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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIEˆNCIAS TECNOLO´GICAS DEPARTAMENTO DE FI´SICA FEX 1001 1 o PROVA DE FI´SICA EXPERIMENTAL - FEX 1001 Aluno: Turma: Prof. Mostre todos ca´lculos com clareza! 1.[2,0]A tabela abaixo apresenta os valores obtidos para a determinac¸a˜o experimental da massam de uma part´ıcula. m(g) 73,7 74,1 73,2 73,3 73,3 73,9 73,6 74,0 74,1 73,8 Com base nestes valores calcule: (a)(0,75) o valor mais prova´vel da massa da part´ıcula; (b)(0,75) o desvio me´dio; (c)(0,50) o erro percentual tendo como refereˆncia o valor 73, 9g, medido com uma balanc¸a. 2.[1,0] Efetue as seguintes operac¸o˜es expressando o resultado em nu´mero correto de algarismos significativos: (a)(0,25) 0, 234cm+ 23, 3mm− 1, 4dm = (c)(0,25) 0, 234N 1, 4m2 = (b)(0,25) 23, 3J × 10, 239s = (d)(0,25) √ 2, 33 + 3, 6 7, 891 = 3.[1,5] Sabe-se que a energia cine´tica de um carrinho de massa m e velocidade v e´ dada por E = mv2 2 . Um conjunto de medidas realizadas forneceu os valores m == (402, 3± 0, 1) g e v = (1, 23± 0, 12)cms. (a)(1,0) Escreva a equac¸a˜o do erro indeterminado para a energia cine´tica do carrinho em termos das grandezas f´ısicas envolvidas, ou seja, m e v. (b)(0,5) Calcule o valor da energia cine´tica do carrinho usando os valores apresentados e expresse o resultado na forma correta. 4.[4,5] Alguns estudantes estavam estudando o circuito RC e mediram a intensidade da corrente ele´trica no circuito em func¸a˜o do tempo. A tabela abaixo foi obtida: I(10−6A) 7,85 6,17 4,75 3,86 2,90 2,37 1,81 1,43 1,15 0,89 t(s) 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0 18,0 20,0 Sabe-se que a equac¸a˜o que rege o fenoˆmeno e´ I(t) = Ioe − t τ , onde Io e τ sa˜o constantes. (a)[1,0] Linearize a equac¸a˜o acima, mostrando claramente os coeficientes angular e linear da reta. (a)[2,0] Utilize o papel adequado para trac¸ar um gra´fico I × t que seja linear. (b)[1,5] Atrave´s de seu gra´fico, obtenha o valor das constantes Io e τ . Mostre os ca´lculos com clareza, indique os pontos lidos e indique-os no gra´fico. 5.[1.0] Em cada uma das medidas abaixo, indique o valor da medida, o nu´mero de algarismos significativos e o algarismo duvidoso. Gabarito Prova teo´rica P1 FEX1001/2011-2 E.L. Lapolli1 1 Departamento de Fisica, Universidade do Estado de Santa Catarina, Joinville, SC, CEP 89219-710, Brasil∗ (Dated: 28 de setembro de 2011) I. QUESTA˜O 1 a) m = ∑n i=1 mi n (1) = 73, 7 + 74, 1 + 73, 2 + 73, 3 + 73, 3 + 73, 9 + 73, 6 + 74, 0 + 74, 1 + 73, 8 10 (2) = 737, 0 10 (3) = 73, 70g (4) utilizando as regras de adic¸a˜o e divisa˜o para o calculo da me´dia da massa (valor mais prova´vel) obtemos m = 73, 70g. Note que o valo encontrado, apresenta uma precisa˜o maior que a fornecida pelo instrumento de medida, isso e´ muito comum em calculo de me´dia. Porem, o valor da me´dia na˜o podera´ apresentar algarismos significativos ale´m da casa decimal onde esta´ o duvidoso fornecido em cada medida. Em suma, a me´dia de um conjunto de medidas na˜o devera´ apresentar precisa˜o maior que a fornecida pelo equipamento. Isso nos leva ao seguinte resultado. m = 73, 7g b) |∆xi| = |x− xi| (5) (6) |∆mi|(g) 0 0,4 0,5 0,4 0,4 0,2 0,1 0,3 0,4 0,1 ∆m = ∑n i=1 |∆mi| n (7) = 0 + 0, 4 + 0, 5 + 0, 4 + 0, 4 + 0, 2 + 0, 1 + 0, 3 + 0, 4 + 0, 1 10 (8) = 2, 8 10 (9) = 0, 28g (10) Como o limite da precisa˜o e´ a do instrumento enta˜o: |∆xi| = 0, 28 (11) = 0, 3g (12) ∗Electronic address: lapollifsc@yahoo.com.br c) E% = |mref −m| mref × 100 (13) mref = 73, 9g (14) m = 73, 7g (15) E% = |73, 9− 73, 7| 73, 9 × 100 (16) = 0, 2 73, 9 × 100 (17) = 2, 7063599× 10−3 × 100 (18) = 3× 10−1% (19) = 0, 3% (20) II. QUESTA˜O 2 a) 0, 234cm+ 23, 3mm− 1, 4dm = 0, 234cm+ 2, 33cm− 14cm (21) = −11, 436cm (22) = −11cm (23) = −1, 1dm (24) b) 23, 3J × 10, 239s = 238, 5687 (25) = 239J.s (26) c) 0, 234N 1, 4m2 = 0, 1671428 (27) = 0, 17N/m2 (28) = 0, 17Pa (29) d) √ 2, 33 + 3, 6 7, 891 = √ 5, 93 7, 891 (30) = √ 0, 7514890 (31) = 0, 8668846 (32) = 0, 87 (33) No item d, em se considerando arredondamento passo a passo, ainda obteremos o valor de 0, 87 III. QUESTA˜O 3 m = (402, 3± 0, 1)g v = (1, 23± 0, 12)cm/s que no S.I. fica m = (402, 3± 0, 1)× 10−3 kg v = (1, 23± 0, 12)× 10−2m/s E = mv2 2 (34) = 402, 3× 10−3.(1, 23× 10−2)2 2 (35) = 402, 3.(1, 23)2 2 × 10−3−4 (36) = 304, 319835× 10−7 (37) = 304× 10−7 J (38) Considerando as unidades originais, sistemas cgs, obteremos, 304g.cm2/s2 o que equivale a 304 erg.Considerando o arredondamento passo a passo, ainda obtemos 304 erg ou 304× 10−7J . O erro propagado (indeterminado) e´ obtido da seguinte forma ∆E = ∣∣∣∣ ∂E∂m ∣∣∣∣∆m+ ∣∣∣∣∂E∂v ∣∣∣∣∆v (39) = v2 2 ∆m+mv∆v (40) = mv2 2 (∆m m + 2∆v v ) (41) = 304, 319835× 10−7 ( 0, 1 402, 3 + 2.0, 12 1, 23 ) (42) = 304, 319835× 10−7(2, 485707× 10−4 + 0, 195121) (43) = 304, 319835× 10−7(0, 195370) (44) = 59, 455125× 10−7 J (45) = 59× 10−7 J (46) = 59 erg sistema cgs (47) se consideramos o arredondamento passo a passo obteremos um valor diferente, 60× 10−7 J = 60 erg. segundo a teoria de erros a notac¸a˜o para energia e´ E = (304± 59)× 10−7 J IV. QUESTA˜O 4 A descarga em um capacitor de um circuito RC foi medida experimentalmente por um grupo de alunos. Foi medido a corrente em func¸a˜o do tempo gerando a seguinte tabela de dados. I(µA) 7,85 6,17 4,75 3,86 2,90 2,37 1,81 1,43 1,15 0,89 t(s) 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0 18,0 20,0 A equac¸a˜o teo´rica que modela o decaimento da carga no capacitor apresenta a seguinte forma: I = Ioe (− t τ ) (48) Sendo Io a corrente inicial, τ e´ a constante de tempo. Como citado no enunciado do problema a corrente e´ func¸a˜o do tempo, sendo assim, t sera´ nossa varia´vel independente e T sera´ nossa varia´vel dependente, logo o gra´fico sera´ plotado em uma relac¸a˜o I × t. na vertical sera´ plotado I(µA) e na horizontal t(s) A equac¸a˜o anal´ıtica e´ do tipo exponencial y = AeBx (49) O papel adequado e´ o monolog, pois a base e´ conhecida e os valores da tabela de dados ocupam mais que uma de´cada tanto na vertical. A equac¸a˜o linearizada adquire a seguinte forma Y = αX + β (50) Y ≡ ln(I) (51) X ≡ t (52) α ≡ −1 τ (53) β ≡ ln(Io) (54) Como na horizontal temos que construir a escala vide gra´fico figura 1 tdiv = tmax − tmin 180 (55) = 20, 0− 2, 0 180 (56) = 0, 1s/div (57) Optei por numerar de 30 e 30 diviso˜es o que equivale a numerar a escala a cada 3s. Para calcular o coeficiente angular utilizarei os pontos P1(5, 0; 5, 80) e P2(17, 0; 1, 30). Note que os valores da escala principal apresenta sempre 1 decimal e da escala vertical cada de´cada apresenta uma quantidade de decimais diferentes. α = Y2 − Y1 X2 −X1 = ln(A2)− ln(A1) t2 − t1 (58) = ln(1, 30/5, 80) 17, 0− 5, 0 = ln(0, 224137) 12, 0 (59) = −1, 495493 12, 0 (60) = −0, 1246244s−1 (61) = −0, 125s−1 (62) No arredondamento passo a passo o valor −0, 125 se mante´m. A partir do valor de α podemos calcular a constante de de tempo fazendo α ≡ −1 τ (63) −0, 1246244 = −1 τ (64) τ = 1 0, 1246244 (65) = 8, 024106s (66) = 8, 02s (67) Utilizando o valor de refereˆncia para o coeficiente angular como senso α = 0, 125s−1 o valor do τ sera´ igual a 8, 00 s A corrente inicial pode ser calculado utilizando-se o ponto P3(11, 5; 2, 40) da seguinte forma: I3 = Ioe −t3 τ (68) Io = I3e t3 τ (69) Io = 2, 40e 0,1246244.11,5 (70) = 2, 40.4, 1920111 (71) = 10, 06083 (72) = 10, 1µA (73) Usando o valor arredondado do coeficiente angular α = 0, 125s−1 e arredondando passo apasso, obtemos a seguinte corrente inicial: Io = 10, 1 µA, ou seja o valor e´ mantido. Realizando a plotagem via EXCEL obtemos o gra´fico da figura 2. Note do no gra´fico obtemos os seguintes valores=, ja´ arredondados, para as constantes: Io = 9, 94 µA e 1 τ = 0, 12 s−1 onde OBSERVAC¸A˜O 1: Os valores das constantes Io e τ podem se diferentes de aluno para aluno, pois a reta e´ trac¸ada a ma˜o, pore´m a quantidade de significativos na˜o muda. OBSERVAC¸A˜O 2: O item b) (marcado na prova como a)) sugerem um plote linear de I × t, o que nos conduz diretamente para um papel linear, pore´m um plote de lnI × t pode ser feito em papel milimetrado pode aparecer. Caso ocorra e tenha sido feito corretamente, pode ser considerado parcialmente correto. Pra o plot em papel milimetrado devemos refazer a tabela de dados obedecendo a relac¸a˜o de proporcionalidade dado pela relac¸a˜o entre as varia´veis que neste caso, temos ln(I) em func¸a˜o de t. Enta˜o obtemos a seguinte tabela. ln(I) 2,1 1,8 1,6 1,4 1,1 0,9 0,6 0,4 0,1 -0,1 t 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0 18,0 20,0 Esses valores foram colocados no EXCEL onde obtemos o gra´fico 3 Os valores de ln(I) foram obtidos diretamente sem o prefixo µ ou seja sem o valor 10−6 multiplicado pois o logaritmando e´ adimensional. Essa propriedade e´ fa´cil de ser provada da mesma forma que se faz a linearizac¸a˜o. V. QUESTA˜O 5 Medida No signifc duvidoso erro a) 42, 5m/s 3 5 ±2, 5 m/s b) 0, 4dm 1 4 ±0, 5 dm c) 5, 2cm 2 2 ±0, 5 cm d) 54, 6mm 3 6 ±0, 5 mm Note que a figura do veloc´ımetro a menor divisa˜o e´ 5m/s. Avaliando algumas apostilas para a disciplinas de FEX1001, observei que nada consta sobre diviso˜es mu´ltiplas de 5. Nestas apostilas constam que o erro da escala e´ a menor divisa˜o dividida por 2 (Eesc = div</2). Para o caso do veloc´ımetro, sera´ 2, 5m/s. O problema se encontra justamente no erro de escala deste dispositivo, pois apresenta um decimal. Bom, no meu ver, se 2, 5 indica a flutuac¸a˜o na escala, enta˜o a casa do 2 ja´ e´ duvidosa, enta˜o, o valor mais corretos seria Eesc = 2m/s. Com isso, o valo do duvidosos estaria na unidade e as medidas na˜o apresentariam casas decimais. Verificando a resposta do item a), nota-se claramente a presenc¸a do decimal, o que contradiz com minha opinia˜o, porem na apostila so´ consta (Eesc = div</2), o pior de tudo e´ que na figura, tem-se a impressa˜o que a posic¸a˜o do ponteiro do veloc´ımetro encontra-se exatamente na metade do caminho entre 40 e 45m/s o que pode justificar tal resposta. Enta˜o caso aparec¸am respostas tais como 42m/s, 43m/s, 42,5m/s e 42,0m/s podera˜o, ao meu ver, ser consideradas como certas. Figura 1: Gra´fico em papel monolog com o trac¸o da reta realizado manualmente. Figura 2: Gra´fico em papel monolog plotado via EXCEL. Figura 3: Gra´fico em papel milimetrado plotado via EXCEL.
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