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AS DIFICULDADES ENCONTRADAS PARA A INCLUSÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NO ÂMBITO ESCOLAR

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AS DIFICULDADES ENCONTRADAS PARA A INCLUSÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NO ÂMBITO ESCOLAR.
 CARMO, Tânia. RU: 2473214
 GONÇALVES, Carla. RU:2424601
 POLO CAMETÁ
 UNINTER
Resumo
A presente pesquisa pretende abordar as dificuldades encontradas pelos docentes que ministram suas aulas em sala com alunos inclusos na E.M.E.F. Eurico Gaspar Dutra, localizada no município de Cametá, mais especificamente no distrito de Carapajó. Desse modo verifica-se que há complicações encontradas pelos profissionais devido à falta de formação continuada e de estrutura adaptada, resultando assim em uma educação inclusiva deficiente em que os alunos não possuem um atendimento especializado com todo o arranjo que precisam, porém, os professores fazem o que podem, muitas vezes tendo que improvisar. Sendo assim, o tema que será abordado busca entender a prática inclusiva na escola, a qual foi escolhida para fazer parte dessa pesquisa. Aos poucos, o espaço educacional está buscando se adaptar a novas práticas educacionais abrangedoras. Dessa forma, para educação se consolidar é preciso que as escolas estejam com todo o aparato para atender a proposta inclusiva voltada a referida sugestão pedagógica.
Palavras Chave: Educação Inclusiva. Formação Continuada. Docentes.
Como podemos conceituar a Educação Inclusiva?
A Educação inclusiva estabelece uma regra educacional apresentada na concepção dos direitos humanos que associa igualdade e diferença com o valor específico e que avança em relação a ideia de igualdade formal ao descrever as circunstancias históricas da criação da inclusão dentro e fora da escola.
Educação (do latim: educations): É um processo continuo de formação e ensino aprendizagem que faz parte do currículo de estabelecimentos oficializados de ensino, sejam eles públicos ou privados, a fim de se integrar melhor à sociedade ou no seu grupo.
Inclusão: Socialmente a inclusão representa um ato de incluir e acrescentar coisas e pessoas em grupos e núcleos que antes não faziam parte. Assim, esta ação permite que todos tenham o direito de se integrar e participar das várias dimensões de seu ambiente sem sofrer qualquer tipo de discriminação e preconceito devido a causa de gênero, religião, etnia, classe social, etc. Porém, consiste na ideia de que todos os cidadãos devem ter o direito ao acesso no sistema de ensino sem segregação.
Como aprender a lidar com as diferenças.
Na pesquisa realizada pudemos observar que a escola, apesar das dificuldades encontradas, tenta desenvolver a inclusão de alunos com necessidades especiais, com base no estabelecimento das diretrizes e bases da educação nacional, que dispõe sobre a formação dos profissionais da educação e dar outras deliberações: A lei nº 12.796, de 4 de abril de 2013, que altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. E tal lei esclarece que a educação inclusiva vem se fortalecendo desde a década de 1990, porém, o modelo da mesma educação de um estado pode não servir para outro. 
– Mas o que é realmente inclusão? 
Na realidade escolar muitas pessoas podem ver a inclusão como um problema, por não saber lidar e não ter tido contato em nenhum momento da sua vida com alguém portador de alguma necessidade especial. Essa é uma das coisas que a inclusão escolar vem a eliminar, com o tempo. Pois a convivência, quem sabe ajude a outras a desenvolver empatia e ver que sabendo lidar com as necessidades de terceiros, nem tudo pode virar um bicho de sete cabeças. As instituições de ensino tanto públicas quanto privadas devem procurar ampliar as opções de serviços de Educação Inclusiva, o que envolve investimento. Para Mendes (2002) “Ainda é preciso construir um novo tipo de educação inclusiva que respeite nossas bases históricas, legais, filosóficas e políticas.”
A Educação Inclusiva no Brasil depende da renovação dos serviços e da formação dos professores, também é um processo em construção e inclusão social. Para o dicionário Aurélio (1993) incluir (inclusão) é o mesmo que compreender, que por sua vez quer dizer entender, alcançar com a inteligência. 
Em entrevista à Revista Nova Escola (Maio 2005). Maria Tereza Eglér Mantoan define inclusão como “´É a nossa capacidade de distinguir e reconhecer o outro e, assim ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. A Educação Inclusiva ampara todas as pessoas sem exceção. 
Segundo Mantoan:
“Fala em privilégio de conviver e com pessoas diferentes de nós”. Alguém poderia perguntar, privilégio? Os que não apoiam a inclusão dirão que são as crianças ditas normais que estão dando aos deficientes privilégio. Sabemos que na verdade, é mesmo um privilégio para nós (educadores, gestores e demais crianças) saber relacionar-se e aprender a viver com as diferenças.
Porém, ainda está caminhando, o processo de inclusão. Pois além de não ter acesso aos meios tecnológicos, qualificação necessária para capacitar os profissionais que atuam na área e estruturas adaptadas para alunos e suas respectivas necessidades especiais. Ultimamente, vem se trabalhando cada vez mais com a inclusão, antes as pessoas portadores de necessidades especiais eram excluídas, segregadas do convívio social e viviam isoladas, tratadas como “doentes” em suas casas e resguardadas por suas famílias por conta da discriminação diante da sociedade. Ao resgatar a história da inclusão vemos que ela é bem recente e no Brasil é ainda mais. 
Na pratica cotidiana escolar.
Fazendo o mapeamento da situação na escola Eurico Gaspar Dutra, acontece mesmo de forma deficiente a socialização das crianças com necessidades especiais, pois as mesmas interagem com as outras, o que os torna mais agregados e trazendo benefícios para seu desenvolvimento social e intelectual. Mas enfatizamos, essas crianças precisam que a escola tenha a devida acessibilidade para a sua respectiva necessidade, fazendo cumprir a lei que as ampara. 
Podemos dizer que existem esforços que vão além do dever do professor(a) para que a inclusão aconteça, devido à falta de estrutura e tantos outros empecilhos, observamos docentes que muitas vezes tiram até do seu próprio bolso para comprar materiais para trabalhar com seus alunos, o que pode ser muito comum de ver. Além disso, os profissionais enfrentam a desestrutura familiar de muitos de seus alunos, que acabam refletindo em seu desempenho escolar, suas habilidades cognitivas e etc. E podemos afirmar que o professor, por si só dentro da sala de aula e todo âmbito escolar fica responsável diretamente pelos avanços dos alunos, porém, para que isso seja possível com mais ênfase, teria que ter no mínimo algum profissional que o auxiliasse, como psicólogos, assistentes sociais ou até mesmo um auxiliar pedagógico. Na ausência disso, o professor em questão tem que se dividir em tantos para poder dar conta de todas as necessidades de seus alunos, o que pode fazer com que ele fique desgastado ou até mesmo desmotivado profissionalmente. 
A partir do ano de 2015, as escolas regulares de ensino começaram a ter um avanço da aprendizagem, que busca orientar o sistema de ensino nas soluções de respostas as necessidades educativas especiais, a fim de garantir a transversalidade da educação especial desde a educação infantil até o ensino superior, Atendimento Educacional Especializado (AEE).
A comunidade de Carapajó, onde está localizada a E.M.E.F. Eurico Gaspar Dutra, conta com uma clientela de 463 alunos matriculados regularmente, com faixa etária de 6 a 14 anos. Atende alunos do ensino fundamental básico. A escola dispõe de 48 funcionários, sendo 4 na direção, 7 vigias, 3 agentes de portaria, 23 professores e 7 auxiliares de serviços gerais. Entre os docentes está a professoraCristiane Moraes dos Santos, que atua na escola como profissional da educação há 14 anos, atualmente trabalha com alunos do 5º ano do ensino fundamental, sua turma é composta por 19 alunos, desses alunos 3 possuem necessidades especiais. Cristiane, que é formada em Pedagogia e está terminando a faculdade de Artes Visuais, diz que só teve auto confiança para trabalhar com alunos com necessidades especiais quando participou de cursos de formação continuada que o governo federal e o munícipio proveram, a partir do ano de 2013, para professores da rede pública. Ela cita que se sentiu bem mais preparada depois de frequentar os cursos, que ainda falta muito a melhorar quanto a estrutura, mas que já avançaram muito quanto a preparação de professores. A mesma, não trabalha sozinha com seus alunos, pois em horário paralelo a aula regular, eles recebem o reforço do profissional especializado em educação especial, nesse caso o professor João Junior Lacerda, que atua na área há mais ou menos dois anos e que atende à demanda de alunos especiais do turno da manhã. Professor João respalda que comparado há tempos atrás eles já avançaram muito quanto inclusão de seus alunos, porém, para haver realmente a inclusão tão almejada, não depende apenas deles. 
Conclusão.
Pudemos perceber na pesquisa presente que ao se falar em inclusão em nossa sociedade, é o mesmo que falar de um desafio, pois ainda encontramos barreiras nas escolas regulares de ensino em relação a alunos com necessidades especiais. A primeira, e mais difícil, seria o preconceito, tanto dos demais com o aluno, quanto dele mesmo consigo e talvez até da própria família. A segunda, a estrutura física, que embora não seja tão difícil teoricamente de ser resolvida, não é consolidada por falta de verba. A terceira, é a falta de conhecimento a respeito dos direitos das pessoas especiais por todos ao seu redor, mas essa, há de ser superada em breve, pois como já vimos acima, muita coisa já melhorou e torcemos para que a tendência seja só melhorar. 
Desta forma, é preciso ser feito imediatamente uma atividade de divulgação dos direitos das pessoas especiais, para que assim eles possam, de fato, lutar por seus benefícios. Quanto as nossas escolas, elas ainda não estão preparadas totalmente para recebê-los. Entretanto, se formos esperar que ela se prepare, iremos perder tempo, porque a mudança começa por todos que envolvem a escola: alunos, professores, demais funcionários, pais e comunidade. Todos devem se empenhar no propósito de inclusão, para que ela seja consolidada e não fique apenas na constituição. 
Referências
Martins, M.A. (1996) – Pré-história de Aprendizagem e da Leitura. Lisboa. ISPA.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretária de Educação Especial. Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília: MEC/SEESP. 2007.
MRECH, L.M. Educação Inclusiva: realidade ou utopia? São Paulo: Trabalho apresentado no evento do LIDE, Faculdade de Educação de São Paulo. 1999.
AQUINO, Júlio Proppa (Org). Diferenças e preconceitos na escola. Alternativas Teóricas e Práticas. 2º Edição Summus Editorial. 2003.
BIANCHETTI, Lucídio (Org). Um olhar sobre a diferença, interação, trabalho e cidadania, 4ª edição, Papirus. 2004.
BRASIL. Lei das Diretrizes e Bases da Educação. Lei nº 9.394/96
BRASIL. Plano Nacional da Educação/ Lei N. 10.172/2001
MANTOAN, Maria Tereza Égler, Inclusão Escolar: Pontos e Contrapontos. São Paulo. Summus. 2006.