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Pares Cranianos

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Pares Cranianos
O tronco encefálico
Apesar de pequeno, o tronco é uma estrutura vital: a morte de sus neurônios é parte integrante da síndrome da ‘’morte encefálica’’.
Isso se dá pelo fato de conter grupos de neurônios que não apenas mantem o estado de vigília, mas controlam a respiração. 
O tronco é caminho obrigatório entre o cérebro e as funções neurológicas de todo o organismo.
Manutenção do ciclo sono-vigília; Controle da respiração; Regulação do sistema nervoso autonômico; Participação do sistema vestibular e extrapiramidal.
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Esses 2 nervos são verdadeiras extensões do sistema nervoso central e não apresentam características de nervos periféricos.
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Nervo olfatório – 1º Par
Trajeto: Os axônios dos receptores olfativos se juntam em feixas/fascículos que penetram na lâmina crivosa do etmoide fazendo conexão com o bulbo olfatório, localizado na superfície inferior do lobo frontal;
Aspecto: Puramente sensitivo;
Conduz apenas estímulos olfatórios;
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Nervo olfatório – 1º Par
Semiologia:
Se examina cada narina separadamente, colocando uma substância de odor facilmente reconhecível, como café, em uma narina com a outra ocluída e os olhos fechados;
Sinais e sintomas:
Anosmia: Perda da olfação;
Hiperosmia: Aumento da olfação;
Parosmia: Perversão do olfato;
Cacosmia: Percepção de odores desagradáveis;
Anosmia – trauma de crânio, tumor de lâmina crivosa do etmoide, tumor de base de crânio
Cacosmia – Pré epilepsia, aurea de cefaleia 
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Nervo óptico – 2º Par
Trajeto: Constituído de um grosso feixe de fibras nervosas que se originam na retina, emergem próximo ao polo posterior de cada bulbo ocular, penetram no crânio pelo canal óptico.
Nervo exclusivamente sensivito, cujas fibras conduzem estímulos visuais;
Anosmia – trauma de crânio, tumor de lâmina crivosa do etmoide, tumor de base de crânio
Cacosmia – Pré epilepsia, aurea de cefaleia 
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Nervo óptico – 2º Par
Semiologia
Feita em quatro tempos – Acuidade visual, campimetria, reflexos e exame de fundo de olho.
Acuidade: Mapas de snellen, porém na prática é feito de forma mais grosseira, pedindo pro paciente dizer números feitos pelo examinador.
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Oftamoscopia/ Fundoscopia
Movimentação ocular – Musculatura e inervação
III Par 
III Par 
III Par 
III Par 
VI Par 
VI Par 
Nervo oculomotor - 3º Par 
Se origina no mesencéfalo;
Dividido em parte somática e visceral;
Parte somática: Responsável pela inervação dos músculos – reto medial, reto inferior, reto superior e oblíquo inferior e levantador da pálpebra;
Parte visceral: Parte que responde aos sistemas simpático e parassimpático, origina-se do núcleo de Edinger-Westphal, situado no mesencéfalo.
A parte visceral é responsável pelos músculos esfíncter pupilar da íris, que faz miose, e ciliar que controla o cristalino.
Simpático x parassimpático;
A parte parassimpática é a parte mais extensa do III par, neste caso síndrome de HIC podem fazer midríase;
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Oftalmoplegia completa
Pupilas
As pupilas são avaliadas quanto ao seu tamanho, quanto a sua relação a pupila lateral, e quanto a presença dos reflexos fotomotor, fotomotor consensual e de convergência;
Miose x Midríase;
Isocóricas x Anisocóricas;
Pupilas - Reflexos
Pupila de Argyll Robertson
 Pupilas bilateralmente pequenas (mióticas) que se contraem quando o paciente foca em um objeto próximo
 Não se contraem quando expostas ao brilho da luz . 
Perde o reflexo fotomotor, mantém o reflexo de acomodação
É patognomônica de neurossífilis;
Nervo troclear – IV Par
Se origina no mesencéfalo;
Inerva o músculo oblíquo superior;
Desloca e gira o globo ocular medialmente para baixo.
Possui duas particularidades – É o único par que sai da parte dorsal do encéfalo e é o único nervo cujas fibras decussam antes de emergirem do sistema nervoso central;
Nervo abducente – VI Par
Originado na ponte;
Possui maior trajeto intracraniano;
Inerva o músculo reto lateral, produzindo a lateralização do globo ocular;
Aplicação clínica: As lesões do nervo abducente impossibilitam a lateralização do olho, causando um estrabismo convergente e diplopia durante a mirada lateral do globo ocular lesado. As principais causas dessa sintomatologia são os traumatismos, os tumores, a hipertensão intracraniana, entre várias outras patologias.
III, IV, VI - Semiologia
Os três pares são relacionados à movimentação do olho, por isso são examinados em conjunto 
Dentre as causas comuns de oftalmoplegia temos: TCE, AVC, tumores, encefalite, neuro sífilis;
Nervo trigêmeo – 5º Par
Originado na ponte, possui 4 ramos: 3 sensitivos e 1 motor;
 Os ramos sensitivos são: Oftálmico (V1), maxilar (V2) e mandibular (V3);
Reflexo côrneopalpebral – aferencia pelo trigêmeo eferência pelo facial; Importante em pacientes comatosos;
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Nervo trigêmeo – 5º Par
Parte motora
O ramo motor inerva os músculos da mastigação, são eles: masseter, pterigoide lateral e medial e temporal, além disso, inerva o músculo tensor do tímpado do mesmo lado;
Faz-se o teste pedindo pro paciente abrir e fechar a boca e lateralizar a mandíbula e palpando os músculos em repouso e durante uma mordida;
Lesões no nervo causam atrofia dos músculos, desvio da mandíbula pro lado da lesão, hipoacusia e dificuldade na mastigação;
Nervo Facial – 7º Par
É responsável pela inervação da musculatura da mímica facial, das glândulas submandibulares, lublinguais e lacrimais, do músculo estapédio e é responsável pela sensibilidade gustativa dos 2/3 anteriores da língua;
 Paralisia central x Paralisia de Bell
Nervo vestíbulococlear – 8º Par
Exclusivamente sensitivo;
Composto por uma parte vestibular e outra coclear, que embora unidas em um tronco comum, têm origem, funções e conexões diferentes no sistema nervoso central;
Parte vestibular – Dá ao sistema nervoso central informações sobre a posição da cabeça, a partir informações sobre o equilíbrio;
Parte coclear – Conduzem impulsos relacionados à audição;
Correlações clínicas: Lesões no nervo podem causar hipoacusia, vertigem, alterações no equilíbrio e enjoo. Há também casos que cursam com nistagmo.
Nervo glossofaríngeo e Vago – IX e X Par
9º Glossofaríngeo: pele do ouvido externo, mucosas da faringe, úvula e tuba auditiva, gustação do 1/3 posterior da língua, glândula parótida, e músculo estriado da faringe;
10º vago: pele do ouvido externo, meninges, laringe, faringe, traqueia, tubo digestivo, arco aórtico, gustação da cavidade oral posterior, estruturas respiratórias, coração, musculatura estriada do palato.
Nervo glossofaríngeo e Vago – IX e X Par
Semiologia
Uma forma de avaliar é pedir para o paciente, com a boca aberta, dizer Ah por alguns segundos. No exame normal, percebe-se a elevação do véu palatino. Caso haja lesão, o lado lesionado não sobe, desviado a úvula contralateralmente.
O XI e X são responsáveis pelo reflexo do vômito, que pode ser testado imediatamente após a avaliação do palato, com o abaixador de língua;
Pacientes com lesão no IX e X podem se queixar de dificuldade de engolir (disfagia), dificuldade de articular a fala ou fala empastada (disartria) e problemas na fonação (disfonia);
Nervo acessório – XI Par
Inerva os múscuos esternocleidomastódeo e trapézios ipsilaterais e os músculos da laringe;
Paresia de um lado do ECM dificulta a lateralização da cabeça para o outro lado;
Nervo hipoglosso – XII Par
Essencialmente motor;
Músculos intrínsecos da língua, musculo hipoglosso, genioglosso e estiloglosso;
DESVIO DA LÍNGUA PARA O LADO LESADO;
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