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ESTRUTURA ATÔMICA Unidade II Modelo de Rutherford Falha: Não explica por que as cargas de sinais opostos não se atraem e o átomo “desaparece” (mecânica clássica) Mecânica Quântica Para investigar a estrutura interna de objetos do tamanho dos átomos é preciso observá-los indiretamente (radiação eletromagnética): 1. Estudo da radiação eletromagnética; 2. Brilho da superfície metálica (efeito fotoelétrico); 3. Espectro de linhas Radiação eletromagnética As ondas eletromagnéticas têm características ondulatórias semelhantes às ondas que se movem na água. Radiação eletromagnética •A frequência (): é o número de ciclos que passam por um ponto em um segundo. •A velocidade de uma onda (v) = x Radiação eletromagnética Radiação eletromagnética Quando um feixe de luz encontra um elétron, seu campo elétrico empurra o elétron primeiro em uma direção, depois na direção oposta, periodicamente (o campo oscila em direção e intensidade) Radiação eletromagnética Radiação eletromagnética Emissão de cor objetos quentes Fenômeno da incandescência: cor da luz emitida passa sucessivamente do vermelho ao laranja e ao amarelo, até chegar ao branco (observações qualitativas); Para estudar o efeito quantitativamente, os cientistas tiveram de medir a intensidade da radiação em cada comprimento de onda e repetir as medidas em várias temperaturas diferentes. Emissão de cor objetos quentes Josef Stefan (1879)descobriu que a intensidade total emitida em todos os comprimentos de onda aumentava com a quarta potência da temperatura. Esse resultado quantitativo é hoje conhecido como a lei de Stefan Boltzmann: T é a temperatura absoluta (Kelvin) Emissão de cor objetos quentes Wilhelm Wien (1893) examinou a mudança da cor da radiação do corpo negro com o aumento da temperatura e descobriu que o comprimento de onda que corresponde ao máximo de intensidade, é inversamente proporcional à temperatura (lei de Wien) c2 é conhecido como segunda constante de radiação, seu valor empírico (experimental) é 1,44 × 10–2 K·m. Emissão de cor objetos quentes Emissão de cor objetos quentes • Os cientistas do século XIX tentaram explicar as leis da radiação do corpo negro através da radiação, entretanto, descobriram que as características deduzidas não estavam de acordo com as observações experimentais; • De acordo com a física clássica, qualquer objeto muito quente deveria devastar a região em volta dele com suas radiações de alta frequência. Até mesmo o corpo humano, em 37oC, deveria brilhar no escuro. Não existiria, de fato, a escuridão. Emissão de cor objetos quentes • A solução para o problema foi apresentada pelo físico alemão Max Planck (1900), que defendeu a ideia de que a troca de energia entre a matéria e a radiação ocorre em quanta (pacotes de energia); • Sua ideia central era que, ao oscilar na freqüência (), os átomos só poderiam trocar energia com sua vizinhança em pacotes de magnitude igual: h =constante de Planck, é igual a 6,626 ×10–34J.s. n = número de quantum de energia Emissão de cor objetos quentes Efeito fotoelétrico Efeito fotoelétrico As conclusões de Einstein sobre o efeito fotoelétrico foram as seguintes: 1. Na colisão de um fóton com um elétron, toda a energia do fóton era transferida para o elétron; 2. Os elétrons só eram ejetados da placa metálica quando a energia da radiação incidente for maior do que a energia que mantém os elétrons ligados ao átomo na placa metálica; Efeito fotoelétrico 3. Os elétrons são ejetados com uma determinada energia cinética, que variava com a energia da radiação incidente. Quanto mais energética for a radiação que atingia a superfície metálica, maior a energia cinética dos elétrons ejetados; 4. Um aumento na intensidade da radiação leva a um maior número de elétrons ejetados da superfície metálica. A intensidade da radiação está relacionada com o número de fótons que compõe o feixe luminoso e não com sua energia. Efeito fotoelétrico Ei = radiação (energia) incide sobre a placa metálica. Eo= energia necessária para ejetar o elétron da superfície metálica (definida como função trabalho ou energia crítica e é um parâmetro característico de cada metal) Ec = energia cinética adquirida pelo elétron ejetado. Só ocorrerá emissão de elétrons se Ei>Eo, pois neste caso o fóton terá energia suficiente para arrancar o elétron do metal. Efeito fotoelétrico • O efeito fotoelétrico fornece evidências para a natureza de partícula da luz - “quantização”. • Se a luz brilha na superfície de um metal, há um ponto no qual os elétrons são expelidos do metal. • Os elétrons somente serão expelidos se a frequência mínima é alcançada. • Abaixo da frequência mínima, nenhum elétron é expelido. • Acima da frequência mínima, o número de elétrons expelidos depende da intensidade da luz Efeito fotoelétrico Espectro de linhas Espectro de linhas Espectro de linhas •Balmer (1880): descobriu que as linhas no espectro de linhas visíveis do hidrogênio se encaixam em uma simples equação. •Mais tarde, Rydberg generalizou a equação de Balmer para: RH é a constante de Rydberg (1,096776 x 10 7m-1), h é a constante de Planck (6,626 x 10-34 J·s), n1 e n2 são números inteiros (n2 > n1). 2 2 2 1 111 nnh RH Espectro de linhas Modelo de Bohr • Já que os estados de energia são quantizados (Planck); •Será que a luz emitida por átomos excitados deve ser quantizada e aparecer como espectro de linhas? • Borh comprovou a relação do espectro de linhas com energia utilizando as equações de Rydenberg e Planck. Modelo de Bohr 2 18 1 J 1018.2 n E n é o número quântico principal (por exemplo, n = 1, 2, 3, … e nada mais). En = -RH ( ) 1 n2 Modelo de Bohr • Postulados de Bohr I) Só é permitido ao elétron ocupar certos estados estacionários no átomo e em cada um desses estados a energia é fixa e definida; II) Quando o elétron está ocupando um desses estados, seu movimento descreve uma órbita circular ao redor do núcleo; III) O elétron num estado estacionário não emite radiação. Entretanto, ao passar de um estado para outro, ele absorve ou emite um quantum de energia (hν), correspondente à diferença de energia entre os dois estados. Modelo de Bohr Modelo de Bohr Limitações • Pode explicar adequadamente apenas o espectro de linhas do átomo de hidrogênio. • Os elétrons não são completamente descritos como partículas pequenas. Dualidade da Natureza do elétron • Sabendo-se que a luz tem uma natureza de partícula, parece razoável perguntar se a matéria tem natureza ondulatória. • O momento, m, é uma propriedade de partícula, enquanto é uma propriedade ondulatória. • Utilizando as equações de Einstein e de Planck, De Broglie mostrou: mv h Mecânica Quântica • O princípio da incerteza de Heisenberg: na escala de massa de partículas atômicas, não podemos determinar exatamente a posição, a direção do movimento e a velocidade simultaneamente. • Para os elétrons: não podemos determinar seu momento e sua posição simultaneamente. • Se xé a incerteza da posição e mv é a incerteza do momento, então: 4 · h mvx Mecânica Quântica • A mecânica quântica estabelece que só é possível estudar o comportamento de sistemas microscópicos em termos de “probabilidades”. •Assim, não é permitido utilizarmos expressões, como a trajetória de um elétron, mas sim a região de maior probabilidade de se encontrar um elétron, que é o orbital atômico. • O orbital atômica passa a ser descritos por uma função de onda, representada pela letra grega Ψ (Psi). Mecânica Quântica • Schrödinger (1926) propôs uma equação que contém os termos onda e partícula movimentando-se em 3 dimensões . • A resolução da equação leva às funções de onda (). • A função de onda fornece o contorno do orbital eletrônico. • O quadrado da função de onda fornece a probabilidade de se encontrar o elétron, isto é, dá a densidade eletrônica para o átomo. Mecânica Quântica Ψ é a função de onda associada à partícula; m é a massa; E, a energia total do sistema; V , a energia potencial da partícula. Quando essa equação é resolvida, obtém-se como solução as funções de onda (Ψ) as quais fornecem todas as informações associadas à partícula em cada estado de energia permitido. Mecânica Quântica Números Quânticos • A solução da equação de Schrödinger produz um conjunto de funções de onda (Ψ); • Essas funções de onda (Ψ) são chamados orbitais; • Cada orbital descreve uma distribuição específica de densidade eletrônica no espaço; Números Quânticos Números Quânticos Números Quânticos • conforme aumenta o número quântico n, a região de maior probabilidade de se encontrar um elétron se afasta do núcleo, tornando-se mais extensa, ou seja, mais volumosa; • Assim, a probabilidade máxima de se encontrar um elétron nas proximidades do núcleo vai diminuindo com o aumento do n; • Como a energia do orbital aumenta quando cresce, os elétrons que ocupam os orbitais mais afastados do núcleo têm maior energia; Números Quânticos Números Quânticos Modelo de Bohr Mecânica Quântica n = descreve certa órbita 3 números quânticos Precisão Probabilidade órbita orbital Números Quânticos Número Quântico Principal (n) n=1 n=2 n=3 Números Quânticos Número Quântico azimutal (l): 0 a n-1 Forma do orbital l = 0 orbital s l = 1 orbital p l = 2 orbital d l = 3 orbital f Números Quânticos Número Quântico Magnético(ml): l a -l Orientação do orbital no espaço Números Quânticos ml = 0 ml = 1 ml = -2 ml = -1 ml = 0 ml = 1 ml = 2 ml = -1 ml = 0 ml = 1 Números Quânticos Spin eletrônico(ms): + 1/2 ou -1/2 Principio de exclusão de Pauli: dois elétrons em um átomos não podem ter o conjunto de 4 números quânticos iguais. Números Quânticos Orbitais e energias •Orbitais de mesma energia são conhecidos como degenerados. •Para n 2, os orbitais s e p não são mais degenerados porque os elétrons interagem entre si. •Portanto, o diagrama de Aufbau apresenta- se ligeiramente diferente para sistemas com muitos elétrons. Orbitais e energias Tabela Periódica Tabela Periódica Paramagnético Elétrons desemparelhados 2p Diamagnético Todos os elétrons emparelhados 2p Tabela Periódica Tabela Periódica Na [Ne]3s1 Na+ [Ne] Ca [Ar]4s2 Ca2+ [Ar] Al [Ne]3s23p1 Al3+ [Ne] H 1s1 H- 1s2 or [He] F 1s22s22p5 F- 1s22s22p6 or [Ne] O 1s22s22p4 O2- 1s22s22p6 or [Ne] N 1s22s22p3 N3- 1s22s22p6 or [Ne] Tabela Periódica Carga nuclear efetiva (Zef) Tabela Periódica Carga nuclear efetiva (Zef) Na Mg Al Si 11 12 13 14 10 10 10 10 1 2 3 4 186 160 143 132 Zeff Núcleo Z Raio Zef = Z - s 0 < s < Z (s = vc) Zef Z – número de elétrons internos do núcleo Tabela Periódica Aumento do raio A u m e n to d o r a io Tabela Periódica Tabela Periódica Comparação do raio atômico com o raio iônico Tabela Periódica Tabela Periódica • Todos os membros de uma série isoeletrônica têm o mesmo número de elétrons. • Quando a carga nuclear aumenta em uma série isoeletrônica, os íons tornam-se menores : O2- > F- > Na+ > Mg2+ > Al3+ Energia de ionização • A primeira energia de ionização, I1, é a quantidade de energia necessária para remover um elétron de um átomo gasoso: Na(g) Na+(g) + e-. • A segunda energia de ionização, I2, é a energia necessária para remover um elétron de um íon gasoso: Na+(g) Na2+(g) + e-. • Quanto maior a energia de ionização, maior é a dificuldade para se remover o elétron. Energia de ionização • Há um acentuado aumento na energia de ionização quando um elétron mais interno é removido. Energia de ionização Afinidade eletrônica Afinidade Eletrônica é a variação de energia quando um átomo no estado gasoso recebe um próton para formar um aníon. X (g) + e - X-(g) F (g) + e - X-(g) O (g) + e - O-(g) H = -328 kJ/mol EA = +328 kJ/mol H = -141 kJ/mol EA = +141 kJ/mol Afinidade eletrônica Afinidade eletrônica versus raio atômico
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