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CASOS CLINICOS MULHER

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DEPARTAMENTO DE SAÚDE
CURSO: GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
DISCIPLINA: ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER CRIANÇA E ADOLESCENTE II
PROFESSORES: ANDRÉ ALMEIDA, JULIANA FREITAS, SINARA SOUZA, ZANNETY SOUZA.
Caso clínico sobre Cuidados Imediatos e Mediatos ao Recém-nascido normal
RN de parto simples, natural e em vértice, do sexo masculino, à termo, sem circular cervical de cordão umbilical, sem tocotraumatismos. Apgar do primeiro minuto de vida igual a 9 e quinto minuto igual a 10. Aquecido em tórax materno, estimulado contato pele a pele e aleitamento imediato. Feito proteção cefálica com touca. Não foi enxugado. Feito clampeamento e secção tardia do cordão umbilical pela avó materna. Realizado prevenção da oftalmia neonatal com Vitelinato de Prata à 10%, limpeza do coto umbilical com álcool à 70% e administrado Vitamina K no vasto lateral da coxa direita. Aferido PC=36cm, PT=34cm, PA=32cm e Comprimento=50cm. Peso=3.100g. Ao exame físico sumário: fontanela anterior normotensa e posterior fechada, face simétrica, presença de milium sebáceo. Discreto edema bipalpebral, pavilhão auricular com implantação normal, coanas íntegras, freio lingual normal. Tórax e abdome cilíndricos e simétricos. Ausência de visceromegalia, coto umbilical em fase de gelificação e presente os três vasos, duas artérias e uma veia. Genitália sem anormalidades, presença dos testículos na bolsa escrotal. Ânus perfurado. Dorso sem anormalidades. Ortolani negativo. Diurese e mecônio presentes. Testado e presentes os seguintes reflexos: glabelar, sucção, Moro, Babínski, preensão palmar, plantar, marcha e Galant. Realizada identificação com pulseira. 
No alojamento conjunto foi administrada vacina contra a hepatite B e a BCG. Aferidos SSVV. Realizado banho e limpeza do coto umbilical com álcool a 70%.
A. Diferencie cuidados imediatos, cuidados de rotina e cuidados mediatos e cite quais destes foram prestados ao recém-nascido? 
Cuidados imediatos: cuidados prestados ao RN logo após o parto, nas 2 primeiras horas de vida, que vão favorecer e manter sua adaptação ao meio extrauterino, sendo esses os seguintes cuidados: receber o RN com luvas e campo estéril aquecido, aquecer e enxugar o RN, limpeza das vias aéreas superiores do RN com compressa estéril, avaliar vitalidade, verificar sinais vitais, contato imediato do RN com a mãe, clampeamento tardio do cordão umbilical, aleitamento materno na primeira hora, profilaxia oftálmica, avaliação dos parâmetros de peso e comprimento, identificação do RN, profilaxia da doença hemorrágica (administração da vitamina k intramuscular).
Cuidados mediatos: Refere-se aos cuidados realizados entre as 6 á 12 horas após o nascimento do RN, realizados no berçário ou no alojamento conjunto. Têm como objetivos ajudar o RN a adaptar-se à vida extra-uterina e prevenir possíveis complicações que possam advir e detectar precocemente qualquer anormalidade. Seguinte as duas primeiras horas de vida, aproximadamente, o RN deverá receber a primeira higiene corporal e deverá ser submetido ao primeiro exame físico completo, além de ter seus reflexos avaliados, bem como a conferência de registros, Aplicação da vacina contra hep. B e BCG.
Cuidados de rotina: 
No RN acima foram realizados os seguintes cuidados: Escala de Apgar, estimulado contato pele a pele, aquecido em tórax materno, feito clampeamento e secção tardia do cordão umbilical, realizado prevenção da oftalmia neonatal, limpeza do coto umbilical, administração de vitamina K, realizado primeiro exame físico, bem como avaliação dos parâmetros de peso e altura. No alojamento conjunto foi administrada vacina contra a hepatite B e a BCG. Aferidos SSVV. Realizado banho e limpeza do coto umbilical com álcool a 70%.
OUTRA POSSÍVEL RESPOSTA:
Cuidados imediatos são os cuidados prestados ao RN logo após o nascimento, ou seja, nas duas primeiras horas de vida ainda na sala de parto. E os cuidados mediatos são os procedimentos realizados nas primeiras 6 a 12 horas de vida. 
Os cuidados imediatos realizados foram: sem circular de cordão, sem tocotraumatismo, não foi enxugado, identificação do RN, contato pele a pele, aleitamento materno, proteção cefálica com touca, clampeamento e secção tardia do cordão umbilical, escala de apgar, administração de vitamina k, profilaxia oftalmia neonatal, registro e mensuração das medidas antropométricas. Exame físico: fontanela anterior normotensa e posterior fechada, face simétrica, presença de milium sebáceo. Discreto edema bipalpebral, pavilhão auricular com implantação normal, coanas íntegras, freio lingual normal. Tórax e abdome cilíndricos e simétricos. Ausência de visceromegalia, coto umbilical em fase de gelificação e presente os três vasos, duas artérias e uma veia. Genitália sem anormalidades, presença dos testículos na bolsa escrotal. Ânus perfurado. Dorso sem anormalidades, diurese e mecônio presentes. 
Os cuidados mediatos: limpeza do coto umbilical. Exame físico: ortolani negativo, testado e presentes os seguintes reflexos: glabelar, sucção, Moro, Babínski, preensão palmar, plantar, marcha e Galant, aferição de sinais vitais. 
B. Qual a importância dos mesmos no que se refere aos aspectos fisiológicos, adaptativos, e de vínculo mãe-filho?
O objetivo da realização dos cuidados imediatos, mediatos bem como dos cuidados de rotina, exercem sua importância no que tange a facilidade em promover uma melhor adaptação do RN ao ambiente extrauterino, avaliar sua vitalidade e as possíveis necessidades de intervenção da equipe de saúde para a manutenção da vida dessa criança, bem como a aferição de sinais vitais e a observação da dinâmica do RN nos primeiros momentos de vida. Se faz ainda extremamente importante a adoção dos cuidados imediatos e mediatos de forma humanizada, possibilitando assim medidas que aumentem o elo entre mãe e filho nas primeiras horas de vida, tais como: aleitamento materno nas primeiras horas de vida para que haja uma maior indução de hormônios maternos importantes no puerpério como a ocitocina, clampeamento e secção tardia do cordão umbilical e aquecimento em tórax materno, entre outros.
C. Em relação à Vitamina K, por que existe a necessidade de sua utilização?
Ao nascer, o bebê não tem ainda capacidade de coagulação sanguínea devido á imaturidade do fígado, sendo necessário a administração da vitamina K, com o objetivo de prevenir doença hemorrágica no período neonatal. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001). 
D. No que diz respeito ao Apgar, quais aspectos relacionados à vitalidade do RN ele avalia?
A escala de Apgar traduz-se em um método fácil e eficaz de avaliar o recém-nascido, estabelecendo cinco pontos chaves para a analise da vitalidade do mesmo. Sendo eles, frequência cardíaca, esforço respiratório, tônus muscular, coloração da pele e irritabilidade reflexa. Na avaliação da frequência cardíaca são observados se há presença ou não de batimentos cardíacos e se estão acima ou abaixo de 100 btm; já na avaliação do esforço respiratório observa-se o choro do recém-nascido encontra-se forte, débil ou ausente; na avaliação da coloração da pele deve atentar-se para presença de cianose ou palidez, bem como se a pele está totalmente ou parcialmente corada; para a avaliação da irritabilidade reflexa observa-se a resposta ou não do RN a estímulos; na avaliação do tônus muscular do recém-nascido é imperativo observa-se a flexão de membros e movimentos atípicos da criança.
REFERÊNCIAS
BARROS, S. M. O. de. Enfermagem no ciclo gravídico-puerperal. São Paulo: Manole, 2006.
GAÌVA,M.A.M; GOMES, M.M.F. Cuidando do Neonato: uma abordagem de Enfermagem. Goiânia: AB, 2003.
TAMEZ, R. N.; SILVA, M.J.P. Enfermagem na UTI Neonatal. 2ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
SOUZA, Aspásia B. G. e col. Enfermagem Neonatal: cuidado integral ao Recém-nascido- São Paulo: Martinari, 2011.
NETTO, A. A.; GOEDERT, M. G. Avaliação da aplicabilidade e do custo da profilaxia da oftalmia neonatal em maternidades da Grande Florianópolis. Ver. Bras. Oftalmol.,2009.
CASO CLÍNICO: USO DE SPA NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
George 14 anos, filho único, mora com a mãe que trabalha como diarista para manter a família. Ele está no 5º ano do Ensino Fundamental. Compareceu ao ESAD sob recomendação da coordenadora pedagógica da escola na qual estuda. O motivo deste encaminhamento foi a dificuldade de concentração do referido adolescente nas aulas e o fato de já ter sido encontrado nos arredores da escola em companhias suspeitas. Durante a consulta de enfermagem, ao falar da família, nos contou que o avô materno morreu com cirrose hepática. Segundo ele, o avô bebia muito, mas era uma pessoa boa. Não conheceu o pai biológico. Quando questionava a mãe ao seu respeito, ela dizia que não sabia dele, achava que tinha morrido. George alegou que se sente muito sozinho. A mãe sai para trabalhar e só chega à noite. Então, quando não está na escola, gosta de ficar resenhando com a galera do bairro no qual reside- Parque ipê. O tio materno de 27 anos é usuário de cocaína e maconha e já teve problemas com a polícia. Relata que já encontrou tais substâncias dentro de casa e já viu o tio usando. Contou-nos também que frequenta algumas festas com sua galera e que já experimentou substâncias lícitas (bebida alcoólica e cigarro aromático) e, também já experimentou maconha, mas não gostou. Referiu ter ficado com a boca seca e muito enjoado. Referiu também que “já deu PT” algumas vezes e numa delas foi levado pelo SAMU para o HEC, onde tomou soro e passou um dia inteiro em observação. Apesar de referir não ser viciado, mas que umas 3 vezes por semana toma pelo menos uma latinha. Segundo ele, a mãe sabe que ele bebe de vez em quando e apenas alerta que ele beba com moderação. Ao exame físico, encontrava-se com conjuntivas hiperemiadas, lábios ressecados com algumas fissuras e odor etílico, aperar de ser 10:00 de uma terça-feira. Na ausculta pulmonar foram detectados creptos e sibilos no hemitorax D, as extremidades dos MMSS estavam discretamente amareladas. Apresentava também escoriações nos braços e pernas. Segundo ele, a pele coça muito, fica ressecada e ele acaba se arranhando tentando se livrar da coceira. Enquanto conversava tinha acessos de tosse e ficava bastante incomodado. Diante da situação apresentada, questiono:
E se tratando de fatores de risco familiares, quais os fatores presentes nesse caso?
História familiar de problemas com álcool e drogas. Avô era alcoólatra e convívio com tio usuário de cocaína e maconha, permitindo fácil acesso as drogas.
Ausência da presença paterna
Relação pouco afetiva com a mãe
Mãe tolerante quanto ao uso precoce de bebida alcoólica 
Falta de monitoramento familiar 
No que diz respeito à vulnerabilidade individual, descreva a situação de George destacando quais os fatores encontrados;
Levando em consideração a vulnerabilidade individual, a situação trata de um adolescente do sexo masculino com excesso de independência e que apresenta déficit de atenção, o que pode estar levando-o a uma situação de insegurança. Sente-se solitário no âmbito familiar e busca preencher o vazio com momentos entre amigos com quem frequenta festas e faz uso de bebida alcoólica e cigarro e teve contato com drogas ilícitas (maconha). Apesar de já ter sido hospitalizado por conta do álcool, do avô ter falecido por conta de uma cirrose hepática decorrente do consumo de bebidas alcoólicas, e o tio ter sido preso por envolvimento com drogas, o adolescente não possui consciência dos efeitos e consequências geradas com o uso de determinadas substâncias.
Fatores encontrados: gênero masculino, faixa etária, comportamento de independência, insegurança, déficit de atenção, solidão, busca pelo prazer, falta de conhecimento sobre efeitos e consequências das drogas.
Quais estratégias poderão ser adotadas na escola, com vistas a abordar sobre esse tema?
As escolas devem implementar e elaborar ações que promovam a saúde e a prevenção de agravos, contando com parcerias realizadas com profissionais multidisciplinares de saúde.
Nessa ocasião a escola poderá abordar nas aulas o tema das drogas de forma didática (músicas, dinâmicas em grupo, oficinas, peças teatrais) propondo discussões com a turma e passando informações.
Abordagens educativas que proponham educação afetiva priorizando o autoconhecimento, autoestima, relações interpessoais, capacidade de resistir às pressões grupais, entre outros.
Entrega de materiais informativos
Confecções de cartazes pelos alunos para exposição na escola
 Convidar as famílias para participar de palestras e rodas de conversas a respeito do tema.
Diante dos achados da consulta de enfermagem e motivo de encaminhamento do adolescente, discorra quais a (as) possível (eis) substâncias psicoativas que se relacionam com os mesmos?
Dificuldade de concentração: bebida alcoólica/maconha
Odor etílico: bebida alcoólica 
Conjuntivas hiperemiadas, lábios ressecados com algumas fissuras, creptos e sibilos no hemitorax, extremidades dos MMSS discretamente amareladas: cigarro/maconha
Escoriações nos braços e pernas: bebida alcoólica/maconha (perda da coordenação motora)
Quanto ao ambiente no qual convive e rede de relações por ele desenvolvidas, que tipo de abordagem e quais os possíveis encaminhamentos a serem realizados?
Entrar em contato com a mãe e informa-la sobre a situação do adolescente, para que ela possa acompanhar e auxiliar.
Informar ao adolescente e a mãe sobre os riscos e consequências das substancias utilizadas.
Alertar sobre o convívio com tio e amigos usuários de drogas
Encoraja-lo para enfrentar esse desafio, cuidando da autoestima e dando suporte afetivo.
Orientar a mãe quanto a um relacionamento mais afetivo, conversar mais, orientar atividades, estabelecer regras e tentar criar um vínculo de confiança.
Encaminhamento: CAPSad
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
Componente curricular: Saúde da Mulher, Criança e Adolescente II
CASO CLÍNICO: VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE
M.T.L., 15 anos,sexo feminino, compareceu ao ESAD, encaminhada pela escola, com queixa de dor na região hipogástrica e corrimento de cor amarela. Durante a entrevista referiu morar com seus pais e avó, ser a irmã caçula de quatro irmãos. 2 mulheres e 1 homem. As duas irmãs moram no mesmo bairro. O irmão está foragido por ter brigado com o traficante do bairro. No que se refere à orientação sexual, quando tinha 14 anos se auto definia como homossexual. Seis meses depois passou a se considerar bissexual. Durante a consulta contou que teve a sua primeira relação heterossexual sem proteção há 15 dias atrás, com um “carinha” que conheceu no pagode, depois de ter ingerido algumas doses de balalaika. Na realização do exame físico, foram detectados alguns hematomas na região cervical e nas mamas, dor abdominal à palpação, que se intensifica na região hipogástrica. Genitália externa apresentando escoriações e roupa íntima contendo secreção amarelada de odor fétido. No que se refere ao ciclo menstrual, refere que ainda não teve menarca. Quanto aos critérios de Tanner, apresenta-se no estágio T1 e P2.Ao questionarmos sobre como se deu a relação sexual, referiu que não se lembrava de quase nada. Estava dançando com o rapaz que conheceu na festa, saíram para o lado de fora para namorar e quando acordou estavam em uma casa, deitados numa cama. Ele falou pra ela “se vestir a vazar”. Segundo relato da adolescente ela saiu meio atordoada e teve muito medo até de olhar para trás. Diante da situação, questionamos:
Quanto à tipologia, quais os tipos de violência encontrados nessa situação? Descreva as características.
Violência interpessoal comunitária: a violência sofrida pela adolescente ocorreu através da interação com outra pessoa, pessoa essa sem laços de parentesco.
Quanto à natureza, com se classifica a (as) violência (s) sofrida (s)? Justifique.
Violência sexual: a adolescente não se lembra de praticamente nada da relação sexual, nem de ter permitido nem do ato, portanto a mesma sofreu violação de seus direitos sexuais,assim não houve liberdade, autonomia e segurança sexual, portanto isso se caracteriza em violência sexual.
Violência física: os hematomas no seu corpo mostram que houve violência física, provavelmente causada por chupões ou mordida, que foram feitas intencionalmente.
Violência psicológica: essa natureza se faz presente nesse caso, porque a mesma acompanha as duas formas de manifestações anteriores, pois tanto violência sexual quanto a física pode colocar em risco ou causar danos à auto-estima, à identidade e o desenvolvimento dessa adolescente. A violência psicológica também pode ser justificada pela forma que foi tratada no dia seguinte e pelo medo que sentiu de até mesmo olhar para trás, e tudo isso pode ter um impacto direto no seu desenvolvimento psicológico.
Frente a uma situação como esta, qual a conduta profissional apropriada?
Abordar a família da vitima, pois é necessário abertura e honestidade com os pais no atendimento à crianças e adolescentes que sofrem violência, porque eles têm a responsabilidade no cuidado com a adolescente e também para contribuir com a família na construção de uma nova maneira de cuidar da mesma, por isso deve existir essa comunicação. Deve encaminhar para exame ginecológico, coleta de amostras para diagnóstico de infecções genitais para a partir daí se dar inicio a profilaxia ou tratamento (corrimento sugestivo de tricomoníase) das DST não virais. Solicitar exames laboratoriais ( HIV e hepatite B) para serem realizados após 15 dias da data do atendimento e também direcionar para acompanhamento psicológico; fazer a notificação compulsória do caso de violência.
Em se tratando da rede de proteção à criança e o adolescente, quais componentes devem ser acionados?
 O Conselho tutelar ou à Vara da Infância e da Juventude, o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) por meio da Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher, para realizar BO e também o sistema escolar, pois deve ser um espaço de prevenção e de promoção da cultura de paz.
CASO CLÍNICO
Tema: ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO E RECONHECIMENTO DE SINAIS DE ALERTA EM CRIANÇAS
 No primeiro momento a criança deve ser mantida nos braços da mãe ou cuidador. O profissional de enfermagem deve observar sua aparência geral, avaliando seu padrão respiratório, sua função cardíaca, sua função neurológica, os sinais vitais e a oximetria de pulso. Esta observação rápida é feita com o objetivo de identificar insuficiência respiratória e choque, atuais ou potenciais e efeitos das alterações na perfusão e na função de órgãos.
 O instrumento mais indicado para uma avaliação rápida de A.M.S é a abordagem ABCDE (airway, breathing, circulation, disability, exposure), uma abordagem sistemática da criança da American Heart Association. Esta abordagem consiste em uma avaliação rápida e prática das vias aéreas, da respiração, da circulação, da disfunção e da exposição; em seguida é feita a identificação do tipo e gravidade do problema apresentado pela criança; após a identificação é realizada a intervenção, determinando ações que devem ser direcionadas ao tratamento da criança.
Também pode ser utilizado o TAP (triângulo de avaliação pediátrica), uma ferramenta de avaliação rápida e simples. Este instrumento utiliza três componentes de avaliação: aparência; trabalho de respiração e circulação da pele. O TAP ainda não foi validado cientificamente, porém é recomendado por cientistas para treinamentos e ambientes educacionais.
Há também o PEWS (Pediatric Early Warning Score), que é um sistema de pontuação pediátrico de alerta precoce. No entanto sua eficácia no ambiente hospitalar não está bem estabelecida.
Sinais de alerta respiratórios: FR 45irpm (taquipneia), SatO2 93%, retrações intercostais e subcostais e aleteo nasal.
Sinais de alerta da circulação: FC 160bpm (taquicardia), TEC de 5”, palidez, T 39ºC
Sinais de alerta neurológicos: choro ao toque, hipoativa, gemência.
A.M.S apresenta escore 6 de acordo com BPEWS-Br. 1 ponto para neurológico, 3 pontos para cardiovascular e 3 pontos para respiratório.
A paciente seria classificada no Eixo Vermelho, na Área Amarela. Já que a paciente tem necessidade de atendimento o mais rápido possível (urgência), porém não corre riscos imediatos de morte (pacientes críticos e semicríticos). A paciente se encaixa nesta classificação por apresentar diminuição da atividade neurológica (hipoatividade), alterações de sinais vitais (FR 45rpm e FC 160bpm), dor abdominal, diarreia/vômitos e febre alta (39°C).
Nesta situação o profissional deve intervir, mantendo patente as vias aéreas do paciente, acionando o serviço de urgência/emergência solicitando avaliação e monitorizando o paciente (MOOVE – monitorizar, oxigenar e instalar acesso venoso periférico). Após estas medidas o paciente deve ser encaminhado o mais rápido possível para a consulta médica.
CASO CLÍNICO I – PERÍODOS CLÍNICOS DO PARTO
12/04/2018 – 14h - Parturiente G1 P0 A0, 39 semanas, 16 anos chega à maternidade para avaliação no setor de acolhimento, acompanhada pela mãe, com o seguinte quadro clínico identificado pela enfermeira obstétrica do serviço: face expressando dor (EVA 7), referindo que perdeu via vaginal “uma gosma parecendo catarro esta semana”, com dores na “barriga que vão e voltam”, perda de líquido via vaginal com rajas de sangue discretas. Nega antecedentes patológicos pessoais e familiares, Tipo sanguíneo O-, cartão pré-natal com 10 consultas, imunizada para tétano, hepatite B e influenza. USG obstétrica realizada ontem compatível com a DUM, feto único, 3.000g. Ao exame: Dinâmica uterina 3 em 10’ (35’’; 40”; 35”). Ao toque vaginal: colo dilatado 6cm, apagado 70%, bolsa das águas íntegra, variedade de posição OET, 2º plano de Hodge. Auscultado BCF’s: 144bpm pelo sonar e encaminhada para a sala de parto para internamento. Diante disso responda:
a) Em qual período clínico do parto a parturiente se encontra? Justifique.
A parturiente se encontra no primeiro período clínico, de dilatação. Uma vez que as características citadas acima coincidem como as características deste período, o qual é caracterizado por 2/3 contrações em 10 minutos, apagamento do colo uterino entre 60/70%, as contrações produzem cervicodilatação, dores na região lombar que irradia para o abdome, ocorre dilatação do colo uterino progressivamente até atingir dilatação total (10cm), ocorre aumento do sangramento do colo uterino, além disso a parturiente pode ficar agitada, com náuseas e vômitos, sudorese e desejo de esforço expulsivo reflexo (puxo involuntário).
b) Cite 04 cuidados baseados em evidências para serem realizados com esta parturiente, nesta fase durante o internamento.
- Estabelecer uma relação com a parturiente seus familiares. 
 Informar a parturiente e seus familiares a progressão do trabalho de parto. 
 Fornecer líquidos leves conforme prescrição médica. 
 Explicar todos os procedimentos durante o trabalho de parto. 
 Monitorar os batimentos cardiofetais.
 Oferecer os métodos não farmacológicos de alívio da dor de acordo com a aceitação da parturiente: deambulação, massagens, movimentos facilitadores do trabalho de parto, banho de aspersão, bola suíça, respiração consciente, aromaterapia, escalda pés.
 Estimular a parturiente a uma atitude ativa com movimentação e exercícios livres durante o trabalho de parto, parto e nascimento, favorecendo as posições verticais e uso de métodos não invasivos para alívio da dor. 
 Estimular as técnicas de conforto.
 Ajudar a parturiente a mudar de posição. 
 Orientar a paciente a caminhar, agachar, ficar semi-sentada, manter-se em decúbito lateral(aumenta intensidade das contrações e diminui a frequência gerando uma maior eficácia para progressão do parto), auxiliar no banho de aspersão;
 Incentivar o esvaziamento da bexiga.
Bolsa das águas: avaliar a presença de bolsa rota ou íntegra. Importante principalmente para o rastreamento de 
Bolsa das águas: avaliar a presença de bolsa rota ou íntegra. Importante principalmente para o rastreamentode 
Bolsa das águas: avaliar a presença de bolsa rota ou íntegra. Importante principalmente para o rastreamento de 
Deambulação: devido à própria força da gravidade que faz com que as contrações ute
Bolsa das águas: avaliar a presença de bolsa rota ou íntegra. Importante principalmente para o rastreamento de 
c) Pela variedade de posição responda: situação, apresentação, posição, ponto de referência materna, ponto de referência fetal, linha de orientação. O.E.T (Occipito- Esquerda-Transversa)
SITUAÇÃO- longitudinal
APRESENTAÇÃO- cefálica fletida
POSIÇÃO- esquerda
PONTO DE REFERÊNCIA MATERNA- extremidade do diâmetro transverso esquerdo
PONTO DE REFERÊNCIA FETAL- lamba
LINHA DE ORIENTAÇÃO- sutura sagital
d) Sendo a parturiente primípara, esclareça os aspectos fisiológicos da fase em que ela se encontra.
Nas primíparas, ao inici o da dilatação, o colo já está 
Nas primíparas, ao inicio da dilatação, o colo já está apagado e dilatando (2cm). Nas primíparas ocorre primeiro o apagamento para depois dilatar.
e) Você considera que a jovem está em verdadeiro trabalho de parto? Justifique com os dados apresentados na questão.
Sim. A parturiente já apresenta características de um verdadeiro trabalho de parto as quais são: presença de pelo menos três contrações uterinas em intervalos de 10min, com intensidade suficientemente forte para causar dilatação do colo uterino, regulares, rítmicas e com duração de pelo menos 30s cada; colo apagado e dilatado (>2cm); formação da bolsa-das-águas; perdão do tampão mucoso; discreto sangramento transvaginal (trabalho de colo);

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