Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 UMA EMPRESA DO GRUPO SECULUS MANUAL DE GESTÃO AMBIENTAL PARA OBRAS DE INFRAESTRUTURA 2 Índice Conteúdo Pag. 1 - Introdução 03 2 - Objetivo 03 3 - Metodologia 04 4 - Medidas de Proteção Ambiental 05 4.1 - Águas Pluviais 05 4.2 - Paliçadas 05 4.3 - Barraginhas 09 4.4 - Sacos Solo ou Rip Rap 12 4.5 - Uso de pedras de mão nos lançamentos pluviais 12 5 - Efluentes Sanitários 13 6 - Gestão de Resíduos Sólidos 13 6.1 - Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos 14 6.2 - Instalações de apoio 15 6.3 - Resíduos de Construção Civil 17 6.4 - Resíduos contaminados com óleos e graxas 18 7 - Controle de ruídos 19 8 - Controle Emissões Atmosféricas 19 9 - Recomposição Vegetal 20 10 - Programa de Educação Ambiental 20 11 - Supressão de Vegetação 21 12 - Construção de estruturas 21 Considerações Finais 23 Contatos Gestão Ambiental 23 3 1 - Introdução Gran Viver Urbanismo é uma empresa do Grupo Seculus, que atua na incorporação de loteamentos por meio de projetos que valorizam o meio ambiente e se harmonizam com as áreas verdes nativas. Consciente da importância da atuação da empresa na melhoria da qualidade de vida dos colaboradores e comunidade, a Gran Viver tem sua atuação fundamentada nos princípios de sustentabilidade, seja na concepção dos projetos, seja na gestão dos processos durante a execução das obras de infraestrutura. O desenvolvimento sustentável deve integrar as dimensões ambiental, econômica e social, ou seja, a busca pelo o que é socialmente desejável, economicamente viável e ecologicamente sustentável. Dentro das possíveis ações para alcançar a sustentabilidade nas obras de infraestrutura temos o consumo racional de água e energia, racionalização do consumo de recursos e a redução dos impactos dos canteiros de obras. Uma vez, que esta ultima, abarca a dimensão ambiental e social, este foi o foco do Manual de Gestão Ambiental. Este documento visa descrever a metodologia a ser adotada nos canteiros de obras referente às questões ambientais, a fim de padronizar e garantir os cuidados com o meio ambiente durante a execução das obras, além de servir como referência para outras empresas do segmento. As práticas relatadas no presente manual devem ser seguidas em todos os empreendimentos da Gran Viver, independente do porte e das obrigações assumidas no processo de licenciamento. Para incorporar práticas de sustentabilidade na construção é necessário que o setor se engaje como um todo, mudando a forma de produzir e gerir as obras. 2 - Objetivo As intervenções necessárias para implantação das obras de infraestrutura dos loteamentos podem ocasionar impactos ambientais, tais como, geração de resíduos, lançamento de efluentes pluviais, emissões atmosféricas, 4 ruídos entre outros. Desta forma, este manual propõe medidas de proteção ambiental para minimizar os possíveis impactos ambientais e consequentemente atender as leis vigentes objetivando garantir uma gestão ambiental eficaz para as contratadas responsáveis pelas obras de implantação dos empreendimentos da Gran Viver Urbanismo. 3 - Metodologia No canteiro de obras, antes do inicio das obras de implantação do empreendimento é feita uma reunião com a equipe que vai atuar na obra (engenheiros e encarregados). Nesta reunião são apresentadas todas as particularidades do empreendimento (localização das nascentes, cursos d’água, cuidados necessários que devem ser tomadas nas áreas de proteção permanente e áreas verdes), programas de controle ambiental, coleta seletiva, vistorias de gestão ambiental, licenças ambientais disponíveis in loco e relatório de gestão de risco. Em seguida é feito um treinamento com todos os colaboradores que irão atuar nas frentes de serviço. Neste treinamento assuntos como áreas de preservação permanente, proteção à fauna e flora nativa, medidas de proteção ambiental são abordados. As ações junto aos funcionários continuam a serem realizadas ao longo de todo período de implantação das obras. Mensalmente a equipe de Gestão Ambiental da Gran Viver percorre todos os empreendimentos acompanhada do engenheiro responsável pela execução das obras, a fim de analisar, avaliar e monitorar toda a área de interferência de obras, bem como constatar a implantação de medidas corretivas e mitigadoras indicadas anteriormente. A partir dessa vistoria é elaborado um relatório de desempenho ambiental das obras com classificação de riscos para definir a prioridade das ações. Através de fotos tiradas no dia da vistoria, são indicadas as possíveis irregularidades ambientais, os riscos associados e as medidas mitigadoras ou corretivas que devem ser tomadas e em qual prazo. O risco ambiental é classificado como alto, médio e baixo. Esta classificação é feita baseada na gravidade e probabilidade de acontecer o 5 evento. Este relatório é enviado em meio digital e físico para o engenheiro que deve se programar para executar as medidas indicadas. Na próxima vistoria da Gestão Ambiental é feito um acompanhamento referente ao cumprimento das medidas indicadas no relatório posterior. 4 - Medidas de Proteção Ambiental Para eliminar ou reduzir os impactos ambientais gerados durante a fase de implantação do empreendimento são sugeridas as seguintes ações para controle: 4.1 - Águas Pluviais Durante a fase de obras o escoamento das águas pluviais deve ser controlado com instalações de bacias de decantação (barraginhas), paliçadas e barreiras com sacos solo. Na primeira vistoria da Equipe de Gestão Ambiental serão sugeridos os locais de implantação desses sistemas. Tais estruturas são implantadas principalmente em locais adjacentes aos cursos d’água, nascentes, áreas de mata nativa e divisa com terrenos vizinhos. Após a ocorrência de chuva, é extremamente importante observar a situação das estruturas já implantadas e a necessidade de manutenção e/ou implantação de novos sistemas. 4.2 - Paliçadas São dispositivos de caráter provisório utilizado para conter sedimentos. As paliçadas podem ser construídas com madeira ou bambu e devem ser revestidas com manta bidim. A manta funciona como um filtro retendo os sedimentos e permitindo a passagem da água. Devem ser construídas em locais estratégicos, tais como a base de taludes e locais de drenagem natural aonde houver alguma intervenção a montante. 6 Foto 1: Visão posterior de uma paliçada, construída na base de um talude. Por ser de caráter provisório, a manutenção deve ser realizada constantemente, tal ação consiste na retirada dos sedimentos acumulados, troca da manta bidim em caso de danos, reforço da base da estrutura e extensão da paliçada quando necessário. Orientações gerais para construção de paliçadas* • As paliçadas sempre devem ser construídas em forma de arco. As dimensões variam de acordo com a área que está sendo protegida. • Devem-se utilizar mourões ou bambu reforçados e bem enterrados no chão com espaçamento máximo de 30 cm entre os mourões. • Devem ser utilizadas no mínimo quatro réguas horizontais sendo que a primeira deve ficar rente ao solo. • A manta bidim deve ser devidamente fixada à estrutura sem o uso de arame farpado, para não comprometer a integridade da mesma. • Não é permitida a utilização de arvores do entorno para suporte da paliçada. • A base da manta bidim deve ser fixada no solo impedindo a passagem de material por debaixo da estrutura, seja por meio de contenção com sacos-solo ou enterrando-a no chão. *Elaborado por Virtual Engenharia Ambiental 7 Foto 2: Visão posterior de duas paliçadas construídas em sequência. Foto 3: Visão frontal de uma paliçada. Foto 4: Visão lateral de uma paliçada, que alcançou o limite de retenção de sedimentos.8 Foto 5: Visão geral de três paliçadas construídas na sequencia visando conter o fluxo de sedimentos que é acentuado no local. Foto 6: Visão frontal de uma paliçada. É possível perceber que esta foi construída em forma de arco e foram utilizados sacos solo para fazer a contenção da manta bidim na base da estrutura. Foto 7: Visão posterior de uma paliçada reforçada. 9 4.3 - Barraginhas São escavados feitos no solo para conter sedimentos e interceptar as enxurradas por meio da coleta da água da chuva, permitindo a infiltração da água num rápido espaço de tempo, minimizando os impactos das enxurradas e elevando os níveis do lençol freático. Foto 8: Barraginha e canal para condução da água da chuva. As barraginhas devem ter o formato circular ou semi circular, com dimensões variando em torno de 12 a 18 metros de diâmetro com 1,5 a 2,0 metros de profundidade. Podem ser escavadas com uma retroescavadeira ou pá-carregadeira. Devem ser construídas ao longo dos acessos e a montante de nascentes. Podem ser construídas em série para passar a água de uma bacia para outra. Para conduzir as águas das enxurradas até as bacias devem ser construídos canais. Geralmente as águas das enxurradas dos acessos ou estradas são conduzidas para um dos lados da via através desses canais. 10 Figura 1: Visão aérea de canais direcionando o fluxo de água para barraginhas construídas ao longo de um acesso (Foto: CODASP). Figura 2: Exemplificação da implantação de uma barraginha com formato circular e canal para direcionamento da água da enxurrada (Foto: Oliveira, 2011). Todas as bacias devem ter um extravasor, que permite a liberação da água quando esta atinge um nível máximo da barragem sem comprometer a sua estrutura. Em todo extravasor devem ser colocadas pedra de mão. 11 Foto 9: Barraginhas construídas em sequência. Pode ser observado o extravasor construído com pedras de mão. As bacias necessitam de manutenção constante, que consiste na limpeza do excesso de sedimentos acumulados e reparo nas margens sempre que necessário. Os canais de condução de água, também necessitam de manutenção. O ideal é que os taludes das bacias sejam revegetados, pois as gramíneas auxiliam na contenção dos mesmos. Ao término das atividades de obra, geralmente as barraginhas são desmobilizadas. A atividade consiste em reconformar o terreno e espalhar material de primeira camada na área visando fazer a recomposição vegetal no local. Fotos 10 a 12: Construção e desmobilização de barraginha, com a recomposição vegetal do terreno. 12 4.4 - Sacos Solo ou Rip Rap Podem ser utilizados para duas finalidades distintas: direcionamento de águas pluviais e contenção de rupturas ou processos erosivos em taludes. Para fazer o direcionamento de águas pluviais, os sacos de ráfia ou de linhagem são preenchidos com solo e dispostos no sentido de conduzir o fluxo d’água para o local desejado. Quando utilizados para contenção de taludes, estes podem ser preenchidos com uma mistura solo-cimento ou apenas solo com coquetel de sementes que posteriormente irão revegetar o local. Fotos 13 e 14: Uso de sacos-solo para direcionar a água pluvial durante as obras de implantação do loteamento. Fotos 15: Uso de sacos-solo com coquetel de sementes para preenchimento de erosão e contenção de taludes. 4.5 - Uso de pedras de mão nos lançamentos pluviais A colocação de pedra de mão ao término dos lançamentos da drenagem pluvial, contribui para reduzir a velocidade da água, que por sua vez evita a formação de processos erosivos, além de reter os sedimentos que 13 eventualmente possam estar alocados na rede de drenagem pluvial. Fotos 16 a 19: Colocação de pedra de mão ao término dos lançamentos de drenagem pluvial. 5 - Efluentes Sanitários Na etapa de implantação, deverão ser instalados banheiros químicos nas frentes de serviços para atender aos colaboradores da obra, o efluente gerado deverá ser destinado para empresas especializadas e licenciadas para recolher, receber, tratar/destinar esses efluentes. No canteiro de obras pode-se instalar fossas sépticas ou fossas filtro realizando limpezas periódicas, por empresa especializada que dará destinação correta aos efluentes coletados. 6 - Gestão de Resíduos Sólidos O gerenciamento de resíduos sólidos constitui um conjunto de procedimentos visando minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos resíduos gerados, a devida coleta, armazenamento, tratamento, transporte e destinação adequada, visando preservar a saúde pública e a 14 qualidade do meio ambiente. Desta forma, seguindo a política Nacional de Resíduos Sólidos, estabelecida pela Lei 12.305/2010 em seu Art. 9º deve-se obedecer a ordem de prioridade no gerenciamento de resíduos: 1 - Não geração; 2 - Redução; 3 - Reutilização; 4 - Reciclagem; 5 - Tratamento dos resíduos sólidos; 6 - E disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. 6.1- Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Para gerenciamento dos resíduos sólidos alguns padrões devem ser firmados por todo e qualquer colaborador, independentemente de cargo, função ou setor de atuação. São eles: • Compreensão do conceito dos 3 R’s, no qual as ações de Reduzir, Reutilizar e Reciclar, respeitam uma ordem hierárquica, sendo o aspecto Reduzir o mais importante; • Cada fornecedor de serviços na obra (empreiteiros) será responsável por manter sua área de atuação limpa e organizada, atentando para a necessária fluidez dos fluxos dos resíduos; • As frentes de trabalho devem ser limpas pelo respectivo trabalhador ou equipe ao fim do dia ou término da tarefa; • Cada colaborador é responsável pelo resíduo que gera. Cabe ao respectivo gerador dar viabilidade para a continuidade dos fluxos dos resíduos, ou seja, depositá-los em coletores, no armazenamento final ou disponibilizá- los à equipe de gestão para sequência de ações; • No momento da geração, deve-se garantir a correta segregação e armazenamento temporário dos resíduos próximo ao local de geração, até que seja acumulado volume suficiente para justificativa do transporte interno até as instalações de apoio; • Devem existir instalações de apoio específicas para o armazenamento 15 temporário e/ou final, em separado, de cada um dos resíduos gerados; • Caberá a Equipe de Gestão Ambiental indicar os locais para recebimento dos resíduos, de acordo com a classificação do mesmo. • O transporte externo e a destinação final são de responsabilidade do empreiteiro, que devem considerar a classe do resíduo, e deverá sempre priorizar a alternativa que apresente o maior benefício social, ambiental e econômico; • Todos os resíduos retirados da obra, bem como as principais reutilizações, deverão ser devidamente registrados na planilha de controle de resíduos (anexo I) e assinada pelo responsável. A destinação dos resíduos deverá ser comprovada através de recibos e/ou notas fiscais. 6.2 - Instalações de apoio Para construção das instalações de apoio adotar-se-ão os seguintes princípios: • As estruturas deverão conter identificação, conforme padrão de nomes e cores adotados neste plano; • As baias de armazenamento devem ser construídas com materiais que garantam sua integridade física durante o período de duração da obra, devendo ser evitados materiais susceptíveis a rápida degradação por impacto ou umidade, como papelão e madeirite; • A localidade onde será instalada a baia deve possuir piso impermeável e cobertura. • Deve haver uma placa indicando a maneira de segregar os resíduos, fixada na instalação em questão (Figuras 3 e 4). 16 Figura 3: Coletores seletivos de resíduos recicláveis (Fonte: DEMSUR) VIDRO Reciclável Garrafas, potes, frascos limpos de produtos de limpeza e produtosalimentícios, cacos de qualquer um dos itens citados acima. Não Reciclável Cristais, espelho, lâmpadas, cerâmicas e porcelanas. PLÁSTICO Reciclável Garrafas, tampas, embalagens de higiene e limpeza, garrafas PET, CD e DVD, tubos vazios de creme dental e utensílios plásticos, como canetas e escovas de dente. Não Reciclável Fraldas descartáveis, adesivos e embalagens com lâminas metalizadas, como bombons, biscoitos e outros produtos alimentícios. PAPEL Reciclável Envelopes, cartões e cartolinas, cadernos, papéis de embrulho limpos e papéis impressos em geral, como jornais e revistas. METAL Não Reciclável Esponjas de aço, grampos, clipes, latas de tinta e embalagens de aerossóis. 17 Na entrada do Canteiro de Obras ou próximo ao refeitório deverá ser instalado um conjunto completo (figura 20), formado por no mínimo 5 unidades de aproximadamente 200 litros cada, para segregação dos materiais: papel, plástico, metal, vidro e rejeito. Com propósito de despertar a consciência, o conjunto deverá estar visível para todos que ingressarem no canteiro. Foto 20: Conjunto completo de coletores seletivos de resíduos recicláveis e não recicláveis. Quanto aos coletores especificados acima, observa-se que: • A composição apresentada para disposição dos coletores pode sofrer adequações, se for o caso; • A coloração cinza foi utilizada para representação do resíduo “tipo domiciliar”, e também poderá ser usada para “Rejeitos”; • As imagens são representativas, não havendo determinação para o padrão das unidades. Pode-se, inclusive, optar pela compra de coletores existentes no mercado. O Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos foi adaptado de Virtual Engenharia Ambiental. 6.3 - Resíduos de Construção Civil Em relação ao armazenamento de resíduos destinados à produção de agregados aconselha-se o uso de caçambas do tipo aberto. Estas possuem 18 boa mobilidade e devem ser posicionadas próximo aos locais de geração dos resíduos. As caçambas devem ser cobertas com lonas, a fim de não permitir que os resíduos se espalhem durante o transporte. Caso não exista a necessidade ou possibilidade de utilizar as caçambas pode-se optar por outras formas de armazenamento, desde que, todo resíduo seja armazenado e destinado de forma correta, conforme determina a legislação vigente. Podem ser destinados locais específicos dentro do empreendimento para armazenamento dos resíduos de construção civil. Estes locais devem ser devidamente sinalizados. 6.4 - Resíduos contaminados com óleos e graxas Deve-se reservar um espaço para armazenamento dos resíduos perigosos, na qual, preencha todos os pré-requisitos a saber: • A manutenção de máquinas e equipamentos deverá ser realizada somente em área coberta, com solo impermeável e com recipiente para coleta de óleo para evitar vazamentos. • A área de armazenamento de resíduos também deverá ser coberta e possuir solo impermeável. • Providenciar kit de emergência contendo pá, serragem ou areia, e recipiente com tampa para armazenar os resíduos (tambor metálico, bombona, etc.), que deverá ser utilizado para mobilizar os efluentes em caso de derramamento no solo. • Óleo usado deverá ser armazenado em galões, podendo ser reutilizada a embalagem original do produto. • O responsável pela atividade de manutenção deverá ser o responsável pelo armazenamento dos resíduos contaminados. • Após o armazenamento os resíduos deverão ser destinados para empresa especializada e licenciada para coleta, transporte e destinação final. Tais resíduos deverão ser devidamente identificados e possuir documento Manifesto para Transporte de Resíduos (MTR), e declaração ou nota fiscal para transporte, conforme NBR-13221 (vide modelos no anexo II). 19 Foto 21: Área de armazenamento de resíduos perigosos (contaminados com óleos e graxas) e óleos usados. 7 - Controle de ruídos Serão adotadas as seguintes medidas para controlar e mitigar os ruídos provocados pelo empreendimento: • Execução das obras em horários comercial, cessando no período noturno; • Realização de manutenção preventiva em máquinas, equipamentos e veículos, com o objetivo de gerar menores níveis de ruídos. 8 - Controle Emissões Atmosférica Para o controle das emissões atmosféricas relativas à geração de poeira e gases de combustão preveem-se as medidas mitigadoras apresentadas a seguir: • Aspersão periódica das vias, acessos e canteiros de obras com caminhões- pipa durante a etapa de implantação; • Manutenção periódica de equipamentos e veículos; • Otimizar os percursos e os espaços de carga/descarga de materiais; • Implantação de sinalização horizontal e vertical nas vias para controle da velocidade de tráfego interno. 20 9 - Recomposição Vegetal Deve ser promovida a recomposição vegetal das áreas de solo exposto, para tal, pode-se utilizar o material de primeira camada (material vegetal proveniente da limpeza do terreno) ou semeadura de gramíneas. Foto 22: Armazenamento do material de primeira camada proveniente da limpeza do terreno. Todos os passeios do loteamento devem ser entregues nivelados e aptos para o plantio de mudas. Não serão admitidos restos de materiais de construção civil (blocos, asfaltos etc) misturados no solo. 10 - Programa de Educação Ambiental Mensalmente serão promovidos encontros com os colaboradores que atuam nas frentes de serviço, com intuito de orientar sobre os aspectos sócio-ambientais envolvidos com o empreendimento, de forma que todos envolvidos tenham conhecimento das ações ambientais que cada um pode empreender ou evitar, melhorando a qualidade ambiental da obra. A participação de todos os colaboradores é obrigatória. Tais treinamentos terão a duração de 15 a 20 minutos. Em cada encontro é escolhido um tema para ser abordado. Os temas são escolhidos de acordo com as demandas identificadas em cada empreendimento. Nestes encontros, os colaboradores terão a oportunidade 21 de tirar duvidas e fazer questionamentos. Foto 23: Educação ambiental com os funcionários na obra. 11 - Supressão de Vegetação O processo de supressão será realizado por meio da utilização de motosserras, que obrigatoriamente devem ser licenciadas junto ao Órgão responsável (em Minas Gerais a regularização das motosserras deve ser feito junto ao Instituto Estadual de Florestas – IEF). As licenças devem disponibilizadas in loco na obra, antes do inicio do serviço. A supressão deverá ser realizada nos exatos termos da Licença de Supressão concedida, sendo que esta poderá ser por meio do corte do tronco, e posterior, desdobramento e empilhamento da madeira. A destoca e retirada de raízes quando autorizadas, será executada depois da retirada do material lenhoso da área. O sistema radicular deverá ser removido com o auxílio de maquinário. A lenha deverá ser cortada em toretes que serão retirados da área de intervenção da obra para serem embandeiradas na lateral dos acessos. É proibida a utilização de fogo para limpeza das áreas objetos da intervenção. Para a exploração manual da área devidamente autorizada, podem ser montadas equipes de trabalho constituídas por um operador de motosserra e um ou dois ajudantes com foices e machados. Os ajudantes serão responsáveis pelos serviços de limpeza 22 prévia, desgalhamento, separação e embandeiramento ou enleiramento do material. Os componentes da equipe deverão usar os equipamentos de segurança individual para as operações descritas anteriormente. O material lenhoso deverá ficar armazenado no empreendimento, para que a Gran Viver faça a destinação final e transporte nos termos estabelecidos pela legislação Estadual vigente. Caberá a Gran Viver fornecer todas as licenças necessárias para supressão de vegetação. 12 - Construção de estruturaspara armazenamento de combustível Será permitida a instalação de estruturas para armazenamento de combustível desde que estas tenham um volume inferior a 15.000 (quinze mil) litros, sendo estas devidamente regularizadas junto ao órgão ambiental competente. Todas as estruturas que compõem o sistema de armazenamento de combustível deverão ser preferencialmente cobertas. A cobertura deverá ser instalada pelo menos na área de abastecimento e nos boxes de armazenamento de produtos oleosos e resíduos contaminados. O piso deve ser impermeável para evitar o derramamento de combustíveis ou óleos no solo. Devem ser instaladas canaletas nas bordas de todas as estruturas construídas, direcionando o fluxo até a caixa separadora de água e óleo – CSAO (Virtual Engenharia Ambiental, 2015). Figuras 4 e 5: Estrutura de armazenamento de combustível e canaleta para recolhimento dos efluentes oleosos (Fotos: Virtual Engenharia Ambiental). Os efluentes gerados na CSAO deverão ser encaminhados para empresas 23 devidamente licenciadas aptas a processar tal resíduo. Em caso de derramamento deve-se conter imediatamente a porção de óleo derramada utilizando materiais inertes como areia e serragem. O material recolhido deve ser acondicionado em tambores. Os frascos de óleo usados não constituem resíduos recicláveis comuns e, portanto, também devem ser recolhidos e acondicionados em tambores, para posterior coleta por uma empresa licenciada. Considerações Finais Este manual é uma sistematização das ações de proteção ambiental, que obrigatoriamente devem ser seguidas em todos os canteiros de obra da Gran Viver. Em caso de duvidas e sugestões favor entrar em contato com a Equipe de Gestão Ambiental da Gran Viver. Elaboração: Carolina Silveira carolina.silveira@granviver.com.br Christopher Leite christopher.leite@granviver.com.br Nathalia Silva nathalia.silva@granviver.com.br Mario Mattos mario.mattos@granviver.com.br Elaboração Gráfica: Caio Sena caio.sena@granviver.com.br 24 Referências Bibliográficas Akilixeiras, 2015. Disponível em: http://www.akilixeiras.com.br/conjuntos-seletivos/ lixeiras-recicladas-metalicas/suporte-com-lixeiras-metalicas-200-litros.html. Acesso em 17/09/2015. BRASIL. LEI Nº 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010. Política Nacional de Resíduo Sólidos - Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, Distrito Federal. BRASIL. Resolução CONAMA 307, de 5 de Julho de 2002. Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. CODASP - Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo. Disponível em: http://www.codasp.sp.gov.br/site/index.php/servicos/melhor-caminho/programa- melhor-caminho. Acesso em 17/09/15. DEMUR - Departamento Municipal de Saneamento Urbano – Disponível em: http:// demsur.com.br/conteudo/detalhe/45/coleta-seletiva. Acesso em 17/09/15 Oliveira G. C., 2011. Disciplina Conservação de Solos. Universidade Federal de Lavras – UFLA. Virtual Engenharia Ambiental, 2015. Plano de Controle Ambiental (PCA) – Cidade Verde Empreendimentos Imobiliários S/A. Três Marias, Minas Gerais. Virtual Engenharia Ambiental, 2014. Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) – Residencial Park Empreendimentos Imobiliários S/A. Vespasiano, Minas Gerais. ANEXO 1: Gestão de resíduos – Planilha de Controle ANEXO II: MTR e Declaração de transporte GRANVIVER.COM.BR UMA EMPRESA DO GRUPO SECULUS 25 GRANVIVER.COM.BR UMA EMPRESA DO GRUPO SECULUS
Compartilhar