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Livro Contabilidade de Custos

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Prévia do material em texto

CONTABILIDADE 
EMPRESARIAL 
Professora Me. Juliana Moraes da Silva 
GRADUAÇÃO
Unicesumar
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a 
Distância; SILVA, Juliana Moraes da. 
 Contabilidade Empresarial. Juliana Moraes da Silva. 
 Reimpressão
 Maringá-Pr.: UniCesumar, 2018.
 188 p.
“Graduação - EaD”.
 
 1. Análise. 2. Contabilidade. 3. Balanços. 4. EaD. I. Título.
ISBN 978-85-459-0657-5
CDD - 22 ed. 657
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário 
João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828
Impresso por:
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de EAD
Willian Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Direção Operacional de Ensino
Kátia Coelho
Direção de Planejamento de Ensino
Fabrício Lazilha
Direção de Operações
Chrystiano Mincoff
Direção de Mercado
Hilton Pereira
Direção de Polos Próprios
James Prestes
Direção de Desenvolvimento
Dayane Almeida 
Direção de Relacionamento
Alessandra Baron
Head de Produção de Conteúdos
Rodolfo Encinas de Encarnação Pinelli
Gerência de Produção de Conteúdo
Gabriel Araújo
Supervisão do Núcleo de Produção de 
Materiais
Nádila de Almeida Toledo
Coordenador de Conteúdo
Silvio César de Castro
Qualidade Editorial e Textual
Daniel F. Hey, Hellyery Agda
Design Educacional
Deborha Caroline Batista Rodrigues Arrias 
Marcus Vinicius Almeida da Silva Machado
Iconografia
Ana Carolina Martins Prado
Projeto Gráfico
Jaime de Marchi Junior
José Jhonny Coelho
Arte Capa
Arthur Cantareli Silva
Editoração
Ellen Jeane da Silva
Revisão Textual
Kaio Vinicius Cardoso Gomes
Erica Fernanda Ortega
Ilustração
Bruno Cesar Pardinho
Viver e trabalhar em uma sociedade global é um 
grande desafio para todos os cidadãos. A busca 
por tecnologia, informação, conhecimento de 
qualidade, novas habilidades para liderança e so-
lução de problemas com eficiência tornou-se uma 
questão de sobrevivência no mundo do trabalho.
Cada um de nós tem uma grande responsabilida-
de: as escolhas que fizermos por nós e pelos nos-
sos farão grande diferença no futuro.
Com essa visão, o Centro Universitário Cesumar 
assume o compromisso de democratizar o conhe-
cimento por meio de alta tecnologia e contribuir 
para o futuro dos brasileiros.
No cumprimento de sua missão – “promover a 
educação de qualidade nas diferentes áreas do 
conhecimento, formando profissionais cidadãos 
que contribuam para o desenvolvimento de uma 
sociedade justa e solidária” –, o Centro Universi-
tário Cesumar busca a integração do ensino-pes-
quisa-extensão com as demandas institucionais 
e sociais; a realização de uma prática acadêmica 
que contribua para o desenvolvimento da consci-
ência social e política e, por fim, a democratização 
do conhecimento acadêmico com a articulação e 
a integração com a sociedade.
Diante disso, o Centro Universitário Cesumar al-
meja ser reconhecido como uma instituição uni-
versitária de referência regional e nacional pela 
qualidade e compromisso do corpo docente; 
aquisição de competências institucionais para 
o desenvolvimento de linhas de pesquisa; con-
solidação da extensão universitária; qualidade 
da oferta dos ensinos presencial e a distância; 
bem-estar e satisfação da comunidade interna; 
qualidade da gestão acadêmica e administrati-
va; compromisso social de inclusão; processos de 
cooperação e parceria com o mundo do trabalho, 
como também pelo compromisso e relaciona-
mento permanente com os egressos, incentivan-
do a educação continuada.
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está 
iniciando um processo de transformação, pois quando 
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou 
profissional, nos transformamos e, consequentemente, 
transformamos também a sociedade na qual estamos 
inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportu-
nidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de 
alcançar um nível de desenvolvimento compatível com 
os desafios que surgem no mundo contemporâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de 
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo 
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens 
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica 
e encontram-se integrados à proposta pedagógica, con-
tribuindo no processo educacional, complementando 
sua formação profissional, desenvolvendo competên-
cias e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em 
situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado 
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal 
objetivo “provocar uma aproximação entre você e o 
conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento 
da autonomia em busca dos conhecimentos necessá-
rios para a sua formação pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de cresci-
mento e construção do conhecimento deve ser apenas 
geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos 
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. Ou 
seja, acesse regularmente o AVA – Ambiente Virtual de 
Aprendizagem, interaja nos fóruns e enquetes, assista 
às aulas ao vivo e participe das discussões. Além dis-
so, lembre-se que existe uma equipe de professores 
e tutores que se encontra disponível para sanar suas 
dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de aprendiza-
gem, possibilitando-lhe trilhar com tranquilidade e 
segurança sua trajetória acadêmica.
A
U
TO
R
A
Professora Me. Juliana Moraes da Silva
Mestre em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual de Maringá (2016). 
Possui Bacharelado em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual de 
Maringá (2006) e Licenciatura em Matemática pela Universidade Estadual de 
Maringá (2001). Atualmente, é Perita Contábil nas áreas Civil e Trabalhista, 
é também Professora e Coordenadora do Curso de Ciências Contábeis da 
UNICESUMAR - Centro Universitário Cesumar. Possui experiência na área de 
Administração, com ênfase em Ciências Contábeis.
SEJA BEM-VINDO(A)!
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a)! 
Há uma frase bastante popular que diz o seguinte: “Para quem não sabe aonde quer 
chegar, qualquer caminho serve”. 
É mais ou menos assim que muitas pessoas vivem, não sabem o que querem, seguem 
por qualquer caminho e por isso, nunca conseguem nada, nem chegam a lugar nenhum.
Mas você é diferente, você escolheu o caminho da academia e, para seguir este caminho 
é preciso traçar uma meta e, para buscá-la, é necessário planejamento, organização, per-
severança, conhecer as possibilidades e aproveitar as oportunidades. Tenha calma, você 
vai chegar lá, mas deve ser um passo de cada vez. No ensino a distância, é a sua discipli-
na de cada dia, de cada mês, de cada ano, que lhe mostrará que você está chegando lá.
Temos o desejo de contribuir com a construção do seu conhecimento. E é com grande 
satisfação que este material de Contabilidade e Análise de Balanços foi especialmente 
elaborado para auxiliar nos passos da sua caminhada.
O presente material está estruturado em 5 unidades, nas quais apresentamos uma ex-
planação teórica acerca dos temas abordados, exemplos, dicas e sugestões de leituras 
complementares, exercícios resolvidos, finalizando com uma lista de atividades.
A inserção da contabilidade como ciência social e os princípios que norteiam a con-
tabilidade financeira estão apresentados na Unidade I. Na Unidade II, constam alguns 
conceitos básicos para a sistematização do objeto de estudo da contabilidade: o patri-
mônio. As demonstrações contábeis, também chamadas de demonstrações financeiras, 
são apresentadas aos alunos na Unidade III. Finalizada esta etapa de conhecimento da 
contabilidade, dá-se inícioà análise destes demonstrativos. Na unidade IV, destacam-se 
os procedimentos necessários que antecedem a análise e evidenciam duas técnicas de 
análise: análise vertical e horizontal. Por fim, na última Unidade, é abordado uma impor-
tante técnica de análise: os indicadores. 
Ante todo o exposto, não perca mais tempo, o seu futuro só depende de você. Vamos 
dar o próximo passo? Bons estudos!
APRESENTAÇÃO
CONTABILIDADE EMPRESARIAL 
SUMÁRIO
09
UNIDADE I
ESTRUTURA BÁSICA DA CONTABILIDADE
15 Introdução
16 Ciência Contábil 
19 Pessoas Física e Jurídica 
24 Objeto, Objetivo e Usuários da Contabilidade 
29 Campo de Atuação da Ciência Contábil 
32 Princípios de Contabilidade 
39 Atributos da Informação Contábil 
42 Considerações Finais 
50 Referências 
51 Gabarito 
UNIDADE II
SISTEMATIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO
55 Introdução
56 Bens e Direitos Econômicos 
60 Obrigações 
62 Patrimônio 
67 Balanço Patrimonial 
70 Ativo 
74 Passivo 
SUMÁRIO
10
76 Patrimônio Líquido
80 Origens e Aplicações 
81 Balanços Sucessivos 
86 Considerações Finais 
94 Referências 
95 Gabarito 
UNIDADE III
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
99 Introdução
100 Demonstrações Financeiras 
103 Demonstração do Resultado do Exercício 
111 Outras Demonstrações Financeiras 
129 Considerações Finais 
135 Referências 
136 Gabarito 
UNIDADE IV
ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL
139 Introdução
140 Introdução à Análise das Demonstrações Financeiras 
143 Análise Vertical 
SUMÁRIO
11
146 Análise Horizontal
151 Considerações Finais 
158 Referências 
159 Gabarito 
UNIDADE V
ANÁLISE DE INDICADORES FINANCEIROS
163 Introdução
166 Índice de Liquidez 
170 Índice de Endividamento 
172 Índice de Lucratividade 
176 Índice de Rentabilidade 
178 Considerações Finais 
185 Referências 
187 Gabarito 
188 CONCLUSÃO
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Professora Me. Juliana Moraes da Silva
ESTRUTURA BÁSICA DA 
CONTABILIDADE
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Compreender a inserção da ciência contábil na ciência social.
 ■ Diferenciar as pessoas físicas das jurídicas.
 ■ Reconhecer o objeto, objetivo e usuários internos e externos da 
contabilidade.
 ■ Identificar os campos de atuação da contabilidade na atualidade.
 ■ Conhecer os princípios de contabilidade da Resolução CFC n. 750-
1993 e alterações.
 ■ Verificar os atributos da informação contábil da Resolução CFC n. 
185-1995.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ Ciência contábil
 ■ Pessoas física e jurídica
 ■ Objeto, objetivo e usuários da Contabilidade
 ■ Campo de atuação da ciência contábil
 ■ Princípios de Contabilidade
 ■ Atributos da Informação contábil
Introdução
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15
INTRODUÇÃO
Olá caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) ao mundo da contabilidade! Aqui, nem 
tudo são números e cálculos, mas tudo ocorre de maneira lógica. O conteúdo 
desta disciplina cumulado com seu conhecimento acerca do mundo à sua volta, 
em especial o seu conhecimento em relação ao mundo dos negócios, lhe pro-
porcionará condições de melhor investir ou negociar.
 A compreensão da contabilidade amplia o conhecimento acerca dos fatos 
ocorridos na empresa e a possibilidade de análise. Você perceberá a importância 
de se compreender o sentido das palavras de acordo com a terminologia con-
tábil. Neste estudo, vários termos que são usuais no seu dia a dia são trazidos 
para análise. São termos que talvez você nunca tenha parado pra analisar o sig-
nificado nos termos da lei. 
A compreensão da estrutura básica da contabilidade trabalhada e possibi-
lita o desenvolvimento do aprendizado de forma clara e efetiva, uma vez que 
alguns termos comuns no uso de nosso dia a dia, bem como Ciências e Pessoas, 
são definidos à luz da terminologia contábil.
A contabilidade surgiu em razão da necessidade do homem. Sua histó-
ria confunde-se com a própria história da civilização, totalmente interligada 
com atividades de interpretação dos fatos ocorridos e propostos pelo homem. 
Mesmo estando em uma sociedade em constante evolução, o objeto de estudo e 
o objetivo da contabilidade permanecem praticamente inalterados desde a sua 
sistematização.
O campo de atuação da contabilidade é amplo e diversificado, vai desde 
aplicações para fins fiscais e controle até a interferência no processo decisório, 
razões pelas quais as informações geradas pela contabilidade devem ocorrer de 
forma fidedigna e em tempo real, refletindo a real situação econômica e finan-
ceira da empresa. Os principais usuários da informação financeira são credores 
e investidores em potencial, mas gestores e funcionários também utilizam os 
dados contábeis evidenciados nas demonstrações.
As normas brasileiras de contabilidade são de observância obrigatória. Os 
pilares que permitem todo o arcabouço teórico contábil consistem nos Princípios 
de Contabilidade, abordados de forma simplificada. Ótimo estudo!
©shutterstock
ESTRUTURA BÁSICA DA CONTABILIDADE
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E16
CIÊNCIA CONTÁBIL
Ciência: “conjunto de conhecimentos socialmente adquiridos ou produzidos, his-
toricamente acumulados, dotados de universalidade e objetividade que permitem 
sua transmissão e, estruturados com métodos, teorias e linguagens próprias, que 
visam compreender e, possivelmente, orientar a natureza e as atividades huma-
nas” (Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, 2009).
Para Lakatos e Marconi (2010), o Método Científico é uma forma de inves-
tigação da natureza e pode ser elencado nas seguintes etapas:
 ■ A identificação do problema ou observação do fenômeno: ato de exami-
nar minuciosamente qualquer coisa. 
 ■ Levantamento de hipóteses: o problema deve ser identificado e enunciado 
de tal maneira que todos entendam do que se trata.
 ■ Os experimentos científicos: ocorrem quando se realiza todos os expe-
rimentos teóricos e práticos em busca de explicações para determinado 
problema.
Ciência Contábil
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17
 ■ A publicação do trabalho: quando já se chegou a uma conclusão e deve-
-se expô-lo à crítica da comunidade científica. Desse modo, pode-se levar 
a tecnologia à todas as partes do mundo.
A ciência tem várias divisões, das quais destacam-se:
Ciência Exata: qualquer campo da ciência capaz de expressar quantida-
des, predições precisas e métodos rigorosos de testar hipóteses, especialmente 
os experimentos reprodutíveis envolvendo predições e medições quantificáveis 
pela Matemática, Física, Engenharia, Química, Estatística.
Ciência Social: ramo da ciência que estuda os aspectos sociais do ser 
humano. Propõe conhecer o ser humano enquanto elemento integrante de 
grupo organizado.
A Ciência Contábil ou Contabilidade é uma Ciência Social. Para Franco 
(1989), a contabilidade é uma ciência social que estuda os fenômenos no patri-
mônio das entidades, mediante registro, classificação, demonstração, análise e 
interpretação dos fatos contábeis, objetivando oferecer informações e orienta-
ções para o auxílio na tomada de decisões. 
Embora a contabilidade utilize métodos quantitativos, não se pode interpre-
tar a aplicação como sendo uma ciência exata, pois esta objetiva as quantidades 
abstratas que independem de ações humanísticas e não as aplicações.A ciência da contabilidade, na condição de ciência humana, tem um relacio-
namento estreito com as outras áreas do conhecimento universal. Diante desta 
interface o estudo da ciência contábil não pode deixar de conhecer os aspectos 
das outras ciências que se aplicam ao seu estudo, tanto no campo teórico como 
no prático ou operacional.
ESTRUTURA BÁSICA DA CONTABILIDADE
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E18
Assim como as casas são feitas de pedras, a ciência é feita de fatos. Mas uma 
pilha de pedras não é uma casa e uma coleção de fatos não é, necessaria-
mente, ciência.
 (Jules Henri Policare)
A Resolução 750/93 (on-line)1 do Conselho Federal de Contabilidade, em 
seu apêndice, descreve que:
Contabilidade possui objeto próprio – o Patrimônio das Entidades – e consis-
te em conhecimentos obtidos por metodologia racional, com as condições 
de generalidade, certeza e busca das causas, em nível qualitativo semelhan-
te às demais ciências sociais. A Resolução alicerça-se na premissa de que a 
Contabilidade é uma Ciência Social com plena fundamentação epistemoló-
gica. Por consequência, todas as demais classificações – método, conjunto 
de procedimentos, técnica, sistema, arte, para citarmos as mais correntes 
– referem-se a simples facetas ou aspectos da contabilidade, usualmente 
concernentes à sua aplicação prática, na solução de questões concretas.
O patrimônio também é objeto de outras ciências sociais – por exemplo, da 
Economia, da Administração e do Direito – que, entretanto, o estudam por 
ângulos diversos daquele da contabilidade, que o estuda nos seus aspec-
tos quantitativos e qualitativos. A contabilidade busca, primordialmente, 
aprender, no sentido mais amplo possível, e entender as mutações sofridas 
pelo patrimônio, tendo em vista, muitas vezes, uma visão prospectiva de 
possíveis variações. As mutações tanto podem decorrer da ação do homem, 
quanto, embora quase sempre secundariamente, dos efeitos da natureza 
sobre o patrimônio.
Pessoas Física e Jurídica
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PESSOAS FÍSICA E JURÍDICA
Desde os tempos mais remotos o homem procurou se agrupar, viu que sozinho, 
sem ajuda mútua, não poderia sobreviver. Com o passar dos anos, passou a se 
juntar, principalmente para a realização de determinados objetivos comuns ou 
negócios, criando as companhias ou empresas.
Hoje, por força de lei, a pessoa natural recebe o nome de pessoa física, e as 
pessoas físicas, quando identificadas por um número de Cadastro Nacional de 
Pessoa Jurídica (CNPJ), são denominadas pessoas jurídicas.
©shutterstock
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ESTRUTURA BÁSICA DA CONTABILIDADE
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E20
Figura 1 – Pessoa física e pessoa jurídica.
Pessoas de acordo com o código civil brasileiro – lei 10.406, de 
10/01/2002
Observamos que no ambiente social muitas forças coexistem e se relacionam 
umas com as outras, em ambiente de conflito ou harmonia. Destacam-se den-
tre estas forças, as pessoas naturais/físicas e jurídicas. 
Pessoa Natural ou Física 
a) Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil (Art. 1º); 
b) A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a 
lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro (Art. 2º); 
A Contabilidade, na condição de Ciência Social, se vincula às pessoas. 
Pessoa Física Pessoa Jurídica
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c) A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, 
quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão defi-
nitiva. (Art. 6º); 
Assim, quando deparamos com qualquer ser humano, estamos deparando com 
uma pessoa natural ou física.
Pessoa Jurídica 
O código civil classifica as pessoas jurídicas como sendo de direito público 
(interno ou externo), e de direito privado. 
Pessoas Jurídicas de Direito Público Interno (Art.41): 
I - a União; (Ex: República Federativa do Brasil). 
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; (Ex: Estado do Pa-
raná).
III - os Municípios; (Ex: Município de Maringá).
IV- as autarquias, inclusive as associações públicas.
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Pessoas Jurídicas de Direito Público Externo
Consideram-se Pessoas Jurídicas de Direito Público Externo os Estados estran-
geiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público 
(Art. 42). (Ex: Estados Unidos da América, Portugal, ONU).
Pessoas Jurídicas de Direito Privado
Correspondem às pessoas que não são públicas. Começa a existência legal das 
Pessoas Jurídicas de Direito Privado com a inscrição do ato constitutivo (Contrato 
Social, Estatuto) no respectivo registro, precedida, quando necessário, de auto-
rização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as 
alterações por que passar o ato constitutivo. A sociedade adquire personalidade 
jurídica com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos cons-
titutivos (Arts. 45, 985 e 1150).
ESTRUTURA BÁSICA DA CONTABILIDADE
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E22
Termina a existência da pessoa jurídica com a inscrição do destrato social no 
respectivo órgão de registro.
São Pessoas Jurídicas de Direito Privado (Art. 44):
I - as associações. 
II - as sociedades. 
III - as fundações. 
IV - as organizações religiosas.
V - os partidos políticos.
Pessoas no sentido contábil 
Para a ciência contábil, fora do contexto do Código Civil Brasileiro, o conceito 
e classificação das entidades contábeis são os seguintes:
Entidade Contábil ou Azienda
A Entidade Contábil/Azienda pode ser definida como um patrimônio sob a 
ação administrativa do homem, que age sobre ele praticando atos de natureza 
econômica. 
A pessoa física que exerce qualquer atividade econômica de natureza ci-
vil ou comercial, com a finalidade de obtenção de lucro, mediante venda 
a terceiro de bens ou serviços, é considerada por força de lei como pessoa 
jurídica, exceto quanto às profissões de que trata o art. 150, § 2º, do Decreto 
nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda 
– RIR.
Fonte: Decreto nº 3.000 (1999)².
Pessoas Física e Jurídica
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Segundo o Novo Dicionário Aurélio (2009), azienda é: 
complexo de obrigações, bens materiais e direitos que constituem um 
patrimônio, representados em valores ou que podem ser objeto de 
apreciação econômica, considerado juntamente com a pessoa natural 
ou jurídica que tem sobre ele poderes de administração e disponibili-
dade.
As entidades contábeis/aziendas, quanto aos fins, classificam-se em:
a) Sociais: são aquelas cujo fim é apenas social, ou seja, não visam lucros. 
Podemos citar como aziendas sociais as associações beneficentes, esportivas, 
culturais, recreativas etc. 
b) Econômico-sociais: são aquelas que além de terem finalidades sociais 
buscam, também, um aumento delas mesmas, com o objetivo de prestar ser-
viços, pecúlios, benefícios etc. às pessoas que contribuíram para sua formação. 
Podemos citar como exemplo desse tipo de azienda os institutosde pensão, apo-
sentadoria, pecúlio e previdência. 
c) Econômicas: são aquelas constituídas com a finalidade de obter lucros que 
seriam revertidos em seu próprio benefício e no das pessoas que contribuíram 
para sua formação. Nesse tipo de azienda, podemos classificar todas as socieda-
des comerciais, industriais, agrícolas, de serviços, além de outras que tenham 
lucro como finalidade. No Brasil, essas entidades econômicas são denomina-
das sociedades empresariais, empresas, fundos de comércio, estabelecimento.
As entidades contábeis/aziendas, quanto aos seus proprietários, classifi-
cam-se em: 
a) Públicas: são as que pertencem à comunidade, mas que podem estar sob 
a administração do poder público ou privado. Podemos citar, por exemplo, as 
fundações, os sindicatos, as fundações com fins educacionais, intelectuais, espor-
tivos e, o próprio Estado. 
b) Particulares: são as propriedades particulares pertencentes a uma pessoa 
ou a um grupo de pessoas, como as sociedades civis ou comerciais ou o próprio 
patrimônio de uma família. 
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OBJETO, OBJETIVO E USUÁRIOS DA 
CONTABILIDADE
O estudo de uma nova disciplina é de importância ímpar para composição do 
conhecimento. O perfeito entendimento dos conceitos básicos envolvidos em 
cada desafio requer a compreensão de termos e expressões adotadas nas áreas 
exploradas. 
Mas afinal, o que é Contabilidade? 
Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de 
controle e de registro relativas à administração econômica.
A Contabilidade é, objetivamente, um sistema de informação e avalia-
ção destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de 
natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação 
à entidade objeto de contabilização (Deliberação 29/1986 da Comissão 
de Valores Mobiliários).
A Contabilidade é a ciência que estuda o patrimônio à disposição das azien-
das em seus aspectos estáticos e em suas variações, para evidenciar os efeitos da 
administração sobre a formação e a distribuição dos créditos.
Figura 2 – Usuários da contabilidade: credores, financiadores e fornecedores
Objeto, Objetivo e Usuários da Contabilidade
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Objeto de estudo da contabilidade
A contabilidade registra, controla, analisa e relata os fatos que afetam o patri-
mônio econômico. 
Desta forma, pode-se dizer que o objeto de estudo da Contabilidade é o 
Patrimônio das entidades contábeis e suas variações. 
Objetivo da contabilidade 
A Contabilidade é classificada como ciência social e estuda o Patrimônio com 
a finalidade de fornecer aos seus usuários informações econômicas, financei-
ras e patrimoniais, sendo esse o objetivo e o fim que justifica a existência da 
Contabilidade.
Para Szuster et al. (2013), contabilidade é um sistema de informação e avalia-
ção destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza 
econômica, financeira, física e de produtividade no que tange à entidade objeto 
da contabilização.
Na figura a seguir, observa-se o sistema para processamento de dados:
Figura 3 - Processamento de dados
Fonte: adaptado de Szuster et al. (2013).
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Diante do exposto, pode-se afirmar que os objetivos da contabilidade são:
Proceder ao registro da estrutura societária da organização, bem como, altera-
ções futuras.
 ■ Registrar, analisar e controlar o patrimônio das entidades.
 ■ Gerar informações para tomada de decisão da administração.
 ■ Gerar informações para terceiros com vínculo de interesse para com o 
empreendimento (acionistas, investidores, fornecedores, governo etc.).
Silva (2002, on-line)3, afirma que a Contabilidade pode ser estudada de modo 
geral (para todas as empresas) ou em particular (aplicada em certo ramo de ativi-
dade ou setor da economia). Assim, no estudo da Contabilidade pode-se enfocar, 
dentre outros, os seguintes ramos:
 ■ Contabilidade Comercial e de Serviços.
 ■ Contabilidade Industrial.
 ■ Contabilidade Bancária.
 ■ Contabilidade Hospitalar.
 ■ Contabilidade Pública.
 ■ Contabilidade Agropecuária.
 ■ Contabilidade Securitária.
 ■ Contabilidade de Transporte (rodoviário, marítimo, aéreo).
 ■ Contabilidade das Pessoas Físicas e Atividade Rural.
 ■ Contabilidade de Autônomos.
Objeto, Objetivo e Usuários da Contabilidade
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Usuários da contabilidade
Considera-se usuário TODAS as pessoas que se utilizam da Contabilidade. Os 
usuários da informação contábil podem ser internos e externos, correspondem 
a todas as entidades contábeis (pessoas físicas e jurídicas) que, direta ou indi-
retamente, tenham interesses na avaliação e na situação da entidade contábil.
De acordo com o CPC 00 (R1) (2011, on-line)4:
as demonstrações contábeis são elaboradas e apresentadas para usuá-
rios externos em geral, tendo em vista suas finalidades distintas e ne-
cessidades diversas. Governos, órgãos reguladores ou autoridades tri-
butárias, por exemplo, podem determinar especificamente exigências 
para atender a seus próprios interesses.
A depender do tamanho da empresa e da tecnologia utilizada, a diversidade de 
informação gerada é extensa, possibilitando atender a uma gama de usuários. 
Usuários internos como os administradores se valem de informações finan-
ceiras e operacionais, como por exemplo, ciclo financeiro, ciclo operacional, fluxo 
de caixa, tempo de estocagem. Já os empregados, têm interesse em informações 
quanto à capacidade de pagamento da empresa. 
De acordo com Castro (2014), o usuário interno principal da informação 
contábil é a alta administração, que pela proximidade à Contabilidade, pode 
solicitar a elaboração de relatórios e demonstrativos de acordo com suas neces-
sidades específicas, auxiliando na gestão do negócio. Os relatórios específicos 
podem, além de abranger quaisquer áreas de informação (fluxo financeiro, dis-
ponibilidades, contas a pagar, contas a receber, aplicações financeiras, compra e 
vendas no dia ou no período e os gastos gerais de funcionamento), ser elabora-
dos diariamente ou em curtos períodos de tempo (semana, quinzena, mês etc.), 
de acordo com as necessidades administrativas. 
Os usuários externos concentram suas atenções, de forma geral, em aspec-
tos mais genéricos, expressos nas demonstrações contábeis.
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Para Miranda (2002, on-line)5, os usuários externos são todas as pessoas ou 
grupos de pessoas sem facilidade de acesso direto às informações, mas que as 
recebem de publicações das demonstrações pela entidade, tais como:
 ■ Bancos: interessados nas demonstrações financeiras a fim de analisar a 
concessão de financiamentos e medir a capacidade de retorno do capi-
tal emprestado.
 ■ Concorrentes: interessados em conhecer a situação da empresa para poder 
atuar no mercado.
 ■ Governo: necessita obter informações sobre as receitas e as despesas, para 
poder atuar sobre o resultado operacional no que concerne a sua parcela 
de tributação.
 ■ Fornecedores: interessados em conhecer a situação da entidade para poder 
continuar ou não as transaçõescomerciais com a entidade, além de medir 
a garantia de recebimento futuro.
 ■ Clientes: interessados em medir a integridade da entidade e a garantia de 
que seu pedido será atendido nas suas especificações e no tempo acordado.
 ■ A qualidade da informação fornecida aos usuários deve sempre ser asse-
gurada pelos Princípios de Contabilidade.
Todos podem utilizar informações financeiras geradas pela contabilidade, 
desde credores, investidores até mesmo os empregados da empresa.
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CAMPO DE ATUAÇÃO DA CIÊNCIA CONTÁBIL
A contabilidade é aplicada a qualquer tipo de pessoa que exerça atividades para 
alcançar determinados fins, sejam eles lucrativos ou não.
O campo de atuação da Contabilidade no sentido mais amplo é a azienda. 
Está presente nas empresas públicas e privadas para fornecer diversos tipos de 
informações.
Szuster et al. (2013) afirma que “a atuação segmentada da Contabilidade 
Gerencial, da Contabilidade Financeira e da Contabilidade Fiscal retrata este 
processo que fornece, no conjunto, as informações mais utilizadas no mundo 
dos negócios”. 
Uma síntese das características dos campos de atuação da contabilidade pode 
ser verificada no Quadro 1.
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Quadro 1 – Características dos segmentos da contabilidade
CARACTERÍSTICAS
CONTABILIDADE 
GERENCIAL
CONTABILIDADE 
FINANCEIRA
CONTABILIDADE 
FISCAL
Adoção e elaboração Facultativa Obrigatória Obrigatória
Utilizada para Relações Internas. Relações externas. Relações Tributárias.
Vínculo à legislação
Não está condicionada às 
disposições legais.
Condicionado às 
disposições legais.
Condicionada às 
disposições legais e 
tributárias.
Vínculo aos Princí-
pios Contábeis
Não precisa acompanhar.
Deve acompanhar 
todos os Princípios 
de Contabilidade.
Normalmente o fisco 
acompanha, mas tem 
poder de determinar 
tratamento diferente.
Produto Principal
Relatórios para planeja-
mento e controle.
Conjunto completo 
de demonstrações 
contábeis.
Relatórios específicos 
exigidos por lei.
Visão da empresa Interesse nas partes.
Empresa como um 
todo.
Empresa como um 
todo.
A informação é Rápida.
Relevante e confi-
ável.
Precisa (objetiva).
A informação busca Utilidade.
Essência econômica 
das transações.
Objetividade e lega-
lidade.
Fonte: adaptado de Szuster et al. (2013).
A rapidez de comunicação e informação entre pessoas e países trouxe consequências 
determinantes para a Entidade Contábil, tornando-a mais competitiva, global, 
instável e complexa. Em razão desses fatos, as Entidades Contábeis passaram a 
exigir uma Contabilidade em tempo real, não só das informações patrimoniais até 
então geradas, mas também de outras de natureza financeira, econômica, social. 
O usuário da contabilidade não se contenta mais com informações fracionadas, 
quer uma visão contextualizada, integral de todo o sistema que envolve a entidade 
contábil.
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A barreira que a contabilidade tradicional tinha em transformar a enorme 
quantidade de dados em informações úteis para a entidade contábil está sendo 
vencida graças à informática. Atualmente, as informações estão sendo geradas 
de forma eficaz, gerando maior segurança no controle.
Vale ressaltar caro(a) aluno(a), que dentre as principais invenções da huma-
nidade, encontra-se a Contabilidade. A Contabilidade nasceu com a civilização 
e jamais deixará de existir em decorrência dela. Sem a contabilidade, os negó-
cios não teriam avançado e a humanidade não teria o grau de progresso hoje 
alcançado. Enfim, uma vez mais cabe à Contabilidade revolucionar sua estru-
tura, para se adaptar ao meio cultural vigente, com geração de informações de 
forma rápida e transparente.
É importante destacar que as práticas contábeis mundiais tendem a se uni-
ficarem, a falarem uma só linguagem contábil, de forma que o interessado possa 
entender e comparar os resultados das informações contábeis em qualquer parte 
do mundo. 
Aquele que se enamora da prática, é como o navegante que entra no navio 
sem timão e bússola, que jamais tem certeza de onde vai. Sempre a prática 
deve ser edificada sobre uma boa teoria.
(Leonardo Da Vinci)
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IU N I D A D E32
PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE
Cada ciência estabelece normas, regras, princípios e leis a serem cumpridas. Na 
Contabilidade, os princípios correspondem às premissas básicas, são as normas 
resultantes do desenvolvimento da aplicação prática dos princípios técnicos 
emanados da contabilidade, de uso predominante no meio que se aplicam, pro-
porcionando interpretação uniforme das demonstrações contábeis.
Os princípios de Contabilidade oficiais no Brasil foram estabelecidos pelo 
Conselho Federal de Contabilidade, através da Resolução CFC nº 750/1993, que 
foi e continua sendo referência para outros organismos normativos e reguladores 
brasileiros. A sua observância é obrigatória no exercício da profissão e constitui 
condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade.
A Resolução CFC n° 1.282/2010 atualiza e consolida os dispositivos da 
Resolução CFC nº 750/1993, que continua sendo, nesse novo cenário convergido, 
o alicerce para o julgamento profissional na aplicação das Normas Brasileiras 
de Contabilidade.
De acordo com o Art. 2º da Resolução CFC nº 750/1993, com a redação dada 
pela Resolução CFC n° 1.282/2010: 
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os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e 
teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimen-
to predominante nos universos científico e profissional de nosso País. 
Concernem, pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciên-
cia social, cujo objeto é o patrimônio das entidades.
O Art. 3° da citada norma, consta os seguintes Princípios de Contabilidade:
I. Princípio da Entidade. 
II. Princípio da Continuidade. 
III. Princípio da Oportunidade. 
IV. Princípio do Registro pelo Valor Original. 
V. Princípio da Competência. 
VI. Princípio da Prudência.
I. O princípio da entidade
Art. 4º - O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da 
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação 
de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, indepen-
dentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade 
ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. 
Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles 
dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. 
Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca 
não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não 
resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil. 
ESTRUTURA BÁSICA DA CONTABILIDADE
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IU N I D A D E34
II. O princípio da continuidade
Art. 5º - O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em 
operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componen-
tes do patrimônio levam em conta esta circunstância.
III. O princípio da oportunidade
Art. 6º - O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e 
apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações ínte-
gras e tempestivas. 
Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na 
divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, 
por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade 
da informação.
IV. O princípio do registro pelo valor original
O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do 
patrimônio devam ser inicialmente registrados pelos valores originais das tran-
sações, expressos em moeda nacional. 
§ 1º. As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus dis-
tintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas: 
I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem 
pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que 
são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registra-
dos pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, 
em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os 
quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações; e  
 
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II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os com-
ponentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes 
dos seguintes fatores:
 
a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equiva-
lentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes 
fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. Os pas-
sivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não 
descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no 
período das demonstrações contábeis. 
 
b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalen-
tes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. 
Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não 
descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obri-
gações no curso normal das operações da Entidade. 
 
c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do 
fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no 
curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor 
presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja 
necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade. 
 
d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo 
liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem 
favorecimentos.
 
e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda 
nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento 
da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais. 
 
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§ 2º. São resultantes da adoção da atualização monetária: 
 
I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não repre-
senta unidade constante em termos do poder aquisitivo. 
 
II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações 
originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim 
de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes 
patrimoniais e, por consequência, o do Patrimônio Líquido.
 
III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o 
ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação 
de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aqui-
sitivo da moeda nacional em um dado período.
V. O princípio da competência
Art. 9º. O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e 
outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independen-
temente do recebimento ou pagamento. 
Parágrafo único: O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade 
da confrontação de receitas e de despesas correlatas.
 O princípio da competência é um dos mais importantes em termos em 
relação à verificação do resultado das entidades, nesse sentido, Castro (2014) 
apresenta os seguintes exemplos, um para gastos e outro para receitas:
Exemplo 1: Gastos
Suponhamos que a assinatura semestral de um jornal custou $120,00 e esta quan-
tia foi paga para a editora em quatro vezes sem juros de $30,00. No regime de 
caixa, respectivamente no fluxo de caixa, os valores pagos serão considerados 
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e agendados no momento em que ocorrerá seu pagamento, ou seja, $30,00 por 
mês. Já no regime de competência, a despesa deverá ser apropriada $20,00 por 
mês perfazendo um total de $120,00 (período de seis meses de assinatura), inde-
pendente de como ela foi paga.
Veja como ficaria o lançamento dessa transação pelo regime de caixa:
Veja como ficaria o lançamento dessa transação pelo regime de competência:
A receita só é considerada no regime de caixa quando for recebida, indepen-
dente do momento que esta foi realizada. O que se considera aqui é o momento 
em que foi recebida e não o momento em que foi efetuado o negócio e emitido 
a nota fiscal de venda. Lembrando, a contabilidade trabalha com o regime de 
competência.
Havendo a venda de um bem para pagamento futuro, ou seja, uma venda 
a prazo: no regime de caixa a receita só será considera quando for recebida, ou 
seja, no dia que a parcela correspondente for quitada pelo cliente. Esse agenda-
mento do recebimento da parcela será efetuado junto ao fluxo de caixa. Já no 
regime de competência a receita é considerada receita ganha no momento da 
negociação, ou seja, o total da emissão da nota fiscal de venda, independente do 
momento que será paga.
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Exemplo 2: Receitas
Na venda de mercadorias a prazo no mês de janeiro no valor de $200,00, sendo 
o recebimento em quatro parcelas iguais de $50,00, sendo uma parcela à vista e 
as demais três parcelas nos próximos meses, veja como ficaria:
Lançamento dessa transação pelo regime de caixa:
Lançamento dessa transação pelo regime de competência:
Veja que nesse caso da venda, como supostamente a mercadoria sai da empresa 
no momento da venda, ou seja, ela deixa o patrimônio da empresa, ela é conta-
bilizada em sua totalidade no primeiro mês. Resumindo:
VI. O princípio da prudência 
 
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para 
os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se 
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações 
patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.Atributos da Informação Contábil
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Parágrafo único: o Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo 
grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em 
certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam 
superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo 
maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos compo-
nentes patrimoniais.
ATRIBUTOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL
Como a RESOLUÇÃO Nº 785/95 (on-line)6 do Conselho Federal de Contabilidade 
que aprova a NBC T 1 (Normas Brasileiras de Contabilidade – Técnicas) – 
Características da Informação Contábil, descreve de forma completa sobre os seus 
atributos e características, a mesma encontra-se reproduzida em parte a seguir:
DOS ATRIBUTOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL
1.3.1 – A informação contábil deve ser, em geral e antes de tudo, veraz 
e equitativa, de forma a satisfazer as necessidades comuns a um grande 
número de diferentes usuários, não podendo privilegiar deliberada-
mente a nenhum deles, considerado o fato de que os interesses destes 
nem sempre são coincidentes.
1.3.2 – A informação contábil, em especial aquela contida nas demons-
trações contábeis, notadamente as previstas em legislação, deve propi-
ciar revelação suficiente sobre a entidade, de modo a facilitar a concre-
tização dos propósitos do usuário, revestindo-se de atributos, entre os 
quais, são indispensáveis os seguintes: 
 ■ confiabilidade.
 ■ tempestividade.
 ■ compreensibilidade.
 ■ comparabilidade.
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IU N I D A D E40
1.4 – DA CONFIABILIDADE 
1.4.1 – A confiabilidade é atributo que faz com que o usuário aceite a 
informação contábil e a utilize como base de decisões, configurando, 
pois, elemento essencial na relação entre aquele e a própria informa-
ção.
1.4.2 – A confiabilidade da informação fundamenta-se na veracidade, 
completeza e pertinência do seu conteúdo. 
§ 1º A veracidade exige que as informações contábeis não contenham 
erros ou vieses, e sejam elaboradas em rigorosa consonância com os 
Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de 
Contabilidade e, na ausência de norma específica, com as técnicas e 
procedimentos respaldados na ciência da contabilidade, nos limites de 
certeza e previsão por ela possibilitados.
§ 2º A completeza diz respeito ao fato de a informação compreender todos 
os elementos relevantes e significativos sobre o que pretende revelar ou 
divulgar, como transações, previsões, análises, demonstrações, juízos 
ou outros elementos. 
§ 3º A pertinência requer que seu conteúdo esteja de acordo com a 
respectiva denominação ou título.
1.5 – DA TEMPESTIVIDADE 
1.5.1 – A tempestividade refere-se ao fato de que a informação contá-
bil deve chegar ao conhecimento do usuário em tempo hábil, a fim de 
que este possa utilizá-la para seus fins. 
1.5.2 – Nas informações preparadas e divulgadas sistematicamente, 
como as demonstrações contábeis, a periodicidade deve ser mantida. 
Quando por qualquer motivo, inclusive de natureza legal, a periodi-
cidade for alterada o ato e suas razões devem ser divulgados junto à 
própria informação.
1.6 – DA COMPREENSIBILIDADE 
1.6.1 – A informação contábil deve ser exposta da forma mais com-
preensível possível ao usuário que se destine. 
§ 1º A compreensibilidade presume que o usuário disponha de 
conhecimentos de Contabilidade e dos negócios e atividades da 
entidade, em nível que o habilite ao entendimento das informações 
colocadas à sua disposição, desde que se proponha a analisá-las, pelo 
tempo e com a profundidade necessários.
Atributos da Informação Contábil
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§ 2º A eventual dificuldade ou mesmo a impossibilidade de 
entendimento suficiente das informações contábeis por algum usuário 
jamais será motivo para a sua não divulgação.
1.6.2 – A compreensibilidade concerne à clareza e objetividade com 
que a informação contábil é divulgada, abrangendo desde elementos 
de natureza formal, como a organização espacial e recursos gráficos 
empregados, até a redação e técnica de exposição utilizadas.
§ 1º A organização espacial, os recursos gráficos e as técnicas de 
exposição devem promover o entendimento integral da informação 
contábil, sobrepondo-se, pois, a quaisquer outros elementos, inclusive 
de natureza estética.
§ 2º As informações contábeis devem ser expressas no idioma nacional, 
sendo admitido o uso de palavras em língua estrangeira somente no 
caso de manifesta inexistência de palavra com significado idêntico na 
língua portuguesa. 
1.7 – DA COMPARABILIDADE 
1.7.1 – A comparabilidade deve possibilitar ao usuário o conhecimen-
to da evolução entre determinada informação ao longo do tempo, 
numa mesma entidade ou em diversas Entidades, ou a situação destas 
num momento dado, com vista a possibilitar-se o conhecimento das 
suas posições relativas.
1.7.2 – A concretização da comparabilidade depende da conservação 
dos aspectos substantivos e formais das informações. 
Parágrafo único: a manutenção da comparabilidade não deverá constituir ele-
mento impeditivo da evolução qualitativa da informação contábil.
ESTRUTURA BÁSICA DA CONTABILIDADE
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E42
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prezado(a) aluno(a), ao término desta unidade já é possível diferenciar pessoa 
física de jurídica. A pessoa física sou eu e você. Quando deparamos com um hos-
pital, banco, asilo, loja comercial, indústria, escola, escritório de contabilidade, 
igreja, prefeitura, oficina mecânica, clube recreativo, creche, hotel, rede de tele-
visão, companhia telefônica, empresa individual etc., estamos deparando com 
pessoas jurídicas. 
Com essa pequena viagem pela contabilidade foi possível compreender que 
o objeto de estudo da contabilidade é o patrimônio, seja esse da pessoa física ou 
jurídica. Quanto ao objeto de estudo, ficou evidente que desde os primórdios, 
continua sendo o mesmo, fornecer informações contábeis úteis aos diversos usu-
ários para fins de auxiliar no processo decisório. 
Vale lembrar que o profissional contábil tem um amplo campo de atua-
ção, podendo se relacionar com a contabilidade gerencial, fiscal ou financeira, 
cada qual com suas características de controle e aplicação. Nesta primeira uni-
dade, diferenciamos os campos de atuação da contabilidade. Vale ressaltar que 
o objetivo desta disciplina consiste em utilizar as informações geradas pela con-
tabilidade para auxiliar no processo decisório.
Nesta primeira unidade, há informações quanto aos princípios de contabili-
dade à luz da resolução 750 do CFC, bem como as suas alterações. O cumprimento 
das normas é obrigatória na elaboração das informações e na evidenciação dos 
resultados nas demonstrações financeiras disponibilizadas ao fisco e aos demais 
usuários.
Agora que você já conheceu os principais termos relacionados com a contabi-
lidade, podemos avançar nas informações econômicas registradas e demonstradas 
na contabilidade, possibilitando que você, aluno(a), compreenda quais são as 
informações geradas.
43 
1. Onofre possui uma grande rede de supermercado a mais de 5 (cinco) anos. Mui-
tos dados são enviados mensalmente ao contabilista para que a contabilidade 
possa gerar diversos relatórios. Considerando a diversidadede usuários, dis-
corra sobre quais seriam os prováveis usuários de informação contábil.
2. Em contabilidade, não basta conhecer o usuário, mas é preciso compreender o 
tipo de informação necessária para cada um deles no processo decisório. Utili-
zando a relação entre usuário e informação gerada, associe o número de 
cada usuário da informação contábil com a possível informação utilizada 
por eles.
1. Acionista em potencial.
2. Banco de empréstimo.
3. Administrador.
4. Empregado.
5. Governo.
( ) Análise do potencial de reajuste de salários.
( ) Exame das Declarações do Imposto de Renda.
( ) Exame da eficácia da atuação dos empregados.
( ) Avaliação da probabilidade de que as dívidas assumidas sejam pagas nos 
vencimentos.
( ) Confronto da rentabilidade da empresa considerando as diversas opções de 
investimentos atuais.
Marque a alternativa que apresenta a sequência correta:
a. ( ) 4 – 5 – 3 – 2 – 1.
b. ( ) 5 – 4 – 3 – 1 – 2. 
c. ( ) 3 – 1 – 2 – 4 – 5.
d. ( ) 2 – 4 – 5 – 3 – 1.
e. ( ) 4 – 5 – 2 – 1 – 3.
3. Quanto ao conceito, objetivo e objeto da contabilidade, leia as afirmações e 
assinale a alternativa correta.
I. O principal objetivo da contabilidade é identificar os usuários da informação 
contábil.
II. O objeto de estudo da contabilidade é o patrimônio apenas dos bens e direi-
tos da entidade.
44 
III. A contabilidade se relaciona com várias ciências, como a econômica e a ma-
temática.
Está correto apenas o que se afirma em:
a. I.
b. II.
c. III.
d. I e II.
e. I e III.
4. O campo de atuação da contabilidade é constituído pelas pessoas físicas e jurí-
dicas. Analisando uma empresa do terceiro setor (associação sem fins lucrativos), 
pode-se dizer que a contabilidade tem atuação nesse tipo de entidade? Justifi-
que.
5. O número de empresas criadas em janeiro de 2016 foi recorde para o mês, 
aponta Serasa Experian. O primeiro mês do ano registrou 166.613 novos em-
preendimentos no Brasil, segundo o Indicador Serasa Experian de Nascimento 
de Empresas, o mais alto para um mês de janeiro desde o início da série, ini-
ciada há seis anos. O número é 10,4% maior do que o registrado em janeiro de 
2015 (150.958) e 48,0% superior ao apontado no mês anterior (dezembro/2015), 
quando 112.590 empresas foram abertas.
Juntamente com a abertura das empresas, vem a responsabilidade quanto ao 
capital da empresa. Diferencie a responsabilidade do capital investido em 
uma empresa limitada da empresa sociedade anônima.
6. O Conselho Federal de Contabilidade, na Resolução nº 750/1993 com a redação 
dada pela Resolução CFC nº 1.282/2010, estabelece que os Princípios de Conta-
bilidade representam a essência das doutrinas consoante o entendimento pre-
dominante nos universos científico e profissional de nosso País.
Sobre isso, leia as afirmações e assinale a alternativa correta:
I. A constituição das provisões para férias e décimo terceiro salário é uma con-
duta profissional que atende ao princípio da competência.
II. O pressuposto de que ativos e receitas não sejam superestimados e passivos 
e despesas não sejam subestimados é estabelecido pelo Princípio da Entida-
de.
III. O princípio de prudência reconhece o patrimônio como objeto da Contabili-
dade e afirma a autonomia patrimonial.
45 
IV. Uma sociedade empresária, em 2 de março de 20XX, adquiriu à vista, por 
R$100 mil, um terreno, mas o bem estava avaliado em R$150 mil. O registro 
contábil dessa aquisição deve ser feito por R$ 100 mil e não por R$ 150 mil.
a. Apenas I está correta.
b. Apenas I e IV estão corretas.
c. Apenas II e IV estão corretas.
d. Apenas III e IV estão corretas.
e. Todas estão corretas.
46 
A CONTABILIDADE PARA A ECONOMIA
Segundo Ludícibus et. al. (1980), a Contabilidade, com o propósito de registrar e inter-
pretar os fenômenos que afetam o patrimônio de pessoas físicas ou jurídicas tem tam-
bém como usuários de suas informações, os economistas. Aqueles que trabalham na 
área governamental utilizam as informações oriundas da Contabilidade para tributar 
e arrecadar impostos. Para aqueles que cuidam de análises globais ou setoriais da eco-
nomia, os dados contábeis tratados estatisticamente, irão auxiliar no fornecimento de 
instrumentos adequados para análises econômicas. Segundo o presidente do Conselho 
Regional de Economia (Corecon), Sérgio Guimarães Hardy (apud MIRANDA; ALBUQUER-
QUE, 2007), os economistas utilizam as informações geradas pelos contabilistas como 
meio de informação para a elaboração de seus trabalhos econômicos e financeiros, que 
serão a base para as decisões nos negócios da empresa. Para Martinez (2007), o horizon-
te profissional do economista é diversificado. Esse pode desempenhar tarefas como o 
planejamento econômico, financeiro e administrativo de empresas e outras instituições. 
Pode também analisar a política econômica e elaborar pesquisas sobre o comporta-
mento de variáveis como os salários, os preços, o emprego, o comércio internacional, 
a dívida pública, a dívida externa. Segundo o presidente do Corecon (apud MIRANDA; 
ALBUQUERQUE, 2007), o trabalho do economista não é restrito, visto que ele trabalha 
com projeções e cálculos, buscando levar aspectos positivos no que se refere à utili-
zação de recursos naturais e monetários que movem a economia mundial. Conforme 
Martinez (2007), no curso de graduação de Economia da Universidade Estadual de Cam-
pinas (Unicamp), existe economistas que podem se especializar na área de Economia de 
Empresas. Esses podem atuar no planejamento estratégico, na elaboração de projetos 
de investimentos e financiamentos e na gestão de empresas. É, principalmente, nes-
sa área que o conhecimento dos fenômenos contábeis se torna necessário. Em meio à 
análise da influência da Contabilidade na Economia, pode-se citar como exemplo uma 
disciplina de Contabilidade apresentada aos alunos do curso de Economia da Unicamp. 
De acordo com Martinez (2007), a disciplina de Contabilidade e Análise de Balanços, mi-
nistrada na Unicamp aos alunos de graduação em Economia, tem como objetivo dentre 
outros fornecer base para que se possa entender os métodos contábeis, enquanto ferra-
menta de captação, registro, acumulação, resumo e interpretação dos fatos que afetam 
as situações patrimoniais, econômicas e financeiras das empresas. Assim, os economis-
tas passam a ter instrumentos para a percepção e o entendimento das tarefas dentro da 
empresa, com a intenção de subsidiar empresários e demais gestores com informações 
reais quanto ao funcionamento da empresa, cujos dados são fornecidos pela Contabili-
dade (MARTINEZ, 2007). Martinez (2007) comenta também sobre a área de Custos den-
tro de uma empresa, onde propõe-se, então, a estudar dentro da disciplina de Contabi-
lidade e Análise de Balanços da Unicamp sobre custos e despesas, estruturas de custos, 
métodos de custeio, cálculo do lucro e formação do preço de venda. Com essa análise, 
discute-se acerca de como os demonstrativos contábeis consolidam e trabalham as in-
formações e dados numéricos. Martinez (2007) ressalta que a Contabilidade Gerencial 
47 
também se faz necessária nas atividades internas de uma empresa, para seu bom fun-
cionamento. Essa área da Contabilidade também é estudada dentro da disciplina de 
Contabilidade e Análises de Balanços da Unicamp. A Contabilidade, enquanto registro 
sistemático e permanente das operações econômicas e financeiras feitas pela empre-
sa, pode fazer com que simples registros contábeis se tornem elementos úteis para o 
processo de tomadas de decisões, assim como contribuir para a boa gestão dos negó-
cios da empresa. Diante do assunto tratado, tanto para os economistas governamentais 
como para aqueles que trabalham com análises globais ou setoriais da economia, as 
informações contábeis auxiliam para a realização de suas tarefas(IUDÍCIBUS et al., 1980). 
Segundo Martinez (2007), os dados fornecidos pela Contabilidade subsidiam também 
os economistas que trabalham em empresas, atuando no planejamento estratégico e 
na gestão das mesmas.
Fonte: Carrijo (2009).
MATERIAL COMPLEMENTAR
Contabilidade geral: Introdução à 
Contabilidade Societária
Natan Szuster, Ricardo Lopes Cardoso, Fortunée 
Rechtman Szuster, Fernanda Rechtman Szuster e 
Flávia Rechtman Szuster.
Editora: Atlas
Ano: 2013
Sinopse: o livro contém os itens que devem ser 
estudados para se adquirir uma base fundamentada 
da Contabilidade. Os capítulos estão organizados de 
forma a apresentarem conceitos teóricos. Embora a 
obra não tenha por objetivo discutir especifi cidades 
nem detalhes da legislação tributária nem da 
Contabilidade Fiscal, ao longo do texto são feitos diversos comentários sobre esse tema, todos 
destacados em caixas (box) e no Apêndice ao Capítulo 6. De forma complementar, são utilizadas 
as Demonstrações Contábeis da Companhia Brasileira de Distribuição, efetuando a relação 
entre a teoria e a prática. Toda a matéria deste livro está atualizada de acordo com as alterações 
promovidas pela Lei nº 11.638/07 na Lei nº 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações). Buscando 
tornar a leitura compreensível aos não contadores, são apresentados os temas mais complexos 
em Apêndices ao longo dos diversos capítulos. Livro-texto para as disciplinas Contabilidade Geral 
e Contabilidade Introdutória dos cursos de graduação e pós-graduação em Ciências Contábeis, 
Administração e Economia. Leitura complementar para as disciplinas Contabilidade para 
Executivos, Contabilidade Financeira, Gestão Contábil ou Contabilidade e Análise de Balanços. 
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa
Aurélio Buarque de Holanda Ferreira 
Editora: Positivo/Livros
Ano: 2009
Sinopse: o dicionário possui aproximadamente 435.000 
verbetes. Apresenta origem, formação e evolução dos 
elementos de composição das palavras (prefi xos, sufi xos e 
infi xos); seus verbetes, acepções e locuções acompanham o 
desenvolvimento da língua; possui a etimologia e formação 
das palavras, informações gramaticais (classifi cação das 
palavras, fl exões de gênero, número e grau, conjugação de verbos, predicação verbal com 
exemplos, sinônimos e antônimos, homógrafos, parônimos etc.), pronúncia (quando necessária), 
siglas, abreviaturas e símbolos de uso corrente, classifi cação específi ca das defi nições (rubricas).
Material Complementar
MATERIAL COMPLEMENTAR
Estrutura, Análise e Interpretação de 
Balanços
 Hilário Franco 
Editora: Atlas
Ano: 1989
Sinopse: o livro focaliza as principais noções de 
Contabilidade, o conceito, a formação e as variações 
do patrimônio e, examina as normas contábeis da Lei 
das S.A., além da estrutura do balanço patrimonial e da 
demonstração do resultado do exercício.
Comentário do professor: muito embora seja antigo, 
Hilário Franco pode ser considerado um legado para a 
contabilidade, suas obras muito contribuíram para a evolução da contabilidade no Brasil.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Deliberação CV n° 29 de 05 de fevereiro de 1986. Disponível em: < http://
www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/deli/anexos/0001/deli029.pdf>. 
Acesso em: 29 set. 2016.
BRASIL. Presidência da República, Casa Civil, subchefia para Assuntos Jurídicos. LEI 
Nº 10.406, DE 10 DE DEZEMBRO DE 2002. Disponível em: < http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm> Acesso em: 29 set. 2016.
CASTRO, S. C. de. Contabilidade Gerencial. Maringá-PR: Unicesumar, 2014.
CARRIJO, B. T. Análise da utilidade da contabilidade no exercício da profissão do ad-
ministrador e do economista: Percepção dos discentes dos cursos de administração 
e economia da universidade federal de Uberlândia. In: Congresso UFSC de Inicia-
ção Científica em Contabilidade. p. 5-7, 2009. Disponível em: <http://dvl.ccn.ufsc.
br/congresso/anais/3CCF/20090729220119.pdf>. Acesso em: 13 out. 2016.
FERREIRA, A. B. de H. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa. 4. ed. Curiti-
ba: Positivo-Livros: 2009.
FRANCO, H. Estrutura, análise e interpretação de balanços. 15. ed. São Paulo: 
Atlas, 1989.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia científica. 7. 
ed. São Paulo: Atlas, 2010.
SZUSTER, N. et. al. Contabilidade geral: introdução à contabilidade societária. São 
Paulo: Atlas, 2013.
Referências On-Line
¹Em:<http://www.portaldecontabilidade.com.br/legislacao/resolucaocfc774.htm>. 
Acesso em: 29 set. 2016.
²Em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3000.htm>. Acesso em: 29 
set. 2016.
³Em: <http://www.portalprudente.com.br/apostilas/Contabilidade/ManualConta-
bilidade.doc.>. Acesso em: 13 mar. 2014.
4Em: <http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pro-
nunciamento?Id=80>. Acesso em: 29 set. 2016.
5Em: <http://www.ebah.com.br/content/aBAAABLVKAD/apostila-contabilidade-
-basica-miranda>. Acesso em: 13 mar. 2014.
6Em: <http://www.fundata.org.br/legislacao/Normas_Contabeis/ResC-
FC_785_1995.htm>. Acesso em: 29 set. 2016.
GABARITO
51
1. Administrador e/ou diretor; empregados; fornecedores; governo.
2. A.
3. C.
4. Sim. As entidades sem fins lucrativos são pessoas jurídicas, portanto, a contabili-
dade também atua nestas entidades.
5. Enquanto na Sociedade Limitada a responsabilidade de cada sócio é restrita ao 
valor de suas quotas; na Sociedade Anônima o capital social divide-se em ações, 
obrigando-se cada sócio ou acionista somente pelo preço de emissão das ações 
que subscrever ou adquirir.
6. B.
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Professora Me. Juliana Moraes da Silva
SISTEMATIZAÇÃO DO 
PATRIMÔNIO
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Diferenciar os bens móveis e imóveis dos direitos econômicos.
 ■ Compreender a diferença entre obrigações econômicas e não 
econômicas.
 ■ Definir a constituição de um patrimônio.
 ■ Sistematizar o patrimônio.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ Bens e Direitos Econômicos
 ■ Obrigações
 ■ Patrimônio
 ■ Balanço Patrimonial
 ■ Origens e Aplicações
 ■ Balanços Sucessivos
Introdução
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INTRODUÇÃO
Olá caro(a) aluno(a), na natureza, tudo que você tocar ou imaginar, com exceção 
do ser humano, são coisas. As coisas materiais, corpóreas e tangíveis, são aquelas 
que conseguimos tocar, pegar. Por outro lado, as coisas imateriais, incorpóreas 
e intangíveis, são aquelas que não conseguimos tocar, correspondem aos frutos 
da imaginação. Esta unidade do nosso livro traz a diferença entre as “coisas” e 
sua relação com a contabilidade. 
Definições de conceitos básicos na contabilidade como bens, direitos e 
obrigações, são apresentadas para a sistematização do objeto de estudo da con-
tabilidade: o patrimônio. 
Enquanto os bens e direitos correspondem às coisas úteis ao ser humano, 
as obrigações correspondem às dívidas presentes, exigíveis ou não. O conjunto 
desses bens e obrigações constitui o que chamamos de patrimônio. O Frei Luca 
Pacioli marcou o início da fase moderna da Contabilidade, ele não apenas siste-
matizou a Contabilidade, como também abriu precedente para que novas obras 
pudessem ser escritas sobre o assunto.
Da sistematização deste patrimônio originou-se o principal e mais utilizado 
dos demonstrativos contábeis, o Balanço Patrimonial. Nesse demonstrativo há 
uma sistematização, classificação e hierarquização das contas que correspon-
dem os bens, direitos e obrigações em grupos classificados como ativo, passivo 
e patrimônio líquido.
Após compreender os conceitos dos elementos que compõe o patrimônio, 
você estará aptoa conhecer a estrutura do balanceamento deste patrimônio. 
O Balanço Patrimonial é o principal relatório contábil que evidencia a riqueza 
gerada pela empresa.
Nosso propósito é de lhe proporcionar um aprendizado da Contabilidade 
que ocorra de maneira fácil e tranquila, por isso apresentamos conteúdos teóri-
cos e exemplos práticos. Ainda, no final da unidade, disponibilizamos uma série 
de materiais e literatura complementar. O estudo está apenas começando. Para 
que o seu aprendizado seja alcançado, será preciso muita leitura e perseverança. 
Siga em frente, nunca pare de estudar! 
SISTEMATIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E56
BENS E DIREITOS ECONÔMICOS
Bens
Bens correspondem a todas as coisas úteis ao ser humano, ou seja, tudo que pode 
proporcionar utilidade ao homem.
Bens econômicos
Para a economia, bens econômicos são aquelas coisas que, sendo úteis ao ser 
humano, são passíveis de avaliação econômica, ou seja, podemos atribuir valor 
econômico (em dinheiro). São aquelas coisas que, sendo úteis ao homem, exis-
tem em quantidade limitada, são úteis e raros, portanto, passíveis de avaliação 
econômica. 
Para indicação do grau de utilidade dos bens econômicos criou-se o valor 
que expressa as relações de quantidade entre bens. Para D’Áuria (1959), valor é 
a medida mental da utilidade ou eficiência das coisas, são fatores positivos ou 
negativos do valor dos componentes: o uso, o tempo, a moeda, as leis econômi-
cas e as condições da sociedade.
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Bens e Direitos Econômicos
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57
Classificação Contábil dos Bens Econômicos
Cada ciência tem sua classificação para Bens. A Ciência Contábil classifica os Bens 
em: tangíveis (corpóreos ou materiais) e intangíveis (incorpóreos ou imateriais). 
a) Bens Tangíveis
Só poderão ser destruídos por uma ação física, e, se destruídos, obviamente, 
deixam de existir na sua forma física original.
São aqueles que podem ser tocados, têm existência tangível, têm corpo ou 
matéria, subdividindo-se em imóveis e móveis.
Imóveis - O solo, e tudo quando lhe incorporar natural ou artificialmente 
(Art. 79 do Código Civil). Exemplos: terrenos, edificações.
Móveis - Os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por 
força alheia, sem alteração da substância ou destinação econômico-social (Art. 
82, Código Civil). Exemplos: máquinas, veículos.
Os bens tangíveis podem ser objeto de compra e venda.
b) Bens Intangíveis ou Direitos
Os Bens Intangíveis também recebem a denominação de Direitos. Não 
podem ser destruídos por uma ação física, são destruídos por difamação, má 
qualidade, preços incompatíveis, desrespeito com o consumidor. São aqueles que 
não podem ser tocados, não têm corpo ou matéria.
Esses bens, apesar de não constituídos de matéria, são suscetíveis de valor 
econômico, ou seja, são avaliados monetariamente. 
Para Marion (2015), o bem intangível, incorpóreo ou invisível, são bens que 
não se pode tocar ou pegar. São aqueles que passaram a ter grande relevância 
a partir das ondas de fusões e incorporações na Europa e nos Estados Unidos.
Os bens intangíveis (incorpóreos ou imateriais) ou direitos podem ser objeto 
de cessão, ou seja, ação de ceder ou transferir a outrem a posse ou propriedade 
de alguma coisa.
Como exemplos de direitos: as duplicatas a receber e créditos a recuperar.
SISTEMATIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E58
Direitos financeiros ou bens monetários
Você resolve guardar no cofre um quilo de ouro e o valor em moeda em circula-
ção equivalente a um quilo de ouro. Transcorrido vinte anos você terá, no cofre, 
um quilo de ouro e as notas da moeda manual de vinte anos atrás. 
Um quilo de ouro, fisicamente, permanece sendo um quilo de ouro, que 
poderá ser valorado e trocado por uma moeda atual. 
E quanto à moeda manual, ou seja, o dinheiro de 20 anos atrás, o que poderá 
ter acontecido? Quanto você adquiriria de ouro com a quantia? Esta moeda 
continuaria circulando? Ela perdeu o valor (foi destruída)? De que forma ela 
foi destruída?
Direitos Creditórios ou Créditos 
São todos os valores que a Entidade Contábil tem a receber de terceiros, repre-
sentados por títulos de crédito (duplicatas a receber; nota promissória a receber, 
cheques a receber etc.). 
Crédito, no sentido exposto, é um bem passível de avaliação econômica. Se a 
nota promissória que representa materialmente o crédito ou direito/bem intangí-
vel foi danificada pela umidade, o crédito não deixa de existir. O bem intangível 
não pode ser destruído fisicamente. Operacionalmente, podemos substituir a 
nota promissória por outra, nas mesmas características.
Título de crédito é o documento necessário ao exercício do direito literal e 
autônomo nele contido (Cód. Civil art. 887).
O título de crédito é apenas uma cártula representativa do direito creditó-
rio, não é o direito em si.
O conceito de crédito acima é jurídico e corresponde à soma monetária a 
receber, ou tudo aquilo que alguém nos deve. 
Neste sentido, crédito é um bem intangível que também recebe a denomi-
nação de direito, ou simplesmente de crédito. 
Portanto, um valor a receber é representado por uma cártula. Exemplo: nota 
promissória. 
Bens e Direitos Econômicos
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Direito creditório é um bem que a pessoa tem em relação a outra. Este bem 
é representado normalmente por uma cártula que denominamos títulos de cré-
ditos (nota promissória, letra de câmbio, cheque, duplicata).
Direito à Marca
A Marca identifica e distingue produtos e certifica sua conformidade com nor-
mas ou especificações técnicas. Desde que registrada, a marca garante ao seu 
proprietário o direito de uso exclusivo no território nacional em sua atividade 
econômica. 
Para o consumidor, a marca pode resultar em agregação de valor aos produtos.
Como a contabilidade atribui valor econômico a uma marca?
De acordo com Marion (2015) por não se comprar e vender as marcas 
constantemente, o seu valor pode ser bastante subjetivo, sem uma forma bem 
definida de mensuração, mas uma possibilidade de mensurar consiste na com-
binação da contabilidade com as avaliações objetivas, com documentos, bens 
palpáveis e visíveis.
Direito à Patente
Direito exclusivo de explorar uma invenção. Se você destruir um aparelho celu-
lar de marca X que está usando, você destruiu um bem de uso, mas a patente 
registrada de como se fabrica este celular continua existindo.
Outros Bens Intangíveis ou Direitos
De acordo com os Arts. 89 a 91 do Código Civil, bens singulares são aqueles que:
Art. 89. Embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos 
demais. 
Art. 90 Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singula-
res que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. 
Art. 91 Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurí-
dicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico.
SISTEMATIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E60
Desta forma, são considerados bens intangíveis/direito o patrimônio econômico, 
o estabelecimento, o fundo de comércio, aviamentos, clientela, ponto comercial, 
capital intelectual, mais-valia, goodwill etc.
OBRIGAÇÕES
Caro(a) aluno(a), para o estudo da Contabilidade,

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