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Resumo sobre Organização das Nações Unidas - ONU

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ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS
Introdução: A primeira guerra acaba com o tratado de Versalhes, determinando o fim do segundo reich, aplica a Alemanha uma série de sanções, indenizaria todos os países invadidos, e foi proibida de estabelecer um novo exército. 
Os países decidem cria a sociedade das nações (SIN), e tem com principal estado fomentador os Estados Unidos, Theodore Woodvon, que apresenta os 14 pontos que são considerados mais tarde os 14 pontos do liberalismo. O EUA não era uma potência central naquela época e viu uma chance no direito internacional uma chance de se equiparar aos outros países nas relações internacionais. 
 Histórico: A ONU foi criada como uma organização internacional de caráter universal, com a finalidade precípua de manter a paz e a segurança internacionais. Esses objetivos já estavam previstos para a Sociedade (Liga) das Nações que, entretanto, fracassou. Entrou em vigor dia 24 de outubro de 1945 após a ratificação de dois terços dos 50 Estados participantes. 
A primeira Guerra acaba com o Tratado de Versalhes, determinando o fim do segundo Reich; com isso, à Alemanha foram aplicadas uma série de sanções que indenizaria todos os países invadidos, e foi proibida de estabelecer um novo exército. A partir disso, os países decidem criar a Sociedade das Nações (SIN), e tem com principal Estado fomentador os EUA, Theodore Woodvon, que apresenta os 14 pontos que são considerados mais tarde os 14 pontos do liberalismo. Os EUA não era uma potência central naquela época e viu uma chance no direito internacional uma chance de se equiparar aos outros países nas relações internacionais. 
A ONU surgiu sob os auspícios da Guerra Fria, tendo conseguido sobreviver aos quase 50 anos de pressões do jogo entre os EUA e a União Soviética. O uso do veto pelos membros permanentes quase levou a Organização à paralisia, o que acirrou as discussões sobre os limites das competências e funções do Conselho de Segurança. 
Podem se destacar na atuação da ONU na segunda década os esforços em torno da descolonização, como consequência do desmantelamento dos antigos impérios coloniais, o que implicou grande aumento no numero de Estados participantes da Organização. Além disso, a tensão EUA-União Soviética continuou a exigir uma constante atuação do Conselho de Segurança. 
A partir da década de 1970, a agenda internacional passou a se abrir para temas como a proteção dos Direitos Humanos e do meio ambiente, além de ocupar-se com questões políticas, como o apartheid na África do Sul, as ultimas guerras de independência das colônias africanas e os conflitos do oriente médio que se estendem até os dias de hoje. Apesar das críticas, o Conselho de Segurança foi essencial para evitar um confronto direto entre as potências hegemônicas, o que levaria a um conflito nuclear de consequências desconhecidas. 
Durante toda a sua existência, a ONU adaptou-se às mudanças, reestruturando-se continuamente, sem perder a sua identidade. Nos dias atuais, fala-se em novas e mais drásticas mudanças na estrutura funcional da organização, principalmente em relação ao seu mais forte órgão: o Conselho de Segurança. 
A ONU não possui autoridade política acima dos Estados, funcionando antes como um espaço público de discussões e para adoção de medidas assecuratórias da paz nas relações internacionais. O sistema coletivo de segurança, coordenado pelo Conselho de Segurança, tem estrutura no molde governamental. Atualmente, a ONU conta com 192 países e a relação entre os Estados deve seguir dois mandamentos básicos da Carta das Nações Unidas, previstos no art. 2º, §§ 2 e 3: 
2. Todos os Membros, a fim de assegurarem para todos em geral os direitos e vantagens resultantes de sua qualidade de Membros, deverão cumprir de boa fé as obrigações por eles assumidas de acordo com a presente Carta.
3. Todos os Membros deverão resolver suas controvérsias internacionais por meios pacíficos, de modo que não sejam ameaçadas a paz, a segurança e a justiça internacionais.
 Pacto de Briandkellog, 1928: uso da força como última das alternativas – última ratio –, de maneira que os Estados se comprometem a buscar solução a seus conflitos de maneira pacifica. A guerra não pode ser um elemento de governo. Fundamento jurídico para a divisão da Alemanha., que depois, leva ao ultra nacionalista que fundamenta o nazismo. 
 Em 1942, é assinada a declaração das nações unidas, não é um tratado, mas é uma declaração, um ato bastante arrojado que aproxima EUA e a URSS. 
 Conferencia de Yalta: O conselho de segurança teriam membros permanentes e eles teriam poder de veto. O P5 teria esse poder pois foram os países que ganharam a guerra. 
 Carta das nações unidas: Cria a ONU em 26 de junho de 1945. A maioria dos países assina, menos a Polonia que estava tendo seu governo disputado entre URSS e o UK. 
 Conselho de segurança: A ONU é uma instituição idealista, e ele reflete a Real Politik = politica do realismo, que de idealista não tem nada, refletindo o cenário politico do momento que foi criado em 1945 (= China, URSS, EUA, UK e França comandam o mundo) + tudo que for aprovado no CS tem que concordar com qualquer decisão, pois, é o órgão mais forte da ONU e pode usar a força para fazer valer suas decisões. Conteve a tensão entre os EUA e a URSS. 
 Pós guerra fria: A ONU não estava pronta para lidar com o mundo com uma única potencia: os EUA. 
 Atualmente: A ONU se mostra no campo da segurança uma organização muito frágil mas, consegue aproximar economicamente os Estados. 
 ESTRUTURA DA ONU 
SECRETARIADO: Funcionamento permanente, seus membros tem função internacional, ou seja, não representam seus Estados de origem, suas ações representam a ONU e não seus Estados de origem, é tanto que, a ONU pede a mídia que não divulgue a nacionalidade dos seus membros. 
Funciona permanentemente em NY. 
É um órgão executivo.
 ASSEMBLEIA GERAL: Não é permanente, acontece de ano em ano com um - cinco representante de cada país, sendo que, cada um tem direito a um voto. 
Pode se formar de maneira extraordinária caso ocorra alguma crise. 
Atua por meio de resoluções que não tem poder vinculante aos Estados, logo, é um órgão deliberativo. 
É como se fosse um grande fórum de negociação multilateral para todos os campos das questões internacionais previstas na Carta das Nações Unidas. O órgão ainda colabora no processo de codificação do direito internacional e adota as normas de soft law. 
Tem a função de: aprovar o orçamento, de fiscalizar atuação da secretaria, de determinar as diretrizes de funcionamento da Organização, de eleger o secretário-geral, de formular recomendações sobre princípios gerais de cooperação para manutenção da paz e segurança internacionais, discutir qualquer questão relacionada à paz e à segurança internacionais quando esses assuntos não forem debatidos no CS, receber e fazer considerações sobre os relatórios do CS e demais órgãos, etc. 
A AG poderá agir quando o CS falhar devido a um voto negativo de um dos membros permanentes, se o caso trouxer ameaça à paz, quebra efetiva da paz ou ato de agressão. 
As questões mais importantes requerem a maioria de 2/3 do total de membros da Organização e outras questões mais simples requerem apenas a maioria simples nas votações. // atualmente, busca-se um consenso em relação às questões levadas à Assembleia, e não simplesmente uma contagem formal de votos. ↓ Conselhos: órgãos temáticos com funções decisórias no campo politico ↓ 
CONSELHO DE SEGURANÇA = Composto por 15 Estados, sendo 5 o P5 e 10 membros não permanentes. Desses, é eleito pela assembleia geral para um período de 2 anos, sendo que, a cada ano substituem-se 5, o BR já foi 11 vezes membro do CS. 
Ele aprova resoluções que são obrigatórias entre os Estados, com voto afirmativo de 9 entre os 15 membros, sendo que, não podem haver abstenções e o P5 tem poder de veto, sendo que, esse veto tem que ser expresso. 
Qualquer Estado que queira ser reconhecido pela ONU tem que ser aprovado pelo CS, assim como os juízes da CIJ. 
Tem o poder de mobilizaras forças da ONU, os peacekeepers. 
Se ficar comprovado que as medidas do art. 41não são suficientes, o CS pode recorrer ao art. 42. 
Artigo 41 
O Conselho de Segurança decidirá sobre as medidas que, sem envolver o emprego de forças armadas, deverão ser tomadas para tornar efetivas suas decisões e poderá convidar os membros das Nações Unidas a aplicarem tais medidas. Estas poderão incluir a interrupção completa ou parcial das relações econômicas, dos meios de comunicação ferroviários, marítimos, aéreos, postais, telegráficos, radiofônicos, ou de outra qualquer espécie e o rompimento das relações diplomáticas. 
Artigo 42 
No caso de o Conselho de Segurança considerar que as medidas previstas no artigo 41 seriam ou demonstraram que são inadequadas, poderá levar e efeito, por meio de forças aéreas, navais ou terrestres, a ação que julgar necessária para manter ou restabelecer a paz e a segurança internacionais. Tal ação poderá compreender demonstrações, bloqueios e outras operações, por parte das forças aéreas, navais ou terrestres dos membros das Nações Unidas. 
Esse conselho procura trazer a realidade para dentro da organização (“real politic”), mas esse pensamento se defasou com o tempo por conta das mudanças. Ex.: por que o Japao, como líder em tecnologia mundial, não faz parte do CS? Por que a Alemanha, que tem um papel tao importante na EU não tem um papel mais ativo no CS? São resquícios de pensamentos antigos que não acompanharam as mudanças, que evidenciam uma tendência de mudar // necessidade de uma governança global. 
CONSELHO ECONÔMICO E SOCIAL = Conjunto de organizações como a UNESCO, a FAU, OMS, OMM, OMI, FMI, BM, UNICEF.. Várias entidades interconectadas concentradas na figura da ONU, todas elas são autônomas mas conectadas. 
Observe que a OMC não faz parte do sistema ONU e tem um sistema próprio. 
Esse é o maior conselho da ONU, é responsável pelo IDH, pelo PNUD. 
Depende muito da cooperação, o nível de coercitividade é baixo. 
É um órgão que tem um poder muito importante, mas não tem força cogente. 
Cada mandato nesse Conselho dura 3 anos. Cada ano são eleitos 18 membros – um membro pode ser reeleito para o período imediato. 
Esse Conselho se encontra por todo o ano e realiza uma RG em julho. As decisões são tomadas por voto da maioria dos membros presentes e votantes. 
É o órgão responsável por garantir o desenvolvimento dos Estados. 
Atua sob autoridade da AG, coordena os trabalhos econômicos e sociais nas Nações Unidas e de todo o sistema das Nações Unidas, incluindo as organizações não governamentais, que mantêm uma ligação próxima com a Organização e com a sociedade civil. O Conselho representa um importante fórum de discussões para as questões econômicas e sociais e para formular recomendações políticas para a cooperação internacional pra o desenvolvimento dos Estados-membros. 
Artigo 55 
Com o fim de criar condições de estabilidade e bem-estar, necessárias às relações pacíficas e amistosas entre as Nações, baseadas no respeito ao princípio da igualdade de direitos e da autodeterminação dos povos, as Nações Unidas favorecerão: 
a. níveis mais altos de vida, trabalho efetivo e condições de progresso e desenvolvimento econômico e social; 
b. a solução dos problemas internacionais econômicos, sociais, sanitários e conexos; a cooperação internacional, de caráter cultural e educacional; e 
c. o respeito universal e efetivo raça, sexo, língua ou religião.
Para alcançar tais objetivos é que foi criado o CES, que atuará em conjunto com outros organismos ligados às Nações Unidas, criados por acordos intergovernamentais com competências nos campos econômico, social, cultural, educacional, saúde, etc. 
É o órgão central responsável pelo “Sistema das Nações Unidas”. 
Algumas pessoas dizem que é um dos conselhos mais atuantes na ONU atualmente. 
É um conselho cuja cooperatividade é demandada e que tem pouco poder coercitivo. 
Artigo 62 
1. O Conselho Econômico e Social fará ou iniciará estudos e relatórios a respeito de assuntos internacionais de caráter econômico, social, cultural, educacional, sanitário e conexos e poderá fazer recomendações a respeito de tais assuntos à Assembleia Geral, aos membros das Nações Unidas e às agências especializadas interessadas.
2. Poderá, igualmente, fazer recomendações destinadas a promover o respeito e a observância dos direitos humanos e das liberdades fundamentais para todos.
3. Poderá preparar projetos de convenções a serem submetidos à Assembleia Geral, sobre assuntos de sua competência.
4. Poderá convocar, de acordo com as regras estipuladas pelas Nações Unidas, conferências internacionais sobre assuntos de sua competência.
No exercício de suas atividades, o CES possui órgãos subsidiários que se encontram regularmente e apresentam relatórios. Ex.: Comissão de Direitos Humanos, ACNUR, etc. 
CONSELHOS DOS DIREITOS HUMANOS = Criado para auxiliar a AG, cabe a ele levar a AG situações de graves violações aos DH. 
Entrou em vigor em 2006, composto por 47 estados de diferentes regiões, necessariamente tem um perfil geográfico espalhado pelo mundo, se busca um conselho eclético. 
Há muitas discussões sobre países que são acusados a graves violações fazendo parte do CDH. E PODE? Mas qual é o país que não é violador dos direitos humanos? 
Em casos graves ele pode levar os casos para o CS, essa é considerada uma janela normativa para a possibilidade de se fazer uma intervenção internacional para proteger os direitos humanos, apesar de que, isso nunca aconteceu. 
CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA = Sucessora da antiga CPJI criado na sociedade das nações. 
O estatuto se tornou um anexo da carta das nações unidas, isso significa dizer que todos os membros das nações unidas são membros da CIJ e reconhecem ela como um tribunal, porém, isso não quer dizer que tenha sua jurisdição como obrigatória. 
Composta por 15 juízes de diferentes nacionalidades, eleitos na AG por um período de 9 anos podendo ser reeleitos. O BR tem um representante nos Juízes da CIJ. 
A corte só julga processos entre Estados soberanos, portanto, organizações internacionais se quer podem litigar perante a corte, muito menos empresas e pessoas físicas. 
Todo tribunal internacional tem que ter um fundamento para a sua jurisdição, muitas vezes é se o Estado é parte ele se submete a jurisdição do tribunal. Mas, no caso do CIJ não é assim, há a cláusula Raul Fernandez no Estatuto, que é a cláusula facultativa da jurisdição obrigatória (Art 36.2) – quem quiser aceitar basta fazer uma declaração unilateral, porém, o Estado só se submete perante outros que também tenho aceito a essa jurisdição obrigatória –, os Estados em conflito, ambos são signatários da cláusula. 
↓↓↓ SE APLICA A QUASE TODAS AS CORTES INTERNACIONAIS 
COMPETENCE-COMPETENCE: Quem decide ate onde vai a competência da corte é a própria corte. 
Se o Estado tiver querendo pleitear algo mas não é signatário da jurisdição obrigatória, há a possibilidade de levar a corte pela JURISDIÇÃO CONVENCIONAL: Acontece quando existe entre as partes um tratado que prevê que em caso de litígio decorrente desse tratado qualquer das partes poderá levar o caso a corte. Isso não significa que os Estados se tornam signatários e sim, que eles se submetem para resolução de conflitos daquele tratado. 
PACTO DE BOGOTÁ = Entre países da América latina, diz que os Estados signatários se obrigam a solucionar seus conflitos por meio de conciliação, e se ela não ocorrer qualquer Estado pode levar ao CIJ. Mas perceba que não há um assunto o tratado, assim, eles podem levar qualquer litigio a CIJ, basta pra isso ele dizer que já tentou fazer a conciliação. 
Perceba que o Brasil NÃO É SIGNATÁRIO da cláusula, só quem pode levar ele a corte obrigatoriamente são os países da América latina, mas, todos os outros, o país pode escolher se ira se submeter a jurisdição da CIJ. O Brasil já foi entre 1950-1955. 
COMPROMI = As partes deliberarem e resolverem através de um tratado/acordo bilateral levarem a CIJ como órgão que vá decidir aquela questão. Nesse caso não háautor e nem réu apenas para fins procedimentais, pois, os dois têm que decidir em conjunto se irão a CIJ.

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