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Centro Universitário de Mineiros–UNIFIMES Curso de Medicina Tutoria 2ª Etapa Unidade I PROBLEMA 2 VOLTANDO DAS FÉRIAS... 16/08/2017 1.2 INTRODUÇÃO No problema estudado, foi apresentada a situação de Irene. Esta sentia-se muito deprimida e apresentava sintomas como diarréias frequentes com períodos de constipação intestinal, além de perda de peso. Ao passar em uma UPA lhe foi receitado omeprazol sob suspeita de Síndrome do Cólon Irritável. A partir disso, percebemos que os aspectos psicossociais afetam diretamente o sistema digestório e este tem papel de extrema impotância no controle da homeostase. Afetando fatores como a motilidade intestinal, o equilíbrio hidro-eletrolítico e ácido. Identificamos o mecanismo de atuação de fármacos no controle da acidez estomacal. Destaca-se também as funções e divisões do Sistema Nervoso Entérico. 1.3 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Objetivo geral: • Reconhecer a importância da regulação do sistema nervoso entérico na homeostase do sistema digestório. Objetivos específicos: • Compreender a interferência dos aspectos psicossociais no funcionamento do sistema digestório. • Descrever no contexto das necessidades de alimentação, os processos de digestão,absorção e excreção que ocorrem no tubo digestivo. • Caracterizar as fases de controle das secreções digestivas (fase cefálica, gástrica , intestinal). • Descreva o mecanismo de vômito e diarréia. • Identificar como os diferentes tipos de alimentos (composição,consistência,quantidade) interferem no controle hormonal- enzimático na função de cada segmento do sistema digestório. • Identificar os mecanismos de controle da motilidade intestinal. • Definir Síndrome do Cólon Irritável. • Explique a ação dos medicamentos que atuam na bomba de próton-gástrica. • Descreva o papel do sistema digestório no equilíbrio hidro-eletrolítico e ácido. • Caracterize o sistema nervoso entérico e descrever seu papel na regulação peristáltica. RESPOSTAS E DISCUSSÕES 1-Compreender a interferência dos aspectos psicossociais no funcionamento do sistema digestório. O aparelho digestivo, que vai da boca ao ânus, é o que mais sofre interferência da parte emocional. Isso ocorre porque há uma conexão entre o sistema nervoso central e o entérico. Esse órgão também produz uma rede imensa de neurônios, que se encarregam das funções digestivas. Apesar de independentes, quando estamos sob o efeito de emoções negativas, os neurotransmissores interferem nas ondas peristálticas (movimento do intestino), podendo torná-la mais lenta, o que causa a constipação, ou até diarreia. Há uma ligação entre o sistema nervoso e as nossas entranhas mediada pelo hipotálamo e o nervo vago. Os fatores psicossociais influenciam a fisiologia real do intestino, bem como os sintomas. Por outras palavras, o estresse entre outras alterações psíquicas, podem afetar o movimento e as contrações do trato gastrointestinal, causando inflamação ou torná-lo mais suscetível à infecção., mas isto não significa que as doenças gastrointestinais são “fruto da sua imaginação”. Com base na percepção de que a região gastrointestinal é sensível às nossas emoções, como raiva, ansiedade, tristeza ou alegria, indivíduos com problemas gastrointestinais específicos podem utilizar-se da terapia para reduzir o estresse ou lidar com a ansiedade ou a depressão, e outros sentimentos que o incomodam em sua vida diária, apresentando assim melhora nos sintomas referentes ao problema gastrointestinal e em sua vida emocional. Assim, podemos entender que quando temos algum problema gastrointestinal, devemos ter um acompanhamento multidisciplinar, com o médico, nutricionista, fisioterapeuta e psicólogo para que haja o resultado esperado, amenizando sintomas ou até eliminando causa. O aparelho digestivo, que vai da boca ao ânus, é o que mais sofre interferência da parte emocional. Isso ocorre porque há uma conexão entre o sistema nervoso central e o entérico. Esse órgão também produz uma rede imensa de neurônios, que se encarregam das funções digestivas. Apesar de independentes, quando estamos sob o efeito de emoções negativas, os neurotransmissores interferem nas ondas peristálticas (movimento do intestino), podendo torná-la mais lenta, o que causa a constipação, ou até diarreia. Há uma ligação entre o sistema nervoso e as nossas entranhas mediada pelo hipotálamo e o nervo vago. Os fatores psicossociais influenciam a fisiologia real do intestino, bem como os sintomas. Por outras palavras, o estresse entre outras alterações psíquicas, podem afetar o movimento e as contrações do trato gastrointestinal, causando inflamação ou torná-lo mais suscetível à infecção., mas isto não significa que as doenças gastrointestinais são “fruto da sua imaginação”. Com base na percepção de que a região gastrointestinal é sensível às nossas emoções, como raiva, ansiedade, tristeza ou alegria, indivíduos com problemas gastrointestinais específicos podem utilizar-se da terapia para reduzir o estresse ou lidar com a ansiedade ou a depressão, e outros sentimentos que o incomodam em sua vida diária, apresentando assim melhora nos sintomas referentes ao problema gastrointestinal e em sua vida emocional. Assim, podemos entender que quando temos algum problema gastrointestinal, devemos ter um acompanhamento multidisciplinar, com o médico, nutricionista, fisioterapeuta e psicólogo para que haja o resultado esperado, amenizando sintomas ou até eliminando causa. 2-Descrever no contexto das necessidades de alimentação, os processos de digestão,absorção e excreção que ocorrem no tubo digestivo. Agora vamos falar um pouco da deglutição, digestão, absorção e excreção do sistema digestório e de todos movimentos próprios do trato gastrointestinal, o trato gastrointestinal secretas diversas substâncias para a digestão dos alimentos. Essas secreções são enzimas responsáveis por quebrar especificamente cada nutriente em diversas regiões por onde o alimento passa. Vamos então analisar as secreções dessas enzimas e a digestão em cada parte do trato gastrointestinal. a) Boca: a boca é a porta de entrada do trato gastrointestinal e também local de processos importantes para a digestão. O primeiro desses processos é o da mastigação, responsável pelo trituramento dos alimentos, sem o qual não seria possível a deglutição. É necessária a lenta e correta mastigação do alimento, pois do contrário, pode haver lesões no esôfago e estômago, além de uma digestão menos eficiente. Ao mesmo tempo em que ocorre a mastigação, as glândulas salivares e a parótida secretam saliva, que contém uma enzima chamada amilase. A amilase é responsável pela digestão de carboidratos, mais especificamente o amido. Daí é correto se afirmar que o processo de digestão se inicia na boca, pelo menos dos carboidratos. Após o alimento ser triturado e sofrer a ação da amilase é formado o bolo alimentar que é deglutido. A principal responsável por nos fazer engolir o alimento é a língua que empurra o alimenta contra a faringe. Além disso, a língua possui papilas sensoriais que, junto com o olfato, nos permitem reconhecer os sabores dos alimentos. A faringe, por sua vez, é apenas uma via de passagem para o alimento chegar no esôfago. b) Esôfago: o esôfago é um longo tubo que desemboca no estômago e que não tem função de digestão. No esôfago começa o peristaltismo, essencial para o alimento chegar no estômago. Apesar de não ter função digestória, o esôfago secreta muco. O muco é composto por várias substâncias,carboidratos e proteínas, e terá sua função detalhada mais adiante. c) Estômago: é uma bolsa elástica que tem grande capacidade de receber e armazenar alimentos. A mucosa estomacal é basicamente composta por 3 tipos de células. Cada uma dessas células é responsável por uma das funções do estômago: as células oxínticas, que secretam HCl, as células pépticas, que secretam pepsinas, enzimas capazes de digerir proteínas, e as células da mucosa que secretam muco. O HCl é responsável pela ativação das enzimas, já que elas são ativas apenas em meio bastante ácido. A enzima pepsina é ativada a partir de sua proteína precursora o pepsinogênio que sofre a ação do HCl e é então ativado a pepsina. Além disso o HCl permite a quebra das pontes proteicas e sua desnaturação, o que facilita o trabalho da pepsina. A ação do HCl e das pepsinas possibilitam o início da digestão da maior parte das proteínas que chegam ao estômago. O estômago secreta além dessas pequenas quantidades de caseinase, para digestão da caseína do leite, e lípases para a digestão de lipídeos. No entanto essas duas últimas não têm grande importância digestória. O bolo alimentar ao sofrer as ações gástricas é transformado em quimo. O terceiro tipo são as células da mucosa que produzem muco. Ao contrário do que se pensa, a maior parte da digestão não é realizada no estômago e sim na primeira parte do intestino delgado, o duodeno. Mas o duodeno é bastante pequeno e pouco alimento pode passar por ele de cada vez para que ocorra corretamente a digestão. Assim a principal função do estômago é armazenar o bolo alimentar para que ele passe aos poucos para o duodeno e possa ser digerido. Sem a função de estômago pouco alimento poderia ser digerido por vez, o que poderia levar até a uma congestão duodenal. d) Intestino delgado (Duodeno): o duodeno tem esse nome pois seu tamanho é cerca de 12 dedos. Ele é responsável pela digestão da maior parte dos alimentos que ingerimos. No duodeno agem secreções de três órgãos: intrínsecas - do próprio duodeno, do pâncreas e do fígado para transformar o quimo do estomago em quilo, que estará pronto para ser absorvido. O pâncreas, através de sua parte exócrina, os ácinos, secreta o suco pancreático diretamente no duodeno, através de um canal de ligação entre o pâncreas e o duodeno, essas enzimas que sai do pâncreas consegue fazer a digestão de proteínas, carboidratos e lipídeos. Já o duodeno secreto o suco intrínseco duodenal que contém enzimas para a digestão das partículas menores dos nutrientes que já sofreram a ação do suco pancreático. Por fim, o fígado que produz a bile. Assim como o pâncreas o fígado é ligado ao duodeno e, portanto, pode lançar suas secreções no mesmo. A bile é composta de bilirrubina, que são restos metabólicos hepáticos da degradação de hemoglobina, colesterol, do metabolismo hepático dos esteroides e por sais biliares, compostos por proteoglicanos. Os dois primeiros componentes só são liberados no duodeno para poderem ser excretados através do trato gastrointestinal. Já os sais biliares têm grande poder adstringente (permitem que os lipídeos possam ser dissolvidos na água) sobre os lipídeos, auxiliando na digestão e absorção dos mesmos. Além de toda atividade digestória, também se pode afirmar que ocorre uma pequena parte da absorção dos alimentos no duodeno. Como a bile é composta por metabólitos hepáticos ela é produzida todo o tempo. Para evitar que seja jogada no duodeno quando este não tenha alimentos, a bile produzida é armazenada em uma bolsa que fica adjunta ao fígado chamada de vesícula biliar. Ela só é liberada por controle hormonal. No entanto alguns componentes da bile podem cristalizar o formar a conhecida pedra na vesícula que pode impedir a chegada da bile no duodeno, o que prejudica tanto a digestão, pela falta dos sais biliares, quanto o funcionamento hepático. Nesses casos uma cirurgia pode ser necessária. Durante todo o trajeto do trato gastrointestinal, ocorre a secreção de muco. Ele é composto por polissacarídeos e proteínas e tem como função proteger a parede da mucosa do TGI durante a passagem do alimento. A camada de muco impede o contato direto do bolo alimentar com a parede do TGI. Como foi dito o muco reveste todo o TGI, mas ele tem grande importância no estomago. Isso porque o muco protege o estômago não só dos alimentos, como também do HCl produzido no próprio estômago. O pH estomacal pode chegar a 1,5, o que é bastante corrosivo e lesivo a qualquer tecido. Por isso o estômago tem uma grossa camada de muco protetor que impede a sua corrosão pelo HCl. No muco estomacal há a presença de íons bicarbonato, que auxilia nesse trabalho de proteção, já que ajuda a neutralizar o pH do meio gástrico. Uma falha na produção ou na manutenção desse muco leva a lesão gástrica conhecida como gastrite. A principal causa da gastrite é uma bactéria que habita o muco gástrico, a Hellicobacter pillory. Essa bactéria pode “furar” o muco e levar o HCl a alcançar a mucosa estomacal. Essa bactéria parece estar presente na maioria das pessoas e por algum descontrole ou queda do sistema imunológico pode se proliferar e levar a gastrite. O álcool solubiliza e retira a camada de muco gástrico, o que leva a ulcerações e gastrites. E também, a administrações de anti-inflamatórios não esteroidais inibe a produção de muco estomacal também levando a ulcerações e gastrite. Para melhor compreendermos a absorção dos nutrientes no TGI, vamos seguir após o duodeno, onde terminou toda a digestão dos alimentos. A partir daí tudo o que temos é absorção e excreção. e) Jejuno e Íleo: quando o alimento chega ao jejuno e ao íleo, ele já foi completamente digerido e transformado nas biomoléculas essenciais: monossacarídeos, ácidos graxos e aminoácidos. Neste ponto do intestino ocorre toda a absorção das biomoléculas e a maior parte da absorção de água, vitaminas e sais minerais, que são os micronutrientes. Todas as substâncias absorvidas vão para capilares que estão em toda a volta do intestino delgado. A absorção se dá de forma ativa e ocorre em uma longa superfície, já que nosso intestino tem de 5 a 6 metros de extensão. Além disso há a presença de vilosidades por toda a mucosa entérica o que aumenta ainda mais a superfície de absorção. Todos os nutrientes absorvidos são absorvidos nos capilares e esses são todos desviados para a veia porta hepática que conduz ao fígado, que e os destina para uso imediato, especialmente glicose e aminoácidos, ou para serem armazenadas no próprio fígado (como aminoácidos e glicogênio) ou em células especializadas, como as células adiposas. f) Intestino Grosso: parte final do intestino, o intestino grosso tem função de absorver pequena parte dos minerais, como Ca e Na, e água, que não foram absorvidos no jejuno e no íleo. Cabe lembrar que a maior da absorção aconteceu no jejuno e íleo. Além disso, cabe ao intestino grosso conduzir o bolo fecal formado. Na porção final do grosso temos o reto e o ânus que funciona como um músculo constritor (esfíncter). 3-Caracterizar as fases de controle das secreções digestivas (fase cefálica, gástrica , intestinal). Fase Cefálica: Ocorre antes do alimento entrar no estômago enquanto ingerido. Resultado da visão, odor, lembrança ou sabor do alimento e, quanto maior o apetite, a estimulação é de maior intensidade. Sinais neurogênicos responsáveis por essa fase são originários do córtex cerebral e dos centros do apetite na amígdala e hipotálamo. São transmitidos pelos núcleos motores dorsais dos vagos e pelos nervos vago até o estômago. Contribui com 30% da secreção gástrica. Fase Gástrica: O alimento que entra no estômago excita os reflexos longos vasovagaisdo estômago para o cérebro e de volta ao estômago; reflexo entéricos locais e o mecanismo da gástrica; todos levando à secreção de suco gástrico durante horas, enquanto o alimento permanece no estômago. Essa fase contribui com 60% da secreção gástrica. Fase Intestinal: A presença de alimento na porção superior do intestino delgado (duodeno), continuará a causar secreção gástrica de pequena quantidade de suco gástrico, devido às pequenas quantidades liberadas de gástrica pela mucosa duodenal. Representa 10% da resposta de ácido à refeição 4-Descreva o mecanismo de vômito e diarréia. A DIARRÉIA é um estado patológico no qual a secreção intestinal de líquido não é equilibrada pela absorção, resultando em fezes aquosas. Ela ocorre se os mecanismos intestinais normais de absorção de água forem alterados ou se houver solutos osmoticamente ativos não absorvidos que “seguram” a água no lúmen. A diarreia resulta do movimento rápido de material fecal pelo intestino grosso. Várias causas: - Enterite (inflamação do trato intestinal): em geral, ocasionada por vírus ou por bactérias do trato intestinal. Na diarreia infecciosa comum, a infecção é mais extensa, no intestino grosso e na parte distal do íleo. Em todos os lugares em que a infecção esteja presente, ocorre irritação da mucosa, cuja secreção aumenta muito. Ademais, a motilidade da parede intestinal costuma ficar muito aumentada. Como resultado, existe, no lúmen, grande quantidade de líquido, para a remoção do agente infeccioso e, ao mesmo tempo, fortes movimentos propulsores impelem esse líquido na direção do ânus. Esse mecanismo é importante para livrar o trato intestinal de infecção debilitante. Diarréia Psicogênica: acompanha períodos de tensão nervosa, como durante provas ou quando um soldado está para entrar na batalha. Esse tipo de diarréia, chamada diarréia emocional psicogênica, é causado por estimulação excessiva do sistema nervoso parassimpático, que excita intensamente (1) a motilidade e (2) o excesso de secreção de muco no cólon distai. Esses dois efeitos somados podem causar diarréia acentuada. Colite Ulcerativa: é doença em que áreas extensas das paredes do intestino grosso ficam inflamadas e ulceradas. A motilidade do cólon ulcerado costuma ser tão grande que ocorrem movimentos em massa em grande parte do dia, enquanto no cólon normal os movimentos duram de 10 a 30 minutos por dia. As secreções do cólon aumentam muito. Como resultado, o paciente tem movimentos repetidos intestinais, com diarréia. O VÔMITO é o meio pelo qual o trato gastrointestinal superior se livra do seu conteúdo, quando qualquer parte do trato superior é excessivamente irritada, hiperdistendida ou hiperexcitada. A distensão excessiva ou a irritação do duodeno é estímulo especialmente forte para o vômito. Os sinais sensoriais que iniciam o vômito se originam, principalmente, da faringe, do esôfago, do estômago e das partes superiores do intestino delgado. Os impulsos nervosos são transmitidos, por fibras nervosas aferentes vagais e simpáticas para múltiplos núcleos distribuídos no tronco cerebral, na área chamada de “centro do vômito”. Desse centro, os impulsos motores que causam vômitos são transmitidos pelos quinto, sétimo, nono, décimo e décimo segundo nervos cranianos, para o trato gastrointestinal superior, pelos nervos vagais e simpáticos para regiões mais distais do trato, e pelos nervos espinhais para o diafragma e músculos abdominais. Nos primeiros estágios da irritação gastrointestinal excessiva ou da hiper-distensão, o antiperistaltismo começa a ocorrer minutos antes de aparecerem os vômitos. Antiperistaltismo significa peristaltismo para cima, no trato digestório, e não para baixo. Ele pode se iniciar no íleo, e a onda antiperistáltica viaja em direção oral, velocidade de 2 a 3 cm/s; esse processo pode empurrar grande parte do conteúdo do intestino delgado inferior de volta ao duodeno e ao estômago, em 3 a 5 minutos. Depois, à medida que essas partes superiores do trato gastrointestinal, especialmente o duodeno, são hiper- distendidas, a distensão é o fator excitatório que inicia o ato do vômito. No início do vômito, ocorrem fortes contrações no duodeno e no estômago e relaxamento parcial do esfíncter esofagogástrico, o que permite o movimento do vômito do estômago para o esôfago. Então, o ato específico de vomitar, envolvendo os músculos abdominais, ocorre e expele o vômito para o exterior. Uma vez que o centro do vômito tenha sido suficientemente estimulado e instituído o ato do vômito, os primeiros efeitos são: (1) respiração profunda, (2) elevação do osso hioide e da laringe para a abertura do esfíncter esofágico superior, (3) fechamento da glote para impedir o fluxo de vômito para os pulmões e (4) elevação do palato mole para fechar as narinas posteriores. Em seguida, ocorrem forte contração do diafragma e contração simultânea dos músculos da parede abdominal. Isso comprime o estômago entre o diafragma e os músculos abdominais, elevando a pressão intragástrica a alto nível. Finalmente, o esfíncter esofágico inferior se relaxa completamente, permitindo a expulsão do conteúdo gástrico para o esôfago. Portanto, o ato de vomitar decorre de ação de compressão dos músculos do abdome, associada à contração simultânea da parede gástrica e abertura dos esfíncteres esofágicos, com expulsão do conteúdo gástrico. Além dos vômitos iniciados por estímulos irritativos do próprio trato gastrointestinal, os vômitos também podem ser causados por sinais nervosos que se originam em áreas do cérebro. Isso é de modo particular verdade, para pequena área localizada bilateralmente, no assoalho do quarto ventrículo, chamada de zona de disparo de quimiorreceptores para o vômito. A estimulação elétrica dessa área pode iniciar os vômitos; porém, mais importante, a administração de certos fármacos, incluindo a apomorfina, a morfina e alguns derivados de digitálicos, pode estimular, diretamente, essa zona de disparo de quimiorreceptores e iniciar o vômito. A destruição dessa área bloqueia esse tipo de vômitos, mas não bloqueia os decorrentes de estímulos irritativos, no próprio trato gastrointestinal. Também, sabe-se que mudanças rápidas na direção ou no ritmo dos movimentos corporais podem fazer com que certas pessoas vomitem. O mecanismo é o seguinte: o movimento estimula receptores, no labirinto vestibular do ouvido interno, e daí os impulsos são transmitidos, principalmente, por via dos núcleos vestibulares do tronco cerebral para o cerebelo e desse, para a zona de disparo dos quimiorreceptores e, por fim, para o centro do vômito, causando o vômito. 5-Identificar como os diferentes tipos de alimentos (composição,consistência,quantidade) interferem no controle hormonal-enzimático na função de cada segmento do sistema digestório. • Interferência no controle hormonal/enzimático quanto à composição e consistência na função de cada segmento do sistema digestório: Substância secretada: LOCAL DE PRODUÇÃO: COMPONENTE EM QUE A ENZIMA OU HORMÔNIO ATUA OU LOCAL DE ATUAÇÃO: AÇÃO: Ptialina (Amilase Salivar) Glândulas Salivares Amido Decompõe o amigo em maltoses Mucina Células Caliciformes Não atua sobre algo específico, mas atua sobre as biomoléculas ingeridas no sentido de auxiliar sua passagem no canal digestório. Produz muco para ajudar na deglutição e passagem do alimento, principalmente no caminho boca- esôfago- estômago. Pepsina Estômago Proteínas Decompõe proteínas em fragmentos menores Gastrina Estômago Atua no estômago Estimulaprodução de suco gástrico Lipase Pâncreas Lipídios Decompõe lipídios em ácidos graxos e gliceróis Tripsina e Quimotripsina Pâncreas Proteínas Decompõe proteínas em fragmentos menores Amilase Pancreática Pâncreas Amido Decompõe amido em maltoses Secretina Mucosa duodenal Atua no pâncreas e no fígado Estimula liberação de bicarbonato CCK Intestino Delgado Atua no pâncreas e vesícula biliar Aumenta liberação da bile e de enzimas pancreáticas GIP Intestino Delgado Atua no Estômago Diminui peristaltismo estomacal e diminui a secreção de gastrina Sacarase Intestino Delgado Sacarose Decompõe a sacarose em glicose e frutose Lactase Intestino Delgado Lactose Decompõe a lactose em glicose e galactose. Maltase Intestino Delgado Maltose Decompõe maltose em glicose livre Peptidase Intestino Delgado Fragmentos de proteínas Decompõe os fragmentos proteicos em aminoácidos Histamina Sistema Nervoso Central Atua auxiliando a secreção gástrica Co-fator na estimulação da secreção de HCl pelas células parietais. Acetilcolina Sistema Nervoso Central Atua auxiliando a secreção gástrica Estimula produção de pepsinogênio, muco, HCl e gastrina. Fator intrínseco Glândulas Oxínticas Atua na absorção de vitamina B12 Atua na absorção de vitamina B12 HCl Glândulas Oxínticas Atua no estômago Acidifica o quimo e ajusta o p.H Pepsinogênio Enzima inativa presente no suco gástrico produzida nas Atua no estômago quando ativada, fragmentando proteínas Transforma-se em pepsina glândulas oxínticas • Interferência quanto à quantidade dos diferentes tipos de alimentos: • CARBOIDRATOS: Carência: • Emagrece, causa alterações metabólicas (distúrbios, hipoglicemia), entre outros. Excesso: • Aumento do acúmulo de massa, estresse oxidativo, diabetes, entre outros. • LIPÍDIOS: Carência: • Diminuição na produção de alguns hormônios, comprometimento no revestimento da célula nervosa (comprometimento na bainha de mielina) e diminuição na produção de vitaminas lipossolúveis. Excesso: • Obesidade, colesterol elevado, doenças degenerativas (Esclerose múltipla, por exemplo). • PROTEÍNAS: Carência: • Debilidade, edemas, insuficiência hepática, apatia e até altera sistema imunológico (baixa imunidade). Ao alterar sistema imunológico pode alterar a microbiota intestinal. Excesso: • Risco de acidificação sanguínea, doenças renais, reumatismo, entre outros. Seu excesso não tem relação direta com o sistema digestório. • MINERAIS: Carência: • Anemia por deficiência de ferro (ferropriva), diabetes e obesidade (deficiência relacionada ao zinco), entre outros Excesso: • Fragilidade, perda de cabelo e unha, irritabilidade, fadiga, aborto, infertilidade, interferência no metabolismo da tireoide, bócio, etc. Seu excesso não tem relação direta com o sistema digestório. • VITAMINAS: Carência: • Deficiência de B1: Diminuição da atividade da enzima piruvato desidrogenase, e consequentemente inibição do metabolismo de carboidratos. • Deficiência de B2: Lesões nas comissuras labiais e nos lábios, língua avermelhada, seca. • Deficiência de B3: Os sintomas mais grave da deficiência é conhecida como “os três D”, diárreia, demência e dermatite. • Deficiência de B5: É rara. Pessoas com insuficiência renal, submetidas à hemodiálise, podem apresentar deficiência da vitamina devido a menor reabsorção da vitamina pelos túbulos renais. Sua falta não tem relação direta com o sistema digestório. • Deficiência de B6: Pode provocar intoxicações neurológicas, desencadeando sintomas como formigamentos nas mãos e diminuição da audição. Sua falta não tem relação direta com o sistema digestório. • Deficiência de Ácido Fólico: A deficiência de ácido fólico afeta a disponibilidade de purinas e dTMP para a síntese de DNA, comprometendo o processo de divisão celular que é essencial para o funcionamento adequado do organismo. Uma das características a nível celular de pessoas com carência de folato é a presença de glóbulos vermelhos anormais (macrociticos), com membranas frágeis, devido à inibição da síntese de DNA, caracterizando o quadro de anemia megaloblástica. Sua falta não tem relação direta com o sistema digestório. • Deficiência de B7: A principal relação com o sistema digestório é a má absorção intestinal. • Deficiência de B12: A principal consequência da deficiência de cobalamina é anemia perniciosa, que tem como principais característica o crescimento anormal e descontrolado das células. Sua falta não tem relação direta com o sistema digestório. • Deficiência de vitamina C: O principal é o escorbuto, que pode causar problemas na mastigação, devido a afetar os dentes por exemplo, o que prejudica o processo de digestão. • Deficiência de vitamina A: Comprometimento da visão, determinando um quadro clínico chamado de cegueira nortuna. Sua falta não tem relação direta com o sistema digestório. • Deficiência de vitamina D: Inibição da mineralização óssea. Sua falta não tem relação direta com o sistema digestório. • Deficiência de vitamina E: Disfunções neurológicas ,neuropatia periférica e atividade plaquetária anormal, dificuldades de reprodução e distúrbios na embriogênese. Sua falta não tem relação direta com o sistema digestório. • Deficiência de vitamina K: Problemas na coagulação sanguínea. Sua falta não tem relação direta com o sistema digestório. EXCESSO: • B1: Não se conhece. • B2: Cristalização da vitamina no rim. Seu excesso não tem relação direta com o sistema digestório. • B3: Hiperucemia em 40 % dos indivíduos devido à competição da B3 com o ácido úrico na excreção urinária. Seu excesso não tem relação direta com o sistema digestório. • B5: Diarréia. • B6: Dor de cabeça, alterações na pressão arterial (aumento), entre outros. Seu excesso não tem relação direta com o sistema digestório. • B7: Não se sabe. • Ácido Fólico: Não há estudos conclusivos sofre a toxicidade do ácido fólico. • B12: Ainda não há relatos sobre as consequências do excesso da vitamina B12 no organismo. • C: Malformações no feto como deformidades ósseas, osteofitose bilateral do osso nasal, hiperostose do esqueleto apendicular e axial, principalmente da coluna vertebral, perca da densidade óssea, inibição da remodelagem óssea. Todas essas alterações deve-se sobretudo, ao fato de que a vitamina A está intimamente ligada ao mecanismo absortivo de vitamina D no organismo. Seu excesso não tem relação direta com o sistema digestório. • D: A ingestão de altas doses de vitamina D é tóxico para o organismo, por aumentar o nível de cálcio, que aumenta a predisposição a formação de cálculos renais, calcificação de tecidos moles e endurecimento das artérias. Seu excesso não tem relação direta com o sistema digestório. • E: Estudos não indicam efeitos tóxicos do consumo de vitamina E, mesmo em quantidades elevadas. • K: Na literatura não existe relatos de efeitos tóxicos de vitamina K a partir de uso de alimentos. 6-Identificar os mecanismos de controle da motilidade intestinal. A motilidade do trato gastrointestinal é proporcionada por alterações do potencial de membrana das células. As células intersticiais de cajado (ou simplesmente células de cajado ou marca-passo) ficam localizadas nas camadas de músculo liso, e abrem periodicamente canais iônico de cálcio e sódio, desencadeando variações no valor do potencial de membranadessas células. Acredita-se que por meio de junções comunicantes as variações do potencial de membrana disparadas pelas células de cajado são passadas para as células musculares lisas. Ondas lentas e potenciais em espícula As ondas lentas são características do trato gastrointestinal. Não são potencias de ação, mas sim variações lentas e ondulantes do potencial de repouso da membrana, ou seja despolarizações e repolarizações constantes sem atingir o limiar. Ondas lentas não provocam contrações efetivas ou fortes, já que o limiar não foi atingido, contudo, as células musculares lisas do trato gastrointestinal são levemente contraídas devido as ondas lentas. Essa contração é chamada de contração tônica, devido ela os músculos do trato gastrointestinal nunca estão totalmente relaxados, há sempre um tônus muscular. O ritmo e a frequência dessas ondas variam de acordo com a localização que ocorrem, variando de 3 a 12 ondas por minuto. Quando a despolarização de uma onda lenta atinge o limiar, o potencial de ação é desencadeado, e ocorre a contração efetiva do músculo, também chamada de contração fásica. Os canais de cálcio-sódio voltagem dependentes se abrem e fecham mais lentamente, por isso antes da membrana da célula conseguir repolarizar totalmente, ocorrerão variações do potencial acima do limiar, chamadas potenciais em espícula. Tal fechamento tardio explica a duração dos potencias de ação, que são longos e lentos. Quanto maior o potencial da onda lenta, maior o número de potenciais em espícula, e quanto mais potenciais de ação forem disparados, maior será o grau de contração da musculatura lisa. Tipos de contração muscular O peristaltismo é um movimento propulsivo, serve para empurrar o alimento no trato gastrointestinal. Na presença do alimento, o sistema nervoso entérico coordena a distensão da parede gastrointestinal no segmento receptor do alimento, promovendo o chamado relaxamento receptivo. Além disso, as fibras musculares lisas circulares formam um anel contrátil (2 a 3 centímetros antes do alimento) percorre todo o trato gastrointestinal contraindo os segmentos receptores adjacentes, análogo a um anel percorrendo um tubo. Intensos sinais nervosos parassimpáticos, irritação química ou físico também estimulam o peristaltismo. Entretanto, o peristaltismo efetivo e de boa qualidade requer o bom funcionamento do plexo mioentérico, por isso pode ser chamado de reflexo mioentérico ou reflexo peristáltico. Como as ondas peristálticas começam do lado oral do alimento e o relaxamento receptivo ocorre no lado anal, os alimentos seguem sempre o sentido boca-ânus independentemente da gravidade, o que chamamos de lei do intestino. Já as contrações segmentares ocorrem em segmentos específicos do trato, contraindo e relaxando alternadamente. É um movimento de mistura, consequentemente fragmenta o alimento e aumenta sua superfície de contato. Outro tipo de movimento é o complexo motor migratório, que acontece entre uma refeição e outra. Consiste em uma série de contrações iniciadas no estômago e terminam na parte distal do intestino, tem a finalidade de limpar o trato gastrointestinal. 7-Definir Síndrome do Cólon Irritável. Síndrome do cólon irritável (SCI) é a mais frequente doença funcional, a qual o paciente não apresenta lesão orgânica demonstrável no aparelho digestivo, mas sofre de problema funcional, tais como desconforto abdominal, cólicas, diarreia, obstipação e aumento dos movimentos intestinais. Dos pacientes com SII, 85% dizem que os sintomas coincidiram ou foram precedidos por problemas psicológicos como conflitos emocionais, grandes tensões, morte de parente etc. Também é comum que problemas emocionais exacerbem os sintomas. Os pacientes demonstram, amiúde, sinais de ansiedade e depressão; são “poliqueixosos” e hipocondríacos; muitos já passaram por vários especialistas, pois seus sintomas não melhoram ou, principalmente, por acharem que são portadores de câncer. Recentemente, numa reunião internacional em Roma, estabeleceu-se um consenso para o diagnóstico da SCI, conhecido como Critérios de Roma II. São eles: 1. presença em pelo menos 12 semanas (não necessariamente consecutivas), durante os últimos 12 meses, de desconforto ou dor abdominal com duas de três características: a. alívio com a defecação; b. início associado à alteração na frequência das evacuações (mais de três vezes/dia ou menos de três vezes/semana); c. início associado à alteração na forma (aparência) das fezes (fezes endurecidas, fragmentadas, em “cíbalos” ou “caprinas” e fezes pastosas e/ou líquidas). 2. vários sinais e sintomas foram apontados como elementos de reforço ao diagnóstico da SII: a. esforço excessivo durante a defecação; b. urgência para defecar; c. sensação de evacuação incompleta; d. eliminação de muco durante a evacuação; e. sensação de plenitude ou distensão abdominal. 8-Explique a ação dos medicamentos que atuam na bomba de próton-gástrica. Os medicamentos inibidores da bomba de prótons atuam inibindo a produção de ácido clorídrico pelas células do estômago. São ultilizados no tratamento de doenças como úlcera gástrica, gastrites, esofagite de refluxo, etc. Uma bomba de prótons, ou bomba H+-ATPase, é uma proteína integral de membrana, que funciona a partir da hidrólise de ATP em ADP e fosfato. Efetuando o transporte ativo de protões através da membrana de uma célula, mitocôndrio ou outro compartimento subcelular, contra o gradiente de concentração. Suas funções são: *Manter a composição iônica intracelular. *Importar solutos contra o gradiente de concentração. *Balancear a pressão osmótica nos dois lados da membrana celular. *Mantêm o potencial de membrana celular. Na respiração celular, a bomba retira protões da matriz mitocondrial e liberta-os no espaço intermembranar mitocondrial (entre as duas membranas do organela). Os protões criam assim uma diferença de gradiente tanto de pH como de carga eléctrica, criando um potencial eletroquímico que atua como uma bateria ou reservatório de energia da célula. Ao funcionar contra gradiente, consome energia em forma de ATP; no entanto, pode também funcionar como uma ATP sintase, sintetizando ATP a partir de ADP e fosfato, quando permite a passagem de protões a favor do gradiente de concentração. Por vezes o fluxo de protões ocorre do interior da célula para a matriz intercelular. Tal ocorre nas células epiteliais do revestimento do estômago, o que explica o ambiente extremamente ácido no interior do estômago. As bombas H+-ATPase também ocorrem em procariontes, localizando-se na membrana plasmática, onde bombeiam H+ do citoplasma para o exterior da célula. 9-Descreva o papel do sistema digestório no equilíbrio hidro-eletrolítico e ácido. Os eletrólitos têm um papel importante na manutenção da homeostase no organismo. Neste contexto, é importante relembrar que os líquidos e eletrólitos estão distribuídos nos compartimentos intra e extracelular, cuja manutenção de volume e composição, é essencial para processos metabólicos fundamentais à vida. Em termos fisiológicos os eletrólitos devem ser considerados em conjunto, uma vez que as células necessitam de uma combinação específica de ânions e cátions para funcionar de forma eficiente. Os processos fisiológicos opera dentro de uma gama estreita das condições, especialmente no que diz respeito ao pH. Assim, as mudanças no equilíbrio ácido-básico têm uma ampla influência sobre a função das células. Destacando assim, a importânciade se regular a entrada e saída de íons para manter a homeostase. O sódio, o potássio e o cloro são eletrólitos típicos encontrados no organismo. Esses são componentes essenciais de fluidos corporais, como sangue e urina e, ajudam a regular a distribuição de água ao longo do organismo além de desempenhar um papel importante no equilíbrio ácido-básico. As diferenças na composição entre o líquido intra e o extracelular são mantidas ativamente pela membrana celular, que é semipermeável. Como a água se difunde livremente através da barreira celular, seu movimento é determinado pelas alterações na concentração dos eletrólitos osmoticamente ativos, principalmente o sódio e o potássio, de cada lado da membrana. Apesar do controle do equilíbrio eletrolítico estar mais associado ao sistemas pulmonar e renal, é preciso compreender a colaboração dos outros sistemas. Entre eles o sistema digestório, que atua como a porta de entrada uma vez que os eletrólitos são oriundos da alimentação. Sendo assim, a ingestão normal de alimentos proporciona ao organismo a entrada adequada de água e nutrientes. Sendo parte da proporção de água, proveniente dos alimentos sólidos. Já o cloro e o sódio são ingeridos sob a forma de sal, como condimento e, como componentes, em proporções diversas, de diferentes alimentos. As entradas são normalmente reguladas pelas sensações, que estimulam a tomar maior quantidade de uns ou outros alimentos. A exemplo da sede, que é um estímulo à ingestão de água ou de alimentos que a contenham em grandes proporções, como as frutas. E da mesma forma sendo valido em certos momentos para preferencia de alimentos salgados , doces ou insossos . Sendo este, um reflexo das necessidades do meio interno. No entanto, é importante correlacionar também que o sistema digestório pode tanto intervir positivamente, através da ingestão e absorção destes eletrólitos como negativamente, tanto por uma ingestão excessiva ou redução na eliminação de um eletrólito, ou ingestão diminuída ou eliminação excessiva proporcionando um desequilíbrio eletrolítico. 10-Caracterize o sistema nervoso entérico e descrever seu papel na regulação peristáltica. O controle neural da função do trato GI é mediado pelas divisões simpática e parassimpática do Sistema Nervoso Autônomo e também por neurônios que estão localizados nos plexos mioentérico e submucoso, denominados sistema nervoso entérico. Este último localiza-se inteiramente na parede intestinal, começando no esôfago e estendendo-se até o ânus. O SNE é composto basicamente de dois plexos: um plexo disposto entre as camadas musculares longitudinais e circulares, denominado plexo mioentérico ou plexo de Auerbach e um plexo interno, localizado na submucosa e denominado plexo submucoso ou plexo de Meissner. O plexo mioentérico controla basicamente os movimentos GI, e o plexo submucoso controla basicamente a secreção gastrointestinal e o fluxo sanguíneo local. As fibras extrínsecas simpáticas e parassimpáticas se conectam tanto ao plexo mioentérico quanto ao submucoso. Embora o SNE possa funcionar independentemente desses nervos extrínsecos, a estimulação pelos sistemas parassimpático e simpático pode intensificar muito ou inibir as funções do TGI. • CONCLUSÃO Concluimos que o sistema digestório é o que mais sofre interferência da parte emocional devido a conexão entre o sistema nervoso central e o entérico, sob o efeito de emoções negativas os neurotransmissores interferem nas ondas peristálticas. Podendo causar constipação intestinal, diarréia e a Sindrome do Intestino Irritável. Também vimos a importância de cada nutriente e suas quantidades, composição e consistência no funcionamento do trato digestório, e como funcionam os medicamentos para acidez gástrica. 1.6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] GUYTON, A.C. Tratado de fisiologia médica 11 eds. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006 [2] Silverthorn, Dee Unglaub, Ph.D. Fisiologia Humana - Uma Abordagem Integrada 5º Ed. 2010 [3] https://www.ufrgs.br/lacvet/site/wp-content/uploads/2014/11/eletrolitico.pdf [4]http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI341891-18537,00- [5]http://gastro.com.br/blog/obesidade/emocoes-e-estresse-podem-afetar-o- funcionamento-aparelho-digestivo/ [6 ]LIVROS: Ø AIRES, M.M Fisiologia 2. Ed. Rj. Guanabara Koogan, 1999. Ø GUYTON, Arthur. Fisiologia Humana. 6a ed., Rio de Janeiro: Guanabara, 1985. Ø GUYTON, A.C., HALL, J.E Tratado De Fisiologia Médica 9. Ed. Rj . Guanabara Koogan, 1997. Ø BERNE, R. B, LEVY, M. N. Tratado De Fisiologia Humana. 4 Ed. Rj. Guanabara Koogan, 2000. Ø Devlin, T.M. Manual de Bioquímica com correlações clínicas. 5ed. São Paulo:Ed. Edgar Blucher. 2002,pp 1066-1082. ARTIGOS: COZZOLINO, SMF. Deficiências de minerais. Estud. av., São Paulo , v. 21, n. 60, p. 119- 126, Aug. 2007 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103- 40142007000200009&lng=en&nrm=iso>. access on 17 Aug. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-40142007000200009. RESUMOS EXPANDIDOS PUBLICADOS EM ANAIS DE CONGRESSOS: · Chaves, KLL, Maia FA, Almeida MTC. Efeitos da deficiência e do excesso de vitaminas no organismo. In: Anais do VIII Fórum FEPEG; 24-27 set 2014; Brasília: Universidade: Saberes e Práticas Inovadoras; 2014. [Acesso em 17 ago 2017]. Disponível em: http://www.fepeg2014.unimontes.br/sites/default/files/resumos/arquivo_pdf_anais/resumo _expandido_extensao_pronto_0.pdf
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