementadas medidas e dispositivos para o devido fomento e respeito desses direitos; 
Preparar estudos e informes que julgue convenientes para o desempenho de suas funções; 
Solicitar aos governos dos Estados-membros que lhe forneçam informes sobre as medidas que adotem em matéria de Direitos Humanos; 
Atender às consultas que, por meio da Secretaria Geral da OEA, lhe formulem os Estados-membros em questões relacionadas aos Direitos Humanos e, dentro de suas possibilidades, prestar-lhes o assessoramento porventura solicitado; 
Expedir um informe anual à Assembléia Geral da Organização, no qual se exponha a devida situação dos regimes jurídicos aplicáveis aos Estados-membros signatários da Convenção Americana de Direitos Humanos, e também daqueles que não são partes desta; 
Realizar observações in loco num Estado, com a anuência devida ou a convite do respectivo governo; e 
Apresentar ao Secretário Geral o programa prévio da Comissão para que este o submeta à apreciação da Assembléia Geral da OEA. 
	Com relação aos Estados signatários da Convenção Americana de Direitos Humanos, a Comissão tem também as seguintes atribuições:
Diligenciar as petições e outras comunicações, de conformidade com o disposto nos artigos 44 a 51 da Convenção; 
Comparecer diante da Corte Interamericana de Direitos Humanos, nos casos previstos pela Convenção; 
Solicitar à Corte Interamericana de Direitos Humanos que tome as medidas provisionais que considere pertinentes em assuntos graves e urgentes que ainda não estejam submetidos a seu julgamento, quando se julgue necessário para evitar danos irreparáveis às pessoas; 
Consultar a Corte acerca da interpretação da Convenção ou de outros tratados internacionais sobre a proteção dos Direitos Humanos entre os Estados americanos; 
Submeter à consideração da Assembléia Geral da OEA projetos de protocolos adicionais à Convenção Interamericana de Direitos Humanos, com o fim de incluir progressivamente ao regime de proteção da mesma outros direitos e liberdades; e 
Submeter à Assembléia Geral para que, julgando conveniente, e por condução pelo Secretário Geral, propostas de emenda à Convenção. 
	Com relação aos Estados-membros da OEA não signatários da Convenção Interamericana de Direitos Humanos, a Comissão terá, ainda, as seguintes atribuições:
Prestar particular atenção à tarefa de observância dos Direitos Humanos mencionados nos artigos I, II, III, IV, XVIII, XXV e XXVI da Declaração; 
Examinar as comunicações que lhe sejam dirigidas e qualquer informação disponível; dirigir-se ao governo de qualquer dos Estados-membros não signatários da Convenção, com o fim de obter as informações que considere pertinentes e formular-lhes recomendações, quando assim julgar apropriado, para tornar mais efetiva a observância dos Direitos Humanos fundamentais; 
Verificar, como medida prévia ao exercício da atribuição anterior, se os processos e recursos de cada Estado-membro não signatário da Convenção foram devidamente aplicados e esgotados.
Tribunal Europeu dos Direitos Humanos
	O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (sinónimos: Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, Tribunal de Estrasburgo ou TEDH) foi criado em 1959 e tem a sua sede em Estrasburgo. Transformou-se num órgão permanente em 1 de novembro de 1998.
	Esse Tribunal não é um órgão da União Europeia, contrariamente ao Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias, mas uma jurisdição do Conselho da Europa. Os 47 Estados membros deste Conselho também devem ser imperativamente membros deste Tribunal e aceitar as suas decisões. Obviamente, isso afeta também os 27 membros da União Europeia, pois eles também fazem parte dessa «Grande Europa».
	Missão:A sua missão é de verificar o respeito dos princípios da Convenção Européia dos Direitos Humanos. Ele só pode efetuar julgamentos contra os Estados que assinaram a Convenção.

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