Buscar

DIREITO CONSTITUCIONAL - AULA 08 - 13.04.09

Prévia do material em texto

�PAGE �
�PAGE �16�
DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 08 - 13.04.09
PODER EXECUTIVO
A atribuição primaria do órgão executivo é aplicar a lei ao caso concreto administrando a coisa pública. O poder executivo será estudado mais profundamente em direito administrativo.
1. SISTEMA DE GOVERNO
No Brasil o órgão executivo é exercido por uma única autoridade, ou seja, estamos diante de um Poder Executivo Monocrático, neste sentido o artigo 76 da Constituição Federal dispõe que:
“Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado.”
Sendo assim, resta claro que o sistema de governo utilizado no Brasil é o presidencialismo. Diferentemente do que ocorre no parlamentarismo, onde duas ou mais autoridades exercem a função executiva (executivo dual).
O sistema de governo é a maneira como se relacionam o poder legislativo e o executivo.
As principais diferenças entre estas espécies de regime de governo são:
	PRESIDENCIALISMO
	PARLAMENTARISMO
	Uma única autoridade exerce a função Executiva (art. 76) Chefe de Estado e Chefe de Governo
	Duas ou mais autoridades exercem a função executiva (ex. Inglaterra – Rainha Ministros)
	Executivo Monocrático, ou seja, uma única autoridade exerce as funções de chefe de estado e chefe de governo
	Executivo Dual, em que as funções de chefe de estado e chefe de governo são desempenhadas por autoridades distintas
	Existe independência política do Executivo em relação ao Legislativo
	Existe dependência política do Executivo em relação ao Legislativo
	O mandato do chefe do executivo é determinado
	O mandato do chefe do executivo pode ser reduzido pelo Legislativo
	Executivo monocrático
	Executivo dual
Existem duas espécies de parlamentarismo:
~> Parlamentarismo Monárquico Constitucional: No Parlamentarismo Monárquico Constitucional existe o Rei exercendo a função de chefe de estado e o 1º ministro exercendo a função de chefe de governo (ex. Inglaterra, Espanha)
~> Parlamentarismo Republicano: No Parlamentarismo Republicano temos o presidente exercendo a função de chefe de estado e o 1º ministro exercendo a função de chefe de governo (ex. Itália, Israel, França)
O sistema ou regime de governo não é uma clausula pétrea. Existe uma proposta de emenda visando a alteração do sistema de governo para o parlamentarismo.
No período de setembro de 1961 até fevereiro de 1963, o Brasil utilizou o sistema de parlamentarismo, visto que, João Goulart era o presidente enquanto Tancredo Neves era o 1º ministro
2. REQUISITOS PARA SER PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Os requisitos obrigatórios para o Presidente da Republica, também são obrigatórios para o Vice-Presidente, quais sejam:
~> Ser Brasileiro Nato (art. 12, §3º CF): em razão da segurança jurídica.
~> Idade Mínima de 35 anos (art. 14, §3º CF): aos 35 anos o cidadão adquire capacidade política absoluta. Vale lembrar que não existe idade máxima para o exercício de cargos eletivos
~> Filiação Partidária (art. 14, §3º CF): não existem candidaturas avulsas, ninguém pode ser candidato sem estar filiado a um partido político
~> Plenitude do Exercício dos Direitos Políticos: não os ter perdido nem suspenso, nem incorrer em alguma das causas do artigo 15 da Constituição Federal.
3. SISTEMA ELEITORAL
O presidente e o vice-presidente são eleito conjuntamente para exercer mandato de quatro anos, através do sistema eleitoral majoritário.
No Sistema Eleitoral Majoritário valoriza-se o candidato registrado por partido político. Neste sistema cada partido político somente poderá lançar um candidato por cargo em disputa. O Sistema Eleitoral Majoritário é adotado nas eleições de presidentes, governadores, prefeitos e senadores. O Sistema Eleitoral Majoritário se divide em duas classes:
~> Majoritário Absoluto (ou com segundo turno de votação): Este sistema é utilizado nas eleições para presidentes, governadores e prefeitos de municípios com mais 200 mil eleitores. No sistema eleitoral majoritário absoluto a Constituição Federal exige que o candidato eleito alcance no mínimo a maioria absoluta dos votos validos. Se em um primeiro turno de votação nenhum candidato alcançou a maioria absoluta dos votos é necessária a realização de um 2º turno de votação. Isto porque, um presidente que não tenha recebido pelo menos a maioria absoluta dos votos não possui o mínimo de legitimidade necessária. Frisa-se que Votos Validos são aqueles ofertados subtraindo-se os em branco e os nulos – art. 77. § 2º CF)
~> Majoritário Simples: Este sistema é utilizado nas eleições de senadores e prefeitos de municípios com menos de 200 mil eleitores. No sistema eleitoral majoritário simples a Constituição Federal exige que o candidato eleito alcance no mínimo a maioria simples dos votos validos. Não sendo necessária a realização de 2º turno nos casos em que não for alcançada a maioria absoluta de votos. 
4. POSSE
O presidente e o vice-presidente tomam posse em sessão conjunta no congresso nacional, onde se comprometem a respeitar a Constituição Federal.
Nos USA o presidente se compromete perante a Bíblia.
A posse ocorre, em regra, no dia 01 de janeiro para o exercício de mandato de quatro anos.
Caso não seja possível a posse no dia 01 de janeiro, o presidente ou o vice-presidente, ou ambos, devem tomar posse até o dia 11 de janeiro.
Se nenhum dos dois tomar posse ate o dia 11 de janeiro, os cargos serão declarados vagos, salvo, por motivo de força maior.
Vale salientar que o cargo será declarado vago pelo Congresso Nacional.
O vice-presidente desempenha missões especiais a mando do presidente, consoante ao disposto no artigo 79, parágrafo único da Constituição Federal. Ainda não existe lei complementar que disponha sobre as atribuições do vice-presidente.
5. SUCESSAO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
A sucessão do presidente da república poderá ocorrer de duas formas:
~> Sucessão em sentido restrito: Sucessão em sentido restrito ocorre nos casos de vacância, que é uma causa definitiva. (ex. morte, renuncia, condenação pela pratica de crime de responsabilidade)
~> Substituição: A substituição ocorre nos casos de impedimento, que é uma causa transitória, temporária. (ex. viagens, férias, licença para tratamento de saúde)
Compõe a Linha sucessória do presidente da república:
~> vice-presidente
~> presidente da câmara (representantes do povo)
~> presidente do senado
~> presidente do STF
Só o vice-presidente assume o cargo do presidente de forma definitiva, ou seja, só o vice-presidente sucede o presidente da republica. Os demais sujeitos que estão na linha sucessória (presidente da câmara, presidente di senado, presidente do STF) somente substituem o presidente no caso de impedimento.
O presidente exerce mandato de quatro anos, sendo que estes quatro anos são divididos em dois períodos.
Se os cargos do presidente e o vice ficarem vagos nos primeiros 2 anos do mandato, o presidente da câmara ira assumir a presidência de forma temporária, sendo que dentro de 90 dias depois de aberta a ultima vaga, far-se-á nova eleição de forma direta.
Na eleição direta não existe intermediários entre aquele que exerce o poder e o titular do poder, o titular do poder elege sem intermediários aquele que exercerá o poder.
Entretanto se a vacância dos cargos do presidente e do vice se derem nos dois últimos anos do mandato, o presidente da câmara ira assumir a presidência de forma temporária, sendo que dentro de 30 dias depois de aberta a ultima vaga, far-se-á nova eleição de forma indireta. Esta é a única modalidade de eleição indireta prevista na Constituição Federal em seu artigo 81.
Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga.
§ 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trintadias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei. (ATÉ HOJE O CONGRESSO NACIONAL NÃO CRIOU ESTA LEI)
§ 2º - Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores.
Nestes dois casos os eleitos não receberão quatro anos de mandato, mas sim receberão um mandato tampão. Ou seja, eles serão eleitos somente para concluir o período do mandato daqueles que desapareceram. Isto porque as eleições para o legislativo e para o executivo devem coincidir.
6. RESPONSABILIDADE POLÍTICA-CRIMINAL DO CHEFE DO EXECUTIVO
O que for falado acerca da Responsabilidade política - criminal do chefe do executivo da união, aplica-se ao chefe do executivo dos estados e dos municípios.
A responsabilidade política – criminal do chefe do executivo esta relacionada à forma de governo. Falar sobre formas de governo é fazer referencia pela qual o poder é exercido dentro de determinado território.
Sendo que na monarquia o poder é exercido de maneira hereditária, vitalícia e irresponsável. Ou seja, o rei era irresponsável pelos seus atos.
Já na república o poder é exercido de maneira eletiva, temporária e responsável. Na republica todos que exercem parcela da soberania do Estado devem ser responsabilizados pelos seus atos.
Sendo assim, a responsabilidade de cada sujeito deve ser proporcional à parcela da soberania que ele exerce.
A Constituição Federal nos informa que o presidente pode ser responsabilizado em duas esferas:
~> politicamente 
~> criminalmente
Quando se fala em responsabilidade política, se faz referencia a crime de responsabilidade. Já quando se fala em responsabilidade criminal trata-se de infração penal comum.
Vale frisar que a diferença entre crime de responsabilidade e infração penal comum é a natureza jurídica da infração, ou seja, as qualidades, características da infração.
A infração penal comum é infração de natureza jurídica penal, previstas no Código Penal.
O crime de responsabilidade é infração de natureza político-administrativa, também chamado de impedimento (impeachman). 
6.1 CRIME DE RESPONSABILIDADE PRATICADO PELO PRESIDENTE
O senado federal será competente para julgar o presidente pela pratica de crime de responsabilidade, diante do fato de existir controle recíproco entre os poderes, conforme previsto no artigo 52, I da Constituição Federal, assim:
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles; 
O presidente do STF deverá presidir o senado na ocasião do julgamento do presidente da republica por crime de responsabilidade. Assim, o Poder Legislativo e o Poder Judiciário se unirão para julgar o Poder Executivo. Neste sentido dispõe o parágrafo único do artigo 52 da Constituição Federal, assim:
Art. 52. Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.
Outro fato relevante é que o senado só poderá julgar o presidente se previamente existir a autorização da câmara dos deputados. Esta autorização recebe a denominação de juízo de admissibilidade.
Os atos do presidente que são considerados crimes de responsabilidade estão elencados no artigo 85 da Constituição Federal, assim:
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV - a segurança interna do País;
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento.
Vale frisar que este rol é meramente exemplificativo, pois alem destas condutas existem outras que estão previstas em lei especial.
A lei 1.079/50 traz outras condutas que se praticadas pelo presidente importam em crime de responsabilidade. 
O STF afirma que partes destas lei foram recepcionadas pela Constituição Federal de 1988
Diante do fato de não ter natureza penal, a adequação da conduta não é igual a do direito penal, assim, as condutas previstas no artigo 85 da Constituição Federal e na lei 1.079 são tipos abertos. Não se exigindo a correspondência exata, para a adequação da conduta ao tipo, pois são crimes de natureza administrativa.
7. JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE NA CÂMARA DOS DEPUTADOS
Qualquer cidadão é parte legitima para denunciar o presidente pela pratica de crime de responsabilidade. Sendo que cidadão é tratado pela lei 1.079/50 em seu artigo 14, no sentido restrito, ou seja, o nacional que exerce direitos políticos.
Art 12 + art 14 = cidadão em sentido restrito.
A denuncia é oferecida junto à câmara dos deputados
O artigo 15 da lei 1.079/50 dispõe que o denunciado deve estar exercendo o cargo, sendo assim, não pode ser oferecida denuncia contra o presidente que não esta mais exercendo o cargo.
A câmara não julga o presidente da republica, ele faz o juízo de admissibilidade, para que ele seja julgado pelo senado.
Na câmara dos deputados, é formada uma comissão de deputados federais, que analisara os requisitos formais da denuncia e sua viabilidade.
Neste momento o presidente terá o direito constitucional ao exercício do contraditório e da ampla defesa, podendo constituir advogado, juntar documentos, solicitar a oitiva de testemunhas, solicitar a realização de pericia e outros.
Ao final do exercício do contraditória e da ampla defesa, a câmara dos deputados fará o juízo de admissibilidade. É um juízo político, dependendo da oportunidade, conveniência e interesse publico da acusação.
Neste pontos se abrem dois caminhos possíveis para a Câmara.
~> Juízo de admissibilidade negativo: a câmara politicamente entende que não é caso de julgamento do presidente no senado federal.
~> Juízo de admissibilidade positivo: 2/3 dos deputados federais autorizam politicamente o julgamento do presidente pelo senado federal. vale frisar que a votação é aberta. Esta autorização se concretiza em uma resolução da câmara dos deputados.
8. JULGAMENTO PELO SENADO
Após a autorização da câmara, o senado não poderá se recusar a iniciar o julgamento do presidente, eis que este é um ato vinculado.
Iniciado o do julgamento pelo senado o presidente deve ser cientificado deste fato. Sendo que a partir da ciência o presidente ficara afastado de suas funções por ate 180 dias. Dificultando a influencia do presidente no julgamento.
Durante este período de afastamento, o vice-presidente assumirá, temporariamente, a presidência (ocorre a substituição). 
Outra conseqüência é que iniciado o julgamento do presidente pelo senado federal, o senado passará a ser presidido pelo presidente do STF. (é um mecanismo de controle)
O presidente afastado tem direito ao contraditório e a ampla defesa.
É marcado o julgamento do presidente pelo presidente. 
O quorum mínimo necessário para a condenação por crime de responsabilidade é de 2/3 dos senadores. A votação é aberta, juízo político (oportunidade e comveniencia)
CASO COLLOR: O julgamento pelo senado foi marcado para o dia 28.12.92; sendo que o Collor renunciou o mandato no dia do seu julgamento. Entretanto, a renuncia não importou o sobrestamento do procedimento; logo o senado deu prosseguimento ao julgamento. Foi condenado pelapratica de crime de responsabilidade; sua pena foi a Perda do cargo e a Inabilitação para o exercício de função publica por 8 anos (não existe relação de pena acessória e principal entre estas penas, ambas possuem a mesma categoria, por isto o senado deu procedimento ao julgamento, sendo condenado pela pratica de crime de responsabilidade) Collor impetrou o MS, sendo que o STF entendeu que a renuncia não impede o prosseguimento do processo, afirmando que o senado agiu corretamente. 
A decisão do senado não pode ser modificada no mérito pelo poder judiciário. Ou seja, o mérito é imodificável. Só cabe ao Poder Judiciário (através do STF) analisar se os princípios constitucionais foram ou não respeitados.
Vale frisar que a inabilitação para exercício de função publica impede que o sujeito 
Collor foi candidato a prefeito de SP no ano de 2000, assim a inabilitação não significa perda ou suspensão de direitos políticos, podendo votar e ser votado.
Entretanto, no caso de em tese poderia assumir pois o termino da pena seria 28.12.00 e a posse 01.01.01
Poderia fazer concurso mas não poderia tomar posse.
Art. 52 parágrafo único 
Ação penal e a ação dcivil são as demais 
Ação de improbidade administrativa
8.1 CASO COLOR
Foi absolvido da ação penal
9. CRIME DE RESPONSABILIDADE PRATICADO POR GOVERNADORES
Pela pratica de crime de responsabilidade os governadores são julgados por um tribunal misto, que é composto por deputados estaduais e Desembargadores, presidido pelo presidente do tribunal de Justiça.
A Constituição do Estado de SP afirma que serão 7 dep estaduais + 7 desembargadores que julgarão 
O STF já afirmou que neste ponto a Constituição do Estado de São Paulo é inconstitucional, pois devera ser composto de 5 deputados estaduais e 5 desembargadores.
Não cabe ao Estado membro legislar sobre processo e crime de responsabilidade, só a lei federal pode estabelecer o processo e os casos de crime de responsabilidade, neste sentido a sumula 722 do STF dispõe que: 
A lei 1.079/50 afirma que são 5+5
Vice-governador e vereadores se cometerem crimes estaduais serão julgados pelo Tribunal de Justiça (dependendo de Constituição Estadual). Entretanto, se cometerem crime federais serão julgados pelo juiz federal em 1º grau e não pelo TRF.
10. CRIME DE RESPONSABILIDADE PRATICADO POR PREFEITOS
Se prefeito que comete crime de responsabilidade será julgado pela câmara de vereadores.
A legislação que trata dos crimes de responsabilidade praticado por prefeito é o decreto lei n.º 201/67, e o artigo 29-A da Constituição Federal.
Vale frisar que este decreto lei estabele duas espécies de crimes de responsabilidade:
~> Crime de responsabilidade próprio: é uma infração de natureza jurídica penal. o prefeito é julgado pelo poder judiciário.
~> Crime de responsabilidade impróprio: é uma infração de natureza jurídica político administrativa. O prefeito é julgado pela câmara municipal.
Os crimes de responsabilidade próprio encontram-se previstos no artigo 1º do decreto lei n.º 201/67, assim:
Os crimes de responsabilidade impróprio encontram-se elencadas no artigo 4º do decreto lei n.º 201/67, assim:
11. 
Aquela autoridade que responde por crime de responsabilidade também pode ser responsabilizada por improbidade administrativa?
STF reclamação 2138 entendeu que não pode.
Em razão desta decisão, o STJ vem aplicando em vários resp a reclamação 2138. mas isto não é pacifico
Afirmando que aquele que responde por crime de responsa 
Recentemente o STF não aplicou a reclamação 2138, entendeu que são duas instancias que não se confundem, eis que uma é responsabilidade política (crime de responsabilidade) e outra é responsabilidade civil (improbidade administrativa).
 
Ler e resumir a decisão e votos.. esta no material de apoio
12. PRATICA DE CRIME COMUM PRATICADO PELO PRESIDENTE
Pela pratica de crime comum o presidente é julgado originariamente pelo STF, ou seja, o stf é o tribunal natural para julgar o presiodente pela pratica de infração penal comum.
A Constituição Federal nos artigos 86 e 102, I “b” afirma que cabe ao STF julgar o presidente da republica pela pratica de crime comum, assim:
Vale frisar que infração penal comum é um gênero, do qual são espécies: 
~> crime comum em sentido restrito
~> crime eleitoral
~> crime militar
~> crime doloso contra a vida
~> contravenção penal
O presidente da republica é dotado de irresponsabilidade relativa. Esta irresponsabilidade relativa importa nas seguintes prerrogativas:
~> Presidente nunca poderá ser preso, exceto no caso de prisão decorrente da sentença penal condenatória com transito em julgado – prisão pena. (os deputados podem ser presos em flagrante pela pratica de crimes inafiançáveis)
~> Durante o mandato o presidente não pode ser processado por atos estranhos ao exercício da função. Ou seja, só pode ser processado por crimes ex oficio. Segundo o artigo 86, §3º e §4º da Constituição Federal.
~>
O candidato a presidente comete um crime não pode ser preso ate 15 dias antes das eleições.
Durante o mandato não pode ser processado pelo crime cometido antes da posse. Devendo o prazo prescricional sobrestado.
Se o presidente cometer um homicídio passional não poderá ser preso, nem processado durante o mandato, em razão da irresponsabilidade relativa. Após o termino do mandato o ex-presidente será processado. 
Os crimes praticados em razão do exercício da função não pode ser preso, mas pode ser processado
O STF recebe a documentação e distribui para um dos ministros, que será o ministro relator do inquérito judicial. O ministro do STF que ira conduzir a investigação, fazendo a supervisão da investigação.
Os autos vão para o PGR
Se o PGR pede o arquivamento não há nada que o STF possa fazer.
Se o PGE afirmar que existe crime mas esta prescrito o STF poderá analisar acerca da prescrição
Se o pge oferece a denuncia, o STF não pode receber a denuncia sem a autorização da câmara dos deputados.
Após a autorização da câmara dos deputados. Juízo político. Quorum de 2/3. votação aberta. Juízo de admissibilidade positivo
Art. 86 Constituição Federal
Se A câmara não autoriza o julgamento pelo supremo
Esta autorização se materializa em uma resolução. A resolução vai para o STF. Que deve ofertar ao presidente o prazo de 15 dias para a defesa preliminar (lei 8.038/90)
Após a defesa preliminar, o STF ira receber ou não a denuncia.
Diferenças do presidente deputados federais senadores
Fazer tabela
Deputado so pode ser preso em flagrante pela pratica de crime inafiançável 
Presidente não pode ser preso salvo prisão-sansão
O STF pode receber a denuncia contra dep federais e senadores, sem autorização da casa respectiva
No que tange ao presidente o STF não pode receber sem autorização de 2/3 da camara
Recebida a denuncia
O presidente ficara afastado de suas funções por ate 180 dias.
Ocorre a substituição. Devendo o vice assumir.
Se o presidente for condenado, após o transito em julgado, pode ser preso, terá direitos políticos suspensos, perdendo o cargo de presidente.
Neste momento ocorre a sucessão definitiva do presidente pelo vice.
CRIME COMUM PRATICADO POR GOVERNADORES
Pela pratica de crime comum o governador é julgado pelo STJ, segundo artigo 105, I “a” da Constituição Federal, assim:
~> crime comum em sentido restrito
~> crime eleitoral
~> crime militar
~> crime doloso contra a vida
~> contravenção penal
Cuidado o vice presidente é julgado pelo STF, entretanto o vice governador não é julgado pelo STJ.
Se o vice-governador, no exercício da substituições não importam em fixação de competência em razão da função. 
Na sucessão será julgado pelo STJ.
O vice governador será julgado depende do crime e da constituição estadual ira determinar o competente para julgar o vice governador
O STJ só pode receber a denunciacontra o governador se houver autorização da assembléia legislativa. Juízo de admissibilidade do parlamento estadual.
O artigo 86, §3º e 4º da Constituição Federal, não é aplicado ao governador eis que governador não é dotado de irresponsabilidade relativa
O gov pode ser preso, temporariamente, em flagrante, provisoriamente
Se a const ofertar irresponsabilidade relativa ao gov é inconstitucional pois só cabe a união
O gov pode ser processado por crimes estranhos ao exercício do mandato
A cf permite que as const estaduais ofertem foro por prerrogativa de função para determinadas autoridades conforme 125, §1º
Desta forma algumas CE dispõe que o vice governador será julgado originariamente pelo TJ
Se o vice governador comete em regra
~> furto -> TJ pois é crime estadual
~> crime doloso contra a vida -> tribunal do júri (sum 721)
~> crime federal -> 
Se o vereador comete crime federal e a const estadual determina que deve ser julgado pela
CRIME COMUM PRATICADO POR PREFEITO
Pela pratica de crime comum o prefeito é julgado, em regra, pelo Tribunal de Justiça, consoante ao artigo 29 da Constituição Federal, assim:
O STF editou a sumula 702 que dispõe que:
Prefeito comete crime estadual TJ
Crime federal – T regional federal
Crime Eleitoral tribunal regional eleitoral
Vale frisar, que aplica-se o critério da regionalidade, este critério afasta o critério do lugar da infração previsto no art. 69, I do Código de Processo Penal.
Prefeito não é dotado de irresponsabilidade relativa.
Pode ser preso
Pode ser processado
A Constituição Federal exige que o prefeito seja julgado por um órgão colegiado, não necessariamente o tribunal, podendo ser turma, câmara ou seção.
Se o prefeito comete crime federal é julgado pelo TRF da região onde se localiza o município que ele dirige. 
Desta decisão não cabem os recursos ordinários (apelação; Recurso em sentido estrito do TRF para o ST
Desde que preenchidos os requisitos cabe:
Resp – STJ
R extra – STF 
Pois existe uma mitigação do PP do duplo grau de jurisdição.
O vice prefeito é julgado 
�PAGE �
VIVIAN LANGER – LFG DELEGADO FEREAL – DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 08

Continue navegando