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Xintoísmo: A Religião dos Deuses Japoneses

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XINTOÍSMO
Introdução
	O xintoísmo, de forma distinta da maioria das outras religiões, não teve um fundador, não tem escrituras, não tem um conjunto de leis religiosas e tem apenas um sacerdócio organizado de forma bem flexível. Origami, a arte japonesa de dobradura de papel, tem significado religioso. Originou-se da experiência com o xintoísmo. Origami significa “papel dos espíritos", e as belas figuras de papel usualmente decoram os santuários xintoístas. Como o papel vem das árvores e em razão de existir nele um espírito, o papel destinado ao origami nunca é cortado, apenas dobrado.
	Xintoísmo é essencialmente originário e exclusivo do Japão. E difícil para alguém de fora do Japão (ou sem ancestrais japoneses) abracar o xintoísmo. Como não ha um texto em que a pessoa possa aprender o fundamento da religião, como a Bíblia para os cristãos, o xintoísmo deve ser aprendido por meio da participação nos rituais. O xintoísmo basicamente passa de uma geração a outra por meio da pratica de rituais em grupo.
Histórico
	Esta religião japonesa surgiu da adoração da natureza e dos ancestrais, em alguma época anterior ao século VI, quando apareceram os primeiros escritos. Em japonês, "shíntõ" quer dizer "caminho dos ou para os deuses" e surgiu na época, para diferenciá-lo do budismo, que era então importado já do continente chinês.
	O Xintoísmo é fundamentalmente um conjunto de costumes e rituais, mais que um sistema ético ou moral. Seus seguidores participam de festas e peregrinações e valorizam a pureza cerimonial e a higiene corporal. Muitos xintoístas são também praticantes budistas.
	A religião possui um complexo de Kami, ou divindades, dentre elas a deusa do sol, conhecida com o "governante dos céu s". Também são venerados os imperadores deificados, espíritos guardiães de famílias, heróis nacionais, divindades de árvores, rios, cidades e fontes de água.
	O advento dos deuses no Xintoísmo teve início com cinco grandes divindades:
— Amenom inakanushi (Senhor do Augusto Centro do Céu);
— Takamimusubi (Alto Gerador do Deus Prodigioso);
— Kamimusubi (Divino Gerador do Deus Prodigioso);
— Umashiashikabihikoji (O Mais velho soberano do Cálamo);
— Amenotokotachi (O Eternamente Deitado no Céu).
	A sequência prossegue com "as sete gerações divinas", dois deuses e mais cinco pares, que se multiplicam infinitamente. Existem também as divindades maléficas e divindades representativas dos astros.
Os Ritos Fúnebres
	Uma vez que o culto dos antepassados desempenha papel proeminente no Xintoísmo, os ritos fúnebres possuem igualmente grande valor. O elemento central do culto mortuário é o mitamaya, “casa augusta das almas”, pequeno cofre branco em cujo interior se coloca a tábula tamashiro, "marca das almas", que tem inscrito o nome do defunto com sua idade e ano da morte.
	O mitamaya é considerado, pesa família, o altar dos antepassados, diante do qual realizam-se as oferendas devidas às almas e aos "kamis".
Os Lugares sagrados
	Variam de pequenas capelas à beira de caminhos até grandes santuários nacionais, com o no caso do kashikodokoro, santuário do palácio imperial de Tóquio, construídos e dedicados
à divindade ou às divindades.
	Cada casa xintoísta tem um altar sagrado no qual está colocado um santuário de madeira em miniatura, contendo tábuas em que estão inscritos os nomes dos ancestrais venerados.
	Além de adorar a muitos deuses, todos eles criados pela imaginação popular ou feitos deuses pela benevolência erudita dos seus líderes, os xintoístas cultuam os seus antepassados;
práticas contrárias aos ensinamentos bíblicos e à vontade divina.
Xintoísmo: Aqui e Agora
	O xintoísmo iniciou-se no Japão, cerca de 500 a.C. ou antes, como uma mistura não estruturada de adoração a natureza, de cultos da fertilidade e de técnicas de divinização. Suas primeiras formas estavam centradas no kami (a crença de que deuses habitavam as montanhas, as árvores, as pedras e outros elementos da natureza). Por volta do seculo VI a.C., o kami foi mesclado com alguns aspectos do budismo, do confucionismo e do taoismo, que chegaram ao Japão provenientes da China. O resultado dessa fusão filosófica, por volta do século VIII a.C., foi o xintoísmo, um nome derivado das palavras chinesas shin tao (“o caminho dos deuses”).
	O xintoísmo sempre consistiu de duas tradições interdependentes — o lado popular e o lado politico:
O lado popular do xintoísmo: Em todos os vilarejos e bairros ha um santuário kami, o que significa que essa religião se entranhou na cultura japonesa de modo geral.
O lado político do xintoísmo: Os rituais e sacerdotes do xintoísmo foram integrados em uma estrutura política, a ponto de até legitimar os governantes japoneses. O xintoísmo — de 1868, a época do novo imperador Meiji, ate 1945 — era a religião estatal do Japão e servia para promover a ideologia imperialista desse pais. Depois da Segunda Guerra Mundial, quando o imperador renunciou a sua divindade, a estrutura governamental foi desligada de sua conexão com o xintoísmo.
	Hoje, o xintoísmo, livre de qualquer conexão forçada com o governo, representa a 	forma de adoração da natureza, que reconhece a presença do kami em todas as facetas 	da natureza.
As afirmações
	Como se verá, o xintoísmo é carregado de rituais, mas leve na doutrina. Embora haja muita teologia nessa religião, ha quatro “afirmações” que servem como crenças usuais e que os seguidores do xintoísmo “concordam que são boas” . Essas afirmativas são:
1. Tradição e a família: A família é vista como a instituição primária por meio da qual as tradições são preservadas. A herança e as tradições são passadas de uma geração para a próxima por meio da família. O sentido e a importância da família são celebrados em ocasiões como os nascimentos e os casamentos.
2. Amor à natureza: A natureza é sagrada. Se você estiver próximo da natureza, logo você está próximo dos kami (os deuses da natureza). Os elementos na natureza devem ser adorados como espíritos sagrados.
3. Limpeza física: O respeito pela natureza exige limpeza. Isso não é apenas um cerimonial de
limpeza no momento dos rituais, mas aplica-se a todo o tempo. Tomar banho, lavar as mãos, etc., é exigido porque você está constantemente em contato com as adjacências da natureza.
4. “Matsuri”: Esses são os festivais em honra a um ou mais dos espíritos ancestrais e dos kami. O Matsuri promove a unidade comunitária ao criar uma oportunidade para a família e os amigos socializarem-se mutuamente.
É uma Religião; não É uma Religião
	Os kami (deuses) são o foco central do xintoísmo no mundo. Contudo, para os seguidores do xintoísmo, o “mundo” é aqui e agora, e não em alguma outra dimensão metafísica que envolva a vida após a morte ou a eternidade. Como o kami está presente na natureza praticamente não há preocupação com o céu. Embora o xintoísmo tenha muitos elementos de uma religião, há muitos aspectos que sugerem que não é uma religião (pelo menos não uma religião no sentido usual da palavra).
Xintoísmo
	É uma religião
	Não é uma religião
	O xintoísmo tem muitos deuses
	Não há um conceito de um Criador divino.
	O xintoísmo tem sacerdotes
	Não há fundador ou patriarcas.
	O xintoísmo tem muitos rituais
	Não há um sistema ético particular.
	O xintoísmo tem um número muito grande de santuários.
	Não há textos sagrados.
	O xintoísmo enfatiza a participação. Em algum momento de suas vidas 95% dos japoneses vão a um santuário xintoísta.
	Não enfatiza a crença. Apenas 20% dos japoneses que participam verdadeiramente acreditam na existência do kami.
	O xintoísmo acredita que os kamis (deuses) habitam em todos os elementos da natureza.
	Não têm uma crença de que os seres humanos têm uma “alma” ou natureza eterna.
Uma Religião Antiga que É Boa para os Dias de Hoje
	O xintoísmo, para uma religião antiga (talvez a mais velha do Japão, se levarmos em consideração a época do pre-xintoísmo em que havia culto ao kami), ajusta-se bem a cultura contemporânea japonesa.Em parte, graças ao fato de o xintoísmo focar o mundo atual. Como não se identificam como uma doutrina da vida após a morte, tudo gira em torno do que está acontecendo agora. Além disso, como há inumeráveis kamis que existem em todos os aspectos e elementos da natureza, fica fácil para o xintoísmo mesclar-se com a trama da sociedade japonesa moderna. Embora tenha algumas das características das religiões tradicionais (como sacerdotes, templos e rituais), estes se mesclaram com a sociedade secular mais como uma rotina contemporânea do que como uma religião sagrada.
	Os kamis ajustam-se também as mudanças culturais. Eles são seres nebulosos — os quais não são usualmente personificados quer na forma quer na personalidade —, que possuem poder sobrenatural para afetar os objetos em que habitam. Por seculos, Inari (o kami “provedor do arroz”) foi o mais popular. Trinta mil santuários são dedicados a Inari. Embora originariamente fosse apenas um kami guardião da agricultura, as tarefas de Inari se expandiram durante a revolução industrial e tecnológica do Japão. Hoje, pede-se a Inari que aja em favor de uma vasta gama de comércios e negócios.
	Ao e incomum encontrar sacerdotes xintoístas fazendo rituais para invocar um kami que pacifique a terra para abençoar a construção de uma companhia ou a aquisição de um carro novo. Os empresários oram ao kami para que tenham bons resultados na bolsa de valores, e os estudantes, para ter sucesso nos exames.
	Xintoísmo e essencialmente originário e exclusivo do Japão. E difícil para alguém de
fora do Japão (ou sem ancestrais japoneses) abracar o xintoísmo. Como não há um texto em que a pessoa possa aprender o fundamento da religião, como a Bíblia para os cristãos, o xintoísmo deve ser aprendido por meio da participação nos rituais.
	O xintoísmo basicamente passa de uma geração a outra por meio da pratica de rituais em grupo.
Crenças das Filosofias Orientais
	sobre
	Conforme as filosofias orientais
	Deus
	Embora os deuses possam ter um papel na filosofia (como o kamido xintoísmo), eles não são o ponto focal.
O comportamento humano desempenha um papel muito mais importante do que o envolvimento com qualquer um dos deuses.
	Humanidade
	A humanidade é geralmente vista como boa e nobre. Se lhe for permitido seguir os instintos naturais (livre da opressão do governo), as pessoas demonstrarão gentileza e respeito umas para com as outras.
	Pecado
	Há formas de comportamento aceitáveis e outras inaceitáveis. Violação dos códigos de conduta ética podem ser perdoados por meio do arrependimento e do retomar o comportamento apropriado.
	Salvação e vida após a morte
	Não há, na verdade, vida após a morte, mas há o conceito de nirvana, que é o estágio último do conhecimento e da compreensão. Não há o conceito de ser salvo por um deus. Você atinge o nirvana por meio do alcançar progressivamente estágios mais elevados de conhecimentos por intermédio dos vários ciclos de vida.
	Moral
	Comportamento moral é o aspecto mais importante da vida.
	Adoração
	Embora haja rituais de adoração aos deuses, não há o conceito de submeter-se a Deus. Até mesmo os sacerdotes são devotados à comunidade e à humanidade, o que parece eclipsar a adoração a Deus.
	Jesus
	Não há reconhecimento ou aceitação de Jesus, a não ser como uma pessoa que viveu e ensinou a conduta moral que era consistente com os ensinamentos das filosofias orientais.
BIBLIOGRAFIA
CABRAL, J. Religiões, Seitas e Heresias à luz da Bíblia. Editora: Universal Produções – Coleção Reino de Deus, Rio de Janeiro, 1980
BICKEL, Bruce. JANTZ, Stan. Guia de seitas e religiões. Editora: CPAD, Rio de Janeiro, 2011
CHAMPLIN, R.N. Ph.D. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Editora: Hagnos, São Paulo, 2013. 11ª Edição.
ALMEIDA, João Ferreira. Bíblia Almeida Revista e Atualizada. Editora SBB
XINTOÍSMO
	As raízes verbais desse termo vêm do japonês, em que têm o sentido de “caminho dos deuses”. Ao que parece, sua origem é chinesa, shin, “deus”, e tao, “caminho”, “lei”. O xintoismo é a religião primitiva do Japão e consiste, acima de tudo, na adoração dos antepassados, na adoração da natureza, além da adoração de muitas divindades étnicas, a principal das quais era o imperador, considerado descendente dos deuses e, por conseguinte, uma divindade ele mesmo. Esse conceito, porém, foi abandonado em conseqüência da Segunda Guerra Mundial. O xintoismo foi a religião oficial do Japão, entre 1868e 1945. Durante esse período foram incorporados muitos elementos nacionalistas e militaristas, os quais, desde então, foram desenfatizados. 
	A história do xintoismo remonta ao século VI d.C. Essa religião está dividida em xintoismo oficial e xintoismo sectário, com milhares de santuários e um número de membros que, teoricamente, envolve a população japonesa inteira, embora, na prática, não seja assim, naturalmente.
	O antigo xintoismo era um complexo de antigas crenças e rituais populares dos japoneses, o qual, gradualmente, desenvolveu-se em um culto nacional patriótico. As primitivas formas incorporavam inúmeras crenças e ritos locais, incluindo os abstêmios (ascetas), os especialistas em tabus, os adivinhos e os recitadores de tradições e cerimônias. O xintoismo incluía a magia quanto a ritos de fertilidade, cerimônias de purificação, festas das estações do ano, crença em muitas divindades e poderes sobrenaturais, com sacrifícios a esses, e, finalmente, lendas da criação e da descida de vários deuses para povoar as ilhas japonesas.
	No século VI d.C., o budismo foi importado da Coréia para o Japão. Aí pelo século VIII d.C., houve muitos empréstimos extraídos da cultura e da religião chinesas, e o budismo acabou por ser uma potência no Japão. O xintoismo e o budismo entraram cm choque. Mas essas duas religiões foram combinadas no kanti-no-michi, que significa “caminho do poder divino”. Em seguida, a palavra xintoismo foi cunhada, a fim de distinguir do budismo o xintoismo mais antigo, tradicional. As divindades do xintoismo tornaram-se budas avatares (deidades encarnadas). Destarte, houve um grande amálgama das religiões. Posteriormente, entretanto, o xintoismo voltou a fortalecer-se e, embora as crenças budistas não tivessem sido abandonadas, o xintoismo oficial veio a ser o poder religioso dominante, paralelamente à sua nova ênfase.
	O xintoismo não tem nenhuma teologia fixa e toda-dominante, como também não conhece a adoração comunal. O movimento gira em torno do complexo conceito de KAMI, que significa “deus”; mas, na prática, muitos tipos e níveis de divindades foram incorporados nesse sistema. Algumas forças divinas são impessoais, enquanto outras são pessoais. O conceito chega a abarcar o que é misterioso e desconhecido e, por conseguinte, indefinido. No kami estão envolvidas as mais diversas idéias, como espíritos dos ancestrais, bravos guerreiros, o sexo, lindas paisagens, objetos mágicos, etc. Há santuários xintoístas que honram as mais notáveis divindades do céu e da terra, os antepassados dos imperadores e heróis nacionais. Os santuários locais são consagrados a uma interminável lista de poderes celestes e terrestres, divindades e influências. No xintoismo, talvez o poder maior seja o da adoração aos antepassados.
	Terminada a Segunda Guerra Mundial, foi abolido o xintoismo oficial. Por sua vez, o xintoismo popular expandiu-se extraordinariamente. Os cultos populares dessa expansão chamam-se Tenrikyo, Konkokyo, Kurozumi-kyo, Odoru Shukyo, Mioshic e Seicho-no-ie. Antigos santuários nacionais foram reduzidos a monumentos históricos. O xintoismo sectário existe sob a forma de treze seitas oficialmente reconhecidas, além de muitas subseitas.

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