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FACULDADE ANHANGUERA
Serviço Social
Homem, Cultura e Sociedade, Responsabilidade Social e Ambiental, Psicologia e Políticas Públicas e Metodologia Científica.
Adriana Alexandre Domingues 0121018150
Adson Boer 8388677939
Andrea Carla Ferreira Muniz 0121018150
Fabiana Benedito Santos 8569702479
Larissa dos Santos Fernandes 8397690956
A REFORMA PSIQUIÁTRICA NO BRASIL
“A história da loucura e a politica de saúde mental no Brasil”
 SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP.
2018
FACULDADE ANANGUERA
Adriana Alexandre Domingues, RA 0121018150
Adson Boer, RA 8388677939
Andrea Carla Ferreira Muniz, RA 0121018150
Fabiana Benedito Santos, RA 8569702479
Larissa dos Santos Fernandes, RA 8397690956
A REFORMA PSIQUIÁTRICA NO BRASIL
“A história da loucura e a Política de Saúde Mental no Brasil”
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Serviço Social da Faculdade Anhanguera requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Formação.
Orientador(a): Aparecida de Fátima Souza
 SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP.
2018
AGRADECIMENTOS
Gostaríamos de Agradecer primeiramente a Deus por chegarmos aqui. Ainda há muito que percorrer. Queríamos aqui também agradecer a instituição Anhanguera por essa oportunidade de desempenho nesta nova etapa. As professoras Aparecida de Fátima Souza e Djenane pela paciência, dedicação e credibilidade depositada em nós nessa nova jornada, aos colegas Adriana Alexandre Domingues, Adson Boer, Andrea Carla Ferreira Muniz Côrtes Muniz, Fabiana Benedito Santos, Larissa dos Santos Fernandes, pelo esforço e dedicado para que nosso trabalho fosse construído e concluído!
A experiência trágica e cósmica da loucura viu-se mascarada pelos privilégios exclusivos de uma consciência crítica. É por isso que a experiência clássica, e através dela a experiência moderna da loucura, não pode ser entendida como uma figura total, que finalmente chegaria, por esse caminho, à sua verdade positiva; é uma figura fragmentária que, de modo abusivo, se apresenta como exaustiva; é um conjunto desequilibrado por tudo aquilo de que carece, isto é, por tudo aquilo que o oculta. Sob a ciência crítica da loucura e suas formas filosóficas ou científicas, morais ou médicas, uma abafada consciência trágica não deixou de ficar em vigília (Foucault, 1997: 28-29).
RESUMO
A definição da loucura é uma construção histórica. A pessoa que sofre de alguma doença mental é reconhecida como uma das mais excluídas socialmente. Esse trabalho faz uma recuperação histórica das políticas em saúde mental no Brasil. Mostra o longo percurso da Reforma Psiquiátrica as mudanças na regulamentação e nas formas de atendimento ao portador de transtorno mental que adotam atualmente os Centros de Atenção Psicossocial – CAPS como pontos estratégicos para a organização da rede de atenção em saúde mental o que visibilizou a composição de uma rede suplente ao hospital psiquiátrico no Brasil, mas que ainda passam grandes dificuldades em suas implementações e atuações.
Antigamente não existia a concepção de doença mental nem uma divisão entre razão e loucura. A transformação histórica do renascimento até a atualidade tem o sentido de uma progressiva separação e exclusão da loucura das experiências sociais.
A reforma psiquiatria brasileira busca transformações consideráveis para o resgate de cidadania das pessoas portadoras de algum transtorno mental. A diversidade de contextos locais de saúde possui uma estratégia que é a retaguarda assistencial representada pelos diversos tipos de serviços de saúde mental. A rede de cuidados se organiza através dos seguintes dispositivos de Atenção Primaria à Saúde, Ambulatórios especializados, Centros de Atenção Psicossocial, organizados em várias modalidades, de acordo com a população do território. Centros de convivência, grupos de proteção e geração de renda, serviços residenciais terapêuticos e ofertas de leitos em hospitais gerais. Os limites e entraves da consolidação desses projetos estão ligados a uma conjuntura econômica e social de desgaste das políticas sociais e, entre elas a de saúde mental. Entende-se que a consolidação e efetivação dos princípios da Reforma Psiquiátrica no Brasil somente serão efetivados com o revigoramento dos movimentos sociais na luta pela saúde e por meio de uma atuação conjunta de trabalhadores da saúde mental, na defesa dos Sistema Único de Saúde. Por fim se faz necessário um investimento político e econômico nas ações e programas que de fato defendem a perspectiva da desinstitucionalização e do cuidado ampliado em saúde mental.
ABSTRACT
The definition of madness is a historical construction. The person suffering from some mental illness is recognized as one of the most socially excluded. This work makes a historical recovery of mental health policies in Brazil. The changes in regulation and in the forms of care for mentally ill patients that the Psychosocial Care Centers (CAPS) currently adopt as strategic points for the organization of the mental health care network have shown the long course of the Psychiatric Reform, which has made visible the composition of a surrogate network to the psychiatric hospital in Brazil, but still have great difficulties in their implementation and performance.
In the old days there was neither the conception of mental illness nor a division between reason and madness. The historical transformation of rebirth to the present has the sense of the progressive separation and exclusion of madness from social experiences.
The Brazilian psychiatry reform seeks considerable transformations for the rescue of citizenship of people with mental disorders. The diversity of local health contexts has a strategy that is the back end of care represented by the various types of mental health services. The network of care is organized through the following devices Primary Health Care, Specialized Ambulatories, Centers of Psychosocial Care, organized in various modalities, according to the population of the territory. Night Rear. Coexistence centers, protection groups and income generation. Residential therapeutic services and bed offers in general hospitals. The limits and obstacles of the consolidation of these projects are linked to an economic and social conjuncture of attrition of social policies, including mental health. It is understood that the consolidation and implementation of the principles of Psychiatric Reform in Brazil will only be effective with the reinvigoration of social movements in the struggle for health and through a joint action of mental health workers in the defense of the Unified Health System. political and economic investment is required in the actions and programs that in fact defend the perspective of deinstitutionalization and the expanded care in mental health.
APAC - Autorização por Procedimentos de alta Complexidade.
CAPS - Centro de Atenção Psicossocial.
ESF - Estratégia Saúde da Família.
MTSM - Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental.
PNAD - A politica Nacional sobre Drogas.
RAAS - Registro de Ação Ambulatorial em Saúde.
SENAD - Secretaria Nacional de Politicas sobre Drogas. 
Sumario
Introdução........................................................................................................................9
A história da loucura.......................................................................................................10
A reforma psiquiátrica no Brasil.....................................................................................14
A PNAD...........................................................................................................................19
O papel dos CAPS............................................................................................................22
Conclusão.......................................................................................................................26
Referências.....................................................................................................................29INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo traçar um breve percurso da Reforma 
Psiquiátrica Brasileira e, principalmente, suas contribuições na assistência a Saúde Mental, desde a década de 80 até os tempos atuais, para tentar compreender esse movimento social que possibilitou mudanças na assistência ao portador de transtorno mental. As transformações partindo dos movimentos sociais teve impacto nos pacientes que agora são referidos como usuários dos dispositivos de saúde, como são chamados nos tempos modernos toda pessoa que é assistida num serviço de saúde.
Pretende-se com este trabalho apresentar ao leitor o que a Reforma Psiquiátrica Brasileira trouxe de novo para o campo da saúde mental, quais foram suas contribuições até o momento atual e, como este processo impactou no cotidiano dos usuários do serviço de saúde mental, visto que a Reforma Psiquiátrica Brasileira é um movimento que ainda está em curso. E para que seja possível compreender a conjuntura atual dos serviços de saúde mental no país faz-se necessário perpassar pelo seu processo histórico, discutir em linhas gerais os antecedentes do processo atual, os conceitos e valores que deram características a reforma psiquiátrica.
Apesar da história da reforma psiquiátrica brasileira ter ocorrido em meio à 
efervescência de diversos movimentos sociais fora do país, a maior influência que o Brasil teve foi a da Ação de Reforma Psiquiátrica da Itália, a qual foi chamada no período de Psiquiatria Democrática. No inicio dos anos 60 iniciou-se a experiência Italiana através de Franco Basaglia e Antonio Slavich, juntamente a outros jovens psiquiatras que se propuseram a reformar o hospital psiquiátrico na cidade de Gorizia (Itália). Após a experiência na cidade de Gorizia, a mesma equipe disseminou a ideia da reforma do hospital psiquiátrico em Trieste por volta da década de 70, este movimento em Trieste teve grande influência para a Reforma Psiquiátrica Brasileira, chamado como CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), ele tem a função de prestar atendimento as pessoas com sofrimentos psíquico e entre outros A importância desse artigo consiste em contribuir para acadêmicos, profissionais 
da área da saúde mental e afins, visto que o trabalho traz uma pesquisa qualitativa de revisão de literatura acerca das contribuições da reforma psiquiátrica no campo da saúde mental e, quando se fala de campo, refere-se à prática nos serviços de assistência especializada à saúde mental.
A história da loucura
Ao longo da historia nem sempre a loucura foi compreendida como doença mental, era vista como uma doença da alma, uma pessoa que agia sem pensar. Assim como a conceituação de loucura os cuidados dedicados às pessoas com transtornos de comportamento variam no decorrer dos tempos, sempre influenciados por crenças, costumes e religião.
Homens primitivos atribuam todas as doenças a ação de forcas externas, forças sobrenaturais, maus espíritos, bruxos, demônios ou deuses. Nesta época as pessoas com distúrbios de comportamento eram atendida em rituais tribais para corrigir tal distúrbio. Em casos de insucesso, o individuo era deixado de lado sem nenhuma assistência no momento difícil da vida.
A antiguidade na Grécia e Roma antigas não existia procedimentos ou espaço Sociais destinados aos ‘’LOUCOS “os ricos permaneciam em suas residências e os pobres circulavam pelas ruas, onde recebiam caridade publica ou realizaram pequenos serviços, a sociedade atribuía as crises de agitação a forças sobrenaturais, de possessões demoníacas. Os ricos permanecem em suas residências e os pobres circulavam pelas ruas onde recebiam caridade pública ou realizavam pequenos serviços. O Sofrimento psiquiátrico para a sociedade era causador de vergonha em familiares e pessoas próximas com relação a condição dos sujeito que sofre. São considerados como pessoas estigmatizadas e perturbados ou que perderam o juízo.
Na Grécia de (860 A.C) os sacerdotes recomendavam que os loucos fossem tratados com bondade e que lhe fossem proporcionadas atividades físicas. Na mesma época, médicos, estudiosos tinham grades consideração pelos doentes, estes podiam desfrutar de ar fresco, água pura, luz Solar, faziam caminhadas e encenação teatrais para melhorar o “Humor”. Os pacientes se encontravam extremamente enfraquecido por falta de alimentos ou por deficiência na sua assimilação a flagelação. Nesta época a loucura era vista com grande tolerância, acreditava-se que o mundo era todo organizado de acordo com os designou de DEUS. 
OS doentes mentais eram chamados de lunáticos, pois, acreditava-se que a mente das pessoas era influenciada pelas fases da lua. Os doentes mentais mais graves ou agressivos eram acorrentados, escorraçados, submetidos a jejus prolongados sob a alegação de estarem possuídos pelos “DEMONIOS”. Nessa fase com o inicio do mercantilismo, formação de cidades e concentração da população, começaram a surgir os problemas sociais e sanitários, ocorrendo aumento do mundo de mendigos. Pobres loucos eram visto como desocupados como não trabalhavam, não produziam riquezas eram considerados marginais, improdutivos. Os mendigos eram expulsos das cidades, os doentes mentais e mendigos sem família eram condenados ao isolamento. Nesta época surgem os hospitais gerais onde eram internados não só os loucos, mais toda a população marginalizada na época.
No final do século XVIII, denúncias contra as internações de doentes mentais junto aos marginais e contra torturas a que eram submetidos, abordagem mais humanísticas ao doente mental construção de asilos, confundiam-se com albergues para pessoas doentes que não tivesse quem cuidasse, porém permaneciam com maus tratos e violência, com ameaças e privações, a loucura passa a ser considerada uma doença, que exigia condições e tratamentos específicos. Em 1793 o medico PHILIPPE PINEL quebrou as correntes que prendiam os alienados ou insanos. No século XX, com uma postura mais humanista no tratamento dos doentes eram aprisionados foram substituídos pelos hospitais psiquiátricos. 1952 sintetizado em laboratório o primeiro neuroléptico do mundo, a clorpromazina .
No Brasil o primeiro manicômio foi fundado por Pedro II em 1852 no Rio de Janeiro foi entre o século XVIII e inicio de XIX, foi promulgada a primeira Lei Federal de Assistência aos Alienados, seguindo do ganho de status de especialidade médica autônoma aos psiquiatras, aumentando o número de instituições destinadas aos doentes mentais. Podemos perceber com a criação dessa estrutura manicomial, a preocupação com a criação de espaços de poder disciplinares por meio de hospitais ou clínicas especializados (CAPONI 2009, p. 96). A disciplina instituída nessas instituições também produzia socialmente a normalização de comportamentos, sendo estes passíveis de intervenção do saber psiquiátrico, atuando na higienização social. Nessa direção, outros dispositivos disciplinadores foram criados, a exemplo de nossas instituições de saber, leis e decretos, orientando práticas médicas no tratamento da loucura. 
Em 1926, é criada a Liga Brasileira de Higiene Mental – importante testemunho do pensamento psiquiátrico brasileiro. Finalmente, em 1934, o Decreto 24.559 promulgava a segunda Lei Federal de Assistências aos Doentes Mentais [...] determinando o hospital psiquiátrico como única alternativa de tratamento. (RAMMINGER, 2002, p. 114).
Com o avanço de conhecimento cientifico e da consciência social que a medicina começou a tomar a forma atual, quando a assistência aos doentes mentais se tornou medica, surgiu na França com a reforma patrocinada por Pinel e instituída por Esquirol. No Brasil também foi ai que nasceu a assistência psiquiatria publica já reformada segundo os valores da época sofrendo assim grandes transformações socioeconômicas e políticas. No século XIX Surgiram às instituições que acolhiam apenas doentes mentais oferecendo tratamento medico especializado e sistemático em instituição chamado manicômio as condições dessas instituições manicomiais eram precária e a maioria dos pacientesnão tinha diagnostico de doença mental (LOUCURA) os cuidados eram prestados por curandeiros católicos especialmente os jesuítas, Não havia especialistas em psiquiatria, Os pacientes eram epilético alcoolista homossexuais prostitutas gente que se tornara incomoda para alguém com mais poder além disso comiam ratos bebiam esgotos ou urina eram espancados morriam de frio de fome e de doença 
Desse modo, podemos perceber, a partir do histórico da loucura, as diferentes funções do manicômio. A função mais antiga é a de recolher os loucos, juntamente com outras minorias, isolando-os em edifícios antigos mantidos pelo poder público ou por grupos religiosos (RAMMINGER, 2002). Em seguida, surgiram as instituições hospitalares com objetivo de realizar tratamento médico, porém os funcionários responsáveis não tinham formação médica, muitas vezes eram religiosos. E a partir do século XIX surgiram as instituições que acolhiam apenas doentes mentais, oferecendo tratamento médico especializado e sistemático em instituições chamadas de manicômios. As condições dessas instituições manicomiais eram precárias e a maioria dos pacientes não tinha diagnóstico de doença mental (loucura). Os pacientes eram, “[...] epiléticos, alcoolistas, homossexuais, prostitutas, gente que se rebelava gente que se tornara incômoda para alguém com mais poder” (...). Além disso, comiam ratos, bebiam esgoto ou urina, eram espancados, morriam de frio, de fome, de doença (ARBEX, 2013). Paradoxalmente, essas instituições justificavam suas práticas com o argumento da necessária limpeza social, livrando a sociedade de sujeitos considerados como parte de uma categoria social de desprezíveis e desajustados cujos comportamentos eram indesejáveis. As instituições manicomiais, portanto, exerciam a função social de disciplinar corpo e comportamentos. Era uma tecnóloga de poder que visava a atender aos padrões de civilidade produzidos na modernidade. A partir da propagação dessas instituições manicomiais, percebe-se também a influência do pensamento de Descartes, que identificou o pensamento como condição para a existência. Ou seja, a razão e o juízo são condições para o homem cuidar de si. Com a Revolução Francesa, evidencia-se a valorização de uma sociedade gerida por homens e pela razão, e assim iniciam-se, segundo Pitta (1996 apud VASCONCELOS, 2008, p. 50), “[...] a proteção da sociedade, calcada na ideia de periculosidade do louco, e a proteção do doente, asserção que os extremos da curva de normalidade necessitariam de assistência”. Desse modo, torna-se perceptível a desvalorização da desrazão, e a propagação de assistências, como os manicômios/hospitais psiquiátricos, aos ditos “loucos”. Segundo Ramminger (2002), a partir do século XIX a defesa da existência de instituições manicomiais domina toda a Europa, e foi considerado como a modalidade terapêutica mais eficaz, apesar do reconhecimento dos pontos negativos como violência, isolamento e as práticas coercitivas que eram justificados como um mal necessário. Michel Foucault traz uma discussão em sua obra História da Loucura relacionando a violência existente nessas instituições com a influência dessa visão para a psiquiatria. Entende que essa insistência na violência que reenvia a força bruta, desequilibrada, passional, física e irregular pode obstruir uma compreensão das relações de poder calculadas, racionais e medidas que caracterizam a psiquiatria. O poder, assim como a violência, se refere ao corpo, toma ao corpo como objeto, mas ele não responde a forças irracionais e confusas. (CAPONI, 2009, p. 97).
A reforma psiquiátrica no Brasil
Após a 2ª Guerra Mundial, surgiram na Europa e Estados Unidos, movimentos contrários a então tradicional forma de tratamento da loucura. Citamos como exemplo, o Movimento Institucional na França e as Comunidades Terapêuticas na Inglaterra, que culminaram em movimento mais amplo de antipsiquiatria. Defendiam perspectivas humanistas sobre a saúde mental (GOULART, 2006). A emergência dessa reforma no Brasil iniciou-se no final da década de 1970, com a constituição do Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental (MTSM), a partir de denúncias contra as violências em asilos e as péssimas condições de trabalho dentro dos manicômios/instituições psiquiátricas. (ZAMBENEDETTI; SILVA, 2008). Apesar de não haver uma influência direta de Michel Foucault nesse processo de reforma na psiquiatria, é inegável a importância das ideias e obras desse pensador, já citadas anteriormente (SANDER, 2010).
No Brasil as redes assistenciais eram ofertadas de forma massiva, nos anos 1960 até a década de 1980, sustentada por recursos advindos da unificação da Previdência Social (GOULART, 1992, apud GOULART, 2006). Essa rede trabalhava com modelos terapêuticos precários, com uso abusivo de psicofármacos e com o isolamento dos doentes mentais em manicômios. As consequências foram inúmeras, como a superlotação, erros médicos, índices de mortalidade e segregação dos usuários (GOULART, 2006). Esta situação se baseava na legislação de 1934, composta pelos artigos 9º, 10º e 11º, que ficou em vigor no Brasil até o ano de 2000, e nos termos de Figueiredo (1988 apud GOULART, 2006, p. 5):
Art. 9° Sempre que, por qualquer motivo, for inconveniente a conservação do psicopata [doente mental] em domicílio, será o mesmo removido para estabelecimento psiquiátrico. Art. 10° O psicopata ou indivíduo suspeito que atentar contra a própria vida ou de outrem, perturbar ou ofender a moral pública, deverá ser recolhido a estabelecimento psiquiátrico para observação ou tratamento. Art. 11° A internação de psicopatas, toxicômanos e intoxicados habituais em estabelecimentos psiquiátricos, públicos ou particulares, será feita: a) por ordem judicial ou requisição de autoridade policial; b) a pedido do próprio paciente ou por solicitação do cônjuge, pai ou filho ou parente até quarto grau, inclusive, e, na sua falta, pelo curador, tutor, diretor de hospital civil ou militar, diretor ou presidente de qualquer sociedade de assistência social, leiga ou religiosa, chefe de dispensário psiquiátrico ou ainda por alguns interessados, declarando a natureza de suas relações com o doente e as razões que determinantes da sua solicitação.
As internações ocorriam de forma automática e arbitrária, ou seja, uma verdadeira autorização de sequestro, privando o paciente de liberdade, mantendo-o em cativeiro. Com o decorrer das reivindicações, ainda nesse período, ocorreu um incentivo a multiprofissionalidade dentro dos hospitais psiquiátricos, sendo um ponto central a entrada do profissional de psicologia na saúde pública. Ocorreu, então, a implementação de ambulatórios juntamente a um modelo preventivista. Porém, na prática, o modelo começou a demonstrar fragilidade e incapacidade ao processo de desospitalização, como a intensificação de sintomas e o atendimento a grupos de pais (ZAMBENEDETTI; SILVA, 2008).
No Brasil, aos poucos as propostas da Reforma chegavam aos âmbitos governamentais, gerando o documento; Diretrizes para a área de Saúde Mental, redigido pelo Ministério da Saúde, na década de 1980, defendendo o tratamento extra-hospitalar, a limitação do período de internação, a reintegração familiar e a promoção de pesquisas epidemiológicas no campo da Saúde Mental (VASCONCELLOS, 2008). O momento histórico referia-se a um processo de redemocratização do País; uma transição da fase sanitarista – reformas com o princípio de inverter a política nacional de privatizante para estatizante e a implementação de serviços extra-hospitalares – para a fase de desinstitucionalização – desospitalização. (AMARANTE; TORRE, 2001). Dá-se, assim, espaço a realização de conferências e novas propostas para a elaboração de novos serviços/opções assistenciais. Foram realizadas duas Conferências Nacionais de Saúde Mental em 1987 e 1992, junto à inscrição da proposta do Sistema Único de Saúde (SUS) na Carta Constitucional de 1988, promovendo discussões e novas experiências no que diz respeito à loucura e ao sofrimento psíquico (AMARANTE; TORRE,2001). Um dos pontos, também, defendidos pela Reforma é o trabalho interdisciplinar, e não apenas a simples presença de psicólogos, assistentes sociais e terapeutas ocupacionais, mas sim a valorização desses profissionais. A impossibilidade de solucionar tais problemas propiciou o surgimento de diversos modelos assistenciais, novas teorias e práticas (VASCONCELLOS, 2008).
No Brasil, desde os anos 70, uma grande reforma da assistência à saúde mental foi colocada em marcha, com a participação de profissionais de saúde e de gestores públicos dos setores federais, estaduais e municipais, pacientes e membros das comunidades. Isso foi necessário porque, até então, pessoas com problemas psíquicos (transtornos mentais) eram atendidas em serviços públicos apenas quando internadas em hospitais psiquiátricos. Da mesma forma, a população que apresentava problemas com álcool ou outras drogas só tinha como opção a internação psiquiátrica.
Porém, o tempo e a experiência demonstraram que a internação em hospitais psiquiátricos não é adequada para grande parte dessas pessoas por que; 
Pessoas com problemas com álcool e outras drogas necessitam de projetos terapêuticos específicos, diferentes dos projetos para outros transtornos mentais;
O tratamento no hospital não prepara os pacientes para lidarem com as situações difíceis do seu dia a dia fora do hospital;
O modelo centrado no hospital (hospitalocêntrico) é muito mais caro e não coloca em ação os recursos dos serviços extra-hospitalares;
Os problemas relacionados ao uso de álcool e outras drogas não têm origem só na biologia (os efeitos no cérebro, a genética) de cada pessoa, mas também em sua história de vida, em sua estrutura psicológica e no seu contexto econômico, social e cultural.
O problema das drogas transcende uma dimensão estritamente clínica, portando implicações que devem incluir todo o corpo social nas estratégias desenvolvidas no cuidado (DELGADO, 2001). Por isso, os pacientes precisam de uma abordagem multidisciplinar, ou seja, de muitos profissionais com formações diferentes, além da assistência médica, como psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais etc. Como você já viu, esses pacientes precisam também de reinserção social, o que só poderá ser alcançado com a participação e o compromisso de profissionais de diferentes formações, e não apenas do médico. Além de todos esses motivos, sabe-se que os hospitais psiquiátricos muitas vezes são construídos de forma a conter e manter pessoas em espaços restritos, enquanto pessoas que têm problemas com drogas podem e devem circular e desenvolver atividades terapêuticas. A internação no hospital psiquiátrico reforça o estigma e o preconceito contra pessoas que têm problemas com álcool e outras drogas, contribuindo para o desrespeito aos direitos de cidadania e dificultando a reinserção dos dependentes de álcool e outras drogas em sua família, em seu trabalho, em seu grupo social.
Assim, o modelo anterior de assistência a usuários de álcool e outras drogas com internações em hospitais psiquiátricos foi rejeitado por ser:
Hospitalocêntrico – sem contato estreito com outros recursos da saúde e da comunidade;
 Centrado no médico;
Inadequado para execução de projetos terapêuticos específicos;
 Inadequado com relação à estrutura física (fechada) do hospital;
Um incentivo ao preconceito e à estigmatização. 
Por esses motivos, a reforma psiquiátrica brasileira tem substituído os grandes hospitais psiquiátricos por uma rede de assistência à saúde mental que procura garantir os direitos e maior acesso à circulação social dos usuários. No caso da assistência a usuários de drogas, “costurar” essa rede significa enfrentar muitos desafios. Entre esses desafios encontra-se a distribuição heterogênea (não uniforme, desigual) dos problemas com álcool e outras drogas, entre as pessoas que as utilizam (DELGADO, 2005). Como mostra a Figura a seguir, isso significa que há muitas pessoas que usam substâncias sem nunca desenvolverem problemas; há algumas que apresentam problemas, mas ainda não perderam o controle; e uma minoria que tem problemas e não consegue controlar o uso (dependência).
O Ministério da Saúde editou, em abril de 2002, uma portaria técnica implantando o Programa Nacional de Atenção Comunitária Integrada a Usuários de Álcool e outras Drogas (BRASIL, 2004a), Programa a ser desenvolvido de forma articulada pelo Ministério da Saúde e pelas Secretarias de Saúde dos Estados, Distrito Federal e Municípios. Orientado pelas diretrizes do Sistema Único de Saúde e da Reforma Psiquiátrica, esse Programa tem como princípios:
A ênfase em serviços não hospitalares;
A noção de rede; 
A comunicabilidade e a acessibilidade; 
O papel dos CAPS-AD;
O controle social; 
A abordagem multidisciplinar; 
O apoio às estratégias de Redução de Danos; 
A noção de território; 
A articulação entre Tratamento/Prevenção/Educação; 
A inclusão social; 
A defesa da integralidade e da intersetorialidade na construção do cuidado.
A Política Nacional sobre Drogas (PNAD) (BRASIL, 2005 – coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas – SENAD), que em seu, capítulo sobre: “Tratamento, recuperação e reinserção social”, também propõe que:
 “O acesso às diferentes modalidades de tratamento e recuperação, reinserção social e ocupacional deve ser identificado, qualificado e garantido como um processo contínuo de esforços disponibilizados de forma permanente para os usuários, dependentes e seus familiares, com investimentos técnico e financeiro de forma descentralizada”. 
(BRASIL, 2005)
A PNAD: 
Reforça a necessidade de ações de reinserção familiar, social e ocupacional “por meio de parcerias e convênios com órgãos governamentais e organizações não governamentais, assegurando a distribuição descentralizada de recursos técnicos e financeiros”; 
Propõe a “integração das intervenções para tratamento, recuperação”; 
Lista os componentes da rede, incluindo entre estes o corpo de bombeiros, as clínicas especializadas, as casas de apoio e convívio e as moradias assistidas; 
Destaca a integração com o SUS e o Sistema Único de Assistência Social; 
Orienta para que sejam contempladas as estratégias de Redução de Danos e a necessidade de reinserção social e ocupacional. 
A Política do Ministério da Saúde para Atenção Integral a Usuários de Álcool e outras Drogas também destacava a heterogeneidade das pessoas (BRASIL, 2004a), demonstrando que existem múltiplos programas adaptados às diferentes necessidades. Além disso, o Ministério da Saúde assume de modo integral e articulado o desafio de prevenir, tratar, reabilitar usuários de álcool e outras drogas como um problema de saúde pública. Assim, vemos que a necessidade de integração e articulação de diferentes setores e atores do corpo social é reconhecida por órgãos como a SENAD e o Ministério da Saúde, confirmando que a atenção e o cuidado em uma rede dirigida às pessoas que apresentam diferentes problemas com álcool e outras drogas devem ser diversificados e amplos, para atender às suas diferentes necessidades.
O cuidado integral, um dos princípios do SUS, e que não poderá ser alcançado apenas por um serviço ou profissional, mas por meio de uma rede de atenção: um cuidado integral, ou o mais próximo possível disso, para atender às diferentes necessidades das diferentes pessoas, que usam de forma mais ou menos controlada, têm alguns problemas, ou já apresentam quadros graves de dependência de álcool e outras drogas. Para construir uma Rede de Atenção Integral para essa população e suas famílias, que também apresentam, muitas vezes, prejuízos em maior ou menor grau, relacionados ao uso abusivo ou dependência de álcool e outras drogas, os profissionais de saúde devem se reunir e trabalhar juntos, de forma complementar. Essa rede deverá também ser igualmente integrada a outros setores, uma rede intersetorial, com o propósito de atender às pessoas de forma efetiva em seu tratamento e em seu processo de reconstrução, em sua reabilitação social.
A rede tem por objetivoaumentar o acesso e o acolhimento, considerando que os locais de ações de saúde podem ser “tanto os diferentes locais por onde circulam os usuários de álcool e outras drogas como os equipamentos de saúde flexíveis, abertos, articulados com outros pontos da rede de saúde, mas também das de educação, de trabalho, de promoção social”. Isto é necessário para que “a promoção, prevenção, o tratamento e a reabilitação sejam contínuos e se deem de forma associada” (BRASIL, 2004a). Essa visão propõe que a rede não inclua apenas profissionais e serviços de saúde, mas também “(...) familiares, (...) organizações governamentais e não governamentais em interação constante, cada um com seu núcleo específico de ação, mas apoiando-se mutuamente (...)” (BRASIL, 2004a).
A partir das diretrizes do movimento da Reforma Psiquiátrica, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são considerados os serviços estratégicos de saúde mental, entre outros motivos, por se organizarem em equipes multidisciplinares e complementares, e procurarem atender às diferentes necessidades das pessoas em seu processo de tratamento e reabilitação. Mas é importante ressaltar que a assistência não ocorre apenas nos CAPS. Ao contrário, como as pessoas que usam álcool e outras drogas têm padrões de uso e de dependência diferentes e, portanto, de gravidade também diferente, a maioria pode e deve ser atendida pela rede básica de saúde, reservando o atendimento nos CAPS apenas para os pacientes graves. Conforme a orientação do Ministério da Saúde (BRASIL, 2004b), a rede básica de saúde inclui os centros ou unidades de saúde locais e/ou regionais, as Estratégias Saúde da Família e Agentes Comunitários de Saúde. As equipes da rede básica de saúde devem manter contato e integração permanente com os CAPS.
Muitos são os dispositivos de saúde/saúde mental inseridos no território e articulados aos CAPS, constituindo com estes e a partir destes uma Rede de Atenção Psicossocial – RAPS (BRASIL, 2011). Entre os princípios da rede encontra-se a ideia de que a cobertura dos serviços de saúde contemple a noção de território. O território não é apenas a área geográfica, mas é também o espaço em que circulam as pessoas, com seus sofrimentos e alegrias, suas instituições e os locais que elas frequentam (igrejas, cultos, escola, trabalho, bares etc.). O território compreende um sentido mais subjetivo, próprio a cada pessoa, em particular, influenciado pelas diferentes culturas presentes em diferentes pessoas de um mesmo bairro, cidade ou família.
“Distinguir território de área geográfica talvez seja o primeiro e um importante passo para que governos, equipes, profissionais possam tomar para si a responsabilidade de tratar.” (Pitta, 2001).
Assim, desde 2002-2003, o Ministério da Saúde (BRASIL, 2004) já indicava que, na constituição de rede, devem participar “todos os recursos afetivos (relações pessoais, familiares, amigos etc.), sanitários (rede de saúde), sociais (moradia, trabalho, escola, esportes etc.), econômicos (dinheiro, previdência etc.), culturais, religiosos e de saúde nos esforços de cuidado e reabilitação psicossocial”. Acerca da importância das estratégias de inclusão de múltiplos atores e setores na construção de uma rede de atenção territorial para essa população, concordamos com Ramôa (2009) quando esta ressalta que: Nos últimos anos, a cena pública vem apresentando evidências da disseminação do mercado e do uso do crack, consumido por adultos, adolescentes e crianças, trazendo impactos sociais e à saúde da população. Em relação a essas formas de uso, dificilmente podemos falar de um uso menos nocivo ou controlado.
O papel dos CAPS
Os CAPS têm um papel estratégico na articulação, assistência e regulação da rede de saúde. Os CAPS devem desenvolver projetos terapêuticos e comunitários, dispensar medicamentos, encaminhar e acompanhar pacientes que moram em residências terapêuticas, apoiar e dar retaguarda ao trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde e equipes de Saúde da Família. O CAPS é um lugar de referência comunitário para pessoas com transtornos mentais, psicoses, neuroses graves e quadros com gravidade e/ou “persistência que justifique sua permanência num dispositivo de cuidado intensivo, comunitário, personalizado e promotor de vida” (BRASIL, 2004b).
A partir da função que cumprem, de dispositivos estratégicos em saúde mental, os CAPS têm por objetivo (BRASIL, 2004b):
Prestar atendimento em regime de atenção diária; 
Construir junto ao usuário e gerenciar projetos terapêuticos individualizados, oferecendo cuidados clínicos, eficientes e personalizados; 
Promover a inserção social dos usuários por meio de ações intersetoriais que envolvam educação, trabalho, esporte, cultura e lazer, montando estratégias conjuntas de enfrentamento dos problemas; 
Organizar a rede de serviços de saúde mental de seu território; 
Dar suporte e supervisionar a atenção à saúde mental na rede básica, ESF (Estratégia Saúde da Família), PACS (Programa de Agentes Comunitários de Saúde); 
Regular a porta de entrada da rede de assistência em saúde mental de sua área; 
Coordenar, junto com o gestor local, as atividades de supervisão de unidades hospitalares psiquiátricas que atuem no seu território; 
Manter atualizada a listagem dos pacientes de sua região que utilizam medicamentos para tratamentos de sua saúde mental.
Nos CAPS, os pacientes devem ser atendidos com projetos terapêuticos individualizados, ou seja, cada paciente deve ter um projeto terapêutico, planejado de acordo com as necessidades identificadas, com a colaboração de uma equipe multidisciplinar – de forma a contemplar o maior número possível daquelas necessidades – e contando com a participação e o compromisso permanente do próprio paciente nas decisões tomadas.
Esse projeto terapêutico individualizado deve levar em conta o que possa existir em comum entre os pacientes (como o diagnóstico, uma comorbidade, o tipo e padrão de uso de drogas) e também o que existe de pessoal (sua história, suas capacidades, seu apoio familiar e social, sua inserção ou não no trabalho, suas escolhas etc.). Cada paciente pode, e deve ser atendido segundo a intensidade de atenção necessária, em uma de três possíveis modalidades: intensiva, semi-intensiva e não intensiva. Algumas atividades no CAPS são feitas em grupo, outras são individuais, algumas destinadas às famílias e outras envolvem a comunidade.
Quando uma pessoa é atendida em um CAPS, ela tem acesso a vários recursos terapêuticos:
Atendimento individual: médico, psicoterápico, orientação; 
Atendimento em grupo em várias modalidades de oficinas terapêuticas – expressivas geradoras de renda, alfabetização, culturais –, grupos terapêuticos, atividades esportivas, atividades de suporte social, grupos de leitura e debates, grupos de confecção de jornal;
Atendimento para a família/comunidade incluindo, visitas domiciliares, atividades desenvolvidas em conjunto com associações de bairro e outras instituições existentes na comunidade que têm como objetivo ampliar as trocas sociais (festas comunitárias, caminhadas com grupos da comunidade, participação em eventos e grupos dos centros comunitários etc.), assembleias e reuniões do serviço.
Os CAPS podem se organizar das seguintes formas: 
CAPS I – Em municípios com população entre 20.000 e 70.000 habitantes. Funciona das 8 às 18h, de 2ª a 6ª feira. 
CAPS II – Em municípios com população entre 70.000 e 200.000 habitantes. Funciona das 8 às 18h, de 2ª a 6ª feira, e pode ter um terceiro período, funcionando até 21h. 
CAPS III – Em municípios com população acima de 200.000 habitantes. Funciona 24h, diariamente, também nos feriados e fins de semana. 
CAPS i (para a infância e adolescência) – Em municípios com população acima de 150.000 habitantes. Funciona das 8 às 18h, de 2ª a 6ª feira, e pode ter um terceiro período, funcionando até 21h. 
CAPS-AD – Em municípios com população acima de 70.000 habitantes. Funciona das 8 às 18h, de 2ª a 6ª feira, e pode ter um terceiro período, funcionando até 21h.
O quesão os CAPS-AD?
 São CAPS específicos para usuários de álcool e outras drogas, denominados “Centros de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas”. Seu objetivo é o atendimento diário à população que apresenta graves transtornos decorrentes do uso e dependência de substâncias psicoativas, como álcool e outras drogas. Esse tipo de CAPS possui leitos de repouso com a finalidade de cuidado, como, por exemplo, para desintoxicações e outras condições clínicas que necessitam de intervenções médicas e de enfermagem e que possam ser acompanhadas ambulatoriamente. Na construção da rede de atenção a usuários de álcool e outras drogas, a implantação de CAPS-AD pelo Brasil afora inclui não apenas a designação ou construção de um espaço para o CAPS, mas também a montagem e capacitação da equipe multidisciplinar e a articulação com os demais atores da rede.
Quando estão funcionando adequadamente, o Ministério da Saúde os cadastra e então passa a financiar seu funcionamento, o que acontece por meio do repasse, aos municípios, dos gastos realizados com os tratamentos, pagos às Secretarias de Saúde por APACs, que são Autorizações por Procedimentos de Alta Complexidade e pelo RAAS – Registro de Ações Ambulatoriais em Saúde, instituído com o objetivo de incluir as necessidades relacionadas ao monitoramento das ações e serviços de saúde conformados em Redes de Atenção à Saúde e definida a utilização do instrumento de registro da Atenção Psicossocial, que tem por objetivo registrar mensalmente as ações de saúde realizadas durante o período de atendimento ao usuário do SUS. O RAAS está em fase de implementação na atenção psicossocial e deverá extinguir a APAC (Portaria nº 276, de 30 de março de 2012 e Portaria nº 854, de 22 de agosto de 2012). De fato, é importante sempre lembrar que os CAPS-AD devem ficar responsáveis somente pelos casos mais graves e complexos identificados na comunidade, ou seja, aqueles casos que apresentam um padrão de dependência, ou grave comprometimento sociofamiliar, e não por toda e qualquer pessoa que tenha problemas com álcool e outras drogas. Essas pessoas, que constituem a maior parcela da população, podem e devem ser atendidas nos serviços de Atenção Básica de Saúde, contando com o apoio dos CAPS-AD, e devem atuar de forma articulada com o restante da rede de saúde e dos outros serviços necessários ao cuidado. Nos últimos anos, o crescimento dos problemas – especialmente aqueles relacionados às problemáticas envolvidas na dependência do crack –, assim como a preocupação com o uso de drogas por pessoas que vivem na rua, motivaram a inserção nas políticas sobre drogas de novos dispositivos e estratégias, como as Unidades de Acolhimento, através da publicação da Portaria GM/MS nº 121, e dos Consultórios na Rua, implementados pela Portaria GM/ MS nº 122, ambas de 25 de janeiro de 2012.
A habitação e as necessidades básicas de vida podem também ser atendidas pela implementação de Casas de Passagem ou Abrigos, que podem ser constituídos a partir da iniciativa das Secretarias de Assistência Social. São também complementares ao cuidado os Grupos de Ajuda Mútua, de orientação religiosa ou não, as Comunidades Terapêuticas, os Centros Culturais e de Convivência, as Oficinas Terapêuticas, entre outros. Durante o ano de 2005 (BRASIL, 2004c), visando à ampliação e diversificação da rede de saúde dirigida ao cuidado com a população com problemas mais ou menos graves provocados pelo uso de drogas, o Ministério da Saúde publicou Portaria com normas para a utilização de leitos de hospitais gerais para o atendimento de usuários de álcool e outras drogas. Esse fato foi uma resposta sensível e importante à percepção da necessidade de assistência com recursos mais complexos para os casos em que os pacientes apresentassem situações mais graves que aquelas possíveis de serem atendidas nos CAPS-AD. Nesses casos, o papel dos Hospitais Gerais na rede de assistência a usuários de álcool e outras drogas é o de realizar internações breves, para as situações de tratamento de desintoxicação ou abstinência e atendimentos de intercorrências e emergências clínicas, gerais e cirúrgicas. Em 2012 foi identificada também a necessidade dos Leitos de Atenção Integral. Esses leitos são dispositivos de hospitalidade e de acolhimento noturno do CAPS-AD III e devem estar articulados à rede de atenção à saúde mental: leitos de Hospitais Gerais, de CAPS III, das emergências gerais, dos Serviços Hospitalares de Referência para Álcool e Drogas. Além dos pacientes que são encaminhados para os Hospitais Gerais por apresentarem problemas com o uso de substâncias claramente identificados, muitas pessoas com os mesmos problemas (não identificados) são atendidas quando procuram assistência para outras queixas de saúde. Nesses casos, a assistência no Hospital Geral fornece uma importante oportunidade para a identificação precoce de pessoas com problemas com álcool e outras drogas. Isso ocorre porque muitas vezes pessoas que usam álcool e outras drogas procuram os Hospitais Gerais devido a danos relacionados ao uso de álcool ou outras drogas (por exemplo: acidentes, intoxicação, abstinência, doenças associadas etc.), muito tempo antes de procurar os serviços especializados no tratamento de dependência de álcool ou outras drogas. Identificar na assistência às pessoas com problemas decorrentes de drogas quais os locais mais indicados para acolhimento e atendimento na rede de cuidados não é tarefa fácil mesmo para um profissional experiente, mesmo no trabalho multidisciplinar de construção do cuidado: um adulto, jovem ou criança, em situação de uso abusivo e/ou dependência de drogas; agrava, melhora, avança, se articula, se recolhe... ou evade, e por vezes desaparece. Dessa forma, cabe lembrar que a questão clínica do abuso ou dependência de drogas não será jamais estática, porque são vivos os sujeitos que se utilizam de drogas e movimentam se traçando caminhos próprios, muitas vezes indicando-nos nesses movimentos as possibilidades de construção das redes que necessitam. Assim como seus agravos clínicos, que se modificam e se alteram muitas vezes muito rapidamente, impondo a necessidade de alteração na estratégia clínica anteriormente traçada, também seus frágeis ou mesmos bruscos movimentos podem auxiliar no desenho da rede que melhor poderá acolhê-los e vinculá-los, construindo por vezes saídas singulares para a vida e seus possíveis novos movimentos (CERQUEIRA et al, 2010). Por essa razão, é importante utilizar tanto os espaços urbanos, através das Equipes dos Consultórios na Rua quanto as equipes dos Hospitais Gerais, para identificar situações de risco e oportunidades para realizar intervenções. É de fundamental importância que os profissionais sejam capacitados para fazer a identificação precoce, podendo nessas situações realizar internações breves e muitas vezes resolutivas, que levem em consideração o respeito às escolhas individuais, os princípios de Redução de Danos e uma postura não estigmatizadora. Muitos são os desafios que ainda persistem para a construção da rede de atenção aos problemas relacionados ao uso problemático ou à dependência de álcool e outras drogas:
Dificuldades locais para a estruturação, ampliação e articulação da rede; 
Necessidade de potencializar a capacitação dos profissionais que trabalham em todos os pontos da rede; 
Aperfeiçoamento da assistência, que se dará certamente e apenas pela prática, no cotidiano compartilhado do trabalho e do cuidado, pela participação responsável dos diversos profissionais e usuários comprometidos na construção desse cuidado, e pela contribuição das atividades de pesquisa e avaliação permanente sobre a produção de cuidado em curso nessa rede; 
Potencialização e articulação das diversas políticas, de saúde, trabalho, assistência social, educação, habitação, segurança pública, cultura e lazer, desportos etc., visando à consolidação das diretrizes em curso, assim como à construção compartilhada de novas alternativas de cuidado.
CONCLUSÃO
Por fim, mesmo com todas as limitaçõesproblemáticas que o movimento da 
Reforma Psiquiátrica enfrentou, percebe-se que até aqui ela é um processo positivo e bem sucedido, teoricamente, visto que se os envolvidos que dão sentido aos serviços de saúde mental (profissionais, gestores e comunidade) não se empenhar em avançar sob os paradigmas, estereótipos e preconceitos que rondam o campo da saúde mental é possível um retrocesso no que já foi conquistado ou estagnar. Algumas ações são necessárias para mudar o tratamento dado ao individuo com transtorno mental que são duas: oferecer uma rede de cuidados que ajude o paciente a viver na comunidade e construir uma atitude nova da sociedade em relação ao doente mental. A Reforma Psiquiátrica conquistou serviços e programas importantes que ajudam na primeira ação citada “oferecer programa de assistência psicossocial é uma das iniciais RT’s e o programa “De volta pra casa”, essa tríade, se utilizada de forma correta são grandes ferramentas. Após as primeiras críticas radicais ao modelo manicomial, ao totalitarismo das instituições psiquiátricas, novas formas de produzir cuidado em saúde mental foram adquiridas, logo consolidou-se como uma política pública nacional de saúde, muitas ações se prolongam neste tempo.Quando se fala em rede não é somente na saúde, mental, mas na saúde desde a atenção básica, educação, lazer, segurança, moradia e tudo o que um cidadão necessita para sobreviver, a intersetorialidade desenvolvendo ações no campo da saúde mental. 
Propondo que os processos historiados e discutidos neste artigo, que abrangem diferentes níveis, sejam colocados na seguinte perspectiva: sempre esteve na base da psiquiatria a questão problemática do agenciamento social da loucura. Quando se fala em substituição asilar, deve-se ter em mente que, há duzentos anos, a psiquiatria foi fundada e instituíra como aparo social encarregado de responder ou poblema da loucura. A partir de então, este poblema , que antigamente batia a porta de outras instituições sociais, passou a bater à porta da psiquiatria. Na maior parte desses duzentos anos (a bem dizer, até hoje), a psiquiatria respondeu a isso com a internação, manteve como resposta a mesma prática social anterior à sua fundação e que lhe deu origem. A Reforma Psiquiátrica é a tentativa de dar ao problema da loucura uma outra resposta social, não asilar: evitar a internação como destino e reduzi-la a um recurso eventualmente necessário, agenciar o problema social da loucura de modo a permitir ao louco manter-se, como se diz, na sociedade. As razões pelas quais a psiquiatria não foi capaz de oferecer essa outra resposta começam no mandato social que a legitima (o mandato de reclusão dos loucos), passam pelos valores culturais e sociais mais amplosde segregação da diferença, incluem o caráter refratário ao laço social característico da própria psicose e culminam na dificuldade técnica e gerencial de promover com eficácia e abrangência essa outra resposta. De modo geral, a reforma enfrenta com mais eficácia cada uma dessas dimensões Como a distância que existe entre a efetivação da Lei que redireciona o modelo de atenção às pessoas com transtorno mental, entre o cotidiano dos serviços de saúde, principalmente os serviços direcionados a estas pessoas; a falta de apropriação técnico e teórica por parte dos profissionais da assistência; a falta de investimento no campo da saúde mental por parte da gestão e o entendimento do novo modelo de assistência no campo da saúde mental por parte de todos. Além de outras questões que foram apresentadas neste trabalho. Finalmente, para além de promover um aperfeiçoamento técnico e 
institucional do tratamento em saúde mental, a Reforma Psiquiátrica tem efeitos positivos também do ponto de vista da cidadania Brasileira. Movimentando-se no sentido contrário ao da redução das políticas sociais do Estado, ela aponta para a construção de uma sociedade mais inclusiva e para a recuperação do sentido público de nossas ações. Conclui-se neste artigo uma breve analise crítica do tema abordado, assim como o reconhecimento das transformações que o processo da Reforma Psiquiátrica acarretou na saúde mental, bem como a reformulação do modelo de tratamento em saúde mental no país, o qual se deslocou do modelo médico psiquiátrico centrado no hospital para propor um modelo psiquiátrico sustentado em serviços diversificados e comunitários, priorizando o trabalho em rede. Além das conquistas trazidas pela Reforma, é preciso considerar que há muito que avançar. É preciso que todos os envolvidos considerem a Reforma Psiquiátrica uma luta política para uma transformação social, em estreita vinculação com a Reforma Sanitária.
Por fim, a Reforma Psiquiátrica Brasileira é um processo social complexo que 
tem em sua dimensão sociocultural, um projeto de construção de um novo lugar social para a loucura, por meio da transformação do seu imaginário social e de suas relações com a sociedade.
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