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Resumo da matéria Constitucional I

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Conceitos
Constitucionalismo: Constitucionalismo é o movimento de caráter político e jurídico, de cunho liberal cujo objetivo é o estabelecimento de Estados de direito baseados em regimes constitucionais, isto é, fundados numa Constituição democrática, que delimita claramente a atuação do Poder Público, mediante a separação dos poderes, e assegura ampla proteção aos direitos dos cidadãos, impondo o exercício, no plano político, do chamado "governo das leis e não dos homens".
Conceitos diversos: O povo é titular legítimo do poder, que é exercido por seus representantes. Além da forma indireta, o povo exerce o poder de forma direta, concretizando a soberania popular, por sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, nos termos desta lei e das normas constitucionais pertinentes, mediante: plebiscito, referendo ou iniciativa popular. 
Diferença entre Plebiscito e Referendo: Ambos são formas de consulta ao povo, para que delibere sobre a matéria de acentuada relevância de natureza constitucional, legislativa ou administrativa. 
No Plebiscito a consulta é prévia, o povo é convocado com anterioridade ao ato legislativo ou administrativo, cabendo ao povo através do voto, aprovar ou denegar o que lhe tenha sido submetido à apreciação. Primeiro consulta o povo, depois tomar-se a a decisão política, ficando o governante condicionado ao que for deliberado pelo povo.
No Referendo primeiro se toma o ato legislativo ou administrativo, para só então, submete-lo à apreciação do povo que o ratificam, confirma, ou rejeita, afasta. 
Ambos são convocados mediante Decreto Legislativo, por proposta de um terço, no mínimo, dos membros que compõe qualquer das Casas do Congresso Nacional. A competência para autorizar referendo e convocar plebiscito, de acordo com o art. 49 XV, CF, é exclusiva do Congresso Nacional, materializada por decreto legislativo.
Iniciativa Popular, consiste na apresentação de projeto de lei à Câmara dos Deputados, subscrito por no mínimo 1% do eleitorado nacional, distribuído por pelo menos 5 Estados, com não menos de 3/10 por cento dos eleitores de cada um deles. Art. 61, § 2º CF/88. 
Constituição no sentido: 
Sociológico: a const. só seria legítima se representasse o efetivo poder social, refletindo as forças sociais que constituem o poder. Seria a somatória dos fatores reais do poder dentro de uma sociedade. 
Político: distingue const. de lei constitucional. Const. só se refere a decisão política fundamental (estrutura e órgãos do Estado, direitos individuais, vida democrática etc ) as Leis Const. seriam os demais dispositivos inseridos na const. 
Material: pouco importa a forma através da qual a norma foi introduzida no ordenamento jurídico, mas sim aquela que defina e trate das regras estruturais da sociedade, de seus alicerces fundamentais. 
Formal: não interessa o conteúdo da norma, mas sim a forma através da qual ela foi introduzida no ordenamento jurídico, ou seja, aquela introduzida pelo poder soberano, através de um processo legislativo mais dificultoso, diferenciado e mais solene do que o processo legislativo de formação das demais normas do ordenamento. 
Jurídico: aloca a const. no mundo do dever ser e não no mundo do ser, caracterizando-a como fruto da vontade racional do homem e não das leis naturais. 
Autores
Hobbes: Na sua concepção de Estado de natureza não havia hierarquia, homens viviam isolados em guerra de todos contra todos devido a um homem não saber o que o outro está pensando, dessa forma, a atitude era matar antes de ser morto, com isso reinando o medo.
Para se proteger usavam armas e cercavam sua "propriedade", mais era inútil, pois sempre haverá um mais forte e a ocupará. -> vigorava a lei da selva ou o poder da força, para trazer a paz foi necessário que as pessoas abrissem mão de sua liberdade ao soberano (pacto de submissão), para que ele pudesse criar e aplicar normas, trazendo a paz interna entre eles e os protegendo.
O Soberano (monarca ou assembleia), possuia poder ilimitado, se tornou o centro de violência e vontade e junto à sociedade se tornou um corpo político.
Locke:
Direito natural: direito a vida, a liberdade, e aos bens que conservam ambas, conseguido através o Trabalho.
Deus criou o homem à sua semelhança e imagem, expulsou o homem do paraíso afirmando que para telo seria necessário conseguir com o suor de seu rosto (trabalho), ou seja, o direto a propriedade é um direito divino.
Concorda com Hobbes que a passagem do estado natural para a sociedade civil se dá por meio de um Contrato social, mas discorda em relação ao poder absoluto. O estado apenas foi criado para que ele conserve a propriedade por meio da administração, defendendo assim a democracia através do liberalismo e tolerância religiosa, onde o poder legislativo é independente do rei, além de controlar o executivo.
A sociedade tem poder sobre o governo, assim a qualquer momento que o Estado ultrapassar seus limites o contrato é quebrado e a sociedade tem o direito de rebelar e tirar ele do poder (diferente de Hobbes que as pessoas se submetem ao monarca sem qualquer reação).
Rousseau: A mudança do estado de natureza para a sociedade se dá pela necessidade das pessoas terem a liberdade moral e para a conservação de sua propriedade.
Seu contrato social é explicado não para as pessoas abrirem mão de seus direito naturais e sim estabelecerem um acorde entre elas, assim vem o Estado com um papel de preservar a propriedade, representando a maioria do povo.
O povo se submete as leis, mais como não sabem criar entra o legislador que fazem as leis em função da sociedade, ou seja, leis por eles mesmo cridas.
Porquanto, a soberania é poder do povo, por meio do corpo político que é a sociedade.
O contrato é a expressão de igualdade e liberdade entre todos, onde todos são iguais em seus direitos e deveres sem distinção de cor, raça, hierarquia.
Lassale: A constituição real é a soma dos fatores reais (força ativa e eficaz) que regem um país.
Constituição real + Constituição jurídica
Norma fundamental
A constituição só muda quando tem uma mudança muito significativa no Estado, tipo passar do feudalismo para o absolutismo. 
Hesse: A Constituição do ser e do dever ser, deve haver reciprocidade entre a lei fundamental e a influência sociopolítica. É importante ter as leis em um papel, pois nelas existem pressupostos realizáveis que em caso de confronto podem assegurar sua força normativa.
Classificação das constituições
Quanto ao conteúdo:
Formal: Normas introduzidas no ordenamento por um processo legislativo mais rigoroso,independentes de seu conteúdo (votadas por assembleia constituinte).
Material: São regras relacionadas ao poder, cuidam da organização dos Estados e dos poderes constituídos, modos de aquisição, garantias e direitos fundamentais, ou seja, importa o conteúdo e não a forma como foram instituidos, podendo estar dentro ou fora da Constituição.
Quanto à forma:
Escrita: pode ser:  sintética  (Constituição dos Estados Unidos, mais recomendada)  e analítica  (expansiva,  a Constituição do Brasil).  
Não escrita: é a constituição cujas normas não constam de um documento único e solene, mas se baseie principalmente nos costumes, na jurisprudência e em convenções e em textos constitucionais esparsos.
Quanto ao modo de elaboração:
Dogmática: é Constituição sistematizada em um texto único, elaborado reflexivamente por um órgão constituinte. Esta consolidação pode ser elaborada por uma pessoa (será outorgada, ex. na monarquia) ou por uma Assembleia Constituinte (será promulgada, ex. nos sistemas representativos, Presidencialismo e parlamentarismo).As constituições dogmáticas podem ser:  
ortodoxa (quando segue uma só linha de raciocínio, tem um único pensamento)  
eclética (não há um fio condutor, temos dispositivos completamente antagônicos em razão da divergência que existiam entre os parlamentares, já que cada um visava os seus próprios interesses. - é uma dogmática que mistura tudo).Histórica: é sempre não escrita e resultante de lenta formação histórica, do lento evoluir das tradições, dos fatos sócio-políticos, que se cristalizam como normas fundamentais da organização de determinado Estado.  Como exemplo de Constituição não escrita e histórica temos a Constituição do Estado chamado Reino Unido da Grã Bretanha e da Irlanda do Norte,  sendo que a Grã Bretanha  é formada pela Inglaterra, Irlanda e Escócia.    A Inglaterra tem uma constituição não escrita, apesar de ter  normas materialmente constitucionais que são escritas.   Portanto, a Constituição não escrita é, em parte escrita, tendo como característica diferenciadora que os seus textos escritos não estão reunidos, não é codificado, são textos esparsos e se eternizam no tempo, denominados Atos do Parlamento  (ex.  Magna Carta  -  datada de 1215)
A escrita é sempre dogmática e não escrita é sempre histórica.
Quanto a sua origem ou processo de positivação:
Promulgada: aquela em que o processo de positivação decorre de convenção, são votadas, originam de um órgão constituinte composto de representantes do povo, eleitos para o fim de elaborá-las. Ex.: Constituição de 1891, 1934, 1946, 1988. Também chamada de populares, “democráticas”.
Outorgada: aquela em que o processo de positivação decorre de ato de força, são impostas,  decorrem do sistema autoritário.  São as elaboradas sem a participação do povo.   Ex.: Constituição de 1824, 1937, 1967, 1969.    
Cesarista: ou mistificada, não é propriamente outorgada, mas tampouco promulgada, ainda que criada com a participação popular.  Formada por plebiscito popular sobre um projeto elaborado por um Imperador, ex. plebiscitos napoleônicos ou por um ditador, ex. plebiscito de Pinochet, no Chile. A participação popular, nesses casos, não é democrática, pois visa somente ratificar a vontade do detentor do poder, sendo assim pode ser considerado um tipo de outorga  (são impostas e ratificada pelo povo por meio de plebiscito para dar aparência de legítima).
Pactuadas: são aquelas em que os poderosos pactuavam um texto constitucional, o que aconteceu com a Magna Carta de 1215.
 OBS:    A expressão  Carta Constitucional é usada hoje pelo STF para caracterizar as constituições outorgadas.  Portanto, não é mais sinônimo de constituição. E a expressão democrática não deve ser utilizada como sinônimo de Constituição promulgada, não é denominação correta.   O simples fato de ser promulgada não significa que seja democrática. (Democracia = vontade da maioria, consenso).   A constituição outorgada também pode ser democrática, se a maioria concordar com ela.
Quanto à estabilidade ou mutabilidade:
Imutável: constituições onde se veda qualquer alteração, constituindo-se relíquias históricas – imutabilidade absoluta.
Rígida: permite  que a constituição seja mudada mas, depende de um procedimento solene que é o de Emenda Constitucional que exige 3/5 dos membros do Congresso Nacional para que seja aprovada.   A rigidez é caracterizada por um processo de aprovação mais formal e solene do que o processo de aprovação de lei ordinária, que exige a maioria simples.
Flexível: o procedimento de modificação não tem qualquer diferença do procedimento comum de lei ordinária   Alguns autores a denominam de Constituição Plástica, o que é arriscado porque pode ter diversos significados.   Ex.:  as constituições não escritas, na sua parte escrita elas são flexíveis
Semi-rígida: aquela em que o processo de modificação só é rígido na parte materialmente constitucional e flexível na parte formalmente constitucional.
 OBS: A estabilidade das constituições não deve ser absoluta, não pode significar imutabilidade.  Deve-se assegurar certa estabilidade constitucional, certa permanência e durabilidade das instituições, mas sem prejuízo da constante, tanto quanto possível, perfeita adaptação das constituições às exigências do progresso, da evolução e do bem-estar social.
Quanto à sua função (função que a Constituição desenvolve no Estado):
As três categorias não são excludentes, uma Constituição pode ser enquadrada em mais de uma delas, salvo a balanço e a dirigente que se excluem.
Garantia: tem a concepção clássica de Constituição, reestrutura o Estado e estabelece as garantias dos indivíduos, isto é, estabelece limitações ao poder
Balanço: foi bem definida por F. Lassale na antiga URSS.   A constituição é um reflexo da realidade, devendo representar o “Balanço” da evolução do Estado, o reflexo das forças sociais que estruturam o Poder (é o chamado conceito sociológico dado por Lassale). “CF DO SER”. Seu conteúdo se contrapõe à dirigente, nesta base foi criada a constituição soviética o que  se projetou para os Estados que seguiam a sua concepção, para eles a constituição tinha que mostrar a realidade social, EX.:  A UNRSS teve três constituições, descrevendo três fases diferentes do Estado.  A primeira em 1924 que a constituição do proletariado, a segunda em 1936 chamada dos operários e a última em 1971 que foi a constituição do povo. A cada constituição era feito um novo balanço da evolução do Estado = tirada uma nova fotografia da situação atual, estas considerações têm somente efeito histórico, porque a própria URSS não existe mais.
Dirigente: A constituição não apenas organiza o poder como também preordena a atuação governamental por meio de programas vinculantes. “CF DO DEVER SER” Esta constituição diz como deve ser as coisas e não como realmente é. Numa constituição dirigente há duas diretrizes políticas para que seja possível organizar o Estado e preordenar a atuação governamental, que são:  permanente (são as que constam da própria constituição) e  contingente (são os Estatutos partidários)
Quanto à relação entre as normas constitucionais e a realidade política (positividade – real aplicação ):
Normativa: a dinâmica do poder se submete efetivamente à regulamentação normativa.   Nesta modalidade a constituição é obedecida na íntegra, como ocorre com a constituição americana;
Nominalista: esta modalidade fica entre a constituição normativa que é seguida na íntegra e a semântica. Esta constituição aparece quando um Estado passa de um Estado autoritário para um Estado de direito, é o caso da nossa constituição de 1988, ela é cumprida, mas ainda existe um caminho longo par que seu cumprimento seja total efetivo.   
Semântica:  existe no papel, mas não é cumprida (disfarce de um Estado autoritário.)
CF brasileira é: escrita, analítica, dogmática, eclética, promulgada, rígida, garantia, dirigente e nominalista.
Poder constituinte
Originário: Quanto ao seu fundamento é Inicial ou inaugural, auto-fundante; Quanto à matéria ele é autônomo, não está subordinado a qualquer limitação material (lembrando que  sempre haverá limites decorrentes de uma consciência ética ou de direito natural, ser ilimitado significa autônomo em razão do direito positivo). Quanto à forma é Incondicionado (Seu exercício não está submetido à forma, pois é ele quem delibera de que maneira o faz). 
Histórico: É aquele capaz de estruturar pela primeira vez o Estado, criando sua primeira constituição.
Revolucionário: São todos aqueles posteriores ao histórico, que rompem com a ordem constitucional anterior e instauram uma nova.
Derivado Decorrente: Quanto ao seu fundamento, ele deriva da Constituição Federal; Quanto à matéria é subordinado às cláusulas pétreas. Quanto a forma é condicionado. Seu exercício é submisso à forma estabelecida pelo poder constituinte originário (limitações formais, procedimentais e circunstanciais). 
Reformador: É criado para reformular as normas constitucionais. A reformulação se dá através das emendas constitucionais, mas ele tem que respeitar os parametros instituidos pela constituição na qual tal poder esta previsto. PS: Também há o poder reformador para as Constituições Estaduais. Estas são alteradas pela Assembléia legislativa, através de emendas.
Decorrente: É o poder de que foram investidos os estados-membros para elaborar a sua própria constituição (capacidade de auto-organização).OsEstados são autônomos uma vez que possuem capacidade de auto-organização, autogoverno, auto-administração e autolegislação, mas não são soberanos, pois devem observar a Constituição Federal. “Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição” (art. 25 da CF). Desta forma, o poder constituinte decorrente também encontra limitações. O exercício do poder constituinte decorrente foi conferido às Assembléias legislativas. “Cada Assembléia Legislativa, com poderes constituintes, elaborará a Constituição do Estado, no prazo de um ano, contando da promulgação da Constituição Federal, obedecidos os princípios desta” (art. 11 dos ADCT). 
Revisor: Também chamado de poder anômalo de revisão ou revisão constitucional anômala ou competência de revisão. Foi estabelecida com o intuito de adequar a Constituição à realidade que a sociedade apontasse como necessária.
Eficácia
Plena: São aquelas normas que a partir do momento em que entram em vigor estão aptas a produzir efeitos, como regra geral criam órgãos ou atribuem competências aos entes federativos. 
Contida: Mesmo que esteja apta para produzir todos os seus efeitos, uma norma infraconstitucional pode diminuir sua abrangência, seja por motivo de ordem pública, bons costumes ou paz social.
Limitada: São aquelas que precisam de uma lei infraconstitucional para produzir todos os seus efeitos.
PEC
Iniciativa de uma emenda constitucional: Só pode exercer a iniciativa quem tem poder de iniciativa, pois caso contrário haverá um vício de iniciativa, uma inconstitucionalidade formal (art. 60 da CF), ou seja:
 
1/3, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal (art. 60, I da CF): Trata-se de iniciativa coletiva, pois exige a assinatura de no mínimo 1/3 dos Deputados ou Senadores. (Para apresentar uma proposta de emenda constitucional é necessário 171 Deputados ou 27 Senadores, enquanto que na lei ordinária qualquer membro de qualquer uma das Casas já tem esse poder).
Presidente da República (art. 60, II da CF): Trata-se de iniciativa unipessoal.
Mais da metade das Assembléias Legislativas da unidade da federação, manifestando intimamente pela maioria relativa de seus membros (art. 60, III da CF): Tendo em vista que há, no Brasil, 26 Estados-membros e 1 Distrito Federal, para apresentar uma proposta de emenda constitucional, é necessário que 14 Assembleias Legislativas manifestem-se por maioria relativa.
 
Votação: A proposta de emenda constitucional apresentada por 1/3 do Senado tem início no Senado. A apresentada por 1/3 da Câmara dos Deputados, pelo Presidente da República e por mais da metade das Assembleias Legislativas, tem inicio na Câmara dos Deputados.
 
Apresentada a proposta de emenda constitucional na casa iniciadora, os parlamentares fazem a discussão e depois se segue a votação (1 turno). Depois, novamente fazem a discussão e segue-se a votação (2 turno). Se aprovada, a proposta de emenda constitucional, segue-se para a outra casa, em que também passará pelos dois turnos, necessitando de 3/5 dos votos em cada uma delas.
 
Assim, se existe uma emenda constitucional, é porque ela foi aprovada quatro vezes, duas na Câmara e duas no Senado.  São necessários 308 Deputados e 49 Senadores. O projeto de lei, diferentemente, é apreciado em um turno de discussão e votação, necessitando de maioria relativa em cada uma das Casas do Congresso Nacional.
 
Aprovada: O projeto de emenda constitucional seguirá para a promulgação.
Rejeitada em uma das casas: o projeto de emenda constitucional estará rejeitado, pois é necessária a vontade expressa das duas casas para aprovar uma emenda constitucional. Assim, não se aplica o princípio da primazia da deliberação principal sobre a revisional, que é própria do processo legislativo ordinário.
 
A emenda constitucional começa e termina no Congresso Nacional, não havendo sanção ou veto do presidente.
 
Promulgação: A emenda constitucional será promulgada pelas mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem (art. 60 §3º CF). Mesa é o órgão responsável pela condução dos trabalhos legislativos pelo período de dois anos. 
Limites
Circunstanciais: Na vigência de anormalidades constitucionais a Constituição não pode ser emendada, pois eles têm como feito automático a inibição do poder de reforma. São eles:
 
Estado de sítio: A anormalidade esta generalizada por todo o território nacional.
Estado de defesa: A anormalidade ocorre em alguns pontos do território nacional.
Intervenção federal: A União quebra, temporária e excepcionalmente a autonomia dos Estados, por desrespeitarem as regras do artigo 34 da Constituição Federal.
Temporais: A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada (barrada na Comissão) não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa (art. 60, §5 da CF). Sessão legislativa é o período de um ano correspondente ao ano civil. Há autores que consideram essa limitação como procedimental.
 
Formais: Limites estabelecidos pela forma de como algo deve ser feito, por exemplo, o quórum mínimo, a forma de propor, quem pode ter a iniciativa e etc.
Materiais:
 Limitações implícitas: 
 
Titular do poder constituinte originário: Pela lógica representa uma limitação, pois se não a criatura iria suprimir o próprio criador.
Exercente do poder de reforma: O Congresso Nacional não pode transferir esse poder para outros órgãos, pois recebeu procuração sem poderes para substabelecer.
Procedimento da emenda constitucional (forma do exercício do poder de reforma): Embora não possa ser reduzida a rigidez do procedimento, pois é imutável, pode ser ampliado.
Suspensão total ou parcial das cláusulas pétreas.
Regime de governo (Presidencialismo): Em razão da opção pela manutenção do presidencialismo, realizada pelo titular do poder constituinte originário no plebiscito de 1993.(Tendo em vista que o plebiscito não foi um treino de democracia, o seu resultado é vinculante. Entretanto, não é imutável, pois nada impede que o eleitorado seja novamente consultado através de um novo plebiscito.)
 
Limitações explícitas (art. 60, §4 da CF): Não será objeto de deliberação a proposta de emenda constitucional tendente a abolir as matérias estipuladas nas cláusulas pétreas ou a modificar o elemento conceitual do instituto. Tais propostas não serão sequer objeto de deliberação.
Clausulas pétreas
Forma Federativa do Estado: Não pode ser objeto de emenda constitucional a proposta tendente a abolir a forma federativa de Estado (matéria estipulada na CF) e nem a tendente a modificar a auto-organização ou autonomia dos Estados (elemento essencial de um Estado Federal).
A forma de governo (República), embora não mencionada, também não pode ser mudada, por força do plebiscito de 1993.
 
Voto direto, secreto, universal e periódico: Não pode ser objeto de emenda constitucional a proposta tendente a abolir ou modificar o voto e suas características. O voto é o instrumento por meio do qual se exerce a capacidade eleitoral ativa do direito de sufrágio. Direito de sufrágio é caracterizado pela soma da capacidade eleitoral ativa e passiva. A falta de capacidade passiva é a inelegibilidade.
 
Voto direto: Não pode ser objeto de emenda constitucional a proposta tendente a abolir ou modificar a eleição direta (mandante eleitor escolhe diretamente o mandatário), entretanto, a Constituição traz um caso em que a eleição será indireta, isto é, quando houver dupla vacância (Presidente e Vice-Presidente) nos 2 últimos anos do período presidencial. Neste caso, será realizada eleição 30 dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.  Trata-se de uma exceção à regra do artigo 14 da Constituição Federal. Os eleitos completarão o período dos antecessores. (art. 81, §1 e 2 da CF). Antes do movimento das “Diretas Já”, a eleição era indireta, isto é, nós escolhíamos o Congresso Nacional e esse escolhia o Presidente.Voto secreto: Não pode ser objeto de emenda constitucional a proposta tendente a abolir ou modificar o sigilo do voto, pois é garantia da liberdade de expressão. Todos têm o direito de ninguém saber o conteúdo de sua votação (cabine indevassável).
 
Voto universal: Não pode ser objeto de emenda constitucional a proposta tendente a abolir ou modificar o direito de voto a todos os nacionais sem qualquer discriminação. A faixa mínima de fixação eleitoral para 16 anos é determinada tendo em vista que a pessoa tem que ter um mínimo de discernimento para exercer esse direito político. Tal condicionamento não retira o caráter universal do voto.
 
Voto periódico: Não pode ser objeto de emenda constitucional a proposta tendente a abolir ou modificar o direito de periodicamente renovar aquele que não vai indo bem. No Brasil, não pode haver investidura vitalícia.
 
Pode haver proposta de emenda constitucional para suprir a obrigatoriedade do voto, pois se o constituinte quisesse que tal característica fosse imutável deveria tê-la incluído no artigo 60, §4 da CF, com as demais características. Princípio do “inclusio unius alterius exclusiu” (o que não está dentro está fora)
 III. A separação dos poderes: Não pode ser objeto de emenda constitucional a proposta de ingerência de um poder no outro, pois seria tendente a abolir a separação dos poderes. Pelo princípio da separação dos poderes, as funções do Estado estão divididas entre o Poder Legislativo, Poder Executivo, Poder Judiciário, que são independentes, mas harmônicos entre si (art. 2º da CF).
 
 IV. Direitos e garantias individuais: Os Direitos Individuais são uma espécie dos Direitos Fundamentais, juntamente com os Direitos Sociais e os Direitos Políticos, mas somente os Direitos individuais e uma parte dos Direitos políticos (voto e suas características) fazem parte das cláusulas pétreas, estando de fora os Direitos Sociais. 
 
Direitos sociais: Pelo principio hermenêutico do “inclusio unius alterius exclusiu” (o que não está dentro está fora), poderiam ser objeto de emenda constitucional, pois não estão previstos nas cláusulas pétreas e se o constituinte quisesse inclui-los, utilizaria o gênero “Direitos Fundamentais”. 
Direitos coletivos: O artigo 5º da Constituição Federal traz 77 incisos sobre direitos individuais e coletivos. Embora os direitos coletivos não estejam previstos nas cláusulas pétreas, não podem ser objeto de emenda constitucional, pois se não é possível suprimir o que é de um, com muito mais razão não se pode suprimir o que é de vários.
Federalismo
Histórico: 
Teve sua origem nos EUA em 1787, com a confederação dos Estados americanos, um pacto de colaboração entre os Estados a fim de se protegerem das constantes ameaças inglesas , nesse pacto confederativo (tratado internacional “artigos de confederação”)permitia a denuncia do tratado a qualquer tempo, consagrando assim, o direito de retirada, separação e de secessão. A possibilidade de secessão aumentava o problema dos constantes ataques britânicos, como solução, os Estados confederados se reuniram na Filadélfia, onde estruturaram as bases para a federação norte-americana, na qual não se permitia mais o direito de secessão cada estado cedia parcela de sua soberania para um órgão central, responsável pela centralização e unificação formando os Eua, passando a ser autônomos entre si.
No Brasil:
Surge provisoriamente com o decreto n. 1 de 15.11.1889, no mesmo institui-se também a forma republicana de governo, a consolidação se deu com a primeira constituição republicana, em 1891, as antigas províncias transformaram-se em Estados .membros, antes éramos império, as posteriores mantiveram a forma federativa de estado, só no caso da de 37 e de 67 que foi apenas um federalismo semântico, a constituição de 88 preceitua que a republica federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados, DF e municípios, todos autônomos, constituindo-se em um Estado democrático de direito, a republica federativa de estado tem como fundamento a soberania; cidadania; dignidade da pessoa humana; valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e pluralismo político.
Tipos:
1. Quanto à origem:
Centrípeto ou por agregação: Os Estados independentes ou soberanos resolvem abrir mão de parcela de sua soberania para agregar-se (ou seja, movimento de fora pra dentro) assim formando um novo Estado, ou seja, concentra maior poder no entre central. Esse modelo busca uma maior solidez, tendo em vista a indissolubilidade do vinculo federativo.
Centrífugo ou por segregação: A federação surge a partir de um Estado centralizado que resolve se descentralizar, ocorre uma maior distribuição de competências para os Estados-membros.
2. Quanto à separação de atribuições (competências) 
Dual: A separação é extremamente rígida, não se fala em interpenetração ou cooperação, mas com o passar do tempo foi se flexibilizando.
Cooperativo: As atribuições são exercidas de modo comum ou concorrente, aproximando os entes federativos, que deverão atuar em conjunto.
3. Quanto aos fatores de adequação sociedade-Constituição
Simétrico: Homogeneidade de cultura, desenvolvimento e língua, como nos EUA.
Assimétrico: Diversidade de cultura e língua, como na Suíça e no Canadá.
Erro de simetria: Erro, porque o constituinte trata de modo igual os Estados, como, por exemplo, na representação do parlamento, não importa seu tamanho nem seu desenvolvimento, sempre terá um numero fixo de 3 senadores, cada qual com 2 suplentes, caso do Brasil.
Características da federação:
A base jurídica do Estado Federal é uma Constituição e não um tratado.
O vinculo entre as unidades Federadas é indissolúvel pelas vias legais.
A soberania pertence ao Estado Federal, ao passo que os estado-membros, possuem um poder de auto-organização menos denominado autonomia.
Cabe à Constituição Federal estabelecer quais são as competências de cada unidade federada.
Não há hierarquia entre as unidades federadas, mas uma distribuição de competências determinada pela constituição federal.
No Estado Federal as atribuições da União e as das unidades federadas são fixadas na Constituição, nela se confirma e se materializa o compromisso existente entre os interesses da unidade nacional e da autonomia regional. Há autonomia, mas dentro dos limites encontrados no texto constitucional, portanto, os Estados gozam de autonomia (Capacidade de auto-legislação, auto-organização, auto-governo e auto-administração) e não de soberania, e esta é competente ao Estado Federal (no nosso caso a Republica Federativa do Brasil), qualquer proposta que represente flexibilização, relativização ou até mesmo usurpação da competência, seja legislativa, organizacional ou administrativa, de outro ente, representa uma intenção, ou melhor,uma tendência à abolição da forma federativa de Estado.
As cláusulas pétreas não impõe a intangibilidade literal da respectiva disciplina na Constituição originária, mas apenas a proteção do núcleo essencial dos princípios e institutos cuja preservação nela se protege. Na cláusula que protege a estrutura federativa não implica que os contornos da federação não possam ser delineados por emenda, ou seja, não há uma imutabilidade em relação à distribuição de competências entre os entes federativos. 
Talvez um dos aspectos mais debatidos na doutrina, ultimamente, sobre a jurisprudência do STF no que concerne aos Municípios, refere-se ao tema da formação de novos municípios. A Constituição prevê a possibilidade de formação de Estados e de Municípios, além da criação de territórios. No art. 18, §4°, a Constituição estabelece que a criação, incorporação, fusão e desmembramento dos municípios respeitarão os seguintes requisitos: 
Lei estadual;
Respeito ao período determinado por lei complementar federal; 
Consulta à população e estudos de viabilidade municipal.
Intervenção federal
Conceito: A intervenção consiste em medida excepcional de supressão temporária da autonomia de determinado ente federativo,fundada em hipóteses taxativamente previstas no texto constitucional, e que visa a unidade e preservação da soberania do Estado Federal e das autonomias da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.
Regra: intervenção do ente político mais amplo, no ente político, imediatamente menos amplo (união nos estados e distrito federal; estados nos municípios).
Quem pode pedir: Esse ato extremado e excepcional de intervenção somente poderá ser consubstanciado por decreto do presidente da República e no caso de intervenção municipal, pelos governadores do estado. É, pois, ato privativo do chefe do poder executivo.
ATO: decretação exclusiva – de forma discricionária ou vinculada dependendo da hipótese – do chefe do poder executivo federal (presidente da república- intervenção federal; governador de estado – intervenção municipal), a quem caberá, igualmente, a execução das medidas interventivas.
Hipóteses: taxativamente descritas na constituição federal (CF art. 34 – Intervenção Federal; CF art. 35- Intervenção Estadual), pois constitui uma excepcionalidade no Estado Federal. 
Procedimento:
 
Intervenção Federal espontânea:
Defesa da unidade nacional, CF, art. 34, I e II
Defesa da ordem pública, CF, art. 34, III
Defesa das finanças públicas, CF, art. 34, V
Provocada:
Por solicitação – defesa dos Poderes Executivo ou Legislativos locais CF, art. 34, IV
Por requisição STF (CF, art. 34, IV – Poder Judiciário),STF, STJ ou TSE (CF, art. 34, VI e VII – execução de lei federal e ação direta de inconstitucionalidade interventiva)
O procedimento de intervenção da União na autonomia política do Estado-membro ou do Distrito Federal pode ser explicado em quatro fases, com a finalidade de evitar a hipertrofia do poder executivo, observando que nenhuma das hipóteses 
constitucionais permissivas da intervenção federal apresentará mais do que três fases conjuntamente.
A intervenção será formalizada através de decreto presidencial (CF, art. 84, X), que, uma vez publicado, tornar-se-á imediatamente eficaz, legitimando a pratica dos demais atos consequentes à intervenção. 
Vale ressaltar que o art. 36, § 1º, determina que o decreto de intervenção especifique a amplitude, o prazo e as condições de execução e, se necessário for, afaste as autoridades locais e nomeie temporariamente um interventor, submetendo essa decisão à apreciação do Congresso Nacional no prazo de 24 horas. 
A intervenção, portanto, há de efetivar-se por Decreto Presidencial, embora vinculado, o Presidente da República a sua edição, quando ocorrem as hipóteses de provocação por requisição, sempre temporariamente, pois é exceção ao princípio federativo. 
Iniciativa: Nas hipóteses de intervenções espontâneas, é dado o Decreto pelo Presidente da República que ouvirá os Conselhos da República ( CF, art. 90, I) e o de Defesa Nacional ( CF, art. 91, §1º, II).
Ações propostas pelo Procurador Geral da República nas hipóteses previstas no art. 34, inciso VI, ‘início’ e para assegurar a observância dos princípios sensíveis inscritos no inciso VII.
VI - Prover a execução da lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII - Assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) Forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) Direitos da pessoa humana;
c) Autonomia municipal;
d) Prestação de contas da Administração Pública, direta e indireta;
e) Aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
Controle político sobre o ato interventivo: Realizado pelos representantes do Povo (Câmara dos Deputados) e Estados-membros (Senado Federal) com finalidade de garantir excepcionalidade da medida, caso o Congresso Nacional não aprove a decretação da intervenção, o Presidente deverá cessá-la, imediatamente, sob pena de crime de responsabilidade (CF, art.85, II). 
Nas hipóteses previstas no art. 34, VI e VII, o controle político será dispensado, conforme expressa precisão constitucional, e o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida, bastar ao restabelecimento da normalidade (CF, art. 36, § 3º). 
Vício de forma ou eventual desvio de forma: Existindo qualquer vicio de forma ou eventual desvio de finalidade na decretação da intervenção, o Congresso Nacional poderá suspendê-la, a qualquer tempo, com fundamento no art. 49. IV da constituição em vigor que fala das competências do Congresso Nacional. 
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas;
 
Hermenêutica
Hermenêutica Constitucional é o estudo sobre a interpretação para melhor racionalização do emprego do direito, o conjunto de regras e princípios que norteiam a interpretação do direito.
Pós-modernidade: Neoconstitucionalismo (pluralismo de valores)
Método tópico: do problema ao direito
Método hermenêutico concretizador: do direito para o problema
Axiomas da hermenêutica constitucional (valores entendidos como verdade absoluta):
A constituição é a lei maior do ordenamento jurídico (o que é inconstitucional não pode estar no ordenamento jurídico)
Todas as normas da constituição são harmônicas entre si. Se houver contradição, esta deverá ser solucionada por meio de técnicas de interpretação.
Todas as normas da constituição estão no mesmo grau hierárquico (todos os artigos presentes na constituição são normas constitucionais, todas as outras normas são infra-constitucionais)
Não existem lacunas na constituição, se forem constatadas devem ser preenchidas por um interprete, a constituição preveu tudo para si mesma, se há lacunas deve-se fazer uma relação entre artigos para achar a solução
Interpretes da constituição:
Poder executivo
Poder legislativo
Poder judiciário
Cidadãos
Princípios da hermenêutica constitucional:
Principio da Unidade – a Constituição é um texto único;
Principio do Efeito Integrador – tenho que compatibilizar com os anseios da sociedade;
Principio da Máxima Efetividade – devo garantir eficácia a todos os artigos da Constituição;
Principio da Conformidade Funcional – todas as instituições sejam fieis a Constituição e atuem conforme suas competências;
Principio da Força Normativa da Constituição - a CF é a norma que conduz os comportamentos em sociedade, assim entre as interpretações deve ser adotada aquela que garanta maior eficácia, aplicabilidade e permanência das normas constitucionais.
Principio da Concordância Prática – se houver bens jurídicos tutelados na ordem constitucional em conflito será necessário harmoniza-los;
Principio da Proporcionalidade – sopesar (balancear) os bens jurídicos com razoabilidade.

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