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Tutoria - 2° Período - 1° Módulo - VOLTANDO DAS FÉRIAS... - Homeostase Sistema Digestório

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Centro Universitário de Mineiros–UNIFIMES 
Curso de Medicina 
Tutoria 2ª Etapa 
Unidade I 
 
 
 
 
 
 
 
PROBLEMA 2 
VOLTANDO DAS FÉRIAS... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16/08/2017 
 
1.2 INTRODUÇÃO 
No problema estudado, foi apresentada a situação de Irene. Esta sentia-se muito 
deprimida e apresentava sintomas como diarréias frequentes com períodos de constipação 
intestinal, além de perda de peso. Ao passar em uma UPA lhe foi receitado omeprazol 
sob suspeita de Síndrome do Cólon Irritável. 
A partir disso, percebemos que os aspectos psicossociais afetam diretamente o 
sistema digestório e este tem papel de extrema impotância no controle da homeostase. 
Afetando fatores como a motilidade intestinal, o equilíbrio hidro-eletrolítico e ácido. 
Identificamos o mecanismo de atuação de fármacos no controle da acidez 
estomacal. Destaca-se também as funções e divisões do Sistema Nervoso Entérico. 
 
 
1.3 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
 
Objetivo geral: 
• Reconhecer a importância da regulação do sistema nervoso entérico na 
homeostase do sistema digestório. 
 
Objetivos específicos: 
• Compreender a interferência dos aspectos psicossociais no funcionamento do 
sistema digestório. 
• Descrever no contexto das necessidades de alimentação, os processos de 
digestão,absorção e excreção que ocorrem no tubo digestivo. 
• Caracterizar as fases de controle das secreções digestivas (fase cefálica, 
gástrica , intestinal). 
• Descreva o mecanismo de vômito e diarréia. 
• Identificar como os diferentes tipos de alimentos 
(composição,consistência,quantidade) interferem no controle hormonal-
enzimático na função de cada segmento do sistema digestório. 
• Identificar os mecanismos de controle da motilidade intestinal. 
• Definir Síndrome do Cólon Irritável. 
• Explique a ação dos medicamentos que atuam na bomba de próton-gástrica. 
• Descreva o papel do sistema digestório no equilíbrio hidro-eletrolítico e 
ácido. 
• Caracterize o sistema nervoso entérico e descrever seu papel na regulação 
peristáltica. 
RESPOSTAS E DISCUSSÕES 
1-Compreender a interferência dos aspectos psicossociais no funcionamento do 
sistema digestório. 
O aparelho digestivo, que vai da boca ao ânus, é o que mais sofre interferência da parte 
emocional. Isso ocorre porque há uma conexão entre o sistema nervoso central e o 
entérico. Esse órgão também produz uma rede imensa de neurônios, que se encarregam 
das funções digestivas. 
Apesar de independentes, quando estamos sob o efeito de emoções negativas, os 
neurotransmissores interferem nas ondas peristálticas (movimento do intestino), podendo 
torná-la mais lenta, o que causa a constipação, ou até diarreia. Há uma ligação entre o 
sistema nervoso e as nossas entranhas mediada pelo hipotálamo e o nervo vago. 
Os fatores psicossociais influenciam a fisiologia real do intestino, bem como os sintomas. 
Por outras palavras, o estresse entre outras alterações psíquicas, podem afetar o 
movimento e as contrações do trato gastrointestinal, causando inflamação ou torná-lo 
mais suscetível à infecção., mas isto não significa que as doenças gastrointestinais são 
“fruto da sua imaginação”. 
Com base na percepção de que a região gastrointestinal é sensível às nossas emoções, 
como raiva, ansiedade, tristeza ou alegria, indivíduos com problemas gastrointestinais 
específicos podem utilizar-se da terapia para reduzir o estresse ou lidar com a ansiedade 
ou a depressão, e outros sentimentos que o incomodam em sua vida diária, apresentando 
assim melhora nos sintomas referentes ao problema gastrointestinal e em sua vida 
emocional. 
Assim, podemos entender que quando temos algum problema gastrointestinal, devemos 
ter um acompanhamento multidisciplinar, com o médico, nutricionista, fisioterapeuta e 
psicólogo para que haja o resultado esperado, amenizando sintomas ou até eliminando 
causa. 
O aparelho digestivo, que vai da boca ao ânus, é o que mais sofre interferência da parte 
emocional. Isso ocorre porque há uma conexão entre o sistema nervoso central e o 
entérico. Esse órgão também produz uma rede imensa de neurônios, que se encarregam 
das funções digestivas. 
Apesar de independentes, quando estamos sob o efeito de emoções negativas, os 
neurotransmissores interferem nas ondas peristálticas (movimento do intestino), podendo 
torná-la mais lenta, o que causa a constipação, ou até diarreia. Há uma ligação entre o 
sistema nervoso e as nossas entranhas mediada pelo hipotálamo e o nervo vago. 
Os fatores psicossociais influenciam a fisiologia real do intestino, bem como os sintomas. 
Por outras palavras, o estresse entre outras alterações psíquicas, podem afetar o 
movimento e as contrações do trato gastrointestinal, causando inflamação ou torná-lo 
mais suscetível à infecção., mas isto não significa que as doenças gastrointestinais são 
“fruto da sua imaginação”. 
Com base na percepção de que a região gastrointestinal é sensível às nossas emoções, 
como raiva, ansiedade, tristeza ou alegria, indivíduos com problemas gastrointestinais 
específicos podem utilizar-se da terapia para reduzir o estresse ou lidar com a ansiedade 
ou a depressão, e outros sentimentos que o incomodam em sua vida diária, apresentando 
assim melhora nos sintomas referentes ao problema gastrointestinal e em sua vida 
emocional. 
Assim, podemos entender que quando temos algum problema gastrointestinal, devemos 
ter um acompanhamento multidisciplinar, com o médico, nutricionista, fisioterapeuta e 
psicólogo para que haja o resultado esperado, amenizando sintomas ou até eliminando 
causa. 
2-Descrever no contexto das necessidades de alimentação, os processos de 
digestão,absorção e excreção que ocorrem no tubo digestivo. 
Agora vamos falar um pouco da deglutição, digestão, absorção e excreção do sistema 
digestório e de todos movimentos próprios do trato gastrointestinal, o trato 
gastrointestinal secretas diversas substâncias para a digestão dos alimentos. Essas 
secreções são enzimas responsáveis por quebrar especificamente cada nutriente em 
diversas regiões por onde o alimento passa. Vamos então analisar as secreções dessas 
enzimas e a digestão em cada parte do trato gastrointestinal. 
a) Boca: a boca é a porta de entrada do trato gastrointestinal e também local de processos 
importantes para a digestão. O primeiro desses processos é o da mastigação, responsável 
pelo trituramento dos alimentos, sem o qual não seria possível a deglutição. É necessária 
a lenta e correta mastigação do alimento, pois do contrário, pode haver lesões no esôfago 
e estômago, além de uma digestão menos eficiente. 
Ao mesmo tempo em que ocorre a mastigação, as glândulas salivares e a parótida 
secretam saliva, que contém uma enzima chamada amilase. A amilase é responsável pela 
digestão de carboidratos, mais especificamente o amido. Daí é correto se afirmar que o 
processo de digestão se inicia na boca, pelo menos dos carboidratos. Após o alimento ser 
triturado e sofrer a ação da amilase é formado o bolo alimentar que é deglutido. A 
principal responsável por nos fazer engolir o alimento é a língua que empurra o alimenta 
contra a faringe. Além disso, a língua possui papilas sensoriais que, junto com o olfato, 
nos permitem reconhecer os sabores dos alimentos. A faringe, por sua vez, é apenas uma 
via de passagem para o alimento chegar no esôfago. 
b) Esôfago: o esôfago é um longo tubo que desemboca no estômago e que não tem função 
de digestão. No esôfago começa o peristaltismo, essencial para o 
alimento chegar no estômago. Apesar de não ter função digestória, o esôfago secreta 
muco. O muco é composto por várias substâncias,carboidratos e proteínas, e terá sua 
função detalhada mais adiante. 
c) Estômago: é uma bolsa elástica que tem grande capacidade de receber e armazenar 
alimentos. A mucosa estomacal é basicamente composta por 3 tipos de células. Cada uma 
dessas células é responsável por uma das funções do estômago: as células oxínticas, que 
secretam HCl, as células pépticas, que secretam pepsinas, enzimas capazes de digerir 
proteínas, e as células da mucosa que secretam muco. O HCl é responsável pela ativação 
das enzimas, já que elas são ativas apenas em meio bastante ácido. A enzima pepsina é 
ativada a partir de sua proteína precursora o pepsinogênio que sofre a ação do HCl e é 
então ativado a pepsina. Além disso o HCl permite a quebra das pontes proteicas e sua 
desnaturação, o que facilita o trabalho da pepsina. A ação do HCl e das pepsinas 
possibilitam o início da digestão da maior parte das proteínas que chegam ao estômago. 
O estômago secreta além dessas pequenas quantidades de caseinase, para digestão da 
caseína do leite, e lípases para a digestão de lipídeos. No entanto essas duas últimas não 
têm grande importância digestória. O bolo alimentar ao sofrer as ações gástricas é 
transformado em quimo. O terceiro tipo são as células da mucosa que produzem muco. 
Ao contrário do que se pensa, a maior parte da digestão não é realizada no estômago e 
sim na primeira parte do intestino delgado, o duodeno. Mas o duodeno é bastante pequeno 
e pouco alimento pode passar por ele de cada vez para que ocorra corretamente a digestão. 
Assim a principal função do estômago é armazenar o bolo alimentar para que ele passe 
aos poucos para o duodeno e possa ser digerido. Sem a função de estômago pouco 
alimento poderia ser digerido por vez, o que poderia levar até a uma congestão duodenal. 
d) Intestino delgado (Duodeno): o duodeno tem esse nome pois seu tamanho é cerca de 
12 dedos. Ele é responsável pela digestão da maior parte dos alimentos que ingerimos. 
No duodeno agem secreções de três órgãos: intrínsecas - do próprio duodeno, do pâncreas 
e do fígado para transformar o quimo do estomago em quilo, que estará pronto para ser 
absorvido. 
O pâncreas, através de sua parte exócrina, os ácinos, secreta o suco pancreático 
diretamente no duodeno, através de um canal de ligação entre o pâncreas e o duodeno, 
essas enzimas que sai do pâncreas consegue fazer a digestão de proteínas, carboidratos e 
lipídeos. 
Já o duodeno secreto o suco intrínseco duodenal que contém enzimas para a digestão das 
partículas menores dos nutrientes que já sofreram a ação do suco pancreático. Por fim, o 
fígado que produz a bile. Assim como o pâncreas o fígado é ligado ao duodeno e, portanto, 
pode lançar suas secreções no mesmo. A bile é composta de bilirrubina, que são restos 
metabólicos hepáticos da degradação de hemoglobina, colesterol, do metabolismo 
hepático dos esteroides e por sais biliares, compostos por proteoglicanos. Os dois 
primeiros componentes só são liberados no duodeno para poderem ser excretados através 
do trato gastrointestinal. Já os sais biliares têm grande poder adstringente (permitem que 
os lipídeos possam ser dissolvidos na água) sobre os lipídeos, auxiliando na digestão e 
absorção dos mesmos. Além de toda atividade digestória, também se pode afirmar que 
ocorre uma pequena parte da absorção dos alimentos no duodeno. 
Como a bile é composta por metabólitos hepáticos ela é produzida todo o tempo. Para 
evitar que seja jogada no duodeno quando este não tenha alimentos, a bile produzida é 
armazenada em uma bolsa que fica adjunta ao fígado chamada de vesícula biliar. Ela só 
é liberada por controle hormonal. No entanto alguns componentes da bile podem 
cristalizar o formar a conhecida pedra na vesícula que pode impedir a chegada da bile no 
duodeno, o que prejudica tanto a digestão, pela falta dos sais biliares, quanto o 
funcionamento hepático. Nesses casos uma cirurgia pode ser necessária. 
Durante todo o trajeto do trato gastrointestinal, ocorre a secreção de muco. Ele é composto 
por polissacarídeos e proteínas e tem como função proteger a parede da mucosa do TGI 
durante a passagem do alimento. A camada de muco impede o contato direto do bolo 
alimentar com a parede do TGI. 
Como foi dito o muco reveste todo o TGI, mas ele tem grande importância no estomago. 
Isso porque o muco protege o estômago não só dos alimentos, como também do HCl 
produzido no próprio estômago. O pH estomacal pode chegar a 1,5, o que é bastante 
corrosivo e lesivo a qualquer tecido. Por isso o estômago tem uma grossa camada de muco 
protetor que impede a sua corrosão pelo HCl. No muco estomacal há a presença de íons 
bicarbonato, que auxilia nesse trabalho de proteção, já que ajuda a neutralizar o pH do 
meio gástrico. Uma falha na produção ou na manutenção desse muco leva a lesão gástrica 
conhecida como gastrite. A principal causa da gastrite é uma bactéria que habita o muco 
gástrico, a Hellicobacter pillory. Essa bactéria pode “furar” o muco e levar o HCl a 
alcançar a mucosa estomacal. Essa bactéria parece estar presente na maioria das pessoas 
e por algum descontrole ou queda do sistema imunológico pode se proliferar e levar a 
gastrite. O álcool solubiliza e retira a camada de muco gástrico, o que leva a ulcerações e 
gastrites. E também, a administrações de anti-inflamatórios não esteroidais inibe a 
produção de muco estomacal também levando a ulcerações e gastrite. 
Para melhor compreendermos a absorção dos nutrientes no TGI, vamos seguir após o 
duodeno, onde terminou toda a digestão dos alimentos. A partir daí tudo o que temos é 
absorção e excreção. 
e) Jejuno e Íleo: quando o alimento chega ao jejuno e ao íleo, ele já foi completamente 
digerido e transformado nas biomoléculas essenciais: monossacarídeos, ácidos graxos e 
aminoácidos. Neste ponto do intestino ocorre toda a absorção das biomoléculas e a maior 
parte da absorção de água, vitaminas e sais minerais, que são os micronutrientes. Todas 
as substâncias absorvidas vão para capilares que estão em toda a volta do intestino 
delgado. A absorção se dá de forma ativa e ocorre em uma longa superfície, já que nosso 
intestino tem de 5 a 6 metros de extensão. Além disso há a presença de vilosidades por 
toda a mucosa entérica o que aumenta ainda mais a superfície de absorção. Todos os 
nutrientes absorvidos são absorvidos nos capilares e esses são todos desviados para a veia 
porta hepática que conduz ao fígado, que e os destina para uso imediato, especialmente 
glicose e aminoácidos, ou para serem armazenadas no próprio fígado (como aminoácidos 
e glicogênio) ou em células especializadas, como as células adiposas. 
f) Intestino Grosso: parte final do intestino, o intestino grosso tem função de absorver 
pequena parte dos minerais, como Ca e Na, e água, que não foram absorvidos no jejuno 
e no íleo. Cabe lembrar que a maior da absorção aconteceu no jejuno e íleo. Além disso, 
cabe ao intestino grosso conduzir o bolo fecal formado. Na porção final do grosso temos 
o reto e o ânus que funciona como um músculo constritor (esfíncter). 
3-Caracterizar as fases de controle das secreções digestivas (fase cefálica, gástrica , 
intestinal). 
Fase Cefálica: Ocorre antes do alimento entrar no estômago enquanto ingerido. 
Resultado da visão, odor, lembrança ou sabor do alimento e, quanto maior o apetite, a 
estimulação é de maior intensidade. Sinais neurogênicos responsáveis por essa fase são 
originários do córtex cerebral e dos centros do apetite na amígdala e hipotálamo. São 
transmitidos pelos núcleos motores dorsais dos vagos e pelos nervos vago até o estômago. 
Contribui com 30% da secreção gástrica. 
Fase Gástrica: O alimento que entra no estômago excita os reflexos longos vasovagaisdo estômago para o cérebro e de volta ao estômago; reflexo entéricos locais e o 
mecanismo da gástrica; todos levando à secreção de suco gástrico durante horas, enquanto 
o alimento permanece no estômago. Essa fase contribui com 60% da secreção gástrica. 
Fase Intestinal: A presença de alimento na porção superior do intestino delgado 
(duodeno), continuará a causar secreção gástrica de pequena quantidade de suco gástrico, 
devido às pequenas quantidades liberadas de gástrica pela mucosa duodenal. Representa 
10% da resposta de ácido à refeição 
 
4-Descreva o mecanismo de vômito e diarréia. 
A DIARRÉIA é um estado patológico no qual a secreção intestinal de líquido não é 
equilibrada pela absorção, resultando em fezes aquosas. Ela ocorre se os mecanismos 
intestinais normais de absorção de água forem alterados ou se houver solutos 
osmoticamente ativos não absorvidos que “seguram” a água no lúmen. A diarreia resulta 
do movimento rápido de material fecal pelo intestino grosso. Várias causas: 
 
- Enterite (inflamação do trato intestinal): em geral, ocasionada por vírus ou por bactérias 
do trato intestinal. Na diarreia infecciosa comum, a infecção é mais extensa, no intestino 
grosso e na parte distal do íleo. Em todos os lugares em que a infecção esteja presente, 
ocorre irritação da mucosa, cuja secreção aumenta muito. Ademais, a motilidade da 
parede intestinal costuma ficar muito aumentada. Como resultado, existe, no lúmen, 
grande quantidade de líquido, para a remoção do agente infeccioso e, ao mesmo tempo, 
fortes movimentos propulsores impelem esse líquido na direção do ânus. Esse mecanismo 
é importante para livrar o trato intestinal de infecção debilitante. 
 
Diarréia Psicogênica: acompanha períodos de tensão nervosa, como durante provas ou 
quando um soldado está para entrar na batalha. Esse tipo de diarréia, chamada diarréia 
emocional psicogênica, é causado por estimulação excessiva do sistema nervoso 
parassimpático, que excita intensamente (1) a motilidade e (2) o excesso de secreção de 
muco no cólon distai. Esses dois efeitos somados podem causar diarréia acentuada. 
 
Colite Ulcerativa: é doença em que áreas extensas das paredes do intestino grosso ficam 
inflamadas e ulceradas. A motilidade do cólon ulcerado costuma ser tão grande que 
ocorrem movimentos em massa em grande parte do dia, enquanto no cólon normal os 
movimentos duram de 10 a 30 minutos por dia. As secreções do cólon aumentam muito. 
Como resultado, o paciente tem movimentos repetidos intestinais, com diarréia. 
 
O VÔMITO é o meio pelo qual o trato gastrointestinal superior se livra do seu conteúdo, 
quando qualquer parte do trato superior é excessivamente irritada, hiperdistendida ou 
hiperexcitada. A distensão excessiva ou a irritação do duodeno é estímulo especialmente 
forte para o vômito. Os sinais sensoriais que iniciam o vômito se originam, 
principalmente, da faringe, do esôfago, do estômago e das partes superiores do intestino 
delgado. Os impulsos nervosos são transmitidos, por fibras nervosas aferentes vagais e 
simpáticas para múltiplos núcleos distribuídos no tronco cerebral, na área chamada de 
“centro do vômito”. Desse centro, os impulsos motores que causam vômitos são 
transmitidos pelos quinto, sétimo, nono, décimo e décimo segundo nervos cranianos, para 
o trato gastrointestinal superior, pelos nervos vagais e simpáticos para regiões mais distais 
do trato, e pelos nervos espinhais para o diafragma e músculos abdominais. 
 
Nos primeiros estágios da irritação gastrointestinal excessiva ou da hiper-distensão, o 
antiperistaltismo começa a ocorrer minutos antes de aparecerem os vômitos. 
Antiperistaltismo significa peristaltismo para cima, no trato digestório, e não para baixo. 
Ele pode se iniciar no íleo, e a onda antiperistáltica viaja em direção oral, velocidade de 
2 a 3 cm/s; esse processo pode empurrar grande parte do conteúdo do intestino delgado 
inferior de volta ao duodeno e ao estômago, em 3 a 5 minutos. Depois, à medida que essas 
partes superiores do trato gastrointestinal, especialmente o duodeno, são hiper- 
distendidas, a distensão é o fator excitatório que inicia o ato do vômito. 
 
No início do vômito, ocorrem fortes contrações no duodeno e no estômago e relaxamento 
parcial do esfíncter esofagogástrico, o que permite o movimento do vômito do estômago 
para o esôfago. Então, o ato específico de vomitar, envolvendo os músculos abdominais, 
ocorre e expele o vômito para o exterior. Uma vez que o centro do vômito tenha sido 
suficientemente estimulado e instituído o ato do vômito, os primeiros efeitos são: (1) 
respiração profunda, (2) elevação do osso hioide e da laringe para a abertura do esfíncter 
esofágico superior, (3) fechamento da glote para impedir o fluxo de vômito para os 
pulmões e (4) elevação do palato mole para fechar as narinas posteriores. Em seguida, 
ocorrem forte contração do diafragma e contração simultânea dos músculos da parede 
abdominal. Isso comprime o estômago entre o diafragma e os músculos abdominais, 
elevando a pressão intragástrica a alto nível. Finalmente, o esfíncter esofágico inferior se 
relaxa completamente, permitindo a expulsão do conteúdo gástrico para o esôfago. 
Portanto, o ato de vomitar decorre de ação de compressão dos músculos do abdome, 
associada à contração simultânea da parede gástrica e abertura dos esfíncteres esofágicos, 
com expulsão do conteúdo gástrico. 
 
Além dos vômitos iniciados por estímulos irritativos do próprio trato gastrointestinal, os 
vômitos também podem ser causados por sinais nervosos que se originam em áreas do 
cérebro. Isso é de modo particular verdade, para pequena área localizada bilateralmente, 
no assoalho do quarto ventrículo, chamada de zona de disparo de quimiorreceptores para 
o vômito. A estimulação elétrica dessa área pode iniciar os vômitos; porém, mais 
importante, a administração de certos fármacos, incluindo a apomorfina, a morfina e 
alguns derivados de digitálicos, pode estimular, diretamente, essa zona de disparo de 
quimiorreceptores e iniciar o vômito. A destruição dessa área bloqueia esse tipo de 
vômitos, mas não bloqueia os decorrentes de estímulos irritativos, no próprio trato 
gastrointestinal. Também, sabe-se que mudanças rápidas na direção ou no ritmo dos 
movimentos corporais podem fazer com que certas pessoas vomitem. O mecanismo é o 
seguinte: o movimento estimula receptores, no labirinto vestibular do ouvido interno, e 
daí os impulsos são transmitidos, principalmente, por via dos núcleos vestibulares do 
tronco cerebral para o cerebelo e desse, para a zona de disparo dos quimiorreceptores e, 
por fim, para o centro do vômito, causando o vômito. 
5-Identificar como os diferentes tipos de alimentos 
(composição,consistência,quantidade) interferem no controle hormonal-enzimático 
na função de cada segmento do sistema digestório. 
 
• Interferência no controle hormonal/enzimático quanto à composição e 
consistência na função de cada segmento do sistema digestório: 
Substância 
secretada: 
LOCAL DE 
PRODUÇÃO: 
COMPONENTE 
EM QUE A 
ENZIMA OU 
HORMÔNIO 
ATUA OU 
LOCAL DE 
ATUAÇÃO: 
AÇÃO: 
Ptialina (Amilase 
Salivar) 
Glândulas 
Salivares 
Amido Decompõe o 
amigo em 
maltoses 
Mucina Células 
Caliciformes 
Não atua sobre 
algo específico, 
mas atua sobre as 
biomoléculas 
ingeridas no 
sentido de 
auxiliar sua 
passagem no 
canal digestório. 
Produz muco 
para ajudar na 
deglutição e 
passagem do 
alimento, 
principalmente 
no caminho boca-
esôfago-
estômago. 
Pepsina Estômago Proteínas Decompõe 
proteínas em 
fragmentos 
menores 
Gastrina Estômago Atua no estômago Estimulaprodução de suco 
gástrico 
Lipase Pâncreas Lipídios Decompõe 
lipídios em ácidos 
graxos e gliceróis 
Tripsina e 
Quimotripsina 
Pâncreas Proteínas Decompõe 
proteínas em 
fragmentos 
menores 
Amilase 
Pancreática 
Pâncreas Amido Decompõe amido 
em maltoses 
Secretina Mucosa duodenal Atua no pâncreas 
e no fígado 
Estimula 
liberação de 
bicarbonato 
CCK Intestino Delgado Atua no pâncreas 
e vesícula biliar 
Aumenta 
liberação da bile 
e de enzimas 
pancreáticas 
GIP Intestino Delgado Atua no 
Estômago 
Diminui 
peristaltismo 
estomacal e 
diminui a 
secreção de 
gastrina 
Sacarase Intestino Delgado Sacarose Decompõe a 
sacarose em 
glicose e frutose 
Lactase Intestino Delgado Lactose Decompõe a 
lactose em glicose 
e galactose. 
Maltase Intestino Delgado Maltose Decompõe 
maltose em 
glicose livre 
Peptidase Intestino Delgado Fragmentos de 
proteínas 
Decompõe os 
fragmentos 
proteicos em 
aminoácidos 
Histamina Sistema Nervoso 
Central 
Atua auxiliando a 
secreção gástrica 
Co-fator na 
estimulação da 
secreção de HCl 
pelas células 
parietais. 
Acetilcolina Sistema Nervoso 
Central 
Atua auxiliando a 
secreção gástrica 
Estimula 
produção de 
pepsinogênio, 
muco, HCl e 
gastrina. 
Fator intrínseco Glândulas 
Oxínticas 
Atua na absorção 
de vitamina B12 
Atua na absorção 
de vitamina B12 
HCl Glândulas 
Oxínticas 
Atua no estômago Acidifica o quimo 
e ajusta o p.H 
Pepsinogênio Enzima inativa 
presente no suco 
gástrico 
produzida nas 
Atua no estômago 
quando ativada, 
fragmentando 
proteínas 
Transforma-se 
em pepsina 
glândulas 
oxínticas 
 
 
• Interferência quanto à quantidade dos diferentes tipos de alimentos: 
 
• CARBOIDRATOS: 
Carência: 
• Emagrece, causa alterações metabólicas (distúrbios, hipoglicemia), entre outros. 
 
Excesso: 
• Aumento do acúmulo de massa, estresse oxidativo, diabetes, entre outros. 
 
• LIPÍDIOS: 
Carência: 
• Diminuição na produção de alguns hormônios, comprometimento no 
revestimento da célula nervosa (comprometimento na bainha de mielina) e 
diminuição na produção de vitaminas lipossolúveis. 
 
Excesso: 
• Obesidade, colesterol elevado, doenças degenerativas (Esclerose múltipla, por 
exemplo). 
 
• PROTEÍNAS: 
Carência: 
• Debilidade, edemas, insuficiência hepática, apatia e até altera sistema 
imunológico (baixa imunidade). Ao alterar sistema imunológico pode alterar a 
microbiota intestinal. 
 
Excesso: 
• Risco de acidificação sanguínea, doenças renais, reumatismo, entre outros. Seu 
excesso não tem relação direta com o sistema digestório. 
 
• MINERAIS: 
Carência: 
• Anemia por deficiência de ferro (ferropriva), diabetes e obesidade (deficiência 
relacionada ao zinco), entre outros 
 
Excesso: 
• Fragilidade, perda de cabelo e unha, irritabilidade, fadiga, aborto, infertilidade, 
interferência no metabolismo da tireoide, bócio, etc. Seu excesso não tem 
relação direta com o sistema digestório. 
 
• VITAMINAS: 
Carência: 
• Deficiência de B1: Diminuição da atividade da enzima piruvato desidrogenase, e 
consequentemente inibição do metabolismo de carboidratos. 
• Deficiência de B2: Lesões nas comissuras labiais e nos lábios, língua 
avermelhada, seca. 
• Deficiência de B3: Os sintomas mais grave da deficiência é conhecida como “os 
três D”, diárreia, demência e dermatite. 
• Deficiência de B5: É rara. Pessoas com insuficiência renal, submetidas à 
hemodiálise, podem apresentar deficiência da vitamina devido a menor 
reabsorção da vitamina pelos túbulos renais. Sua falta não tem relação direta 
com o sistema digestório. 
• Deficiência de B6: Pode provocar intoxicações neurológicas, desencadeando 
sintomas como formigamentos nas mãos e diminuição da audição. Sua falta não 
tem relação direta com o sistema digestório. 
• Deficiência de Ácido Fólico: A deficiência de ácido fólico afeta a 
disponibilidade de purinas e dTMP para a síntese de DNA, comprometendo o 
processo de divisão celular que é essencial para o funcionamento adequado do 
organismo. Uma das características a nível celular de pessoas com carência de 
folato é a presença de glóbulos vermelhos anormais (macrociticos), com 
membranas frágeis, devido à inibição da síntese de DNA, caracterizando o 
quadro de anemia megaloblástica. Sua falta não tem relação direta com o 
sistema digestório. 
• Deficiência de B7: A principal relação com o sistema digestório é a má absorção 
intestinal. 
• Deficiência de B12: A principal consequência da deficiência de cobalamina é 
anemia perniciosa, que tem como principais característica o crescimento 
anormal e descontrolado das células. Sua falta não tem relação direta com o 
sistema digestório. 
• Deficiência de vitamina C: O principal é o escorbuto, que pode causar 
problemas na mastigação, devido a afetar os dentes por exemplo, o que prejudica 
o processo de digestão. 
• Deficiência de vitamina A: Comprometimento da visão, determinando um 
quadro clínico chamado de cegueira nortuna. Sua falta não tem relação direta 
com o sistema digestório. 
• Deficiência de vitamina D: Inibição da mineralização óssea. Sua falta não tem 
relação direta com o sistema digestório. 
• Deficiência de vitamina E: Disfunções neurológicas ,neuropatia periférica e 
atividade plaquetária anormal, dificuldades de reprodução e distúrbios na 
embriogênese. Sua falta não tem relação direta com o sistema digestório. 
• Deficiência de vitamina K: Problemas na coagulação sanguínea. Sua falta não 
tem relação direta com o sistema digestório. 
 
 
EXCESSO: 
• B1: Não se conhece. 
• B2: Cristalização da vitamina no rim. Seu excesso não tem relação direta com o 
sistema digestório. 
• B3: Hiperucemia em 40 % dos indivíduos devido à competição da B3 com o 
ácido úrico na excreção urinária. Seu excesso não tem relação direta com o 
sistema digestório. 
• B5: Diarréia. 
• B6: Dor de cabeça, alterações na pressão arterial (aumento), entre outros. Seu 
excesso não tem relação direta com o sistema digestório. 
• B7: Não se sabe. 
• Ácido Fólico: Não há estudos conclusivos sofre a toxicidade do ácido fólico. 
• B12: Ainda não há relatos sobre as consequências do excesso da vitamina B12 
no organismo. 
• C: Malformações no feto como deformidades ósseas, osteofitose bilateral do 
osso nasal, hiperostose do esqueleto apendicular e axial, principalmente da 
coluna vertebral, perca da densidade óssea, inibição da remodelagem óssea. 
Todas essas alterações deve-se sobretudo, ao fato de que a vitamina A está 
intimamente ligada ao mecanismo absortivo de vitamina D no organismo. Seu 
excesso não tem relação direta com o sistema digestório. 
• D: A ingestão de altas doses de vitamina D é tóxico para o organismo, por 
aumentar o nível de cálcio, que aumenta a predisposição a formação de cálculos 
renais, calcificação de tecidos moles e endurecimento das artérias. Seu excesso 
não tem relação direta com o sistema digestório. 
• E: Estudos não indicam efeitos tóxicos do consumo de vitamina E, mesmo em 
quantidades elevadas. 
• K: Na literatura não existe relatos de efeitos tóxicos de vitamina K a partir de 
uso de alimentos. 
 
6-Identificar os mecanismos de controle da motilidade intestinal. 
A motilidade do trato gastrointestinal é proporcionada por alterações do potencial de 
membrana das células. 
As células intersticiais de cajado (ou simplesmente células de cajado ou marca-passo) 
ficam localizadas nas camadas de músculo liso, e abrem periodicamente canais iônico de 
cálcio e sódio, desencadeando variações no valor do potencial de membranadessas 
células. Acredita-se que por meio de junções comunicantes as variações do potencial de 
membrana disparadas pelas células de cajado são passadas para as células musculares 
lisas. 
 
 Ondas lentas e potenciais em espícula 
 
As ondas lentas são características do trato gastrointestinal. Não são potencias de ação, 
mas sim variações lentas e ondulantes do potencial de repouso da membrana, ou seja 
despolarizações e repolarizações constantes sem atingir o limiar. 
Ondas lentas não provocam contrações efetivas ou fortes, já que o limiar não foi atingido, 
contudo, as células musculares lisas do trato gastrointestinal são levemente contraídas 
devido as ondas lentas. Essa contração é chamada de contração tônica, devido ela os 
músculos do trato gastrointestinal nunca estão totalmente relaxados, há sempre um tônus 
muscular. O ritmo e a frequência dessas ondas variam de acordo com a localização que 
ocorrem, variando de 3 a 12 ondas por minuto. 
Quando a despolarização de uma onda lenta atinge o limiar, o potencial de ação é 
desencadeado, e ocorre a contração efetiva do músculo, também chamada de contração 
fásica. 
Os canais de cálcio-sódio voltagem dependentes se abrem e fecham mais lentamente, por 
isso antes da membrana da célula conseguir repolarizar totalmente, ocorrerão variações 
do potencial acima do limiar, chamadas potenciais em espícula. Tal fechamento tardio 
explica a duração dos potencias de ação, que são longos e lentos. Quanto maior o 
potencial da onda lenta, maior o número de potenciais em espícula, e quanto mais 
potenciais de ação forem disparados, maior será o grau de contração da musculatura lisa. 
 
 Tipos de contração muscular 
 
O peristaltismo é um movimento propulsivo, serve para empurrar o alimento no trato 
gastrointestinal. Na presença do alimento, o sistema nervoso entérico coordena a 
distensão da parede gastrointestinal no segmento receptor do alimento, promovendo o 
chamado relaxamento receptivo. Além disso, as fibras musculares lisas circulares formam 
um anel contrátil (2 a 3 centímetros antes do alimento) percorre todo o trato 
gastrointestinal contraindo os segmentos receptores adjacentes, análogo a um anel 
percorrendo um tubo. 
Intensos sinais nervosos parassimpáticos, irritação química ou físico também estimulam 
o peristaltismo. Entretanto, o peristaltismo efetivo e de boa qualidade requer o bom 
funcionamento do plexo mioentérico, por isso pode ser chamado de reflexo mioentérico 
ou reflexo peristáltico. 
Como as ondas peristálticas começam do lado oral do alimento e o relaxamento receptivo 
ocorre no lado anal, os alimentos seguem sempre o sentido boca-ânus independentemente 
da gravidade, o que chamamos de lei do intestino. 
Já as contrações segmentares ocorrem em segmentos específicos do trato, contraindo e 
relaxando alternadamente. É um movimento de mistura, consequentemente fragmenta o 
alimento e aumenta sua superfície de contato. 
Outro tipo de movimento é o complexo motor migratório, que acontece entre uma 
refeição e outra. Consiste em uma série de contrações iniciadas no estômago e terminam 
na parte distal do intestino, tem a finalidade de limpar o trato gastrointestinal. 
7-Definir Síndrome do Cólon Irritável. 
Síndrome do cólon irritável (SCI) é a mais frequente doença funcional, a qual o paciente 
não apresenta lesão orgânica demonstrável no aparelho digestivo, mas sofre de problema 
funcional, tais como desconforto abdominal, cólicas, diarreia, obstipação e aumento dos 
movimentos intestinais. 
Dos pacientes com SII, 85% dizem que os sintomas coincidiram ou foram precedidos por 
problemas psicológicos como conflitos emocionais, grandes tensões, morte de parente 
etc. 
Também é comum que problemas emocionais exacerbem os sintomas. Os pacientes 
demonstram, amiúde, sinais de ansiedade e depressão; são “poliqueixosos” e 
hipocondríacos; muitos já passaram por vários especialistas, pois seus sintomas não 
melhoram ou, principalmente, por acharem que são portadores de câncer. 
Recentemente, numa reunião internacional em Roma, estabeleceu-se um consenso para o 
diagnóstico da SCI, conhecido como Critérios de Roma II. São eles: 
1. presença em pelo menos 12 semanas (não necessariamente consecutivas), durante os 
últimos 12 meses, de desconforto ou dor abdominal com duas de três características: 
 a. alívio com a defecação; 
b. início associado à alteração na frequência das evacuações (mais de três 
vezes/dia ou menos de três vezes/semana); 
c. início associado à alteração na forma (aparência) das fezes (fezes endurecidas, 
fragmentadas, em “cíbalos” ou “caprinas” e fezes pastosas e/ou líquidas). 
2. vários sinais e sintomas foram apontados como elementos de reforço ao diagnóstico da 
SII: 
a. esforço excessivo durante a defecação; 
b. urgência para defecar; 
c. sensação de evacuação incompleta; 
d. eliminação de muco durante a evacuação; 
 e. sensação de plenitude ou distensão abdominal. 
 
 
8-Explique a ação dos medicamentos que atuam na bomba de próton-gástrica. 
Os medicamentos inibidores da bomba de prótons atuam inibindo a produção de ácido 
clorídrico pelas células do estômago. São ultilizados no tratamento de doenças como 
úlcera gástrica, gastrites, esofagite de refluxo, etc. 
Uma bomba de prótons, ou bomba H+-ATPase, é uma proteína integral de membrana, 
que funciona a partir da hidrólise de ATP em ADP e fosfato. Efetuando o transporte ativo 
de protões através da membrana de uma célula, mitocôndrio ou outro compartimento 
subcelular, contra o gradiente de concentração. 
Suas funções são: 
*Manter a composição iônica intracelular. 
*Importar solutos contra o gradiente de concentração. 
*Balancear a pressão osmótica nos dois lados da membrana celular. 
*Mantêm o potencial de membrana celular. 
Na respiração celular, a bomba retira protões da matriz mitocondrial e liberta-os no 
espaço intermembranar mitocondrial (entre as duas membranas do organela). Os protões 
criam assim uma diferença de gradiente tanto de pH como de carga eléctrica, criando um 
potencial eletroquímico que atua como uma bateria ou reservatório de energia da célula. 
Ao funcionar contra gradiente, consome energia em forma de ATP; no entanto, pode 
também funcionar como uma ATP sintase, sintetizando ATP a partir de ADP e fosfato, 
quando permite a passagem de protões a favor do gradiente de concentração. 
Por vezes o fluxo de protões ocorre do interior da célula para a matriz intercelular. Tal 
ocorre nas células epiteliais do revestimento do estômago, o que explica o ambiente 
extremamente ácido no interior do estômago. 
As bombas H+-ATPase também ocorrem em procariontes, localizando-se na membrana 
plasmática, onde bombeiam H+ do citoplasma para o exterior da célula. 
 
9-Descreva o papel do sistema digestório no equilíbrio hidro-eletrolítico e ácido. 
Os eletrólitos têm um papel importante na manutenção da homeostase no organismo. 
Neste contexto, é importante relembrar que os líquidos e eletrólitos estão distribuídos nos 
compartimentos intra e extracelular, cuja manutenção de volume e composição, é 
essencial para processos metabólicos fundamentais à vida. 
Em termos fisiológicos os eletrólitos devem ser considerados em conjunto, uma vez que 
as células necessitam de uma combinação específica de ânions e cátions para funcionar 
de forma eficiente. Os processos fisiológicos opera dentro de uma gama estreita das 
condições, especialmente no que diz respeito ao pH. Assim, as mudanças no equilíbrio 
ácido-básico têm uma ampla influência sobre a função das células. Destacando assim, a 
importânciade se regular a entrada e saída de íons para manter a homeostase. 
O sódio, o potássio e o cloro são eletrólitos típicos encontrados no organismo. Esses são 
componentes essenciais de fluidos corporais, como sangue e urina e, ajudam a regular a 
distribuição de água ao longo do organismo além de desempenhar um papel importante 
no equilíbrio ácido-básico. As diferenças na composição entre o líquido intra e o 
extracelular são mantidas ativamente pela membrana celular, que é semipermeável. Como 
a água se difunde livremente através da barreira celular, seu movimento é determinado 
pelas alterações na concentração dos eletrólitos osmoticamente ativos, principalmente o 
sódio e o potássio, de cada lado da membrana. 
Apesar do controle do equilíbrio eletrolítico estar mais associado ao sistemas pulmonar e 
renal, é preciso compreender a colaboração dos outros sistemas. Entre eles o sistema 
digestório, que atua como a porta de entrada uma vez que os eletrólitos são oriundos da 
alimentação. Sendo assim, a ingestão normal de alimentos proporciona ao organismo a 
entrada adequada de água e nutrientes. Sendo parte da proporção de água, proveniente 
dos alimentos sólidos. 
Já o cloro e o sódio são ingeridos sob a forma de sal, como condimento e, como 
componentes, em proporções diversas, de diferentes alimentos. As entradas são 
normalmente reguladas pelas sensações, que estimulam a tomar maior quantidade de uns 
ou outros alimentos. A exemplo da sede, que é um estímulo à ingestão de água ou de 
alimentos que a contenham em grandes proporções, como as frutas. E da mesma forma 
sendo valido em certos momentos para preferencia de alimentos salgados , doces ou 
insossos . Sendo este, um reflexo das necessidades do meio interno. 
No entanto, é importante correlacionar também que o sistema digestório pode tanto 
intervir positivamente, através da ingestão e absorção destes eletrólitos como 
negativamente, tanto por uma ingestão excessiva ou redução na eliminação de um 
eletrólito, ou ingestão diminuída ou eliminação excessiva proporcionando um 
desequilíbrio eletrolítico. 
10-Caracterize o sistema nervoso entérico e descrever seu papel na regulação 
peristáltica. 
O controle neural da função do trato GI é mediado pelas divisões simpática e 
parassimpática do Sistema Nervoso Autônomo e também por neurônios que estão 
localizados nos plexos mioentérico e submucoso, denominados sistema nervoso entérico. 
Este último localiza-se inteiramente na parede intestinal, começando no esôfago e 
estendendo-se até o ânus. 
O SNE é composto basicamente de dois plexos: um plexo disposto entre as camadas 
musculares longitudinais e circulares, denominado plexo mioentérico ou plexo de 
Auerbach e um plexo interno, localizado na submucosa e denominado plexo submucoso 
ou plexo de Meissner. O plexo mioentérico controla basicamente os movimentos GI, e o 
plexo submucoso controla basicamente a secreção gastrointestinal e o fluxo sanguíneo 
local. As fibras extrínsecas simpáticas e parassimpáticas se conectam tanto ao plexo 
mioentérico quanto ao submucoso. Embora o SNE possa funcionar independentemente 
desses nervos extrínsecos, a estimulação pelos sistemas parassimpático e simpático pode 
intensificar muito ou inibir as funções do TGI. 
 
 
 
• CONCLUSÃO 
 
Concluimos que o sistema digestório é o que mais sofre interferência da parte 
emocional devido a conexão entre o sistema nervoso central e o entérico, sob o efeito de 
emoções negativas os neurotransmissores interferem nas ondas peristálticas. Podendo 
causar constipação intestinal, diarréia e a Sindrome do Intestino Irritável. 
Também vimos a importância de cada nutriente e suas quantidades, composição e 
consistência no funcionamento do trato digestório, e como funcionam os medicamentos 
para acidez gástrica. 
 
 
 
 
 
1.6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
[1] GUYTON, A.C. Tratado de fisiologia médica 11 eds. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2006 
[2] Silverthorn, Dee Unglaub, Ph.D. Fisiologia Humana - Uma Abordagem Integrada 5º Ed. 
2010 
[3] https://www.ufrgs.br/lacvet/site/wp-content/uploads/2014/11/eletrolitico.pdf 
[4]http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI341891-18537,00- 
[5]http://gastro.com.br/blog/obesidade/emocoes-e-estresse-podem-afetar-o-
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[6 ]LIVROS: 
Ø AIRES, M.M Fisiologia 2. Ed. Rj. Guanabara Koogan, 1999. 
Ø GUYTON, Arthur. Fisiologia Humana. 6a ed., Rio de Janeiro: Guanabara, 1985. 
Ø GUYTON, A.C., HALL, J.E Tratado De Fisiologia Médica 9. Ed. Rj . Guanabara 
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Ø BERNE, R. B, LEVY, M. N. Tratado De Fisiologia Humana. 4 Ed. Rj. Guanabara 
Koogan, 2000. 
Ø Devlin, T.M. Manual de Bioquímica com correlações clínicas. 5ed. São Paulo:Ed. Edgar 
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ARTIGOS: 
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http://dx.doi.org/10.1590/S0103-40142007000200009. 
RESUMOS EXPANDIDOS PUBLICADOS EM ANAIS DE CONGRESSOS: 
· Chaves, KLL, Maia FA, Almeida MTC. Efeitos da deficiência e do excesso de vitaminas 
no organismo. In: Anais do VIII Fórum FEPEG; 24-27 set 2014; Brasília: Universidade: 
Saberes e Práticas Inovadoras; 2014. [Acesso em 17 ago 2017]. Disponível em: 
http://www.fepeg2014.unimontes.br/sites/default/files/resumos/arquivo_pdf_anais/resumo
_expandido_extensao_pronto_0.pdf

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