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02 - Resumo Direito Constitucional - N2 - Remédios Constitucionais

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02 - Remédios constitucionais 
Remédios 
constitucionais 
São os meios colocados à disposição dos indivíduos pela Constituição para a 
proteção de seus direitos fundamentais. Denominam-se ações 
constitucionais quando visam provocar a atividade jurisdicional do Estado. 
Enumeração 
dos remédios 
constitucionais 
 
a) Habeas corpus (art. 5º, LXVIII). 
b) Habeas data (art. 5º, LXXII). 
c) Mandado de segurança individual (art. 5º, LXIX). 
d) Mandado de segurança coletivo (art. 5º, LXX). 
e) Direito de petição (art. 5º, XXXIV, a). 
f) Direito à certidão (art. 5º, XXXIV, b). 
g) Mandado de injunção (art. 5º, LXXI). 
h) Ação popular (art. 5º, LXXIII). 
i) Ação civil pública (art. 129, III). 
“Habeas 
corpus” (art. 
5º, LXVIII) 
Conceito 
O habeas corpus é a ação constitucional para a tutela da 
liberdade de locomoção, utilizada sempre que alguém 
estiver sofrendo, ou na iminência de sofrer, constrangimento 
ilegal em seu direito de ir e vir. 
Procedimento 
Trata-se de um rito especial, em que são dispensadas 
maiores formalidades, sempre em favor do bem jurídico 
maior, a liberdade de locomoção. 
Legitimidade 
ativa 
O impetrante é a pessoa que ingressa com a ação de 
habeas corpus. Qualquer pessoa, física ou jurídica, nacional 
ou estrangeira, pode com ela ingressar sem exigência de 
capacidade postulatória. 
O paciente é a pessoa em favor de quem é impetrada a 
ordem de habeas corpus. Trata-se da pessoa que está 
sofrendo ou na iminência de sofrer constrangimento ilegal 
em seu direito de ir e vir. 
Legitimidade 
passiva 
Autoridade coatora é a pessoa em relação a quem é 
impetrada a ordem de habeas corpus, responsável pela 
coação ilegal. 
 
 
“Habeas 
corpus” (art. 
5º, LXVIII) 
Espécies 
Há três modalidades de habeas corpus: 
a) O habeas corpus liberatório ou repressivo; 
b) O habeas corpus preventivo; 
c) O habeas corpus de ofício. 
“Habeas 
data” 
(art. 5º, 
LXXII) 
Conceito 
Ação constitucional para a tutela do direito de informação e 
de intimidade do indivíduo, assegurando o conhecimento de 
informações relativas a sua pessoa constantes de banco de 
dados de entidades governamentais ou abertas ao público, 
bem como o direito de retificação desses dados. 
Finalidades 
O habeas data possui dupla finalidade. A primeira é o 
conhecimento de informações pessoais. A segunda, a 
possibilidade de retificação de informações errôneas que 
constem dos registros de dados. 
Procedimento 
e partes 
O rito processual do habeas data é regulado pela Lei nº. 
9.507/97. 
Legitimidade 
ativa 
Qualquer pessoa, física ou jurídica, brasileira ou 
estrangeira, pode ingressar com uma ação de habeas data. 
Legitimidade 
passiva 
No polo passivo, podem estar: 
a) entidades governamentais da Administração direta ou 
indireta; 
b) pessoas jurídicas de direito privado que mantenham 
banco de dados aberto ao público. 
Mandado de 
segurança 
(art. 5º, LXIX) 
Conceito 
Ação constitucional para a tutela de direitos individuais 
líquidos e certos, não amparados por habeas corpus ou 
habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou 
abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa 
jurídica no exercício de atribuições do Poder Público. 
Espécies 
a) Mandado de segurança repressivo – visa cessar 
constrangimento ilegal já existente. 
b) Mandado de segurança preventivo – busca pôr fim à 
iminência de constrangimento ilegal a direito líquido e certo. 
 
 
Mandado de 
segurança 
(art. 5º, LXIX) 
Procedimento Regulamentado pela Lei n. 12.016/ 2009. 
Legitimidade 
ativa 
O impetrante, podendo ser qualquer pessoa, física ou 
jurídica, que esteja sofrendo ou na iminência de sofrer 
ilegalidade ou abuso de poder por parte de autoridade 
pública em direito líquido e certo. 
Legitimidade 
passiva 
A pessoa que tenha praticado o ato impugnado ou da qual 
emane a ordem para a sua prática é denominada 
autoridade coatora. 
Prazo para 
impetração 
É de cento e vinte dias, contados da ciência do ato 
impugnado pelo interessado. 
Mandado de 
segurança 
coletivo 
Conceito 
Ação constitucional para a tutela de direitos coletivos 
líquidos e certos, não amparados por habeas corpus ou 
habeas data, quando o responsável pela ilegalidade for 
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no 
exercício de atribuições do Poder Público. 
Origem Trata-se de inovação da Constituição de 1988. 
Características 
a) atribuição de legitimidade processual para órgãos 
coletivos para a defesa dos interesses de seus membros; 
b) uso desse remédio para a proteção de interesses 
coletivos e individuais homogêneos. 
Legitimidade 
ativa 
a) partido político com representação no Congresso Nacional; 
b) sindicato, entidades de classe ou associações constituídas há 
pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros 
ou associados. 
Direito de 
petição (art. 
5º, XXXIV, 
“a”) 
Conceito 
Direito de peticionar, de formular pedidos para a 
Administração Pública em defesa de direitos próprios ou 
alheios, bem como de formular reclamações contra atos 
ilegais e abusivos cometidos por agentes do Estado. 
Legitimidade 
Pode ser exercido por qualquer pessoa, física ou jurídica, 
nacional ou estrangeira, maior ou menor. 
 
 
Direito de 
petição (art. 
5º, XXXIV, 
“a”) 
Espécies 
a) Direito de petição – consiste na faculdade de formular 
pedidos a respeito de informações de interesse particular, 
coletivo ou geral. 
b) Direito de reclamação – funda-se na possibilidade de 
denunciar atos abusivos cometidos por agentes públicos. 
Forma 
O direito de petição deve ser apresentado de forma escrita. 
Pode ser exercido individual ou coletivamente. 
Direito de 
certidão (art. 
5º, XXXIV, 
“b”) 
Conceito 
Direito de certidão é o de obter do Estado esse documento 
para a defesa de direitos ou esclarecimento de situações de 
interes se pessoal. 
Pressupostos 
a) Legítimo interesse; 
b) Ausência de sigilo; 
c) Res habilis; 
d) Indicação da finalidade. 
Prazo 
O prazo improrrogável de quinze dias, contados do registro 
do pedido no órgão expedidor, para a expedição da certidão 
(Lei n. 9.051/95, art. 1º). 
Mandado de 
injunção (art. 
5º, LXXI) 
Conceito 
Ação constitucional para a tutela de direitos previstos na 
Constituição inerentes à nacionalidade, à soberania e à 
cidadania que não possam ser exercidos em razão da falta 
de norma regulamentadora. 
Pressupostos 
a) existência de um direito previsto na Constituição inerente 
à nacionalidade, soberania e cidadania não autoaplicável; 
b) falta da norma infraconstitucional regulamentadora que 
inviabilize o exercício do direito previsto na Constituição. 
Legitimidade 
ativa 
O mandado de injunção poderá ser proposto por qualquer 
pessoa física ou jurídica titular de direito previsto na 
Constituição. 
Legitimidade 
passiva 
A pessoa ou órgão responsável pela omissão normativa que 
inviabilize a concretização do direito previsto na 
Constituição. 
 
 
Mandado de 
injunção (art. 
5º, LXXI) 
Ação de 
inconstituciona
lidade por 
omissão 
É a forma de controle da constitucionalidade em abstrato e 
tem por objetivo compelir o poder competente a elaborar a 
norma necessária para assegurar o exercício de direitos 
previstos na Constituição sempre que a omissão normativa 
inviabilize seu exercício. 
Procedimento 
A Lei n. 8.038/90, em seu art. 24, parágrafo único, 
estabeleceu que no mandado de injunção serão 
observadas, no que couber, as normas do mandado de 
segurança, enquantonão editada legislação específica. 
Competência 
Depende da natureza do órgão ou da pessoa responsável 
pela elaboração da norma regulamentadora. 
Ação popular 
(art. 5º, 
LXXIII) 
Conceito 
Ação constitucional que visa a tutela do patrimônio público 
ou de entidade de que o Estado participe, da moralidade 
administrativa, do meio ambiente e do patrimônio histórico e 
cultural, mediante a anulação do ato lesivo. 
Pressupostos 
a) Condição de eleitor; 
b) Ilegalidade; 
c) Lesividade. 
Procedimento 
Disciplinada pela Lei n. 4.717/65. Segue o rito ordinário com 
as modificações estabelecidas no art. 7o da referida lei. 
Legitimidade 
ativa 
Essa ação pode ser proposta somente pelo cidadão, que, 
em sentido estrito, é todo nacional no gozo de direitos 
políticos. 
Legitimidade 
passiva 
a) as pessoas jurídicas de direito público e privado em 
nome das quais foi praticado o ato; 
b) as autoridades, funcionários ou administradores que 
houverem concorrido para o ato ilegal e lesivo ao patrimônio 
público; 
c) os beneficiários do ato. 
No polo passivo podem encontrar- se pessoas físicas ou 
jurídicas, nacionais ou estrangeiras. 
 
 
Ação civil 
pública (art. 
129, III) 
Conceito 
Ação constitucional para a tutela do patrimônio público e 
social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e 
coletivos. 
Procedimento A Lei n. 7.347/85 disciplina a ação civil pública. 
Legitimidade 
ativa 
a) O ministério público; 
b) A defensoria pública; 
c) A união, estados, distrito federal e municípios; 
d) As autarquias, empresas públicas, fundações ou 
sociedades de economia mista; 
e) Associações. 
Legitimidade 
passiva 
Podem ser réus da ação civil pública tanto pessoas e 
órgãos da Administração Pública como pessoas físicas e 
jurídicas particulares. 
Inquérito civil 
Inquérito civil é o procedimento administrativo preparatório 
para o recolhimento de evidências que justifiquem a 
propositura de uma ação civil pública. 
Somente pode ser instaurado e presidido pelo Ministério 
Público. 
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