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• Universidade Federal da Paraíba • Centro de Ciências da Saúde Curso de Fisioterapia • CALOR RADIANTE • RAIOS TÉRMICOS • BANHO DE LUZ • RADIAÇÃO TERMOGÊNICA INFRAVERMELHO Profª Renata Newman Luz A luz é uma onda eletromagnética, cujo comprimento de onda se inclui num determinado intervalo dentro do qual o olho humano é a ela sensível. Luz visível - Situa-se entre a radiação infravermelha e a radiação ultravioleta. As três grandezas físicas básicas da luz : intensidade (ou amplitude), frequência e polarização (ângulo de vibração). No caso específico da luz, a intensidade se identifica com o brilho e a frequência com a cor. Velocidade : 299.792.458 m/s, Infravermelho Infravermelho São ondas eletromagnéticas cujo comprimento de onda são maiores que os da luz vermelha visível e se estendem até as regiões das micro-ondas entre 760nm e 1mm. Produção das radiações eletromagnéticas São emitidos por corpos quentes, e quanto maior a temperatura do corpo emissor, menor será a longitude da onda. A energia do “quantum” no espectro IV, só atua aumentando o movimento molecular e atômico (agitação térmica), e viajando através do vácuo até serem absorvidas por outro meio e produzindo a sensação de calor. Regiões do INFRAVERMELHO Podem ser subdivididas em três regiões ou bandas: A, B e C. Distinguidas por suas características de absorção TIPO COMPRIMENTO DE ONDA IV A 760-1400nm IV B 1400-3000nm IV C 3000nm-1mm (Não usado em terapia) Classificação anterior (antiga) IV próximo ou curto 760-1500nm IV distante ou longo 1500-15.000nm INFRAVERMELHO & LÂMPADA ELÉTRICA THOMAS ALVA EDISON (1847-1931) construiu uma lâmpada com filamento de carvão, que produziu luz por 2 dias. O princípio da lâmpada se baseia no enunciado do físico inglês JAMES PRESCOTT JOULE (1818-1889) “SEMPRE QUE UMA CORRENTE ELÉTRICA PERCORRE UM CONDUTOR ESTE APRESENTA UMA RESISTÊNCIA, QUE SE AQUECE E SE TORNA LUMINOSO”. TUNGSTÊNIO Tungstênio O metal mais utilizado e o “tungstênio” – que apresenta alta resistência, aquece com rapidez e só se funde acima de 3000oC. O tungstênio, também conhecido como volfrâmio, é um elemento químico metálico, duro e branco prateado. Ocorre na natureza no mineral wolframite, por isso seu símbolo é W. LEI DAS RADIAÇÕES Os raios IV, UV, e a luz visível, obedecem às leis da refração, reflexão, absorção. REFRAÇÃO – Um feixe de raios paralelos que se propaga no meio (1) incide sobre a superfície (S) e passa a se propagar no meio (2) REFRAÇÃO REGULAR Um feixe de raios paralelos que se propaga no meio (1) incide sobre a superfície (S) e retorna ao meio (1) REFLEXÃO DIFUSA Um feixe de raios paralelos que se propaga no meio (1) incide sobre a superfície (S) e retorna ao meio (1) perdendo o paralelismo e espalhando-se em todas as direções. ABSORÇÃO Um feixe de raios paralelos que se propaga no meio (1) incide sobre a superfície (S) e não retorna ao meio (1) nem se propaga no meio (2) sendo absorvido na superfície ocasionando o seu aquecimento. GERADORES LUMINOSOS • O vácuo evita a oxidação do filamento que produziria um depósito opaco no interior da lâmpada. • O pico de emissão ocorre perto de 1.000 nm mais a radiação se estende do IV longo, passando pela faixa visível até o UV. • Essas últimas radiações são absorvidas pelo vidro. • O vidro é avermelhado, absorvendo parte dos raios verdes e azuis para dar uma emissão visível vermelha. • O espectro vai desde 760-3.000 nm. Também existem filtros de vidro vermelho que absorvem os raios UV e os visíveis deixando passar somente os IV. Lâmpada de Infravermelho 2. Grandes, não- luminosas – 750- 1.000W Emissão Não-luminosa: 1. Lâmpadas menores (luminosas e não- luminosas) 250-500W A potência das fontes de IV pode ser descrita em termos gerais como”: 3. Lâmpadas luminosas, 600- 1500W Principalmente 3.000- 4.000 nm (IV longo), com cerca de 10% entre 1.500 nm e a visível (IV curto) Equipamento de Infravermelho Percentual de produção 5% visível Aproximadam ente 70% de IV curto Luminosa 24% de IV longo 1% de radiação UV absorvida pelo vidro da lâmpada A PELE ABSORÇÃO E PENETRAÇÃO DAS RADIAÇÕES IV E VISÍVEIS • A quantidade de reflexão da radiação visível varia com a cor da pele, porém para o IV terapêutico é insignificante. • Quase 95% da radiação, perpendicular à pele, é absorvida. • Em geral a água e as proteínas absorvem fortemente o IV. • O que acontece com qualquer radiação que entre na pele depende: • Estrutura • Vascularização • Pigmentação • Comprimento de onda, na maioria das vezes é crucial. Comprimento de onda (nm) Profundidade de penetração (mm) 800-900 2-4 IV curtos 3 1.200 Pouca 1.100 0,36 1.200 5-10 IV próximos 1-2,5 Profundidade de penetração do IV segundo diferentes autores: Penetração Penetração A profundidade de penetração é a profundidade na qual cerca de 63% da energia da radiação foi absorvida e 37% ainda permanece. Não é nem a profundidade na qual todas as radiações penetram nem a profundidade além da qual nenhuma radiação penetra. EFEITOS FISIOLÓGICOS • Aumento da taxa metabólica; • Redução da viscosidade; • Aumento da extensibilidade do colágeno; • Estimulação de nervos sensoriais; • Alterações vasculares. USO TERAPÊUTICO • Alívio da dor e do espasmo muscular; • Promover a cicatrização e o reparo superficial; • Promover a flexibilidade dos tecidos e reduzir a rigidez. PREPARAÇÃO DO PACIENTE • Esclarecer ao paciente acerca do tratamento; • Preparação do local de tratamento (cama, lençóis, protetores dos olhos); • Equipamento a ser utilizado, com os devidos níveis de segurança; • Paciente deverá estar com a região a ser tratada desnuda; • Observa se há sensibilidade cutânea ao calor ou ao frio; • Advertir ao paciente que o calor deverá ser agradável; • Não tocar na lâmpada, e nem ficar muito próximo; • Evitar movimentos indevidos. POSIÇÃO DA LÂMPADA EM RELAÇÃO AO PACIENTE • A lâmpada deve fazer com a pele um ângulo reto de 90 o assegurando uma absorção máxima; • Distância da lâmpada ao paciente varia de 50-75 cm, segundo a potência do gerador. APLICAÇÃO DO TRATAMENTO Tempo? 20 minutos (dependendo da integridade da pele). PERIGOS • Queimaduras; • Irritação da pele; • Pressão sanguínea reduzida; • Desidratação; • Descargas elétricas por fios; • Cefaléia; • Lesões oculares. CONTRA- INDICAÇÕES • Sensibilidade térmica cutânea comprometida; • Circulação cutânea arterial deficiente; • Pacientes cujo nível de consciência esteja acentuadamente reduzido; • Doença aguda da pele, como dermatite ou eczema; • Regulação deficiente da pressão sanguínea; • Enfermidade febril aguda; • Tumores de pele podem ser estimulados a aumentar seu crescimento; • Zonas com perigo de hemorragias; • Crianças muito pequenas (pele sensível); • Pessoas muito idosas (pele envelhecida). • Referências REFERENCIA • LOW, J e REED, A. Eletroterapia explicada. Princípios e prática. 3ed, São Paulo: Manole, 2001; • KITCHEN, S.; BAZIN, S. Eletroterapia: Prática baseada em evidências. 11ª ed. São Paulo: Manole, 2003. Obrigada
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