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Modelo IS/LM LM IS1 IS2 i YY1 Y2 i2 i1 Representação gráfica do modelo IS/LM. Neste caso houve uma deslocação para a direita da curva IS, o que conduziu a um maior rendimento (PIB, Y) e taxa de juro (i). O Modelo IS/LM, Modelo Keynesiano Generalizado (MKG), ou ainda Modelo Hicks-Hansen, é um instru- mento para fins de análise macroeconômica de âmbito didático, cuja representação num espaço cartesiano pro- cura ilustrar os pares ordenados de taxa de juro nominal e renda, em que temos equilíbrio de curto prazo no Mer- cado de Bens e Serviços e noMercadoMonetário. O mo- delo econômico é uma formalização matemática iniciada por John Richard Hicks baseada largamente na teoria de John Maynard Keynes.[1] A sigla IS/LM do modelo pro- vém do inglês Investment Saving / Liquidity preference Money supply. A extensão do modelo IS/LM para uma economia aberta é conhecida por IS/LM/BP ou Modelo Mundell-Fleming. O modelo IS/LM é uma tentativa de formalização mate- mática de sumarizar e descrever e A Teoria Geral do Em- prego, do Juro e da Moeda de John Maynard Keynes. Os primeiros passos para a sua modelização aconteceram na Conferência de Econometria realizada em Oxford de Se- tembro de 1936, onde Roy Harrod, John Hicks e James Meade apresentaram as suas propostas de modelização. Depois de ver um ensaio do Harrod, o Hicks publicou o modelo IS/LM (originalmente LL, e não LM) na revista Econometrica em 1937, nascendo assim o modelo.[2] Existem diversas versões do modelo, modificadas para melhor ilustrar uma casualidade específica ou melhor re- tratar a economia. O domínio das versões mais avança- das demanda conhecimentos de economia matemática, bem como de econometria, permitem calcular estimati- vas, que podem sofrer com problemas de causalidade re- versa e/ou de tendências desintegradas. 1 Fundamentação Teórica e Evi- dência Na macroeconomia keynesiana a igualdade entre o Vo- lume de Consumo Postergado, bem como o Volume das Inversões Planejadas (ou Planeadas, segundo o português de Portugal) é válida; ainda que a relação de causalidade temporal entre ambos os agregados seja de natureza re- versa - visto que os produtores não possuem a prerroga- tiva de determinar, com exatidão, o quanto aferirão de renda pelas próximas semanas, após o desencalhe de suas respectivas mercadorias, a priori estocadas. O volume poupado da renda auferida, a qual se procura prognosticar agora, só será conhecido a posteriori. Daí o nome da primeira curva: IS, de Investment Saving: o vo- lume poupado efetivar-se-á após a atuação do efeito mul- tiplicador dos gastos, aqui designado pela entidade x. No mais, o investimento real igualar-se-á ao planejado se, no decurso da realização das vendas, não houver encalhe das mercadorias nos respectivos estoques. O modelo IS/LM trabalha sob a hipótese de que o investimento planejado é igual ao realizado, implicando na nulidade do volume es- tocado quando o equilíbrio estático-dinâmico do modelo é satisfeito. Ao contrário do “velho” modelo clássico agregado, em que o volume de produção postergado é determinado de forma ex-ante, no modelo IS/LM esse equilíbrio se dará ex-post. De fato, a leitura da Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda nos leva a concluir que John Maynard Keynes rebateu, de forma lógica e veemente, o raciocínio implícito da Teoria dos Fundos de Empréstimo, base na qual Knut Wicksell construiu a análise do seu “processo cumulativo” - a famosa “conexão wickselliana”, a qual re- laciona bancos emissores, oferta de crédito e inflação. [3] Por sua vez, a curva LM (Liquidity Preference Money Sup- ply), representa a igualdade que deve ser verificada en- tre a base monetária (supondo dado o multiplicador dos meios de pagamento), contabilizada nos passivos dos res- ponsáveis pela gestão do numerário, e a propensão à li- quidez dos agentes econômicos. Com essas ferramen- tas determinar-se-á a taxa de juros, entendida como o preço do dinheiro. Por sua vez, os papéis (ou ativos) do 1 2 4 MULTIPLICADOR KEYNESIANO mercado financeiro mantêm relação inversa com o preço do dinheiro, de modo que, se o dinheiro está mais caro, os agentes econômicos agirão no sentido de recompor seus portfólios com mais papéis (que seguem sendo mais ba- ratos por conta da elevação da taxa de juros) e menos dinheiro - que, de fato, nominalmente, não rende absolu- tamente nada, por ser ativo prontamente líquido! Um caso demasiadamente explorado pela literatura cor- rente é aquele em que a taxa de juros - de tanto cair por conta de uma política monetária relapsa por parte dos bancos centrais que detêm o monopólio da emissão do numerário - faz com que a expectativa para o preço do dinheiro se eleve. Sabendo disso, os agentes econômicos livrar-se-ão da posse dos títulos, em busca da liquidez ab- soluta: a isso designamos por "armadilha da liquidez" (li- quidity trap), evidência essa que pode ser verificada atu- almente nos EUA, bem como no Japão desde a quebra do Índice Nikkey, no início dos anos 90. Keynes acreditava que a se a taxa de juros básica de um país descesse abaixo dos 2% ao ano e por lá ficasse por uma longa temporada, configurar-se-ia uma armadilha de liquidez (ele mesmo duvidava que, algum dia, isso pu- desse acontecer). O detalhe: ao mesmo tempo em que parece ser “fácil” atirar a macroeconomia em direção a uma armadilha como forma de salvaguardar o sistema de intermediação de uma bancarrota generalizada, os japo- neses, há mais de 20 anos, estão tentando descobrir como retirar o Japão da armadilha. Para isso colocaram a rela- ção divida-PIB acima dos 200%! 2 Causação No aparato IS/LM as decisões de Política Econômica re- presentam Variáveis Exógenas que são determinadas pe- las Autoridades Monetárias e/ou Executivas; ou seja, faz- se alusão aos Instrumentos que permitem levar à cabo as medidas tomadas na Esfera da Decisão. Uma análise mais rigorosa diria que o Modelo IS/LM se- gue consubstanciado pela Metodologia do Macroecono- metrista Jan Tinbergen; no que se refere a tudo aquilo que designamos por "Teoria da Política Econômica" (a necessidade de haver o mesmo Número de Instrumentos e Metas num Sistema de Política Linearmente Indepen- dente). Ainda sim, o Modelo padece da “Crítica à Teoria da Po- lítica Econômica” atribuída ao Macroeconomista Robert Lucas (Nobel de 1994), por tratar as Expectativas dos Agentes Econômicos de maneira Estática e Simplória (ainda que desde os anos 80 existam versões do IS/LM em expectativas racionais). No IS/LM o Equilíbrio Estático-Dinâmico da Renda Agregada é determinado pela interação (intercessão) en- tre o Lado Real da Economia (representado pela Curva IS) com o Lado Monetário (representado pela Curva LM). Tratamos de analisar as curvas: 3 Curva IS Para Sachs e Larrain (2000, p. 385)[4], o modelo IS/LM é uma “representação gráfica desenvolvida em 1937 pelo economista britânico, premiado com o Nobel, Sir John Hicks.” Os autores explicam ainda que “a curva IS relaciona o nível de demanda agregada com o nível de taxa de juros, permanecendo constantes todas as outras variáveis, como gastos do governo e tributos. “Um aumento da taxa de juros reduz a demanda agregada em virtude de seu efeito sobre o consumo e investimento. Quando representamos essa relação graficamente, encontramos uma curva com inclinação decrescente. 4 Multiplicador keynesiano O Equilíbrio do Mercado de Bens advém do Sistema das Contas Nacionais: há uma Identidade (Igualdade) Ma- croeconômica entre o cômputo da Demanda, da Renda e o Produto Agregado. A Curva IS, ao representar o equi- líbrio entre o Mercado de Bens e Serviços, poderá ser representada pela seguinte equação: Y = C(Yd) + I(Y, r) + G + NX( ) Ou ainda: Y - C(Yd) - G = I(Y, r) + NX( ) (1.a) Diga-se de passagem, a equação acima é a IS de uma eco- nomia aberta.Tem-se que: • Y = Renda Agregada, • C = Consumo das famílias, • Yd= Renda Disponível(ou seja, a diferença entre a renda agregada e a massa de impostos T = t.Y), • I = Investimento Agregado, • r = Taxa de juros, • G = Dispêndios do Governo, • NX( )= Saldo em Conta Corrente e/ou a Tranferên- cia Líquida de Recursos Não-Fatores ao Exterior. Se a Economia está Fechada, significando que a mesma permanece no Estado Autárquico, deve ser verdade que NX = 0. A análise do Consumo Agregado parte da hipótese de que o mesmo é uma Função Estável da Renda e que se ampliará a pari-passu do crescimento da mesma, ainda que não na mesma proporção - ocorre então a propensão marginal a consumir, cujo valor é influenciado por fatores como a Distribuição de Renda, Necessidades Metabóli- cas, Avareza, Precaução, etc. A Propensão Marginal a 3 Consumir varia entre 0 e 1 e, quando mais próximo da unidade a Propensão ao Consumo estiver, maior será o "Efeito multiplicador" associado a qualquer Dipêndio a priori planejado. Se 0 < c < 1, seguir-se-á a Seguinte Série Geométrica Infinita: x = 1 + c + c.c + c.c.c + c.c.c.c + . . . Multiplicando a Série por c: c.x = c + c.c + c.c.c + c.c.c.c + . . . Subtraindo a Segunda Série da Primeira: x - c'x = 1 x = 1/(1 - c) Tem-se que x é o “Multiplicador de Renda” atribuído a Richard Kahn. O raciocínio intuitivo é o seguinte: para cada Unidade Monetária gasta ($1 na Primeira Série), uma Fração da mesma será Poupada por quem a rece- ber, de forma que, de cada pagamento, fracionar-se-á 1 - c para fins de Segurança. Sucessivamente, ter-se-á que: 1 > c > c.c > c.c.c > ... Segue daí que, no linear do tempo, o aumento de Renda associado a cada Variação Despendida é Decrescente, sendo determinado na totalidade pelo Montante x. Ainda sim, a bem da verdade, essa história de que Gasto gera Renda só pode ser “comprada” se, somente se, a Elasticidade Preço-Produção da Economia for aceita como Nula (modernamente isso é aceite no curto-prazo, mas não no decorrer dos trimestres). 5 As Componentes da Igualdade Macroeconômica Tem-se a Função Linear abaixo, que nos servirá de espe- cificação para C(Yd): C = Co + c.Yd' O Consumo Agregado pode ser dividido entre: • Consumo Autônomo (Co), que é a parte do dispên- dio destinado à subsistência dos indivíduos. Ob- serve que essa componente independente de Yd. • Propensão Marginal a Consumir c, que explica o Comportamento do Consumo ante um Acréscimo Marginal (ou infinitesimal) da Renda Agregada. Essa equação pode ser obtida por meio de uma regressão das séries históricas de C e Yd, respec- tivamente. Atentando-se para a necessidade de que os erros estimados estejam desintegrados; caso con- trário, ter-se-á uma regressão espúria; sem qualquer utilidade prática. Segue que a componente I(r,Y) poderá ser especificada conforme: I = Io + aY - br O Investimento Agregado (as Inversões propriamente di- tas) depende da “Eficiência Marginal do Acréscimo de Capital Proposto” ante uma dada Taxa de Juros determi- nada segundo explicado anteriormente. Modernamente, aceita-se que a “Eficiência Marginal” é um eufemismo para o que em Análise de Projetos designamos por Taxa Interna de Retorno (Interest Return Rate). Se a Taxa In- terna de Retorno de um dado Fluxo de Capital superar a Taxa de Juros cobrada pelos Mutuantes, o VPL (Valor Presente Líquido) de determinado Fluxo de Investimento será positivo; significando então que os recursos financei- ros deverão ser Inversionados (Empregados). Note que o aumento do Juros reduz o VPL de uma determinada Inversão. Daí o porquê da elevação das Taxas de Juros penalizar o Volume das Inversões Planejadas pelo Setor Privado. É importante ressaltar que essa Taxa de Juros deverá ser descontada da inflação, segundo a Equação de Fisher. A equação acima representa a Função Investimento do Modelo IS/LM, não sendo lá muito fidedigna com o que Keynes tinha na cabeça. Existe uma parte do Investi- mento Agregado que é autônoma, geralmente levada a cabo pela Política Fiscal: Io. As Inversões respondem diretamente à Renda (a > 0), tal como no “Modelo do Acelerador”, e inversamente à Taxa de Juros Real (- b < 0). Na realidade, essa equação representa a Função In- vestimento da "Síntese Neoclássica". Por sua vez, o nível de Renda interfere no Mercado de Ativos por conta da Demanda de Moeda por Motivo Transação. Portanto, a interligação entre Lado Real e Lado Monetário segue possibilitada por meio da Taxa de Juros. Se as Inversões são entendidas como Inelásticas à Taxa de Juros e/ou a “Armadilha de Liquidez” é verifi- cada, a citada inteligação não será consubstanciada. Key- nes valeu-se da segunda hipótese quando escreveu o Ter- ceiro Capítulo da “Teoria Geral”. Ao passo que os Eco- nomistas Marxistas, dentre eles e principalmenteMichael Kalecki, fez uso da primeira hipótese nos seus trabalhos acercado do "Princípio da Demanda Efetiva" São Variáveis Exógenas noModelo IS/LM: a PolíticaMo- netária (cujo instrumento é a Base Monetária) e a Política Fiscal, captaneada por G. O Nível Geral dos Preços não poderá ser considerado Va- riável Exógena. Aliás, os Preços não podem ser tratados como Exógenos (dados) nos Modelos de Ajuste Nomi- nal Incompleto e o aparato IS/LM, modernamente, segue classificado como tal. Ocorre que, in Short-Run, os Pre- ços padecem de lentidão no que se refere aos seus res- pectivos reajustes. Essa hipotese, hoje questionável, é incomporada ao modelo IS/LM em deferência à “Teoria Geral"; que supôs elasticidade Preço-Produção Nula. Isso significa que a Oferta Agregada da Economia émuito sensível à Produção e muito pouco sensível à Inflação. 4 7 CURVA LM Quando isso ocorre a Economia atravessa uma Recessão Extrema, como bastante Capacidade Ociosa a ser ocu- pada. É por isso também que o Modelo IS/LM contina re- ferendado pelos Neokeynesianos, que acreditam que a Estrutura Concorrencial da Economia é Imperfeita: quando isso ocorre, verificar-se-á uma notória sub- utilização do Aparato Produtivo. Ainda sim, grande parte da potência do Modelo (no sen- tido de elevar os níveis de Renda e Emprego) será per- dida por conta do “Efeito Produtividade Marginal De- crescente” associado a uma Elasticidade Preço-Produção tendendo ao infinito (Pleno-Emprego). Essa hipótese foi encampada por todos aqueles que criticaram o Modelo IS/LM. Por sua vez, a Transferência Líquida de Recursos Não- Fatores ao Exterior segue representada conforme: NX(e,Y,Yf) Onde: • e representa os termos-de-troca, ou o que se entende por taxa de câmbio real • Y é a Renda (ou Produto) Agregado da Economia Doméstica • Yf é a Renda Agregada do “Resto do Mundo”. 6 O modelo IS/LM na economia aberta Originalmente, a “Teoria Geral” não considerou as Im- plicações Macroeconômicas do Trânsito de Mercadorias, Serviços e Ativos Financeiros (bem como a Moeda) en- tre as Fronteiras Nacionais (apesar do que, no capítulo sobre o Mercantilismo e Dinheiro Carimbado, Keynes conseguiu explicar de forma técnica e muito satisfató- ria o porquê da política bulionista dos Estados Nacio- nais do século XVIII). O Modelo IS/LM, no contexto de uma Economia Aberta, é designado por IS/LM/BP; onde BP significa “Balanço de Pagamentos”. Esse remendo, no que diz respeito às implicações de Análise Macroe- conômica numa Economia Aberta, se deve ao macroe- conomista canadense Robert Mundell em parceria com seu amigo: Marcus Fleming (ambos estiveram associa- dos ao FMI). Existem versões do IS/LM/BP para regimes e graus díspares de abertura da conta de capitais. A mais famosa atualmente em uso é a que supõe regime de câm- bio livre e abertura total ao trânsito de portfólios, conhe- cida por Modelo Mundell-Fleming. Essa versão tem tido relativo sucesso ao explicar o fenômeno fiscal/monetário das economias desenvolvidas pós falência do Sistema de BrettonWoods, desestruturadoem 1971, quandoRichard Nixon devenvencilhou a onça troy do ouro. 7 Curva LM Sobre a Curva LM (Liquidy Money): A Curva LM repre- senta o equilíbrio particular doMercado de Ativos. Nesse Modelo, utiliza-se a análise sobre dois Ativos Financei- ros (Moeda e Títulos), em que a característica da Moeda é possuir Liquidez Absoluta; não rendendo, pois, Juros Nominais. Já os títulos Rendem Juros, mas têm Baixa Liquidez, se comparado ao Ativo-Moeda. Supondo um dado Estoque de Riqueza Real (W/P) e que as pessoas decidam entre aplicar sua Riqueza entre Moeda e Títu- los, a interação entre os Títulos e aMoeda noMercado de Ativos irá determinar a Taxa de Juros - supondo, claro, que a Base Monetária é mantida num dado nível. A Oferta Total desses ativos será expressa por: Oferta de Moeda + Oferta de Títulos = Riqueza Finan- ceira Ms/P +Bs =W/P No Modelo descrito, considerar-se-á que esses mercados estão em equilíbrio quando: Md−Ms/P +Bd−Bs = 0 Se houver Excesso de Demanda por Moeda (EDM), ha- verá Excesso de Oferta de Títulos e vice-versa. Portanto, considerar-se-á apenas o Mercado Monetário - análise essa validada pela "Lei de LeonWalras". A simetria entre oMercadoMonetário e de Títulos deve ser compreendida porque ela determinará a dinâmica entre Taxa de Juros, a Moeda e Nível da Renda. Agora, considerando apenas o Mercado Monetário, ado- taremos como premissa para o LadoMonetário da IS/LM: • A Oferta de Moeda é uma Variável Exógena deter- minada pelas Autoridades Monetárias e pelos Ban- cos Comerciais. • A Demanda por Moeda irá depender do “Motivo Transação” e do “Motivo Especulação” (ou de port- fólio), respectivamente. Ou seja: L(r,Y) Onde cada Variável Independente (Endógena) dessa Fun- ção Bivariada não-especificada representa esses “moti- vos”. L, portanto, representa a demanda por moeda. Especificar-se-á: Motivo Transação: diretamente relacionado com o nível de Renda da Economia; quanto maior o nível do Produto; maior será o Volume das Transações; logo, maior será quantidade de Moeda Demandada para realizá-las. Motivo Portfólio: o Agente Econômico alocará sua Ri- queza comparando o Diferencial de Rentabilidade entre 5 os diferentes ativos. A Curva LM satisfará a seguinte igualdade: Ms/P = L(r, Y) (2.a) A Taxa de Juros associada a essa igualdade corresponde ao "Custo de Oportunidade de Reter Moeda". A De- manda Por Moeda diminui conforme aumenta a Taxa de Juros, validando assim que o Juro é o preço do dinheiro segundo prediz a "Teoria da Preferência pela Liquidez". 8 Solução Qualitativa (2.a) diz que a Preferência Pela Liquidez dos Indivíduos deve se regular com a Liquidez Real Ofertada que está a cargo das Autoridades Monetárias; bem como a cargo dos Emissores de Crédito (Bancos de Moeda Escritu- ral). Modernamente, entende-se que grande parte das Quase-Moedas (Ativos Semi-Líquidos) segue Endoge- neizada pelo Sistema Financeiro, relegando para um se- gundo plano o papel das Autoridades Monetárias na Po- lítica de Crédito das Economias Modernas. As Equações (1.a) e (2.a) permitem computar o Equi- líbrio Estático-Dinâmico do Modelo. Apesar de Key- nes ter explicitado a natureza dessas equações ao longo de sua Obra, ele decidiu por não formalizá-las. Na re- alidade, Keynes não propôs Formas Explícitas para suas respectivas Funções, nos levando a concluir que resolvê- las não era lá uma coisa tão primordial; pelo menos à época! Diga-se de passagem, ele era um crítico assíduo da EconomiaMatemática e já apontava as Limitações das Análises que procuravam (procuram) Precificar os Ris- cos Associados à Trajetória Aleatória dos Ativos Finan- ceiros, o que atualmente é feito por meio das “Equações Diferencias Estocásticas"; tão recorrentes em dinâmica econômica e finanças. 9 Bibliografia • SARGENT, THOMAS; Macroeconomic Theory - Second Edition: Academic Press 1987 (Versão Avançada) • SIMONSEN, MÁRIO HENRIQUE; CYSNE, RU- BENS PENHA: Macroeconomia - 4ª Edição: ATLAS-FGV 2006 (Versão Avançada) • DORNBUSH, RUDIGER, et. all; Macroeconomia - Décima Edição: Mc-Gray Hill do Brasil 2007 (Versão Intermediária) • MANFRED,GÄRTHER;Macroeconomics - 3ª Ed: FT Prentice Hall 2009 10 Referências [1] Santos, J., A. Pina, J. Braga, M. St. Aubyn. Macroeconomia. 3ª. ed. Lisboa: Escolar Editora, 2010. Capítulo 3 - O Modelo IS/LM. p. 53-62. ISBN 978-972- 592-295-8. [2] Hicks, J. R. (1937), “Mr. Keynes and the Classics - A Sug- gested Interpretation”, Econometrica, v. 5 (Abril): 147- 159. [3] Em termos simplificados, a “conexão wickselliana” esta- belece que, um excesso de demanda no mercado de bens corresponde, sempre, a um excesso de oferta no mercado monetário, do qual faz parte o crédito bancario (além da moeda legal emitida pela autoridade monetária). Ver O Modelo de Racionamento de Crédito e a Politica Mone- tária Novo-Keynesiana: Uma Análise Critica, Por Jenni- fer Hermann. Revista de Economia Política, vol. 20, n° 2 (78), abril-junho/2000 [4] SACHS, Jeffrey e LARRAIN, Felipe. Macroeconomia - edição revisada e atualizada. São Paulo: Makron Books, 2000. 848 páginas. 6 11 FONTES, CONTRIBUIDORES E LICENÇAS DE TEXTO E IMAGEM 11 Fontes, contribuidores e licenças de texto e imagem 11.1 Texto • Modelo IS/LM Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Modelo%20IS/LM?oldid=40189517 Contribuidores: Mschlindwein, Missionary, Lui- zabpr, Felipearaldi, Thijs!bot, JAnDbot, MiguelMadeira, VolkovBot, Yone Fernandes, Mário Henrique, Gerakibot, Tiago Santos, Heiligen- feld, JohnR, Alexbot, Ruy Pugliesi, Luckas-bot, Nallimbot, Vanthorn, ArthurBot, Xqbot, JotaCartas, Rubinbot, RibotBOT, Dinamik-bot, Hallel, Dreispt, KLBot2, Makecat-bot e Anónimo: 35 11.2 Imagens • Ficheiro:Islm.svg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/b9/Islm.svg Licença: CC-BY-SA-3.0 Contribuidores: Inks- cape, myself,en:Image:Islm.png and Image:IS-LM-Kurve.JPG Artista original: Derivative: Thomas Steiner; Islm.png: Original uploader was Vikingstad at en.wikipedia. Later version(s) were uploaded by Jdevine at en.wikipedia. 11.3 Licença • Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Fundamentação Teórica e Evidência Causação Curva IS Multiplicador keynesiano As Componentes da Igualdade Macroeconômica O modelo IS/LM na economia aberta Curva LM Solução Qualitativa Bibliografia Referências Fontes, contribuidores e licenças de texto e imagem Texto Imagens Licença
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