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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Faculdade de Formação de Professores Departamento de Geografia Disciplina: Filosofia da ciência Professor: Matheus Grandi Aluna: Andressa Gomes Ferreira ___________________________________________________________ RESENHA CUPANI,Alberto: Filosofia da ciência , capítulo 9(ciência,verdade e ideologia).Florianópolis (2009) A ciência durante percurso de sua formação foi exercida como fonte de poder, os países que dominavam a ciência aprimoravam o seu território exercendo influência entre os outros.Durante a revolução científica no século XVI,a nova ciência que estava surgindo com modelos que intimavam a igreja católica eram condenados como profanos,com o decorrer das décadas a questão da ciência interligada como verdade foi surgindo e atualmente tem sido muito debatida, no livro de Cupani apresenta de forma explicativas essa oposição de ciência como verdade. “ Com outras palavras, diversos filósofos mostram-se hoje cautelosos no tocante a relacionar a ciência com "a verdade". Essa cautela, de resto, não é tão nova assim, porque tinha sido manifestada também pelos filósofos neopositivistas e pelos pragmatistas, que propuseram reformulações da noção de verdade, como vocês já estudaram’’.(cap.09,pág 180,2º parágrafo) De acordo com Konrad Lorenz, a verdade na ciência pode ser mais definida com a hipótese de trabalho mais adequada para abrir caminho até a próxima hipótese. A ciência, uma ferramenta de extrema importância, passa por erros e hipóteses até chegar à verdade absoluta, entretanto para certos filósofos a única verdade que podemos admitir sem cautela é uma das frases mais conhecidas de Sócrates: “ só sei que nada sei” para Chauí(CHAUI,2000), as evidências do cotidiano fazem-se necessárias os questionamentos mesmo sendo óbvios ,resultando na atitude crítica.Em virtude desse pensamento,o senso comum entra em conflito com a ciência desde séculos passados, como no santo ofício em que a verdade estabelecida pela ciência era perseguida pela igreja católica, nota-se que esse “cuidado “ é necessário para evitar conflitos religiosos e sociais. “Também as filósofas feministas criticam a pretensão de que a ciência forneça a verdade acerca do mundo. Já vimos, no capítulo 8, que estas pensadoras detectam preconceitos androcêntricos em pesquisas aparentemente rigorosas. Mas a crítica feminista da ciência tem um alcance bem maior. Como indica o tema central da filósofa Sandra Harding em seu livro The Science Question in Feminism (A questão da ciência no feminismo, 1986), a crítica feminista se desenvolveu a partir da denúncia inicial da marginalização das mulheres na profissão científica até o questionamento da própria noção ocidental de ciência”.( CUPANI,2000) “Pela maior parte do tempo “anônimo” foi uma mulher”.-Virginia Woolf. Isto é ao longo da história muitas mulheres foram reprimidas de estar na ciência pelo seu gênero, por exemplo, Marie Tharp durante a segunda guerra mundial ,mapeou assoalho marinho resultando na descoberta da dorsal-mesoceânica ,entretanto não foi permitida a entrada nos navios da expedição por seu gênero,da mesma maneira ,muitas outras mulheres passaram e passam por essa delimitação .Nietzsche, não deixa dúvidas:“O que é a verdade para uma mulher? Desde o início, nada foi mais alheio, repugnante e hostil à mulher do que a verdade – sua grande arte é a mentira, sua preocupação máxima é a mera aparência e beleza.Confessemos nós, homens: reverenciamos e amamos precisamente esta arte e este instinto na mulher” .(livro:Misoginia Medieval, pág.:31,2ºparágrafo). Essa visão filosófica foi datável. Mas ainda hoje o mundo acadêmico e intelectual da filosofia, pertence, em sua maior parte, a pesquisadores, professores e estudantes do gênero masculino. “As diversas pesquisas (principalmente sociológicas e históricas) e reflexões críticas a que vem sendo submetida a atividade científica e seu produto, o conhecimento científico, não deixam dúvida acerca da ilusão e do perigo de querer preservar a noção tradicional da ciência como um saber seguro e neutro.”( CUPANI,2000) Em suma, a ciência não deve ser catalogada como saber seguro e neutro, pois a partir do momento em que a ciência está inserida em um contexto sócio-histórico e sofre pressões e influências dos setores políticos, econômicos, religiosos além da própria sociedade civil.Para Chauí a filosofia corresponde, de modo vago e geral, ao conjunto de ideias, valores e práticas pelos quais uma sociedade apreende e compreende o mundo e a si mesma, definindo para si o tempo e o espaço, o sagrado e o profano, o bom e o mau, o justo e o injusto. Ou seja, como uma ciência neutra pode silenciar a voz da mulher na ciência e estabelecer uma verdade absoluta quando está em viés cultural, muitos acreditam que a ciência é uma extensão do bom senso comum. Andressa Gomes Ferreira Licenciatura em Geografia (1° período) Faculdade de Formação de Professores Universidade do Estado do Rio de Janeiro REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: CUPANI,Alberto,2000.cap.09,pág191,1ºparágrafo CUPANI,Alberto,2000 cap.09,pág 180,2º parágrafo CUPANI,Alberto,2000 cap.09,pág182,2ºparágrafo CHAUI,Marilena, convite à filosofia,2000 pág.:09,3º parágrafo BLOCH,HOWARD R, Misoginia Medieval, pág.:31,2ºparágrafo
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